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Revista Brasileira de Geografia Física v.16, n.01 (2023) 134-144.

Análise da Precipitação Pluviométrica Mensal e Anual e dos Períodos de Seca no


Município de Guarabira-PB.
Edgleidson Lima Rodrigues1, Nathiara Teixeira de Farias2, Renato Francisco Cândido Lopes3, Francisco de
Assis Salviano de Sousa4
1
Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão de Recursos Naturais da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG,
CEP: 58109-970; Campina Grande – (PB), Brasil, edgleidsonrodrigues13@gmail.com. 2 Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Estadual
da Paraíba – UEPB, Campina Grande - (PB), Brasil, nathiarateixeira2019@gmail.com. 3Doutorando em Meteorologia pelo Programa de Pós-Graduação
em Meteorologia da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, CEP: 58109-970; Campina Grande – (PB), Brasil,
renatomet2014.1@gmail.com. 4Professor Doutor, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, CEP: 58109-970; Campina Grande – (PB), Brasil,
fsousa2011@gmail.com.
Artigo recebido em 16/11/2022 e aceito em 18/12/2022
RESUMO
Para a realização de um planejamento agrícola, utilização e manuseio da água é importante atentar para o período de
precipitação pluvial de dada cidade ou região. O objetivo deste trabalho foi o de analisar a precipitação pluvial em
Guarabira, município localizado no estado da Paraíba, a partir de uma série histórica (1994 a 2020) utilizando técnicas
estatísticas, com intuito de verificar a variação mensal e anual ao longo de 27 anos. Como resultado, percebeu-se que no
município de Guarabira-PB os meses que representam o maior índice de chuva ficam entre janeiro e julho, enquanto a
estação seca entre agosto e dezembro. A análise dos dados mostra ainda que o maior índice pluviométrico do acumulado
total anual do período foi observado no ano de 2000 com 1857,6 mm, e o ano que apresentou o menor valor foi 2010 com
504,1 mm. Na análise dos períodos seco foram utilizados os Índices de Precipitação Padronizado (IPP)/Standardized
Precipitation Index (SPI) nas escalas temporais de 1, 3, 6 e 12 meses. Entre os anos de 2005 a 2007 e no SPI-12 até 2008
foram verificadas atuações de secas por todos os SPIs.
Palavras-chave: Precipitação pluvial; IPP; análise estatística, desvio-padrão.

Analysis of Monthly and Annual Rainfall and Drought Periods in the


Municipality of Guarabira-PB.
ABSTRACT
For agricultural planning, use and handling of water it is important to pay attention to the rainfall period of a given city
or region. The objective of this work was to analyze the rainfall in Guarabira, a municipality located in the state of Paraíba,
from a historical series (1994 to 2020) using statistical techniques, in order to verify the monthly and annual variation
over 27 years. As a result, it was realized that in the municipality of Guarabira-PB the months that represent the highest
rainfall are between January and July, while the dry season is between August and December. The analysis of the data
also shows that the highest rainfall index of the total annual accumulated in the period was observed in the year 2000 with
1857.6 mm, and the year that had the lowest value was 2010 with 504.1 mm. In the analysis of the dry periods, the
Standardized Precipitation Indices (SPI) were used on the time scales of 1, 3, 6 and 12 months. Between the years 2005
to 2007 and in SPI-12 through 2008 drought actuations were verified by all SPIs.
Keywords: Rainfall; IPP; statistical analysis, standard deviation.

