Você está na página 1de 34

DESENVOLVIMENTO LOCAL, FRONTEIRAS AGRÍCOLAS E MATOPIBA: análise

dos municípios de Barreiras, Formoso do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério
entre 2013 e 2017.

Amarildo Costa Lima1


Maiara Conceição Castro2
Aniram Lins Cavalcante3
Zina Angélica Caceres Benavides4

RESUMO

O desenvolvimento é um dos principais desafios nas comunidades. O advento do local surge


da necessidade de encontrar mecanismos de solução para as disparidades regionais,
formulando políticas que tenham um enfoque de desenvolvimento local. Dessa forma,
objetivo do artigo é analisar a política de expansão agrícola da MATOPIBA em relação ao
desenvolvimento local no recorte dos municípios de Barreiras, Formoso do Rio Preto, Luís
Eduardo Magalhães e São Desiderio nos anos de 2013 e 2017, utilizando-se da análise
quantitativa com dados do orçamento e do Produto Interno Bruto (PIB) desses municípios. A
metodologia utilizada é a pesquisa documental, por meio levantamento bibliográfico, e a
análise de dados, balanço orçamentário e PIB, extraídos respectivamente do Sistema de
Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi) e o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados encontrados demonstram um aumento nas
receitas orçamentárias desses municípios e o maior volume de transferências correntes, e
também, um crescimento significativa no PIB desses municípios.

PALAVRAS-CHAVE: MATOPIBA. Desenvolvimento local. Política Pública.

INTRODUÇÃO
1
Mestrando em Economia Regional e Políticas Públicas. E-mail: aclima@uesc.br.
2
Mestranda em Economia Regional e Políticas Públicas. E-mail: mccastro@uesc.br.
3
Professora do PERPP/UESC. Doutora em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PRODEMA/UESC).
E-mail: anyranlyns@gmail.com.
4
Professora do Departamento de Economia/UESC. Doutora em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
(UFRRJ). E-mail: zacbenavides@uesc.br.
As fronteiras agrícolas tem o objetivo elementar de ser uma área de fornecimento de
itens necessárias para as demandas globais, de modo a instituir uma reciprocidade entre
lugares envolvidos. As dinâmicas ocorridas nesse contexto, empenham os atos dos agentes
sociais, econômicos e públicos de maneira a produzir os aportes necessários para a promoção
da reorganização territorial, devendo-se levar em conta que as atividades produtivas são
voltadas para a escala globalizada e carregadas de racionalidade nos dias atuais.
Nesse contexto, o MATOPIBA é considerada a última fronteira agrícola do país, a
região do MATOPIBA é formada por quatro mesorregiões limítrofes (uma parte considerável
do Maranhão, o Tocantins, em sua totalidade, a parte sul do Piauí, e o oeste da Bahia). Esse
acrônimo criado a partir das iniciais desses respectivos estados abarca 337 municípios, sendo
30 municípios pertencentes ao estado da Bahia, 139 do Tocantins, 135 do Maranhão e 33 do
Piauí, localizados no bioma Cerrado, predominantemente no centro/nordeste do Brasil, em
que se concentra intensivamente o desenvolvimento da agricultura de alta produtividade.

FIGURA 1 – REGIÃO DA MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia)

Fonte: Google Maps (2020).


Nas últimas décadas, a região do MATOPIBA passou por uma diversidade de
transformações economicamente, socialmente e, sobretudo em sua dinâmica de ocupação do
solo ocasionada pela expansão da atividade da pecuária e da agricultura, voltada para a
produção de fibras e grãos, especialmente da soja.
A nível de compreensão, Buarque (1999) afirma que a gênese do desenvolvimento
local deu-se a partir do enfraquecimento estatal como intermediário de conflitos sociais e
regulamentador dos aspectos econômicos, direcionando o país para um desenho pautado na
descentralização administrativa, em que esse desenvolvimento passou a ser um caminho para
o desenvolvimento econômico fundamentado nos índices externos de expansão da capacidade
produtiva, rentabilidade e fatores de produtividade.
O objetivo do artigo é analisar a política de expansão agrícola da MATOPIBA em
relação ao desenvolvimento local no recorte dos municípios de Barreiras, Formoso do Rio
Preto, Luís Eduardo Magalhães e São Desiderio nos anos de 2013 e 2017. Especificamente,
busca-se verificar o reflexo da política do MATOPIBA nas transferências
intergovernamentais e nas receitas municipais no período e verificar a evolução no Produto
Interno Bruto municipal, com foco no setor de agricultura e serviços.
A conclusão do artigo é que a política do MATOPIBA adicionou mecanismos
diferentes de fomentar o desenvolvimento, tanto em esfera local e global. Os municípios
pesquisados aumentaram efetivamente suas receitas, por meio das receitas tributárias e
transferências correntes, bem como tiveram um desempenho significante do PIB. As
transferências intergovernamentais, em um estado federativo, passam a buscar a redução das
disparidades inter-regionais, adotando uma função equalizadora das distinções entre o
desenvolvimento dos entes federativos locais. Assim, as transferências devem sempre buscar
a promoção da redução das desigualdades, em que os municípios menos desenvolvidos
recebam maiores valores de transferências e os mais desenvolvidos menos recursos.
2. METODOLOGIA

A metodologia empregada neste estudo possui natureza descritiva, exploratória e


qualitativa, buscando elucidar e construir o entendimento acerca da dinâmica dos fenômenos
abarcados. Portanto, está dividida em duas etapas:

2.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A construção de um referencial limita-se a materiais já desenvolvidos por demais


autores. Assim, Gil (2002) complementa que uma pesquisa bibliográfica desenvolve por
intermédio de material pré-existente e com acesso público. Dessa forma, para elaboração do
referencial desse artigo, foram consultados artigos, monografias, livros, dissertações e demais
arquivos de tom científico, em plataformas de busca e base como o google scholar, sCIelo,
periódicos da CAPES e revistas. As palavras-chaves: fronteiras agrícolas, transferências
intergovernamentais, entes federativos, fluxos, MATOPIBA, desenvolvimento local e
orçamento público, foram utilizadas para mecanismo de busca e delimitação de área.

2.2 COLETA E TRATAMENTO DE DADOS

Complementarmente ao desenvolvimento do referencial teórico, utiliza-se o


embasamento em dados secundários para atingir o objetivo proposto pelo artigo. De acordo
com Gil (2008, p. 51) a pesquisa documental é “[...] vale-se de materiais que não receberam
ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos
da pesquisa”.
Dessa forma, a relação entre a expansão da fronteira agrícola, advinda com a Política
do MATOPIBA, e o desenvolvimento local é analisado com dados do orçamento público
(receitas e despesas) dos municípios e o Produto Interno Bruto (PIB) municipal. De maneira
específica, a análise pela ótica do Orçamento Público consiste em verificar a evolução dos
seguintes componentes:
TABELA 1 – COMPONENTES DAS RECEITAS E DESPESAS
RECEITAS BRUTAS REALIZADAS DESPESAS LIQUIDADAS

1.0.0.0.00.00.00 - Receitas Correntes 3.0.00.00.00.00 - Despesas Correntes


1.1.0.0.00.00.00 - Receita Tributária 3.1.00.00.00.00 - Pessoal e Encargos Sociais
1.2.0.0.00.00.00 - Receitas de Contribuições 3.3.00.00.00.00 - Outras Despesas Correntes
1.3.0.0.00.00.00 - Receita Patrimonial 4.0.00.00.00.00 - Despesas de Capital
1.7.0.0.00.00.00 - Transferências Correntes
1.9.0.0.00.00.00 - Outras Receitas Correntes
2.0.0.0.00.00.00 - Receitas de Capital
Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do Finanças Públicas – FINBRA (SICONFI), 2020.
Os dados foram extraídos das Finanças Municipais (FINBRA) do Sistema de
Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Sinconfi), entre os anos de 2013
a 2017. O objetivo desses dados é analisar, principalmente, o comportamento das receitas
tributárias e transferências correntes nos municípios.
A segunda variável analítica é o Produto Interno Bruto municipal, justamente, por
apresentar numericamente a produção total dos municípios de forma anual, e delimitar a
participação de cada setor na composição total do PIB. Inicialmente, os dados brutos foram
extraídos da Base da Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e,
separados por 5 categorias: 1 – Produto Interno Bruto total; 2 – Valor adicionado ao PIB no
setor da Agropecuária; 3 - Valor adicionado ao PIB no setor da Indústria; 4 – Valor
adicionado ao PIB no setor de Serviços - exclusive administração, defesa, educação e saúde
públicas e seguridade social; 5 – valor adicionado ao PIB no setor de Serviços -
administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social.
Os valores obtidos do Orçamento Público e do Produto Interno Bruto foram
deflacionados para o mês dezembro/2017, conforme índice de correção 1,2894542 do período
(janeiro/2013 a dezembro/2017) pelo indicador IGP-M (FGV), obtido diretamente no Banco
Central do Brasil.

2.3 ÁREA DE ESTUDO

O artigo utiliza-se do recorte delimitativo composto por 4 municípios da região


MATOPIBA, localizados no estado da Bahia, na região intermediária e imediata de Barreiras.
Os municípios do estudo são: Barreiras, Formoso do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães e
São Desiderio. Conforme o Instituto de Economia Agrícola (2020) eles são responsáveis pela
produção de grãos da Bahia, configurando-se entre os 50 maiores produtores de milho e soja
do Brasil.
FIGURA 2 – MUNICIPIOS INTEGRANTES DA REGIÃO MATOPIBA

Fonte: Elaborado pelos autores conforme dados do Google Maps (2020).


