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Curso: Ciências Biológicas

Bacharelado
Campus V

Profª. Dra. Célia Machado

Geologia

- Tectônica de Placas -
O ciclo do supercontinente
Último ciclo:
• No final da Era Paleozóica, +- 250 Ma, os
continentes estavam juntos em um só:
supercontinente Pangéia
• No Período Triássico começou o rompimento, que
dividiu o supercontinente em Laurásia e Gondwana e,
depois, ocuparam suas atuais posições
• Os supercontinentes (todas ou a maioria das
massas de terra) se formam, rompem e aglutinam
novamente em ciclos de cerca de 500 Ma
O ciclo do supercontinente
SUPERCONTINENTE

SE DIVIDE

BLOCOS CONTINENTAIS
INDIVIDUAIS
QUE SE
AFASTAM
FORMAM-SE OCEANOS
INTERIORES
SEGUE-SE
COLISÃO DE CONTINENTES QUE
FORMAM MONTANHAS
REAGRUPAM-SE
SUPERCONTINENTE
Teoria da Tectônica de Placas
• Baseada no modelo físico da Terra
• A litosfera rígida, composta:
• Crosta oceânica e continental
• Uma porção do manto superior
• Composta por numerosas peças de tamanhos
variados: PLACAS
• Placas Crosta continental + manto superior: 250 km
• Placas Crosta oceânica + manto superior: 100 km
Teoria da Tectônica de Placas
• A litosfera se sobrepõe à astenosfera, semiplástica
• As placas se movem sobre a astenosfera
• Movimento das placas resultante de um sistema de
transferência de calor dentro da astenosfera
• As placas se separam principalmente nas cadeias
oceânicas
• As placas colidem e são subductadas em áreas
como as fossas oceânicas
Teoria da Tectônica de Placas
Teoria da Tectônica de Placas
Tipos de limites de placas

• A interação das placas ao longo de seus limites


explica a maior parte dos fenômenos:
Tipos de limites de placas

• Teoriza-se que as placas tectônicas operam desde


o Éon Proterozóico e têm afetado a história geológica
e biológica do planeta
• Existem 3 tipos de limites de placa:
• Divergente
• Convergente
• Transformante
Tipos de limites de placas
Limites divergentes:
• Onde as placas estão se separando e uma nova litosfera
oceânica está se formando
• O calor do magma eleva-se sob o continente/oceano
causando afinamento da crosta e múltiplas fraturas;
arqueamento e deformação crustal
• O magma, quase inteiramente basáltico irrompe nas
fraturas verticais para formar diques
• Quando as sucessivas injeções de magma resfriam e
solidificam, elas formam uma nova crosta e registram a
intensidade e orientação do campo magnético da Terra.
Tipos de limites de placas
Limites divergentes:
• Podem ocorrer ao longo de cristas das cadeias oceânicas
(mais comum)

Cadeia
Mesoatlântica
Tipos de limites de placas
Limites divergentes:
• Podem ocorrer sob os continentes durante os primeiros
estágios do rompimento continental
• O magma se eleva sob um continente, a crosta é
inicialmente abaulada, alongada e afinada, produzindo fraturas
de vales em rifte
• O magma irrompe pelas fraturas e flui para o piso do vale
• Alguns vales em rifte continuam a se alongar e aprofundar
até que a crosta continental se rompe e um mar estreito e
linear é formado, separando dois blocos continentais
Tipos de limites de placas
Limites divergentes:
Tipos de limites de placas
Limites divergentes (ex. mar Vermelho e vale em
rifte do leste da África)
Tipos de limites de placas
Limites divergentes (ex. vale em rifte do leste da
África)
Tipos de limites de placas
Limites divergentes (ex. vale em rifte do leste da
África)
Tipos de limites de placas
Limites divergentes (ex. vale em rifte do leste da
África)

Cidade Rift Valley


Percorre 3 mil quilômetros,
desde o Golfo de Áden, na
Somália, e segue sentido
sul até o Zimbábue,
passando ainda por Etiópia
e Tanzânia, além do próprio
Quênia. É esse o local de
encontro de duas placas
tectônicas: a Africana e a
Somali.
Tipos de limites de placas
Limites divergentes (ex. vale em rifte do leste da
África)

O Rift Valley, não foi


formado todo de uma vez.
Foram uma séries de
rachaduras que tiveram
início na região de Afar, no
norte da Etiópia, cerca de
30 anos atrás e se
propagou para o sul, em
direção ao Zimbábue, a
uma velocidade de 2,5
centímetros a 5
centímetros por ano.
Tipos de limites de placas
Limites divergentes (ex. vale em rifte do leste da
África) ETIÓPIA

QUÊNIA

ZIMBABUE
Tipos de limites de placas
Limites divergentes (ex. vale em rifte do leste da
África)
Tipos de limites de placas
Limites divergentes (ex. vale em rifte do leste da
África)

