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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Departamento de Arquitetura e Urbanismo

Planejamento Urbano e Regional

CECÍLIA BERNARDES
NICOLY DE SOUZA ANGELO
RAFAELA CAROLINA SILVA ROSA
SHASLA KAREN
VICTOR HUGO NASCIMENTO LIMA
YASMIN VILELA LIN

TPG-2
PLANO DE REESTRUTURAÇÃO URBANA PARCIAL

Orientador(a): Camila Zyngier

Belo Horizonte
2020
Sumário
INTRODUÇÃO 3
CONCEITUAÇÃO URBANA 4
2.1 INSERÇÃO URBANA 4
2.2 ESTRUTURAÇÃO URBANA E MOBILIDADE 5
2.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 6
2.4 APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS 7
2.5 RELAÇÕES SOCIAIS 8
2.6 QUESTÕES AMBIENTAIS 9
DIRETRIZES ESPACIALIZADAS 10
PROPOSTAS FÍSICAS 11
PROPOSTAS NORMATIVAS 13
Proposta de Aumento de Áreas Permeáveis 15
Proposta de Educação Ambiental e Cultural 15
3.1 Incentivo à população sobre áreas verdes e aproveitamento de água da chuva 15
3.2 Incentivo à coleta seletiva de resíduos 15
3.3 Proposta de eventos culturais 16
CONCEPÇÕES ESPACIAIS DAS PROPOSTAS INICIAIS 17
MECANISMOS DE IMPLEMENTAÇÃO 20
CONCLUSÃO 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23

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INTRODUÇÃO
FIGURA 1

Fonte: Mapa elaborado pelos alunos, localização de Belo Horizonte, Regional Pampulha em evidência,
imagem via satélite do Google Earth.

O TPG2 consiste em propostas estudadas pelo grupo para Regional da


Pampulha, por meio de pesquisas elaboradas no TPG1 desta disciplina, contendo os
principais problemas norteadores da região e suas potencialidades futuras.
No TPG1 foram apontados em análises o aumento da verticalização nos bairros
centrais da regional. Os bairros que demonstraram essa mudança significativa,
apresentam uma problematização de crescimento desenfreado e saturado, devido o foco

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ser mais voltado ao lucro dos empreendimentos imobiliários do que a qualidade de área
urbana bem planejada.
Foi identificado também diversas vias que apresentam uma concentração
comercial, que não possuem uma pavimentação de qualidade com drenagem para
absorver os maiores impactos da regional, que são consideradas como áreas de riscos de
inundações.
A área (FIGURA 1) apresenta soluções urbanísticas que são características em
BH, como as avenidas de fundo de vale (coincidindo com as linhas de drenagem dos
córregos) e as centralidades concentradas próximas destes mesmos locais.
Dada essa primeira análise, temos que a paisagem urbana na regional é um misto
de espaços comerciais com características de mercado local, verticalização e áreas
residenciais que se distinguem em diversos bairros, prejudicando em sua paisagem
urbana. Além da precariedade de áreas vegetativas.
Desta forma o grupo propõe nesta etapa do TPG2 revitalizações físicas e
normativas para a Regional Pampulha, a fim de amenizar os transtornos observados no
primeiro trabalho, beneficiando não apenas a Regional, mas também bairros e
municípios mais próximos.

CONCEITUAÇÃO URBANA

2.1 INSERÇÃO URBANA

Visando questões que abordaremos a seguir é imprescindível pensarmos em


alternativas para intervir e solucionar as adversidades que ocorrem entre os bairros,
buscando uma qualidade na região, que possibilite o aumento da taxa de
permeabilidade do solo, o lazer e uma mobilidade urbana mais sustentável para a
área de estudo.
Analisando de um ponto de vista abrangente dos bairros, percebemos que
mesmo eles sendo tão próximos, há uma enorme diferenciação, de uso, estrutura da
circulação viária, forma de habitações, cujo alguns bairros prevalecem grandes
edifícios, outros residências e alguns vilas e conjuntos habitacionais, além disso há um
grau de distinção na questão de concentração de áreas vegetativas, e a forma com que é
distribuído os lotes e quadras. 
O entorno da Lagoa da Pampulha por exemplo, é uma área que se manifesta
como um espaço turístico em Belo Horizonte. Isso porque a região tem como foco o

