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Demografia

Demografia é a ciência responsável pelo estudo das populações humanas fazendo uso de análises estatísticas e conceitos que
auxiliam na compreensão da evolução desses grupos.

"A demografia estuda o perfil e a evolução das populações humanas no tempo e no espaço. Para isso, faz uso de conceitos e
indicadores demográficos expressos quantitativamente, ou seja, na forma de dados estatísticos.

No Brasil, é o IBGE o principal responsável pela elaboração e divulgação de pesquisas de população, como o Censo
Demográfico. O conhecimento mais aprofundado de uma população e do seu comportamento nos auxilia na compreensão da sua
relação com o espaço bem como na elaboração de políticas públicas voltadas ao atendimento de suas necessidades e
demandas."

"Resumo sobre demografia”

A demografia é a área do conhecimento que se dedica ao estudo das populações humanas.

Para a caracterização de uma população e análise da sua evolução no tempo, no espaço e a compreensão da sua composição, a
demografia se utiliza de um conjunto de conceitos e indicadores, estes são dados estatísticos coletados periodicamente.

No Brasil, a coleta e divulgação de estatísticas demográficas é realizada pelo IBGE.

Em escala mundial, são bastante utilizados os dados da ONU e do Banco Mundial.

A primeira menção ao termo demografia aconteceu, no século XIX, com a publicação do livro Elementos de estatística humana ou
demografia comparada, de Achille Guillard."

"O que é demografia?

A demografia é a área do conhecimento responsável pelo estudo das populações humanas. Esse estudo abrange a formação e
evolução dos grupos populacionais em seus mais variados aspectos, que são o seu tamanho, distribuição espacial e composição
(por idade, sexo, cor ou raça etc.), os quais são analisados dentro de um intervalo de tempo.

A análise das populações realizada no âmbito da demografia se apoia principalmente em dados quantitativos (ou seja, dados
estatísticos), coletados de tempos em tempos para o acompanhamento da evolução de uma determinada população.

No Brasil, por exemplo, temos o Censo Demográfico feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cada 10
anos, e, em um intervalo menor variável (mensal, trimestral, anual), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD)
Contínua, realizada pela mesma instituição. Ambas possuem abrangência nacional, compreendendo, assim, a população de todo
o território brasileiro."

Conceitos e indicadores demográficos

Para a caracterização das populações e compreensão da sua evolução temporal, a demografia faz uso de um conjunto de
conceitos e indicadores demográficos. Descrevemos os principais deles abaixo.

População absoluta: número total de habitantes em um determinado local (país, cidade, estado, continente).

População relativa ou densidade demográfica: distribuição da população sobre o espaço. É calculada com base na divisão da
população total pela área do local considerado.

Crescimento populacional: aumento do número total de indivíduos em uma população em um determinado intervalo de tempo.
Pode se dar somente pelo maior número de nascimentos com relação às mortes (crescimento vegetativo) ou pela diferença entre
nascimentos e mortes somada ao saldo migratório (crescimento absoluto).

Taxa de fecundidade: número médio de filhos que uma mulher teria em todo o seu período de vida.

Taxa de natalidade: número de nascidos vivos em uma população expresso por mil habitantes.

Taxa de mortalidade: número de óbitos que ocorrem a cada mil habitantes.

Taxa de mortalidade infantil: expressa o número de indivíduos que morrem antes de completarem um ano de idade a cada mil
nascidos vivos.

Expectativa de vida ou esperança de vida ao nascer: diz respeito à quantidade total de anos que se espera que um indivíduo viva
a partir do seu nascimento, levando em consideração alguns fatores relacionados à condição de vida local, como os serviços de
saúde, saneamento, assistência social, acesso à educação, indicadores de violência, entre outros.

Migração: deslocamento de pessoas pelo espaço de forma temporária ou permanente. O processo de chegada a um lugar é
denominado imigração, enquanto a saída caracteriza a emigração.
Saldo migratório: diferença entre o número de pessoas que chega a um território (imigrantes) e que deixam aquele mesmo local
(emigrantes).

Êxodo rural: migração da zona rural para a zona urbana."

Importância da demografia

A demografia nos auxilia na compreensão das dinâmicas populacionais, da sua composição e da forma como um determinado
conjunto de indivíduos evolui tanto no tempo quanto no espaço. Com isso, a sua importância reside, entre outros, no fato de os
indicadores demográficos servirem como elementos fundamentais para a política e gestão de territórios.

Somente com o conhecimento do perfil de uma população e a interpretação dos dados estatísticos a ela relacionados é possível
entender as suas necessidades e atuar de forma a atendê-las, elaborando políticas voltadas a diversos setores, como de
educação, saúde, saneamento e até mesmo de infraestrutura urbana.

Por meio da demografia, aliada a outras ciências, como a própria geografia, é possível compreender ainda as relações entre a
população e o espaço, e de que forma a evolução dessa população pode interferir no uso de recursos naturais, por exemplo, e
como decorrerão as transformações no meio ambiente com base em determinados padrões observados, possibilitando assim a
elaboração de planos de ação e medidas adequadas para um melhor manejo ambiental."