Os municípios possuem uma área de 42.878,41 km², sendo Formosa do Rio Preto o
maior em área territorial (15.634,33 km²). A população é estimada 307.260 mil habitantes,
conforme estimativa 2020 do IBGE. O Produto Interno Bruto Municipal (2017) do recorte
regional é de R$ 12.794.683,95 (x1000), com destaque para Luís Eduardo Magalhães com um
PIB de R$ 4.804.729,45 (x1000), de acordo com o IBGE (2020).

3.
4. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 FRONTEIRAS AGRÍCOLAS E A POLÍTICA DO MATOPIBA

No Brasil, diversas áreas passaram por constantes e excessivas modificações espaciais,


deixando de serem espaços pouco usados ou preservados para adotar novos processos de
caráter econômico. Esses espaços assumiram novos desenhos indenitários, pois sofreram
alterações desencadeadas no âmbito espacial e reestruturação territorial, devido as
transformações dessas áreas que tornaram-se fronteiras agrícolas, sendo resultado do fluxo de
migrantes e da modernização da agricultura. A partir dessas transformações incididas nessas
áreas, surge uma nova configuração acarretada por esses migrantes, modificando não somente
o meio ambiental, como também a cultura e a economia local (MARION et. al. 2005).
Para definir as fronteiras agrícolas é necessário levar em consideração uma infinidade
de aspectos variados, podendo ser caracterizadas como as áreas que fornecem muitas
oportunidades de recursos naturais (recursos florestais, minerais ou solos) e alta
potencialidade agropecuária que apresentam, sendo essas regiões pouco exploradas
economicamente e parcialmente ocupadas, consistindo em espaços ou “vazios”, não estando
conectadas à um centro tradicional através de fatores relacionados as infraestrutura
insuficientes, condições naturais e localização, entre outros, apresentando uma ocupação em
níveis aquém de suas potencialidades ou ainda incipientes (REDWOOD III, 1979).
Fronteiras agrícolas designam áreas despovoadas ou esparsamente povoadas por
populações que se dedicam à exploração dos recursos naturais e que vêm sendo
submetidas a processos de ocupação em decorrência da alta potencialidade
agropecuária que apresentam. Estas áreas vêm passando por processos de imigração,
em decorrência da atração induzida por programas públicos de incentivos fiscais e
financeiros à produção agropecuária e de construção de estradas, e por projetos de
investimentos privados (FUNDAJ, 1995, p. 5).

Já Saywer (1981) conceitua as fronteiras agrícolas como uma área potencial, que
configura-se como um espaço que ofereceria condições para a expansão (e, em ocasiões, para
retração) de atividades econômicas do setor primário, principalmente da agropecuária.
No território brasileiro, as áreas de fronteiras agrícolas têm concebido historicamente a
incorporação e a exploração da inserção de novas terras ao setor agrícola, em que são
desenvolvidas atividades distintas e de múltiplas formas. As características comuns a essas
regiões não são mais apresentadas por muitas áreas ainda chamadas de fronteiras, pois já
foram abarcadas pelos processos agrícolas de produção capitalista.
As fronteiras não devem ser vistas como um paradigma desvinculado do modelo
agrícola do país, muito pelo contrário, essa caracteriza-se como intrinsecamente relacionado,
sendo decorrente do processo de modernização e globalização do âmbito rural, tornando-se
igualmente áreas de vulnerabilidade.
No viés político, as fronteiras se tornam uma saída para as diversas preocupações
sociais existentes no espaço rural, em que alternativas políticas são utilizadas para a promoção
de transformações profundas estruturais.
Sob a perspectiva econômica, as fronteiras agrícolas passam a assumir uma natureza
reguladora no que abarca os preços dos produtos alimentícios básicos para o consumo da
população urbana. Assim, por meio do escoamento dos excedentes da pequena produção, o
suprimento do mercado nacional exercendo uma função de estabilizador dos preços. Em
outras, a fronteira, pode ser usada como instrumento regulador do processo de acumulação de
capital, não apenas ofertando novas possibilidades para a aplicação do capital privado/público
já acumulado, mas também no sentido de permitir maior controle sobre a oferta de trabalho
(REDWOOD, 1979).
Na conjectura social, essas fronteiras configuram-se como uma tendência dos fluxos
migratórios, especificamente das populações localizadas nas áreas rurais. Essas fronteiras
acabam se transformando em espaço de reprodução do campo que é execrada das regiões de
agricultura mais avançada. Essa orientação é visualizada nestas regiões campestres em que
produtores migram, majoritariamente do Sul e Nordeste brasileiro (FIGUEIREDO;
TRIGUEIRO, 1986).
Partindo-se de uma ótica bem mais abrangente, observa-se que as distintas fronteiras
desempenham dinâmicas específicas, de acordo com a preponderância de uma ou outra frente
em sua trajetória. As constantes mudanças na trajetória das fronteiras amparam-se na adoção
de novas técnicas apropriadas às particularidades de cada área.
Diversas áreas brasileiras possuem suas especificidades, especialmente as que
localizam-se no Bioma Cerrado, em que existem áreas que desempenham tanto a prática da
pecuária, que até o final da década de 1980 tinha essa como principal atividade produtiva, e
recentemente voltando-se para a produção agrícola, acometidas pelas condições climáticas
adequadas e possibilitando oportunidades de expansão da região.
O fluxo migratório entre o rural/urbano e a colaboração para uma menor pressão sobre
o mercado de trabalho nos centros de grande/médio porte é mitigado pelo processo de
expansão da fronteira ainda que exista a presença de embates, utilizando ferramentas de
minimização de coações sociais e demográficas em áreas rurais desalentadas.
A expansão produtiva no Cerrado brasileiro é visível, sobretudo pela inserção do
MATOPIBA, destacando-se na produção de grãos. Essa notável abrangência dessa região
ocorreu pelas oportunidades ofertadas pelo MATOPIBA, que alcançou notoriedade no cenário
agropecuário do país, tornando-se uma grande fronteira agrícola brasileira nos últimos anos.
As condições necessárias para esse desenvolvimento como, o clima adequado e a qualidade
do solo ao cultivo das principais culturas de fibras e grãos como (milho, algodão, soja, entre
outros) propiciaram o avanço grandioso da região e o progresso da atividade agrícola.
Foi na década de 1970, que o agronegócio iniciou a exploração dessa região
impulsionada pela modernização da agricultura, e pela injeção de incentivos fiscais e
financeiros à atividade produtiva. No entanto foi apenas em 2015 por meio do decreto 8.447,
que o governo federal oficializou e priorizou o MATOPIBA, possibilitando a criação das
políticas para o desenvolvimento econômico da região que culminou na proposta de criação
da Agência de Desenvolvimento.
Assim, foi criado o plano de Desenvolvimento Agropecuário (PDA) do MATOPIBA
que prevê o planejamento e direcionamento de programas, projeto e ações federais, de modo a
fomentar investimentos para o desenvolvimento da região, instalando infraestruturas
apropriadas para a pecuária e, produção e escoamento da fibra e dos grãos. O Decreto do
Plano de Desenvolvimento Agropecuário de MATOPIBA é um mecanismo de planejamento
para a modernização, mobilidade social, competitividade, sustentabilidade e incremento da
renda, possuindo como diretrizes fundamentais:
I - desenvolvimento e aumento da eficiência da infraestrutura logística relativa às
atividades agrícolas e pecuárias; II - apoio à inovação e ao desenvolvimento
tecnológico voltados às atividades agrícolas e pecuárias; e, III - ampliação e
fortalecimento da classe média no setor rural, por meio da implementação de
instrumentos de mobilidade social que promovam a melhoria da renda, do emprego
e da qualificação profissional de produtores rurais (BRASIL, 2015, p. 1).