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lazer que as áreas de patrimônio cultural (Projeto arquitetônico cultural da Pampulha de
Oscar Niemeyer) proporcionam. Dessa forma, para favorecer a região é prevista uma
legislação que visa na preservação das vegetações e ambientes naturais envolvendo
também a permeabilidade visual e altimetrias das edificações inseridas.
Além disso, identificamos os maiores pontos de inundação da área de estudo,
que concentram-se na confluência dos Córregos Ressaca e Flor D’água, a foz desse
encontro se dá no cruzamento das Avenidas Presidente Tancredo Neves e Heráclito
Mourão de Miranda, nessa região instala-se uma planície com menos declividade,
impedindo que os detritos dos topos de morro e encostas se espalhem, assim, se
acumulando e gerando inundações nas épocas de chuvas intensas.  O mesmo acontece
em outro ponto da Avenida Heraclito Mourão de Miranda, no encontro da Avenida dos
Engenheiros. Está localizada em uma parte mais baixa do relevo, e portanto, é propensa
a inundações. 
Com relação a mobilidade urbana, apesar da área de estudo ser estruturada com
diversos pontos de ônibus, não possui linhas diretas para outros municípios, como
por exemplo para Contagem, cidade localizada próximo à Belo Horizonte. Os
moradores desta área em muitos de seus deslocamentos, possuem a necessidade de
pegar mais de um transporte público para alcançar ao destino final. 
Alguns bairros possuem rotas de ciclovia nas ruas e avenidas, visando o uso de
bicicletas para práticas, não só principalmente para lazer, mas também para uso diário
como meio de transporte e deslocamento. Em contrapartida, esta prática funciona como
uma boa solução para reduzir o volume de automóveis nas vias, e desta forma,
favorecendo o tráfego contínuo. Todavia, é possível identificar que não há
continuidade das rotas em vários trechos cicloviários, ao que faz questionar a
eficiência dos caminhos cicloviários implantados.
Em detrimento disto, propomos para a área a implementação de uma ciclovia
juntamente com um parque linear, que abrigará espaços de convivência e áreas
verdes, além de  abranger e interligar os bairros que se comprometem.

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2.2 ESTRUTURAÇÃO URBANA E MOBILIDADE
 
PROBLEMÁTICAS

● Transporte viário sobrecarregado;


●  Transportes públicos limitados.
 
Considerando as problematizações abordadas, para que esse sistema seja mais
utilizado, tem que  haver melhorias nas rotas cicloviárias, e implantação de novas
ciclovias, transparecendo segurança e importância ao uso deste meio. 
Com o grande crescimento automobilístico na cidade de Belo Horizonte e seu
entorno, é gerado decorrente à isso, extensos congestionamentos diariamente. Os dados
de acordo com o PlanMob da cidade de Belo Horizonte a mobilidade urbana tem
crescido aproximadamente 4% ao ano, com o uso individual de automóveis, e o avanço
tecnológico de aplicativos de motoristas como Uber, 99POP, tendo como solução, tem
sido feito extensões de vias, boulevards para que a cidade acompanhe esse avanço.
Deste modo, podemos ressaltar novos meios de mobilidades para as principais
vias da região. Assim, planejando e implantando  o uso da bicicleta, que se tornou um
instrumento não utilizado com tanta frequência atualmente para uso diário, mas
utilizado na maioria das vezes como lazer aos finais de semana, com foco na Lagoa da
Pampulha. Porém sua infraestrutura não suporta devidamente a quantidade de pessoas
que vão à este ponto, sendo turístico não é só utilizado pelos moradores da região, mas
como também de pessoas que residem às cidades vizinhas de Belo Horizonte, e demais
pessoas que visitam a Lagoa.
Pode-se analisar por meio do cenário atual da pandemia, que a bicicleta foi o
meio de transporte mais seguro desses tempos, primeiramente por ser individual, deste
modo beneficiando ao meio ambiente, e permitindo nenhum contato direto às outras
pessoas. Mas um dos motivos que os usuários preferem o uso de automóveis, outros
transportes públicos é devido a falta de implantação de ciclovias, e poucas que já
possuem não contém segurança aos ciclistas. De acordo com o mapa disponibilizado no
site da Prefeitura de Belo Horizonte, das rotas cicloviárias implantadas e planejadas,
nossa área de estudo possui duas rotas implantadas e seis rotas que estão ainda sendo
planejadas.