Demografia do Brasil

Os principais dados demográficos do Brasil são levantados e divulgados pelo IBGE. O instituto contabiliza uma população
absoluta de 213.317.639 habitantes (2021), os quais se distribuem por uma área de 8.510.345,538 km². Assim, sabe-se que a
densidade demográfica do território brasileiro é de 22,43 hab./km². Diante desses dados, podemos concluir que o Brasil é um país
populoso, ficando entre os maiores do mundo, mas pouco povoado, visto que a sua população relativa é consideravelmente baixa.

A população brasileira se encontra distribuída de forma irregular pelo território. O Sudeste é a região mais populosa, com
89.632.912 habitantes e cerca de metade deles vivendo no estado de São Paulo. A menos populosa é a região Centro-Oeste, que
reúne 16.707.336 habitantes. Em nível de unidade federativa, temos que Roraima é a menos populosa. De acordo com dados de
2021, o estado tem uma população estimada de 652.713 habitantes.

Nos últimos anos, o crescimento da população do país tem passado por um processo de desaceleração, o que se deve à redução
gradual das taxas de fecundidade e natalidade e, consequentemente, à diminuição do crescimento vegetativo. A fecundidade já foi
de mais de dois filhos por mulher na metade do século XX, mas esse valor foi caindo, e, desde pelo menos 2000, ela vem se
mantendo estável em valores próximos de 1,76. A mortalidade infantil também decresceu nas últimas décadas, chegando ao atual
patamar de 11,56 por mil nascidos vivos."

"Outro fenômeno em curso e mais recente é o de envelhecimento da população brasileira. Isso decorre de diversos fatores, como
a diminuição do número de nascimentos, a melhoria na saúde, os melhores índices de desenvolvimento econômico e outros
aspectos da vida cotidiana que aumentam a expectativa de vida. A esperança de vida ao nascer atualmente no Brasil é de 76,6
anos (IBGE, 2020)."

Demografia do mundo

Existem diversas fontes que podem ser consultadas a fim de se conhecer um pouco melhor o perfil da população mundial. Entre
as principais estão a Divisão de População da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial.

A população mundial chegou a 7.794.799 pessoas no ano de 2020, conforme as informações da ONU. A taxa anual de
crescimento da população decresceu consideravelmente nos últimos anos, chegando a 1,1%, que é o valor atual. Isso significa
que a população mundial cresce em um ritmo mais lento e vem diminuindo com o passar do tempo.

O que explica essa variação é a queda da fertilidade, e, consequentemente da natalidade, e também da mortalidade. A taxa de
fecundidade mundial é de 2,47, enquanto os nascimentos ficam na casa de 18,2 por mil habitantes. A mortalidade hoje é de 7,6 a
cada mil habitantes, mas a ONU indica uma tendência de crescimento desse indicador nas próximas décadas. Outro indicador que
variou positivamente foi a expectativa de vida, que chega hoje a 72,6 anos.

Diante desse cenário, temos que a população mundial vive um processo de envelhecimento. Nas últimas duas décadas, a idade
mediana saltou de 26,3 anos para 30,9 anos. Estima-se que esse valor chegará a 41,9 anos até 2100.

Entretanto, da mesma forma como a população se encontra distribuída de forma irregular pelo planeta, sendo maior a
concentração na Ásia e na África principalmente, esses indicadores se comportam de forma distinta, sobretudo quando a
comparação ocorre entre as nações desenvolvidas e subdesenvolvidas."

Origem da demografia
O processo de contabilização da população é bastante antigo e estava presente em diversas épocas de nossa história. A
sistematização do que viria a ser conhecido como a demografia, no entanto, apareceu entre os séculos XVII e XVIII na Europa,
por meio de diversas publicações, de profissionais das mais variadas áreas e nacionalidades, versando a respeito das dinâmicas
das populações humanas com base em estatísticas aliadas a questões políticas.

A nomeação dessa área do conhecimento que estava se desenvolvendo e, portanto, a primeira menção ao termo demografia de
fato ocorreram somente no século XIX, mais especificamente em 1855. Foi nesse ano que o estatístico e botânico francês Achille
Guillard (1799-1876) lançou a sua obra Elementos de estatística humana ou demografia comparada, inaugurando assim uma nova
fase nos estudos de população."

Refugiados na Europa:

Crise migratória na Europa

A Europa sempre foi um continente de migrantes, pois sempre atraiu muitas pessoas que buscam melhores condições de vida. A
maior parte desses migrantes vem de países do Oriente Médio, Ásia e África, que enfrentam graves problemas sociais,
econômicos e políticos.

Para tentar organizar esse processo migratório, os países europeus desenvolveram ao longo dos anos diversas políticas
migratórias. Nos períodos em que a Europa passava por alguma crise econômica ou política, os países implantavam medidas
restringindo a entrada de migrantes para evitar a concorrência por oportunidades de trabalho e o aumento dos problemas sociais.
Nos períodos em que o desenvolvimento europeu permitia e necessitava de uma quantidade maior de mão de obra, essas
políticas eram mais liberais e permitiam mais a entrada de pessoas de outras regiões no continente.

