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Universidade Federal do Triângulo

Mineiro Instituto de Ciências Tecnológicas


e Exatas Departamento de Engenharia
Ambiental

Helio de Almeida Collier

Hérton Leite Ferreira

Ígor Marques Mendonça Júlio

Etapa 1

Uberaba – MG
Helio de Almeida Collier

Hérton Leite Ferreira

Ígor Marques Mendonça Júlio

Etapa 1

Atividade avaliativa referente a carga horária


teórica da disciplina obrigatória de
Abastecimento de Água aplicada na graduação
de Engenharia Ambiental.

Professora: Dra. Carla Eloisa Diniz dos Santos

Uberaba – MG

2023

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 OBJETIVOS 4
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 5
3.1.1 Localização 5
3.1.2 Geologia e Geomorfologia 6
3.1.3 Vegetação 9
3.1.4 Clima 9
3.1.5 Ponto Turístico e Economia 10
3.1.6 Saneamento do Local 10
3.2 ESCOLHA DO MANANCIAL 11

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1 INTRODUÇÃO

Localizada no interior do estado de São Paulo, a cidade de Ribeirão Preto (RP) fornece
aos seus moradores, seu sistema de abastecimento de água potável integralmente servido
através do Aquífero-Guarani. Ribeirão Preto , uma cidade de cerca de 720 mil habitantes, é
privilegiada em relação ao saneamento básico: 99,7% da população é servida de água
encanada. Toda a água consumida e distribuída pela Saerp (Secretaria de Água e Esgoto de
Ribeirão Preto) necessita somente de adição de cloro (cloro residual livre), que é realizada
logo após a sua retirada dos poços. A fluoretação também é feita nesta fase.

A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) é o órgão responsável


pelo controle, monitoramento, fiscalização e licenciamento das atividades relacionadas aos
recursos naturais do estado. Sendo assim, em seu portal, o estado de São Paulo é dividido em
sub-bacias, afim de melhor controle de qualidade nos locais. Essa separação foi denominada
de UGRHI (Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos). A cidade de RP pertence a
UGRHI 04 ou UGHRI Pardo.

Pelo abastecimento da cidade ser feito por aquíferos, é considerado um sistema de


abastecimento alternativo, ou seja, a portaria que tratada as normas ou qualidades e
potabilidade, sendo assim, regida pela portaria Nº 2914, de 12 de dezembro de 2011.

De acordo com apresentado pelo Painel do Saneamento Brasil, pelo Instituto Trata
Brasil (ITB), é apresentado uma dificuldade para a distribuição de água na cidade interiorana,
aproximadamente 47% da água distribuída é perdida em seu trajeto, o que podemos pensar
que são problemas que dizem questão a qualidade da tubulação usada para a distribuição.

2 OBJETIVOS

O projeto visa desenvolver um novo sistema de abastecimento de água,


caracterizando-o, propondo locais alternativos, selecionando a fonte de água superficial que
será utilizada para captação e localizando os componentes do Sistema de Abastecimento de
Água em um mapa da área necessária para o estudo, neste caso, Ribeirão Preto.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

3.1.1 Localização

No interior do estado de São Paulo, RP se destaca na região por ser uma cidade grande
entre as demais ao seu lado. Com área de 650,920 km² e 720.116 habitantes (ITB).

Figura 01 – Limite municipal de Ribeirão Preto

Fonte: Dos autores, 2023

Além disso, destaca-se a importância de atribuir a cidade a UGRHI 04, mostrado pelo
mapa a seguir

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Figura 02 – UGRHI do estado de São Paulo

Fonte: CETESB, 2023

3.1.2 Geologia e Geomorfologia

Com a utilização do software gratuito de processamento de imagens (QGIS) foram


gerados os mapas de topografia e declividade da região de Ribeirão Preto. Além disso,
de acordo com dados fornecidos pela CETESB, foi possível gerar os cursos d’água da
região da UGRHI 04

Figura 03 – Classes dos cursos d’água - escala 1:250000

Fonte: Os autores, 2023

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Figura 04 – Classes dos cursos d’água – escala 1:170000

Fonte: Dos autores, 2023

Figura 05 – Classes dos cursos d’água – escala 1:300000

Fonte: Dos autores, 2023

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Figura 06 – Curvas de nível – escala 1:120000

Fonte: Dos autores. 2023

Figura 07 – Curvas de nível – escala 1:170000

Fonte: Dos autores, 2023

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De acordo com a EMBRAPA (1979) foi apresentado as classes de declividade da
região, apresentado pela figura 08
Figura 08 – Mapa de declividade – escala 1:200000

Fonte: Dos autores, 2023

3.1.3 Vegetação

A região de Ribeirão Preto é caracterizada por apresentar uma vegetação predominante


de cerrado, composta por uma comunidade vegetal composta por árvores de pequeno porte,
arbustos espaçados e gramíneas. No entanto, é importante ressaltar que o crescimento urbano
e a expansão agrícola têm causado impactos significativos na vegetação nativa. Muitas áreas
de cerrado têm sido convertidas em áreas urbanizadas, resultando na perda de biodiversidade
e na fragmentação do habitat natural. Esforços de conservação e recuperação de áreas verdes
são fundamentais para preservar a vegetação remanescente e promover a sustentabilidade
ambiental na região.

3.1.4 Clima

A cidade de Ribeirão Preto está situada em uma região de clima tropical de altitude,
com características de verões quentes e úmidos e invernos amenos e secos. A temperatura
média anual na cidade gira em torno de 23°C, podendo atingir máximas de até 40°C. O

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regime pluviométrico é influenciado pelo período de outubro a março, quando ocorrem
chuvas mais frequentes, totalizando uma média anual de precipitação em torno de 1.384 mm,
de acordo com o Climate Data.

