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MARÇO - 2012
INDICE
Endereço: Rua Bahia nº 1.369 – Sala 08/10 Centro Campo Grande – MS - CEP 79.010-241
Trata-se de uma área de nascente situada no município de Ladário, possuindo um local já antropizado
correspondente a 99% e 1% da área com cobertura vegetal nativa. O mesmo possui as seguintes
confrontantes: quadra nº 73 entre as ruas Riachuelo, Santa Cruz, Alan Kardec e Julio Miller.
Características Geográficas
Área 342,509 km²
População 17.776 hab. est. 2006
Densidade 51,9 hab./km²
Altitude 114 metros
Clima Tropical
Fuso horário UTC-4
O principal curso fluvial da região é o rio Paraguai. A rede de drenagem provavelmente se estabeleceu
no final do terciário, quando se instaurou um clima mais úmido, que está associado aos processos de
escavação e sedimentação do relevo da região. Os pequenos desníveis e a pluviosidade caracterizam seu
regime como do tipo tropical austral, onde, nas áreas mais a montante, enfrenta cheia durante o verão, e cheias
outonais nas suas porções média e inferior (Gonçalves, 1998).
Os recursos hídricos são fatores determinantes na dinâmica do meio ambiente da região de interesse.
O rio Paraguai e seus afluentes são responsáveis pelo transporte e depósito de sedimentos e matéria orgânica
fundamental para a manutenção da diversidade biológica da área.
Em relação à sua estrutura urbana, a cidade vem se desenvolvendo, através do crescimento da
população que atualmente é de aproximadamente 20.000 habitantes possui como parte de serviços oferecidos
na área de saneamento básico, Água e Esgoto, a Concessionária é a empresa SANESUL junto com a
disponibilidade de outros serviços públicos, como a ampliação da rede de água e energia, da Estação de
Rua Bahia nº 1.369 – Conj. 08 e 10 Centro
Jardim dos Estados
Campo Grande – MS - CEP 79.010-241
IPRH - INSTITUTO DE PESQUISAS EM RECURSOS HÍDRICOS
Tratamento de Água e Ampliação da rede de esgotamento sanitário atendendo de forma parcial o município,
onde nesse aspecto, a cidade está à frente do município de Corumbá. A energia elétrica é de responsabilidade
da Concessionária privada ENERSUL.
O transporte coletivo é atendido pela empresa Canarinho, que dispõe de uma frota de ônibus que
atende toda área urbana do município, dando acesso até a cidade de Corumbá e à fronteira com a Bolívia.
A coleta de lixo é realizada diariamente no período noturno por uma empresa terceirizada (UNIPAV
Engenharia), e sua destinação final realizada no Lixão do município de Corumbá. Um dos maiores problemas
em relação a serviços essenciais à população é ainda a pouca rede de drenagem e galerias pluviais, e a
pequena quantidade de ruas pavimentadas na cidade. Esses problemas são bem significativos quando se tem
período de chuvas constantes, causando alagamentos em ruas da cidade, dificultando o deslocamento da
população, gerando transtornos em sua própria residência.
A área objeto do plano está inserida na Bacia do Alto Paraguai-BAP localizada á oeste do Brasil, possui
uma superfície de 361.666 km2, tendo como principais rios o Paraguai, dreno coletor principal das águas, e
seus tributários, Sepotuba, Cabaçaí e Jauru, pela margem direita, e Cuiabá, Taquari, Negro e Miranda, na
margem esquerda. Portanto, a hidrografia é constituída na sua totalidade pelo rio Paraguai que se destaca por
ser o principal rio do Pantanal. Seu regime depende de chuvas periódicas que representa a principal função de
força na determinação dos fatores ecológicos associados a sua planície como um todo. É considerados um
acidente geográfico e o principal fator de integração da porção ocidental.
O clima é, segundo a classificação de Köppen, cuja sistemática se fundamenta nos regimes e
pluviométrico, Ladário pertence ao clima tipo Awa, ou seja, clima tropical de altitude, megatérmico (temperatura
média do mês mais frio é superior a 18°C) com inverno seco e chuvas no verão. A temperatura média anual é,
de 25,1°C, oscilando entre 21,4 e 27,7°C. a média anual da temperatura máxima é 30,6°C, e nos meses de
outubro a janeiro, as máximas absolutas pode atingir 40°C, ocorrendo de maio a agosto um declínio
considerável pela entrada da massa de ar frio. A média da temperatura mínima é de 21,0°C, e as mínimas
absolutas próximas a 0°C.
A umidade relativa média anual é de 76,8%, oscilando entre 71,8 a 80,9% durante o ano (Soriano,
1998).
Em termos de precipitação pluvial, a média acumulada é de 1.070 mm, chovendo em média 100 dias
no ano. O período de maior concentração ocorre de novembro a março, sendo registrados 68% do total anual,
com média de 64 dias de chuva, sendo janeiro o mês mais chuvoso com 191,0mm, com 16 dias de chuva. O
período de maior estiagem ocorreu de junho a agosto, com apenas 7% d total pluviométrico em nove dias de
chuva.
Fauna: Urubu comum, Coragyps atratus FAMÍLIA Cathartidae; Teiú, Tupinambis teguixin FAMÍLIA Teiidae;
Arara Maracanã Ara maracanã FAMÍLIA Psittacidae.
