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INFRAESTRUTURA EM Caso da Cidade de Nampula

MOÇAMBIQUE APÓS A
GUERRA DOS 16 ANOS
Discente: Ricardo Carlos
Chandulale Docente: Leopoldo
Sabre Da Graça Gregório
Sheiz Victor Tembe
INTRODUÇÃO

Este estudo é um produto do Diagnóstico das Infra-estruturas pos a guerra de 16 anos nas cidades
Moçambicanas especificamente cidade de Nampula. Este trabalho foi desenvolvido de modo a
expandir o conhecimento sobre as infra-estruturas físicas em Moçambique concretamente em
Nampula.

O presente trabalho proporciona uma base que permitirá avaliar futuros melhoramentos dos
serviços das infra-estruturas, tornando possível a monitorização dos resultados obtidos. Oferece
ainda uma base empírica para a definição de prioridades em termos de investimentos e para a
delineação de reformas e estratégias nos sectores das infra-estruturas de Moçambique
principalmente em Nampula.
OBJECTIVOS
Geral
Compreender o impacto das Infraestruturas em Nampula após a guerra dos 16 anos.
Específicos
Identificar as infraesturas existentes em Nampula após a guerra dos 16 anos;
Descrever os tipos de Infraestruturas existentes na época;
Analisar o impacto das Infraestruturas na cidade após a guerra dos 16 anos.
Metodologia
O trabalho foi elaborado através da pesquisa exploratória, através da colecta de dados
secundários(referencias Bibliográfica).
SURGIMENTO E CRESCIMENTO DA
CIDADE

A província de Nampula deriva do nome M’phula ou Wampula. Essa primeiramente


teve a origem militar, instalando-se nela postos militares de autoria portuguesa. O
surgimento das vilas de muitos distritos da província de Nampula originaram-se
primeiramente como postos sedes da ocupação colonial como um ponto estratégico
de defesa e controle da Cidade.

Marcos Históricos

1896 1916 1934


1956
Elevação a Localidade de Elevação a Cidade de
ocupação Portuguesa. Nampula
Elevação a Villa de Nampula Nampula
INFRAESTRUTU
RA VIÁRIA
Podem ser definidas como “o
conjunto de pequenas ou grandes
vias que compõem o sistema capilar
do transporte, sendo responsáveis
fundamentalmente pelo escoamento
da produção e bens humanos
podendo ser revestidas ou não.
INFRAESTRUTU
RA VIÁRIA
Após o período da guerra dos 16 anos as ruas
nas zonas que circundam a cidade eram na
sua maioria de terra batida, mas no centro da
cidade as ruas na sua maioria possuem ate os
dias de hoje pavimento concretamente de
asfalto, e este projecto de revestimento com
base no asfalto já havia sido implementado
antes da guerra dos 16 anos, no período
colonial pelos portugueses
Infraestrutura Viaria ANTES DA
GUERRA

Após a Guerra
REDE VIÁRIA NO
MUNICÍPIO DE
NAMPULA para a cidade Nampula Destacamos grandes vias de circulação a nível do município

de Nampula e que tambem ligam outros pontos da provincia ate da região:

• Estrada nacional EN1;

• A Estrada Nacional N13 (em direcção a Rapale);

• Avenida das FPLM em direcção ao Distrito de Mogovolas

Ao Longo dos Postos Administrativos existem algumas vias estruturantes e vias de

distribuição que a partir destas vias é possível aceder aos equipamentos dentro dos

mesmos, A partir das quais acessam-se os diferentes pontos dos bairros, ao longo dos

mesmos encontram-se distribuídos vias com acesso à viaturas e peões que são

regulares nas áreas planeadas, nas áreas de crescimento espontâneo as vias encontra-

se com sérios problemas de erosão, acumulação de resíduos sólidos e habitações

obstruindo as vias tornando intransitáveis..


REDE
FERROVIÁRIA
A linha-férrea, foi iniciada antes(1913) no Lumbo, em
1930 chega finalmente a Nampula, o que leva a que a
administração Cononial, para que esta se fixe de forma
definitiva.

1 de Outubro de 1934 foi inaugurada a linha dos caminhos


de ferro entre Nampula e Ribaue.

