Geologia 10ºano

1.1 Subsistemas terrestres (não sai para o teste)

➔ Sistemas

➔ Subsistemas terrestres
Geosfera: É constituída por materiais sólidos- rochas e solos.
Atmosfera: É a camada gasosa que envolve a Terra. Inclui o vapor de água.
Hidrosfera: É formada por toda a água existente na Terra no estado líquido e sólido.( A água
existente nos seres vivos é uma exceção.)
Biosfera: É constituída por todas as formas de vida que habitam a Terra.

➔ Atmosfera primitiva vs. atmosfera atual

Relativamente à atmosfera primitiva, na atmosfera atual ocorreu um aumento significativo de O2
(oxigênio) na Atmosfera e diminuição do nível de CO2 (dióxido de carbono). O aumento de O2
deve-se à existência dos primeiros seres fotossintéticos, que ao usarem a energia do sol para
produzir carboidratos e oxigênio a partir da água e do dióxido de carbono (fotossíntese), baixaram os
níveis de dióxido de carbono e aumentaram os níveis de oxigênio.
O CO2 começou também a ser absorvido pelas rochas.

1.2 Ciclo das rochas ou ciclo litológico

➔ Ciclo litológico
É o conjunto de processos contínuos de formação, transformação e destruição das rochas ao longo
do tempo.
A dinâmica do ciclo litológico permite que uma rocha sedimentar, metamórfica e magmática se possa
transformar noutro tipo de rocha.

➔ Rochas e minerais
Mineral: corpo sólido, natural, inorgânico, com estrutura cristalina e composição química variável
dentro de certos limites.
Ex.: quartzo, pirite, enxofre, grafite,..

Rocha: agregado natural de um ou mais minerais.Existem 3 tipos de rochas, as sedimentares, e

magmáticas e as metamórficas.
Ex: mármore, calcite,...
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➔ Rochas sedimentares
Rochas formadas à superfície terrestre por processos de geodinâmica externa.
A sua formação divide-se em duas etapas: sedimentogénese e diagénese.
Ex: areia, argila, arenito, calcário, carvão, petróleo,..

Sedimentogénese
1. Meteorização : Processos físicos e químicos que transformam as rochas em partículas mais
pequenas- clastos/ detritos
Agentes: água, temperatura, vento, seres vivos, glaciares, precipitação, mares, rios.
2. Erosão: Remoção do local onde são formados os produtos resultantes da meteorização.
3. Transporte: Transporte dos detritos, principalmente por ação da água e do vento.
4. Sedimentação: A energia do agente perde a eficácia e perde a capacidade de transporte e
ocorre a deposição dos detritos.
Bacias sedimentares: Depressões na crosta terrestre preenchidos com água, onde acontece a
deposição dos sedimentos detríticos.➡ ️ rochas sedimentares não consolidadas (areia, argila,..)

Diagénese:
1. Compactação: À medida que os sedimentos se depositam uns sobre os outros, o aumento
de pressão sobre os sedimentos de camadas inferiores provoca a sua compressão.
2. A precipitação de iões em solução forma um cimento natural que une os diferentes
sedimentos. ➡ ️ rochas sedimentares consolidadas (arenito, argilito,...)

Classificam- se em três tipos:

● Detríticas: Acumulação de detritos ou clastos que não foram sujeitos à ação da diagénese.
Ex: quartzo, silicatos,..

● Quimiogénicas: Formadas por precipitação de substâncias dissolvidas na água.

Ex: sal-gema, gesso,..
● Biogénicas: Formadas a partir de restos de seres vivos ou de produtos resultantes da sua
atividade.
Ex: carvão, calcário,...

➔ Rochas magmáticas ou ígneas

Rochas que resultam da consolidação do magma.

Cristalização: Em profundidade, a temperatura é mais elevada e o magma arrefece lentamente, logo

os minerais têm muito tempo para se formarem. Originando rochas plutônicas com textura fanerítica.
(Ex: granito, quartzo,..)
O arrefecimento rápido do magma, origina minerais de dimensão reduzida que só se observam ao
microscópio. Originando rochas vulcânicas com textura afanítica.
(Ex. basalto,...)
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Rochas metamórficas
Resultam de alterações, no estado sólido, de rochas preexistentes por ação dos fatores de
metamorfismo: temperaturas e pressões elevadas, fluidos de circulação e tempo. (recristalização)

1.3 Princípios de raciocínio geológico. Idade e história da Terra.

➔ Princípios de raciocínio geológico
Procuram explicar os processos geológicos.