Flora: Mata decídua e espécies pioneiras (área atropizada), mata ciliar, sendo que 1% esta localizada a
margem do curso d'agua. Espécies encontradas na área:
6.0 - OBJETIVOS
O objetivo deste plano é recomposição e recuperação ambiental da área citada anteriormente. Para o
planejamento das atividades de recuperação do local, foram verificados que um dos fatores negativos de
influência antrópica, é o fato do local ser cercado por atividades de intensa atividade humana. Portanto,
buscou-se a solução em estar indicando no presente plano, espécies de arbóreas com maior resistência às
atividades, assim como outras medidas que serão expostas no presente documento, que ensejará na
manutenção do equilíbrio dos processos ambientais.
O termo recuperação não se aplica indistintamente a todos os usos possíveis. O IPT (1993, pg. 207)
sugere que se adote, conforme a possibilidade e a finalidade da recuperação, os termos:
a) restauração, associado à ideia de reprodução das condições exatas do local, tais como eram antes de serem
alteradas pela intervenção;
b) recuperação, associado à idéia de que o local alterado seja trabalhado de modo que as condições
ambientais situem-se próximas às condições anteriores à intervenção, ou seja, trata-se de devolver ao local o
equilíbrio dos processos ambientais ali atuantes anteriormente;
c) reabilitação, associado à idéia de que o local alterado deverá ser destinado a uma dada forma de uso do
solo, de acordo com projeto prévio e em condições compatíveis com a ocupação circunvizinha, ou seja, trata-se
de reaproveitar a área para outra finalidade.
7.0 - JUSTIFICATIVA
O presente plano está sendo elaborado para atendimento das exigências realizadas pelo MINISTÉRIO
PÚBLICO DA COMORCA DE CORUMBÁ – através de sua 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA, pelo Instrumento
Legal TAC – Termo de Ajustamento de Conduta firmado nos Autos 004/2007. que determinou elaboração do
PRAD da referida área. Esse local apresenta uma nascente natural, portanto necessita de uma recuperação,
tentando fazer com esta volte ao seu estado natural através da implantação de espécies nativas, e matas
ciliares.
Entre as situações que causam degradação das áreas de mananciais, podem ser destacadas: ocupação
desordenada do solo, em especial áreas vulneráveis como as APP; práticas inadequadas de uso do solo e da
água; falta de infraestrutura de saneamento (precariedade nos sistemas de esgotamento sanitário, manejo de
águas pluviais e resíduos sólidos); superexploração dos recursos hídricos; remoção da cobertura vegetal;
erosão., entre outros.
As matas ciliares são sistemas vegetais essenciais ao equilíbrio ambiental e, portanto, devem
representar uma preocupação central para o desenvolvimento rural sustentável. A preservação e a recuperação
das matas ciliares, aliadas às práticas de conservação e ao manejo adequado do solo, garantem a proteção de
um dos principais recursos naturais: a água.
São áreas protegidas por lei desde 1965(lei 4.771), quando foi instituído o Código Florestal, “coberto ou
não por vegetação nativa com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas”.
Esta recuperação resulta numa paisagem estável, em que: a poluição do ar e da água é minimizada, a
terra volta a ser autossuficiente e produtiva, o habitat da fauna é restabelecido, e uma paisagem esteticamente
agradável é estabelecida.
A ação de recuperação, cuja intensidade depende do grau de interferência ocorrido na área, pode ser
realizada através de métodos edáficos (medidas de sistematização de terreno) e vegetativos.
população de nematóides formadores de galhas, e sua produção de material seco pode alcançar 10 t/ha. O
ciclo, do plantio até a colheita das vagens, pode chegar a 240 dias, mas para fins de adubação verde,
recomenda-se o corte na época de florescimento, por volta de 120 dias (Bulisani & Braga, 1987).
As características agronômicas, a alta produtividade e acentuada capacidade de fixação biológica do
nitrogênio (FBN), o comprovado controle de nematóides e a ampla aceitação e utilização em grande escala
para fins de adubação verde colaboraram para a escolha e o emprego das duas espécies de leguminosas no
presente trabalho (Mascarenhas et al., 1994).
- Plantio de Mudas Nativas
As espécies pioneiras e secundarias devem ser plantadas por semeaduras, já que o plantio por
muda torna-se dispendioso e devido a resistências das sementes este se torna o meio mais viável.
A prática do plantio de árvores juntamente com gramíneas é recomendada, uma vez que as
gramíneas asseguram uma boa proteção do solo, enquanto as árvores estão crescendo.
- Propagação Das Espécies:
A propagação de espécies refere-se ao crescimento de espécies lenhosas em um viveiro para plantio
posterior em áreas a serem recuperadas. A altura média das mudas deve ser de 50 cm. Plantam-se mudas
maiores quando há competição grave de gramíneas ou quando pode haver danos por animais ou pelo próprio
homem. A mistura mais usada nos viveiros para preencher os saquinhos é a seguinte: solo vegetal enriquecido
com material como esterco, húmus de minhoca, serragem, vegetação, vegetação morta e uma camada de
terriço da floresta. Todos os viveiros aplicam nitrogênio, fósforo e potássio à mistura de solo e alguns adicionam
uma mistura de micronutrientes.