Causas da crise migratória na Europa

Nos últimos anos, principalmente a partir de 2011, o fluxo migratório para a Europa intensificou-se drasticamente, causando uma
grande crise migratória no continente. Estima-se, de acordo com um levantamento realizado pela ONU, que apenas no ano de
2014 a Europa tenha recebido cerca de 6,7 milhões de migrantes.

De acordo com a ONU, os mais de 15 conflitos (8 na África, 3 no Oriente Médio, 1 na Europa e 3 na Ásia) existentes no mundo
atualmente têm sido a principal motivação para a crise migratória na Europa. Isso ocorre porque os migrantes, em sua maioria,
são refugiados (pessoas que migram para fugir de conflitos e perseguições políticas, guerras etc.) dessas regiões de conflito.

Os países de onde mais saem migrantes são a Síria, Afeganistão, Iraque, Líbia e Eritreia. A Síria, com uma guerra civil que já dura
mais de quatro anos e que contabiliza mais de 250 mil mortos, de acordo com dados apresentados pela ONU, possui o maior
grupo de refugiados do mundo. Tanto o Afeganistão quanto o Iraque vivem, desde 2001, em virtude da invasão dos Estados
Unidos, uma grave crise política. Os constantes ataques rebeldes que atingem esses países têm levado diversos grupos a migrar
para outras regiões do mundo. A Líbia e a Eriteia são países africanos que convivem com regimes opressores e antidemocráticos,
além de diversos problemas sociais, o que tem levado grande parte da população a migrar para outras regiões.

Outra motivação para que esses países apresentem muitos emigrantes é a atuação do Estado Islâmico em seu território. Essa
organização extremista tem aproveitado das guerras civis e da situação de pobreza em que se encontram esses países para
expandir a sua área de domínio. Uma vez que a organização domina uma determinada região, implanta-se um sistema de
governo baseado em uma visão extremista das leis islâmicas.

Consequências da Crise migratória

A maior parte dos migrantes chega à Europa de forma clandestina por meio da navegação em botes no Mar Mediterrâneo. Como
o acesso do continente por terra é controlado, é cada vez mais comum que os migrantes se arrisquem na travessia do Mar
Mediterrâneo, o que causa diversas mortes por afogamento. Estima-se que mais de 2,5 mil pessoas tenham se afogado em 2014
ao realizar essa travessia.

Como a Europa acaba de atravessar uma crise econômica, os países europeus estão apresentando certa resistência e
dificuldades para aceitar e acomodar os migrantes que chegam em seu país. Por essa razão, cresce a tensão entre os países que
integram a União Europeia para a criação de leis que regulem a chegada dos migrantes. A Grécia, por exemplo, por ser um país
litorâneo, tem alegado que recebe muito mais refugiados do que os demais países da Europa e já está expulsando migrantes que
chegam ao país de forma irregular.

Como muitos europeus estão desempregados, existe uma preocupação de que a chegada desses migrantes aumente a
concorrência pelas oportunidades de emprego e promova o aumento dos problemas sociais. Outra razão para essa resistência em
receber os migrantes diz respeito à situação de alerta que a maior parte dos países europeus vive hoje em relação ao terrorismo.
Acredita-se que, entre os migrantes que chegam ao país, estejam integrantes do Estado Islâmico infiltrados.
Essas duas preocupações são reais, já que ambas podem acontecer no cenário atual de recuperação econômica e tensões
causadas pela ascensão do Estado Islâmico. Porém, em alguns casos, essas motivações são utilizadas apenas como justificativa
para a intolerância cultural e xenofobia.

Uma pesquisa realizada na Europa, publicada pelo jornal Público,  de Portugal, averiguou que metade dos cidadãos entrevistados
é contra a ida de migrantes para os países em que vivem, considerando, inclusive, necessário restringir a chegada de mais
migrantes e limitar os direitos individuais dos refugiados que já se encontram no país. Também cresce o número de ataques
contra pessoas de outras nacionalidades na Europa e aos centros de refugiados.

A situação dos migrantes que chegam à Europa atualmente também preocupa. Como a migração é muito intensa e a maior parte
dos refugiados não tem para onde ir, eles estão sendo acomodados em abrigos temporários que não possuem condições para
receber mais pessoas.

Assim, as leis de migração do continente europeu precisam ser revistas para conseguir organizar a intensa migração que vem
ocorrendo. Além disso, é preciso ter certo controle com relação ao migrante que chega ao país, oferecendo um local seguro de
moradia e oportunidades que garantam a sua sobrevivência e evitem que esse migrante ingresse em atividades ilícitas. É preciso
também criar medidas de prevenção e controle do xenofobismo (intolerância à diversidade cultural), muito comum na Europa.

Teoria Neomalthusiana: o que é, características e diferença da Malthusiana

A Teoria Neomalthusiana é uma das teorias demográficas inseridas no campo das ciências populacionais. A geografia humana,
eixo que estuda as dinâmicas de populações, costuma cair bastante nas provas de vestibular, além de analisar situações
presentes na atualidade. 

O que é a teoria Neomalthusiana?