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Não somente o sistema cicloviário está defasado, mas o sistema metroviário não
possui instalação na Regional, isso dificulta o acesso prático e mais rápido que o metrô
propõe aos moradores da Cidade de Belo Horizonte, e duas estações implantadas na
cidade de Contagem. Como o uso à este meio é crescente a utilização diária, a extensão
de estações na Regional da Pampulha permitiria acesso mais prático à outros
municípios, o que facilitaria o uso deste meio. 
Além disso, o transporte público de ônibus contêm poucos pontos em bairros
como: Bandeirantes, Paquetá, e Serrano. Deste modo, dificulta o acesso para demais
bairros e até mesmo ao Centro de Belo Horizonte, além de transportes intermunicipais
vizinhos, como a cidade de Contagem, Betim, Ibirité, dentre outros.

2.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO


 
No contexto de uso e ocupação do solo na área de recorte, é possível constatar
diante dos dados do IBGE CENSO 2010, que a região onde se encontra a análise possui
um percentual baixo de população residente contrapondo com outras regionais
igualmente analisadas. (Fonte de mapas de densidade demográfica da Regional
Pampulha pelo IBGE CENSO 2010)
Na área de estudo, os bairros que apresentam densidade alta na regional são: Castelo
(17.056 hab.),Ouro Preto (16.742 hab.) e Santa Teresinha (15.774hab.) motivo pelos
quais são os bairros com maior infraestrutura e potencialidades para crescimento
vertical.
Quanto à tipologia, há uma certa saturação no que diz respeito à ocupações comerciais e
sua localização ser concentrada nas vias principais de acesso, resultando em uma
desarticulação no espaço, já em áreas de residência unifamiliar prevalecem em
localizações adjacentes como por exemplo no bairro Alípio de Melo.
As tipologias de habitação incluem edificações de pequeno e médio porte em bairros
mais adensados e consolidados como bairro Castelo; foi observado também edificações
de setores industriais e comerciais de grande porte no recorte onde estão localizados as
vias de acesso nas proximidades.
Analisando também a paisagem urbana e sua imagem representando vegetação
na região, podemos observar uma certa desigualdade em bairros onde a aridez é alta
gerando um desconforto térmico e elevando temperaturas no espaço. Por outro lado

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bairros como Castelo apresentam uma grande quantidade de vegetação por conta do
Parque Ursulina gerando um ambiente térmico mais agradável.
Em relação às problemáticas abordadas, podemos considerar como objetivos
principais é a relação da infraestrutura da paisagem urbana, o uso de fachadas ativas
para melhorar espaços com lotes vagos como na Av. Heráclito ou diminuir certos
adensamentos em outras áreas (como Av. Abílio Machado) é uma proposta considerável
válida para avenidas em que a existência de usos para pedestres é de má qualidade
considerando até mesmo perigoso. A criação de centralidades para melhorar e equilibrar
o adensamento de regiões onde já está altamente adensada e consolidada e também a
inserção de novos usos para áreas onde não há conexão de bairros onde fazem divisa, os
novos usos seria uma estratégia tanto para melhorar esteticamente o espaço, criando
recursos para melhorar a economia quanto para melhorar o bem estar do morador se
formos pensar em inclusão de praças, parques, academias com equipamentos ao ar
livre.

