MONITORIA E AVALIAÇÃO EM URBANISMO (PÔS-INTERVENÇÃO)

Universidade Lúrio
Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico
Licenciatura Em Urbanismo e Ordenamento do Território
Monitoria e Avaliação em Urbanismo (Pôs-Intervenção)

PROBLEMAS PÓS-INTERVENÇÃO NAS ÁREAS PLANEADAS

(DRENAGEM E ESGOTO)

Discente: Ricardo Carlos Chandulale

Docente: MCs Ezequiel António, Arq.

Nampula, Março de 2022

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FACULDADE DE ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FISICO

Licenciatura Em Urbanismo e Ordenamento do Território
Monitoria e Avaliação em Urbanismo (Pôs-Intervenção)

O Presente trabalho de Problemas Pós-Intervenção

nas Áreas Planeadas realiza-se no âmbito da
cadeira de Monitoria e Avaliação em Urbanismo
(Pós=Intervenção) do curso de Licenciatura em
Urbanismo e ordenamento do Território da
Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da
Universidade Lúrio que está sendo ministrado na
cidade de Nampula.

DOCENTE:
MCs Ezequiel António, Arq.

DISCENTE:
Ricardo Carlos Chandulale

Nampula, Março de 2022

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Índices
Introdução ....................................................................................................................................... 4

Objetivos ......................................................................................................................................... 4

Geral ............................................................................................................................................ 4

Específicos .................................................................................................................................. 4

Metodologia .................................................................................................................................... 4

Enquadramento Regional ................................................................................................................ 5

Generalidades .............................................................................................................................. 5

Divisão Administrativa ............................................................................................................... 5

Bairro de Natikire ........................................................................................................................... 6

Muhavire-Expansão ........................................................................................................................ 9

Muhala-Expansão ......................................................................................................................... 11

Principais Problemas De Drenagem E Esgoto Nas Zonas Planeadas De Expansão..................... 12

Conclusão...................................................................................................................................... 14

Referencias Bibliográficas ............................................................................................................ 15

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Introdução
De acordo com a Organização para Cooperação Económica e Desenvolvimento (OCDE, 2002) e
de acordo com a terminologia consensual do DAC, monitoria pode ser definida como “função
contínua que usa recolha sistemática de dados sobre indicadores específicos para fornecer aos
gestores e partes interessadas numa intervenção de desenvolvimento em curso, com indicações do
grau do progresso e de realização dos objectivos, bem como sobre o progresso na utilização dos
fundos alocados”

O sistema de drenagem de águas pluviais urbanas: é o conjunto de obras ou elementos destinados

a recolher e levar rápida e diretamente, de forma segura, e em harmonia com a drenagem natural
da área, a água da chuva.

Objetivos
Geral
 Descrever A Situação De Drenagem E Esgoto Nas Zonas Planeadas De Expansão;

Específicos
 Identificar O Sistema De Drenagem E Esgoto Nas Zonas Planeadas De Expansão;
 Descrever O Sistema De Drenagem E Esgoto Nas Zonas Planeadas De Expansão;
 Listar Os Principais Problemas De Drenagem E Esgoto Nas Zonas Planeadas De Expansão.

Metodologia
A metodologia empregada para o desenvolvimento deste trabalho baseou-se na revisão
bibliográfica a partir de livros, monografias, relatórios técnicos.

1ª Fase: Recolha de informação;

2ª Fase: Análise da informação que corresponde com o tema do trabalho;

3ª Fase: Estruturação e compilação do trabalho.