Pioneiras e Secundarias:
Nome comum Nome cientifico
Melão de São Mamordia sp
Caetano
Lixeira Allophylus edulis (A. ST. HIL.) Juss
Canelinha Aniba fimula Mez
Carrapicho Cenchrus echinaxus
Canafístula Cassia ferruginea Schard. ex DC.
Cedro do brejo Cedrela odorata Ruiz & Pav.
Passarinho Pxerogyni nitens
Espécies Arbóreas
Cronograma Físico-Financeiro
PROJETO DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DA NASCENTE DO CORREGO TEIXEIRA
ITENS DISCRIMINAÇÃO UNIDADE VALOR MES 1 MES 2 MES 3 MES 4 MES 5 MES 6 MES 7 MES 8 MES 9 MES 10 MES 11 MES 12 TOTAL
Obras de remediação da Área da Nascente do
1
Córrego Teixeira
Preparo do solo e compostagem
2
ANEXOS
I- DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
II- ORÇAMENTO
Figura1. Distribuição esquemática adequada das diferentes coberturas vegetais e usos em relação à nascente.
CONTRATANTE
9.NOME DO CONTRATANTE 10.CPF OU CNPJ
PREFEITURA MUNICIPAL DE LADARIO 03.330.453/0001-74
11.ENDEREÇO DO CONTRATANTE
RUA CORUMBA N 500 CENTRO
12.CIDADE/UF DO CONTRATANTE 13.CEP 14.TELEFONE
CORUMBA/MS 79.370-00 67032262002
15.NOME DO PROPRIETÁRIO 16.CPF OU CNPJ 17.TELEFONE
PREFEITURA MUNICIPAL DE LADARIO 03.330.453/0001-74 67032262002
LOCAL DA OBRA OU SERVIÇO
18.ENDEREÇO DA OBRA/SERVIÇO
LADARIO DIVERSOS
19.CIDADE/UF DA OBRA/SERVIÇO 20.CEP 21.TELEFONE
CORUMBA/MS 79.370-000 67032262002
TIPO DE ART/VÍNCULO/PARTICIPAÇÃO
22.MODELO ART 23.TIPO DE REGISTRO 24.TIPO ART
NORMAL NORMAL SERVIÇO
25.VÍNCULO 26.PARTICIPAÇÃO 27.VINCULADA A ART Nº DO PROFISSIONAL/Nº REGISTRO
AUTÔNOMO INDIVIDUAL /
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES TÉCNICAS
OBJETO CLASSIFICAÇÃO NÍVEL QUANTIDADE UNIDADE
87 RELATÓRIO J8029 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS 1 ATUACAO 1,0000 45 UNIDADES
29.ENTIDADE DE CLASSE
AEACG - Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Campo Grande
30.VALOR DO CONTRATO 31.VALOR DOS HONORÁRIOS 32.VALOR DO DOCUMENTO
12.000,00 PRO -LABORE 100,00
LOCAL E DATA Declaro como verdadeiras as informações acima Declaro como verdadeiras as informações acima
LADARIO/MS
15/03/2012 Profissional Contratante
CPF: 421.368.651- 53 CPF/CNPJ: 03.330.453/0001-74
ESTE DOCUMENTO ANOTA PERANTE O CREA/MS, PARA OS EFEITOS LEGAIS, O CONTRATO ESCRITO OU VERBAL REALIZADO ENTRE AS PARTES (LEI 6 .496/77).
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Importante: Ao encerrar as atividades e/ou contrato, informar a baixa desta ART ao CREA - MS apresentando a primeira via assinada no verso
pelo profissional e contratante.
VI- BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
ÁGUA: Manual de Irrigação. Para que a fonte não seque. Guia Rural. São Paulo:
Editora Abril, 1991. 170p.
CASTRO, P.S.; LOPES, J.D.S. Recuperação e conservação de nascentes. Viçosa:
Centro de Produções Técnicas, 2001. 84p. (Série Saneamento e Meio- Ambiente,
n. 296)
DAKER, A. A água na agricultura; captação, elevação e melhoramento da água.
5.ed. Rio de Janeiro: F. Bastos, 1976. v.2, 379p.
LIMA, W. de P. Princípios de hidrologia vegetal para o manejo de bacias
hidrográficas. Piracicaba: ESALQ/USP, 1986. p.242, (Apostila)
LIMA, W. de P. Hidrologia florestal aplicada ao manejo de bacias hidrográficas.
Piracicaba: ESALQ/USP, 1996. p.318. (Apostila)
LIMA, W. DE P.; ZAKIA, M.J.B. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES, R. R.
LEITÃO FILHO, H. de F. (Eds.). Matas ciliares: conservação e recuperação. São
Paulo: USP/FAPESP, 2000. cap. 3, p.33-44.
LIMA, W. de P. Conservação de nascentes prevê manutenção dos recursos
hídricos. Agropecuária Hoje, Piracicaba, v.6, n.30, p.10, 2000.
LINSLEY, R.K..; FRANZINI, J.B. Engenharia de recurso hídricos. Mc Graw-Hill do
Brasil, 1978, 798p.
VII- LOCALIZAÇÃO DA ÁREA
VISTA AÉREA – NASCENTE CÓRREGO TEIXEIRA
COORDENADAS – 19º 01’ 00 79” S 57º 36’ 14 13” O COTA 143 m
VIII- ARCABOUÇO JURÍDICO
LEIS/MEDIDAS PROVISÓRIAS/DECRETOS/PORTARIAS/
RESOLUÇÕES/MINUTAS ASSUNTO
1- Decreto nº 24.643 de 10 de julho de 1934. Código de Águas
2- Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21
da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
3- Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. Texto atualizado em Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências.
