Anais do II CoBICET - Trabalho completo

Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia

Evento online – 30 de agosto a 03 de setembro de 2021

ÍNDICE DE VEGETAÇÃO POR DIFERENÇA NORMALIZADA COMO

FERRAMENTA PARA ANÁLISE DA QUALIDADE DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO GORUTUBA/MG.

AQUINO HUGO1, LIMA LUANA2

1
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri,
Jauaúba, Brasil (hugo.aquino@ufvm.edu.br)
2
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri,
Janaúba, Brasil (luana.lima@ufvjm.edu.br

Resumo: A pesquisa foi realizada com o foco de futura aplicação na sub bacia
hiidrográfica do Rio Gorutuba (BHRG) e pretende avaliar a teoria de índices de vegetação
por diferença normalizada (NDVI) na vegetação ciliada da BHRG. O cálculo de (NDVI) é
obtido através de dados obtidos em imagens geradas por sensoriamento remoto, na qual se
utiliza bandas espectrais no espectro infravermelho e da luz visível do Dossel de
vegetação. O método visa quantificar a energia eletromagnética absorvida e reflectada que
relaciona-se com a saúde da vegetação, obtendo-se um mapeamento das regiões mais
afetadas pela escassez hídrica.

Palavras-chave: Bacia Hidrográfica, Índice de Vegetação, Sensoriamento Remoto,

Geoprocessamento, Processamento Digital de Imagens.

