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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística declara que para entendermos o tema POPULAÇÃO há
necessidade de compreensão de alguns conceitos, como: as características gerais da população, dos
componentes da dinâmica demográfica e estatísticas vitais, da família, da nupcialidade e dos grupos populacionais
específicos.
Conceito Definição
Características Gerais da Compreende as informações sobre tamanho e estrutura (por idade e sexo), cor ou raça, distribuição da população, densidade e
População urbanização.
Componentes da Dinâmica Compreende as informações sobre os níveis e características da fecundidade, migração e mortalidade da população, bem como
Demográfica e Estatísticas Vitais sobre os nascimentos e óbitos.
Família Compreende informações sobre as estruturas familiares e das unidades domésticas, seus padrões de organização (famílias
reconstituídas, casais do mesmo sexo, casais que moram separados, crianças com dupla residência, famílias monoparentais e
pessoas que moram sozinhas) e os ciclos de vida familiar (considerando a presença de crianças e jovens em diferentes faixas etárias,
idosos e participação dos adultos membros no mercado de trabalho).
Nupcialidade Compreende informações sobre os modelos de formação e dissolução dos arranjos conjugais, casamentos e divórcios, e as
transformações econômicas e culturais que impactam sobre a nupcialidade da população brasileira.
Grupos Populacionais Específicos Compreende as estatísticas agrupadas por segmentos específicos da população a partir dos grupos geracionais (crianças,
adolescentes, jovens, idosos), étnico raciais (indígenas, quilombolas, entre outros) ou regionais. Compreende também pessoas com
deficiência.
“Toda pessoa natural ou jurídica de direito público ou de direito privado que esteja sob a jurisdição da lei brasileira é obrigada a prestar as
informações solicitadas pela Fundação IBGE para a execução do Plano Nacional de Estatística. ”
Estava programado para ser realizado neste ano o Censo Demográfico, mas em função das orientações do
Ministério da Saúde relacionadas ao quadro de emergência de saúde pública causado pela Covid-19, o IBGE adiou
a realização para 2021, portanto em 2020 foram divulgadas apenas as estimativas populacionais.
Segundo o IBGE as projeções e estimativas populacionais têm fundamental importância para o cálculo de
indicadores sociodemográficos nos períodos intercensitários, bem como alimentam as bases de informações de
Ministérios e Secretarias Estaduais e Municipais da área social para a implementação de políticas públicas e
posterior avaliação de seus respectivos programas.
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Secretaria Adjunta De Assistência Social - SAAS
Superintendência de Gestão do SUAS – SGS
Coordenadoria De Vigilância Socioassistencial
De acordo com a lei complementar n. 143, de 17.07.2013, o IBGE deve publicar no Diário Oficial da União,
até o dia 31 de agosto de cada ano, a relação das populações dos Municípios, e até 31 de dezembro, a relação das
populações dos Estados e do Distrito Federal.
21.292.666
17.366.189
Mato Grosso é o segundo estado mais populoso da região Centro-Oeste do Brasil, possuindo como limites
territoriais o estado do Pará, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia e Bolívia. Ocupa o 17º
lugar no ranking nacional dos estados mais populosos, concentrando 1,7 % da população brasileira. Em 2019,
possuía uma população estimada em 3.484,466 milhões de habitantes, teve uma taxa de crescimento
populacional aproximado a 1,19% em 2020, ou seja, um acréscimo populacional de 41.754 pessoas.
Conforme o IBGE a Divisão Regional do Brasil se constitui como o agrupamento de Estados e Municípios em
regiões com a finalidade de atualizar o conhecimento regional do País e viabilizar a definição de uma base
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territorial para fins de levantamento e divulgação de dados estatísticos, visa contribuir com uma perspectiva para
a compreensão da organização do território nacional e assistir o governo federal, bem como Estados e Municípios,
na implantação e gestão de políticas públicas e investimentos. A divisão regional do Brasil em Regiões Geográficas
Imediatas e Regiões Geográficas Intermediárias 2017 apresenta um novo quadro regional vinculado aos processos
sociais, políticos e econômicos sucedidos em território nacional desde a última versão da Divisão Regional do Brasil
publicada na década de 1990. A revisão das unidades mesorregionais e microrregionais, que nesse estudo
recebem respectivamente os nomes de Regiões Geográficas Intermediárias e Regiões Geográficas Imediatas,
seguiu uma metodologia comum para todo o território nacional e integrou análises e expectativas de órgãos de
planejamento estaduais por meio de uma parceria mediada pela Associação Nacional das Instituições de
Planejamento, Pesquisa e Estatística - ANIPES.
O IBGE salienta que o Brasil é constituído por cinco regiões geográficas (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e
Centro-Oeste) que compreende as 27 unidades federativas que contém um total de 5570 municípios. Segundo o
IBGE, todos municípios se distribuem em 510 regiões geográficas imediatas, que por sua vez estão agrupadas em
133 regiões geográficas intermediárias. A lista está dividida entre as cinco regiões geográficas brasileiras e as
divisões regionais estão ordenada pela codificação do IBGE.
