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Contas Nacionais n.

69 • ISSN 1415-9813

Produto Interno Bruto dos Municípios 2017 PIB dos


municípios
ISBN 978-85-240-4517-2
© IBGE, 2019

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em parce- tabelecer relações macroeconômicas, possibilitam traçar o perfil
ria com os Órgãos Estaduais de Estatística, as Secretarias Estadu- econômico de cada um dos municípios brasileiros.
ais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus O presente informativo traz comentários analíticos sobre os
- Suframa, apresenta os resultados do Produto Interno Bruto - principais destaques para o ano de 2017, com comparações em re-
PIB dos Municípios de 2017¹. A metodologia adotada para sua lação a 2016 e, para alguns aspectos, também em relação a 2002,
estimativa é uniforme para todas as Unidades da Federação e in- início da série publicada. Com a colaboração da Diretoria de Geoci-
tegrada, conceitualmente, aos procedimentos adotados nos Sis- ências, são apresentadas ainda análises geográficas mais detalhadas,
temas de Contas Nacionais - SCN e Sistema de Contas Regionais que interpretam o PIB dos Municípios de acordo com a distribuição
- SCR. Portanto, os resultados são coerentes e comparáveis entre no País com base em tipologias (classificações de municípios como,
si e com os resultados do SCN e do SCR. São apresentados, a pre- por exemplo, por hierarquia urbana) e regionalizações (agregações
ços correntes, os valores adicionados brutos dos três grupos de de municípios contíguos, por vezes a partir da identificação de po-
atividade econômica: Agropecuária; Indústria; e Serviços – além los). Esses instrumentos conferem outros significados aos dados do
da Administração, defesa, educação e saúde públicas e segurida- PIB dos Municípios, mostrando padrões de concentração e disper-
de social –, devido à importância dessa atividade na economia são associados às formas e densidades de povoamento, bem como
brasileira; bem como os impostos, líquidos de subsídios, sobre às funções econômicas e político-administrativas das diferentes par-
produtos; o PIB e o PIB per capita. Essas informações, além de es- tes do Território Nacional.

Concentração econômica 
O resultado de 2017 mostra que sete municípios responderam por qua- com 5,1%, Brasília (DF) com 3,7%, Belo Horizonte (MG) com 1,4%,
se ¼ do PIB do Brasil e 13,6% da população²; e que os 69 municípios de Curitiba (PR) com 1,3%, Osasco (SP) com 1,2% e Porto Alegre (RS)
maiores PIBs representavam, aproximadamente, ½ do total e um pouco com 1,1%. Em termos de posição, apenas Osasco (SP) e Porto Alegre
mais de 1/3 da população do País. Já em 2002 apenas quatro municípios (RS) alteraram suas posições na comparação entre 2002 e 2017: da
somavam quase ¼ da economia nacional. 16ª posição para sexta e da sexta para a sétima, respectivamente.
Destaca-se, ainda, que os 1 324 municípios de menores PIBs res- A análise da distribuição do PIB por concentrações urbanas³ per-
ponderam, em 2017, por cerca de 1,0% do PIB e por 3,1% da popu- mite verificar que ¼ da produção econômica do País em 2017 estava
lação brasileira. Nota-se que entre estes municípios, os que estão em apenas duas concentrações urbanas: São Paulo/SP com 17,3%,
no Piauí (157), Paraíba (133), Rio Grande do Norte (78) e Tocantins onde se situa, entre outros, o município de Osasco (SP); e Rio de
(68), representam cerca de 50% dos municípios do respectivo es- Janeiro/RJ, com 7,7% do PIB. Ademais, é possível verificar que as 10
tado. Em 2002, 1 383 municípios correspondiam a 1,0% do PIB e maiores concentrações urbanas brasileiras compõem cerca de 43%
somavam 3,7% da população. do PIB, sendo elas: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF, Belo
Os municípios que responderam por quase ¼ da economia bra- Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Campinas/SP, Salva-
sileira em 2017 foram: São Paulo (SP) com 10,6%, Rio de Janeiro (RJ) dor/BA, Recife/PE e Fortaleza/CE.

1
Por decisão editorial, a partir do ano de referência de 2016, a publicação passou a ser divulgada em duas partes: a primeira corresponde a este informativo, que destaca os principais resultados da
pesquisa, e a segunda, é constituída por Notas técnicas, entre outros elementos textuais, apresentando considerações de natureza metodológica sobre a pesquisa. Outras informações sobre o PIB dos
Municípios estão disponíveis em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/9088-produto-interno-bruto-dos-municipios.html.
2
População residente estimada por município com data de referência em 1º de julho de 2017, enviada ao Tribunal de Contas da União - TCU.
3
Município ou arranjo populacional com população acima de 100 000 habitantes. Apresenta alto grau de integração, devido aos deslocamentos para trabalho e estudo, possuindo grande tamanho
populacional e manchas urbanizadas resultantes da expansão de uma ou mais cidades. São consideradas médias concentrações urbanas os municípios isolados e os arranjos populacionais até 750 000
habitantes, e grandes concentrações urbanas, acima de 750 000 habitantes.
PIB dos
municípios

Por Grandes Regiões e Unidades da Federação, em 2017, o padrão deste, de 13 para 17; Sul, de 31 para 35; e Centro-Oeste, de um para três.
identificado no País é repetido, com concentração das maiores parcelas O PIB segundo a densidade econômica, ou seja, dividido pela
do PIB em poucos municípios. Na comparação entre 2002 e 2017, o nú- área, revela igualmente grande concentração espacial, apresentan-
mero de municípios que somavam até ½ da economia foi ampliado: na do valores elevados nas capitais e municípios mais urbanizados do
Região Norte, de seis para nove municípios; Nordeste, de 25 para 28; Su- litoral e no centro sul, e valores mais baixos no interior do Nordeste

Distribuição dos municípios segundo as faixas de participação no PIB do Brasil

Faixas de Número de Participação


Número de Participação (%)
participação no municípios acumulada (%)
municípios
PIB do Brasil acumulado
Dos municípios Da população (1) Dos municípios Da população (1)
2002
Até 25% 4 0,1 12,0 4 0,1 12,0
De 25% a 50% 44 0,8 17,4 48 0,9 29,3
De 50% a 75% 263 4,7 24,4 311 5,6 53,7
De 75% a 95% 1 899 34,2 31,0 2 210 39,7 84,7
De 95% a 99% 1 967 35,4 11,6 4 177 75,1 96,3
De 99% a 100% 1 383 24,9 3,7 5 560 100,0 100,0
2017
Até 25% 7 0,1 13,6 7 0,1 13,6
De 25% a 50% 62 1,1 20,5 69 1,2 34,1
unicípios De 50% a 75% 310 5,6 23,2 379 6,8 57,4
De 75% a 95% 1 961 35,2 29,4 2 340 42,0 86,7
De 95% a 99% 1 906 34,2 10,2 4 246 76,2 96,9
De 99% a 100% 1 324 23,8 3,1 5 570 100,0 100,0

dos Municípios
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
(1) População residente estimada para 1º de julho, segundo os municípios, enviada ao Tribunal de Contas da União - TCU.

-40°
0° Produto Interno Bruto por município¹
Produto Interno Bruto e Densidade Econômica dos Municípios
PIB e densidade econômica dos
Valores em mil reais N° municípios
de municípios 2017
2017 por classe
-70° -60° -50° -40°
> 5.000.000 a 10.000.000 100 Y
#
BO GOTÁ
V E N E Z U E L A CAYENNE Y
#
SURINAME GUYANE
0° C O L O M B I A
Produto Interno Bruto por município¹
GUYANA
> 10.000.000
Valores a
em mil reais 45.000.000 N° de municípios
83 RR
RN por classe AP
EQUADOR
PB > 5.000.000 a 10.000.000 100 0° 0° Produto Inter
> 45.000.000 a 90.000.000 12
Valores em m
PE
CE
> 10.000.000 a 45.000.000 83
RN
> 90.000.000 a 340.000.000 2 > 5.000.
AL -10° PB AM PA
> 45.000.000 a 90.000.000 12 MA
SE CE
O

PE > 10.000
I C

> 340.000.000
> 90.000.000 a 340.000.000 1 RN
2
AL -10°
PB
T

SE > 45.000
O
N

PI
PE
I C

> 340.000.000 1 AC

BA
> 90.000
T

TO AL
T

-10°
N

-10°
O A

RO SE
Densidade econômica dos municípios

O
I C
T

> 340.00
N° de municípios BA
O A
N

Mil reais por km²econômica dos municípios


Densidade
T

MT
O C EA

por classe
 N

N° de municípios
N

Mil reais por km² BOLIVIA


O C EA

por classe
1.993 P E R U
> 1 a 250
TL

BRASÍLIA

> 1 a 250 1.993 GO DF


.
!
O A

ES Densidade
-2 0 ° #LA PAZ
Y
2.846
N

-2 0 ° > 250 a 2.300


> 250 a 2.300 2.846
Mil reais por km
O C EA

MG
P A C Í F I C O

J > 1 a 250
O C E A N O

565 ES
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DE CAPR
> 2.300
> 2.300 a 18.000
a 18.000 565 MS
O DE CA ICÓRNIO
PRICÓR NI PAR A G UAY -2 0 °
O -2 0° > 250 a 2
> 18.000 a 140.000 137
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> 18.000 a 140.000 137 SP RJ


> 2.300 a
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> 140.000 a 1.199.472 29 DE CAPRICÓ
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> 140.000 a 1.199.472 29 YASUNCIÓ N


# > 18.000
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25 250 375 500 km ¹ Apenas estão representados os municípios com PIB superior a 5 bilhões A R G E N T I N A
¹Apenas estão representados os municípios com
de reais, os quais detêm aproximadamente 65,8% do PIB do Brasil.
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SC > 140.000
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PROJEÇÃO POLICÔNICA -3 0 °
-3 0 °

acionais e Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais -70 -60 U R U G UA Y -50 -40
SANTIAG O BUENO S AIRES MO NTEVIDEO
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Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
etoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dos Municípios. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e Diretoria de Geociências, Coordenação de Geograf
e Estudos Ambientais.

2 Contas Nacionais n. 69
PIB dos
municípios

e do Norte do País. Os municípios mais urbanizados tendem a ter Entre os 10 municípios que apresentaram, em 2017, maior den-
maior participação dos Serviços e da Indústria no PIB, atividades que sidade econômica no País, sete estavam na grande concentração
produzem maior valor agregado por área, enquanto as áreas rurais urbana de São Paulo/SP, com destaque para o Município de Osasco
têm na Agropecuária, com menor valor por área, atividade impor- (SP) com mais de 1 bilhão de R$/km². Entre as concentrações ur-
tante para a economia. A densidade econômica no território brasi- banas, a desigualdade espacial, apesar de menor, ainda é notável.
leiro em 2017 foi de 774 mil R$/km² enquanto nas Concentrações Enquanto na concentração urbana de São Paulo/SP, o quilômetro
Urbanas, esse valor sobe para 8 158 mil R$/km², 10,5 vezes maior. Na quadrado produziu 159 230 mil R$/km², a concentração urbana do
Amazônia Legal4, região com extensas áreas de baixa ocupação, este Rio de Janeiro/RJ, segunda na classificação, produziu 83 769 mil R$/
valor fica em 114 mil R$/km². km², cerca de metade do valor de São Paulo/SP.