Introdução
As flutuações nas condições será o elemento mais influente das mudanças
meteorológicas são uma das principais causas da climáticas na o cenário.
dinâmica ambiental, pois impactam diretamente Segundo Bergamaschi et al. (2013), a
nos processos físicos e biológicos e na sociedade coleta de dados meteorológicos em ambientes de
como um todo. Nesse contexto, a chuva é um dos pesquisa é fundamental para apoiar campos e
elementos climáticos mais importantes, mas possui processos que dependem direta ou indiretamente
a maior variabilidade temporal e espacial (Ferreira das condições meteorológicas, como a agricultura.
et al., 2018; Dias e Penner, 2021), e provavelmente

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A chuva é o elemento meteorológico de amplamente mencionado, difundido e conhecido,


maior impacto nos processos ambientais (Coan, incluindo chuvas raras e irregulares ao longo do
Back e Bonerri, 2015) e é crítico para as atividades ano (Monteiro et al., 2021; Silva e Farias, 2021),
humanas (Lira e Cândido, 2013) e dos ecossistemas além de um alto fotoperíodo e intensa radiação
naturais. O impacto da precipitação é um solar intra-anual, fatores que acabam por contribuir
importante fator de excesso ou seca nos corpos para o déficit hídrico da região (Linhares et al.,
d'água, além de ser essencial no planejamento 2021).
ambiental municipal em (Barboza, Caiana e Neto, Vale ressaltar que a Paraíba é um dos
2020), confirmando o planejamento urbano e rural, estados com maior variação temporal e espacial de
afetando setores econômicos e sociais (Nery e chuvas no Nordeste. A climatologia do estado pode
Machado, 2019). ser analisada de forma singular, pois a região
A especificidade das chuvas no semiárido Agreste/Litoral do estado tem média anual acima
do nordeste brasileiro (NEB) depende de vários de 1083,4 mm, seguida da região do sertão com
fatores relacionados aos padrões de circulação valor igual a 821,9 mm, e pôr fim a região do
atmosférica em escala global (Silva et al., 2020), Cariri/Curimataú com média O valor é de cerca de
que podem ser influenciados pelas temperaturas da 516,1 mm (Araújo, 2003).Essa semelhança com o
superfície do mar (TSM), influenciam diretamente clima do Litoral e do Sertão revelam o quanto as
na qualidade da estação chuvosa (Rodrigues et al., chuvas nessa sub-região apresentam variabilidade
2021). espaço-temporal e dessa forma dificulta ainda mais
Para entender as características da seca a previsibilidade e monitoramento dos eventos de
(duração, frequência, extensão da área e secas e chuvas no âmbito do semiárido paraibano.
intensidade) requerem extensas informações atuais Climatologicamente, os principais
e históricas sobre as condições meteorológicas e sistemas produtores de chuvas sobre a Paraíba são
hidrológicas de uma determinada área. Esse a Zona de Convergência Tropical (ZCIT) e o
conhecimento é necessário para identificar áreas Vórtice Aéreo Superior (VCAN), que produzem
vulneráveis a esse evento, identificar condições de chuvas representativas da região e ocupam o
seca emergentes e prever informações sobre as espaço entre os dois cerca de 80% da precipitação
condições hídricas da região s (Pontes Filho et al., total. Nos meses de fevereiro e maio, quase toda a
2019; Doesken et al., 1991). região Centro-Oeste da Paraíba é coberta (Molion
A seca produz condições catastróficas em e Bernardo, 2002). Durante o segundo período
diversas áreas da sociedade, sejam elas ambientais, chuvoso, há o efeito da perturbação das ondas de