Conforme mencionado pelo IBGE, todas as unidades federativas do Brasil são constituídas por cinco regiões geográficas, Norte,
Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Em Mato Grosso as Regiões Geográficas Intermediarias são representadas pelos municípios de:
Cuiabá, Cáceres, Sinop, Barra do Garças e Rondonópolis. A Divisão Regional do Brasil em Regiões Geográficas Imediatas e Regiões
Intermediárias não utiliza a nomenclatura Médio-Norte. Em Mato Grosso os municípios que se localizam na região Médio Norte
encontram-se na Região Intermediária de Sinop e nas Regiões Imediatas de Sinop, Sorriso e Diamantino. A divisão que utiliza a
definição médio norte mato-grossense foi elaborada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária –IMEA/MT.
Na tabela abaixo pode-se observar a distribuição da população dos 141 municípios por região, considerando
dados do Censo 2010 e das estimativas populacionais divulgadas em 2020.
Tabela 2 - Distribuição da População de Mato Grosso por Região
De acordo com a tabela acima, percebe-se que a região centro-sul foi a que apresentou maior aumento
populacional (178.915), mas quando nos referimos a taxa de crescimento a região norte foi a que maior
apresentou crescimento.
Conforme definição da Política Nacional de Assistência Social-PNAS/2004, no que se refere a classificação dos
municípios por porte populacional, são divididos em 4: porte I, porte II, médio porte e grande porte, distribuídos
da seguinte forma:
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Na tabela a seguir, podemos verificar a distribuição do total de população pelo porte, seguindo definição da
PNAS/2004 e dados populacionais do Censo Demográfico-2010. Pode-se ainda verificar a estimativa do aumento
populacional e a taxa de crescimento durante o período 2010-2020, conforme IBGE.
Tabela 3 - Distribuição da População de Mato Grosso por Porte Populacional
As estimativas mostram que no Estado de Mato Grosso, no ano de 2020, existe um percentual maior de
homens e mulheres na faixa etária de 30 a 34 anos, representado por 4,28%, 4,10%, respectivamente, quando
comparado às outras faixas de idade. Na tabela abaixo pode-se observar as projeções por faixa etária no ano de
2020 e 2021.
Tabela 5 – Percentual de Faixa Etária por Sexo 2020-2021/ Mato Grosso
As projeções para 2021 apontam uma população estimada de 3.567,234 habitantes em Mato Grosso,
30,61% de pessoas com idades entre 0 a 19 anos, entre 20 a 29 uma estimativa de 16,12%, na faixa de 30 a 59
anos 41,70%, e na faixa de 60 a 90 anos, 11,57% . Dados que podem ser observados na tabela acima.
A capital Cuiabá é a cidade mais populosa do Estado, possuindo um total estimado de 618.124 habitantes em
2020, e acréscimo populacional de 5.971 pessoas em relação ao ano de 2019. Em segundo lugar a cidade de
Várzea Grande, estima-se que possua 287.526 habitantes, na sequência Rondonópolis, Sinop e Tangará da Serra,
conforme pode-se verificar no gráfico a seguir os 10 municípios mais populosos do Estado.
Em comparação ao ano de 2019, observou-se que os municípios mais populosos se mantiveram os mesmos
em 2020. Verificou-se que as cidades de Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste ultrapassaram a cidade de Barra
do Garças no que se refere ao número de habitantes. Em 2019, Barra do Garças ocupava o 8º lugar na
classificação dos municípios mais populosos do Estado, em 2020, passou a 10ª colocação.
Das cidades mais populosas, a que apresentou elevada taxa de crescimento populacional foi Lucas do Rio
Verde, equivalente a 48,43%, acréscimo em um ano de 2.086 pessoas.
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De acordo com as estimativas, em Mato Grosso, o município menos populoso é Araguainha, localizada na
região sudeste e a terceira cidade menos populosa do país, seus habitantes reduziram em -13,68% desde o censo
demográfico de 2010. A cidade de Ponte Branca é a segunda menos habitada, possuindo 1.550 habitantes, está
localizada na região sudeste do estado e apresentou decréscimo populacional de -12,33% de 2010-2020.
O município de Serra Nova Dourada se apresenta como o terceiro menos populoso, localiza-se na região
nordeste, mesmo apresentando taxa de crescimento de 22,93% desde o censo 2010.
No ano de 2019, havia 34 municípios mato-grossenses na lista de cidades com até 5000 habitantes. A partir
das estimativas IBGE 2020, o município de Novo São Joaquim-MT passou a integrar essa lista.
Gráfico 4 - 35 Municípios de Mato Grosso menos Populosos, população com até 5.000
Uma característica comum aos municípios menos populosos é a localização, boa parte deles está localizado
na região do Araguaia, conhecida no passado como “Vale dos Esquecidos”. Embora tenha um grande potencial
para o agronegócio, é uma região de difícil acesso, talvez seja este um dos motivos de concentrar a maior parte
dos municípios menos populosos de Mato Grosso.