10 maiores PIBs e densidades econômicas no Brasil, segundo os municípios e concentrações urbanas

Municípios

Participação
10 maiores municípios por PIB Densidade econômica
do PIB no 10 municípios com maior densidade econômica
valor do PIB (R$ 1 000) (mil R$/km2)
Brasil (%)

Total 1 804 490 435 27,4 Total 392 045

São Paulo (SP) 699 288 352 10,6 Osasco (SP) 1 199 472

Rio de Janeiro (RJ) 337 594 462 5,1 São Caetano do Sul (SP) 854 932

Brasília (DF) 244 682 756 3,7 Barueri (SP) 723 788

Belo Horizonte (MG) 88 951 168 1,4 São Paulo (SP) 459 722

Curitiba (PR) 84 702 357 1,3 Diadema (SP) 436 441

Osasco (SP) 77 910 496 1,2 Taboão da Serra (SP) 433 779

Porto Alegre (RS) 73 862 306 1,1 Rio de Janeiro (RJ) 281 287

Manaus (AM) 73 201 651 1,1 Belo Horizonte (MG) 268 409

Salvador (BA) 62 717 483 1,0 Mauá (SP) 263 070

Fortaleza (CE) 61 579 403 0,9 São João de Meriti (RJ) 261 089

Concentrações urbanas

Participação
10 maiores concentrações PIB 10 concentrações urbanas com maior densidade Densidade econômica
do PIB no
urbanas por valor do PIB (R$ 1 000) econômica (mil R$/km2)
Brasil (%)

Total 2 838 351 683 43,1 Total 88 214

São Paulo/SP 1 139 123 800 17,3 São Paulo/SP 159 230

Rio de Janeiro/RJ 506 953 116 7,7 Rio de Janeiro/RJ 83 769

Brasília/DF 256 171 693 3,9 Campinas/SP 78 909

Belo Horizonte/MG 176 892 300 2,7 Jundiaí/SP 56 941

Porto Alegre/RS 161 583 205 2,5 Indaiatuba/SP 43 300

Curitiba/PR 150 505 660 2,3 Americana - Santa Bárbara d´Oeste/SP 39 799

Campinas/SP 140 031 349 2,1 Itajaí - Balneário Camboriú/SC 37 285

Salvador/BA 116 613 003 1,8 Baixada Santista/SP 36 123

Recife/PE 106 272 011 1,6 Recife/PE 34 898

Fortaleza/CE 84 205 547 1,3 Vitória/ES 34 762

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
Nota: Tipologias e regionalizações de responsabilidade da Coordenação de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE.

4
A Amazônia Legal é composta por 772 municípios dos Estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e dos municípios do Estado do Maranhão situados a
oeste do meridiano 44º.

Produto Interno Bruto dos Municípios 2017 3


PIB dos
municípios

O índice de Gini do PIB considerando os municípios, outra Os 100 maiores PIBs municipais brasileiros, em 2017, representa-
medida de concentração, em 2017 foi de 0,85 e, ao longo da série vam 55,3% do PIB do País ante uma participação de 60,0% em 2002.
analisada, manteve-se praticamente inalterado. Em 2017, apenas Por Grande Região, dentre os 100 municípios, aqueles do Norte, do
os Estados de São Paulo (0,87) e do Amazonas (0,86) apresentaram Nordeste e do Centro-Oeste aumentaram suas participações em re-
índice de Gini superior ao nacional. Os menores indicadores fo- lação ao PIB nacional entre 2002 e 2017. Entretanto, em relação às
ram observados nos Estados do Acre e Mato Grosso do Sul (ambos respectivas regiões houve perda de participação em cada uma das
com 0,68) e Rondônia (0,69). Grandes Regiões. E, em termos de número de municípios, apenas o
Sudeste e Sul apresentaram redução entre 2002 e 2017.

Distribuição dos 100 municípios com os maiores PIBs, segundo as Grandes Regiões

2002 2017
Grandes Regiões Número de Participação do PIB (%) Número de Participação do PIB (%)
municípios Na região No Brasil municípios Na região No Brasil
100 municípios com os maiores PIBs
Brasil 100 .. 60,0 100 .. 55,3
Norte 4 43,3 2,0 5 40,3 2,3
Nordeste 12 41,0 5,4 15 40,7 5,9
Sudeste 59 70,8 40,6 56 66,2 35,0
Sul 20 42,6 6,9 17 37,6 6,4
Centro-Oeste 5 59,5 5,1 7 57,8 5,8

100 municípios com maiores PIBs, exclusive os Municípios das Capitais


Brasil 100 .. 27,1 100 .. 26,6
Norte - - - 2 7,3 0,4
Nordeste 6 7,7 1,0 8 10,4 1,5
Sudeste 69 37,0 21,2 64 36,4 19,2
Sul 22 28,0 4,5 21 27,3 4,7
Centro-Oeste 3 4,4 0,4 5 8,5 0,9

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.

Na análise sem os Municípios das Capitais, os 100 maiores Em uma outra escala de análise, a desigualdade regional fica evi-
PIBs também perderam participação no PIB do Brasil, entre 2002 dente quando se compara o Semiárido8, a Amazônia Legal e a Cida-
e 2017, de 27,1% para 26,6%, na ordem. Entretanto, observa-se de-Região de São Paulo9. O primeiro representou, em 2017, apenas
que apenas os municípios do Sudeste perderam peso no total do 5,2% do PIB nacional, a Amazônia Legal, 8,7% e a Cidade-Região de
País; já os municípios das demais regiões ganharam participação São Paulo foi responsável por 24,6% do PIB do Brasil naquele ano.
ao longo da série. Nota-se, ainda, que o Norte, em 2002, não ti- Observando os cinco maiores PIBs em cada Unidade da Federa-
nha nenhum representante entre os 100 maiores PIBs e passou a ção, em 17 entes federativos, estes municípios concentravam mais
contar com dois municípios em 2017 - Parauapebas (PA) e Ma- do que ½ do PIB estadual em 2017. No Amazonas, Roraima, Amapá
rabá (PA), com 0,3% e 0,1% do PIB brasileiro, respectivamente. e Distrito Federal os cinco maiores somavam mais de 80%, embora
Em uma análise segundo Regiões Geográficas Imediatas5, que pos- tenham reduzido a participação em relação a 2002; com exceção de
sibilita avaliar as disparidades entre municípios-polo6 e municípios do Brasília, único município do Distrito Federal.
entorno7, os primeiros concentravam, em 2017, 58,6% do PIB brasileiro, Entre as demais 10 Unidades da Federação, os cinco maiores
enquanto os municípios do entorno somavam 41,4%. PIBs somavam menos de 40% em: Paraná (38,1%), Santa Catarina

5
Recorte geográfico que reúne um conjunto de municípios, sendo um deles – ou mais do que um, no caso de arranjo populacional – o polo.
6
Município que atrai os moradores dos municípios contíguos para a compra de bens de consumo duráveis e não duráveis; para a procura de emprego, e de serviços de saúde e educação; bem como
para a prestação de serviços públicos, como postos de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, do Ministério do Trabalho, de serviços judiciários, entre outros.
7
Municípios não polo da Região Geográfica Imediata.
8
O Semiárido brasileiro é composto por 1 262 municípios, dos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe Bahia e Minas Gerais.
9
A Cidade-Região de São Paulo faz referência à 2ª integração do arranjo populacional de São Paulo/SP, que engloba um contínuo geográfico de 92 municípios com forte interação no processo pro-
dutivo (bens, cultura, fluxos financeiros etc.) com a metrópole de São Paulo.

4 Contas Nacionais n. 69
PIB dos
municípios

(34,3%) e Rio Grande do Sul (32,2%), todos do Sul; e apenas um Em 12 Unidades da Federação, suas capitais representavam me-
do Sudeste, Minas Gerais (33,2%). Entre estes, somente no Para- nos de 30% do PIB estadual: Belém (19,5%); Palmas (24,2%); Recife
ná os cinco maiores PIBs somavam mais de 40% do PIB estadual (28,6%); Salvador (23,3%); Belo Horizonte (15,4%); Vitória (17,9%);
(42,6%) em 2002. Curitiba (20,1%); Florianópolis (7,0%); Porto Alegre (17,5%); Campo
Os Municípios das Capitais representavam, em 2017, 32,4% do Grande (28,1%); Cuiabá (18,4%) e Goiânia (25,5%).
PIB nacional, a menor participação da série. Enquanto São Paulo, com Nas demais Unidades da Federação apenas as capitais do Acre
10,6%, ocupava a primeira posição em termos de contribuição ao PIB (57,1%), Amazonas (78,5%), Roraima (73,9%), Amapá (64,6%),
do País, Rio Branco (AC) ocupava a última com 0,1%. Rio de Janeiro (50,3%) e Distrito Federal (100%) detinham mais
Na Região Centro-Oeste as capitais participavam com 52,1% de ½ do PIB estadual.
do PIB, já que Brasília, por ser a capital do País, sozinha represen- Atesta-se ainda, que, ao longo da série estudada, Florianópo-
tava 37,1% da região. As capitais dos estados do Norte respon- lis foi a única capital que não ocupou a primeira posição em seu
diam por 42,2% da região, no Nordeste e no Sudeste somavam estado. Em 2017, com 7,0%, foi precedida por Joinville (SC), com
32,1% e 32,9% de seus respectivos PIBs, enquanto no Sul verifi- 9,9%, e por Itajaí (SC), com 7,9%.
cou-se o menor percentual: 15,9%.