Inicialmente, a região foi povoada por pequenos agricultores e grandes


pecuaristas, no entanto o padrão de uso da terra transformou-se rapidamente na última
década. Nos dias atuais, essa região possui cerca de 324 mil estabelecimentos agrícolas, 781
assentamentos de reforma agrária e áreas quilombolas, 35 terras indígenas e 46 unidades de
conservação, totalizando 73 milhões de hectares de áreas legalmente atribuídas e uma
população aproximada de 6 milhões de habitantes, sendo esses agricultores familiares,
quilombolas, povos indígenas, além da população que vivem tradicionalmente.
Nessas quatro mesorregiões são registradas proporções distintas pela complexidade
socioeconômica e variedade de sistemas de produção, no que diz respeito a ocupação,
retração, infraestrutura, cenários, potencialidades e intensificação agrícola, apresentando
níveis bastante desiguais em relação aos fluxos e articulações mercantis em suas múltiplas
atividades.
De acordo com Mondardo; Azevedo (2019), essas áreas apresentam um cenário
marcado por profundas modificações, mostrando o retrato invasivo relativo a um modelo de
produção totalizante e hegemônico. Com esse modelo de produção, busca-se transformar a
área supracitada em um ambiente empreendedor e seleiro global, em que há uma
preponderância das grandes propriedades rurais pelo conjunto de agentes econômicos
atuantes, configurando-se em uma teia de negócios, conectados tanto com a produção, quanto
com a distribuição e circulação das matérias- primas, que são escoadas e que são designadas
para promover o abastecimento de mercados.
A expansão das atividades produzidas na região do MATOPIBA ocorreu a partir do
desmatamento abrangente das áreas sendo as mesorregiões da Bahia e do Tocantins, as áreas
mais desmatadas nos anos que antecedem 2002, e Maranhão e Piauí estando entre os estados
com maiores índices de áreas desmatadas, recentemente.
O MATOPIBA é responsável pelo desenvolvimento de atividades do agronegócio
como a pecuária e, pela produção de fibras e de grãos tais como: milho, arroz, sorgo,
mamona, amendoim, soja, algodão herbáceo, feijão e fava, estando em evidência: o milho,
arroz, algodão e a soja. Para Bolfe et. al. (2017), nessa região, no que abarca a plantação do
milho foi constado que nos anos de 1995, que a área plantada total foi 647.169 ha e 2005
562.033 ha, em que o aumento produtivo desse grão apresentou um progresso de 1,6 milhões
de toneladas em 2004 para 5,3 milhões de toneladas em 2014. Em relação a soja,
contabilizou-se em relação a área plantada 591.276 ha, em 1995 e 1.795.831 ha, em 2005,
sendo produzidos em 2004, 4,31 milhões de toneladas. Ambas as expansões das produções,
demonstram uma relação intrínseca com à ampliação das áreas colhidas. Assim, a cada ano
aumentam o quantitativo da produção agrícola do complexo da soja e milho na região.
Das atividades agrícolas desenvolvidas na região, a produção da soja na região,
demanda a injeção de maiores valores de capital nos estabelecimentos rurais, pois os
empregos suscitados por essa monocultura possui um custo mais elevado, dado o
investimento em função da mão-de-obra ocupada.
No que diz respeito ao escoamento da soja produzida nos últimos 10 anos em toda a
região do MATOPIBA, pode-se citar país como a China, que consiste no maior comprador da
soja produzida na região do MATOPIBA; Indonésia; Tailândia; Alemanha e Holanda. No ano
de 2018, cerca de 5.189.717 toneladas de produtos provenientes da soja, foram importados
para a China (SILVA; CRAVEIRA, 2019). O milho, por sua vez, faz com que o Brasil seja o
maior exportador mundial desse produto. Os fluxos de escoamento do milho e da soja
destinados à exportação seguem os corredores multimodais, sendo utilizados os modais
ferroviários, rodoviários e marítimos.
Assim, diante da expressividade das produções agrícolas do MATOPIBA, elenca-se
que o panorama das noções socioespaciais encontradas nessa região, ampara-se em um
constructo baseado no progresso do agronegócio perenizado sob a luz de uma conjuntura
vinculada à continuidade das ambições e ensejos inerentes a uma alta sociedade dominante
que possui o poder de direcionar os processos e as políticas no âmbito político-econômico,
emergindo mecanismos dotados de uma natureza economicista, degradante e desigual
(FILHO; FILHO, 2008).
Nos aspectos econômicos da região relacionado ao desenvolvimento da agropecuária,
nos últimos anos houve um crescimento relevante do PIB a preços correntes do MATOPIBA.
Todavia, quando aborda-se sobre o PIB per capita essa positividade não é encontrada, já que
enquanto o PIB per capita, mesmo em avançando, em sua totalidade apresenta-se abaixo da
média da região Nordeste e do Brasil, em contrapartida, nos últimos anos, o PIB vem
mostrando-se elevado e em constante crescimento.
No que se refere à conjectura social, pois o MATOPIBA apresenta um paradoxo, em
que há um crescimento acentuado do agronegócio em detrimento de gravíssimos problemas
relacionados a pobreza e a miséria permanente da população local. A região é assolada pelo
desencadeamento de problemas sociais alarmantes, mesmo com a expansão da agropecuária e
dos resultados positivos relacionados a produtividade da soja, existe heterogeneidades
concernentes à ascensão da produção dos grãos, ocorrendo a evidência da concentração de
renda, e consequentemente o desenvolvimento desigual dos locais que estão inseridos nessa
região.

3.2 O DESENVOLVIMENTO LOCAL E AS TRANSFERÊNCIAS


INTERGOVERNAMENTAIS

O cenário do Brasil é marcado por uma infinidade de contundentes disparidades


socioeconômicas. Como maneira de solucionar essas desigualdades territoriais, são lançados
mecanismos de planejamento regional e políticas de intervenção do estado que encontram-se
em pleno colapso acarretando no fortalecimento de alternativas e propostas do modelo
clássico de desenvolvimento.
Entre essas alternativas, pode-se elencar o desenvolvimento direcionado à localidade
que emergiu como uma nova proposta com a finalidade de incentivar e responder o
desenvolvimento econômico, possuindo uma base endógena e buscando criar políticas que
atendam particularidades de cada local, de modo a atender as necessidades em todas as
dimensões e reduzir as desigualdades sociais. O desenvolvimento está intrinsecamente
atrelado a redução de desequilíbrios relacionados a uma população, definindo-se como um
processo formado por distintas dimensões tais como: institucional, política, econômica,
ambiental, social e cultural.
Os discursos em torno do desenvolvimento local assumiram uma ampla e larga escala,
pois não há um consenso entre os teóricos e pensadores dessa temática havendo uma
contundente divergência. Os primeiros indícios de interesses pelo paradigma do
desenvolvimento local como instrumento voltado para o bem-estar social suprindo as
demandas sociais de certa região/local emergiram na Europa.
No Brasil, as discussões sobre o desenvolvimento local passam a se destacar, com a
ocorrência de três processos primordiais na conjuntura do país: a exploração acentuada do
ambiente natural, o processo acelerado da globalização e a promulgação da constituição de
1988.
Segundo Becker (1991), o desenvolvimento local configura-se em uma fronteira
experimental que possibilita o desempenho de novas práticas, atuando como um elemento
transformador sócio-político-econômica. Esse desenvolvimento tem como pretensão
potencializar as dinâmicas locais, beneficiando o fortalecimento do aspecto social
comunitário, embora receba investimentos exógenos.
O desenvolvimento local é abarcado pelas perspectivas endógenas de crescimento
econômico, bem como por potencialidades dos agentes locais, incrementando e enfatizando a
sustentabilidade ambiental, melhorias das condições de vida populacional e distribuição de
renda (MILANI, 2005). Esses três fatores são intrinsecamente interdependentes e estão inter-
relacionados. A dimensão econômica desencadeia a melhoria das condições de trabalho e,
acréscimo da riqueza e da renda, possibilitando consequentemente o avanço das
oportunidades sociais. A questão ambiental, por sua vez, essa está diretamente relacionada a
dimensão social.
Esse ampara-se em políticas influenciadas pelos atores locais e abrange uma
diversidade de estratégias, tendo como finalidade propiciar uma integração no
desenvolvimento econômico em escala macroespacial, intermediados por elementos
endógenos, a partir da utilização dos potenciais: humanos, culturais, econômicos e naturais e
intrínsecos a uma localidade.
Esses elementos são intrínsecos ao desenvolvimento local endógeno, em que o local é
visto como passível da prática da solidariedade, articulação interna e cidadania, sustentando
em sua abordagem um viés mais democrático, assegurando que o processo de
desenvolvimento possibilite a descentralização e participação dos envolvidos, com um
enfoque na solidariedade local (BRAGA, 2002).
O desenvolvimento local baseia-se na execução de políticas de fortalecimento e
qualificação das estruturas internas de um território, visando à consolidação de um
desenvolvimento genuinamente local e criando condições sociais, políticas e
econômicas para a geração e atração de novas atividades produtivas e fortalecimento
dos laços orgânicos de solidariedade local. O termo desenvolvimento local indica
um conjunto de práticas e perspectivas que permitem evidenciar questões
relacionadas com os sentidos atribuídos à noção de crescimento econômico e dos
seus atores e espaços de gestão social. Assim, o desenvolvimento é consequência da
democracia e da organização social que se instituem pela presença e pelo
fortalecimento do capital social. (SENHORAS, 2007, p. 8).

O fortalecimento do capital social permite um maior desenvolvimento da sociedade.


Pois, uma maior ocorrência da interação entre os indivíduos, relações sociais, infraestrutura
direcionado ao bem-estar e a cooperação implica em um capital social capaz de colaborar
substancialmente para o desenvolvimento local (PUTNAM, 2006). Assim, tudo o que
proporciona a cooperação entre os indivíduos como: participação, normas, nível de confiança
e os valores são inerentes ao capital social e dependente das dimensões políticas, culturais e
sociais.
Em suma, o desenvolvimento local é uma proposta baseado no aspecto sociocultural
do desenvolvimento em que busca-se sensibilizar e mobilizar os atores locais e proporcionar
uma gestão compartilhada.
O desenvolvimento local dentro da globalização é uma resultante direta da
capacidade dos atores e da sociedade local se estruturarem e se mobilizarem, com
base nas suas potencialidades e a sua matriz cultural, para definir e explorar suas
prioridades e especificidades, buscando a competitividade num contexto de rápidas e
profundas transformações. No novo paradigma de desenvolvimento, isto significa,
antes de tudo a capacidade de ampliação da massa crítica e da informação.
(BUARQUE, 1999, p.15).