agrícolas ou econômicas. A seca refere-se à leste (DOL). DOL favorecem a ocorrência de
falta/diminuição das chuvas ao longo do tempo em chuva em toda a parte leste do estado,
uma determinada área, cujo início é difícil de principalmente ao longo da costa. Este sistema
detectar. Portanto, seus efeitos são numerosos e contribui com cerca de 70% da precipitação total
graves, podendo causar danos diretos e indiretos às na região entre abril e julho (AESA 2016).
decisões ambientais, econômicas e sociais Impactos futuros das mudanças climáticas
(Magalhães, 2016; Hagenlocher et al., 2019; Meza nas regiões semiáridas podem intensificar e
et al., 2019). A seca é um perigo natural insidioso prolongar as secas e causar sérios problemas como
com efeitos prejudiciais sobre o ambiente natural e escassez de água e colapso no abastecimento de
os sistemas sociais humanos (Adnan, Ullah, 2020). água (Li et al., 2020). A seca também pode causar
Menezes e Fernandes (2016) apontaram diversos níveis de impactos sociais e ambientais,
que mudanças na quantidade e distribuição da como a desertificação. declínio da capacidade de
precipitação afetam diretamente a disponibilidade cultivo e migração rural (Vieira et al., 2020).
hídrica, por isso é importante analisar o A utilização de índices pluviométricos que
comportamento da precipitação e gerenciar os quantificam a variabilidade das chuvas tem sido
recursos hídricos. muito útil justamente porque suporta estimativas
Nesse contexto, o Nordeste do Brasil do que pode acontecer em diferentes situações e
(NEB) apresenta a questão das irregularidades locais, colaborando assim para as diversas
pluviométricas relacionadas à duração e atividades socioeconômicas que compõem o
intensidade. A diversidade do clima do NEB se espaço geográfico e que se relacionam com o solo
deve a uma série de fatores físicos geográficos e e a chuva.
sistemas atmosféricos, como geografia, topografia, Entre os índices de seca, é comumente
propriedades da superfície e sistemas de pressão utilizado o Índice de Precipitação Padronizado
que operam na região (Silva et al., 2012). (SPI; Mckee et al., 1993), que leva em
O semiárido nordestino possui consideração vários períodos e necessita apenas
peculiaridades quanto ao regime climático já
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dos dados de precipitação para sua quantificação localizada no município de Guarabira-PB, situado
(Cavus e Aksoy, 2019, 2020; Eris et al., 2020). a 99 metros de altitude, Guarabira tem as seguintes
Nesse contexto, devido à importância de coordenadas geográficas: Latitude: 6° 51' 20'' Sul,
conhecer as estações seca e chuvosa em uma área Longitude: 35° 29' 24'' Oeste, e pertence a
específica, este trabalho tem como objetivo estudar mesorregião do Agreste Paraibana. Utilizou-se o
as características da variação da precipitação na software Surfer13 Para destacar onde está inserido
cidade de Guarabira-PB utilizando dados de o município de Guarabira-PB em relação a região
estações pluviométricas gerenciadas pela AESA, do Nordeste e no estado da Paraíba (Figura1).
bem como utilizando análises estatísticas e índices Esses dados pluviométricos se encontram
de precipitação padronizados (SPI) para analisar as disponíveis na Agência Executiva de Gestão das
secas que ocorreram entre 1994 e 2020. Águas do Estado da Paraíba (AESA), que está
situada na Universidade Federal de Campina
Material e métodos Grande (UFCG). A série de dados apresenta
período de registro entre os anos de 1994 e 2018.
Foi utilizado os totais mensais da
precipitação pluvial observados na estação