PIB per capita

Em 2017, os 10 municípios com os maiores PIB per capita soma- Razão entre o PIB per capita dos Municípios das
vam 1,5% do PIB brasileiro e 0,2% da população. Paulínia (SP), com Capitais e das grandes concentrações urbanas e o
valor de R$ 344 847,17, foi o município com o maior PIB per capita PIB per capita do Brasil
em 2017. O município possuía relevância na indústria de refino de
Municípios das Capitais (continua)
petróleo. Além deste, os municípios que ocupavam a segunda, quar-
ta e sétima posições também tiveram na indústria do petróleo sua 2002 2017

principal atividade: Triunfo (RS) com indústria petroquímica; Presi- Brasília (DF) 2,93 Brasília (DF) 2,54
Vitória (ES) 2,82 São Paulo (SP) 1,82
dente Kennedy (ES), com a extração de petróleo; e São Francisco do
São Paulo (SP) 2,10 Vitória (ES) 1,76
Conde (BA), com a indústria de refino de petróleo; na ordem. Rio de Janeiro (RJ) 1,87 Rio de Janeiro (RJ) 1,63
Os municípios de Louveira (SP) e Extrema (MG) estão na tercei- Porto Alegre (RS) 1,56 Porto Alegre (RS) 1,57

ra e oitavas posições, em razão do Comércio e reparação de veículos Curitiba (PR) 1,52 Curitiba (PR) 1,40
Florianópolis (SC) 1,41 Florianópolis (SC) 1,27
automotores e motocicletas e Indústrias de transformação. Na quin-
Manaus (AM) 1,39 Cuiabá (MT) 1,25
ta posição, São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) é o único município Belo Horizonte (MG) 1,21 Belo Horizonte (MG) 1,11
que tem a extração de minério de ferro como principal atividade, Recife (PE) 1,15 Manaus (AM) 1,08
entre os 10 maiores PIBs per capita de 2017. Já Selvíria (MS), ocupan- Goiânia (GO) 1,15 Goiânia (GO) 1,05
Cuiabá (MT) 0,98 Porto Velho (RO) 1,00
do a sexta posição, e Vitória do Xingu (PA), a nona, constam nesta
Boa Vista (RR) 0,98 Recife (PE) 1,00
relação graças à geração de energia hidrelétrica. Finalmente na 10ª Aracaju (SE) 0,98 Campo Grande (MS) 0,98
posição, Jaguariúna (SP) em função de Indústrias de transformação. Palmas (TO) 0,91 Palmas (TO) 0,91

Entre os Municípios das Capitais, Brasília, com R$ 80 502,47, ocu- Campo Grande (MS) 0,82 São Luís (MA) 0,86
Macapá (AP) 0,81 Boa Vista (RR) 0,85
pou a primeira posição em relação ao PIB per capita em 2017, enquan-
Natal (RN) 0,79 Natal (RN) 0,84
to Belém foi a capital que ocupou a menor posição (R$ 20 821,46). João Pessoa (PB) 0,78 Aracaju (SE) 0,79
A razão entre o PIB per capita dos Municípios das Capitais e o Rio Branco (AC) 0,78 João Pessoa (PB) 0,77
Porto Velho (RO) 0,78 Fortaleza (CE) 0,74
PIB per capita do Brasil (R$ 31 702,25) mostrou que, em 2017, en-
São Luís (MA) 0,74 Teresina (PI) 0,71
quanto Brasília teve valor 2,54 vezes maior que o nacional, em Belém Salvador (BA) 0,73 Rio Branco (AC) 0,67
a razão foi de 0,66. No mesmo ano, 13 capitais brasileiras possuíam Belém (PA) 0,71 Salvador (BA) 0,67
PIB per capita maior do que o nacional; em 2002 eram 11. Fortaleza (CE) 0,71 Maceió (AL) 0,67
Maceió (AL) 0,60 Macapá (AP) 0,66
Manaus foi a única representante da Região Norte com razão acima
Teresina (PI) 0,56 Belém (PA) 0,66
de 1,0 ao longo de toda a série, com 1,08 em 2017 (1,39 em 2002), e Reci-
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
fe a única da Região Nordeste, com razão 1,00 em 2017 (1,15 em 2002).

Produto Interno Bruto dos Municípios 2017 5


PIB dos
municípios

Razão entre o PIB per capita dos Municípios das Capitais e das grandes Paulo para o PIB per capita em 2017. Enquanto
concentrações urbanas e o PIB per capita do Brasil a região semiárida do País apresentou uma ra-
Grandes concentrações urbanas (conclusão) zão de 0,39, o PIB per capita da Cidade-Região
2002 2017 de São Paulo correspondeu a 1,70; já a razão
B rasília/DF 2,30 Campinas/SP 2,10 para a Amazônia Legal foi de 0,67.
São José dos Campos/SP 2,19 B rasília/DF 2,04
A comparação, dentro das Regiões Ge-
Campinas/SP 2,18 São Paulo/SP 1,68
São Paulo/SP 1,87 São José dos Campos/SP 1,62
ográficas Imediatas, entre municípios-polo
Curitiba/PR 1,44 Sorocaba/SP 1,41 e municípios do entorno, mostrou que o
Sorocaba/SP 1,42 Curitiba/P R 1,40 conjunto dos municípios-polo possuía, em
Manaus/AM 1,39 Porto Alegre/RS 1,29 2017, PIB per capita de R$ 36 903,49, en-
Rio de Janeiro/RJ 1,37 Rio de Janeiro/RJ 1,29
quanto o dos municípios do entorno pos-
Vitória/ES 1,37 Florianópolis/SC 1,18
Baixada Santista/SP 1,35 Cuiabá/MT 1,14
suía PIB per capita de R$ 26 432,41.
Porto Alegre/RS 1,29 Manaus/AM 1,08 Observa-se que os maiores valores do PIB
Florianópolis/SC 1,14 Belo Horizonte/MG 1,08
per capita, em 2017, pertencem aos grandes
Belo Horizonte/MG 1,12 Baixada Santista/SP 1,08
Salvador/BA 0,98 Vitória/ES 1,04
centros urbanos do centro-sul, e ainda a al-
Goiânia/GO 0,94 Campo Grande/MS 0,98 gumas regiões de forte expansão da fronteira
Cuiabá/MT 0,87 Salvador/BA 0,94 agrícola, notadamente na região central do
Aracaju/SE 0,85 Goiânia/GO 0,94 Mato Grosso, no oeste baiano e no alto curso
Campo Grande/MS 0,82 Recife/PE 0,83
do Rio Parnaíba, onde houve elevada partici-
Recife/PE 0,79 Natal/RN 0,74
Natal/RN 0,76 Jo ão P essoa/P B 0,74
pação da cadeia de produção de soja associa-
João Pessoa/PB 0,72 Fo rtaleza/CE 0,74 da à baixa densidade demográfica.
Fortaleza/CE 0,68 São Luís/MA 0,73
Destacaram-se também Vitória do
São Luís/MA 0,64 Aracaju/SE 0,68
Xingu (PA), com relevância na geração de
B elém/P A 0,61 Maceió/AL 0,66
Maceió/AL 0,61 Teresina/PI 0,65 energia elétrica; Canaã do Carajás (PA) e Pa-
Teresina/PI 0,51 Belém/PA 0,59 rauapebas (PA), onde Indústrias extrativas
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
têm grande importância; e o leste do Mato
Grosso do Sul, onde se destaca a cadeia de
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e produção da celulose.
Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
Nota: Tipologias e regionalizações de responsabilidade da Coordenação de Geografia da Diretoria de Na análise segundo a hierarquia urbana10
Geociências do IBGE. dos municípios, observa-se que, de um modo
Percebe-se, entretanto, uma tendência a trações urbanas de capitais, com exceção de geral, quanto mais alta a hierarquia, maior o
aproximação dos valores do PIB per capita Brasília/DF e São Paulo/SP (1,68). PIB per capita. As metrópoles, em 2017, apre-
dos Municípios das Capitais à média brasilei- sentaram PIB per capita 2,15 vezes maior do
Em 2002, 13 grandes concentrações ur-
ra. As razões das capitais têm se aproximado que os centros locais e, assim como as capi-
banas apresentavam um PIB per capita maior
a 1,0 ao longo da série estudada, ou seja, en- tais regionais (R$ 34 190,09), as metrópoles
que a média nacional. À exceção de Brasília/
quanto as razões acima do valor nacional em (R$ 42 170,42) tiveram PIB per capita maior
DF e Manaus/AM, as demais concentrações
2002 reduziram na comparação a 2017, as ra- que o nacional (R$ 31 702,25). As demais clas-
encontravam-se nas Regiões Sudeste e Sul.
zões abaixo de 1,0 aumentaram no período. ses da hierarquia urbana apresentaram PIB
Em 2017, são 14 as grandes concentrações per capita inferior à média nacional.
Na análise que abrange as grandes con-
urbanas com razão acima de 1, passando a
centrações urbanas, observa-se que a ra- Entre 2016 e 2017 o PIB per capita das
incluir Cuiabá/MT. Em ambos os anos, po-
zão do PIB per capita da concentração de metrópoles se aproximou do valor nacional,
rém, nenhuma grande concentração urbana
Campinas/SP (2,10), supera a concentração saindo de uma razão de 1,35 para 1,33. Por
de capital do Nordeste foi maior que 1. sua vez, os centros de zona apresentaram
de Brasília/DF (2,04) em 2017. São José dos
Campos/SP (1,62) e Sorocaba/SP (1,41) na A desigualdade regional fica mais evidente uma razão de 0,87 em 2016 e 0,89 em 2017;
quarta e quinta posição, respectivamente, na comparação entre as regiões do Semiárido, um ganho de 0,02. Os centros locais passa-
tiveram razão superior às grandes concen- da Amazônia Legal e da Cidade-Região de São ram de 0,61 para 0,62 no período.

10
Posição relativa de um centro urbano (sede de município) ou de um arranjo populacional no conjunto funcionalmente articulado de cidades do território brasileiro. Ela é aferida por meio da quan-
tificação de suas funções (presença de instituições e empresas) e do grau de centralidade em relação ao deslocamento de moradores de outros municípios em busca de bens e serviços. Atualmente
são identificados cinco grandes níveis: metrópole, capital regional, centro sub-regional, centro de zona e centro local. Para efeito desta publicação, os municípios que não existiam em 2007 e, portanto,
não classificados na pesquisa Regiões de Influência das Cidades - Regic 2007, foram considerados como município de centro local.