Destarte, o desenvolvimento local consiste em uma política desenvolvida no/para o


domínio local, sendo uma estratégia presciente da implantação e das transformações
referentes ao processo de reorganização social e econômica e fundamentando-se em novas
medidas estruturantes consideravelmente distintas das políticas do modelo clássico de
desenvolvimento.
O desenvolvimento econômico desencadeia o desenvolvimento social, sendo o que o
inverso dessa afirmativa não é verdadeira. A princípio buscava-se promover a implementação
de iniciativas de geração de emprego, focalizando-se essencialmente no desenvolvimento
econômico local. Entretanto, as iniciativas ampliaram seu enfoque e passaram a atuar sob uma
perspectiva mais social e humanizada, abarcando as questões socioeconômicas e tendo a
participação efetiva dos atores inseridos na sociedade civil.
Nesse contexto, o desenvolvimento local tornou-se uma ferramenta e um paradigma
voltado para discussões e compatibilização da sociedade civil que transpõe a esses atores
envolvidos, a competência das estratégias sustentáveis direcionadas a inclusão social. Assim,
a legitimidade do desenvolvimento local torna-se função da pluralidade e engajamento de
atores.
As relações sociais e econômicas ocorridas em uma determinada localidade
possibilitam o surgimento da valorização do padrão de desenvolvimento social com
embasamento local. Todavia, em um processo de globalização vigente no mundo
contemporâneo permeado, o caráter macroestrutural do desenvolvimento não pode ser
disfarçado pela autossuficiência e endogenia (JUNQUEIRA, 2000).
Diante dos desafios da globalização, o desenvolvimento local endógeno, de acordo
com Braga (2002), propõe duas alternativas singulares: a adoção de uma estratégia de
desenvolvimento local ou uma estratégia de desenvolvimento exógeno, essa última alternativa
mostra-se limitada dentro do contexto globalizado, que é formado por uma infinidade de
fluxos.
Nesse viés, o desencadeamento dos fluxos em níveis globais, dá-se frequentemente de
maneira copulativa, em que forma-se contradições e tensões locais. Esses fluxos de pessoas,
fluxos de capital, fluxos de imagens, fluxos de ideologias e ideias, e fluxos de tecnologias,
circulam em frequências distintas entre os múltiplos espaços, estão em permanente
reconfiguração e não possuem uma real acepção de pertença e de lugar.
Perante as tentativas de padronização e uniformização geradas pelo processo de
mundialização/globalização do capital, o desenvolvimento não pode ser considerado como
uma decorrência expansiva e incondicional do crescimento econômico, em que ocorre
fortalecimento de movimentos emancipatórios e novas utopias, devendo ocorrer o aumento
das atividades selecionadas por cada sujeito envolvido nesse processo, de maneira
independente. Segundo Boisier (1998), o desenvolvimento de um território depende da
existência e o nível de articulação dos seguintes fatores: i) Os recursos: tanto materiais quanto
humanos no sentido qualitativo; ii) Os atores, porque o desenvolvimento é um processo de
decisões de atores coletivos, corporativos e individuais; iii) O entorno, ou meio externo com
que se articula formas de cooperação entre regiões para facilitar o progresso técnico e de
conhecimento; iv) Os procedimentos, principalmente, aqueles que sustentam a gestão de
desenvolvimento, em outras palavras, as maneiras de agir da administração do governo
territorial e o uso da informação; v) As Organizações ou instituições, porque influenciam no
processo por sua habilidade em reagir ás mudanças, no grau de flexibilidade de suas
respostas, por sua capacidade tecnológica para fazer arranjos de cooperação fora de fronteiras
territoriais e por sua capacidade de aprender das experiências; e, vi) A cultura, porque é capaz
de produzir sua própria referência.
O território em pleno processo de desenvolvimento local deve buscar a implementação
de soluções inovadoras que propicie o enfrentamento dos problemas da sociedade nos dias
atuais, sendo esse um espaço voltado para a articulação, entre o clássico e o contemporâneo,
engendrando sinergias fomentadas pela própria interação entre os atores locais.
Sob esse viés, a percepção de espaço passa a ter notoriedade na compreensão do
desenvolvimento local, sendo este determinado por meio de três aspectos basilares: i)
polaridade: caracterizado por regiões com alto grau de interdependência, a exemplo de regiões
metropolitanas ou sistemas produtivos interligados; ii) políticas de planeamento: definido
fundamentalmente por projetos de desenvolvimento, sendo que estes projetos podem ser
embasados tanto em espaços definidos por homogeneidade quanto por polaridade; iii)
homogeneidade: definido por áreas geográficas ligadas por partilharem características
uniformes, sejam elas geográficas, econômicas, sociais, ambientais, entre outros.
(CAMBUGEIRA, 2000).
Assim, como o desenvolvimento local permeia uma alternativa que surgiu como uma
possibilidade relacionada ao processo tradicional de desenvolvimento econômico, a esse
processo também foram deliberados critérios para que o desenvolvimento ocorra de maneira
sustentável, divergindo da face da acumulação de capital e racionalidade econômica de
produção, fatores esses mensurados por indicadores econômicos da produtividade e aumento
da produção.
Nessa perspectiva, para que desenvolvimento sustentável seja possível, algumas
questões balizadoras foram levantadas, como acerca do desenvolvimento endógeno,
elencando a necessidade da promoção da autonomia das comunidades locais de modo que
sejam protagonistas de seus processos de desenvolvimento; e ainda a valorização da
solidariedade e da justiça como elementos vinculantes da competência intrínseca da
solidariedade articulando os empenhos fragmentados da sociedade. Para Milani (2005), o
desenvolvimento local implica uma transformação consciente da realidade local. O fator
ambiental assume uma importância primordial, por não se preocupar somente com a geração
presente, como também com as futuras gerações.
Em síntese, a perplexidade do desenvolvimento não está atrelado diretamente a
expansão ou não, mas em como promover esse crescimento, provocando uma transformação
estimativa no que diz respeito aos arcabouços culturais, sociais e produtivos da sociedade em
congruência com as normas voltadas para o desenvolvimento, de modo a reduzir a degradação
do meio ambiente e primar pela promoção da qualidade de vida, saúde, bem-estar e a
igualdade social sendo estas as finalidades atribuídas aos entes federativos.
Os entes buscam dentro do pacto federativo estabelecer vínculos a respeito das
competências e divisão das receitas públicas relacionado a cobrança e instituição por níveis de
governo, por intermédio da legislação e do texto constitucional pertinente. Um dos assuntos
referentes a cobrança de receitas está associada à competência técnica desta ação, devido
certos governos subnacionais terem a deficiência de estrutura ou não serem capazes de
realizar o processo de arrecadação tributária.
Nos regimes federativos estão incorporados os sistemas de transferências
intergovernamentais, que são instrumentos vistos como um dos fundamentais meios de
compatibilização da dimensão antagônica dos distintos níveis governamentais, em que o
governo central busca unificar as decisões de arrecadação e despesa, em que os governos
subnacionais anseiam por uma maximização da autonomia fiscal (VELOSO, 2008).
Por transferências intergovernamentais pode-se entender "a entrega de recursos,
correntes ou de capital, de um ente a outro, e podem ser voluntárias e destinadas à
cooperação, auxílio ou assistência ou por determinação constitucional ou legal." (BRASIL,
2020, p.57).
Essas transferências podem ser caracterizadas como top-down, em outras palavras, por
meio de estratégias de processamento e gestão que ocorre em um movimento de cima para
baixo, da estrutura maior para a menor, não devendo ser vista como uma supremacia de um
ente federativo sobre o outro. Assim, nessa tipologia as transferências ocorrem entre: Estado/
Município; União/Município; e, União/ Estado.
De acordo com Shah (2007), as transferências são classificadas em dois conjuntos
distintos particulares. Enquanto as transferências específicas possuem a finalidade de conduzir
os governos destinatários a se responsabilizarem por funções e programas peculiares, sendo
majoritariamente de interesse nacional. As transferências gerais são aquelas praticadas como
apoio significativo dos governos subnacionais, com a intencionalidade de maximizar a
equidade governamental e promover a preservação da autonomia no direcionamento de
políticas locais.
As transferências possuem como finalidade a organização dos entes subnacionais para
o desenvolvimento de políticas do governo nacional e a redução efetiva dos desequilíbrios
fiscais. Todavia, esse dispositivo pode acarretar nas desmotivações fiscais no
aprovisionamento de serviços e bens públicos, podendo ocorrer impactos no nível de bem-
estar social e diminuição da eficiência dos governos subnacionais na arrecadação tributária.
Os recursos incididos das transferências fiscais são recebidos pelos governos
subnacionais por meio dos seguintes estímulos: i) minimização dos desiquilíbrios horizontais,
que originam com o enriquecimento das competências de maneira desigual, devendo-se
direcionar mais recursos de locais mais desenvolvidos para os menos desenvolvidos. ii) a
redução de desequilíbrios verticais, conjecturados na concentração da totalidade da
arrecadação tributária nos estados e na União em detrimento dos municípios, sendo as
transferências desassociadas de recursos relevantes nesta diminuição. iii) o delineamento de
externalidades positivas, como originárias do fornecimento de estradas e saúde, serviços
educacionais, e as transferências associadas são primordiais (GASPARINI; MIRANDA,
2006).
A ampliação da significância das transferências intergovernamentais é ocasionada pelo
aumento do grau de descentralização fiscal entre os níveis governamentais, sobretudo no que
diz respeito a compartimentalização de gastos que apresenta-se de maneira desequilibrada
com a distribuição das capacidades tributárias. Esse aspecto pode acarretar o aumento da
dependência dos governos subnacionais em relação aos recursos do governo central e aos
desequilíbrios horizontais e verticais.
No país há uma concentração em massa do oferecimento de serviços e bens públicos e
uma centralização da arrecadação tributária no governo central, em que as transferências de
encargos aos governos municipais não são acompanhadas pela descentralização de recursos
(DINIZ E CORRAR, 2011).
Em países como o Brasil, que organiza-se sob os preceitos do sistema federativo, os
sistemas de transferências fiscais são idealizados como mecanismos primordiais de equilíbrios
das finanças subnacionais (DUARTE, 2009). Nesse aspecto, os distintos níveis de
desenvolvimento econômico entre as regiões do país e aspectos geográficos naturais que
favorecem determinadas localidades em detrimento de outras possibilitam a relevância dessas
transferências ocorrem por meio de desequilíbrio financeiros entre despesas e receitas.
Destarte, essas transferências de recursos possuem como desígnios a redução ou minimização
das implicações concernentes as disparidades econômicas de uma federação, ofertadas por
intermédio da descentralização.
Giambiagi; Além (2008) afirmam que, a descentralização no que se refere ao setor
público institui como as funções públicas, transferências, impostos, regulações, gastos, entre
outras papeis podem ser gerenciados de maneira eficiente pela instância governamental. No
caso da federação do país, a barreira consiste na combinação da minimização das
desigualdades regionais com um quantitativo relevante de descentralização com uma
capacidade apropriada, levando em consideração que as distintas competências fiscais são
marcadas por expressivas disparidades socioeconômicas emanadas na federação brasileira,
promovendo uma complexidade específica no direcionamento do processo de
descentralização.
A descentralização de receitas e gastos acarreta no desencadeamento do desiquilíbrio
suscitando nas distinções das capacidades fiscais entre as competências de mesmo grau
subnacional, impedindo que estas visualizem níveis coadunáveis de serviços públicos em
conformidade com as alíquotas tributárias similares. A descentralização, para Shah (2007),
pode ocasionar distintos favorecimentos fiscais líquidos para os indivíduos, sujeitando-se a
capacidade fiscal da competência local. Esse aspecto implica na ineficiência fiscal na
alocação de recursos e na desigualdade fiscal.
Os padrões nacionais dos serviços públicos só podem ser assegurados, quando os
governos subnacionais fiscalmente forem capazes de prover as necessidades de despesas a
partir da redução dos desequilíbrios fiscais. As transferências governamentais são dispositivos
capazes de propiciar que os recursos sejam alocados devidamente para cada autoridade em
concordância com as suas responsabilidades de gastos, possibilitando que as funções públicas
sejam eficientemente compartilhadas pelos níveis de governo.
Para que autonomia concedida para os municípios, tanto sob a perspectiva política
quanto a administrativa, possa ser exercida de maneira efetiva seria necessário que esses
pudessem ser capazes de auto sustentarem arcando com suas obrigações de modo a oferecer
melhorias no âmbito municipal. Para Castor (2008, p.88), nos gastos municipais estão
inseridos os: “serviços públicos, com a folha de pagamento, com a aquisição de bens, com a
contratação de terceiros para a execução de serviços e outros empreendimentos necessários
para consecução de seus objetivos”.
Estudos realizados acerca do processo tributário dos municípios mostraram que
municípios de proporções territoriais com pouca extensão dependem das transferências
intergovernamentais dos demais entes federativos por não serem capazes de prover bens e
serviços apenas por intermédio das receitas próprias. A receita tributária referente aos
municípios é formada diretamente pelas contribuições, taxas e impostos municipais,
recebendo acréscimos das transferências intergovernamentais advindas do Estado e da União.
A realidade da conjuntura encontrada nos municípios de pequeno porte é ainda mais
acentuada, principalmente quando são analisadas as regiões menos desenvolvidas, pois as
maiores cidades e capitais dos estados possuem uma maior concentração tributária.
Esse panorama demonstra que a baixa capacidade arrecadatória de muitos municípios
brasileiros, tornam esses entes dependentes dos recursos de transferências procedentes tanto
da União quanto do Estado. Ocorrendo nesse aspecto, um descompasso entre o orçamento
municipal substanciado diante dos significativos aumentos das necessidades de investimentos
e despesas nos municípios.
As receitas municipais passam por muitas variações que podem afetar o provimento de
serviços públicos à população, e consequentemente o desenvolvimento socioeconômico no
âmbito local, pois o quantitativo de recursos alocados nessas transferências possuem
dependência relacionada a atividade econômica do país.
A Constituição Federal em seu artigo 212, determina que o município tem limite de
gasto promulgado pela Emenda Constitucional n.º 58/2009 e que deve aplicar no mínimo 15%
dos recursos em serviços e ações públicas de saúde e 25%, no mínimo, das transferências
intergovernamentais e receitas municipais na educação.
A maioria dos municípios, de acordo com Massardi e Abrantes (2015) demonstram
uma forte dependência em relação ao Fundo de Participação Municipal (FPM), um tipo de
transferência legal, que favorece municípios menos populosos. Entre as transferências legais
podem ser citadas: FPM, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), Sistema Único de Saúde
(SUS), Compensação financeira, entre outros. Ademais, há ainda uma dependência de outros
tipos de transferências voluntárias e de emendas parlamentares para a implementação de obras
de investimento que dependem menos da coordenação administrativa federativa do que da
natureza política.
Segundo Rezende, Leite e Silva (2015) o FPM tem por finalidade buscar por um maior
equilíbrio econômico e social dos municípios, acompanhando a disposição de outros fundos
de desenvolvimento regional, principalmente no que abarca os menos e mais desenvolvidos.

