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Maria Tereza de Alencar (1), Luis Eduardo Santiago dos Santos (2)
INTRODUÇÃO
O presente trabalho traz como foco de abordagem o Território de Desenvolvimento
Chapada Vale do Rio Itaim (Mapa 1), sendo este o resultado do desmembramento do
Território Vale do Rio Guaribas, conforme a Lei complementar no 6.967/2017.
METODOLOGIA
Com isso, os principais autores utilizados na pesquisa foram Souza (2021), Sousa;
Dantas et al (2021), dados da CEPRO (2004), CPT (2013) e MAPA DOS CONFLITOS
(2010). Além de ter sido de suma importância os relatos dos moradores do Território Vale do
Rio Itaim, sendo estes encontrados em sites de notícias, pois com eles foi possível identificar
como a população é impactada com o avanço da mineração.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para Souza (2021 p. 169) “a região formada pelo município de Paulistana e demais
municípios vizinhos no território Vale do Rio Itaim estão sendo considerados pelo Governo
do Estado e por setores do capital privado como a nova fronteira mineral do Estado”. No
entanto, observa-se que há escassez de dados referentes ao Território do Vale do Rio Itaim,
em virtude do seu recente desmembramento do Território de Vale do Rio Gurguéia, em 2017.
Dessa forma, visando a extração de minério de ferro, a empresa Brasil Mineração
Mineral (BEMISA) iniciou em março de 2014 o projeto Planalto Piauí, com sede na cidade de
Paulistana e com ações nos municípios de Curral Novo e Simões (MAPA DE CONFLITOS,
2010). E outra empresa que age nesse Território de Desenvolvimento é a Transnordestina, na
qual é usada para a escoação dos minérios.
Com isso, destaca-se que o Estado cria subsídios para a chegada dessas empresas com
a ideia de desenvolvimento, e a partir desses ideais que surgem os conflitos no território
brasileiro e piauiense, onde estão quase sempre atreladas a estratégias governamentais e
empresariais voltadas aos supostos desenvolvimentos e modernidade para a região apoiados
em grandes projetos desenvolvimentistas. Sousa; Dantas et al (2021, p.292).
Além disso, uma tática usada pelas grandes empresas, é a de pressão, forçam a
população a venderem suas terras a preços abaixo do valor de mercado, caso não ocorra a
venda, utilizam da força para os expulsarem da terra, como mostra o relato da agricultora
Maria Luzinete Carvalho, moradora do povoado Sítio do Juá, Curral Novo: “Eles (a empresa)
estão ameaçando a gente. Disseram que, se eu não assinasse o documento de venda da minha
terra, iriam chamar a Polícia Federal para colocar a gente pra fora”. CPT (2013) .
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas, 1999.