6 Contas Nacionais n. 69
nterno Bruto per capita
PIB dos
municípios
-60° -50° -40°
V E N E Z U E L A CAYENNE Y
#
Produto
PIB perInterno
capita Bruto
SURINAME per capita
GUYANE

2017
2017 RR GUYANA

-70° -60° AP -50° -40°


Y
#
BO GOTÁ
V E N E Z U E L A CAYENNE Y
#
C O L O M B I A
SURINAME GUYANE

GUYANA
RR
AP
EQUADOR
0° 0°

AM PA
MA
CE PIB per capita por município (R$) N° de municípios
PA
AM
MA RN por classe
CE PIB per capita por município (R$) N° de municípios
por classe
RN
PB > 3.285 a 11.000 1.808
PI PB > 3.285 a 11.000 1.808
PI PE
AC PE
> 11.000
> 11.000 a 19.000 a 19.0001.333 1.333
TO TO AL AL -10° Abaixo
Abaixo
-10° -10°
dada média
média
RO RO SE SE

O
> 19.000 a 27.000 1.029

I CO
nacional > 19.000 a 27.000 1.029
nacional
BA

I C
BA

T
MT > 27.000 a 35.000 575

N
LÂT
MT
BOLIVIA > 27.000 a 35.000 575
P E R U
BRASÍLIA
AT
N
> 35.000 a 43.000 319
Â
BOLIVIA GO DF
.
! Acima
L

da média
NO

Y
# LA PAZ
BRASÍLIA
AT

GO > 35.000 a 43.000195 319


DF
.
! nacional
Acima > 43.000 a 51.000
OCEA

MG
da média
NO

Y
# LA PAZ
P A C Í F I C O
O C E A N O

ES > 51.000 a 344.847 311


MS nacional > 43.000 a 51.000 195
OCEA

-2 0 °
-2 0° PAR A G UAY
MG Produto Interno Bruto per capita brasileiro: R$ 31.702,25
E

SP RJ > 51.000 a 344.847 311


ES
L

MS TRÓP ICO
DE CAPRICÓ
RNIO
PR -2 0 °
I

PAR A G UAY
YASUNCIÓ N
# Produto
Produto Interno
Interno Bruto
Bruto per
per capitabrasileiro:
capita brasileiro: R$
R$ 31.702,25
31.702,25
H
E

A R G E N T I N A SP RJ
C

SC
L

TRÓP ICO
DE CAPRICÓR
NIO
PR
I

RS 0 125 250 375 500 km


Y
#
ASUNCIÓ N
H

PROJEÇÃO POLICÔNICA -3 0 °
0° T I N
A R G E -3N A
C

-70 -60
SC
U R U G UA Y -50 -40
SANTIAG O BUENO S AIRES MO NTEVIDEO
#
Y

RS
0 de
125 250 375 500 km
Fonte:
Fonte: IBGE, Interno
IBGE, Produto em parceria
Bruto dos com os Órgãos
Municípios. Estaduais
Diretoria de de Estatística,
Pesquisas, Coordenação Secretarias
Contas Nacionais Estaduais
e Diretoria de Governo
de Geociências, e Superintendência
Coordenação da Zona
de Geografia e Coordenação de Franca
Recursos de Manaus
Naturais - Suframa.
e Estudos Ambientais.
PROJEÇÃO POLICÔNICA -3 0 °

-70
SANTIAG O
-60 U R U G UA Y -50 -40
BUENO S AIRES MO NTEVIDEO
Y
#

PIB per capita segundo tipologias geográficas e recortes selecionados (R$)


o Interno Bruto dos Municípios. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais
s. 2017

60 000,00
Grandes Regiões
50 000,00
Hierarquia urbana
40 000,00
31 702,25
Regiões geográficas
30 000,00 imediatas

20 000,00
Recortes selecionados

10 000,00
Brasil
0,00
Norte

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Metrópoles

Capitais regionais

Centros sub-regionais

Centros de zona

Centros locais

Municípios-polo

Municípios do entorno

Amazônia Legal

Semiárido

Cidade-Região
Nordeste

de São Paulo

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.

Nota: Tipologias e regionalizações de responsabilidade da Coordenação de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE.

Produto Interno Bruto dos Municípios 2017 7


PIB dos
municípios

Evolução das participações do PIB entre os municípios 

Período 2016-2017 período, saindo de 44,5% no PIB nacional, em 2016, para 43,9% em
2017. Por sua vez, os municípios de menor hierarquia experimen-
Observando as maiores diferenças de participação em relação ao
taram crescimento acentuado. Os centros de zona aumentaram a
PIB do Brasil, entre 2016 e 2017, os municípios com maior ganho em
participação no PIB nacional de 9,4% para 9,6%, e os centros locais
valor absoluto foram Maricá (RJ), Parauapebas (PA), Ribeirão Preto
apresentaram o maior ganho: de 17,0% para 17,3%.
(SP), Niterói (RJ) e Goiana (PE), todos eles com acréscimo de 0,1
Ao se observar alguns recortes geográficos específicos, essa ten-
ponto percentual (p.p.).
dência se mantém. A Cidade-Região de São Paulo representava, em
Maricá (RJ) e Niterói (RJ) tiveram ganho de participação atrela- 2016, 25,0% do PIB do Brasil passando a 24,6%, em 2017, uma redu-
do à extração de petróleo; atividade beneficiada pelo aumento dos ção de 0,4 p.p.. Por sua vez, o Semiárido representava 5,1% e avançou
preços da commodity em 2017. Em Parauapebas (PA) o aumento em para 5,2%. De igual forma, a Amazônia Legal saiu de 8,6%, em 2016,
valor do PIB também se justificou pelas Indústrias extrativas, nes- para 8,7%, em 2017.
te caso pela extração de minério de ferro, que teve a produção em
Na análise por diferenças de posição – obtidas a partir da dife-
2017 alavancada pelo início de operações de nova mina.
rença de posição dos municípios em relação ao valor do PIB –, os
Ribeirão Preto (SP) apresentou o quarto maior ganho de partici- maiores destaques são de municípios com participação reduzida
pação devido às Indústrias de transformação e ao Comércio e repa- no PIB do País.
ração de veículos automotores e motocicletas. Para Goiana (PE), foi
determinante o aumento da produção da indústria automobilística
entre 2016 e 2017. Dinâmica
Dinâmica dodo
PIB dos
PIB municípios
dos municípios
2002 - 2017
Dinâmica
2002-2017 do PIB dos municípios
Já as cinco maiores quedas de participação ocorreram em São
2002 - 2017
Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), São José dos Campos (SP), Belo Ho- Y
#
BO GO TÁ
-70°
V E N E Z U E L A
-60°
CAY ENNE Y
#
-50° -40°

SURINAME GUYANE

rizonte (MG) e Betim (MG). Em São Paulo, a perda de participa- C O L O M B I A

Y
#
BO GO TÁ
-70°
V E N E Z U E L A
RR
-60°
GUYANA CAY ENNE #
Y
-50° -40°

SURINAME GUYANE
AP
ção ocorreu em função das Atividades financeiras, de seguros e C O L O M B I A


EQUADOR
RR GUYANA 0°

AP
serviços relacionados, bastante concentrada na capital paulista e 0°
EQUADOR

que apresentou, em 2017, redução das operações de crédito e das AM PA


MA
CE
taxas de juros. AM PA
MA
RN
CE PB
PI RN
No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, a queda concentrou- AC
PB
AL
PE
TO -10°
-10° PI
se na Construção. Já em São José dos Campos, a diferença negati- AC RO SE PE

O
C
TO BA AL
I
-10° -10°

va de participação esteve atrelada às Indústrias de transformação. RO MT SE


O
T
N

C

BOLIVIA
P E R U BA
I

Em Betim, município da região metropolitana de Belo Horizonte, o


BRAS ÍLIA
AT

MT
T

GO DF
.
!
N
OCEAOCEANO

YLA PA Z
#

BOLIVIA
P E R U

desempenho vinculou-se à indústria de refino de petróleo, na qual


BRAS ÍLIA
AT

GO DF
.
! MG
P A C ÍPFAI CC ÍOF I C O

NO

#LA PA Z
Y
E A N O

ES
houve aumento de custos de matéria-prima. -20° PA R A G U A Y
MS
MG -20°
O NC O

ES
E

MS SP RJ
Ao se analisar a evolução da participação no PIB nacional das
L

-20°
O C E A

-20° PA R A G U A Y TRÓ PICO


DE CAP RIC
ÓRN IO
PR
E
I

SP RJ
concentrações urbanas, observa-se que, das 185 concentrações YASUNCIÓ N
#
L
H

TRÓ PICO
DE CAP RIC
A R G E N T I N A ÓRN IO
PR SC
I
C

urbanas do País, 103 avançaram e as demais 82 reduziram. Das 26 YASUNCIÓ N


#
H

A R G E N T I N A
RS SC
C

grandes concentrações urbanas, somente 6 ganharam peso e as de- 0 110 220 330 440 km
-30°
-30° RS
mais 20 perderam. Já entre as 159 médias concentrações existentes, U R U G U AY
PROJEÇÃO POLICÔNICA
0 110 220 330 440 km
SANTIA GO BUENO S A IRE S MONTE VIDEO -30°
-30° Y-70°
#
97 elevaram a participação no PIB nacional e as demais 62 perderam. SANTIA GO
-60° Y
# Y
#
U R U G U AY
-50° -40°
PROJEÇÃO POLICÔNICA -30°

BUENO S A IRE S MONTE VIDEO


Y-70°
# -60° Y
# Y
# -50° -40° -30°

Entre as concentrações urbanas que mais avançaram na parti- Ponto Percentual N° de municípios
por classe
cipação, estão Parauapebas/PA, Ribeirão Preto/SP e Campos dos ≤ -1,2100
Ponto Percentual
1
N° de municípios
Perda de > -1,2100 a -0,1000 por 17
classe
Goytacazes/RJ, que embora tenham os maiores ganhos, participa- Diferença da participação participação ≤ -1,2100
> -0,1000 a -0,0020
1
393
do PIB dos municípios no Perda de > -1,2100 a -0,1000 17
4.381
vam juntos com 1,3% do PIB do País em 2017. Na ponta inversa, as PIB do Brasil:
Diferença 2002 - 2017
da participação
participação
> -0,0020 a 0,0020
> -0,1000 a -0,0020
> 0,0020 a 0,1000
393
767
do PIB dos municípios no Ganho de 4.381
nove maiores reduções de participação são de grandes concentra- PIB do Brasil: 2002 - 2017 participação
> -0,0020 a 0,0020
> 0,1000 a 0,2000 10
767
Ganho de ≥>0,2000
0,0020 a 0,1000 1
ções urbanas, sendo São Paulo/SP a que apresentou a maior redu- participação > 0,1000 a 0,2000 10
≥ 0,2000 1
ção, de 17,6% em 2016 para 17,3% em 2017, seguida por Belo Hori-
zonte/MG, de 2,8% para 2,7%. Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dos Municípios. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e
Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dos Municípios. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e
Ao se analisar a hierarquia urbana, fica mais clara a tendência de Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Esta-
desconcentração do PIB. As metrópoles perderam participação no duais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.

8 Contas Nacionais n. 69
Dinâmica do PIB nas Regiões Geográficas
2002 - 2017
dos
municípios
Imedia
PIB
-70° -60° -50° -40°
Curral Novo do Piauí (PI) foi o município com o maior avanço municipal.
Y
# São Paulo perdeu 2,1 p.p. de participação
BO GO TÁ
Y
# na economia V E N E Z U E L A
SURINAME
CAY ENNE

GUYANE
C O L O M B I A
entre 2016 e 2017 – subiu 3 400 posições – desempenho influencia- nacional influenciado pela redução relativa de Atividades financei- GUYANA
RR
do pela indústria de geração eólica. Bodó (RN) e Simões (PI), segun- ras, de seguros e serviços relacionados. Já na capital
AP fluminense, a
Dinâmica
do e terceiro maiores ganhos de posição, também tiveramdo PIB
resultado nas Regiões
0° Geográficas
EQUADOR
Imediatas
perda de 1,2 p.p. ocorreu em razão da diminuição de seu peso na
2002
atrelado à atividade de geração elétrica com - 2017
fonte eólica. Indústria do País.
Entre os maiores recuos de posição, destacou-se Morro da Garça Em seguida, CamposAMdos Goytacazes (RJ),PA São Bernardo MA do
CE
-70° -60° -50° -40°
(MG), que caiu 2 208 posições, devido à redução
Y
# na atividade de BO GO TÁ
V E N E Z U E L A
Campo (SP) e São José dos Campos (SP) perderam 0,5 p.p., 0,3 p.p. e
Y
#
SURINAME
CAY ENNE

GUYANE
RN
C O L O M B I A PB
extração vegetal. Em seguida, Jandaíra (RN) teve redução atrelada 0,3 p.p., respectivamente. No munícipio fluminense houve redução
GUYANA
PI
PE
RR AC
a Indústrias de transformação. Icém (SP) e Vila Nova dos Martírios EQUADOR
em valor
-10°
da extração
AP de petróleo e nos dois municípios
TO paulistas a AL
0° RO 0° SE
(MA) tiveram a terceira e quarta maiores quedas de posições devido queda vinculou-se a Indústrias de transformação.