20.10.99. Última MP nº 1.999-16, de 10.3.2000. Publicada no DOU
de 13.3.2000.
4- Lei nº 8.001, de 13.3.90 Define os percentuais da distribuição da compensação financeira de que trata a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, e dá outras providências.
Publicada no DOU de 14.3.90
5- Lei nº 7.990, de 28.12.89 Institui, para os Estados, Distrito Federal e Municípios, compensação financeira pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos
Publicada no DOU de 29.12.89 e republicada em 18.1.90 hídricos para fins de geração de energia elétrica, de recursos minerais em seus respectivos territórios, plataforma continental, mar territorial ou zona
econômica exclusiva, e dá outras providências. (Art. 21, XIX da CF).
6- Lei nº 6.662, de 25 de junho de 1979. Dispõe sobre a Política Nacional de Irrigação e dá outras providências.
7- Medida Provisória nº1.999-16, de 10.3.2000 Altera dispositivos da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras
Publicada no DOU de 13.3.2000. providências.
Originária: 1.795
Edições: 1.799-1, 1.799-2, 1.799-3, 1.799-4, 1.799-5, 1.799-6, 1.911-7, 1.911-8, 1.911-9, 1.911-10, 1.911-11, 1.911-12, 1.999-13, 1.999-14, 1.999-15
9-Decreto nº 3.131, de 9.8.99 Publicado no DOU de 10.8.99. Dispõe sobre a vinculação de entidades integrantes da Administração Pública Federal indireta, e dá outras providências.
10- Decreto nº 2.612, de 3 de junho de 1998. Publicado em Regulamenta o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
04.06.1998.
11- Portaria nº 407, de 23 de novembro de 1999, publicada em 24 de Regimento Interno do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH.
novembro de 1999.
12- Portaria nº 47, de 22 de fevereiro de 2000, publicada em 28 de Designa os representantes do Conselho Nacional de Reecursos Hídricos.
fevereiro de 2000.
13- Resolução CNRH nº 03, de 10 de junho de 1999, publicada em Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH que institui Grupo de Trabalho com o objetivo de criação de Câmaras Técnicas
24 de novembro de 1999. Permanentes e Provisórias.
14- Resolução CNRH nº 04, de 10 de junho de 1999, publicada em Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH que institui em caráter de urgência, Câmaras Técnicas do Plano Nacional de Recursos
24 de novembro de 1999. Hídricos e a de Assuntos Legais e Institucionais, como Câmaras Permanentes nos termos do Regimento do CNRH.
15- Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000. Criação da Agência Nacional de Águas.
16- Resolução CNRH nº 05, de 10 de junho de 1999. Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos que dispõe sobre as diretrizes para formação e funcionamento dos Comitês de Bacias
Hidrográficas.
17- Resolução CNRH nº 12, de 10 de junho de 1999 . Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos que dispõe sobre o enquadramento
18- Resolução CNRH nº 13, de 25 de setembro de 2000. Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos que estabelece diretrizes para implementação do Sistema de Informação Nacional de Recursos
Hídricos
19- Resolução CNRH nº 16, de 08 de maio de 2001 . Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos que estabelece diretrizes para implementação da outorga
20- Resolução CNRH nº 17, de 29 de maio de 2001. Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos que dispõe sobre diretrizes complementares para elaboração dos Planos de Recursos Hídricos
21- Resolução CNRH nº 14, de 20 de outubro de 2000. Resolução do CNRH que estabelece o processo de indicação dos representantes dos Conselhos Estaduais, dos Usuários e das Organizações Civis de
Recursos Hídricos.
22- Decreto Estadual nº 10.663, DE 20 de fevereiro de 2002. Estabelece o organograma da SEMACT
23- Deliberação CECA/MS n°003, de 20 de junho de 1997. Estabelece “o enquadramento dos corpos d’água da BAOP e do córrego Imbiruçu”.
24- Lei Estadual n.º 2406, de 29 de janeiro de 2002. Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, cria o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos e dá outras providências.
III- ARCABOUÇO LEGAL
APP- Área de Preservação Permanente
APP - ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – LEGISLAÇÃO
Segundo a LEI FEDERAL 4.771/65, alterada pela Lei 7.803/89 e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001,
“Consideram-se de preservação permanente, pelo efeito de Lei, as áreas situadas nas nascentes, ainda que intermitentes e nos
chamados “olhos d’água”, qualquer que seja a sua situação topográfica, devendo ter um raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de
largura Estão previstas nos Arts. 2º e 3º do Código Florestal ( Lei 4771/65)
Art. 2º - Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural
situadas:
a) ao longo dos rios ou de outro qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa a marginal cuja largura mínima seja:
1) de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;
2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura;
3) de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham 50 (cinqüenta) metros a 200 (duzentos) metros de largura;
4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros;
5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água, naturais ou artificiais;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio
mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas com declividade superior a 45° equivalente a 100% na linha de maior declive;
f) nas restingas, como fixadoras e dunas ou estabilizadoras de mangues;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em
projeções horizontais;
h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.
Parágrafo único - No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei
municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações
urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo,
respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo.