Figura 1. Mapa de localização da cidade de Guarabira – PB.

Esse estudo da precipitação pluvial e dos ∑(𝑥−𝑥̅ )2


Períodos de Seca da cidade de Guarabira-PB foram 𝛿=√ 𝑛
(2)
feitos com base nos dados pluviométricos que me Em que:
foi fornecido pela Agência Executiva de Gestão 𝑥 → valor individual
das Águas do Estado da Paraíba (AESA). Com 𝑥̅ → Média dos valores
base nesta série histórica, foi realizada as análises 𝑛 → Quantidade de dados
estatísticas por meio de diversos parâmetros para o
período dos 27 anos, tais como: Coeficiente de variação:

Média: 𝛿
𝐶𝑣 = × 100% (3)
𝑋̅
∑𝑛
𝑖 𝑥𝑖
𝑥̅ = (1) Em que:
𝑛
δ → Desvio Padrão;
Em que: 𝑋̅ → Média;
𝑥̅ → Média 𝐶𝑣 → Coeficiente de variação.
∑𝑛𝑖 𝑥𝑖 →Soma dos números
𝑛 → Quantidade de números somados O SPI foi desenvolvido como um indicador
de seca que reconhece a importância das escalas de
Desvi- padrão: tempo. Portanto, o cálculo do SPI leva em
consideração as séries e períodos médios, que são
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escolhidos para determinar a série temporal de x


meses, x = 1, 3, 6 e 12 meses. 𝐻(𝑥) = 𝑞 + (1 − 𝑞)𝐺(𝑥) (10)
Os cálculos do SPI inicialmente consistiam
em ajustar uma função de densidade de Em que:
probabilidade gama a uma dada distribuição de 𝐻(𝑥) → é a distribuição de probabilidade
frequência da precipitação total em um local. A cumulativa;
distribuição gama é dada por:
𝑞 → é a probabilidade de ocorrência de valores
1 −𝑥 𝑚
G(x) = 𝑥 𝛼−1
𝑒 ⁄𝛽 (4) nulos (zeros), representada por: 𝑞 = 𝑛 ;
𝛽 𝛼 Г(𝛼)
𝑚 → é o número de zeros;
Em que: 𝑛 → o número total de dados;
α > 0 → parâmetro de forma 𝐺(𝑥) → é a distribuição cumulativa
β > 0 → parâmetro de escala teórica.
x > 0 → quantidade de precipitação
∞ A relação entre as distribuições de
Г(α) = ∫0 𝑦 𝛼−1 𝑒 −𝑦 𝑑𝑦 → Função Gama (5) probabilidade Gama e Normal é dada por:
𝑐0 +𝑐1 𝑡+𝑐2 𝑡 2
Os parâmetros α e β da função densidade 𝑍 = 𝑆𝑃𝐼 = − (𝑡 − )
1 + 𝑑1 𝑡 + 𝑑2 𝑡 2 + 𝑑3 𝑡 3
de probabilidade gama, são estimados para cada para 0 < 𝐻(𝑥) ≤ 0,5 (11)
estação para as escalas de tempo que interessam
estudar e para cada mês do ano. Utilizam- se as 𝑐0 +𝑐1 𝑡+𝑐2 𝑡 2
soluções de máxima verossimilhança para estimar 𝑍 = 𝑆𝑃𝐼 = − (𝑡 − ),
1 + 𝑑1 𝑡 + 𝑑2 𝑡 2 + 𝑑3 𝑡 3
α e β:
1 4𝐴 𝑥̅ para 0,5 < 𝐻(𝑥) ≤ 1,0 (12)
𝛼̂ = (1 + √1 + ), 𝛽̂ = ̂
(6)
4𝐴 3 𝛼

Sendo:
1
𝐴 = 𝑙𝑛(𝑥̅ ) − ∑𝑁
𝑖 𝑙𝑛(𝑥) (7) 𝑐0 = 2,515; 𝑐1 = 0,803; 𝑐2 = 0,010;
𝑁
𝑑1 = 1,433; 𝑑2 = 0,189; 𝑑3 = 0,001;
Em que: Em que:
N → é o número de observações da precipitação;
𝑥̅ → representa o valor médio dos dados de 1
chuva; 𝑡 = √𝑙𝑛 ( 2 ), para 0 < 𝐻(𝑥) ≤ 0,5 (13)
(𝐻(𝑥))
𝑥 → são as precipitações observadas.
e
Os parâmetros resultantes são utilizados 1
𝑡 = √𝑙𝑛 ( 2 ), para 0,5 < 𝐻(𝑥) ≤ 1,0 (14)
para determinar a probabilidade cumulativa de um (1−𝐻(𝑥))