Para entender melhor a teoria Neomalthusiana, é importante saber sobre a teoria Malthusiana:

Thomas Malthus, economista inglês, percebeu que a população e a disponibilidade de recursos — principalmente
alimentares — cresciam em uma desproporção. Para ele, a taxa demográfica aumentava em uma progressão geométrica,
enquanto a oferta de alimentos crescia em uma progressão aritmética.

Assim, haveria um momento em que a comida seria insuficiente para a quantidade de pessoas no mundo, o que levaria a uma
estagnação econômica, além de guerras e de epidemias. Portanto, seria necessário o controle da natalidade para evitar essa
situação.

Já a teoria Neomalthusiana defendia que o aumento da população e o aumento da miséria estavam associados. De acordo
com essa tese, quanto mais pessoas, maior seria a pobreza. Logo, continuaria sendo necessário o controle da natalidade, mas
dessa vez, com o uso de métodos contraceptivos e de políticas antinatalistas.

É importante lembrar que Thomas Malthus era religioso, portanto métodos anticoncepcionais — reprovados pela Igreja — não
faziam parte da teoria Malthusiana, introduzidos apenas na sua reformulação — tese Neomalthusiana.

Teoria Malthusiana e Neomalthusiana

 A teoria Malthusiana defendia esse controle por meio de técnicas mais ideológicas como pregar a abstinência sexual e o
casamento tardio. Já a teoria Neomalthusiana incentivava o uso de métodos contraceptivos e o controle do crescimento
populacional com influência do Estado. 

Portanto, ambas as teorias afirmavam a necessidade de controlar a taxa de fecundidade como forma de progresso, sendo os
meios de redução desse índice, a principal diferença entre elas.
O que defendiam os Neomalthusianos?

Os Neomalthusianos defendiam que quanto maior a população, mais intrínseca seria a pobreza, sendo necessário o controle da
taxa de fecundidade, sobretudo em países considerados “subdesenvolvidos”.

Dessa forma, passaram a defender o uso de métodos contraceptivos para que as próprias famílias reduzissem o crescimento
populacional, além das políticas antinatalistas, em que o Estado poderia interferir na taxa de fecundidade da nação.

Um bom exemplo de país que aderiu a políticas antinatalistas é a China, onde cada casal pode ter apenas um filho, o que foi
chamado de “Política do filho único”. Essa medida foi tomada pelo governo nos anos 70.

Sendo assim, em síntese, os Neomalthusianos continuavam a defender a necessidade de reduzir o crescimento populacional,
porém com o acréscimo das medidas contraceptivas e da intervenção estatal de controle da natalidade.

A Teoria Malthusiana foi considerada errada?

A teoria Malthusiana tornou-se base para muitas outras teorias, como a Neomalthusiana, a Reformista e a Ecomalthusiana,
por exemplo. Assim, ela foi importante para introduzir os estudos sobre demografia.

Contudo, a grande crítica a essa teoria é que, segundo estudiosos da época, ela foi pensada em uma sociedade ainda rural.
Sendo assim, o problema do descompasso entre crescimentos de pessoas e de alimentos foi “suavizado” com os avanços das
Revoluções Industriais. 

Portanto, o grande “erro” foi não considerar a capacidade de crescimento da oferta de recursos. 

Pirâmides etárias

Pirâmides etárias são representações gráficas da estrutura populacional de um determinado lugar elaboradas conforme a idade e
o sexo da população total.

"Pirâmides etárias são indicadores populacionais que, por meio de gráficos, permitem a análise da dinâmica populacional de um
determinado local segundo faixas etárias e de sexo."

Resumo

O estudo da dinâmica populacional requer uma análise estrutural. Um dos recursos mais utilizados para essa análise são as
pirâmides etárias. Estas constituem representações gráficas que organizam a população de um determinado lugar segundo faixas
de idade, dividindo-a por sexo. Existem quatro tipos principais de pirâmides etárias: pirâmide jovem, pirâmide adulta, pirâmide
rejuvenescida e pirâmide envelhecida.

A importância das pirâmides etárias como indicador social

O uso das pirâmides etárias como indicador social permite o estudo da organização de determinadas sociedades. Esse estudo
pode ser feito ao longo dos anos e permite a análise da dinâmica social em um determinado recorte espacial. É também útil na
elaboração de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento social e econômico de uma sociedade. As pirâmides refletem,
portanto, a evolução demográfica, demonstrando a expansão, declínio ou estabilidade de uma população.

Para entender melhor como as pirâmides etárias são capazes de refletir a evolução demográfica, observe a análise a seguir:"
"Ao observarmos as duas pirâmides etárias, podemos fazer uma análise a respeito da evolução da população brasileira em um
recorte espacial entre o ano de 2010 e uma projeção para o ano de 2060. A pirâmide de 2010 indica uma alta taxa de natalidade,
visto que sua base é larga. Já na projeção para 2060, o cenário muda: a base estreita-se, indicando redução do número de
nascimentos.

É possível perceber também que a população jovem e adulta (população economicamente ativa) é maior no ano de 2010,
estreitando-se na projeção de 2060. Isso deve-se ao fato de que, futuramente, a tendência será reduzir cada vez mais a taxa de
natalidade e, consequentemente, diminuir a população economicamente ativa.