Existe no Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 188/2019) do Pacto Federativo que
busca descentralizar recursos para Estados e Municípios, ela foi apresentada no dia 07 de novembro de 2019.
Uma das propostas do Pacto Federativo é a de extinguir municípios com menos de 5.000 habitantes e que possui
arrecadação própria inferior a 10% da receita total, caso ele permaneça nesta situação até o ano de 2023.
Caso a PEC seja aprovada, os municípios que se enquadram neste perfil, serão incorporados ao município
limítrofe com melhor sustentabilidade financeira a partir de 2025. Há de se observar o limite de até três
municípios por um único município incorporador.
Taxa de Crescimento: é a alteração do número de indivíduos num determinado espaço de tempo o que pode-se
dar a partir da fusão do crescimento vegetativo e da migração.
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Crescimento Vegetativo: é o saldo entre a taxa de natalidade em contrapartida a taxa de mortalidade. Quando a
taxa de natalidade é superior à quantidade de mortes, o crescimento vegetativo é positivo. Ao contrário, temos
um crescimento vegetativo negativo.
Migração: deslocamento de indivíduos dentro de um espaço geográfico, de forma temporária ou permanente e
identificado, podem ser provocados por várias situações, seja econômicas, culturais, religiosas, políticas e naturais
(secas, terremotos, enchentes etc.).
Os municípios mato-grossenses que apresentaram maiores taxas de crescimento populacional entre o ano de
2019-2020, em sua maioria estão localizados na região norte, elencamos na tabela abaixo apenas os que
apresentaram as taxas percentuais acima de 3%.
Gráfico 5 - Municípios de Mato Grosso com maiores taxas de crescimento populacional em 2019-2020, percentual acima de 3%
Referindo-se a taxa de crescimento de 2019-2020, nota-se que o município de São José do Povo foi o que
apresentou a maior taxa de crescimento em um ano, equivalente a 9,5%, na sequência aparece a cidade de
Campinápolis com taxa de 5,9%. Quando comparado ao Censo 2010, verifica-se que os municípios que
apresentaram taxas mais elevadas durante o decênio foram Ipiranga do Norte (54,59%), na sequência Colniza com
51,09%, Lucas do Rio Verde (48,43%), Nova Mutum (47,91%) e Sapezal (47,49%).
De acordo com os dados do IBGE, 35 municípios mato-grossenses estão na relação de municípios com perda
populacional. Verifica-se que todos são de porte I, seguindo a definição da PNAS-2004, ou seja, municípios com
até 20.000 habitantes.
O município com maior perda populacional neste período foi Barão de Melgaço, apresentou taxa de
decréscimo equivalente a -4,7%. Em seguida, aparece o município de Porto Estrela com taxa de -2,9%. O que
apresentou perda, porém a menor taxa foi Rio Branco -0,1%.
Segundo o IBGE, a estimativa da população fornece cálculo aproximado do total da população dos
Municípios e das Unidades da Federação brasileiras, com data de referência em 1o de julho, para o ano calendário
corrente. São elaboradas com base nas informações sobre os componentes da dinâmica demográfica resultante
dos censos demográficos, das pesquisas domiciliares por amostragem e dos registros administrativos de
nascimentos e óbitos investigados pelo próprio IBGE. Em cumprimento ao dispositivo constitucional, as
estimativas da população constituem o principal parâmetro para a distribuição, conduzida pelo Tribunal de Contas
da União, das quotas partes relativas ao Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Na tabela a seguir disponibilizamos informações dos municípios, divisões de porte populacional-PNAS-2004,
região geográfica, região geográfica intermediária- Divisão Regional do Brasil-IBGE, dados do Censo Demográfico-
2010, estimativas populacionais dos anos de 2019 e 2020 (IBGE), bem como as taxas de crescimentos
populacionais de 2010-2020 e 2019-2020.
Tabela 6 - Projeções Populacionais IBGE- Municípios mato-grossenses – 2020
Referências Bibliográficas:
Pnud Brasil, Ipea e FJP, 2020.Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
Disponivel em http://www.atlasbrasil.org.br/
IBGE,2017: Divisão regional do Brasil em regiões geográficas imediatas e regiões geográficas intermediárias: 2017 /
IBGE, Coordenação de Geografia. - Rio de Janeiro.
SILVA, Júlio César Lázaro da. "Conceitos de População"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/conceitos-populacao.htm.
Dinâmica da População.
Disponível em http://blogs.universia.com.br/elisabeth/dinamica-da-populacao/.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "O crescimento populacional no mundo"; Brasil Escola. Disponível em
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-crescimento-populacional-no-mundo.htm.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira “A composição étnica da população brasileira” Brasil Escola. Disponível em
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-composicao-etnica-populacao-brasileira.htm.
http://educacao.globo.com/biologia/assunto/ecologia/dinamica-de-populacoes.html.
Expediente:
Rosamaria Carvalho
Secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania
Leicy Lucas de Miranda Vitório
Secretária Adjunta de Assistência Social
Sheila Gomes
Superintendente de Gestão do SUAS