4.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos foram viabilizados pela análise de duas óticas: balanço


orçamentário e Produto Interno Bruto Municipal. Em relação ao balanço orçamentário, os
dados encontrados permitem compreender de forma analítica o comportamento das receitas e
despesas realizadas no período, e assim, verificar a evolução das receitas tributárias oriundas
do próprio município, como IPTU e ISSQN e por meio de transferências intergovernamentais
advindas da União e do Estado da Bahia. Conforme Sausen apud.Tenório (2017), o
desenvolvimento local transita no envolvimento de diversas esferas, e especificamente, nessa
análise a dimensão econômica (arrecadação de impostos) e a político-institucional
(envolvimento de atores locais e instituições).
De forma complementar, a ótica do PIB municipal reflete a produção dos municípios
nos setores de Agricultura, Indústria e Serviços e serve de parâmetro para analisar de forma
quantitativa o desempenho econômico. Nesse aspecto, cabe salientar que o foco da descrição
é o setor da agricultura, que reflete justamente a política de expansão agrícola do
MATOPIBA, e segundamente o setor de serviços, pois a agricultura da região é caracterizada
por densidade tecnológica e capital humano especializado, o que induz diretamente a oferta de
serviços especializados (EMBRAPA, 2020).

5.1 ORÇAMENTO PÚBLICO

A tabela 2 apresenta a evolução das receitas municipais dos quatro municípios.


Observa-se um crescimento de 76,07% nas receitas correntes nos anos de 2013 e 2017, ou
seja, uma diferença de R$ 510.900.842,48 milhões, proporcionados em sua maior parte pelas
transferências correntes. A tabela 2 também apresenta uma queda de (-)1,49% nas receitas
tributárias entre 2016 e 2017, correspondente a R$ 1.809.945,17 milhões, puxando pelos
municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério. Apenas o município de
Formoso do Rio Preto apresentou saldo positivo de R$ 3.209.249,65 milhões.

TABELA 2 – EVOLUÇÃO DAS RECEITAS ENTRE 2013 E 2017 (R$)


2013 2014 2015 2016 2017
Receitas Correntes 637.983.817,84 773.754.290,77 854.043.401,11 907.403.004,29 1.134.943.946,59
Receitas Tributárias 67.152.736,39 88.076.931,51 103.135.382,35 121.366.448,80 119.556.503,63
Transferências Correntes 548.927.648,01 660.040.551,34 723.166.223,13 752.826.014,97 982.389.213,34
Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do Finanças Públicas – FINBRA (SICONFI), 2020.
O gráfico 1 apresenta de forma linear o comportamento dessas receitas ao longo do
período, é possível observar um crescimento considerável de 24,20 % entre 2016 e 2017 nas
receitas correntes, e um aumento de R$ 229.563.198,37 milhões em transferências correntes.