INTRODUÇÃO do semiárido (2017) pela SUDENE superintendência

O Semiárido brasileiro é uma região delimitada pelo
ministério da integração nacional com base em
800mm de pluviosidade anuais e no índice de aridez
de Thorntwaite de 1948, com extensão aproximada
de 982.563,3 km ² abrange 1262 municípios das
regiões Nordeste e Sudeste. (IBGE,2014). É
caracterizado pelo clima de altas temperaturas, baixa
pluviosidade e períodos longos de estiagens. Por
consequência de sua localização geográfica
equatorial, a temperatura média anual é elevada e
com pouca variabilidade. A evapotranspiração
parcial do semiárido é defasada, tornando as bacias
hidrográficas responsáveis pela captação e
distribuição das águas incapazes de sustentar seus
cursos d´ água por todo ano. Dessa forma, atividades
essenciais para o desenvolvimento socioeconômico
da região, que demandam de uma grande quantidade
dos recursos hídricos como, agricultura e pecuária, se
tornam vulneráveis a condições climáticas
desfavoráveis, tornando tais atividades dependentes
dos poucos cursos hídricos superficiais que resistem
a estiagem. (Nascimento,2013).
Dentre as diversas cidades pertencentes ao semiárido
brasileiro, o estudo foi realizado com foco de
aplicação futura no município de Janaúba, localizada
no norte do estado de Minas Gerais, código IBGE
3135100 da lista de municípios integrantes da região
do Desenvolvimento do Nordeste. Devido ao fato do
município se encontrar na mesorregião do Norte de
Minas, propostas de desenvolvimento geridas pela
SUDENE são menos efetivas. Para Oliveira (1998)
por sua localização, ao mesmo tempo, no Nordeste e
no Estado de Minas Gerais cria uma ambiguidade
que gera preconceitos para a região, uma vez que, o
estado de Minas Gerais é um dos mais ricos do
Brasil. Contudo a mesorregião comparada com os
estados nordestinos é o de menor rendimento per
capta, uma vez que, “a seca é uma realidade inerente
da região” (Toledo,2013). O município criado em 27
de dezembro de 1948, possui uma forte relação de
dependência com o rio Gorutuba, que desde de sua
formação esteve ligada ao curso d agua. Os primeiros
ocupantes da mesorregião eram mestiços da
população indígena Tapuias com negros, escravos
foragidos que se assentaram em torno do rio
gorutuba, tornando a população ribeirinha conhecida
como povo gorutubano. A relação com o rio se
estende além de laços históricos, mas também
igualmente culturais, uma vez que, em seus arredores
os gorutubanos realizam diversas atividades sociais e
econômicas, tendo como exemplo as tradicionais
lavadeiras do rio. Essa relação foi intensificada com
o represamento do rio gorutuba e construção da
barragem bico da pedra em 1978 com intuito de
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distribuição de agua para os municípios de Janaúba e
Nova Porteirinha e a implementação dos projetos
gorutuba e lagoa grande (CODEVASF 1999).
O projeto de irrigação Gorutuba é o segundo maior
projeto de irrigação de Minas Gerais, voltado para o
desenvolvimento agrícola principalmente na
irrigação de fruticulturas. Movimentando a economia
de Janaúba e no norte do estado, como produto
principal a banana. Exerce uma grande influência na
economia agrícola da região, com reflexos inclusive
em setores industriais e de comercio. (Silva,2018). A
preservação do rio gorutuba e sua bacia hidrográfica
é de extrema importância para os municípios que o
tem como único recurso para resistir ao clima
desértico do semiárido brasileiro, além da ligação
cultural da população ribeirinha com esse curso d
agua. A elevada importancia do rio Gorotuba para
região justifica a realização de estudos que
caracterizem sua quantidade e qualidade. Dessa
dorma, Diante do exposto o presente estudo pretende
estudar o” índice de vegetação por diferença
normalizada” (NDVI) como ferramenta possível da
pesquisa da vegetação ciliada da bacia hidrográfica
do rio Gorutuba, afim de monitorar futuramente o
comportamento da reposição da agua na vegetação e
avaliar a qualidade do curso da agua
.
CARACTERIZAÇÃO DA ÀREA DE ESTUDO
A área que o estudo tem como foco é a futura
aplicação do método na sub-bacia hidrográfica do rio
Gorutuba integrante da bacia hidrográfica do Rio
Verde Grande a margem direita do Rio São Francisco
de coordenadas geográficas 44°35’38’’ W;16°26’5’’
S e 42°44’18’’ W;14°50’16’’, com uma área de
9.862,7 km², em altitude média de 450 a 500 m,
localizada na mesorregião Norte do Estado de Minas
Gerais, Brasil, (PEREIRA, et al., 2015). A bacia
hidrográfica possui a localização da sua nascente o
município de Francisco Sá, há 1090 m de altitude e
foz no Rio Verde Grande percorrendo 14 municípios
(Francisco Sá, Janaúba, Nova Porteirinha, Riacho dos