Uma expressiva mudança também ocorre no topo das pirâmides. Em 2010, o número de idosos no Brasil é bem reduzido, o que
possibilita dizer que a expectativa de vida era baixa, logo, o acesso à saúde era precário e havia uma má qualidade de vida. Já na
projeção para o ano de 2060, o topo enlanguescesse, demonstrando aumento na expectativa de vida dos brasileiros e indicando
melhoria na saúde, acesso a medicamentos e melhores hábitos de vida.

Outra análise que é possível fazer é que as mulheres vivem mais no Brasil independente do ano, visto que, culturalmente, as
mulheres cuidam mais da saúde e envolvem-se menos em situações de conflitos que geram óbitos."

Análise das pirâmides etárias

As pirâmides etárias são representações gráficas da estrutura populacional de um lugar dividida por faixa etária e sexo. Os
gráficos são formados por barras superpostas e possuem topo, corpo e base. As barras inferiores correspondem à população
mais jovem, e as barras superiores correspondem à população mais velha. O lado esquerdo do gráfico representa a população
masculina, enquanto o lado direito representa a população feminina.

Observe abaixo como analisar uma pirâmide etária de acordo com suas partes:"

"Topo: representa a população idosa.

Corpo: representa a população adulta.

Base: representa a população jovem.


Eixo horizontal: corresponde à quantidade de pessoas (em valor absoluto ou em porcentagem). À direita, estão as mulheres. À
esquerda, estão os homens.

Eixo vertical: corresponde às faixas de idade."

"Pirâmides etárias dos países desenvolvidos

Os países desenvolvidos, como Japão, França e Suécia, geralmente apresentam expectativa de vida elevada. Isso ocorre pelo
fato de a população possuir melhores condições de vida em relação à saúde e à educação, por exemplo. Nesses países, as taxas
de natalidade e de mortalidade são baixas, o que sugere um baixo crescimento vegetativo (diferença entre taxa de natalidade e
taxa de mortalidade).

As pirâmides desses países apresentam, comumente, bases estreitas, ou seja, o número de jovens é menor. Já seu topo é largo,
o que indica maior proporção do número de idosos. Isso permite analisar que, nesses países, há problemas como falta de mão de
obra e gastos com programas de assistencialismo para a população envelhecida."

Pirâmides etárias dos países subdesenvolvidos

Os países subdesenvolvidos estão, geralmente, situados na América Latina, na Ásia e na Oceania. Em decorrência das situações
vividas pela maioria de sua população, esses países apresentam baixa expectativa de vida. Nos países subdesenvolvidos, as
taxas de natalidade e de mortalidade são elevadas, o que sugere um elevado crescimento vegetativo.

As pirâmides etárias de países subdesenvolvidos apresentam, comumente, bases largas, indicando uma grande quantidade de
jovens. Já seu topo é estreito, o que representa um menor percentual de idosos. Isso permite analisar que, nesses países, há
problemas relacionados às políticas públicas. Além disso, a população necessita de melhor qualidade de vida, de investimentos na
área da saúde e educação, de formação profissional e de inserção no mercado de trabalho."

Tipos de pirâmides etárias

Existem quatro tipos principais de pirâmides etárias, refletindo a estrutura de diversas sociedades:

1. Pirâmide jovem: apresenta base larga, indicando que a taxa de natalidade é alta, consequentemente, a população representada
é jovem. Já o topo é estreito, portanto a população envelhecida não tem elevada expectativa de vida. Um número elevado de
jovens indica famílias numerosas e poucos recursos para atender às necessidades básicas da população. Países
subdesenvolvidos, geralmente, apresentam esse tipo de pirâmide. Nesses países, as políticas públicas são insuficientes, e o
acesso à educação e à saúde é precário.

2. Pirâmide adulta: apresenta uma base larga com tendência à diminuição, visto que há propensão a uma redução da taxa de
natalidade. O topo e o corpo da pirâmide aparecem mais alargados, constatando o aumento da expectativa de vida, e o corpo
representa a população economicamente ativa. Países em desenvolvimento, geralmente, apresentam esse tipo de pirâmide.
Nesses países, há uma melhoria no acesso às condições básicas, como saúde, educação e formação qualificada para o mercado
de trabalho."

"3. Pirâmide envelhecida: apresenta uma base mais estreita, representando redução das taxas de fecundidade e de natalidade. Já
seu topo é mais largo em comparação aos topos das demais pirâmides, indicando redução das taxas de mortalidade e aumento
da expectativa de vida. A pirâmide envelhecida demonstra, então, que os países as quais ela representa enfrentam problemas em
virtude da pequena proporção da população economicamente ativa e do aumento da população idosa. O elevado número de
idosos demanda gastos por parte dos programas assistenciais, pois essa faixa etária encontra-se fora do mercado de trabalho.

4. Pirâmide rejuvenescida: apresenta alargamento nas primeiras faixas da base, indicando aumento dos jovens. Também
apresenta o topo mais alargado, indicando melhores expectativa e qualidade de vida. Países desenvolvidos começaram a
apresentar esse tipo de pirâmide em decorrência da necessidade de aumentar a mão de obra. Assim, incentiva-se, nesses países,
o aumento da natalidade e busca-se manter uma elevada expectativa de vida.