GRÁFICO 1 – VARIAÇÃO DAS RECEITAS ENTRE 2013 E 2017 (R$)


1,400,000,000.00

1,200,000,000.00

1,000,000,000.00

800,000,000.00 Receitas Correntes


Receitas Tributárias
600,000,000.00
Transferências Correntes
400,000,000.00

200,000,000.00

0.00
2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do Finanças Públicas – FINBRA (SICONFI), 2020.
O gráfico 2 apresenta o crescimento das receitas entre 2014 e 2017, e pode-se analisar
que ambas as receitas apresentam um crescimento percentual em formato decrescente de 2014
até 2016, sendo as receitas correntes e as transferências intergovernamentais com maior
proximidade percentual em todo o período. Essa proximidade é entendida pois as
transferências correntes compõe parte considerável do orçamento municipal, e a sua variação
influência de forma importante no resultado total. O gráfico 2 ainda apresenta uma queda no
crescimento das receitas tributárias, apresentando variação negativa de 1,49%.

GRÁFICO 2 – CRESCIMENTO DAS RECEITAS ENTRE 2014 E 2017 (EM %)

Receitas Correntes Receitas Tributárias


Transferências Correntes

31.16 30.49

24.20
21.22
20.24
17.10 17.68

10.24
9.56
6.09
4.10

2014 2015 2016 -1.49


2017

Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do Finanças Públicas – FINBRA (SICONFI), 2020.
Os dados acima mostram o protagonismo das transferências correntes na composição
do orçamento dos municípios, e definem como sigla elementar no desempenho desses
municípios. Sem a transmissão desses recursos, por meio da União e do Estado da Bahia, é
inviável realizar o pagamento das despesas orçamentárias, e mais do que isso, realizar
investimentos essenciais para o desenvolvimento do município.

5.2 PRODUTO INTERNO BRUTO

O PIB mensura a produção dos municípios. Nas tabelas e gráficos a seguir a análise é
feita do PIB municipal, deflacionado conforme índice de correção 1,2894542 do período
(janeiro/2013 a dezembro/2017) pelo indicador IGP-M (FGV), em preços multiplicados por
1000 (mil).
A tabela 3 apresenta o comportamento do PIB de todos os municípios, e pode-se
observar um crescimento significativo entre 2013 e 2015, saltando de aproximadamente R$
12 bilhões para R$ 16 bilhões, tendo uma redução de R$ 4 bilhões comparando 2016 a 2015.
A redução desse valor deu-se, principalmente, pelo setor da agropecuária. Voltou a crescer no
ano de 2017 retornando ao patamar R$ 16 bilhões, o maior já registrado da região. Observa-se
também que o ano de 2015 foi o ano com maior produção agrícola, de aproximadamente R$ 5
bilhões.
TABELA 3 – COMPORTAMENTO DO PIB ENTRE 2013 E 2017 (R$ X1000)
ANO SERVIÇOS SERVIÇOS
PIB AGROPECUÁRIA INDÚSTRIA
(EXCLUSIVE) (OUTROS)
2013 12.139.916 3.731.227 1.564.189 4.809.296 965.779
2014 14.251.356 4.811.522 1.742.110 5.416.877 1.085.040
2015 16.010.974 5.327.858 1.996.531 6.045.539 1.227.938
2016 12.750.423 2.813.244 1.864.555 5.408.383 1.281.709
2017 16.498.159 4.919.456 2.169.513 6.366.811 1.411.596
Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do IBGE (2020).

A tabela 4 mostra o comportamento do setor da agropecuária, e é possível observar o


município de São Desidério como maior produtor agrícola, numericamente falando, em
relação aos demais municípios. No ano de 2013, por exemplo, o município de Luís Eduardo
Magalhães apresenta um valor de R$ 474.279, enquanto de o município de São Desidério o
valor de R$ 1.603.300.
TABELA 4 – COMPORTAMENTO DO SETOR DE AGROPECUÁRIA ENTRE 2013
E 2017 (R$ X1000)

PRODUTO INTERNO BRUTO (AGROPECUÁRIA)


MUNICÍPIO
2013 2014 2015 2016 2017

Barreiras 606.448 809.461 950.528 597.224 843.813


Formosa do Rio Preto 967.201 1.134.751 1.300.253 688.055 1.363.285
Luis Eduardo Magalhães 474.279 695.426 790.813 454.712 775.274
São Desidério 1.683.300 2.171.885 2.286.263 1.073.253 1.937.084
Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do IBGE (2020).

Observa-se nas tabelas apresentadas, a participação significativa do setor da


agropecuária em São Desidério e Formosa do Rio Preto, enquanto outros como Barreiras e
Luís Eduardo Magalhães se destacam pelo setor de serviços.

5. CONCLUSÃO

Os resultados obtidos permitiram chegar a conclusões indiretas em relação ao


desenvolvimento local dos municípios estudados, sobretudo pela natureza do artigo em
relacionar as variáveis quantitativas a duas dimensões do desenvolvimento local, a econômica
e política-instituição. Nesse caso, utilizando como fundo central a política do MATOPIBA
que abarca no seu meio uma série de atores públicos e privados, de ordem local, regional e
global com a finalidade de atender as demandas principais do global.
Pode-se concluir que a criação da política do MATOPIBA agregou distintos meios de
fomentar o desenvolvimento. Em relação a produção, a instituição dessa fronteira agrícola
evidenciou os produtores locais, mesmo advindos de outras regiões para a produção naquela
localidade, e consequentemente tornaram-se agentes globais por conta do escoamento da
produção para outros países.
Com a evidência dessa área geográfica, os municípios tiveram um desempenho
importante na realização das suas receitas, tanto as tributárias quanto as transferências
correntes. Os dados mostram um crescimento em todos os municípios estudados, e isso
impacta diretamente sobre a atuação das instituições públicas responsáveis pelo orçamento.
As receitas tributárias são receitas próprias dos municípios e, segundo a constituição, tem uma
“liberdade” de alocação desses recursos. As transferências correntes estão mais ligadas a um
gasto específico e não pode ser alocada para outro setor, conforme vinculação. No caso dos
municípios, as despesas são alocadas essencialmente nos setores de educação e saúde, o que
reflete diretamente na vida de sociedade, sobretudo as mais vulneráveis. Assim, o maior
volume de recursos disponíveis
Em relação ao PIB, proporcionou um crescimento significativo nos anos estudados,
com exceção de desempenho ruim em 2016, sobretudo nos setor da agropecuária e serviços.
Esse crescimento não está relacionado diretamente ao desenvolvimento, mas o olhar
setorizado do PIB permitiu compreender que as cidades de Formoso do Rio Preto e São
Desidério tornaram-se importantes produtores agrícolas, enquanto os municípios de Barreiras
e Luís Eduardo Magalhães especializaram-se no setor de serviços.
REFERÊNCIAS

ABRUCIO, F.; FRANZESE, C. Federalismo e políticas públicas: o impacto das relações


intergovernamentais no Brasil, 2007. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/242213262_Federalismo_e_politicas_publicas_o_i
mpacto_das_relacoes_intergovernamentais_no_Brasil. Acesso em 15 de out de 2020.

ACQUAVIVA, M. C. Teoria geral do estado. 3 ed. Barueri: Manole, 2010. 356 p.

BECKER. B. K. A geografia política e gestão do território no limiar do século XXI. Revista


Brasileira de Geografia: IBGE, v. 53, n. 3, 1991.

BIJOS, Danilo. Representação Política e Accountability na Teia das Relações Federativas.


Revista Aurora, v. 5, n. 2, p. 81-100, 2012.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Art.30.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secetaria do Tesouro Nacional. Finanças do Brasil: dados


contábeis dos Municípios. Banco de dados. Disponível em: < www. Tesouro.
Fazenda.gov.br>. Acesso em 21 de Out de 2020.

BRAGA, Tania Moreira. Desenvolvimento local endógeno entre a competitividade e a


cidadania. R. B. ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS Nº 5 / MAIO 2002.

BOISSIER, S. Em Busca do esquivo Desenvolvimento Regional: Entre a caixa preta e o


projeto político. Santiago de Chile. 1998.

BUARQUE, Sérgio C. Metodologia de planejamento do desenvolvimento local e


municipal sustentável. Material para orientação técnica e treinamento de multiplicadores e
técnicos em planejamento local e municipal. Brasília, DF: IICA, 1999.

CABUGUEIRA, A. C. C. M. Do desenvolvimento regional ao desenvolvimento local:


análise de alguns aspectos de política econômica regional. Gestão e Desenvolvimento, 9, 103-
136, 2000.

CASTOR, Paulo Cesar Keinert. Autonomia municipal como fator de desenvolvimento


local. 2008. 133 f. Dissertação (Mestrado em Organizações e Desenvolvimento)- Fae Centro
Universitário, Curitiba, 2008.

DINIZ, J. A.; CORRAR, L. J. Análise da Relação entre a Eficiência e as Fontes de Recursos


dos Gastos Municipais no Ensino Fundamental. Sociedade, Contabilidade e Gestão, v. 6, n.
1, 2011.

DUARTE, A. J. M. et al. Transferências fiscais intergovernamentais no Brasil: uma


avaliação das transferências federais, com ênfase no Sistema Único de Saúde. Texto para
Discussão, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2009.
FIGUEIREDO, Vilma de M.; TRIGUEIRO, Michelangelo Giotto Santoro. O processo de
Modernização nas fronteiras agrícolas: a região geoeconômica de Brasília. Cad. Dif.
Tecnol. Brasília, p. 199-224, maio/ago. 1986.

FUNDAJ. Transformações recentes da fronteira agrícola e implicações para a dinâmica


espacial do Brasil. Termo de Referência. Recife: FUNDAJ/ECONOMIA, set. 1995.