Artigo 3° - Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as florestas e
demais formas vegetação natural destinadas;
a) a atenuar a erosão das terras;
b) a fixar as dunas;
c) a formar as faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
d) a auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares;
e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;
f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados por extinção;
g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;
h) a assegurar condições de bem-estar público.
§ 1° - A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só será admitida com prévia autorização do Poder
Executivo Federal, quando for necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse
social.
§ 2° - As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao regime de preservação permanente (letra "g") pelo só
efeito desta Lei.
Art. 197 - São áreas de proteção permanente:
I - os manguezais;
II - as nascentes, os mananciais e matas ciliares;
III - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da flora, bem como aquelas que sirvam como local de pouso ou
reprodução de migratórios;
IV - as áreas estuarinas;
V - as paisagens notáveis;
VI - as cavidades naturais subterrâneas.
LEI Nº 7.754, DE 14 DE ABRIL DE 1989
Estabelece medidas para proteção das florestas existentes nas nascentes dos rios e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º São consideradas de preservação permanente, na forma da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, as florestas e demais
formas de vegetação natural existentes nas nascentes dos rios.
Art. 2º Para os fins do disposto artigo anterior, será constituída, nas nascentes dos rios, uma área em forma de paralelogramo,
denominada Paralelogramo de Cobertura Florestal, na qual são vedadas a derrubada de árvores e qualquer forma de
desmatamento.
§ 1º Na hipótese em que, antes da vigência desta Lei, tenha havido derrubada de árvores e desmatamento na área integrada no
Paralelogramo de Cobertura Florestal, deverá ser imediatamente efetuado o reflorestamento, com espécies vegetais nativas da
região.
§ 2º (Vetado).
Art. 3º As dimensões dos Paralelogramos de Cobertura Florestal serão fixadas em regulamento, levando-se em consideração o
comprimento e a largura dos rios cujas nascentes serão protegidas.
Art. 4º A inobservância do disposto nesta Lei acarretará, aos infratores, além da obrigatoriedade de reflorestamento da área com
espécies vegetais nativas, a aplicação de multa variável de NCz$ 140,58 (cento e quarenta cruzados novos e cinqüenta e oito
centavos) a NCz$ 1.405,80 (um mil, quatrocentos e cinco cruzados novos e oitenta centavos) com os reajustamentos anuais
determinados na forma de Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975.
Art. 5º (Vetado).
Altera a redação da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e revoga as Leis nºs 6.535, de 15 de junho de 1978,
e 7.511, de 7 de julho de 1986.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, aço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º A Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, passa a vigorar com as seguintes alterações:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:
2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura;
3) de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio
mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em
projeções horizontais;
h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.
Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei
municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos
respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo."
II - o art. 16 passa a vigorar acrescido de dois parágrafos, numerados como § 2º e 3º, na forma seguinte:
"Art. 16
§ 1º Nas propriedades rurais, compreendidas na alínea a deste artigo, com área entre 20 (vinte) a 50 (cinqüenta) hectares,
computar-se-ão, para efeito de fixação do limite percentual, além da cobertura florestal de qualquer natureza, os maciços de porte
arbóreo, sejam frutíferos, ornamentais ou industriais.
§ 2º A reserva legal, assim entendida a área de, no mínimo, 20% (vinte por cento) de cada propriedade, onde não é permitido o
corte raso, deverá ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, sendo vedada, a
alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento da área.
§ 3º Aplica-se às áreas de cerrado a reserva legal de 20% (vinte por cento) para todos os efeitos legais."
III - o art. 19 passa a vigorar acrescido de um parágrafo único, com a seguinte redação:
"Art. 19. A exploração de florestas e de formações sucessoras, tanto de domínio público como de domínio privado, dependerá de
aprovação prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, bem como da adoção de
técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea
forme.
Parágrafo único. No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que contemplem a utilização de espécies nativas."
"Art. 22. A União, diretamente, através do órgão executivo específico, ou em convênio com os Estados e Municípios, fiscalizará a
aplicação das normas deste Código, podendo, para tanto, criar os serviços indispensáveis.
Parágrafo único. Nas áreas urbanas, a que se refere o parágrafo único do art. 2º. desta Lei, a fiscalização é da competência dos
municípios, atuando a União supletivamente."
"Art. 44
Parágrafo único. A reserva legal, assim entendida a área de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), de cada propriedade, onde não
é permitido o corte raso, deverá ser averbada à margem da inscrição da matrícula do imóvel no registro de imóveis competente,
sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento da área."
VI - ficam-lhe acrescidos dois artigos, numerados como arts. 45 e 46, renumerando-se os atuais arts. 45, 46, 47 e 48 para 47,
48, 49 e 50, respectivamente:
"Art. 45. Ficam obrigados ao registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA os
estabelecimentos comerciais responsáveis pela comercialização de moto-serras, bem como aqueles que adquirirem este
equipamento.
§ 1º. A licença para o porte e uso de moto-serras será renovada a cada 2 (dois) anos perante o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.
§ 2º. Os fabricantes de moto-serras ficam obrigados, a partir de 180 (cento e oitenta) dias da publicação desta Lei, a imprimir, em
local visível deste equipamento, numeração cuja seqüência será encaminhada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e constará das correspondentes notas fiscais.
