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ESTUDO DO PLANEJAMENTO URBANÍSTICO DO COREDE

ALTO JACUÍ

Ana Paula Benvenuti


João Victor Trilha dos Santos

Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ


ESTUDO DO PLANEJAMENTO URBANÍSTICO DO COREDE
ALTO JACUÍ
Urban planning study of Corede Alto Jacuí

Resumo: O presente artigo tem como obejtivo a divulgação de informações do


desenvolvimento regional dentro dos dados coletados pelos Conselhos Regionais de
Desenvolvimento (Corede’s), bem como a análise físico-territorial das características do
municipio de Ibirubá/RS. Sobre as características gerais do município, vale destacar a
participação na produção de insumos e máquinas agrícolas que movimenta grande parte da
economia da região. Ainda que a expansão urbana tenha sido significativa para a cidade nos
últimos anos, a área rural do seu entorno é a maior parte constituinte dos limites do seu
território. A importância da pesquisa se dá na possibilidade de acompanhar as variáveis
referentes ao município e seu entorno, como os investimentos na área da saúde, equipamentos
urbanos, infraestrutura, saneamento, expansão do perímetro urbano, etc. Essas variáveis, além
de importantes medidores usados pelos profissionais e planejadores, também devem ser
divulgadas à comunidade e a todos que buscam participar das decisões e do desenvolvimento
do município.

Palavras-chave: Desenvolvimento regional, histórico dos municipios participantes, Conselhos


Regionais de Desenvolvimento, Corede Alto Jacuí

Abstract: The following article aims to disseminate information on regional development


within the data collected by the Regional Development Councils (Corede's), as well as the
physical-territorial analysis of the characteristics of the municipality of Ibirubá/RS. Regarding
the general characteristics of the municipality, it is worth mentioning the participation in the
production of agricultural inputs and machinery that drives a large part of the region's
economy. Although urban expansion has been significant for the city in recent years, the
surrounding rural territory is the largest part of the limits of its territory. The importance of
the research is given in the possibility of monitoring the variables referring to the municipality
and its surroundings, such as investments in health, urban equipment, infrastructure,
sanitation, expansion of the urban perimeter, etc. These variables, in addition to being
important meters used by professionals and planners, must also be disclosed to the community
and to everyone who seeks to participate in the decisions and development of the municipality.

Keywords: Regional development, history of the participating municipalities, Regional


Development Councils, Corede Alto Jacuí.

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1 INTRODUÇÃO

O presente artigo busca fazer uma reflexão acerca da atuação dos Corede’s, em que são
abordadas as características das regiões que compõem o Corede do Alto Jacuí no estado do Rio
Grande do Sul. Também é descrito um diagnóstico físico-territorial dos municípios
participantes com o auxílio de esquemas e gráficos de representação.
Desse modo, o artigo possibilita a discussão a partir do conteúdo da pesquisa que,
fazendo um panorama geral acerca do tema, auxilia na compreensão dos fatos, também
acrescentando a importância de que todos os cidadãos exerçam o direito de acesso às
informações de cunho público divulgadas pelos órgãos de gestão de cada município.
Ainda sim, para esclarecer os propósitos deste trabalho, os resultados e as discussões se
dividem no estudo da criação dos Corede’s, a partir da Lei 10.283, de 17 de outubro de 1994,
descrição da evolução histórica dos municípios que compõem o Corede Alto Jacuí, com auxilio
de mapas e esquemas, e uma análise de resultados físico-territoriais da área municipal.
Portanto o objetivo dos Corede’s é atuar em suas regiões diante aos desafios referentes
ao desenvolvimento dos municípios que os integram, realizando levantamentos das
características presentes como, por exemplo, os orçamentos anuais dos municípios
participantes, dados populacionais, percentuais quanto à ocupação urbana e rural, além de
fornecer resoluções para melhorar o desenvolvimento regional de forma coletiva.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Acerca da metodologia, segue o formato qualitativo descritivo. A pesquisa é baseada na


revisão bibliográfica dos documentos publicados que constituem o debate como, por exemplo,
Atlas Socioeconômico Rio Grande do Sul, Perfil dos municípios brasileiros/ IBGE 2020,
Planejamento Estratégico Corede Alto Jacuí, além de demais materiais que complementem a
discussão.
É perceptível que a discussão cerca do desenvolvimento regional é de interesse da
população em geral que se encontra nos municípios que fazem parte do Corede Alto Jacuí, já
que, as decisões sobre as questões sociais, econômicas tem impacto direto na qualidade de vida
dos habitantes dos municípios.

