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MISSÃO TERRA 7

SUBTEMA ESTRUTURA E

S2 DINÂMICA INTERNA
DA TERRA
2.1 ESTRUTURA E DINÂMICA INTERNA DA TERRA
2.1 ESTRUTURA E DINÂMICA INTERNA DA TERRA MISSÃO TERRA 7

Devo ser capaz de

• Sistematizar informação sobre a Teoria da Deriva


Continental, explicitando os argumentos que a apoiaram e
que a fragilizaram, tendo em conta o seu contexto histórico.
• Caracterizar a morfologia dos fundos oceânicos,
relacionando a idade e o paleomagnetismo das rochas que os
constituem com a distância ao eixo da dorsal médio-oceânica.
• Relacionar a expansão e a destruição dos fundos oceânicos
com a Teoria da Tectónica de Placas (limites entre placas) e
com a constância do volume e da massa da Terra.

Aprendizagens essenciais
A concordância África
geométrica das linhas de
costa da Europa e da Continentes
linhas de costa
África com as linhas de e plataformas
costa das AméricasAmérica
do continentais
do Sul
Norte e do Sul intrigou os
cientistas durante
séculos.
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Hipótese da Deriva dos Continentes R


Alfred Wegener, ao verificar que os continentes se
ajustam como peças de um puzzle concluiu que a
configuração atual dos continentes nem sempre foi a
mesma.
Apresentou argumentos:
- Morfológicos, relativos à forma dos continentes;
- Paleontológicos, relativos aos fósseis;

- Litológicos, relativos às rochas;


- Paleoclimáticos, relativos aos antigos climas da
Terra.
Avançando com a Hipótese da Deriva dos
Continentes.

Alfred Wegener
Teoria da Deriva Continental

Pangeia (pan = todo, geia= Terra) Supercontinente


Pantalassa (pan = todo , talassa= mares)

Único oceano primitivo


R
Teoria da Deriva Continental
Inicialmente existia um único continente – Pangeia -
rodeado por um único oceano – Pantalassa. Este
supercontinente fragmentou-se e as massas continentais
moveram-se até à atual posição dos continentes.
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Hipótese da Deriva dos Continentes R

Argumentos Morfológicos

Diz-nos que as margens dos continentes agora afastados se ajustavam, à


semelhança das peças de um puzzle
Argumentos morfológicos – Wegener verificou uma grande
semelhança na forma das costas atlânticas da América do Sul e de
África e constatou que os dois continentes poderiam encaixar como
peças de um puzzle gigante.

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Hipótese da Deriva dos Continentes R

Argumentos Paleontológicos

foram encontradas grandes semelhanças no registo fóssil de seres vivos terrestres


em locais hoje separados por um oceano.
Argumentos paleontológicos - Há plantas e animais já extintos
cujos fósseis se encontram distribuídos por diferentes continentes
atuais e separados por muitos milhares de quilómetros de oceano.

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Hipótese da Deriva dos Continentes

Argumentos paleoclimáticos

Foram encontrados vestígios glaciares e carvões em latitudes incompatíveis, do


ponto de vista climático, com as condições exigidas na sua formação.
R

Clima tropical

Clima desértico

Glaciares

Argumentos paleoclimáticos - Foram descobertos indícios


geológicos de glaciares antigos, característicos de climas muito
frios, em zonas quentes atuais.

Regiões como a Gronelândia ou a Antártida, atualmente muito frias,


tinham há 430 M.a. um clima tropical, com florestas luxuriantes.

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Hipótese da Deriva dos Continentes R

Argumentos Litológicos

Wegener verificou que existia correspondência entre rochas existentes de um e de


outro lado de continentes agora afastados.
Cadeias
montanhosas

Formações
litológicas

Argumentos litológicos – Segundo Wegener, se fosse possível


aproximar os bordos dos continentes, as cadeias montanhosas
revelariam uma continuidade.

A sequência e o conteúdo de estratos sedimentares é semelhante


em rochas de continentes diferentes.

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Argumentos geológicos

Maciços
Rochosos

ÁFRICA
AMÉRICA
DO
SUL
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Hipótese da Deriva dos Continentes

Propõe que, contrariamente ao


que se entendia na época, os
continentes e oceanos nem
sempre se encontraram nas
posições que hoje ocupam,
tendo vindo a ser modificada a
sua distribuição geográfica ao
longo dos tempos.
R

o efeito das marés.