§ 3º. A comercialização ou utilização de moto-serras sem a licença a que se refere este artigo constitui crime contra o meio
ambiente, sujeito à pena de detenção de 1 (um) a 3(três) meses e multa de 1(um) a 10 (dez) salários mínimos de referência e a
apreensão da moto-serra, sem prejuízo da responsabilidade pela reparação dos danos causados.
Art. 46. No caso de florestas plantadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA zelará
para que seja preservada, em cada município, área destinada à produção de alimentos básicos e pastagens, visando ao
abastecimento local."
Art. 2º. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados de sua publicação.
Art. 4º. Revogam-se as Leis n.ºs 6.535, de 15 de junho de 1978, e 7.511, de 7 de julho de 1986, e demais disposições em
contrário.
JOSÉ SARNEY
João Alves Filho
Rubens Bayma Denys
MEDIDA PROVISÓRIA No 2.166-67, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.
Altera os arts. 1o, 4o, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o Código
Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei no 9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural - ITR, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62, e tendo em vista o disposto no art. 225, § 4o,
da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
Art. 1o Os arts. 1o, 4o, 14, 16 e 44, da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, passam a vigorar com as seguintes
redações:
"Art. 1o .
§ 1o As ações ou omissões contrárias às disposições deste Código na utilização e exploração das florestas e demais formas de
vegetação são consideradas uso nocivo da propriedade, aplicando-se, para o caso, o procedimento sumário previsto no art. 275,
inciso II, do Código de Processo Civil.
§ 2o Para os efeitos deste Código, entende-se por: (Vide Decreto nº 5.975, de 2006)
I - pequena propriedade rural ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do proprietário ou posseiro e de
sua família, admitida a ajuda eventual de terceiro e cuja renda bruta seja proveniente, no mínimo, em oitenta por cento, de atividade
agroflorestal ou do extrativismo, cuja área não supere:
a) cento e cinqüenta hectares se localizada nos Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e
nas regiões situadas ao norte do paralelo 13o S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44o W, do Estado
do Maranhão ou no Pantanal mato-grossense ou sul-mato-grossense;
b) cinqüenta hectares, se localizada no polígono das secas ou a leste do Meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão; e
II - área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arts. 2o e 3o desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente,
necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da
biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas;
IV - utilidade pública:
b) as obras essenciais de infra-estrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento e energia; e
c) demais obras, planos, atividades ou projetos previstos em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA;
V - interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como: prevenção, combate e controle do fogo,
controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas, conforme resolução do CONAMA;
b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar, que não
descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área; e
c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do CONAMA;
VI - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao
norte do paralelo 13o S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44o W, do Estado do Maranhão." (NR)
"Art. 4o A supressão de vegetação em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade
pública ou de interesse social, devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir
alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto.
§ 1o A supressão de que trata o caput deste artigo dependerá de autorização do órgão ambiental estadual competente, com
anuência prévia, quando couber, do órgão federal ou municipal de meio ambiente, ressalvado o disposto no § 2o deste artigo.
§ 2o A supressão de vegetação em área de preservação permanente situada em área urbana, dependerá de autorização do órgão
ambiental competente, desde que o município possua conselho de meio ambiente com caráter deliberativo e plano diretor, mediante
anuência prévia do órgão ambiental estadual competente fundamentada em parecer técnico.
§ 3o O órgão ambiental competente poderá autorizar a supressão eventual e de baixo impacto ambiental, assim definido em
regulamento, da vegetação em área de preservação permanente.
§ 4o O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da autorização para a supressão de vegetação em área de
preservação permanente, as medidas mitigadoras e compensatórias que deverão ser adotadas pelo empreendedor.
§ 5o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, ou de dunas e mangues, de que tratam, respectivamente, as
alíneas "c" e "f" do art. 2o deste Código, somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.
§ 6o Na implantação de reservatório artificial é obrigatória a desapropriação ou aquisição, pelo empreendedor, das áreas de
preservação permanente criadas no seu entorno, cujos parâmetros e regime de uso serão definidos por resolução do CONAMA.
§ 7o É permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente, para obtenção de água, desde que não
exija a supressão e não comprometa a regeneração e a manutenção a longo prazo da vegetação nativa." (NR)
............................................................
b) proibir ou limitar o corte das espécies vegetais raras, endêmicas, em perigo ou ameaçadas de extinção, bem como as espécies
necessárias à subsistência das populações extrativistas, delimitando as áreas compreendidas no ato, fazendo depender de licença
prévia, nessas áreas, o corte de outras espécies;
............................................................" (NR)
"Art. 16. As florestas e outras formas de vegetação nativa, ressalvadas as situadas em área de preservação permanente, assim
como aquelas não sujeitas ao regime de utilização limitada ou objeto de legislação específica, são suscetíveis de supressão, desde
que sejam mantidas, a título de reserva legal, no mínimo:
I - oitenta por cento, na propriedade rural situada em área de floresta localizada na Amazônia Legal;
II - trinta e cinco por cento, na propriedade rural situada em área de cerrado localizada na Amazônia Legal, sendo no mínimo vinte
por cento na propriedade e quinze por cento na forma de compensação em outra área, desde que esteja localizada na mesma
microbacia, e seja averbada nos termos do § 7o deste artigo;
III - vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas de vegetação nativa localizada nas demais
regiões do País; e
IV - vinte por cento, na propriedade rural em área de campos gerais localizada em qualquer região do País.