Machados, Serranópolis de Minas, Porteirinha,
Catuni, Mato Verde, Mamonas, Monte azul,
Verdelândia, Jaíba, Pai Pedro, Gameleiras) tendo seu
corpo d’água principal o Rio Gorutuba com 245 km
de extensão. (SANTOS, et al., 2017).
O clima da região na qual a sub bacia hidrográfica
do rio Gorutuba se localiza é o tropical mesotérmico
com características próximas do clima megatérmico,
sendo a região integrante do semiárido brasileiro pela
SUDENE, uma área de 982.563.3 Km² cerca de 12%
território nacional, distribuídos entre os Estados do
Ceará, Rio grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais, sendo
89,5 %na região nordeste do país e 10,5 % em Minas
Gerais na região sudeste, concentrado na sub-região
Norte de Minas com uma área de 103.589,96 km²
Esse clima é caracterizado por altas temperaturas
(entre 25°Ca 28°C), sendo a temperatura máxima da
região da sub bacia hidrográfica do Rio Gorutuba
entre 33°C a 45°C, principalmente nos meses de
dezembro a fevereiro onde a temperatura se mostra
mais elevada,(IBGE, 2014). Devido sua localização
geográfica, próximo a linha Equatorial onde a
incidência da radiação solar é mais intensa sobre o
planeta devido a geometria e posição em relação ao
sol, a isolação média anual da região é de 3.500
horas. Outra característica do clima semiárido é sua
baixa pluviosidade entre 200 á 800 mm anuais e
grandes períodos de estiagem, com uma má
distribuição entre períodos de risco de seca superior a
60% e uma precipitação pluviométrica em apenas
alguns meses do ano. Dessa forma a evaporação do
semiárido brasileiro de 3.000 mm anuais é superior
aos índices pluviométricos desencadeando um déficit
hídrico. A ocorrência dessa variação de precipitação
em quantidade, frequência e intensidade se devem a
eventos meteorológicos como El Niño e variação na
temperatura da superfície do mar (TSM) no oceano
Atlântico que afetam o posicionamento da Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT) evento
responsável pela convergência dos ventos alísios em
níveis baixos sendo a principal forma de precipitação
dos trópicos. (CORREIA, et al., 2011).
A bacia hidrográfica do rio Gorutuba tem como seu
principal curso d’água o rio Gorutuba, possuindo 245
km de extensão e percorrendo 14 municípios este
possui uma grande importância econômica e social
para a região. Dentre os benefícios gerados pelo
curso d’água um dos destaques é a Barragem Bico da
Pedra inaugurada em 1978 e localizada na cidade de
Janaúba MG. A Barragem formada pelo
represamento do Rio Gorutuba, cercada pela Serra do
Espinhaço em uma área de 10.000 ha, possui o
volume de 750.000.000 m³ de água, utilizados para o
abastecimento de água da cidade de Janaúba e região.
Utilizado na irrigação agrícola, o Projeto Gorutuba
possui uma área de irrigável de 4.800 ha e fornece
uma produção de 27.333 toneladas de alimento
através da irrigação de fruticultura, principalmente
para a produção da banana responsável por 74% do
valor bruto de produção (VBP), calcule se 5.773
empregos relacionados ao Projeto. Há também o
Projeto Lagoa Grande com uma área irrigável de
1538 há, fornecendo uma produção de 10,408
toneladas de alimentos através da fruticultura com
destaque a produção de banana responsável por 73%
do VBP total, além de gerar 2083 empregos diretos e
indiretos. (CODEVASF, 1999).
A vegetação da região da bacia hidrográfica do Rio
Gorutuba é predominantemente mata seca ou sub
xerófilas influenciadas pela caatinga e pelo cerrado.
Devido ao clima semiárido com períodos longos de
estiagem a cobertura vegetal se mostra adaptada ao
clima, com raízes longas e espaçadas captam a água
do subsolo, as folhas pequenas evitam a perda de
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água pela transpiração das folhas e seus caules são
adaptados para reterem a água (IBGE, 2007).
MATERIAL E MÉTODOS
O termo NDVI é oriundo da sigla em ingles
“Normalized Difference Vegetation Index”. Seu
cálculo é feito por meio de mapas de bandas
espectrais do infravermelho e da luz visível de um
dossel vegetativo afim de qualificar em índice a
absorção de água da mata ciliar. (Jensen,2011).
O dossel vegetativo de uma mata ciliada ao refletir o
espectro infravermelho com mais intensidade
demonstra um estresse hídrico, pelo fato das células
de cloroplastos presentes nas folhas das plantas não
serem produzidas na mesma quantidade. Estas
células são fotossensíveis e absorverem o espectro da
luz visível a fim de utilizar sua energia para o
processo de fotossíntese, as demais partes da planta
refletem as ondas eletromagnéticas no espectro
infravermelho. (Jensen,2011). Dessa forma o
mapeamento do dossel vegetativo e das áreas das
matas ciliares ao entorno do rio Gorutuba, com