● Catastrofismo (Georges Cuvier): Defende que as alterações geológicas resultam de

fenômenos catastróficos (rápidos e violentos «O presente é a chave do passado»
● Uniformitarismo (James Hutton e mais tarde Charles Lyell): Defende que os processos Terra:
- são lentos e graduais- gradualismo;
- resultam de processos naturais semelhantes aos que ocorrem atualmente- atualismo;
- são regidos por leis naturais constantes no espaço e no tempo.
● Neocatastrofismo: Tem o uniformitarismo como princípio orientador mas considera que
determinados processos geológicos ocorrem de forma catastrófica.

➔ Estratigrafia
Estuda as sequências de estratos sedimentares (sequências estratigráficas).

➔ Princípios estratigráficos
● Princípio de horizontalidade original: os sedimentos depositam-se, geralmente, em estratos
horizontais.
● Princípio da sobreposição dos estratos: numa sequência de estratos não deformados,
qualquer estrato inferior a outro é sempre mais antigo do que este.
● Transgressão marinha: o nível médio das águas subiu.
● Regressão marinha: o nível médio do mar desceu.
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➔ Fósseis
Restos de antigos organismos ou vestígios da sua atividade, que foram preservados de forma
natural, principalmente em rochas sedimentares.

➔ Fossilização
É o processo de formação dos fósseis. É habitualmente longo e requer um conjunto de condições
específicos (físicos, químicos e biológicos) nomeadamente:
● ambientes anaeróbicos (sem oxigênio) e com temperaturas baixas- ambientes com estas
características ajudam a preservar os restos organismos.
● corpo com partes duras- os seres vivos com partes duras, como ossos, dentes, conhas e
carapaças têm maior probabilidade de fossilizar do que organismos com partes moles, pois
estas decompõem se mais facilmente.
● rápido enterramento após a morte do organismo- a cobertura do organismo por sedimentos,
preferencialmente finas, protege-o de predadores, decompositores e de ambientes ricos em
oxigênio.
Os fósseis permitem datar rochas e reconstruir espécies e paleoambientes.

➔ Tipos de rochas (afloramentos rochosos)

A observação de afloramentos, isto é, formações rochosas expostas à superfície, permite identificar
as diferentes litologias presentes numa determinada região e inferior sobre a sua história geológica.
Para isto, torna.se fundamental recorrer à aplicação de vários princípios estratigráficos.
As rochas estratificadas pouco deformadas correspondem, geralmente, a rochas sedimentares,
enquanto estratos muito deformados e dobrados são constituídos frequentemente por rochas
metamórficas.
As intrusões que atravessam outras formações rochosas são geralmente de rochas magmáticas.

➔ Relevo

➔ Datação relativa e datação absoluta

● Datação relativa: permite estabelecer a sequência cronológica dos acontecimentos
geológicos.
● Datação absoluta: revela uma idade numérica das rochas, geralmente em M.a. A datação
absoluta baseia se no decaimento radioativo de isótopos-pai (instáveis) em isótopos-filho
(estáveis). O tempo de semivida corresponde ao tempo necessário para que ocorra a
desintegração de metade do número inicial de átomos-pai de uma amostra, originando
átomos filho.

➔ Escala de tempo geológico

A escala de tempo geológico divide a história da Terra em eons que por sua vez são divididos em
eras e estes em períodos. A transição entre as principais eras caracteriza-se por episódios de
extinções em massa. As principais eras do Éon Fanerozóico são a Era Paleozoica, a Era Mesozoica
e a Era Cenozóica.
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1.4 O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas

➔ Da Teoria da Deriva Continental à Teoria da Tectónica de Placas
1. Teoria da Deriva Continental
2. Teoria da expansão dos oceanos
3. Teoria da tectónica de placas

➔ Teoria da Deriva Continental

Alfred Wegener- meteorologista e geofísico alemão, autor da teoria da deriva continental. Afirma que
os continentes se movimentam através do globo terrestre.
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A deriva continental é apoiada por dados morfológicos, paleoclimáticos, paleontológicos e

geológicos:

● Dados morfológicos: Complementaridade entre as margens dos continentes, as quais

parecem ajustar-se.