O cálculo do SPI inicia com o ajuste da


evento de precipitação observado para um função densidade de probabilidade Gama às séries
determinado mês e para a escala de tempo desejada de totais mensais precipitados. Em seguida a
para uma certa estação. probabilidade acumulada de ocorrência de cada
A probabilidade cumulativa é dada por: total mensal é estimada. A função normal inversa a
−𝑥
Gaussiana é aplicada a essa probabilidade
𝑥 1 𝑥 ⁄𝛽
̂
𝐺(𝑥) = ∫0 𝑔(𝑥)𝑑𝑥 = ̂𝛼
𝛽 ̂ Г(𝛼 ∫ 𝑥 𝛼̂−1 𝑒
̂) 0
(8) resultando no valor SPI.
Segundo Mckee (1993), o evento seca
𝑥 inicia quando o SPI se torna negativo e atinge o
Fazendo ̂ 𝑡=
a equação (8) valor -1 e termina quando o mesmo volta a
𝛽 apresentar valores positivos. Dentro dessa escala os
transforma-se na função gama incompleta: valores menores ou iguais a -2 indicam seca
1 𝑥 extrema e os maiores ou iguais a +2 indicam
𝐺(𝑥) = ∫ 𝑡 𝛼̂−1 𝑒 −𝑡
̂) 0
Г(𝛼
(9) umidade extrema, (Tabela 1). Este método tem sido
usado em muitos lugares e trabalhos (Sousa et al.,
Visto que a função gama Г(𝛼̂) não está 2016; Uliana et al., 2017; Moradi et al., 2011;
definida para x = 0, e as séries pluviométricas podem Siqueira; Nery, 2015), para ajudar a entender a
conter zeros, a distribuição da probabilidade variabilidade pluviométrica relacionado a bacias
cumulativa toma o seguinte aspecto:
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hidrográficas, produção agrícola e, mais


importante, impactos.

Tabela 1 - Classificação dos períodos secos e chuvosos de acordo com o SPI.

CLASSIFICAÇÃO DO IPP
≥ 2,00 Chuva extrema
1,99 a 1,50 Chuva severa
1,49 a 1,00 Chuva moderada
0,99 a 0,50 Chuva fraca
0,49 a -0,49 Normal
-0,50 a -0,99 Seca fraca
-1,00 a -1,49 Seca moderada
-1,50 a -1,99 Seca severa
≤ -2,00 Seca extrema
Fonte: Mckee (1993)

O cálculo do SPI foi feito com base na função SPI


no pacote SPEI (Standardized Precipitation
Evapotranspiration Index) do RStudi

Resultados e discussão anos de 1998, 2006 e 2010 mostraram os menores


valores de precipitação total anual. Esse
Podemos observar na Figura 2 o
comportamento é resultante da influência direta
acumulado total de precipitação anual visto ao
de fenômenos meteorológico que atuam na cidades
longo de 27 anos na cidade de Guarabira-PB, nota-
em estudo, gerando, portanto, o aumento e a
se que aconteceu chuvas excessivas durante os
redução da precipitação na região.
anos de 1994, 2000, 2004 e 2011, enquanto que os

Acumulado total anual pluviométrico em Guarabira de 1994 até 2020


2000,0
Total anual pluviométrico (mm)

1800,0
1600,0
1400,0
1200,0
1000,0
800,0
600,0
400,0
200,0
0,0

Anos

Figura 2. Acumulado total de precipitação pluviométrica para de Guarabira-PB.

Os resultados evidenciam uma grande Observando a Figura 3, nota-se que o mês


discrepância dos valores precipitação durante os com maior precipitação é junho com 167,90 mm,
meses dos anos de 1994 a 2020, representados pelo em seguido por julho com 157,11 mm mensal. Já o
Figura 3 e Tabela 1. Nota-se que os meses de mês com menor quantidade de precipitação
fevereiro a julho são os meses chuvosos (valores pluviométrica é em novembro com 12,44 mm,
acima da média de 82.92 mm) e de agosto em seguido por outubro com 13,82 mm mensal.
diante é o período de seca (valores a baixo da média A Tabela 2 apresenta os parâmetros
de 82.92 mm). estatísticos da precipitação média mensal do
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município de Guarabira, Paraíba. O desvio padrão, pouca diferença no coeficiente de variação (CV),
por ser uma medida de dispersão, mostra a pois é onde se concentra o período chuvoso do
variação, com valores mais próximos da média, município, por outro lado, a partir de agosto nota-
tendo sido possível constatar que o mês de julho se um aumento no valor do CV devido redução do
apresentou o maior desvio padrão em relação aos volume precipitado.
demais meses. Entre março a julho observa-se
Precipitação (mm) Precipitação Média
180,00

160,00

140,00

120,00
Precipitação

100,00

80,00

60,00

40,00

20,00

0,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Figura 3. Precipitação pluviométrica no município de Guarabira-PB de 1994 a 2020.