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Morfologia dos fundos oceânicos

Dorsal Planície
Talude E
oceânica F
abissal
B
continental

Plataforma
A Montes
C Rifte
D Fossa
G
continental submarinos submarino oceânica
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Morfologia dos fundos oceânicos

Plataforma
continental
Plataforma continental – Zona submersa com inclinação fraca, adjacente às
zonas litorais
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Morfologia dos fundos oceânicos

Talude
continental

Talude continental – Zona que faz a transição entre a plataforma continental e a


planície abissal, possuindo um declive mais acentuado.
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Morfologia dos fundos oceânicos

Montes
submarinos
Montes submarinos – Relevos submersos que podem dar origem a ilhas.
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Morfologia dos fundos oceânicos

Rifte
submarino
Rifte submarino – Depressão submarina localizada no centro da dorsal, por
onde ascende material rochoso em fusão, ou seja, magma.
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Morfologia dos fundos oceânicos


Dorsal
oceânica

Dorsal oceânica – Grande cadeia montanhosa submarina.


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Morfologia dos fundos oceânicos


Planície
abissal

Planície abissal – Extensa área aplanada e submersa a elevada profundidade


(entre 4000 m a 6000 m).
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Morfologia dos fundos oceânicos

Fossa
oceânica
Fossa oceânica – Depressão alongada e profunda do fundo marinho.
Continente
?
?Plataforma
continental

Rifte
?
?
Talude
continental

Dorsal
?
oceânica

Planície
?
abissal

Morfologia do fundo oceânico do Atlântico Norte

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Principais fossas oceânicas, em ordem de grandeza:
Fossa das Marianas - 11033 m
Fossa de Tonga - 10882 m
Fossa das Kurilas - 10542 m
Fossa das Filipinas -10540 m
Fossa de Kermadec -10047 m
Fossa de Izu-Bonin (também chamada fossa de Izu Ogasawara) -9780 m
Fossa do Japão - 9000 m
Fossa de Porto Rico -8605 m
Fossa do Atacama (também chamada fossa do Peru-Chile) -8065 m

Com exceção da fossa de Porto Rico, localizada no Oceano Atlântico, todas as


outras fossas acima localizam-se no Oceano Pacífico.
A superfície do fundo oceânico tem um relevo muito acidentado,
apresentando dorsais oceânicas, que são cadeias montanhosas
submarinas formadas por materiais que ascendem da astenosfera
através de uma depressão central, o rifte. Quando estas
montanhas emergem acima do nível do mar, formam ilhas.
Plataforma Fossa
continental
? oceânica
?

Talude Dorsal
?
continental ?
oceânica

?
Rifte
Planície
?
abissal

Morfologia do fundo oceânico

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2000 km

180 150 130 120 80 65 50 40 20 10 0


Idade (M.a.)

As rochas mais recentes estão localizadas junto ao rifte.


A idade das rochas aumenta à medida que aumenta a distância
ao rifte.

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Polaridade normal e inversa


• Algumas rochas possuem minerais contendo ferro, possuindo a capacidade de
registar o campo magnético terrestre na altura em que se formaram.
• O campo magnético terrestre tem origem no interior da Terra, sendo evidenciado
pela orientação da agulha magnética da bússola.
• Ao longo do tempo geológico, o sentido das linhas de força do campo magnético
não tem sido constante, apresentando modificações na sua polaridade
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O campo magnético da Terra é gerado no núcleo do planeta, graças a enorme


quantidade de ferro líquido presente por lá: o material movimenta-se, gerando
corrente elétrica e impulsionando o magnetismo.

O núcleo é dividido em duas partes, a interna, formada por ferro, níquel e


outros metais em estado sólido, e a externa, em que esses elementos
estão na forma líquida. Por causa da rotação terrestre, os metais líquidos
estão em movimento constante, o que produz correntes elétricas.

O campo magnético protege as camadas de ar ao minimizar ataques de


ventos solares. Sem tal defesa, as partículas lançadas pelo Sol arrancariam a
atmosfera do planeta.
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Magma
5 4 2,5 2 0 2 2,5 4 5 Idade (M.a.)

A direção do campo magnético terrestre pode ser normal ou


inversa, mudando regularmente ao longo do tempo geológico.

A orientação de minerais de ferro, no basalto, fica alinhada com a


direção do campo magnético terrestre existente na altura da
formação da rocha.

Esta característica permitiu descobrir um padrão simétrico de


inversões de polaridade, para ambos os lados a partir do rifte.