C
BA

I
à redução da Construção. MT

T
O maior ganho de participação no período ocorreu no muni-

N

BOLIVIA
AM PA
P E R U
cípio de Osasco (SP), com aumento
MA de 0,3 p.p., que
GOadquiriu maior BRAS ÍLIA

T
.
!
Período 2002-201711 DF

O A
CE
Y
#
destaque na economia nacional devido às atividades de serviços,
LA PA Z
RN

N
O C EA
PB MG
Na análise de evolução de participação do PIB ao longo da série sobretudo no Comércio e reparação PI de veículos automotores e mo-

P A C Í F I C O
O C E A N O
AC PE ES
MS
2002-2017, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ)
-10°
tiveram as maiores tocicletas
-20°
e em Atividades
TO Financeiras, de seguros
AL e serviços relacio-
-10° PA R A G U A Y
RO SE
quedas de participação entre os municípios brasileiros; o que apon- nados. Itajaí (SC), segundo lugar, teve ganho de 0,2 p.p. SP em função

O
RJ

C
L
BA TRÓP ICO

I
DE CA PR
ta novamente para a tendência de desconcentração do PIB no nível do Comércio e reparação de veículos automotores
MT PR e motocicletas.

T
IC

N
YASUNCIÓ N
#


BOLIVIA

H
P E R U
BRAS ÍLIA

T
A R G E N T I N A
GO .
!
DF

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SC

C
#LA PA Z
Y

N
O C EA
MG RS
P A C Í F I C O

Dinâmica do PIB nas Regiões Geográficas Imediatas


O C E A N O

ES
Dinâmica do PIB nas Regiões Geográficas Imediatas -30°
MS 0 125 250 375 500 km

2002 - 2017 -20° PA R A G U A Y -20°


2002-2017 PROJEÇÃO POLICÔNICA
E

SANTIA GO
SP RJ U R U G U AY
BUENO S A IRE S
L

MONTE VIDEO
#-70°
Y -60° Y
# TRÓP ICO
Y
# DE CA PR
ICÓ
-50° -40°
-70° -60° -50° -40° RNIO
Y
# Y
# PR
I

V E N E Z U E L A CAY ENNE
BO GO TÁ

C O L O M B I A
SURINAME GUYANE
YASUNCIÓ N
#
H

RR GUYANA A R G E N T I N A Diferença da participação em pontos perc


SC
C

AP

EQUADOR

-37,34 a -20,00

RS Perda de > -20,00 a -7,00


Diferença da participação participação > -7,00 a -2,00
PA
AM
-30° MA do PIB dos municípios-polo 0 125 250 375 500 km
-30°
> -2,00 a 2,00
CE
RN em suas respectivas Regiões PROJEÇÃO POLICÔNICA
> 2,00 a 7,00
PB BUENO S A IREGeográficas Imediatas entre
U R U G U AY
SANTIA GO

Y-70°
# -60° #
S MONTE VIDEO Ganho de
PI Y #
2002 Ye 2017 -50° -40° -30°
> 7,00 a 20,00
AC PE participação
-10° TO AL -10° > 20,00 a 30,36
RO SE
Diferença da participação em pontos percentuais
O

Não se aplica¹
C

BA
I

MT
T

-37,34 a -20,00
N

¹ Refere-se às regiões imediatas de Almerim-Porto de Moz e do Distrito Federal, nas quais o concei

BOLIVIA
P E R U
BRAS ÍLIA
Perda de > -20,00 a -7,00
T

GO .
!
DF se aplica.
O A

#LA PA Z
Y Diferença da participação participação > -7,00 a -2,00
N
O C EA

do PIB dos municípios-polo


MG Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dosa Municípios.
> -2,00 2,00 Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nac
P A C Í F I C O

em suas respectivas ESRegiões


O C E A N O

MS Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Am


> 2,00 a 7,00
-20° PA R A G U A Y
Geográficas Imediatas entre -20° Ganho de
2002 e SP
2017 > 7,00 a 20,00
E

RJ participação
L

TRÓ PICO
DE CAP RIC
PR
ÓRNIO
> 20,00 a 30,36
I

YASUNCIÓ N
#
Não se aplica¹
H

A R G E N T I N A
SC
C

¹ Refere-se às regiões imediatas de Almerim-Porto de Moz e do Distrito Federal, nas quais o conceito não
RS se aplica. ¹ Refere-se às regiões imediatas de Almerim-Porto de Moz e do Distrito
0 125 250 375 500 km
-30°
Federal, nas quais o conceito não se aplica.
-30°
Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dos Municípios. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e
PROJEÇÃO POLICÔNICA

SANTIA GO

Y-70°
#
BUENO S A IRE S Diretoria-50°
U R U G U AY
MONTE VIDEO de Geociências,-40°Coordenação de-30°Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
-60° Y
# Y
#

Diferença da participação em pontos percentuais


-37,34 a -20,00
Perda de > -20,00 a -7,00
Fonte: IBGE, em parceria
Diferença da com os Órgãos
participação participação
Estaduais de Estatística, Secretarias
> -7,00 a -2,00 Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
do PIB dos municípios-polo > -2,00 a 2,00
emesuas
Nota: Tipologias respectivas Regiões
regionalizações de responsabilidade da Coordenação
> 2,00 a 7,00 de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE.
Geográficas Imediatas entre Ganho de
2002 e 2017 participação > 7,00 a 20,00
> 20,00 a 30,36
Não se aplica¹

¹ Refere-se às regiões imediatas de Almerim-Porto de Moz e do Distrito Federal, nas quais o conceito não
se aplica.

Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dos Municípios. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e
Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.

11
1. A série 2002 a 2009 refere-se à série retropolada do PIB dos Municípios, tendo por referência o ano de 2010 e, a partir de 2010 a série é estimada.
2. Para a análise do período 2002-2017 foram desconsiderados os 10 municípios criados entre 2003 e 2013.

Produto Interno Bruto dos Municípios 2017 9


PIB dos
municípios

O município de Alto Horizonte (GO) obteve o maior ganho de Participação do valor adicionado bruto das ativida-
posição entre 2002 e 2017, devido ao desenvolvimento da indústria des econômicas, segundo tipologias geográficas e
de extração de minerais metálicos não ferrosos neste período; ainda recortes selecionados
assim manteve participação relativamente baixa no PIB nacional. As
maiores quedas de posição, na série iniciada em 2002, ocorreram
em Motuca e Rubiácea, dois municípios paulistas com economia
Participação do PIB no Brasil
predominantemente agrícola.
Tipologias geográficas e
Ao se analisar a evolução da participação no PIB nacional das recortes selecionados
concentrações urbanas, confirma-se a tendência de redução da
2002 2017 Diferença
importância relativa das concentrações urbanas de São Paulo/ 2017-2002 (p.p.)
(%) (%)
SP e Rio de Janeiro/RJ e ainda o avanço relativo das concentra-
ções de Jundiaí/SP, Itajaí-Balneário Camboriú/SC, Parauapebas/ Brasil 100,0 100,0 -
PA, Uberlândia/MG, Brasília/DF, Goiânia/GO e Fortaleza/CE. Das
185 concentrações urbanas do País, 119 ganharam participação Grandes Regiões

enquanto as demais 66 reduziram. Chama atenção que as seis


Norte 4,7 5,6 0,9
concentrações urbanas que mais perderam participação no PIB
do País no período pertenciam aos Estados de São Paulo e Rio Nordeste 13,1 14,5 1,4
de Janeiro.
Sudeste 57,4 52,9 (-) 4,5
A Amazônia Legal e o Semiárido ganharam participação no
PIB nacional, 1,8 p.p. e 0,8 p.p., respectivamente. A Cidade-Região Sul 16,2 17,0 0,8

de São Paulo, por sua vez, reduziu de 27,0% do PIB nacional para
Centro-Oeste 8,6 10,0 1,4
24,6%, não só em função da redução do peso da capital paulista
no PIB do País, mas também pela perda relativa de outros muni- Hierarquia urbana
cípios que a compõe, e que têm representatividade na Indústria
Metrópoles 47,3 43,9 (-) 3,5
nacional.
Sob o recorte de Regiões Geográficas Imediatas, o padrão de Capitais regionais 21,1 21,2 0,1
desconcentração econômica se mantém. De um modo geral, ve-
Centros sub-regionais 7,4 8,0 0,6
rifica-se que nas áreas de maior PIB e população – como São Pau-
lo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Centros de zona 8,4 9,6 1,2
Porto Alegre (RS) – os municípios-polo perderam participação
Centros locais 15,8 17,3 1,5
se comparados aos do entorno, enquanto nas áreas de menor PIB
ocorreu o inverso. Regiões geográficas imediatas
A área quase contínua formada pelos municípios-polo dos Es-
Municípios-polo 61,5 58,6 (-) 2,9
tados do Mato Grosso, Pará, Bahia, Tocantins e Maranhão, com
perda de participação no PIB de suas Regiões Geográficas Imedia- Municípios do entorno 38,5 41,4 2,9
tas, tem a Agropecuária como atividade relevante. Já os municí-
Concentrações urbanas
pios-polo do Semiárido, do Oeste Paulista, do Triângulo Mineiro,
do Sul de Goiás e do Oeste do Amazonas ganharam importância Grandes concentrações urbanas 57,1 53,4 (-) 3,7
em suas Regiões Geográficas, apontando para a formação e ou
consolidação de centralidades nessas áreas. Médias concentrações urbanas 19,9 21,1 1,2

Recortes selecionados

Amazônia Legal 6,9 8,7 1,8

Semiárido 4,5 5,2 0,8

Cidade-Região de São Paulo 27,0 24,6 (-) 2,3

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias


Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.

Nota: Tipologias e regionalizações de responsabilidade da Coordenação de


Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE.

10 Contas Nacionais n. 69
PIB dos
municípios

Participação do valor adicionado bruto das atividades econômicas no total do valor adicionado bruto do Brasil

Serviços (exceto
Administração, defesa,
Administração, defesa,
Agropecuária Indústria educação e saúde públicas
Tipologias geográficas e recortes educação e saúde públicas
e seguridade social
selecionados e seguridade social)

Diferença Diferença Diferença Diferença


2002 2017 2002 2017 2002 2017 2002 2017
2017-2002 2017-2002 2017-2002 2017-2002
(%) (%) (p.p.) (%) (%) (p.p.) (%) (%) (p.p.) (%) (%) (p.p.)

