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ESTRADAS
DE
FERRO
NOTAS DE AULA
Versão 2 - 2008
Escola de Engenharia
Av. Itália km 08, - Pav. K, Sala 01 – Rio Grande/RS – CEP 96201-900
Fone: (053) 32336620 – E-mail: escola.de.engenharia@dmc.furg.br – Caixa Postal: 474
UNIDADE I
1. INTRODUÇÃO
Que diriam os nossos antepassados se nos vissem agora transportando cargas e pessoas em
aviões, trens, navios e caminhões em velocidades e quantidades surpreendentes? O fundamental é
que evoluímos.
Dispomos hoje, de vários meios de transportes. Dentre os mais utilizados, estão o rodoviário, o
aéreo, o marítimo, o fluvial e o ferroviário. A viabilidade de utilização de um ou outro, vai depender,
principalmente, da distância do transporte, das características do material a ser transportado e da
disponibilidade do meio.
1.1 Histórico
O trem ou comboio, puxado pela máquina a vapor teve uma importância enorme nos últimos
duzentos anos da história da humanidade. Ele foi sem dúvida o elemento mais importante da
Revolução Industrial, permitindo a deslocação das matérias primas para as fábricas rápida e
eficazmente e levando os produtos acabados a pessoas, a regiões distantes e aos países onde eram
mais necessários.
Foi importantíssima a sua contribuição nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais, levando
rapidamente homens e armas onde estes mais faltam faziam. Foram os comboios, a quem os índios
chamaram Cavalo de Ferro (Iron horse), que ajudaram os colonos ingleses a desbravar o oeste
americano e a construir o que hoje é considerado como a maior potência mundial.
Foram os comboios que ligaram populações, regiões, países e continentes que até aí estavam
completamente isolados ou onde poderia demorar semanas ou meses para fazer uma simples
comunicação entre si; na agricultura, produtos que corriam o risco de ficar nas regiões onde eram
produzidos, puderam começar a ser despachados para grandes distâncias, havendo muito menor
risco da sua degradação e encorajando assim, o aumento das produções.
Em redor das estações ferroviárias, nasceram e cresceram vilas e cidades, onde até aí, nada
existia; a construção das linhas ferroviárias empregou muitos milhares de pessoas, de cidades,
regiões e até de países diferentes, contribuindo assim para aproximar diferentes povos e culturas.
O engenheiro inglês Richard Trevithick construiu em 1803 um veículo a vapor similar a uma
locomotiva, que pesava 5 toneladas e atingia 5km/h.
Stephenson, engenheiro inglês, foi o verdadeiro criador da tração a vapor em estrada de ferro; o
primeiro a compreender o princípio de aderência de rodas lisas sobre uma superfície também lisa.
Construiu a “Locomotion”, que, em 1825, tracionou uma composição ferroviária trafegando entre
Stockton e Darlington, num percurso de 15 km, a uma velocidade próxima dos 20 km/h. Em
associação com seu filho, Robert Stephenson, fundou a primeira fábrica de locomotivas do mundo.
Desde o advento da ferrovia, as estradas de ferro justificavam tal nome, pois, ao utilizarem trilhos
de ferro, eram mesmo ferrovias ou vias férreas. Os trilhos apresentavam o inconveniente do
desgaste, encarecendo a conservação das vias permanentes.
Em 1844 deu-se o início do processo de unificação das bitolas na Inglaterra, com a adoção do
padrão de 1.435mm.
Em 1869, George Westinghouse recebe a patente de seu freio a ar, que iria diminuir
sobremaneira os acidentes ferroviários derivados de problemas de frenagem.
Inventado, nos EUA, em 1873, pelo ex-escravo Eli Janney, o sistema de engate automático,
eliminando grandemente os graves acidentes que normalmente ocorriam com manobradores no
engate e desengate de vagões e carros de passageiro.
Criada nos EUA, em 1887, a primeira agência reguladora do transporte ferroviário em âmbito
nacional: a Interstate Commerce Comission – ICC.