● Dados paleoclimáticos: Vestígios de climas muito frios em zonas que atualmente apresentam
climas quentes e vice-versa.
Indícios de glaciares em em continentes que hoje têm clima tropical.

● Dados paleontológicos: Ocorrência de fósseis de espécies iguais, tipicamente não marinhas,

em diferentes continentes que, atualmente, estão separados por oceanos.
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● Dados geológicos: Existência de formações rochosas mais antigas com litologias

semelhantes em continentes diferentes, que atualmente estão separados.

➔ Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos

Harry Hess e Robert Dietz- Formularam a Teoria da expansão dos fundos oceânicos a partir dos
trabalhos de mapeamento levados a cabo por Bruce Heezen e Maria Tharp.

Principais formas de relevo do fundo dos oceanos:

● plataforma continental
● talude continental
● planície abissal
● dorsal oceânica
● rifte oceanico
● fossa abissal
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Dados que apoiam a Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos:

● morfologia do fundo oceanico (dorsais e riftes médio-oceanicos)
● a idade das rochas da crosta oceânica, que vai aumentando com a distância ao rife

➔ Teoria da Tectónica de placas

Litosfera: inclui a crosta terrestre continental e oceânica, e a parte rígida do manto superior;
encontra-se acima da astenosfera.
Astenosfera: zona do interior da Terra, com cerca de 300 km de espessura, situada abaixo da
litosfera constituída por materiais dúcteis.

Correntes de convecção

● As correntes de convecção são fluxos de material que ocorrem no manto/astenosfera.

Formam-se pela ascensão de material quente e,portanto, menos denso, proveniente de
zonas profundas da Terra, em direção à superfície. Em contrapartida, material menos quente
e, por isso, mais denso, afunda-se para o interior do planeta.
● A ascensão de magma nos riftes leva à formação de nova crosta oceânica e,
consequentemente, à expansão dos fundos oceânicos.
● As fossas abissais são as formas de relevo submarino que caracterizam as zonas de
subducção existentes em profundidade.
● Nas zonas de subducção ocorre a destruição de crosta oceânica, uma vez que quando duas
placas litosféricas colidem, uma delas afunda sobre a outra.
● A densidade é a propriedade que condiciona o afundamento de uma placa litosférica. Quanto
mais densa for uma placa litosférica, maior é a probabilidade de afundar- ser subductada-
sob outra placa litosférica menos densa.
● As placas litosféricas constituídas por crosta continental são menos densas do que as que
são constituídas por crosta oceânica.
● A construção de litosfera oceânica nos riftes é compensada pela sua destruição em zonas de
subducção.
● Existem evidências que, nas zonas de subducção, o afundamento das placas litosféricas
promove a sua deslocação.
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Tipos de limites entre placas litosféricas

● Limites divergentes ou construtivos: o magma ascende nos riftes, as placas litosféricas

afastam-se e há construção de crosta oceânica;
● Limites convergentes ou destrutivos: as placas litosféricas colidem, e pode ocorrer
afundamento e destruição da placa mais densa na zona de subducção;
● Limites transformantes ou conservativos: as placas litosféricas deslizam horizontalmente
umas em relação às outras, e não há criação nem destruição de litosfera.

2.1 Vulcanismo (não sai para o teste)

➔ Vulcanismo primário- vulcanismo central e fissural

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Etapas da atividade vulcânica:

1. O magma, formado em profundidade por fusão parcial das rochas, ascende devido à sua
mobilidade e à densidade inferior à das rochas encaixantes.No final, instala-se na câmara
magmática.
2. A subida do magma ocorre quando a pressão no interior da câmara magmática aumenta
3. Durante a erupção vulcânica, o magma entra em contacto com a superfície terrestre e liberta
os gases dissolvidos, passando a denominar-se lava.
4. A libertação de gases durante a erupção vulcânica pode originar a projeção de materiais no
estado sólido (piroclastos).