Brasil 6,4 5,3 (-) 1,1 26,4 21,1 (-) 5,3 16,5 17,7 1,2 50,7 55,9 5,2

Grandes Regiões

Norte 0,5 0,6 0,1 1,3 1,5 0,2 1,2 1,5 0,3 1,8 2,2 0,4

Nordeste 1,3 1,0 (-) 0,4 3,1 2,8 (-) 0,3 3,2 3,7 0,6 5,8 7,3 1,4

Sudeste 1,8 1,3 (-) 0,5 15,7 11,2 (-) 4,6 7,6 7,1 (-) 0,5 31,4 32,5 1,1

Sul 1,8 1,5 (-) 0,3 4,8 4,2 (-) 0,6 2,1 2,5 0,4 7,8 8,9 1,1

Centro-Oeste 1,0 1,0 0,0 1,4 1,4 0,0 2,5 2,9 0,4 3,9 5,0 1,1

Hierarquia urbana

Metrópoles 0,1 0,1 (-) 0,0 10,6 7,3 (-) 3,4 6,9 6,8 (-) 0,1 28,0 28,2 0,3

Capitais regionais 0,4 0,3 (-) 0,1 7,0 5,2 (-) 1,8 2,9 3,2 0,3 10,7 12,3 1,6

Centros sub-regionais 0,5 0,3 (-) 0,1 2,4 2,0 (-) 0,4 1,2 1,4 0,2 3,5 4,4 0,8

Centros de zona 1,2 1,0 (-) 0,2 2,4 2,6 0,2 1,5 1,7 0,2 3,6 4,7 1,0

Centros locais 4,3 3,7 (-) 0,6 3,9 4,0 0,1 4,0 4,5 0,5 4,9 6,4 1,4

Regiões geográficas imediatas

Municípios-polo 1,5 1,2 (-) 0,3 14,9 10,6 (-) 4,3 9,1 9,7 0,5 35,5 36,4 0,9

Municípios do entorno 4,9 4,1 (-) 0,8 11,5 10,5 (-) 1,0 7,4 8,0 0,6 15,3 19,5 4,3

Concentrações urbanas

Grandes concentrações urbanas 0,2 0,2 (-) 0,1 13,9 9,7 (-) 4,2 8,2 8,2 0,1 32,9 33,7 0,8

Médias concentrações urbanas 0,8 0,6 (-) 0,2 6,9 5,7 (-) 1,2 2,9 3,3 0,4 9,5 11,7 2,2

Recortes selecionados

Amazônia Legal 1,0 1,1 0,2 1,8 2,0 0,3 1,7 2,2 0,5 2,8 3,7 0,9

Semiárido 0,7 0,5 (-) 0,2 0,9 0,9 (-) 0,1 1,6 1,9 0,3 1,6 2,3 0,7

Cidade-Região de São Paulo 0,1 0,0 (-) 0,0 7,2 4,7 (-) 2,4 2,2 2,0 (-) 0,2 16,3 16,8 0,5

Produto Interno Bruto dos Municípios 2017 11


PIB dos
municípios

Perfil econômico dos percentual de municípios em que a Agropecuária


Agricultura, inclusive apoio à agricultura
municípios12  e pós-colheita aparece como atividade de
Observa-se, em 2017, que ¼ do valor adi-
cionado bruto da Agropecuária brasileira
maior destaque (35,5%), seguido por Rio
Em 2017, 49,2% dos municípios brasileiros, era concentrada em 165 municípios. Desses
Grande do Sul (32,4%) e Paraná (30,8%).
ou 2 741 municípios, a Administração, defe- municípios, as Regiões Sul e Centro-Oeste
sa, educação e saúde públicas e seguridade Excluindo desta análise a Administra- somavam 96 municípios, ou 58,2%, ancora-
ção, defesa, educação e saúde públicas e
social foi a principal atividade econômica. dos na produção de soja em grão, algodão
Nas Unidades da Federação do Acre, Rorai- seguridade social, Demais Serviços foi a herbáceo e arroz em grão. Os cinco maio-
principal atividade de 3 740 municípios em
ma, Amapá, Piauí, Paraíba e Distrito Federal res valores foram, na ordem, São Desidério
2017, seguida pela Agricultura, inclusive
esse percentual ultrapassou 90,0%. No outro (BA), Rio Verde (GO), Sapezal (MT), Sorriso
extremo, o Estado de São Paulo teve apenasapoio à agricultura e pós-colheita com 910 (MT) e Três Lagoas (MS), e somaram 2,2%
9,3% de municípios com essa característica.
municípios. Na comparação com o início do valor adicionado bruto da Agropecuária
Dos 279 municípios cuja atividade da série, em 2002, destaca-se a redução do em 2017.
principal em 2017 foi Indústrias de número de municípios com agricultura ou Entre os 20 maiores valores percebe-se que
transformação, 219 estiveram concentrados pecuária como atividade principal, enquan- da primeira à 12ª posição apenas dois muni-
nas Regiões Sudeste e Sul; o que equivale to o número de municípios com maior peso cípios não eram da Região Centro-Oeste: São
a 78,5%. Mato Grosso obteve o maior de Demais Serviços foi ampliado. Desidério (BA) e Formosa do Rio Preto (BA).
Atividade
Atividadeeconômica
econômicapredominante
predominanteno nomunicípio
município
Atividade 2017
econômica
2017 predominante no município Os dois municípios baianos ocuparam a pri-
2017 meira e sétima posições, respectivamente,
-70°-70° -60°-60° -50°-50° -40°-40°
Y
# YTÁ
#
BO GO

C C
BO GO TÁ

O LO O M M
L O B B
I AI A
V EV NE EN ZE UZ EU LE AL A CAY CAY

SURINAMEGUYANE
SURINAME GUYANE
Y#
#
ENNE Y
ENNE
sendo as produções de soja e algodão herbá-
RR
RR
GUYANA
GUYANA
APAP
ceo seus principais cultivares. Dos demais mu-
EQUADOR
0° 0° EQUADOR 0° 0°
nicípios, da 13ª à 20ª posição, apenas dois per-
tenciam ao Centro-Oeste: Nova Mutum (MT),
AM PAPA
AM MA
MA CECE na 14ª posição, com destaque nos cultivos de
RNRN
PBPB soja e algodão herbáceo; e Rio Brilhante (MS),
PIPI
PEPE
-10°-10°
AC
AC
TOTO ALAL -10°
na 20ª posição, sendo os cultivos de cana-de-
-10°
RO SESE
RO
-açúcar e de soja os principais destaques.
I C O
O
I C

BA
BA
MT
T

MT
T
AT Â N

Ao se analisar os dados a partir do recor-


N

B OBLOI V
L II A

P P E E R RU U VIA
L

BRAS ÍLIA ÍLIA


AT

BRAS
GO .DF
!
GO DF.
!
YLA#
# te das regiões rurais13 do Brasil, observamos
NO

PA Z
YLA PA Z
NO
OCEA
OCEA

MG
MG
que os maiores valores adicionados brutos
OO
P A C Í F I C O
O C E A N O
POACCEÍ AF NI C

MS ESES
MS
° 0°
-20-2 P APRAARGAUGAUYA Y -20°-2

foram de regiões rurais localizadas, em ge-
E

SPSP
E

RJRJ
ral, no Sul e Sudeste do País, sendo a soja e
L
L

TRÓTRÓ
PICPIC
O DE CAPCAP
O DE RICRIC
ÓRN IO IO
PRPR ÓRN
I
I

YASUNCIÓ
# YASUNCIÓ
#
a cana-de-açúcar as principais atividades de
N N
H
H

A R G G
A R E E
N N
T IT NI NA A
SCSC
C
C

grande parte delas.


RSRS
ESCALA:
0
1:551:55
ESCALA:
0125 125
000000
250 250
000000
375 375
500 500
km km -30°-3

Entre as 15 regiões rurais com maior valor
-30°-30°

SANTIA GO GO
SANTIA BUENO
U RUURGUUGAUYA Y
S ASIREASIRE S
BUENO MONTE VIDEO
PROJEÇÃO POLICÔNICA
PROJEÇÃO POLICÔNICA
adicionado bruto, os destaques ficaram para
Y-70°
# Y-70°
# Y#
#
-60°-60°
Y Y#
#
MONTE VIDEO
-50°-50° -40°-40° -30°-30°
Y
Maior
Maioratividade econômica
atividade nono
econômica valor adicionado
valor bruto
adicionado total
bruto dodo
total município (N°
município dede
(N° municípios por
municípios classe)
por classe)
as regiões rurais da Capital Regional de Passo
Agricultura,
Agricultura,inclusive apoio
inclusive à agricultura
apoio e ae pós-colheita
à agricultura (652)
a pós-colheita (652) Fundo/RS e da Capital Regional de Cascavel/
Pecuária,
Pecuária,inclusive apoio
inclusive à pecuária
apoio à pecuária(126)
(126)
Produção
Produção florestal, pesca
florestal, e aquicultura
pesca (33)
e aquicultura (33)
PR, sendo a produção Agropecuária corres-
Indústrias extrativas
Indústrias extrativas(47)
(47) pondente a 17,1% e 15,0%, respectivamente,
Indústrias dede
Indústrias transformação (279)
transformação (279)
Construção
Construção (1)(1) de suas economias em 2017. Há que se desta-
Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades dede
gestão dede
resíduos e descontaminação (102)
Eletricidade
Comércio
Comércio
e gás,
e reparação
água,
dede
e reparação
esgoto,
veículos
atividades
automotores
veículos automotores
gestão resíduos
e motocicletas (54)
e motocicletas (54)
e descontaminação (102)
car ainda que a Agropecuária da região rural
Demais
Demaisserviços (1.535)
serviços (1.535) da Grande Metrópole Nacional de São Paulo/
Administração,
Administração,defesa, educação
defesa, e saúde
educação públicas
e saúde e seguridade
públicas social
e seguridade (2.741)
social (2.741)
SP, embora fosse o sexto maior valor da ativi-
Fonte: IBGE, em parceria
Fonte: IBGE,
Fonte: IBGE, com
Produto
Produto osBruto
Interno
Interno Órgãos
dos
Bruto Estaduais
Municípios.
dos dededePesquisas,
Diretoria
Municípios. Diretoria Estatística,
Pesquisas, Secretarias
Coordenação
Coordenaçãodede Estaduais
Contas Nacionais
Contas e de
Nacionais e Governo e dade nacional, correspondia apenas a 0,7% de
Diretoria dede
Diretoria Geociências, Coordenação
Geociências, dede
Coordenação Geografia e Coordenação
Geografia dede
e Coordenação Recursos Naturais
Recursos e Estudos
Naturais Ambientais.
e Estudos Ambientais.
Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
sua economia.
12
Para a análise do perfil econômico, a principal atividade foi selecionada dentre as seguintes: Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita; Pecuária, inclusive apoio à pecuária; Produção
florestal, pesca e aquicultura; Indústrias extrativas; Indústrias de transformação; Construção; Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação; Administração,
defesa, educação e saúde públicas e seguridade social; Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; e Demais serviços.
13
Recorte geográfico que reúne um conjunto de municípios, sendo que um deles contém o polo urbano onde se procuram insumos e para onde se remetem os produtos agropecuários e extrativos.
O relatório técnico do Projeto Regiões Rurais 2015, divulgado pelo IBGE naquele mesmo ano, identifica 104 regiões rurais no território brasileiro.