2.4 APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS


 
Como pode ser visto no item 2.5 “relações sociais” é de grande interesse que
haja essa conexão da população com o bairro, principalmente para atrair idosos,
crianças e adolescentes a participarem do cotidianos dos bairros trazendo mais vida a
esses espaços públicos, interligando também o relacionamento entre a vizinhança.
Analisando a área de estudo na Regional Pampulha, percebe-se que é possível
encontrar alguns tipos de espaços públicos de convivências como praças, parques e
academias da cidade, apesar de serem poucos em relação ao tamanho da área de estudo
mas que contribuem para o convívio da população que ali residem.
Em alguns destes bairros estes espaços públicos acabam não sendo utilizados
pela população por não possuírem um atrativo em seu interior ou até mesmo por
serem um local deserto que passa a sensação de falta de segurança, tornando-os locais
abandonados e sem vida perante a rotina da cidade.
Acreditamos que por ser um local que não tem um fluxo constante de pessoas
contribui para que a população não se sinta segura de estar ali, se houvesse comércios
ao redor destas áreas ou até mesmo uma rua ou avenida de grande movimento passariam
a ter um pouco mais de segurança para quem a utilizasse, por gerar uma conexão entre o

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comércio e a os espaços públicos, de forma que estaria criando uma relação maior entre
as pessoas que circulam nesta área.
Pontos de ônibus instalados em praças trazem uma movimentação mesmo que
seja a curto prazo, convidando as pessoas próximas a esta área a se sentirem intimadas a
usufruírem deste espaço.

2.5 RELAÇÕES SOCIAIS

Seria de grande interesse atrair o olhar da população para praças que existem
em todo o interior da regional, e não somente lugares com nome como o Parque
Municipal Ursulina de Andrade Mello,o Parque Ecológico Vencesli Firmino da Silva, o
Parque Cássia Eller. É preciso a implantação de espaços para atração da população
em geral.
Como pode ser visto no item 2.4 “apropriação dos espaços públicos”, nesta
região encontra-se poucos espaços utilizados para entretenimento, parques e praças 
que possuem playgrounds e academias ao ar livre propiciam este convívio mas na
grande maioria das vezes é utilizado somente por crianças e idosos, a população adulta
geralmente se concentra na orla da Lagoa da Pampulha para as práticas de caminhada
e a ciclovia, principalmente nos finais de semana e feriados, enquanto os demais bairros
que possuem um espaço público na maioria das vezes encontram-se abandonados por
não ter atrativo para a população.

2.6 QUESTÕES AMBIENTAIS 

As calçadas projetadas com áreas permeáveis, sumidouros nas


pavimentações para drenagem, canteiro central permeável, jardins de chuva em
esquinas, praças em determinados espaços vazios e com bastante fluxo de pessoas,
além da inclusão de áreas verdes nas regiões de risco de inundações e arborização é
uma das propostas que precisam ser abordadas na regional, com um foco maior nos
pontos de inundações, áreas desertas que se tornam espaços inseguros para os
moradores  e nas áreas que abrangem uma maior atividade econômica.
É importante ressaltar que propostas apontadas pelo grupo, também criam uma
conexão entre os bairros, pois são propostas que criam uma relação social entre os
usuários. Além disso, a regional têm alguns bairros com maior adensamento comercial,

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e em outros não tanto, por esse motivo, com relação à essas áreas verdes, também
levamos em consideração que o setor comercial é favorecido para implantação de
atividades econômicas já que o mesmo trará um fluxo maior de pessoas para o local.
Temos exemplos em bairros, que implantaram áreas verdes e de convívio
próximo à pontos de ônibus, principalmente em áreas inundáveis, e que tinham um
nível de periculosidade por serem áreas desertas, canteiros centrais que de certa forma
chamam a atenção dos usuários e fazem com que usufruem do espaço para caminhadas,
exercícios físicos, e lazer, além da arborização extensa nessas pavimentações que
contribuem no conforto térmico. Exemplo este como a Av. dos Andradas próxima ao
Shopping Boulevard em Belo Horizonte, onde foi aplicado espaços de convívio e
praças com áreas permeáveis e equipamentos de academia da cidade.
Alguns bairros da Regional Pampulha são bastante precários com relação à
espaços ambientais (áreas verdes). Atualmente temos diversas praças, e academias da
cidade, que consistem em uma área permeável e espaços de convívio, mas são
encontrados apenas em bairros mais próximos da Lagoa da Pampulha, como o bairro
Bandeirantes, e demais bairros vizinhos.
No entanto a intenção é trazer essas propostas para o sul da Regional Pampulha,
bairros que precisam de maior atenção, já que é uma área com riscos de inundações.