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Desse modo, a pesquisa possui grande relevância social, pois seu impacto gera a
divulgação das estatísticas ao público, auxilia na conscientização da comunidade sobre os temas
de maior relevância das cidades, como taxas de desemprego, segurança e saúde, que se tornam
consequências dos investimentos e das prioridades adotadas em cada município.

3 DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS

A criação dos Corede’s (Conselhos Regionais de Desenvolvimento) ocorreu no mês de


junho de 1991, com finalidade principal de possibilitar a participação da sociedade na
formulação e implantação de iniciativas de promoção do desenvolvimento regional, o que seria
feito através deste canal de integração regional (ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 2015).
Entretanto, os Corede’s foram oficializados através da Lei 10.283 de 17 de outubro de
1994, que, em seu artigo 3º, dispõe a estruturação e funcionamento dos Conselhos Regionais
de Desenvolvimento entre outras providências. Segundo o artigo segundo da mesma lei: Art. 2º
- Os Conselhos Regionais de Desenvolvimento têm por objetivo a promoção do
desenvolvimento regional, harmônico e sustentável, através da integração dos recursos e das
ações de governo na região (ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 1994).
No Rio Grande do Sul existem 28 Corede’s divididos nas “Regiões Funcionais de
Planejamento” (RFs), segundo o decreto 45.436 de 2008, com relação ao Corede que diz
respeito ao município de Cruz Alta e região, o Corede Alto Jacuí, possui quatorze município
que compõem seu plano de desenvolvimento, sendo estes: Boa Vista do Cadeado, Boa Vista do
Incra, Colorado, Cruz Alta, Fortaleza dos Valos, Ibirubá, Lagoa dos Três Cantos, Não-Me-
Toque, Quinze de Novembro, Saldanha Marinho, Salto do Jacuí, Santa Bárbara do Sul, Selbach
e Tapera (ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 2015).
O agrupamento em regiões funcionais foi baseado em critérios de homogeneidade
econômica, ambiental e social, além de variáveis relacionadas à identificação das polarizações
de emprego, dos deslocamentos por tipo de transporte, da hierarquia urbana, da organização da
rede de serviços de saúde e educação superior, entre outros, de acordo com esses critérios o
seguinte mapa é utilizado para visualização das divisões dos 28 Corede’s.

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Figura 1 - Divisões regionais dos Corede’s

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul (2022).

3.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA GERAL DOS MUNICÍPIOS DO COREDE ALTO


JACUÍ
3.1.1 Boa Vista do Cadeado

A área territorial do município é de 701.221 km² e conta com uma população estimada
de 2.466 pessoas, com um crescimento de 0,61% em relação ao número estimado em 2010. O
processo de ocupação do então distrito de Boa Vista do Cadeado começou em 1876, em 1886,
os Gabrielenses João Raimundo Silva e Cândida Prates da Silva adquiriram a sede da fazenda
de Maria Tereza Barbosa de Jesus, a mesma usava um enorme cadeado em sua porteira,
tornando a fazenda do cadeado bússola aos colonizadores de Dr. Pestana e Ijuí. Boa Vista, o
povoado, cresceu em uma colina que, do alto, enxergava-se quilômetros de distância da
paisagem, digna de uma "boa vista". Nasce, em 1920, Boa Vista do Cadeado.

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3.1.2 Boa Vista do Incra

A área territorial do município é de 504,114 km², com uma população estimada de 2.628
habitantes, havendo um crescimento de 8,37% em relação a 2010. Por volta de 1839, a área de
Boa Vista do Incra foi adquirida pelo coronel José Lopes da Silva, cinco anos após a criação do
município de Cruz Alta. A área foi dividida várias vezes e, em 1969, a Fazenda Boa Vista foi
adquirida pelo Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA), para reassentamento de parte
das famílias que tiveram suas propriedades atingidas pela construção da Barragem do Passo
Real. Em 1979 foi designada uma comissão com a finalidade de receber do instituto as áreas de
reserva e as áreas destinadas à urbanização, escolas e outros usos. A partir desse ato realizou-
se a urbanização da Vila Boa Vista que a partir da sua emancipação, foi chamada de Boa Vista
do Incra.
3.1.3 Colorado