Tabela 2. Parâmetros estatísticos da precipitação média mensal (mm).


Mês Anos Média (mm) D. P (mm) CV (%)
Janeiro 27 82,48 77,37 93,89
Fevereiro 27 90,94 74,28 81,68
Março 27 117,21 67,49 57,58
Abril 27 129,13 70,28 54,42
Maio 27 132,46 82,09 61,98
Junho 27 167,90 95,81 57,07
Julho 27 157,11 102,28 65,10
Agosto 27 76,86 53,12 69,11
Setembro 27 36,24 47,37 130,68
Outubro 27 13,82 12,51 90,53
Novembro 27 12,44 16,01 128,64
Dezembro 27 38,48 35,71 92,82
DP: desvio padrão; CV: coeficiente de variação

A Figura 4 (A) exibe a distribuição (2012), ambas com duração de 3 meses, com início
temporal do SPI-1 ao longo dos meses na estação em 2012 (Tabela 2)
de Guarabira-PB, nela pode ser visto que o maior A série temporal do SPI-3 (Figura 4 (B))
pico, -2,76, seca extrema, se refere ao mês de revelou o maior pico de secas no ano de 2012, -
março de 2010, mas no valor médio se categorizou 3,16, em maio de 2012, com o valor médio de -
como seca fraca. As maiores durações de secas 1,53, classificando o período como de seca severa.
estão nos anos de 2006 e 2010, com 10 meses em Os maiores períodos de secas ocorreram nos anos
ambos os anos. Os valores médios do SPI-1 de 2005/2007, duração de 19 meses (valor médio
variaram entre -0,41 e -168. Foram identificadas de -0,91, seca fraca), 2009/2010 com duração de 14
uma seca moderada (2016) e uma seca severa meses (valor médio de -1,11, seca moderada),
2012/2013, com duração de 11 meses, (valor médio
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de -1,23, seca moderada), e entre 2018/2019 que O SPI-12 Figura 4 (D) mostra um período
durou 10 meses (valor médio de -1,39, seca de seca de 33 meses que vai de setembro/1997 a
moderada) conforme a Tabela 2. maio/2000, sendo o maior desse índice, com pico
O SPI-6 Figura 4 (C) identificou que os de -1,37, tendo o valor médio em torno de -0,56
maiores períodos de secas e valores médios estão (seca fraca), outro período longo com duração de
nos anos de 1997/1998 (16 meses, seca fraca), 22 meses entre 2006/2008 foi observado, com pico
2005/2007 (21 meses, seca moderada), 2010 (11 de -2,06, com valor médio de -1,16 (seca
meses, seca severa), 2012/2013 (16 meses, seca moderada). (Tabela 2).
moderada), 2018/2019 (12 meses, seca moderada),
como pode ser visto na Tabela 2.

SPI-1 para Guarabira-PB


3,00
2,00
1,00
0,00
SPI

-1,00
-2,00
-3,00
-4,00
1994
1994
1995
1996
1997
1997
1998
1999
2000
2000
2001
2002
2003
2003
2004
2005
2006
2006
2007
2008
2009
2009
2010
2011
2012
2012
2013
2014
2015
2015
2016
2017
2018
2018
2019
2020
Tempo (em anos)

SPI-3 para Guarabira-PB


4,00
3,00
2,00
1,00
SPI

0,00
-1,00
-2,00
-3,00
-4,00
1994
1994
1995
1996
1997
1997
1998
1999
2000
2000
2001
2002
2003
2003
2004
2005
2006
2006
2007
2008
2009
2009
2010
2011
2012
2012
2013
2014
2015
2015
2016
2017
2018
2018
2019
2020
Tempo (em anos)