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DIRETRIZES ESPECIALIZADAS

Conforme o conceito elaborado pelo grupo, foram levantadas diversas


propostas que serão de extrema  importância  e aplicadas principalmente nas áreas em
que identificamos potenciais problemas para os moradores e transeuntes. 
Após identificar os inúmeros problemas relacionados a inundações e escoamento
de água entendemos a necessidade de criar canteiros centrais e “jardins de chuva”
para que haja maior permeabilidade da água que fica concentrada nas áreas de
fundo de vale, trabalhar as calçadas com pavimento permeável também como forma de
resolução desses pontos de inundação, principalmente no cruzamento das avenidas
Presidente Tancredo Neves e Heráclito Mourão de Miranda; novamente na Av.
Heráclito de Mourão Miranda mas dessa vez no encontro com a AV. dos Engenheiros. 
As ruas dos bairros adjacentes à AV. Atlântida escoam suas águas todas para avenida,
que deságua na Av. Heraclito de Mourão Miranda,  uma das propostas seriam criar
pontos de vegetação e pavimentação permeável dentro desses bairros, cobrindo o
caminho que é feito até a avenida fazendo com que essa água vá escoando ao longo do
percurso, para que quando chegue até  AV. Atlântida tenha menos volume. 
A Av. Abílio Machado é um importante polo comercial da região, com grande
fluxo de pessoas durante todo dia, uma das propostas a serem aprimoradas seria
transferir parte desse adensamento comercial à Av .Heraclito Mourão, trazendo
movimento aquela região e consequentemente mais segurança, geração de empregos
e valorização da área. Tornar as fachadas da região ativas, com seus vazios se
transformando em espaços de convivência e permanência. 
Ainda que pareça uma solução pouco executada, a criação de ciclovias na área
se faz necessária e assertiva, fazendo a ligação de pontos estratégicos da Regional.
Já existe na área uma cultura de moradores e transeuntes de várias áreas que vão
até a Lagoa da Pampulha andar de bicicleta, mas se faz necessário criar ciclovias que
ligam os bairros adjacentes à Lagoa para que se torne um caminho prazeroso e seguro
para quem vem apreciar o Conj. Arquitetônico da Pampulha. Como na AV. Santa
Terezinha continuando pela R. Benito Nassi e dando acesso até a Lagoa.
 

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PROPOSTAS FÍSICAS
FIGURA 2

Fonte: Mapa elaborado por alunos pela plataforma QGIS. (Data 18/11/2020

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FIGURA 3

Fonte: Mapa elaborado por alunos pela plataforma QGIS. (Data 18/11/2020)

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PROPOSTAS NORMATIVAS

PROPOSTA DE AUMENTO DO C.A. BÁSICO

Os mapas abaixo (FIGURA 5), demonstram o Mapa Tipologia de Uso e


Ocupação do Solo, onde analisamos Lotes vagos e grandes galpões industriais
presentes principalmente na Avenida Heráclito Mourão.
O Mapa de Zoneamento (lei nº 7.166/96) representa os zoneamentos que fazem
parte da área de estudo.
E por fim o Mapa Proposta Normativa Zoneamento - Aumento do C.A.
Básico, onde foi elaborado uma “mancha” nas áreas desertas identificadas e onde
iremos propor o aumento do c.a básico para construção de novos empreendimentos com
o intuito de incentivar o adensamento nestas vias e evitar que essas áreas se
transformem em pórticos, com o tempo.

FIGURA 4

Fonte: Base Cartográfica PBH, 2019 Disponível em:: http://bhmap.pbh.gov.br/


(Acesso em: Novembro, 2020) Elaboração: GRUPO 2020.