§ 1o O percentual de reserva legal na propriedade situada em área de floresta e cerrado será definido considerando
separadamente os índices contidos nos incisos I e II deste artigo.
§ 2o A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo apenas ser utilizada sob regime de manejo florestal
sustentável, de acordo com princípios e critérios técnicos e científicos estabelecidos no regulamento, ressalvadas as hipóteses
previstas no § 3o deste artigo, sem prejuízo das demais legislações específicas.
§ 3o Para cumprimento da manutenção ou compensação da área de reserva legal em pequena propriedade ou posse rural familiar,
podem ser computados os plantios de árvores frutíferas ornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em
sistema intercalar ou em consórcio com espécies nativas.
§ 4o A localização da reserva legal deve ser aprovada pelo órgão ambiental estadual competente ou, mediante convênio, pelo
órgão ambiental municipal ou outra instituição devidamente habilitada, devendo ser considerados, no processo de aprovação, a
função social da propriedade, e os seguintes critérios e instrumentos, quando houver:
V - a proximidade com outra Reserva Legal, Área de Preservação Permanente, unidade de conservação ou outra área legalmente
protegida.
§ 5o O Poder Executivo, se for indicado pelo Zoneamento Ecológico Econômico - ZEE e pelo Zoneamento Agrícola, ouvidos o
CONAMA, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura e do Abastecimento, poderá:
I - reduzir, para fins de recomposição, a reserva legal, na Amazônia Legal, para até cinqüenta por cento da propriedade, excluídas,
em qualquer caso, as Áreas de Preservação Permanente, os ecótonos, os sítios e ecossistemas especialmente protegidos, os
locais de expressiva biodiversidade e os corredores ecológicos; e
II - ampliar as áreas de reserva legal, em até cinqüenta por cento dos índices previstos neste Código, em todo o território nacional.
§ 6o Será admitido, pelo órgão ambiental competente, o cômputo das áreas relativas à vegetação nativa existente em área de
preservação permanente no cálculo do percentual de reserva legal, desde que não implique em conversão de novas áreas para o
uso alternativo do solo, e quando a soma da vegetação nativa em área de preservação permanente e reserva legal exceder a:
II - cinqüenta por cento da propriedade rural localizada nas demais regiões do País; e
III - vinte e cinco por cento da pequena propriedade definida pelas alíneas "b" e "c" do inciso I do § 2o do art. 1o.
§ 7o O regime de uso da área de preservação permanente não se altera na hipótese prevista no § 6o.
§ 8o A área de reserva legal deve ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente,
sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, de desmembramento ou de retificação da
área, com as exceções previstas neste Código.
§ 9o A averbação da reserva legal da pequena propriedade ou posse rural familiar é gratuita, devendo o Poder Público prestar
apoio técnico e jurídico, quando necessário.
§ 10. Na posse, a reserva legal é assegurada por Termo de Ajustamento de Conduta, firmado pelo possuidor com o órgão
ambiental estadual ou federal competente, com força de título executivo e contendo, no mínimo, a localização da reserva legal, as
suas características ecológicas básicas e a proibição de supressão de sua vegetação, aplicando-se, no que couber, as mesmas
disposições previstas neste Código para a propriedade rural.
§ 11. Poderá ser instituída reserva legal em regime de condomínio entre mais de uma propriedade, respeitado o percentual legal
em relação a cada imóvel, mediante a aprovação do órgão ambiental estadual competente e as devidas averbações referentes a
todos os imóveis envolvidos." (NR)
"Art. 44. O proprietário ou possuidor de imóvel rural com área de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada ou outra forma de
vegetação nativa em extensão inferior ao estabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16, ressalvado o disposto nos seus §§ 5o e
6o, deve adotar as seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente:
I - recompor a reserva legal de sua propriedade mediante o plantio, a cada três anos, de no mínimo 1/10 da área total necessária à
sua complementação, com espécies nativas, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ambiental estadual competente;
III - compensar a reserva legal por outra área equivalente em importância ecológica e extensão, desde que pertença ao mesmo
ecossistema e esteja localizada na mesma microbacia, conforme critérios estabelecidos em regulamento.
§ 1o Na recomposição de que trata o inciso I, o órgão ambiental estadual competente deve apoiar tecnicamente a pequena
propriedade ou posse rural familiar.
§ 2o A recomposição de que trata o inciso I pode ser realizada mediante o plantio temporário de espécies exóticas como pioneiras,
visando a restauração do ecossistema original, de acordo com critérios técnicos gerais estabelecidos pelo CONAMA.
§ 3o A regeneração de que trata o inciso II será autorizada, pelo órgão ambiental estadual competente, quando sua viabilidade for
comprovada por laudo técnico, podendo ser exigido o isolamento da área.
§ 4o Na impossibilidade de compensação da reserva legal dentro da mesma micro-bacia hidrográfica, deve o órgão ambiental
estadual competente aplicar o critério de maior proximidade possível entre a propriedade desprovida de reserva legal e a área
escolhida para compensação, desde que na mesma bacia hidrográfica e no mesmo Estado, atendido, quando houver, o respectivo
Plano de Bacia Hidrográfica, e respeitadas as demais condicionantes estabelecidas no inciso III.