12 Contas Nacionais n. 69
AM PA
Atividade da Agropecuária predominante nas
MA
CE
RN
Regiões Rurais PI
PB
PE
2017 AC
AL
-10° TO -10°
RO SE

O
C
BA

I
-70° -60° -50° -40°
Y
# Y
# MT

T
V E N E Z U E L A CAY ENNE

N
BO GO TÁ
SURINAME GUYANE

PIB


C O L O M B I A BOLIVIA
P E R U
BRAS ÍLIA

T
RR GUYANA GO .
!
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AP #LA PA Z
Y
dos

N
EQUADOR

O C EA

municípios

MG

P A C Í F I C O
O C E A N O
MS ES
PA R A G U A Y -20°
-20°
AM PA

E
MA SP RJ
CE

L
Atividade da Agropecuária predominante nas
TRÓ PICO
DE CAP RIC
RN PR
ÓRN IO

Atividade da Agropecuária predominante nas regiões rurais

I
PB YASUNCIÓ N
#
Regiões Rurais

H
PI A R G E N T I N A
AC PE SC
2017

C
2017 -10°
RO
TO
SE
AL -10°

RS

O
C
BA

I
MT

T
0 110 220 330 440 km
-30°

N
-70° -60° -50° -40° -30°
Y
# V E N E Z U E L A Y
#

Â
CAY ENNE BOLIVIA
BO GO TÁ
P E R U PROJEÇÃO POLICÔNICA

TL
SURINAME GUYANE BRAS ÍLIA
U R U G U AY
C O L O M B I A
GO .
!
DF

O A
SANTIA GO BUENO S A IRE S MONTE VIDEO
Y-70°
# -60° Y
# Y
# -50° -40° -30°
RR GUYANA #LA PA Z
Y

N
AP Valor adicionado bruto da

O C EA
MaiorMG
atividade da Agropecuária no valor adicionado
EQUADOR
Agropecuária por Região Rural
P A C Í F I C O

O C E A N O

bruto da Agropecuária por Região Rural
MS ES Valores em mil reais (n° de regiões
Atividades econômicas (N° de regiões
-20° por classe)
-20° PA R A G U A Y
por classe)

E
SP Cultivo
RJ de soja (22)
AM PA 126.467 a 1.000.000 (31)
L MA Cultivo da cana-de-açúcar DE CAP RIC (5)
TRÓ PICO

CE PR Cultivo de cereais (3)


ÓRNIO
I

YASUNCIÓ N RN
# > 1.000.000 a 3.000.000 (36)
Cultivo de outras lavouras temporárias não especificadas
H

A R G E N T I N A PB anteriomente e serviços relacionados a agricultura (16) > 3.000.000 a 5.000.000 (18)


SC
C

PI
AC PE Cultivo de café (3)
AL > 5.000.000 a 8.000.000 (11)
-10° TO RS -10° Cultivo de outros produtos da lavoura permanente (10)
RO SE Criação de bovinos e outros animais (37)

O
> 8.000.000 a 13.484.671 (8)

C
BA Criação0 de aves (2)
110 220 330 440 km
-30°

I
-30°
MT

T
Pesca, aquicultura
PROJEÇÃO e serviços relacionados (2)
POLICÔNICA

N
Â
BOLIVIA
P E R U SANTIA GO
U R U G U AY
Silvicultura, extração vegetal e serviços relacionados (4)

TL
BUENO S A IRE S MONTE VIDEO
Y-70°
# BRAS ÍLIA
-60° Y
# Y
# -50° -40° -30°
GO .
!
DF
O A
Fonte: IBGE, Produto Interno Bruto dos Municípios. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e
YLA PA Z
# Maior atividade da Agropecuária no valor adicionado Valor adicionado bruto da
Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
N

Agropecuária por Região Rural


O C EA

bruto da Agropecuária
MG por Região Rural
P A C Í F I C O

Valores em mil reais (n° de regiões


O C E A N O

Atividades econômicas (N° de regiões por


ES classe)
MS por classe)
PA R A G U A Y -20°
-20° Cultivo de soja (22)
126.467 a 1.000.000 (31)
E

SP
Cultivo da cana-de-açúcar (5)
RJ
L

Cultivo de cereais (3) TRÓ PICO


DE CAP RIC
ÓRNIO > 1.000.000 a 3.000.000 (36)
PR
I

YASUNCIÓ N Cultivo de outras lavouras temporárias não especificadas


#
anteriomente e serviços relacionados a agricultura (16) > 3.000.000 a 5.000.000 (18)
H

A R G E N T I N A
Cultivo deSCcafé (3)
C

> 5.000.000 a 8.000.000 (11)


Cultivo de outros produtos da lavoura permanente (10)
Criação
RS de bovinos e outros animais (37)
> 8.000.000 a 13.484.671 (8)
Criação de aves (2)
0 110 220 330 440 km
-30°
Pesca, aquicultura e serviços relacionados (2) -30°

Silvicultura, extração vegetal PROJEÇÃO


e serviços relacionados (4)
POLICÔNICA

SANTIA GO
U R U G U AY
BUENO S A IRE S
-60°Fonte:
YIBGE, Produto
-50° Interno Bruto dos -40°
Municípios. Diretoria de
-30°Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e
MONTE VIDEO
Y-70°
# Y #
#
Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
Maior atividade da Agropecuária no valor adicionado Valor adicionado bruto da
bruto da Agropecuária por Região Rural Agropecuária por Região Rural
Valores em mil reais (n° de regiões
Atividades econômicas (N° de regiões por classe)
por classe)
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
Cultivo de soja (22)
126.467 a 1.000.000 (31)
Cultivo da cana-de-açúcar (5)
Nota: Tipologias e regionalizações
Cultivo de cereais (3) de responsabilidade da Coordenação dea Geografia
> 1.000.000 3.000.000 (36)da Diretoria de Geociências do IBGE.
Cultivo de outras lavouras temporárias não especificadas
anteriomente e serviços relacionados a agricultura (16) > 3.000.000 a 5.000.000 (18)
Cultivo de café (3)
> 5.000.000 a 8.000.000 (11)
Cultivo de outros produtos da lavoura permanente (10)
Ressalta-se que 14, das 15 regiões rurais com maior >valor
Criação de bovinos e outros animais (37)
Criação de aves (2)
adicio-
8.000.000 tria. No outro extremo, nota-se que 2 729 municípios responderam
a 13.484.671 (8)

nado bruto, apresentaram seus destaques na lavoura temporária. A por 1,0% da Indústria.
Pesca, aquicultura e serviços relacionados (2)
Silvicultura, extração vegetal e serviços relacionados (4)

exceção Fonte:
foi aIBGE,região
Produtorural dasdosCapitais
Interno Bruto Regionais
Municípios. Diretoria de Pouso
de Pesquisas, Alegre
Coordenação de ContaseNacionais e A capital paulista manteve a primeira posição, concentrando
Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
Varginha/MG, que teve maior valor na lavoura permanente, com 4,9% em 2017 (8,1% em 2002). Rio de Janeiro, com 2,7%, ocupou a
destaque para o cultivo de café. Ressalta-se ainda a grande impor- segunda posição, seguido por Manaus (2,1%) devido à Zona Franca.
tância relativa do valor adicionado bruto da extração vegetal e pes- Na sequência, tanto Paulínia (SP), com 1,5%, quanto São José dos
ca na região rural da metrópole de Belém/PA. Campos (SP), com 1,3% de participação, tiveram seus desempenhos
Balsas/MA e Eirunepé e Lábrea/AM foram as duas regiões rurais vinculados à indústria do refino de petróleo. Já em Parauabebas
em que a Agropecuária teve maior participação no valor adicionado (PA), que ocupou a sexta posição, a participação de 1,1% se relacio-
bruto: 46,0% e 35,7%, respectivamente. nou à extração de minério de ferro.
A pecuária seguiu como principal atividade Agropecuária do Se- Entre os 20 municípios de maior participação em 2017, 13
miárido além do destaque na Amazônia Legal. Nessa região, porém, pertenciam à Região Sudeste, sendo que oito eram paulistas.
a maior participação ficou com a lavoura temporária. Três municípios pertenciam ao Sul, Curitiba (PR), Araucária (PR)
Ao se analisar a densidade econômica da Agropecuária, se- e Joinville (SC); apenas dois municípios eram da Região Norte,
gundo a classificação do núcleo da região rural, observa-se que a Manaus (AM) e Parauapebas (PA); e o Nordeste e Centro-Oeste
região rural da Grande Metrópole Nacional de São Paulo detinha a tinham um município cada, Camaçari (BA) e Brasília (DF), res-
mais elevada densidade econômica, seguida por regiões rurais das pectivamente.
metrópoles nacionais. As regiões rurais de capital regional tiveram, Na análise por concentrações urbanas, observa-se que a de São
em 2017, a terceira maior densidade econômica. Paulo/SP, com a maior participação, representava 11,2% da ativi-
dade industrial do País, seguida pelas concentrações urbanas do
Indústria Rio de Janeiro/RJ (5,3%), Campinas/SP (3,5%), Belo Horizonte/MG
Na Indústria, em 2017, 20 municípios concentravam ¼ de seu valor (3,2%) e Curitiba/PR (2,8%), em 2017. Estas cinco concentrações
adicionado bruto, revelando um nível de concentração maior que urbanas representaram, juntas, 26,0% do valor adicionado bruto
na Agropecuária. Com mais 69 municípios chega-se a ½ da Indús- da Indústria brasileira.

Produto Interno Bruto dos Municípios 2017 13


PIB dos
municípios

Participação do valor adicionado bruto na Indústria do Brasil, por


hierarquias urbanas, segundo as Grandes Regiões (%)
2017

100,0
90,0 22,7 26,0
80,0 34,4 37,1 35,5 39,2
Metrópoles
70,0 10,8
25,6
60,0 Capitais regionais
15,3 12,4
24,7 23,7
50,0
27,7
14,8 Centros sub-regionais
40,0 11,7
6,3 23,8
9,4
30,0 9,8 7,5 12,9 Centros de zona
12,3 18,6
20,0 10,4
26,9 Centros locais
10,0 24,7 24,0
19,1 17,2 15,1
0,0
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: IBGE,
Fonte: IBGE, em parceria
Produto comdos
Interno Bruto osMunicípios.
Órgãos Estaduais
Diretoria dede Estatística,
Pesquisas, Secretarias
Coordenação Estaduais
de Contas deeGoverno e Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
Nacionais
Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
Nota: Tipologias e regionalizações de responsabilidade da Coordenação de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE.