dificuldade de absorver agua e nutrientes, permitiria
prever a possível perda de uma parte da mata ciliar e
consequentemente problemas como erosão,
assoreamento e outros. A previsão de tais problemas
ambientais fornece uma margem de ação para
preservação do curso da água e seu abastecimento
para os municípios e projetos que dependem do curso
d’água. Para atingir tal objetivo o presente trabalho
apresenta como proposta metodológica o estudo da
bibliografia em que se baseia o índice assim como
uma pesquisa de trabalhos e artigos disponíveis na
literature que aplicaram o método em bacias
hidrográficas de clima semelhante.
A radiação eletromagnética proveniente do sol ao
incidir sobre um dossel vegetativo tem parte do seu
espectro absorvido pela folhagem, devido as
organelas chamadas cloroplastos que possuem
regiões de nome tilacóides, contendo moléculas
fotossensíveis chamadas clorofila. Essas absorverem
as ondas eletromagnéticas nos comprimentos de onda
da luz visível principalmente no espectro vermelho e
ultravioleta.
Esses comprimentos de onda são absorvidos pela
clorofila devido a uma característica evolutiva das
plantas, uma vez que, esses eram os espectros que
chegavam com maior intensidade. Os elétrons das
moléculas de clorofila são excitados pelos fótons a
fim de gerar uma reação fotoquímica de oxido
redução denominada fotossíntese, de fórmula geral
CO2 + H2O+ Luz = CH2O + O2. Reação na qual a
molécula de H2O doa elétrons a fim de reduzir a
molécula de CO2 e converte-lo em moléculas de
carboidrato. (FELIX, 2014). Já o comprimento de
onda onde a radiação eletromagnética possui uma
maior refletância em um dossel vegetativo é o
espectro do infravermelho próximo, uma vez que,
esse espectro é refletido pela estrutura celular das
plantas. Contudo para se determinar as condições que
um dossel vegetativo se apresenta é necessário a
criação de um índice referente a densidade de
cobertura vegetal ou índice vegetativo.
O índice vegetativo “Ratio Vegetation Index” (RVI)
é uma relação entre as bandas espectrais onde há
absorção da luz visível e da luz vermelha, próxima a
650 nm, mais comumente usada em sensores
“Enhanced Thematic Mapper” (ETM) uma banda
espectral entre 630 nm e 690 nm e a região de maior
reflectancia da radiação eletromagnética incidida,
situada no espectro do infravermelho próximo, com
bandas espectrais entre 760 nm e 900 nm. Essa
relação passa por um processo de escalonamento.
Contudo, esse índice resulta em imagens
monocromáticas com diferentes tons de cinza
indicando por tons mais claros a presença de
vegetação e por tons mais escuros a falta dessa
vegetação. Porém foi desenvolvido um índice mais
eficiente em diversos aspectos, devido ser mais
linearmente proporcional a biomassa, ou seja,
permite uma previsibilidade dos valores a serem
encontrados eliminando assim a diferença
significativa entre o previsto pelo RIV e o
encontrado. Denominado Índice de Vegetação por
Diferença Normalizada ou “Normalize Difference
Vegetation Index” (NDVI), esse índice é calculado
pela subtração das bandas do infravermelho próximo
com as do vermelho e a diferença da soma dessas
bandas espectrais.
RIV = NIR-RED/NIR+RED (1).
Os valores desse índice variam entre -1 a +1, para as
áreas com densa vegetação os valores aproximam de
1 e para áreas sem vegetação os valores são negativos
(MENESES,2012). A figura 1 é uma demonstração
da relação do NDVI com estado físico e de saúde do
dossel vegetativo estudado.
Figura 1 - Correlação entre o estado de saúde das
plantas e seus respectivos índices de NDVI.
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Fonte: Modificado de Cereda Junior 2020.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultado de leituras de artigos que aplicaram
NDVI em regiões de bacias hidrográficas em climas
semelhantes foi realizado o Quadro 1 a seguir:
Quadro 1: Bacias hidrográficas que aplicaram NDVI
Fonte: Elaborado pelo autor.
Os resultados analisados em revisão bibliográfica de
diversos autores sobre a aplicabilidade dos Índices de
vegetação por diferença normalizada (NDVI), para a
plotagem de mapas de índice de cobertura vegetal em
regiões de clima Semiárido Brasileiro, demonstram a
eficiência e precisão deste índice para avaliar o nível
de exposição do solo a agentes erosivos, por meio da
densidade da vegetação de dosséis vegetativos de
mata ciliar em bacias hidrográficas de risco. Esses
mapas expõem as condições do solo em fácil vistoria,
já que esses mostram por meio de diferentes cores as
regiões do dossel vegetativo que se encontra com
uma cobertura vegetal sadia, deficiente ou mesmo
inexistente.
Com essa técnica, é possível prever as áreas da
vegetação ciliada ao entorno de um curso d’água que