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FIGURA 5

MAPA PROPOSTA NORMATIVA ZONEAMENTO -


AUMENTO DO C.A. BÁSICO

Fonte: Base Cartográfica PBH, 2019 Disponível em:: http://bhmap.pbh.gov.br/


(Acesso em: Novembro, 2020) Elaboração: GRUPO 2020.

MELHORIA DE INFRAESTRUTURA
INCENTIVO À COLETA DE RESÍDUOS

O problema do descarte incorreto dos resíduos é mundialmente discutido, como


forma de solução bastante conhecida, a coleta seletiva é imprescindível para solução de
parte do problema. Apesar do Estado não oferecer mecanismos suficientes para que a
ação seja concretizada, incentivar a separação dos resíduos é uma forma de cuidar da
área. 
A proposta tem como objetivo mostrar para população a importância de
organizar e separar os resíduos, seria feita também através de canais online e promoção
de informações sobre reciclagem e reutilização. 

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Dentro da Regional Pampulha, nas propostas descritas neste artigo, foram
colocadas lixeiras de coleta seletiva que também fazem parte do incentivo, e servirão de
pontos de apoio e descarte. 
Além disso em nossos estudos, identificamos que a Prefeitura de Belo
Horizonte, trabalha com a Coleta Porta a Porta, quando os materiais são separados
pelos moradores e colocados na calçada para serem coletados por equipes da SLU
(Superintendência de Limpeza Urbana). Porém, essa modalidade de coleta só atende
a 45 bairros atualmente e é realizada uma vez por semana. Na Regional Pampulha,
apenas os bairros Castelo, São Luís e São José são atendidos. (De acordo com as
informações fornecidas pelo site da Prefeitura de Belo Horizonte
https://prefeitura.pbh.gov.br/slu/informacoes/reciclavel/levs)

Assim propomos que todos os bairros que fazem parte da área de estudo,
participem deste serviço para uma maior redução da poluição que o lixo gera no meio
ambiente.

INCENTIVO AO USO DE FACHADAS ATIVAS

As fachadas ativas nasceram juntamente com o movimento modernista, tem a


função de integrar as fachadas de empreendimentos com as vias públicas em que estão
inseridas e incentivar o uso misto das edificações.
Entendendo a necessidade de trazer à alguns pontos da área de estudo mais
movimentação de transeunte e também espaços de estar público optamos por aprofundar
na lei já existente no Plano Diretor de BH sobre fachadas ativas.
No Novo Plano Diretor de BH o uso de fachadas ativas no pavimento térreo
tem como benefício ao construtor a não computação dessa área no potencial construtivo,
sendo assim ele ganhará esse percentual para atribuir a outras áreas.
Como incentivo desta lei já existente, acrescentaríamos mais benefícios ao
construtor para que seja mais atrativa e traga bem estar aos transeuntes da Regional
Pampulha, principalmente na região da AV. Heráclito Mourão.

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CONCEPÇÕES ESPACIAIS DAS PROPOSTAS INICIAIS

A partir das elaborações das propostas físicas e normativas tragas pelo grupo,
logo abaixo foram desenvolvidos croquis explicativos das propostas espaciais em
prática.

Pode-se observar também, que cada croqui foi executado a partir do espaço já
existente, por isso as imagens capturadas pelo Google Earth, vem em primeiro plano
para analisar como é o espaço atualmente, e como ele seria com a implantação das
concepções espaciais das propostas iniciais.

Como forma de incentivo á um ambiente com preservação ambiental, e menos


riscos de inundações, sugerimos o principal ponto, a Av. Heráclito Mourão de Miranda
como o foco no que diz respeito à nossas concepções, mas não significa que tais
problematizações citadas em torno do trabalho não possam ser executadas para outras
regiões. Como por exemplo o croqui da revitalização do espaço, onde foi proposto uma
Praça no bairro Conjunto Lago, na rua Benito Masci, uma grande quadra, sem uso, com
uma Vegetação abundante, que pode ser transformada num espaço de uso, para gerar
relações sociais e apropriações de espaços públicos, tanto pelos moradores na região,
quanto pelos moradores dos bairros arredores.