3.1.5 Ponto Turístico e Economia

O município possui diversos pontos turísticos e uma economia diversificada. Entre os


principais pontos turísticos, destacam-se o Teatro Pedro II, um importante marco histórico e
cultural da cidade, o Parque Municipal Dr. Luis Carlos Raya, uma área de lazer com grande
área verde e trilhas para caminhadas e o Mercadão Municipal, onde é possível encontrar
produtos típicos da região. No que se refere à economia, esta é diversificada e robusta, tem
seu reconhecimento como um importante polo do agronegócio. A região possui extensas
plantações de canaviais, que alimentam um setor industrial voltado para a produção de açúcar,
etanol e energia elétrica a partir da biomassa. Também se destaca o setor de serviços,
abrangendo áreas como comércio, saúde e educação. O comércio é impulsionado pela
presença de shopping centers, lojas de rua e centros comerciais, atraindo consumidores de
cidades vizinhas.

3.1.6 Saneamento do Local

Sobre o saneamento do município, este possui um Plano de Saneamento Básico, que


visa garantir o acesso universal aos serviços de água, esgoto, drenagem urbana e resíduos
sólidos. O plano estabelece metas e diretrizes para a melhoria da qualidade de vida da
população e a preservação do meio ambiente.

Sobre o abastecimento da população de acordo com o Instituto Água e Saneamento,


que apresenta dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento
(SNIS) de 2021, os habitantes têm um consumo médio per capita de 253,4 l/habitantes/dia,
tarifa média de água de 2,46 R$/m3 e perdas de 47%. Comparando os dados de abastecimento
do município a nível nacional, a tarifa é menor que a média nacional que é de 4,91 R$/m3, a
perda na distribuição é maior, sendo a média nacional 32,51%, e os dados de consumo médio
também são maiores, média nacional de 143,79 l/habitantes/dia, porém o dado sobre
hidrometração do município é de 100% e a média nacional 86,52%, de tal modo que o
prestador mede o consumo de 100% das economias de água, que são todos os
estabelecimentos que possuem hidrômetros.

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3.2 ESCOLHA DO MANANCIAL

Ribeirão Preto é abastecida na sua totalidade, por água subterrânea extraída do


Sistema Aquífero Guarani. Desde que começou a explorá-lo, em 1930, o município utilizou
3,2 bilhões de m³ de água do reservatório. A Agência Nacional de Águas (ANA), através de
estudo denominado “Atlas do Abastecimento Urbano de Água”, apontou que a cidade deve
adotar um novo manancial para o abastecimento, pois o existente não atende à demanda,
sendo detectado “o rebaixamento do lençol freático”.
De acordo com a RESOLUÇÃO CONAMA 357 (2005), as fontes de abastecimento
de água podem ser divididas em: fontes de água especiais, que precisam apenas ser
desinfetadas; classe 1, que requerem primeiro filtração e depois desinfecção; classe 2, que
requerem coagulação ou floculação, filtração, e pôr fim a desinfecção e as da classe 3, além
do tratamento convencional para a segunda categoria, são necessários processos avançados
para padronizar a potabilidade dos recursos hídricos de abastecimento de acordo com os
parâmetros estabelecidos pelo Decreto nº 888 (2021), sendo assim, o DAERP –
Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto, está fazendo estudos para captação de
água do rio Pardo, um manancial aproveitável pela qualidade de sua água bruta (rio de
classificação 2) e sua grande vazão, em média 45 m³/s com 95% de probabilidade. O DAERP
possui uma outorga preventiva da ANA para exploração deste manancial de 2,75 m³/s, que é
o manancial escolhido para esse trabalho.
Foram escolhidos tal ponto para ser a captação por conta de sua localidade, sendo esta
antes das duas estações de tratamento de esgoto atuantes no município, demarcadas em
vermelho, já que o Rio Pardo corre da direção leste para oeste. Prefere-se lugares com
maiores altitudes, em relação à rede de distribuição, para ser colocado a ETA, visto que a
distribuição será feita com a ajuda da gravidade, sendo próxima ao manancial, de tal modo
que a adutora não fique tão extensa.

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Figura 09 – Layout SAA

Fonte: Dos autores, 2023

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4 CONCLUSÃO

A implementação da primeira fase do projeto visa reduzir os custos operacionais do


sistema de abastecimento de água urbano, pelo que é necessário determinar a viabilidade
económica da sua implementação.

Portanto, para desenvolver um projeto de abastecimento, se fez necessário a


caracterização da área, por meio da qual podem ser obtidas informações básicas como
condições topográficas e perfis dos consumidores locais.

Com base nesses parâmetros é possível obter localizações e pontos de abastecimento e


escolher o melhor posicionamento para os componentes do nosso projeto, dutos, ETAs e
reservatórios.

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REFERÊNCIAS

A água transforma, Painel Saneamento Brasil, 2018. Disponível em


<https://www.painelsaneamento.org.br/> Acesso em: 12/06/2023

Conheça o snis - série histórica, Sistema Nacional De Informação De Saneamento,


Brasília – DF. Disponível em: <http://app4.mdr.gov.br/seriehistorica/>. Acessado em:
12/06/2023

Climate Data. Ribeirão Preto - Clima (Brasil). 2021 Disponível em:


https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/sao-paulo/ribeirao-preto-3193/. Acesso em:
12/06/2023

Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico e Plano Municipal de Gestão


Integrada de Resíduos Sólidos de Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.
Ribeirão Preto, SP, 2020. Disponível em:
<https://www.aguaesaneamento.org.br/municipios-e-saneamento/sp/ribeirao-preto>. Acesso
em: 12/06/2023

GOOGLE. Google Earth website. http://earth.google.com/, 2023.

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