podem estar comprometidas, que por consequência
expõe o solo a erosão e o curso d’água a um possível
assoreamento, devido a deposição por escoamento
superficial de detritos em suas margens. Logo o
cálculo do NDVI, segundo os autores, é
indispensável para as regiões que se encontram no
clima semiárido, que dependem dos cursos d’água
para o desenvolvimento, uma vez que, a reposição
por meio da evapotranspiração é ineficiente nessas
regiões já conhecidas pela seca extrema.
Os satélites Landsat 5 e 8 obtiveram um maior
destaque nas obras citadas por possuir em sua carga
útil sensores imageadores multiespectrais TM e OLI.
O sensor Thematic Mapper–TM, presentes nos
satélites Landsat 4, posto em órbita em 16 de julho de
1982 e no satélite Landsat 5, lançado em órbita em 1
de março de 1984, são sensores ópticos mecânicos
que registram as ondas eletromagnéticas nas bandas
da luz visível, infravermelho de ondas curtas e
infravermelho termal, refletidas pela superfície
terrestre. Esses possuem a melhor resolução espacial,
temporal, radiométricas e espectral que os sensores
MSS, também presentes nesses satélites, por possuir
como vantagem 7 diferentes filtros e detectores e por
isso os mais utilizados nos trabalhos pesquisados.
As bandas espectrais dos sensores TM foram
escolhidas pela sua capacidade de coleta de dados
dos fatores que determinam a refletância das ondas
eletromagnéticas em dosséis vegetativos, por
exemplo a pigmentação, estrutura e umidade das
folhas das copas de árvores. O dossel vegetativo
absorve as ondas eletromagnéticas úteis para o
processo de fotossíntese no espectro do azul, verde e
vermelho presentes na banda 1 do satélite e reflete as
ondas do fluxo radiante no espectro do infravermelho
próximo que geram imagens nítidas na banda 4.
Os sensores imageadores multiespectrais
“Operational Land Imager” - OLI presentes no
satélite Landsat 8, dá continuidade aos resultados
gerados pelos sensores TM e ETM+ com destaque
para a inclusão de mais duas bandas espectrais para a
coleta de dados de áreas costeiras e de nuvens do tipo
cirrus. A utilização do satélite Landsat 8, lançado em
órbita em 11 de fevereiro de 2013 é semelhante aos
seus antecessores, porém, esse possui uma maior
nitidez, detalhamento, área de cobertura e frequência
de captação de imagens.
Dessa forma é plausível a escolha dos autores pelos
satélites Landsat 5 e 8 e os sensores imageadores
multiespectrais TM e OLI para a coleta de dados do
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dossel vegetativo da mata ciliada das bacias
hidrográficas estudadas, com o objetivo de calcular o
índice de vegetação por diferença normalizada, uma
vez que, proporcionam melhores imagens nas bandas
espectrais do infravermelho próximo e da luz visível,
ambas utilizadas para a realização do cálculo do
índice.
Igualmente foi observado a importância das técnicas
e efetuação do cálculo em Softwares de Sistemas de
Informações geográficas (SIG´s), capazes de
armazenar e processar as imagens de satélites, alguns
trabalhos efetuaram o NDVI final em apenas 1 SIG,
outros lançaram mão de mais de 1 SIG para a
efetuação do índice final. Alguns trabalhos focam na
metodologia do cálculo em detrimento da descrição
metodológica dentro do Sistema de Informação
Geográfica utilizado e não citam essa ferramenta.
A maioria das aplicações consideram a ferramenta
eficaz para estudo de áreas vegetativas no clima
semiárido.
CONCLUSÃO
Os resultados apresentados no presente trabalho
demonstram uma aplicabilidade eficiente do cálculo
de NDVI, para obter um processamento de imagens
em mapas de bandas espectrais no infravermelho
próximo. Essas demonstram um resultado satisfatório
ao analisar condições físicas de um dossel vegetativo
de mata ciliada, em bacias hidrográficas presente em
clima semiárido. O cálculo do índice de NDVI é de
suma importância para uma avaliação prévia da
qualidade da bacia hidrográfica do Rio Gorutuba para
diagnóstico do processo de ressecamento e perda de
vegetação da mata ciliada, que mantem a qualidade
do curso d’água. Diante do exposto, ratifica-se a
importância da preservação dos recursos hídricos que
em clima semiárido, se torna imprescindível para o
desenvolvimento sociocultural e econômico da região
ao entorno do Rio Gorutuba, assim como a
necessidade de continuidade desse estudo e aplicação
na região.
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo, agradeço a DEUS.
Dedico aos meus familiares, a Jennifer Bezerra e a
professora Luana Lima pela orientação.
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Irrigação e Drenagem) – Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São
Paulo, Piracicaba, SP, Brasil,1989.