Além disso, em cada croqui o grupo reforçou o incentivo de áreas permeáveis,


ciclovias, implantação de lixeiras recicláveis no incentivo de não jogar lixo nas vias e
bocas de lobos para amenização de alagamentos em períodos chuvosos.

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Fonte: Captura de Imagem do Google Earth / Avenida Atlântida com Avenida Altamiro Avelino - Bairro
Castelo

CROQUI 1

Revitalização do espaço com as propostas físicas e normativas na Avenida Atlântida com Avenida
Altamiro Avelino - Bairro Castelo

17
Fonte: Captura de Imagem do Google Earth / Avenida Atlântida com Avenida Ayres da Mata Machado -
Bairro Serrano

CROQUI 2

Revitalização do espaço com as propostas físicas e normativas na Avenida Atlântida com Avenida Ayres
da Mata Machado - Bairro Serrano

18
Fonte: Captura de Imagem do Google Earth / Rua Benito Masci - Bairro Conjunto Lagoa

CROQUI 3

Revitalização do espaço com as propostas físicas e normativas na Rua Benito Masci - Bairro Conjunto
Lagoa
 

19
Fonte: Captura de Imagem do Google Earth / Av. Atlântida - Bairro Santa Terezinha

CROQUI 4

Revitalização do espaço com as propostas físicas e normativas na Av. Atlântida - Bairro Santa Terezinha

20
Fonte: Captura de Imagem do Google Earth / Av. Heráclito Mourão de Miranda -  Bairro Castelo

CROQUI 5

Revitalização do espaço com as propostas físicas e normativas na Av. Heráclito Mourão de Miranda - 
Bairro Castelo

COLAGEM 1

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Colagem elaborada pelo Grupo 1, da Av. Heráclito Mourão de Miranda, com a
proposta de revitalização na região , a partir dos instrumentos físicos: Ciclovia.

 
 

MECANISMOS DE IMPLEMENTAÇÃO

De acordo com os instrumentos e parâmetros necessários para proposta de


renovação urbana dentro do recorte de estudo, analisamos as possíveis formas de
tornar o Parque Linear de acesso cicloviário exequível para o local, tornando o
ambiente atraente e com infraestrutura de qualidade.

Diante disto, os mecanismos de implementação para o aumento de Coeficiente


de Aproveitamento (Atualmente na região de recorte conta com C.A básico 1.0) e
com isto apresenta uma desestimulação à verticalização podendo assim emitir o
CEPAC, título após concluir o pagamento da outorga onerosa.

Nossa proposta é diminuir a taxa da outorga onerosa e assim viabilizar as


áreas de lotes em desuso na Av. Heráclito Mourão como potenciais para novos
investidores e assim ampliar infraestrutura local com novos parcelamentos do solo
tornando viável o parque linear.

Para a implantação da normativa de Coleta seletiva de resíduos, elaboramos


ideias como cartilhas de conscientização ambiental e campanhas para coleta seletiva,
podendo beneficiar até o próprio indivíduo implementando descontos em impostos
como ITBI antes da compra do imóvel , também analisamos o descumprimento do

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mesmo após aceitar o desconto acarretando multa e débito, tornando a implantação da
normativa efetiva e praticada a longo prazo.

Na normativa Fachadas Ativas, optamos por criar parâmetros para beneficiar


ainda mais as edificações que estão inclusas na outorga gratuita, elaborando uma
legislação para a proteção e preservação dessas específicas fachadas e ainda fazendo
com que o governo invista na limpeza e proteção do mesmo, incentivando imóveis à ter
à mesma referência de destaque.