SPI-6 para Guarabira-PB


4,00
3,00
2,00
1,00
SPI

0,00
-1,00
-2,00
-3,00
-4,00
1994
1994
1995
1996
1997
1997
1998
1999
2000
2000
2001
2002
2003
2003
2004
2005
2006
2006
2007
2008
2009
2009
2010
2011
2012
2012
2013
2014
2015
2015
2016
2017
2018
2018
2019
2020

Tempo (em anos)

Rodrigues, E. L.; Farias, N. T.; Lopes, R. F. C.; Sousa, F.A. S. 140


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SPI-12 para Guarabira-PB


3,00
2,00
1,00
SPI

0,00
-1,00
-2,00
-3,00
1994
1994
1995
1996
1997
1997
1998
1999
2000
2000
2001
2002
2003
2003
2004
2005
2006
2006
2007
2008
2009
2009
2010
2011
2012
2012
2013
2014
2015
2015
2016
2017
2018
2018
2019
2020
Tempo (em anos)

Figura 4. Evolução temporal do SPI-1 (A), SPI-3 (B), SPI-6 (C) e SPI-12 (D) para a estação/posto
pluviométrico de Guarabira-PB.

Tabela 2. Ocorrências de secas obtidas pelos SPI’s (Mínimo de sequência de 3 meses).


Avaliação de secas pelo SPI-1
Estação Início Fim Duração (meses) Pico Valor médio Tipo
1995 1995 3 -1,09 -0,80 Fraca
1995 1996 3 -1,22 -0,79 Fraca
1996 1996 3 -0,57 -0,41 Normal
1997 1997 3 -0,93 -0,45 Normal
1998 1998 7 -1,56 -0,47 Normal
1999 1999 3 -0,95 -0,75 Fraca
2004 2005 8 -1,22 -0,74 Fraca
2005 2005 3 -1,22 -0,75 Fraca
2006 2006 10 -1,79 -0,96 Fraca
2008 2008 3 -0.95 -0,63 Fraca
2010 2010 10 -2,76 -0,99 Fraca
2012 2012 3 -2,37 -1,68 Severa
2012 2012 8 -1,83 -0,74 Fraca
2014 2014 6 -1,78 -0,61 Fraca
2015 2015 4 -0,90 -0,67 Fraca
2016 2016 3 -2,30 -1,48 Moderada
2017 2017 3 -0,21 -0,13 Normal
2018 2019 9 -1,79 -0,97 Fraca
2019 2020 4 -1,19 -0,76 Fraca
Avaliação de secas pelo SPI-3
Início Fim Duração (meses) Pico Valor médio Tipo
Guarabira-PB 1995 1996 5 -1,30 -0,85 Fraca
1997 1997 5 -1,00 -0,57 Fraca
1998 1998 7 -1,56 -0,84 Fraca
1998 1999 4 -0,53 -0,30 Normal
1999 1999 5 -1,23 -0,76 Fraca
2002 2002 3 -0,70 -0,51 Fraca
2004 2005 6 -1,87 -1,40 Moderada
2005 2007 19 -2,02 -0,91 Fraca
2009 2010 14 -2,02 -1,11 Moderada
2012 2012 3 -3,16 -1,53 Severa
2012 2013 11 -2,22 -1,23 Moderada
2014 2014 5 -1,25 -0,88 Fraca
2015 2015 5 -0,72 -0,44 Normal
2015 2015 3 -1,00 -0,70 Fraca
2016 2016 5 -2,30 -1,17 Moderada
2017 2017 4 -0,55 -0,38 Normal
2018 2019 10 -2,52 -1,39 Moderada
2019 2020 5 -1,16 -0,73 Fraca
2020 2020 3 -1,09 -0,65 Fraca

Rodrigues, E. L.; Farias, N. T.; Lopes, R. F. C.; Sousa, F.A. S. 141


Revista Brasileira de Geografia Física v.16, n.01 (2023) 134-144.