O município possui uma área territorial de 286.295 km², em relação a 2010, o município
teve sua população reduzida em 13% e, atualmente, conta com uma população estimada de 3.088
habitantes. Por volta de 1890, chegaram os primeiros colonizadores à terra de Boa Esperança,
cuja área pertencia ao município de Passo Fundo. Seus primeiros habitantes foram os italianos,
posteriormente os alemães. Mudou-se o nome para Colorado, devido às águas turvas de um rio
que serve de divisa, com esse nome. O município de Colorado está localizado em área que
pertenceu ao município original de Rio Pardo, e seu povoamento da sede teve seu início em 1906,
quando ainda pertencia ao município de Passo Fundo.
3.1.4 Cruz Alta

A área territorial do município é de 1.360,548 km², sendo sua população estimada em 2021
é de 59.561 habitantes, havendo uma redução de 2% em relação ao estimado em 2010. A história
de Cruz Alta remonta ao final do século XVII, quando uma grande cruz de madeira foi construída
a mando do padre jesuíta Anton Sepp Von Rechegg, em 1698. Mais tarde, com a demarcação do
Tratado de Santo Ildefonso (em 1777), a linha divisória que separava as terras de Espanha das de
Portugal, cortava o território rio-grandense neste exato local. A partir de então, este imenso
“corredor” recebeu um fluxo de pessoas das mais variadas atividades e Cruz alta tornou-se ponto

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de invernada e um grande pouso para milhares de tropeiros das fronteiras com a Argentina e o
Uruguai, que se dirigiam até a Feira de Sorocaba para comercialização de animais. Cruz Alta foi
um dos maiores e mais importantes municípios do Estado do Rio Grande do Sul.
3.1.5 Fortaleza dos Valos

A área territorial de 650.512 km² comporta uma população estimada de 4.252 habitantes.
Em relação ao número de habitantes em 2010, houve uma queda de 7%. A origem de seu nome é
relacionada a enormes valos abertos pelos índios em torno de uma Fortaleza Jesuítica. Outra versão
assegura ter a Fazenda Fortaleza abrigado revolucionários em 1893, com escaramuças entre
republicanos e federalistas, que abriam valos para lhes servirem de trincheiras. Outra versão ainda
é que, na construção da Fazenda Fortaleza, os valos eram feitos para separar as invernadas de gado.
Entende-se que a colonização tenha sido iniciada principalmente por colonos italianos procedentes
de Nova Palma, por volta de 1922, e alemães vindos do Alto Uruguai e da Europa.
3.1.6 Ibirubá

A área territorial do município é de 607.185 km² e a população atual conta com


aproximadamente 20.474 habitantes, 6% de aumento em relação ao estimado em 2010. No início
do povoamento, a sede da colônia foi denominada Barão de São Jacob, e pouco tempo depois o
nome de General Osório. Em 1938 mudou-se o nome para General Câmara. Na visita de um
membro do IBGE ao município, foi sugerido o nome de Ibirubá, que em Tupi-Guarani significa
“Pitangueira do mato”, pois esta é uma árvore persistente que está sempre em crescimento, tal qual
o município.
3.1.7 Lagoa dos três Cantos

O município possui uma área territorial de 138.602 km² com população estimada de 1.604
habitantes. Por volta de 1890 iniciou-se a colonização denominada Colônia do Alto Jacuí. No ano
de 1910 chegou neste local o Senhor Otto Radtke. Algum tempo depois, a parte alta passou a
denominar-se Lagoa dos Três Cantos. Recebeu este nome por causa de uma lagoa existente neste
local, em formato triangular, e que servia de ponto de referência aos primeiros tropeiros e viajantes
da época. A lagoa ainda existe, encontra-se totalmente restaurada e fica junto ao Parque do Centro
Administrativo Municipal, constituindo-se num dos pontos turísticos do município.