Já por hierarquia urbana, verifica-se que os centros de hierarquia Excluindo os Municípios das Capitais e todos os municípios de
mais baixa representavam 40,9%, sendo eles: centros sub-regionais São Paulo e Rio de Janeiro, os mais bem posicionados foram, na or-
(9,4%), centros de zona (12,3%), e centros locais (19,1%). As metrópoles, dem, Uberlândia (MG) e Contagem (MG), na 23ª e 24ª posições.
hierarquia mais elevada, corresponderam a 34,4% enquanto as capitais Ao se analisar outros recortes geográficos, somente a concen-
regionais, 24,7%. tração urbana de São Paulo/SP representava 22,8% do total do valor
A Cidade-Região de São Paulo representava 22,3% do total do adicionado bruto de Serviços (exceto Administração, defesa, edu-
valor adicionado bruto da Indústria no País em 2017, destacando-se cação e saúde públicas e seguridade social). As 10 concentrações
a atividade de Indústrias de transformação. Por sua vez, a Amazô- urbanas com maiores valores adicionados brutos desses serviços,
nia Legal representava 9,7% e o Semiárido 4,0% do valor adicionado totalizavam 49,6% do valor nacional.
bruto industrial do Brasil. Significativa ainda foi a participação da Cidade-Região de São
Paulo, com 30,1% dos Serviços do País, ainda excluindo a adminis-
Serviços tração pública. A região do Semiárido apresentava um valor adi-
Nos Serviços (exceto Administração, defesa, educação e saúde pú- cionado bruto que respondia por 4,2% desses serviços enquanto a
blicas e seguridade social) três municípios somavam quase de ¼ do Amazônia Legal por 6,6%.
total dessa atividade no Brasil em 2017: São Paulo (SP), com 15,0%, Segundo a hierarquia urbana, observa-se que o total dos Ser-
Rio de Janeiro (RJ), com 5,7%, e Brasília (DF), com 3,4%. Os 38 mu- viços foram fortemente concentrados nas metrópoles, com 47,7%
nicípios de maior participação acumularam ½ do total, dentre os do valor nacional. Ainda nas metrópoles os Serviços (exceto Admi-
quais 19 eram capitais. No mesmo ano, os 2 036 municípios de me- nistração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social),
nor participação somavam apenas 1,0% desses serviços. representavam 50,5% do total Brasil e 33,0% da população brasileira.
Dos municípios que somaram até ½ do total nacional dos Ser- No outro extremo, pode-se verificar que, embora a população total
viços, ainda excluindo a administração pública, na Região Norte so- dos centros locais seja elevada (28,0% do total do País), o valor adi-
mente as capitais do Amazonas e do Pará estiveram neste grupo cionado bruto dos Serviços, ainda excluindo a administração públi-
e da Região Nordeste não apareceram as capitais dos Estados do ca, correspondia a 11,4% do total nacional.
Piauí, Paraíba e Sergipe entre estes municípios. Todas as capitais per- Em Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguri-
tencentes às Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste estiveram entre os dade social, observa-se a elevada participação desta atividade, so-
maiores valores desses serviços em 2017. Destaca-se também que 14 bretudo para a economia dos municípios de menores PIBs. Nota-se
dos 38 municípios deste grupo eram paulistas. ainda que, nos municípios localizados nas Regiões Norte e Nordeste,

14 Contas Nacionais n. 69
PIB dos
municípios

os serviços da administração pública tive- Valor adiconado bruto e participação das atividades econômicas no
ram maior peso em suas economias. Entre- Brasil, segundo tipologias geográficas e recortes selecionados
2017 (continua)
tanto, observa-se que houve concentração
destes serviços nos Municípios das Capitais
Serviços
ou municípios da Região Sudeste, em ter-
mos de participação da atividade no Brasil.
Valor adicionado bruto
As grandes concentrações urbanas ti-
Tipologias geográficas e recortes
veram participação de 46,5% no total dos selecionados Participação no Brasil
serviços de administração pública nacional. Valor (R$ 1000)
(%)

Dentre essas concentrações, destaca-


ram-se as concentrações de Brasília/DF, com Brasil 4 169 864 000 100,0
10,1% da administração pública nacional,
Rio de Janeiro/RJ, com 8,8%, e São Paulo/SP, 10 maiores concentrações urbanas
1 944 475 485 46,6
por valor adicionado bruto
com 7,7%.
Sob o ponto de vista da hierarquia urba- São Paulo/SP 800 147 413 19,2
na, as metrópoles detinham 38,8% do valor
Rio de Janeiro/RJ 352 063 508 8,4
adicionado bruto da Administração, defesa,
educação e saúde públicas e seguridade so- Brasília/DF 214 714 517 5,1
cial, e 33,0% da população brasileira, con-
Belo Horizonte/MG 113 488 298 2,7
centrando mais serviço do que população.
Enquanto isso, os centros locais apresenta- Porto Alegre/RS 105 597 731 2,5

ram relação inversa: concentravam 28,0% da Curitiba/PR 88 536 728 2,1


população nacional e 25,5% dos serviços da
Campinas/SP 73 783 253 1,8
administração pública do País.
Há que se destacar ainda que 11,4% do Salvador/BA 68 966 312 1,7

valor adicionado da administração pública Recife/PE 68 941 048 1,7


correspondia ao conjunto de municípios
Fortaleza/CE 58 236 677 1,4
que compõe a Cidade-Região de São Pau-
lo. Por sua vez, o Semiárido, correspondia Concentrações urbanas
à 10,6% do total da atividade e a Amazônia
Grandes concentrações urbanas 2 377 372 823 57,0
Legal, respondeu por 12,3% do total nacio-
nal de Administração, defesa, educação e Médias concentrações urbanas 847 135 231 20,3

saúde públicas e seguridade social. Hierarquia urbana


Em 2017, os 10 primeiros municípios de
Metrópoles 1 987 890 023 47,7
maior valor dos serviços da administração
pública agregaram cerca de ¼ do total do Capitais regionais 879 415 102 21,1

valor adicionado bruto da administração Centros sub-regionais 325 797 307 7,8
pública, sendo os três primeiros: Brasília
Centros de zona 361 024 588 8,7
(DF), com 9,8%; Rio de Janeiro (RJ), com
4,9%, e São Paulo (SP), com 4,3%. Centros locais 615 736 980 14,8

Desconsiderando os Municípios das Recortes selecionados


Capitais, até a 20ª posição encontramos os
municípios de Duque de Caxias (RJ) na 11ª Amazônia Legal 331 780 980 8,0

posição, São Gonçalo (RJ) na 12ª, Guarulhos Semiárido 238 306 976 5,7
(SP) na 15ª, Nova Iguaçu (RJ) na 16ª, e Cam-
Cidade-Região de São Paulo 1 066 516 346 25,6
pinas (SP) na 18ª. 
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e
Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa.
Nota: Tipologias e regionalizações de responsabilidade da Coordenação de Geografia da Diretoria de
Geociências do IBGE.

Produto Interno Bruto dos Municípios 2017 15


PIB dos
municípios

Valor adiconado bruto e participação das atividades econômicas no Brasil, segundo tipologias geográficas e
recortes selecionados
2017 (conclusão)

Serviços (exceto Administração, defesa, educação e saúde públicas e


Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social
seguridade social)

Valor adicionado bruto Valor adicionado bruto


Tipologias geográficas e recortes Tipologias geográficas e recortes
selecionados selecionados
Participação Participação
Valor (R$ 1000) Valor (R$ 1000)
no Brasil (%) no Brasil (%)

Brasil 3 168 889 000 100,0 Brasil 1 000 975 000 100,0

10 maiores concentrações 10 maiores concentrações


urbanas por valor adicionado 1 572 200 110 49,6 urbanas por valor adicionado 373 286 390 37,3
bruto bruto

São Paulo/SP 722 938 749 22,8 Brasília/DF 101 456 967 10,1

Rio de Janeiro/RJ 263 645 099 8,3 Rio de Janeiro/RJ 88 418 409 8,8

Brasília/DF 113 257 550 3,6 São Paulo/SP 77 208 665 7,7

Belo Horizonte/MG 90 911 690 2,9 Belo Horizonte/MG 22 576 608 2,3

Porto Alegre/RS 87 693 537 2,8 Porto Alegre/RS 17 904 194 1,8

Curitiba/PR 72 727 023 2,3 Recife/PE 16 019 525 1,6

Campinas/SP 65 017 213 2,1 Curitiba/PR 15 809 705 1,6

Salvador/BA 56 917 156 1,8 Fortaleza/CE 12 066 107 1,2

Recife/PE 52 921 523 1,7 Salvador/BA 12 049 156 1,2

Fortaleza/CE 46 170 570 1,5 Goiânia/GO 9 777 056 1,0

Concentrações urbanas Concentrações urbanas

Grandes concentrações urbanas 1 911 634 260 60,3 Grandes concentrações urbanas 465 738 563 46,5

Médias concentrações urbanas 661 926 543 20,9 Médias concentrações urbanas 185 208 688 18,5

Hierarquia urbana Hierarquia urbana

Metrópoles 1 599 533 945 50,5 Metrópoles 388 356 078 38,8

Capitais regionais 698 201 202 22,0 Capitais regionais 181 213 900 18,1

Centros sub-regionais 247 225 074 7,8 Centros sub-regionais 78 572 233 7,8

Centros de zona 263 734 258 8,3 Centros de zona 97 290 330 9,7

Centros locais 360 194 521 11,4 Centros locais 255 542 459 25,5

Recortes selecionados Recortes selecionados

Amazônia Legal 209 039 726 6,6 Amazônia Legal 122 741 254 12,3

Semiárido 132 507 632 4,2 Semiárido 105 799 345 10,6

Cidade-Região de São Paulo 952 661 994 30,1 Cidade-Região de São Paulo 113 854 352 11,4

Expediente Elaboração de mapas


Diretoria de Geociências,
Elaboração do texto Coordenação de Geografia
Diretoria de Pesquisas, Tabelas de
Ilustrações resultados,
Coordenação de Contas Nacionais
Centro de Documentação e notas técnicas
Diretoria de Geociências, Disseminação de Informações,
Coordenação de Geografia e demais
Gerência de Editoração informações
Coordenação de Recursos Naturais e
Estudos Ambientais Imagens fotográficas sobre a
Acervo IBGE pesquisa/estudo
Normalização textual Agência Brasil
Centro de Documentação e
Impressão <https://www.ibge.gov.br/
Disseminação de Informações,
Gerência de Documentação Centro de Documentação e estatisticas-novoportal/
Disseminação de Informações, economicas/contas-
Projeto gráfico Gráfica Digital
(21) 97385-8655 nacionais/9088-produto-interno-
Centro de Documentação e
Disseminação de Informações, bruto-dos-municipios.html>
Gerência de Editoração

16 Contas Nacionais n. 69

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