CONCLUSÃO
 

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Concluímos por meio desta etapa 2, que os estudos desenvolvidos na Regional
Pampulha, a partir da primeira etapa (TPG1), foi observado que somente alguns pontos
da Regional apontam uma priorização com base nos problemas norteadores citados ao
longo das pesquisas no TPG2, sendo eles:

● A falta de conexão entre os bairros e entre Contagem (Município mais próximo


da área de estudo);
● A falta de equipamentos de uso no qual cria uma relação entre o público do
bairro com a área, tanto com o público do bairro e sua interação com demais
bairros;
● A falta de permeabilidade em determinados pontos de inundações, como a
Avenida Heráclito Mourão de Miranda;
● A falta de incentivos para amenização de transportes privados, e mais
transportes públicos e ciclovias em Avenidas importantes na Regional, que
criam vínculo entre os bairros;
● A falta de fluxo entre os bairros próximos, tendo como ponto a Av. Heráclito
Mourão de Miranda que faz ligação entre os bairros;

A partir dos levantamentos dessas problemáticas, o grupo propôs como soluções


parciais na Regional Pampulha, propostas físicas e normativas a fim de amenizar os
problemas e conscientizar os moradores e pessoas que fazem uso do local.

Dentre as propostas normativas propomos:

● Ciclovias: No incentivo à diminuição de transportes individuais, que


consequentemente melhoram a poluição sonora e atmosférica no espaço, já que a
mesma já é uma via no qual recebe transportes de cargas pesadas;
● Praças Lineares: Que vão criar espaços de relação social com os moradores e o
público em bairros vizinhos, além da apropriação desses espaços;

● Parques Lineares: Que vão gerar um fluxo de pessoas, e maior adensamento


em seu entorno, devido a apropriação do espaço, resultando em uma área menos
deserta;

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● Jardins de Chuva que pode solucionar em parte as questões de alagamentos,
pela permeabilidade da água da chuva;
●  Transporte público para acesso direto entre os bairros, e os limites do
Município vizinho, criando uma integração com as classes viárias por onde
percorre as linhas de transporte da região metropolitana (Contagem). Essa linha
de ônibus de acesso rápido teria como via principal a Avenida Heráclito Mourão
de Miranda, para trazer um fluxo coletivo para a região e não um fluxo
individual (Carros).

Como propostas normativas, o grupo sugeriu:

● O Aumento de Coeficiente de Aproveitamento e com isto apresentar uma


desestimulação à verticalização podendo assim emitir o CEPAC, título após
concluir o pagamento da outorga onerosa;
● Coleta seletiva de resíduos, no incentivo aos problemas ambientais encontrados
na área de estudo (Avenida Heráclito Mourão de Miranda), podendo beneficiar
até o próprio indivíduo implementando descontos em impostos como ITBI antes
da compra do imóvel;
● Fachadas Ativas para a proteção e preservação dessas específicas fachadas e
ainda fazendo com que o governo invista na limpeza e proteção do mesmo.

Portanto, ao propormos essas revitalizações para o espaço, acreditamos que o


efeito na melhoria de infraestrutura, meio ambiente, e uso e ocupação do espaço, possa
ter sucesso. Observamos que algumas áreas irão ter maior relevância que outras, no
entanto, algumas nem terão, mas dentro das legislações, o grupo sugere incentivos
justamente para conseguir resultados principalmente com a região mais impactante da
Regional Pampulha, a Avenida Heráclito Mourão de Miranda.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● Ciclo Vivo

● Galeria da Arquitetura

25
● http://www.agenciaalagoas.al.gov.br/noticia/item/23164-governo-inicia-obras-

de-implantacao-do-parque-linear-no-eixo-quartel

● http://www.geomatica.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2015/03/Estatuto-da-

Cidade.pdf

● https://www.portalodia.com/noticias/teresina/projeto-de-integracao-sofre-

mudancas-ao-chegar-a-avenida-frei-serafim-364250.html

● https://prefeitura.pbh.gov.br/bhtrans/informacoes/transportes/bicicletas/rotas-

cicloviarias

● https://www.saojose.sc.gov.br/index.php/sao-jose/noticias-desc/operacaeo-

maeos-a-obra-prefeitura-da-inicio-a-construcaeo-do-parque-linear

● Mobilize.org

● Portal do Projetista

● Vereda Urbana

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