Avaliação de secas pelo SPI-6


Início Fim Duração (meses) Pico Valor médio Tipo
1995 1996 4 -1,70 -0,80 Fraca
1997 1998 16 -1,50 -0,67 Fraca
1999 1999 6 -1,05 -0,66 Fraca
2001 2001 3 -0,32 -0,24 Normal
2002 2002 3 -0,25 -0,19 Normal
2005 2005 5 -2,04 -1,26 Moderada
2005 2007 21 -2,06 -1,10 Moderada
2010 2010 11 -2,57 -1,72 Severa
2012 2013 16 -2,79 -1,14 Moderada
2014 2014 6 -1,44 -0,66 Fraca
2015 2015 4 -0,74 -0,44 Normal
2016 2016 6 -2,33 -1,03 Moderada
2017 2017 3 -0,73 -0,34 Normal
2018 2019 12 -2,86 -1,27 Moderada
2020 2020 12 -0,97 -0,42 Normal
Avaliação de secas pelo SPI-12
Início Fim Duração (meses) Pico Valor médio Tipo
1996 1996 3 -0,58 -0,27 Normal
1997 2000 33 -1,37 -0,56 Fraca
2001 2001 4 -0,35 -0,16 Normal
2002 2002 4 -0,32 -0,11 Normal
2006 2008 22 -2,06 -1,16 Moderada
2010 2011 13 -2,17 -1,50 Severa
2012 2014 18 -1,93 -0,93 Moderada
2014 2015 12 -0,82 -0,35 Normal
2015 2016 5 -0,33 -0,22 Normal
2016 2017 15 -1,20 -0,50 Fraca
2017 2018 3 -0,37 -0,24 Normal
2018 2019 18 -1,67 -0,80 Fraca
2020 2020 11 -0,62 -0,39 Normal

Conclusões objetivem o melhor aproveitamento da água nessa


localidade.
Analisar a precipitação pluviométrica para Pode-se concluir também que o SPI varia com
uma determinada região proporciona um melhor escalas de tempo crescentes, com as séries
planejamento na agricultura, bem como o apresentando picos menores e períodos secos mais
armazenamento de água de chuva reduzindo assim longos com escalas crescentes de 1, 3, 6 e 12 meses.
os efeitos provocados pela seca, que pode durar por Tal fato pode ser observado na Figura 4 e Tabela 2.
anos no semiárido. O SPI é uma ferramenta inestimável para avaliar a
A partir dos dados pluviométricos variabilidade espaço-temporal de períodos
analisados têm-se que o maior índice pluviométrico secos/úmidos em uma área porque identifica
do acumulado total anual do período ocorreu no sequências secas/úmidas com base em valores de
ano de 2000 com o valor de 1857,6 mm, enquanto eventos mensais.
o ano que apresentou o menor valor de precipitação
do acumulado anual foi no ano de 2010 com o valor Referências
de 504,1 mm. Adnan. S., Ullah K., 2020. Development of drought
Na climatologia temporal em Guarabira hazard index for vulnerability assessment in
consta com dois períodos distintos, um período Pakistan. Natural Hazards.; 103(3):2989–3010.
chuvoso que se estende de março a julho, sendo Araújo, L. E., Becker, C. T., Pontes, A. L., 2003.
junho o mês mais significativo; e outro, o período Periodicidade da precipitação pluviométrica no
seco que vai de agosto a dezembro, com novembro estado da Paraíba. In: XIII Congresso brasileiro
sendo o mês mais seco do período. de agrometeorologia, Rio Grande do Sul. Anais
Foi identificado um alto nível de II. Santa Maria: RS, p. 947–948.
irregularidade na precipitação pluviométrica no Barboza, E. N., Caiana, C. R. A., e Neto, F. D. C.
município de Guarabira-PB, enfatizando a B. (2020). Rainfall analysis in the Central-South
importância do desenvolvimento de ações que Region of Ceará: A study of the period (1980-
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