§ 5o A compensação de que trata o inciso III deste artigo, deverá ser submetida à aprovação pelo órgão ambiental estadual
competente, e pode ser implementada mediante o arrendamento de área sob regime de servidão florestal ou reserva legal, ou
aquisição de cotas de que trata o art. 44-B.
§ 6o O proprietário rural poderá ser desonerado, pelo período de trinta anos, das obrigações previstas neste artigo, mediante a
doação, ao órgão ambiental competente, de área localizada no interior de Parque Nacional ou Estadual, Floresta Nacional, Reserva
Extrativista, Reserva Biológica ou Estação Ecológica pendente de regularização fundiária, respeitados os critérios previstos no
inciso III deste artigo." (NR)
"Art. 3o-A. A exploração dos recursos florestais em terras indígenas somente poderá ser realizada pelas comunidades indígenas
em regime de manejo florestal sustentável, para atender a sua subsistência, respeitados os arts. 2o e 3o deste Código." (NR)
"Art. 37-A. Não é permitida a conversão de florestas ou outra forma de vegetação nativa para uso alternativo do solo na
propriedade rural que possui área desmatada, quando for verificado que a referida área encontra-se abandonada, subutilizada ou
utilizada de forma inadequada, segundo a vocação e capacidade de suporte do solo.
§ 1o Entende-se por área abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada, aquela não efetivamente utilizada, nos
termos do § 3o, do art. 6o da Lei no 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou que não atenda aos índices previstos no art. 6o da
referida Lei, ressalvadas as áreas de pousio na pequena propriedade ou posse rural familiar ou de população tradicional.
§ 2o As normas e mecanismos para a comprovação da necessidade de conversão serão estabelecidos em regulamento,
considerando, dentre outros dados relevantes, o desempenho da propriedade nos últimos três anos, apurado nas declarações
anuais do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.
II - para as demais propriedades que venham atingindo os parâmetros de produtividade da região e que não tenham restrições
perante os órgãos ambientais.
§ 4o Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão da vegetação que abrigue espécie ameaçada de extinção,
dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.
§ 6o É proibida, em área com cobertura florestal primária ou secundária em estágio avançado de regeneração, a implantação de
projetos de assentamento humano ou de colonização para fim de reforma agrária, ressalvados os projetos de assentamento agro-
extrativista, respeitadas as legislações específicas." (NR)
"Art. 44-A. O proprietário rural poderá instituir servidão florestal, mediante a qual voluntariamente renuncia, em caráter permanente
ou temporário, a direitos de supressão ou exploração da vegetação nativa, localizada fora da reserva legal e da área com
vegetação de preservação permanente.
§ 1o A limitação ao uso da vegetação da área sob regime de servidão florestal deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a
Reserva Legal.
§ 2o A servidão florestal deve ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente,
após anuência do órgão ambiental estadual competente, sendo vedada, durante o prazo de sua vigência, a alteração da destinação
da área, nos casos de transmissão a qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites da propriedade." (NR)
"Art. 44-B. Fica instituída a Cota de Reserva Florestal - CRF, título representativo de vegetação nativa sob regime de servidão
florestal, de Reserva Particular do Patrimônio Natural ou reserva legal instituída voluntariamente sobre a vegetação que exceder os
percentuais estabelecidos no art. 16 deste Código.
Parágrafo único. A regulamentação deste Código disporá sobre as características, natureza e prazo de validade do título de que
trata este artigo, assim como os mecanismos que assegurem ao seu adquirente a existência e a conservação da vegetação objeto
do título." (NR)
"Art. 44-C. O proprietário ou possuidor que, a partir da vigência da Medida Provisória no 1.736-31, de 14 de dezembro de 1998,
suprimiu, total ou parcialmente florestas ou demais formas de vegetação nativa, situadas no interior de sua propriedade ou posse,
sem as devidas autorizações exigidas por Lei, não pode fazer uso dos benefícios previstos no inciso III do art. 44." (NR)
Art. 3o O art. 10 da Lei no 9.393, de 19 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
§ 1o ............................................................
I - ............................................................
II - ............................................................
a) ............................................................
b) ............................................................
c) ............................................................
............................................................
§ 7o A declaração para fim de isenção do ITR relativa às áreas de que tratam as alíneas "a" e "d" do inciso II, § 1o, deste artigo,
não está sujeita à prévia comprovação por parte do declarante, ficando o mesmo responsável pelo pagamento do imposto
correspondente, com juros e multa previstos nesta Lei, caso fique comprovado que a sua declaração não é verdadeira, sem
prejuízo de outras sanções aplicáveis." (NR)
Art. 4o Fica autorizada a transferência de recursos, inclusive os oriundos de doações de organismos internacionais ou de agências
governamentais estrangeiras e a respectiva contrapartida nacional, aos governos estaduais e municipais, às organizações não-
governamentais, associações, cooperativas, organizações da sociedade civil de interesse público, dentre outras selecionadas para
a execução de projetos relativos ao Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil.
Art. 5o A transferência dos recursos de que trata o art. 4o será efetivada após análise da Comissão de Coordenação do
Programa Piloto.
Art. 6o Os executores dos projetos referidos no art. 4o apresentarão prestação de contas do total dos recursos recebidos,
observadas a legislação e as normas vigentes.
Art. 7o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória no 2.166-66, de 26 de julho de 2001.