O Município de Nampula é actualmente atravessado por


uma via ferroviária que liga Nacala – Tete, Corredor de
Desenvolvimento do Norte (CDN). Uma via de extrema
importância para o transporte de mercadorias e
passageiros. e com essa divisão do Corredor acaba criando
assimetria dentro do município tendo-se uma área servida
de equipamentos e serviços.
SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL
NA CIDADE DE NAMPULA
O sistema de drenagem de águas pluviais urbanas: é o conjunto de obras ou elementos
destinados a recolher e levar rápida e diretamente, de forma segura, e em harmonia com a
drenagem natural da área, a água da chuva.
Na cidade de Nampula o sistema de drenagem se circunscreve às artérias principais do
PAM Central, que dispõe igualmente de servitudes para as demais infraestruturas,
estabelecidas em regra ao longo da rede viária, em particular nos passeios.
a recolha de águas pluviais nas principais vias do posto central através de sarjetas que
ligam a uma rede de drenagem enterrada e que escoam para os rios muahivire entre outros
CONT…
Classificação
Podemos dizer quanto a classificação o sistema de drenagem de Nampula apenas possuem o
micro sistema de drenagem e devido a sua boa drenagem natural, as aguas no centro da cidade
são escoadas com facilidade através do mesmo sistema de drenagem.
Maioritariamente, o sistema de drenagem que a cidade de Nampula apresenta assim como o a
rede viária revestida de asfalto na zona urbana foi implementado pelo portugueses .
Nos últimos anos com o millenium challenge account em parceria com o conselho municipal
da cidade de Nampula, implementaram projectos para a colocação de Pavimentos
concretamente pavês nas zonas em expansão, e notasse também que mesmo nas periferias da
cidade esta sendo implementado estes quando implementado são acompanhados de sistemas de
drenagens de agua Pluvial.
Infraestrutura Elétrica
A energia era disponibilizada pela Divisão de Exploração
dos Caminhos de Ferro de Moçambique (Direcção dos
Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de
Moçambique) que a vendia ao município. Foram
implementadas 3 redes (1 subterrânea e 2 aéreas),
construídas pelo município e serviam 55 candeeiros.
As avenidas Neutel (actual Paulo Kankhomba) e
Governador (actual Eduardo Mondlane) estavam ornadas
com candeeiros de 2 globos e nos cruzamentos com 3
globos. A avenida do Trabalho (ex-Eng. Pinto Teixeira)
tinha candeeiros de um só globo. Eram em colunas de aço
canelado pintado a alumínio encimadas por globos
difusores de vidro moldado. Estavam distanciados em 50
metros e estendiam-se por 3 kms de extensão.
CONT…
Os CTT (Correios Telégrafos e Telefones) compram um terreno para a instalação de
uma estação rádio-telegráfica. A execução deste projecto foi autorizada por duas
fases, primeiro para a Estação de Transmissão (pela Portaria n.º 7.146 de
20/12/1947) por 186.900$00, cerca de 35 mil meticais, e depois a Estação de
Recepção (Portaria n.º 7.147) por 172 contos (31 mil meticais).
REDE DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA
A captação de água da cidade de Nampula, é feita na albufeira da barragem do Rio Monapo que deu o
seu Início de construção da barragem no rio Monapo em Abril do ano 1937, que dista 6km do centro
da cidade ao montante da Ponte da EN8 existente sobre o Rio Monapo. Em Novembro de1936, Uma
brigada de estudos dos Caminhos de Ferro, localizou no rio Monapo, a 10 kms de Nampula, o local
ideal para a construção de uma barragem que permitisse o abastecimento de água à vila com uma
capacidade de conservar 4 milhões de m³ de água o que actualmente conserva menos.

Este é um rio temporário o que faz com que nos meses de Julho haja uma grande procura da água
potável devido a redução da quantia de fornecimento da água. O projecto seria aprovado em Janeiro
de 1937 e as obras começariam em Abril 1937.
CONT…
Na barragem já existe uma nova construção da nova estacão de tratamento de água tendo em
conta o crescimento da população daqui a 50 anos. Actualmente a captação da barragem tem
capacidade de captar 25000m³ de água por dia o que corresponde a 1000m³ de água por hora.

A Barragem actualmente tem a cobertura de 23288 ligações domiciliárias, o corresponde a


128.82m3 de água para cada ligação, tendo em conta que a Barragem absorve 3000000m3.
De acordo com o Regulamento de Abastecimento de Água), dispõe em média de 20litros/dia
para uma pessoa, no entanto a Barragem teria capacidade de servir 150000 Habitantes
VULNERABILIDADE OCASIONADAS
PELA GUERRA

Uma análise mais atenta dos factores que as guerras dos 16 anos causaram desastres humanos e
económicos revela que os entraves fundamentais ao desenvolvimento da cidade de Nampula e são os
mesmos que contribuíram para as vulnerabilidades que a cidade apresenta nos dias de hoje.

As principais causas da vulnerabilidade da cidade são:

A falta de planos de urbanização e sua implementação para gestão da cidade;

A persistência da pobreza urbana e rural generalizada;

Politicas publicas e ineficientes;

Desigualdade no desenvolvimento das infraestruturas e crescimento da população.


CONCLUSÃO

Em Nampula como em muitas cidades em desenvolvimento a provisão de


infraestruturas é da responsabilidade do governo, devido aos altos custos, as formas
indiretas de retorno e as externalidades que o produtor não é capaz de internalizar na
sua estrutura de preços. Isto torna o investimento em infraestruturas pouco atrativo
para o sector privado, o que leva a que o sector público seja o único provedor destes
serviços.

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