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O PIB da RIDE-DF em 2020

No dia 16 de dezembro de 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa e
Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgaram o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios brasileiros,
construído em parceria pelas duas instituições. Essa é a principal informação econômica municipal à disposição dos
tomadores de decisão. Com base nos dados municipais, o IPEDF fez um recorte territorial a fim de viabilizar uma
análise sobre o desempenho econômico da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e
Entorno (RIDE-DF) e da Área Metropolitana de Brasília-DF (AMB), lançando luz sobre o papel do Distrito Federal
em um contexto regional e metropolitano.

A RIDE-DF foi criada por Lei Complementar em 1998, para fins de articulação de ação administrativa da União e das
unidades federativas Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. De sua criação até 2018, a RIDE-DF era composta por 21
municípios e o Distrito Federal (RIDE-DF 1998). A partir de junho de 2018, foram incorporados mais 12 municípios
em sua área de definição, totalizando 33 municípios e o Distrito Federal (RIDE-DF 2018)[1]. Já a AMB está definida
na Nota Técnica no 1/2014 da Codeplan, e é constituída por Brasília-DF e 12 municípios goianos[2]. Ela foi definida
em função do reconhecimento da dinâmica metropolitana existente entre o Distrito Federal e os municípios goianos
adjacentes, onde a capital federal se apresenta como território polo.

Em termos de riqueza, o PIB do Distrito Federal, em 2020, foi de R$ 265,84 bilhões, enquanto o PIB da AMB foi de
R$ 287,56 bilhões, e o da RIDE-DF, R$ 300,68 bilhões. Isso significa que o PIB do DF representa 88,4% do PIB da
RIDE e 92,4% no da AMB.

O Mapa 1 apresenta a distribuição espacial da renda bruta gerada na região da RIDE, da AMB e do DF. A PMB detém
33,6% da área da RIDE e 7,2% do seu PIB. Já a RIDE, sem o DF, concentra 93,9% do território da região de
integração e 11,6% da riqueza.

Mapa 1 – Produto Interno Bruto dos municípios da RIDE-DF e da AMB – 2019 – R$ bilhão, valores correntes
Fonte: IBGE. Elaboração: NUCON/GECON/DIEPS/Codeplan

O maior PIB da região, após o de Brasília-DF, continua sendo o de Luziânia (GO), cuja a renda bruta foi estimada em
R$ 4,77 bilhões em 2020, apresentando um crescimento de 16,1% em relação ao montante registrado em 2019. O
menor PIB registrado é o de Vila Boa (GO), com R$ 0,12 bilhão. O ranking pode ser observado no Gráfico 1, que
apresenta o PIB dos municípios da RIDE-DF em ordem decrescente, excluindo o PIB de Brasília-DF. Note-se que são
onze os municípios com o PIB maior de R$ 1,00 bilhão, e oito municípios que possuem PIB menor do que R$ 250,00
milhões. Quatro dos cinco municípios com maior PIB são integrantes da AMB, sinalizando, novamente, que a
proximidade geográfica com Brasília-DF influencia a geração de riqueza dos municípios ao redor, ratificando o papel
de polo econômico do DF.

Gráfico 1 – Produto Interno Bruto dos municípios da RIDE-DF, exclusive Brasília-DF – 2020 – R$ milhão – valores
correntes
Fonte: IBGE; Elaboração NUCON/GECON/DIEPS/Codeplan

No que se refere à participação das atividades produtivas na criação de riqueza na RIDE-DF, nota-se uma elevada
presença do setor de Serviços (82,2%), sendo 42,8% da renda bruta gerada pelos serviços descontada a contribuição
da Administração Pública (APU), que responde, sozinha, por 39,4% do total. Quando não consideramos Brasília (DF)
na análise, o setor de Serviços perde parcela significativa da sua participação em favor das atividades industriais e
agropecuárias.

Contudo, a informação de PIB não é suficiente para informar todas as características econômicas dos municípios e,
tampouco, a distribuição dessa riqueza pelo território. Por isso, uma análise mais completa é disponibilizada na nota
técnica anexa. Nela, é possível verificar o comportamento do PIB per capita dos municípios que compõem a RIDE-
DF e a densidade econômica da região, uma medida que relativiza a geração de riquezas pelo território da cidade.
[1]As análises espaciais e gráficas utilizam o nome “RIDE-DF” para identificar a rede integrada de desenvolvimento
econômico composta por 33 municípios e Brasília-DF. Os 33 municípios são: Águas Lindas de Goiás-GO; Alexânia-
GO; Cidade Ocidental-GO; Cocalzinho de Goiás-GO; Cristalina-GO; Formosa-GO; Luziânia-GO; Novo Gama-GO;
Padre Bernardo-GO; Planaltina-GO; Santo Antônio do Descoberto-GO; Valparaíso de Goiás-GO; Buritis-MG; Unaí-
MG; Abadiânia-GO; Água Fria de Goiás-GO; Cabeceiras-GO; Corumbá de Goiás-GO; Mimoso de Goiás-GO;
Pirenópolis-GO; Vila Boa-GO; Arinos-MG; Cabeceira Grande-MG; Alto Paraíso de Goiás-GO; Alvorada do Norte-
GO; Barro Alto-GO; Cavalcante-GO; Flores de Goiás-GO; Goianésia-GO; Niquelândia-GO; São João d’Aliança-GO;
Simolândia-GO, Vila Propício- GO; Arinos-MG e Cabeceira Grande-MG.