Pirâmide etária brasileira

A pirâmide etária brasileira apresentou uma grande evolução ao longo dos anos. O país passou por intensos processos de
industrialização e urbanização, o que modificou a dinâmica da população. O avanço na medicina fez com que houvesse queda
nas taxas de natalidade, visto que a população passou a ter maior acesso a medicamentos e a métodos contraceptivos.
Proporcionalmente, houve, então, redução da base da pirâmide.

A urbanização mudou o modo de viver das famílias, e algumas delas passaram a enxergar filhos como aumento de despesas.
Além disso, com sua inserção no mercado de trabalho, a mulher passou a se casar mais tardiamente e a optar por ter filhos com
idade mais avançada ou por não os ter.

A melhoria na qualidade de vida também foi expressiva, aumentando a expectativa de vida em decorrência de avanços nas
políticas públicas de saúde e do maior acesso à educação ao longo dos anos. Sendo assim, houve alargamento do topo da
pirâmide etária brasileira.

A seguir, analisaremos a pirâmide etária do Brasil no ano de 1940 e a projeção populacional para o ano de 2040. Por meio dessa
análise, será possível perceber as questões apresentadas acima."
"A base alargada da pirâmide de 1940 indica elevada taxa de natalidade e baixa qualidade de vida, visto que a pirâmide estreita-
se à medida que se eleva a idade. A expectativa de vida também é baixa, como é mostrado pelo topo extremamente reduzido."

"Observe que, além do expressivo aumento populacional de 1940 para a projeção de 2040, há uma mudança significante no
formato da pirâmide. Apesar do aumento crescente da população, haverá tendências de redução nas taxas de natalidade.
Ocorrerá também uma evolução da população economicamente ativa, indicando melhoria na formação profissional, na qualidade
de vida e redução da mortalidade. O topo largo indica que haverá aumento da expectativa da população idosa, expressando
melhoria nos cuidados com a saúde, contenção de doenças e avanços no campo da medicina."

Nova Ordem Mundial

Uma ordem mundial diz respeito às configurações gerais das hierarquias de poder existentes entre os países do mundo. Dessa
forma, as ordens mundiais modificam-se a cada oscilação em seu contexto histórico. Portanto, ao falar de uma nova ordem
mundial, estamos nos referindo ao atual contexto das relações políticas e econômicas internacionais de poder.

Durante a Guerra Fria, existiam duas nações principais que dominavam e polarizavam as relações de poder no globo: Estados
Unidos e União Soviética. Essa ordem mundial era notadamente marcada pelas corridas armamentista e espacial e pelas disputas
geopolíticas no que se refere ao grau de influência de cada uma no plano internacional. Este era o mundo bipolar.

A partir do final da década de 1980 e início dos anos 1990, mais especificamente após a queda do Muro de Berlim e do
esfacelamento da União Soviética, o mundo passou a conhecer apenas uma grande potência econômica e, principalmente, militar:
os EUA. Analistas e cientistas políticos passaram a nomear a então ordem mundial vigente como unipolar.

Entretanto, tal nomeação não era consenso. Alguns analistas enxergavam que tal soberania pudesse não ser tão notável assim,
até porque a ordem mundial deixava de ser medida pelo poderio bélico e espacial de uma nação e passava a ser medida pelo
poderio político e econômico.

Nesse contexto, nos últimos anos, o mundo assistiu às sucessivas crescentes econômicas da União Europeia e do Japão, apesar
das crises que estas frentes de poder sofreram no final dos anos 2000. De outro lado, também vêm sendo notáveis os índices de
crescimento econômico que colocaram a China como a segunda maior nação do mundo em tamanho do PIB (Produto Interno
Bruto). Por esse motivo, muitos cientistas políticos passaram a denominar a Nova Ordem Mundial como mundo multipolar.

Mas é preciso lembrar que não há no mundo nenhuma nação que possua o poderio bélico e nuclear dos EUA. Esse país possui
bombas e ogivas nucleares que, juntas, seriam capazes de destruir todo o planeta várias vezes. A Rússia, grande herdeira do
império soviético, mesmo possuindo tecnologia nuclear e um elevado número de armamentos, vem perdendo espaço no campo
bélico em virtude da falta de investimentos na manutenção de seu arsenal, em razão das dificuldades econômicas enfrentadas
pelo país após a Guerra Fria.
É por esse motivo que a maior parte dos especialistas em Geopolítica e Relações Internacionais, atualmente, nomeia a Nova
Ordem Mundial como mundo unimultipolar. “Uni” no sentido militar, pois os Estados Unidos é líder incontestável. “Multi” em
razão das diversas crescentes econômicas de novos polos de poder, sobretudo a União Europeia, o Japão e a China.

A Divisão do Mundo entre Norte e Sul

Durante a ordem geopolítica bipolar, o mundo era rotineiramente dividido entre leste e oeste. O Oeste era a representação do
Capitalismo liderado pelos EUA, enquanto o Leste demarcava o mundo Socialista representado pela URSS. Essa divisão não era
necessariamente fiel aos critérios cartográficos, pois no Oeste havia nações socialistas (a exemplo de Cuba) e no leste havia
nações capitalistas.