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Enquadramento Regional
Generalidades
A Cidade de Nampula, capital Mapa 1: Divisão Administrativa da cidade de Nampula
administrativa da província do mesmo nome,
é o maior centro urbano da região norte do
país. Situa-se no centro da província de
Nampula, entre 15º 01'35" e 15º 13'15" de
latitude Sul e entre 39º 10' 00" e 39º 23' 28"
de Longitude

Divisão Administrativa
A Cidade de Nampula está estruturada em
seis Postos Administrativos Urbanos que,
por sua vez são divididos em 18 bairros. Fonte: CDS-ZU Nampula,2008

Tabela 1:Divisão Administrativa da Cidade de Nampula

N.º de ordem Postos Administrativos Superfície Bairros

01 Natiquiri 106,4 Km2 Natiquiri, Marrere e Murrapaniua
02 Napipine 41,6 Km2 Napipine e Carrupeia
03 Namicopo 134,9 Km2 Namicopo e Mutava-Rex
04 Muhala 64,1 Km2 Muhala, Namutequeliua e Muahivire
05 Muatala 53,8 Km2 Muatala e Mutauanha
06 Central 3,2 Km2 Bombeiros, 25 de Setembro, 1º de
Maio, Limoeiros, Liberdade e Militar
Fonte: Perfil Ambiental – Cidade de Nampula, 1996.

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Os bairros com sistemas de drenagem e esgoto nas zonas planeadas de expansão:

 Natikire;
 Muhala-Expansão (U.C 26 de Setembro);
 Muahivire-Expansão (U.C. 25 de junho).

Bairro de Natikire
Figura 1: Assoreamento da vala da U.C. de Terrene

Como maior parte das zonas de expansão as vias não estão revestidas, as valas de drenagem
principalmente nos tempos chuvoso ficam lotadas de área devido ao assoreamento e se agrava com
a falta de manutenção das mesmas onde a área não é removida para melhorar o escoamento das
águas.

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Via que delimita estas duas zonas planeadas de expansão que liga com a N1, que da acesso a
diferentes equipamentos públicos.

Figura 2: Degradação da infraestrutura de Drenagem Fonte: autor

Na imagem a cima constatou-se que a uma grave degradação da infraestrutura de drenagem frisar
que no processo de construção da vala os moradores do Bairro não foram integrados nas obras,
porque não foram solicitados para fazerem parte.

Não se fez um estudo prévio e o nível de erosão tem-se agravado devido as chuvas torrenciais e a
péssima alocação dos sistemas de drenagem tem uma grande influência no assoreamento, na
erosão e degradação dos suportes da ponte.

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Figura 3: Agua estagnada e depósito de lixo Fonte: Autor

Na imagem acima, a construção da vala de drenagem até onde foi interrompida, notasse a presença
de águas estagnadas e depósito de lixo. E também perto do mesmo local ocorre a prática de
atividades comercias que estão expostos a estes locais insalubres.

Figura 4: Depósito de Lixo Figura 5: Descontinuidade da vala de drenagem

Na primeira imagem, depois da construção da vala de drenagem, nunca houve nenhuma obra de
manutenção da mesma, e actualmente apresenta-se sem conservação e sem nenhum cuidado para
a sua manutenção, correndo o risco de se destruir e ficar sem a vala.

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Na segunda imagem, nota-se que em certos troços da drenagem a uma certo descontinuidade da
infraestrutura que faz com que as águas pluviais invadam as estradas, habitações próximas de
forma violenta devido a disposição do terreno da área.

Muhavire-Expansão

Figura 6: Défice No Escoamento Das Águas Na U.C. 25 De Junho

Não há um trabalho de sensibilização com a população local com relação à utilização da vala;

Um dos principais problemas abordados na visita, especialmente na vala e no seu contorno

imediato é o do saneamento, resultado do lixo que a cada dia se produz naquele bairro.
Segundo os moradores, esse processo decorre da acumulação dos dejectos por não possuir
um lugar próximo para o depósito ou um lugar para o tratamento adequado.

Nas épocas chuvosas, o nível de assoreamento é elevado devido as ruas não pavimentadas,
criando défice no escoamento das águas pluviais e residuais. E estas acabam estagnadas mas
valas, passeios, estradas ou acabam criando um meio de escoamento de escoamento natural.

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Figura 7: Problemas de Assoreamento Na U.C. 25 De Junho

A falta de manutenção da vala de drenagem propícia o surgimento de elementos que conduzem ao

mau funcionamento como o rompimento da rede.