[2] Os 12 municípios são: Águas Lindas de Goiás-GO; Alexânia-GO; Cidade Ocidental-GO; Cocalzinho de Goiás-
GO; Cristalina-GO; Formosa-GO; Luziânia-GO; Novo Gama- GO; Padre Bernardo-GO; Planaltina-GO; Santo
Antônio do Descoberto-GO; e Valparaíso de Goiás-GO.

PMS: Em maio, setor de serviços avança 0,4% no DF


Resumo
 O nível de atividade do setor de serviços do Distrito Federal registrou aumento de 0,4% em maio de
2023, em relação ao mês anterior. No Brasil, houve variação positiva de 0,9% na mesma comparação.
 No acumulado em 12 meses, o resultado é de queda de 0,5% no DF, enquanto o Brasil teve variação
positiva de 6,4%.
 Os Serviços de informação e comunicação apresentaram a maior alta mensal, com uma variação de
30,5% em relação a maio de 2022.
Na Tabela 1, estão apresentados os resultados dos indicadores que medem o volume de serviços tanto no Distrito
Federal quanto em âmbito nacional. Durante o mês de maio, o desempenho do setor na capital federal registrou um
aumento de 0,4% em comparação com o mês de abril, de acordo com os dados ajustados sazonalmente. A nível
nacional, o crescimento foi de 0,9%, também considerando a mesma base de comparação. Em relação ao mesmo mês
do ano anterior, o Distrito Federal observou um crescimento de 7,9%, enquanto o país experimentou um crescimento
de 4,7%. No que tange ao acumulado do ano de 2023, ambos demonstraram um crescimento no setor de serviços, com
aumento de 3,7% no Distrito Federal e de 4,8% na média nacional. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a capital
federal registrou queda de 0,5%, ante o avanço de 6,4% no indicador nacional.

Tabela 1 – Variação do volume de serviços prestados, por tipos de índice – Brasil e Distrito Federal – maio de 2023 –
%

Fonte: IBGE (PMS). Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.


Variação no mês em relação ao mês anterior com ajuste sazonal
No Gráfico 1, podemos observar que o setor de serviços do Distrito Federal teve um desempenho positivo em maio,
sendo a segunda variação positiva registrada no ano de 2023. O setor na capital federal cresceu 0,4% em relação a
abril de 2023, considerando a série com ajuste sazonal. O Brasil também registrou variação positiva nesse indicador,
de 0,9% no mesmo período.

Gráfico 1 – Variação do mês em relação ao mês anterior com ajuste sazonal – junho de 2022 a maio de 2023 –
Distrito Federal – %

Fonte: IBGE (PMS). Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.

Variação mensal em relação ao mesmo mês do ano anterior


O Gráfico 2 mostra como o volume de serviços no Distrito Federal variou em maio, em relação ao mesmo mês do ano
anterior, nos últimos cinco anos. Em maio de 2023, houve um avanço de 7,9% no volume de serviços da capital
federal, uma variação maior do que a observada em 2022. No âmbito nacional, o setor de serviços teve um avanço de
4,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Gráfico 2 – Variação mensal em relação ao mesmo mês do ano anterior nos meses de maio – 2019 a 2023 – Distrito
Federal – %
Fonte: IBGE (PMS). Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.

Como podemos ver no Gráfico 3, o Distrito Federal a décima quinta maior variação mental entre as 26 Unidades da
Federação (UFs) e o Brasil. O estado de Mato Grosso teve a maior variação mensal, com 29,4%, enquanto o estado do
Amapá teve a menor variação, registrando queda de 1,4%.

Gráfico 3 – Variação mensal em relação ao mesmo mês do ano anterior – maio de 2023 – Brasil e Unidades da
Federação – %

Fonte: IBGE (PMS). Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.


Variação mensal por segmento
Conforme apresentado no Gráfico 4, a maior variação por segmento foi observada em Serviços de informação e
comunicação, sendo de 30,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em seguida temos Serviços prestados às
famílias, com 10,7%, Outros serviços, com 6,8%, e Serviços profissionais, administrativos e complementares, com
5,8%. Já o segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio registrou variação negativa, de
15,7% no mesmo período de referência.
Gráfico 4 – Variação mensal em relação ao mesmo mês do ano anterior, por tipo de atividade – maio de 2023 – Brasil
e Distrito Federal – %

Fonte: IBGE (PMS). Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.

Variação acumulada em 12 meses


No acumulado em 12 meses, o desempenho do volume de serviços do Distrito Federal percebeu uma variação de -
0,5% em maio de 2023 (Gráfico 5). Já o Brasil registrou variação de 6,4% entre junho de 2022 e maio de 2023 com
relação a igual período do ano anterior.

Gráfico 5 – Variação acumulada em 12 meses em relação ao igual período do ano anterior – maio de 2023 – Brasil e
Distrito Federal – %
Fonte: IBGE (PMS). Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.

Variação acumulada em 12 meses por segmento


Detalhando o comportamento de longo prazo por tipo de atividade de serviço, no Gráfico 6 é possível perceber que o
segmento Serviços prestados às famílias, cuja variação chegou a 12,0%, obteve o melhor desempenho do período. Em
compensação, nessa base de comparação, Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, amarga uma
variação acumulada de -7,8% até maio de 2023.
Gráfico 6 – Variação acumulada em 12 meses em relação ao igual período do ano anterior, por atividade de serviço –
maio de 2023 – Brasil e Distrito Federal – %

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