Contudo, esse modelo ruiu. Atualmente, o mundo é dividido entre Norte e Sul, de modo que no Norte encontram-se as nações
desenvolvidas e, ao sul, encontram-se as nações subdesenvolvidas ou emergentes. Tal divisão também segue os ditames da
Nova Ordem Mundial, em considerar preferencialmente os critérios econômicos em detrimento do poderio bélico.

Observa-se que também nessa nova divisão do mundo não há uma total fidelidade aos critérios cartográficos, uma vez que alguns
poucos países localizados ao sul pertencem ao “Norte” (como a Austrália) e alguns países do norte pertencem ao “Sul” (como a
China).

O Mundo Após 2 Guerra Mundial:

A Segunda Guerra Mundial foi o maior confronto do século XX, com o número de vítimas mais alto da história da humanidade.

Essa guerra ficou marcada por uma série de acontecimentos impactantes, como o Massacre de Katyn, o Holocausto, o Massacre
de Babi Yar e o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.

Todos esses fatos, que aconteceram entre os anos de 1939 e 1945, mudaram o curso da história e trouxeram consequências para
o mundo todo.

A Guerra Fria

Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa entrou em declínio. Afinal, durante os combates, cidades, fábricas, portos, estradas e

ferrovias foram bombardeados e destruídos.

Nesse contexto de ruína da Europa, os EUA e a antiga URSS se consolidaram como principais potências do mundo.

Esses países se caracterizavam pelas suas diferenças ideológicas — os EUA se identificava como capitalista, e a URSS como

socialista. Foi essa diferença entre os países que deu início a Guerra Fria.

Esse confronto ficou assim conhecido porque ambos os países nunca se enfrentaram diretamente em um conflito bélico. Ou seja,

foi uma batalha essencialmente político-ideológica.

A Guerra Fria teve início após a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1947, quando o presidente americano Henry
Truman fez um discurso afirmando que os Estados Unidos poderia intervir em governos não democráticos.

O avanço do socialismo no leste europeu e em outros países representava uma ameaça às intenções dos EUA.

Assim, as rivalidades entre norte-americanos e soviéticos se acirraram na disputa por áreas de influência.

A Guerra Fria se estendeu de 1947 a 1991 e algumas características desse período podem ser destacadas:

 Polarização do mundo: as diferenças ideológicas entre norte-americanos e soviéticos resultaram em uma forte
polarização do mundo. Essa divisão entre as nações afetava as relações internacionais de todo o mundo.

 Corrida armamentista: a busca pela hegemonia internacional fez com que as duas potências investissem muito no
desenvolvimento de novas tecnologias bélicas. Assim, no período, o número de armas nucleares e termonucleares
produzidas disparou.

 Corrida espacial: a corrida espacial foi um dos campos de disputa entre norte-americanos e soviéticos durante a
Guerra Fria. Ao longo da década de 1960, inúmeras expedições espaciais foram realizadas.
 Interferência estrangeira: tanto norte-americanos quanto soviéticos interferiram em assuntos internos de diferentes
países na busca por hegemonia. Dois exemplos são a interferência norte-americana na política brasileira na década de
1960 e a interferência militar no Afeganistão na década de 1980.

Além disso, durante a Guerra Fria, se formaram duas alianças político-militares:

 a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN);

 e o Pacto de Varsóvia.

A OTAN, fundada em 1949, era composta inicialmente por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Países Baixos,

Luxemburgo, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Portugal e Itália. Mais tarde, juntaram-se Alemanha Ocidental, Grécia e Turquia.

Em 1955, em represália, a União Soviética criou o Pacto de Varsóvia, para impedir o avanço capitalista na sua área de influência.
Faziam parte URSS, Albânia, Alemanha Oriental, Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e Romênia.

A criação da ONU

As consequências da Segunda Guerra Mundial foram devastadoras. Foram mais de 30 milhões de feridos e pelo menos 50

milhões de mortos distribuídos em inúmeras cidades.

Nações como França, Inglaterra e Alemanha foram algumas das mais arrasadas.

A Polônia perdera seis milhões de habitantes, e o Japão, 1,5 milhão em decorrência das bombas atômicas lançadas em Hiroshima

e em Nagasaki.

6 milhões de judeus também foram assassinados nos campos de concentração nazistas.

Além de toda essa devastação, com o fim da Segunda Guerra, o mundo estava se dividindo politicamente entre capitalistas e

socialistas, como vimos anteriormente. Era o começo da Guerra Fria, um período de incerteza e insegurança.

Frente a esse cenário, tornou-se essencial que fosse criado um órgão para manter a paz e a segurança internacional, bem como
desenvolver a cooperação entre os povos.

Nesse contexto, surgiu então a Organização das Nações Unidas (ONU), em 24 de outubro de 1945.

Seu objetivo central era e ainda é solucionar os problemas sociais, humanitários, culturais e econômicos, promovendo o respeito
às liberdades fundamentais e aos direitos humanos.