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3.1.8 Não-Me-Toque

Com área territorial de 361.689 km² e população estimada em 17.886 habitantes, o


município teve um crescimento demográfico de 12,24% em relação a 2010. Não-Me-Toque é um
município localizado no Planalto Médio do Rio Grande do Sul, na microrregião do Alto Jacuí. Sua
trajetória é marcada pela chegada de descendentes de portugueses que vieram instalar suas fazendas
no território, ainda inexplorado por homens civilizados, na segunda década do século XIX. Ao final
do século as grandes extensões de terras ficaram quase inexploradas e tornaram-se um atrativo para
os imigrantes alemães que, a partir de 1824, chegaram nesta região. No panorama das novas
colônias do Rio Grande do Sul, surgiu a “Colônia do Alto Jachuy”, que no ano de 1897 recebeu um
grande número de imigrantes descendentes de alemães e, em menor número, de italianos, chegados
no final desse mesmo ano. Em 1949, chegaram as primeiras famílias de holandeses e, por este fato,
Não-Me-Toque é considerado o berço da imigração holandesa no Rio Grande do Sul.
3.1.9 Quinze de Novembro

A área territorial de 223.072 km² abriga os 3.810 habitantes e, em 11 anos, houve um


aumento populacional de 4,3%. A colonização iniciou-se no Distrito de Santa Clara do Ingaí, em
1896, com famílias de origem alemã, advindas de Montenegro. Em 1912, foi denominada Colônia
Quinze de Novembro, devido a uma leva de colonizadores que chegaram ao local nesta data.
Posteriormente passou a denominar-se “Núcleo Quinze de Novembro”. A colonização teve seu
início em 1914, pelo topógrafo e agrimensor alemão Alberto Schmidt, que recebera autorização
para colonizar as terras de XV de Novembro, providenciando o loteamento e venda aos
agricultores.
3.1.10 Saldanha Marinho

O município possui área territorial de 221.554 km². Com uma queda de 9,5% no número
de habitantes em relação a 2010, a população atual é de 2.596. Por volta de 1890 os tropeiros
vindos do Paraguai com destino a São Paulo passavam pela localidade e alguns ali fixaram
residência. A ocupação de Saldanha Marinho ocorreu em 1895, com a vinda de migrantes das
colônias velhas, as terras da localidade foram compradas pela colonizadora Castro Silva e Cia
Ltda, que dividiu os lotes urbanos e rurais. As atuais estradas do interior, o traçado urbano, bem

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como a denominação da sede e das ruas, ainda hoje são os mesmos designados pela empresa.
No município predominam os descendentes de alemães (50% da população), italianos (30%) e
o restante (20%) por brasileiros, índios e paraguaios.
3.1.11 Salto do Jacuí

Com área territorial de 507.698 km² o município abriga 12.512 habitantes, um aumento
de 3% em relação à população estimada em 2010. Por volta de 1951, teve uma nova fase na
história, com as construções das Barragens Engenheiro José Maia Filho, Passo Real e Itaúba,
dando impulso ao desenvolvimento socioeconômico da cidade, bem como o povoamento da
região. Antes de sua emancipação o local era chamado de Salto Grande do Jacuí. A origem do
nome do município também é indígena: ‘Jacuí’ (Rio dos Jacús e Rio das Canoas) e por haver
um grande ‘Salto’ (Queda d’água), devido a uma cascata circundada por floresta nativa
nominada de Quedas do Salto Grande.
3.1.12 Santa Bárbara do Sul

O município tem área territorial de 975,799 km² e abriga cerca de 7.813 pessoas, 11,5%
a menos do que a população estimada em 2010. A região de Santa Bárbara do Sul pertencia à
grande estância missioneira do Povo de São Lourenço. Cada estância se subdividia em postos
de criação de gado e vigilância, nos quais construíam-se pequenas capelas. Na década de 1820,
foram concedidas as primeiras “concessões de posse” nesta região. Um dos agraciados foi
Atanagildo Pinto Martins que, em 1826, formou a “Fazenda Santa Bárbara”, origem do atual
município.
3.1.13 Selbach

A área territorial do município é de 176.471 km² e sua população atual conta com cerca
de 5.114 habitantes, um aumento de 3,75% em relação a 2010. Na época em que o regime
republicano se instalou a agricultura de Carazinho foi relegada a plano secundário. A Revolução
Federalista de 1893 agravou a situação. Os latifúndios se tornaram improdutivos e foram vendidos
pelos estancieiros a companhias colonizadoras ou particulares. Em 1897 o Coronel Jacob Selbach
Junior adquiriu, do Governo Federal, parte dessas terras improdutivas. Desta maneira, formou-se
o núcleo inicial de colonização, quando se instalaram os primeiros colonos, todos de descendência