GASPARINI, C. E.; MIRANDA, R. B. Evolução dos aspectos legais e dos montantes de


transferências realizadas pelo Fundo de Participação dos Municípios. Textos para
Discussão, n.1243. Brasília: Ipea, 2006.

GAMKHAR, S.; SHAH, A. The impacto f intergovernamental fiscal transfers: a synthesis of


the conceptual and empirical literature. In: BROADWAY, R. SHAH, A. Intergovernamental
fiscal transfers: principles and practice. Public Sector Governance and Accountability Series.
Washington: The World Bank, 2007. P. 225-258.

GIAMBIAGI, F.; ALÉM, A.C. Finanças públicas. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.

IBGE. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/


9088-produto-interno-bruto-dos-municipios.html?=&t=downloads>. Acesso em: 20 Nov.
2020.

JUNQUEIRA, R. G. P. Agendas sociais: desafio da intersetorialidade na construção do


desenvolvimento local sustentável. Revista de Administração Pública, vol. 34, no 6. Rio de
Janeiro: FGV, 2000.

MARION, Fabiano André et. al. Expansão da fronteira agrícola e reordenação territorial.
III Simpósio Nacional de Geografia Agrária/II Simpósio Internacional de Geografia Agrária
Jornada Ariovaldo Umbelino de Oliveira. Presidente Prudente, 2005.

MARTINS, Rafael D'Almeida; VAZ, José Carlos; CALDAS, Eduardo de Lima. A gestão do
desenvolvimento local no Brasil: (des)articulação de atores, instrumentos e território. Rev.
Adm. Pública,  Rio de Janeiro,  v. 44, n. 3, p. 559-590,  Junho 2010. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
76122010000300002&lng=en&nrm=iso>. Acesso: 25  Nov.  2020. 

MASSARDI, W. de O; ABRANTES, L. A. Esforço Fiscal, Dependência do FPM e


Desenvolvimento Socioeconômico: Um estudo aplicado aos Municípios de Minas Gerais.
REGE Revista de Gestão, v. 22, n. 3, p. 295-313, 2015.

MENDES, M. Federalismo fiscal. In: ARVATE, P.; BIDERMAN, C. (Org.) Economia do


Setor Público no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2004. p.421-461.

MILANI, Carlos. Teorias do Capital Social e Desenvolvimento Local: lições a partir da


experiência de Pintadas (Bahia, Brasil). In: Capital social, participação política e
desenvolvimento local: atores da sociedade civil e políticas de desenvolvimento local na
Bahia. Escola de Administração da UFBA (NPGA/NEPOL/PDGS), 2005.

PUTNAM, R. D. Comunidade e democracia: a experiência da Itália Moderna. 5ª ed. Rio


de Janeiro: Editora FGV. 2006.
REDWOOD m, J. Ocupação da fronteira, Estado e expansão capitalista: algumas
reflexões com base no caso brasileiro contemporâneo. Recife: UFPEIPIMES, abro 1979.
(PIMES Texto para discussão, 74).

REZENDE, Fernando; AFONSO, José Roberto R. A Federação Brasileira: fatos, desafi os e


Perspectivas. In: ADENUAER, K. (Org.). Federalismo e integração econômica regional –
desafios para o MERCOSUL. Rio de Janeiro, FGV e Fórum of Federations, 2004. p. 301-362.

REZENDE, João B.; LEITE, Eduardo. T,; SILVA, Lucas. A. N. Análise da economia e
finanças dos municípios brasileiros de pequeno porte: autonomia ou dependência? In:
DERZI, Misabel. A. M.; BATISTA JÚNIOR, Onofre. A.; MOREIRA, André. M. (Orgs.).
Estado Federal e tributação: das origens à crise atual. Vol. 1. Belo Horizonte: Arraes Editores,
2015. Vol. 1, p. 199-222. (Coleção Estado federal e tributação. 4 volumes).

SAUSEN, Jorge Oneide; PATIAS, Ivete Aparecida; ALLEBRANDT, Sérgio Luís.


Desenvolvimento local e estratégia de pequenos empreendimentos agroindustriais - a lógica
da cooperação e do associativismo: o Pacto Fonte Nova. Cad. EBAPE.BR,  Rio de Janeiro , 
v. 9, n. 3, p. 868-894,  Setembo  2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1679-39512011000300010&lng=en&nrm=iso. Acesso em:  20 
Nov.  2020.

SAWYER, D. Ocupação e desocupação da fronteira agrícola no Brasil: ensaio de


interpretação estrutural e espacial. In: Seminário Expansão da Fronteira Agropecuária, Meio
Ambiente na América Latina. Anais. Brasília, UnB, 1981.

SENHORAS, Elói Martins. Caminhos bifurcados do desenvolvimento local - As boas práticas


de gestão pública das cidades entre a competição e a solidariedade. Revista Brasileira de
Gestão e Desenvolvimento Regional. G&DR • v. 3, n. 2, p. 3-26, mai-ago, 2007.

SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS E FISCAIS DO SETOR PÚBLICO


BRASILEIRO. Disponível
em:<https://siconfi.tesouro.gov.br/siconfi/index.jsf;jsessionid=1aKCfYHpsoFLrWxenpXJjt52
.node3. Acesso em: 20 Nov. 2020.

SHAH, A. A practitioner’a guide to intergovernamental fiscal transfers. In BOADWAY, R.;


SHAH, A. Intergovernamental fiscal Transfers: principles and pratice. Public Sector
Governance and Accountability Series. Washington: The World Bank, 2007. p. 1-154.

VELOSO, J. F. A. As Transferências Intergovernamentais e o Esforço Tributário


Municipal: Uma Análise do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Brasília, 2008.
113 p. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, 2008.
ANEXOS

TABELA 4 – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO DO MUNICIPIO DE BARREIRAS ENTRE 2013 E 2017 (R$)


Receitas 2013 2014 2015 2016 2017
1 - Receitas Correntes 338.588.669,9 406.050.500,6 448.993.160,7 486.804.645,9 724.831.272,9
4 3 1 1 3
1.1 - Receita Tributária 30.405.506,99 41.836.683,04 52.950.255,52 65.741.042,37 65.336.281,91
1.2 - Receitas de Contribuições 2.427.468,88 2.477.760,34 8.250.653,33 8.084.446,74 0,00
1.3 - Receita Patrimonial 1.436.510,47 1.811.147,60 2.537.338,90 4.964.662,88 10.812.125,16
1.7 - Transferências Correntes 290.978.745,0 345.841.133,8 375.896.072,4 399.395.637,4 641.578.976,9
0 5 9 5 5
1.9 - Outras Receitas Correntes 13.340.438,61 14.083.775,80 9.358.840,48 8.618.856,47 7.103.888,91
2 - Receitas de Capital 943.483,18 3.110.812,62 2.317.463,99 2.064.159,78 7.326.407,55
Total de Receitas (1+2) 339.532.153,1 409.161.313,2 451.310.624,7 488.868.805,6 732.157.680,4
2 5 0 9 8
Deduções 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 339.532.153,1 409.161.313,2 451.310.624,7 488.868.805,6 732.157.680,4
2 5 0 9 8
           
Despesas
3 - Despesas Correntes 299.551.788,8 342.492.582,5 376.772.924,4 401.336.165,9 391.452.312,0
4 1 4 4 2
3.1 - Pessoal e Encargos Sociais 180.502.883,3 197.132.703,0 222.093.987,9 238.016.433,4 252.916.059,5
8 3 3 0 9
3.3 - Outras Despesas 119.048.905,4 145.359.879,4 154.678.936,5 163.280.728,4 138.357.811,7
Correntes 6 8 1 6 3
4.0 - Despesas de Capital 23.653.792,25 33.340.767,78 32.860.239,26 31.382.435,77 51.669.645,54
Total de Despesas (3+4) 416.758.794,0 484.619.892,0 528.203.203,3 557.970.818,4 571.385.469,3
0 3 9 0 0
Superavit/Deficit - - - - 160.772.211,1
77.226.640,88 75.458.578,79 76.892.578,68 69.102.012,71 8
Total 339.532.153,1 409.161.313,2 451.310.624,7 488.868.805,6 732.157.680,4
2 5 0 9 8

Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do Finanças Públicas – FINBRA (SICONFI), 2020.