A construção da vala de drenagem visava o controlo das águas e a melhorar o sentido do

escoamento das águas e as referências da sua localização mas o assoreamento fez com que o
escoamento não fosse possível devido a enchente de arreia dentro das valas.

Constatou-se que por causa da deficiência no processo de limpeza da vala, a comunidade local foi
usando a mesma para o depósito de resíduos sólidos, criando acumulação dos resíduos em alguns
pontos da vala, dificultando desta forma a passagem da água ao longo do curso da drenagem.

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Figura 8: Má Gestão das águas residuais da Condor 25 de Junho

No processo de revestimento com asfalto a

condor decidiu implementar um sistema de
drenagem de suas águas, que sem o devido
tratamento tem criado grandes problemas como
erosão, criação de poças de água que culminam
na proliferação do mosquito.

E este problema esta se agravando cada vez

mais, visto podemos encontrar a escola primária
Serra da Mesa, e as crianças tem percorre pelo

Muhala-Expansão mesmo troco de deposição das águas em

direcção as suas habitações
Figura 9: vala estreita na U.C. 25 de Setembro

Na conceção da vala de drenagem não fez se o

estudo do volume de agua que será escoada,
tornando a vala de drenagem ineficiente em
determinadas épocas.

De acordo com as observações feitas, o volume de

água ultrapassa a capacidade da vala fazendo com
que esta escorra através da drenagem natural.

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Figura 10 e 10: Vala com água estagnada na U.C. 25 de Setembro

Para além de a vala apresentar os mesmos componentes de conceção que a outra, esta apresenta
um alto nível de insalubridade através das suas águas negras, e este encontra-se em um local
susceptível para a reprodução do mosquito.

Principais Problemas De Drenagem E Esgoto Nas Zonas Planeadas De

Expansão
As valas de drenagem percorrem assentamentos humanos, e após a sua implementação registaram
se as seguintes ocorrências:

 Despejo de águas dos sistemas de Esgoto caseiros;

 Deposição de resíduos sólidos urbanos;
 Lavagem de utensílios para posterior venda;
 Higiene Pessoal.
 Era um local de elevado índice de insegurança por se tratar de um local onde os malfeitores
se concentravam;
 Dificuldades de travessia das pessoas durante o período chuvoso;

As principais doenças que se verificam nas proximidades da vala estão relacionadas são as
de fórum hídrico, tendo a destacar as seguintes:

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 Malárias – devido à proliferação de mosquitos ao longo da vala que se deve à

acumulação do lixo depositado ao longo da vala;
 Doenças diarreicas - devido à existência de agentes transmissores destas doenças na
vala e a infecção das águas.

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Conclusão
Maior parte das valas de drenagem nas zonas de expansão visam o controlo das águas Pluviais,
melhorando a sua condução e reduzindo os níveis de erosão e desabamento de habitações erguidas
ao longo do troço das principais vias.

E com base nos estudos feitos, maior parte da população residente nos bairros estão descontentes
com a construção das valas, pela não inclusão da mesma no processo de implementação. Devido
a falta de sensibilização sobre os meios de tratamento das valas, estas têm estado a degradar se e
tornam-se em locais de proliferação de doenças

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Referencias Bibliográficas
I. CDS-Relatório do estado do ambiente cidade de Nampula, Dezembro, 2009
II. CEDH; Conselho Municipal da Cidade De Nampula, Análise de Situação Actual in Plano
Parcial de Urbanização do Posto Administrativo de Muhala [draft]. Setembro de 2011
III. CMN - Plano de Desenvolvimento Municipal, 1999
IV. CMN, PEMGA - Plano Estratégico Municipal de Gestão Ambiental, 1999
V. Instituto Nacional de Estatística – INE (2009) – Sinopse dos Reultados Definitivos do 3º
VI. Recenceamento Geral da População e Habitação – Província de Nampula. Maputo. p 22

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