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Expansão dos fundos oceânicos

A existência de um padrão simétrico da polaridade em relação ao rifte é indicativa


da expansão dos fundos oceânicos.
Teoria da expansão do fundo oceânico: nas zonas de
rifte há ascensão de magma que se expande para um e
para o outro lado do rifte, de modo que as rochas
formadas registam a mesma polaridade e idade de um
lado e do outro.

As rochas mais recentes estão localizadas junto ao rifte.


A idade das rochas aumenta à medida que aumenta a
distância ao rifte.

Existe um padrão simétrico de inversões de polaridade,


registado nas rochas, para ambos os lados a partir do
rifte.
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Estrutura interna da Terra

A total compreensão da
expansão dos fundos
oceânicos só é
possível, se se tiver em
conta a estrutura interna
da Terra
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Teoria da Tectónica de Placas


Segundo esta teoria, a litosfera está atualmente fragmentada em cerca de oito
grandes placas litosféricas, que se movimentam lentamente sobre a astenosfera.
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Diferentes de limites de placas litosféricas

Limite Limite Limite


divergente (ou transformante convergente
construtivo) (ou conservativo) (ou destrutivo)
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Diferentes de limites de placas litosféricas

Limite divergente (ou construtivo)

• Existe afastamento das placas.


• Ocorre nos riftes, dando-se a ascensão do magma que se expande
lateralmente, originando a nova crusta oceânica
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Diferentes de limites de placas litosféricas

Limite transformante (ou conservativo)

• O movimento relativo entre as duas placas é lateral, não havendo nem


formação nem destruição de crusta.
• Característico das falhas transformantes que intersetam transversalmente
os riftes.
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Diferentes de limites de placas litosféricas

Limite convergente (ou destrutivo)

• O movimento relativo das duas placas é de aproximação


• Característico de zona de subducção, que corresponde a um afundamento
de uma placa litosférica por debaixo de outra.
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Correntes de convecção
Processo contínuo que resulta da ascensão de material proveniente de zonas
mais profundas da Terra até à superfície, onde sofre arrefecimento, descendo de
novo em direção a zonas mais profundas.
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Movimento das placas litosféricas


Os movimentos que ocorrem nos diferentes tipos de limites de placas são
provocados pelas correntes de convecção que existem na astenosfera em
intersecção com a litosfera
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Constância do volume da Terra

A formação de nova crusta oceânica nas zonas de rifte e a sua destruição nas
zonas de subducção leva à manutenção do volume da Terra.
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S2 DINÂMICA INTERNA
DA TERRA
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Testa o que sabes

1 | Wegener apresentou a...

A | Teoria da Tectónica de Placas

B | Teoria da Expansão dos


Oceanos
C | Hipótese da Deriva dos
Continentes
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Testa o que sabes

1 | Wegener apresentou a...

A | Teoria da Tectónica de Placas

B | Teoria da Expansão dos


Oceanos
C | Hipótese da Deriva dos
Continentes

Próxima pergunta
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Testa o que sabes

1 | Wegener apresentou a...

Tentar novamente
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Testa o que sabes

2 | No fundo oceânico as rochas são mais recentes junto...

A | à plataforma continental

B | à fossa

C | ao rifte

D | ao talude continental
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Testa o que sabes

2 | No fundo oceânico as rochas são mais recentes junto...

A | à plataforma continental

B | à fossa

C | ao rifte

D | ao talude continental Próxima pergunta


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Testa o que sabes

2 | No fundo oceânico as rochas são mais recentes junto...

Tentar novamente
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Testa o que sabes

3 | Ao longo de um rifte o movimento é...

A | Divergente

B | Convergente

C | Lateral
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Testa o que sabes

3 | Ao longo de um rifte o movimento é...

A | Divergente

B | Convergente

C | Lateral

Próxima pergunta
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Testa o que sabes

3 | Ao longo de um rifte o movimento é...

Tentar novamente
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Testa o que sabes

4 | Ao longo de uma zona de subdução o movimento é ...

A | Lateral

B | Divergente

C | Convergente
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Testa o que sabes

4 | Ao longo de uma zona de subdução o movimento é ...

A | Lateral

B | Divergente

C | Convergente

Próxima pergunta
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Testa o que sabes

4 | Ao longo de uma zona de subdução o movimento é ...

Tentar novamente
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Testa o que sabes

5 | Ao longo de uma falha transformante o movimento é ...

A | Convergente

B | Lateral

C | Divergente
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Testa o que sabes

5 | Ao longo de uma falha transformante o movimento é ...

A | Convergente

B | Lateral

C | Divergente

Terminar
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Testa o que sabes

5 | Ao longo de uma falha transformante o movimento é ...

Tentar novamente
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