TABELA 5 – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO DO MUNICIPIO DE FORMOSA DO RIO PRETO ENTRE 2013 E 2017 (R$)
Receitas 2013 2014 2015 2016 2017
1 - Receitas Correntes 98.692.087,8 122.998.273,9 130.789.941,0 133.670.200,0 147.872.808,9
1 3 5 0 6
1.1 - Receita Tributária 5.226.763,14 8.550.291,05 7.401.244,66 7.736.997,52 10.946.247,17
1.2 - Receitas de Contribuições 25.425,28 126.138,56 149.416,10 70.166,39 0,00
1.3 - Receita Patrimonial 589.294,78 1.160.960,51 1.249.459,26 1.149.441,45 1.014.564,18
1.7 - Transferências Correntes 91.805.022,7 112.390.351,7 120.918.937,9 123.867.632,3 134.164.125,0
3 8 1 4 3
1.9 - Outras Receitas Correntes 308.268,26 151.403,41 473.140,64 239.830,02 1.097.407,75
2 - Receitas de Capital 414.219,63 2.232.248,36 2.073.517,95 900.239,21 1.265.182,37
Total de Receitas (1+2) 99.106.307,4 125.230.522,2 132.863.459,0 134.570.439,2 149.137.991,3
3 9 0 1 2
Deduções 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 99.106.307,4 125.230.522,2 132.863.459,0 134.570.439,2 149.137.991,3
3 9 0 1 2
 
Despesas
3 - Despesas Correntes 81.336.658,0 97.665.861,20 107.210.513,1 107.386.866,7 121.206.359,4
5 7 1 2
3.1 - Pessoal e Encargos Sociais 46.463.314,6 48.351.372,24 56.062.439,93 56.867.996,17 68.934.597,06
3
3.3 - Outras Despesas Correntes 34.687.563,3 49.205.636,50 51.082.695,86 50.483.693,33 52.239.557,97
3
4 - Despesas de Capital 2.368.836,81 10.845.196,89 9.394.429,45 5.237.769,29 7.361.193,31
Total de Despesas (3+4) 83.705.494,8 108.511.058,0 116.604.942,6 112.624.636,0 128.567.552,7
6 9 2 0 3
Superavit/Deficit 15.400.812,5 16.719.464,20 16.258.516,38 21.945.803,21 20.570.438,59
7
Total 99.106.307,4 125.230.522,2 132.863.459,0 134.570.439,2 149.137.991,3
3 9 0 1 2

Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do Finanças Públicas – FINBRA (SICONFI), 2020.

TABELA 6 – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO DO MUNICIPIO DE LUIS EDUARDO MAGALHÃES ENTRE 2013 E 2017 (R$)
Receitas 2013 2014 2015 2016 2017
1 - Receitas Correntes 235.423.091,4 288.702.525,6 327.867.495,4 350.310.640,6 378.704.307,8
8 2 6 4 8
1.1 - Receita Tributária 39.370.745,97 49.465.109,20 55.986.187,99 62.912.078,19 60.848.539,70
1.2 - Receitas de Contribuições 0,00 0,00 0,00 4.764.635,54 0,00
1.3 - Receita Patrimonial 984.688,54 1.942.070,66 2.286.346,93 5.262.121,58 1.636.378,38
1.7 - Transferências Correntes 190.006.969,7 229.597.922,7 261.667.831,6 270.547.998,8 300.015.029,7
4 7 0 8 1
1.9 - Outras Receitas Correntes 5.060.687,23 6.970.633,57 7.927.128,92 6.823.806,46 9.840.087,98
2 - Receitas de Capital 11.166.754,49 8.648.983,16 3.474.115,64 5.742.955,86 14.897.730,69
Total de Receitas (1+2) 246.589.845,9 297.351.508,7 331.341.611,1 356.053.596,5 393.602.038,5
8 8 0 0 7
Deduções 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 246.589.845,9 297.351.508,7 331.341.611,1 356.053.596,5 393.602.038,5
8 8 0 0 7
           
Despesas
3 - Despesas Correntes 194.966.400,8 242.003.885,1 281.226.583,9 303.013.101,7 330.121.350,5
8 4 7 1 6
3.1 - Pessoal e Encargos Sociais 92.998.174,45 102.327.752,3 126.717.263,5 136.057.184,7 174.757.847,2
6 5 4 5
3.3 - Outras Despesas 100.506.690,0 138.184.274,9 153.093.489,0 165.608.693,4 153.732.617,7
Correntes 8 2 0 5 8
4.0 - Despesas de Capital 22.579.771,05 20.438.179,61 15.884.630,11 17.893.461,85 31.312.676,71
Total de Despesas (3+4) 217.546.171,9 262.442.064,7 297.111.214,0 320.906.563,5 361.434.027,2
3 5 8 5 7
Superavit/Deficit 29.043.674,05 34.909.444,03 34.230.397,02 35.147.032,95 32.168.011,30
Total 246.589.845,9 297.351.508,7 331.341.611,1 356.053.596,5 393.602.038,5
8 8 0 0 7

Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do Finanças Públicas – FINBRA (SICONFI), 2020.

TABELA 7 – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO DO MUNICIPIO DE SÃO DESIDÉRIO ENTRE 2013 E 2017 (R$)
Receitas 2013 2014 2015 2016 2017
1 - Receitas Correntes 149.947.064,21 179.969.419,82 193.599.253,33 199.269.128,42 212.049.848,93
1.1 - Receita Tributária 11.587.361,88 13.719.085,96 16.650.663,76 20.106.359,06 17.031.566,96
1.2 - Receitas de Contribuições 720.648,19 893.499,07 1.378.942,58 1.088.121,49 0,00
1.3 - Receita Patrimonial 382.019,98 371.148,22 697.811,47 460.423,46 1.452.162,77
1.7 - Transferências Correntes 135.026.323,76 163.262.652,69 174.006.881,71 176.923.398,21 190.987.765,49
1.9 - Outras Receitas 2.230.710,40 1.723.033,87 864.953,81 690.826,20 1.326.458,80
Correntes
2 - Receitas de Capital 2.257.842,30 1.580.051,97 3.056.046,31 12.626.450,60 3.110.568,75
Total de Receitas (1+2) 152.204.906,51 181.549.471,79 196.655.299,64 211.895.579,01 215.160.417,68
Deduções 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 152.204.906,51 181.549.471,79 196.655.299,64 211.895.579,01 215.160.417,68
 
Despesas
3 - Despesas Correntes 106.290.819,31 135.967.675,40 154.126.953,31 150.237.616,37 142.464.459,95
3.1 - Pessoal e Encargos 54.716.882,82 67.487.700,79 73.381.374,41 71.662.230,17 83.616.627,55
Sociais
3.3 - Outras Despesas 51.573.936,49 68.479.974,62 80.745.578,90 78.575.386,20 58.795.236,17
Correntes
4.0 - Despesas de Capital 26.465.514,77 19.981.668,77 17.234.795,99 35.249.281,91 22.059.638,65
Total de Despesas 171.183.212,55 201.089.536,84 220.963.127,36 239.176.860,03 212.146.289,94
Superavit/Deficit -18.978.306,04 -19.540.065,05 -24.307.827,72 -27.281.281,02 3.014.127,75
Total 152.204.906,51 181.549.471,79 196.655.299,64 211.895.579,01 215.160.417,68

Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do Finanças Públicas – FINBRA (SICONFI), 2020.
TABELA 8 – PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL (PREÇOS CORRENTES)
DOS MUNICIPIOS DE BARREIRAS, FORMOSO DO RIO PRETO, LUIS EDUARDO
MAGALHÃES E SÃO DESIDÉRIO ENTRE 2013 E 2017 (R$ x1000)

MUNICÍPIO PRODUTO INTERNO BRUTO


2013 2014 2015 2016 2017
Barreiras 3.724.817 4.303.840 4.794.644 4.357.075 5.015.915
Formosa do Rio Preto 1.516.234 1.761.695 2.070.101 1.276.336 2.249.369
Luis Eduardo Magalhães 4.365.067 4.931.502 5.643.266 5.170.288 6.195.479
São Desidério 2.533.798 3.254.318 3.502.963 1.946.724 3.037.397
MUNICÍPIO PRODUTO INTERNO BRUTO (AGROPECUÁRIA)
2013 2014 2015 2016 2017
Barreiras 606.448 809.461 950.528 597.224 843.813
Formosa do Rio Preto 967.201 1.134.751 1.300.253 688.055 1.363.285
Luis Eduardo Magalhães 474.279 695.426 790.813 454.712 775.274
São Desidério 1.683.300 2.171.885 2.286.263 1.073.253 1.937.084
MUNICÍPIO PRODUTO INTERNO BRUTO (INDÚSTRIA)
2013 2014 2015 2016 2017
Barreiras 443.408 487.378 568.038 497.225 604.963
Formosa do Rio Preto 74.952 87.813 116.751 83.843 89.917
Luis Eduardo Magalhães 897.153 930.898 1.054.273 1.078.221 1.277.627
São Desidério 148.676 236.022 257.469 205.266 197.007
MUNICÍPIO PRODUTO INTERNO BRUTO (SERVIÇOS - EXCLUSIVE
ADMINISTRAÇÃO, DEFESA, EDUCAÇÃO E SAÚDE
PÚBLICAS E SEGURIDADE SOCIAL)

2013 2014 2015 2016 2017


Barreiras 1.876.873 2.100.331 2.246.406 2.217.985 2.430.008
Formosa do Rio Preto 327.216 376.800 458.424 315.429 534.232
Luis Eduardo Magalhães 2.102.801 2.331.029 2.661.979 2.466.453 2.804.666
São Desidério 502.405 608.717 678.730 408.516 597.905
MUNICÍPIO PRODUTO INTERNO BRUTO (ADMINISTRAÇÃO,
DEFESA, EDUCAÇÃO E SAÚDE PÚBLICAS E
SEGURIDADE SOCIAL)
2013 2014 2015 2016 2017
Barreiras 493.043 547.878 611.485 641.664 681.842
Formosa do Rio Preto 101.222 109.807 124.399 126.487 142.943
Luis Eduardo Magalhães 246.720 280.454 330.574 351.538 407.313
São Desidério 124.794 146.901 161.480 162.021 179.498

Fonte: Elaborado pelos autores com base em dados do IBGE, 2020.

Você também pode gostar