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germânica, em 1905. Porém, o maior fluxo de colonização e povoamento se deu nos anos de 1912
e 1914, que aconteceram em sistema de minifúndios, com venda de pequenas porções de terras,
ainda cobertas por matas, aos descendentes de imigrantes alemães que, em pequenos lotes,
produziam: milho, feijão, trigo, fumo, mandioca e batatas.
3.1.14 Tapera

Com área territorial de 179.935 km², o município teve um aumento de 1% na sua


população em relação a 2010, contando, atualmente, com 10.569 habitantes. Alberto Schmitt,
ao se instalar na região para proceder à medição e colonização das áreas de terras, escolheu um
desmatado. Naquela época o local já era conhecido como Tapera, nome dado em virtude de
existir, próximo ao acampamento de Schmitt, uma casa antiga e abandonada, que se constituía
em uma passagem de quem vinha de Cruz Alta. Os primeiros habitantes do local foram os
descendentes dos alemães e italianos, procedentes de São Sebastião do Caí, Santa Cruz do Sul,
Garibaldi e dos primeiros municípios surgidos. No fim do século XIV surgiu a colônia do Alto
Jacuí, e, mais precisamente no ano de 1891, o povoado de Tapera pertenceu a Passo Fundo. Em
18 de dezembro de 1954, foi criado o Município de Tapera. Instalado em 28 de fevereiro de
1955.
3.2 ANÁLISE TERRITORIAL DO MUNICÍPIO DE IBIRUBÁ

O planejamento setorial visa o ordenamento espacial da área sob planejamento ou a


regulamentação dos usos e da ocupação do solo ao traçado das vias. (Ferrari, 2004).
No município de Ibirubá a população estimada pelo censo demográfico de 2010 é de
19.310 habitantes, onde 15.342 possuem a área urbana e 3.968 na área rural, a estimativa para
o ano de 2021 é que o número seja de 20.474. Pertence à microrregião de Cruz Alta e a
mesorregião Noroeste do Rio Grande do Sul, essa configuração próxima a cidades com foco a
indústria metal mecânica e a agricultura, faz com que sua principal fonte de investimentos
seja no segmento de máquinas e implementos agrícolas, junto a produção de insumos
agrícolas como sementes e matéria orgânica e comércio alimentícios como milho, trigo, soja
entre outros alimentos da produção agrícola.
Embora ocorra apresença de equipamentos e serviços urbanos, estes não se localizam
de forma homogênea pela cidade sendo que a maioria se concentra na área urana central onde
há facilidade de acesso pelas vias principais e maior presença de calçamento para o pedestre.

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Figura 2 - Mapa de equipamentos urbanos na área urbana

Fonte: Google Earth; (2022).

Figura 3 - Vias urbanas de Ibirubá

Fonte: geoftp.ibge.gov.br; (2022)

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Figura 4 – Localidades do entorno urbano

Fonte: Google Earth; (2022)

Figura 5 - Via urbana de Ibirubá

Fonte: Prefeitura Municipal Ibiruba; (2022).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apartir dos dados, o papel dos Corede’s no estado do Rio Grande do Sul é de grande
importancia para o desenvolvimento consciente dos municípios e sua população, com base
nos critérios de avaliação das características sociais , economicas e culturais, a região de
Ibirubá possui grande relevancia para a contribuição dos índices de desenvolvimento do
estado e do país.

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Contudo, o município de Ibirubá pode adequar ao uso do seu território a qualidade uso
do espaço urbano a todas as localidades, ampliar o acesso aos equipamentos urbanos e os
recursos que se encontram na área central dá aos habitantes maior engajamento nas atividades,
e participação no movimento de rescursos da região.
Dessa forma, é proposto o debate e a divulgação junto a comunidade das decisões que
diferem na estérica e qualidade da cidade, junto dos órgão públicos, empresas que prestam
serviços ao município e a população devem estar cientes dos acontecimentos que impactam a
vida e provocam mudanças na estrutura urbana e rural, ainda que pouco divulgado os canais
de transmissão dos eventos locais permancem a disposição do público, conhecendo as
necessidades pela participação da comunidade os setor do poder municipal podem gerar
resultado e se fazerem mais úteis de forma ampla a todos os habitantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CONSELHO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO ALTO JACUÍ. Cruz Alta, RS:


UNICRUZ, 2017. Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional 2015-2030: COREDE
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Acesso em: 29 set. 2022.

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