Atualmente, a ONU é a principal organização internacional, com 193 países membros.

A instituição se envolve em várias missões de paz ao redor do mundo e age através de sanções diplomáticas, econômicas,
desportivas e políticas para punir os países que ameaçam a paz mundial.

A descolonização da África e da Ásia

Entre 1945 e 1970, os territórios africanos e asiáticos — que constituíam parte dos impérios europeus — passaram por um

processo de descolonização (independência política).

Isso se deu, principalmente, pelo enfraquecimento das potências europeias após a Segunda Guerra Mundial.

As populações dos países africanos e asiáticos foram convocadas para participar do esforço de guerra e muitos lutaram em

diversas batalhas.

Assim, ao terminar o confronto, diversos países afro-asiáticos imaginaram que teriam mais autonomia, porém não foi isso que
aconteceu. O colonialismo continuou como antes da guerra.

Essa situação fortaleceu os movimentos nacionalistas emergentes.

Além disso, a insatisfação das colônias foi reforçada pela Carta das Nações Unidas, que considerava a autodeterminação dos
povos um direito básico.

Dessa forma, a independência política se tornou inevitável nos países africanos e asiáticos.

Os golpes militares na América Latina


No século XX, uma série de ditaduras, sobretudo militares, desenvolveram-se na América Latina.
Diferentes países como Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Guatemala e República Dominicana, entre
outros, contaram com ditaduras conservadoras, conduzidas em sua maioria por militares.
A implantação dessas ditaduras está diretamente associada ao cenário de disputas da Guerra Fria, ou seja, ao pós Segunda
Guerra Mundial.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética ganhou dimensão planetária e a disputa
por influência aumentou consideravelmente.
Em um primeiro momento, os Estados Unidos focaram seus esforços para evitar o crescimento da influência soviética na Europa e
na Ásia.
Contudo, a partir do final da década de 1950, o governo norte-americano percebeu a necessidade de aumentar sua influência
sobre o próprio continente, e isso deu início às ações em países latino-americanos.
O objetivo era enfraquecer os movimentos de esquerda por meio da instauração de ditaduras militares de viés conservador.
Assim, os EUA passaram a apoiar as diversas ditaduras militares que se instauraram por toda a América Latina.

Queda do muro de Berlim

A queda do muro de Berlim, construído em 1961, representeou o fim da divisão existente entre as Alemanhas e foi um
marco do enfraquecimento do socialismo no mundo.

O muro de Berlim foi o símbolo máximo da bipolarização do mundo durante a Guerra Fria e sua queda representou o fim do
socialismo como alternativa de modelo econômico naquele contexto. Ele separou a cidade em Berlim Oriental e Berlim Ocidental
durante mais de 28 anos, desde sua construção em 1961 até a sua derrubada em 1989.

Construção do muro e Guerra Fria

Após ter sido ocupada e dividida em várias zonas de influência com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Alemanha
transformou-se em um dos principais cenários da disputa político-ideológica da Guerra Fria e foi separada
em República Democrática da Alemanha, a Alemanha Oriental, alinhada com o bloco socialista,
e República Federal da Alemanha, a Alemanha Ocidental, pertencente ao bloco capitalista. Cada nação relacionava-se com uma
organização militar relativa a um desses blocos políticos. Dessa forma, a Alemanha Ocidental fazia parte da  OTAN (Organização
do Tratado do Atlântico Norte) e a Alemanha Oriental integrava o Pacto de Varsóvia.

A capital das duas Alemanhas era a cidade Berlim que também havia sido dividida em zonas de influência: Berlim Ocidental era
capital da Alemanha Ocidental e Berlim Oriental era capital da Alemanha Oriental. Por causa do desenvolvimento econômico
inferior à economia da Alemanha Ocidental, parte da população de Berlim Oriental, insatisfeita com a forma de governo imposto
pela União Soviética, começou a fugir para Berlim Ocidental. Para manter o controle sobre a população, foi ordenada pelo
presidente da União Soviética, Nikita Kruschev, a construção do muro na madrugada do dia 13 de agosto de 1961 e foi imposta
pesada vigilância para impedir a fuga das pessoas.

Queda do muro

Durante a década de 1980, a economia da União Soviética estava completamente falida e isso gerou reflexos sobre as nações
que faziam parte do bloco socialista, entre elas a Alemanha Oriental. A economia da Alemanha Oriental apresentava altos índices
de dívidas com bancos, a infraestrutura do país estava sucateada e a demanda da população pela unificação da Alemanha e pelo
restabelecimento da democracia aumentava à medida que o colapso do modelo socialista ficava evidente. Com protestos que
alcançaram milhares de pessoas, o muro caiu oficialmente no dia 9 de novembro de 1989, quando um anúncio feito
por engano pelo porta-voz do Partido Socialista Unificado da Alemanha sobre a abertura das fronteiras levou a população a
mobilizar-se, lotar os postos na fronteira e, por iniciativa própria, começar a pular o muro e a derrubá-lo. A unificação alemã seria
concluída no ano seguinte, em 1990, e o modelo socialista encontraria seu fim em 1991, quando a União Soviética foi dissolvida.

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