Eventualmente,
em um período
de dezenas de
milhões de
anos, o oceano
vai se espalhar
por todo o Vale.
Tipos de limites de placas
Limites convergentes:
• Enquanto a nova crosta se forma nos limites divergentes, as
crostas mais velhas devem ser destruídas e recicladas para
que toda a área da superfície da Terra permaneça constante
• Essa destruição ocorre nos limites convergentes de placas
• Duas placas colidem e a aresta principal de uma placa é
subductada sob a margem da outra placa e, finalmente,
incorporada na astenosfera
• Deformação, vulcanismo, montanhas, terremotos...
• 3 tipos: oceânico-oceânico; oceânico-continental e
continental-continental
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites oceânico-oceânico
• Duas placas oceânicas convergem, uma é subductada sob
a outra
• A medida que a placa desce para o manto, ela é aquecida e
desidrata, induzindo fusão do manto circunvizinho
• Esse magma, menos denso que as rochas ao redor, se
eleva para a superfície da rocha não-subductada, formando
uma cadeia de ilhas vulcânicas (ARCO DE ILHA VULCÂNICA)
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites oceânico-oceânico
• ARCO DE ILHA VULCÂNICA: Japão
Arco quase paralelo à fossa oceânica

Estresse tensional, estica e afina a placa sobrejacente : BACIA de RETROARCO


Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites oceânico-continentais
• Quando a crosta oceânica mais densa é subductada sob a
crosta continental
• O magma gerado pela subducção eleva-se por debaixo do
continente até a superfície onde irrompe e produz uma cadeia
de vulcões (também chamado de Arco Vulcânico)
• Exemplo: Costa Sul-Americana do Pacífico, onde a placa
de Nazca está sendo subductada sob a América do Sul.
• A fossa Peru-Chile marca o lugar da subducção e os Andes
a cadeia de montanhas vulcânica na placa não subductada
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites oceânico-continentais
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites oceânico-continentais
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites continental-continental
• Quando dois continentes se aproximam, são inicialmente
separados por um assoalho oceânico que está sendo
subductado sob um continente
• A medida que o assoalho oceânico é consumido, os
continentes vão se aproximando até que colidem
• Embora um continente possa deslizar parcialmente sob o
outro, ele não pode ser atraído ou empurrado para baixo para
a zona da subducção
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites continental-continental
• Quando dois continentes colidem, eles são fundidos ao
longo de uma sutura que marca o lugar anterior de subducção
• Forma-se uma cadeia de montanhas composto de rochas
sedimentares, intrusões ígneas, rochas metamórficas...
• Exemplo: Himalaia, Ásia Central, sistema de montanhas
mais jovem e mais alto do mundo.
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites continental-continental
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites continental-continental

Himalaia é o resultado da colisão entre as


placas da Ásia e Índia
Tipos de limites de placas
Limites convergentes
Limites continental-continental

Esse processo tectônico começou há cerca


de 40-50 Ma e ainda continua em atividade
Tipos de limites de placas
Limites transformantes

• Ocorre ao longo das fraturas no assoalho oceânico: falhas


transformantes
• As placas deslizam lateralmente, passando uma ao lado da
outra, quase em paralelo à direção do movimento da placa
• Aqui, a litosfera não é nem destruída e nem criada ao longo
do limite transformante
• O movimento entre as placas resulta em uma zona de rocha
estilhaçada e sujeita a numerosos sismos
Tipos de limites de placas
Limites transformantes: Falha de San Andreas
Ligação entre a crista Pacífico Oriental com a Crista Gorga Sul (duas fronteiras
divergentes de placas)
Tipos de limites de placas

Limites convergentes:

Oceânico-oceânico Oceânico-continental Continental-continental


O mecanismo que direciona a
placa tectônica
• A falta de um mecanismo explicativo do movimento dos
continentes foi o principal obstáculo para a aceitação da
hipótese da deriva continental
• Sistema convectivo. Dois modelos:
• 1) as correntes de convecção termal são restritas à
astenosfera
• 2) o manto inteiro é envolvido
O mecanismo que direciona a
placa tectônica
• Em ambos os modelos:
• a expansão das cadeias mesoceânicas marca os braços
ascendentes das correntes adjacentes de convecção
• as fossas ocorrem onde as correntes de convecção descem
de volta ao interior da Terra
• A localização das cadeias que se expandem e das fossas é,
portanto, determinada pelas próprias correntes de convecção
• Modelo 1: qual a fonte de calor das correntes de
convecção?
• Modelo 2: como o calor é transferido do núcleo externo para
o manto?
O mecanismo que direciona a
placa tectônica
• Mecanismos de “empurra-cadeia” e “puxa-placa”:
• Mecanismos que ajudam o sistema convectivo termal no
processo de movimento das placas
• “empurra-cadeia”: a intrusão do magma, em uma cadeia
que se expande, fornece uma força adicional que empurra
as placas, separando-as, ajudando em seu movimento
• “puxa-placa”: a placa fria que subduz, sendo mais densa
que a astenosfera circundante mais quente, puxa o resto
da placa quando ela desce para a astenosfera
O mecanismo que direciona a
placa tectônica

Atualmente, nenhum dos mecanismos propostos


explicam todos os aspectos do movimento de
placas

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