No final do século passado, ocorreram muitas tentativas para a aplicação da energia elétrica na
tração dos trens. Dentre as bem sucedidas, temos a de Von Siemens, na Alemanha. Nos EUA, a
primeira eletrificação aconteceu em 1895, na Baltimore e Ohio Railroad; autoridades municipais eram
pressionadas pela população para que o incômodo da fumaça fosse eliminado das linhas que
atravessavam as cidades.
Inauguração, em 1906, do túnel ferroviário em Simplon, nos Alpes, com comprimento de 19,73m.
Em 1934, as companhias americanas Union Pacific e Burlington Railroad, com o trem “Zephyr”
de três carros de aço inoxidável, movido por um motor diesel de 600HP e acionado por um gerador,
percorreram a linha entre Denver e Chicago (164 km) a uma velocidade de 120 km/h.
No começo do século XX, nos EUA e Europa, centenas de quilômetros de linhas férreas foram
eletrificadas. Com isso, o serviço de passageiros suburbanos ganhou qualidade, pois freqüentes
parada exigiam maior poder de aceleração. Os empresários concluíram que a tração elétrica
diminuía os custos operacionais tornando os serviços mais atraentes. Em 1945, vários países
apresentavam redes eletrificadas: Itália, Suécia, EUA, Suíça, França, Alemanha, Rússia e Grã-
Bretanha.
A maioria das eletrificações ocorria em vias de intenso tráfego (o que justificava o alto custo do
investimento nessas instalações) e em linhas que apresentavam restrições à tração a vapor. As
locomotivas elétricas exerciam grande força de tração por longos períodos sobre trechos muito
íngremes.
É alcançada na França, em 1955, a velocidade de 330 km/h, com um trem tracionado por
locomotiva elétrica.
Emissão de relatório pelo ICC, órgão regulador dos EUA, onde é dito que: o transporte ferroviário
de passageiros está se tornando obsoleto e que os carros de passageiros muito em breve farão parte
de um museu histórico dos transportes, junto com a carruagem e a locomotiva a vapor, em 1958.
Não tardou muito para que estas questões relacionadas à invenção da locomotiva e à construção
de estradas de ferro, fossem conhecidas no Brasil. Pode-se dizer que as primeiras iniciativas
nacionais, relativas à construção de ferrovias remontam ao ano de 1828, quando o Governo Imperial
autorizou por Carta de Lei a construção e exploração de estradas em geral. O propósito era a
interligação das diversas regiões do País.
É importante destacar que, até a chegada das ferrovias no Brasil, o transporte terrestre de
mercadorias se processava no lombo dos burros em estradas carroçáveis. Naquela época, os portos
fluminenses de Parati e Angra dos Reis exportavam cerca de 100 mil sacas de café, provenientes do
Vale do Paraíba. Em São Paulo, anualmente, chegavam ao porto de Santos cerca de 200 mil bestas
carregadas com café e outros produtos agrícolas.
O grande empreendedor brasileiro, Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), mais tarde Barão
de Mauá, recebeu em 1852, a concessão do Governo Imperial para a construção e exploração de
uma linha férrea, no Rio de Janeiro, entre o Porto de Estrela, situado ao fundo da Baía da Guanabara
e a localidade de Raiz da Serra, em direção à cidade de Petrópolis. A primeira seção, com 14,5 km
de extensão e bitola de 1,68m, puxado pela locomotiva “Baronesa”, o primeiro trem a circular no
Brasil, foi inaugurada por D. Pedro II, no dia 30 de abril de 1854.
Em 1858 deu-se a inauguração da segunda estrada de ferro do Brasil, a Recife and São
Francisco Railway Company, entre Recife e Cabo, em Pernambuco. Essa ferrovia marca também o
início da instalação da primeira empresa inglesa no país. Conclusão do primeiro segmento, entre o
Rio de Janeiro e Queimados, na Baixada Fluminense, daquela que seria por muitos anos a mais
importante ferrovia do Brasil: a E. F. D. Pedro II, mais tarde E. F. Central do Brasil.
Realização do I Congresso de Estradas de Ferro no Brasil, em 1882, que contou com a presença
do imperador D. Pedro II em todas as suas treze sessões.
Introdução no Brasil, em 1904, pela Cia. Paulista de Estradas de Ferro – CPEF, da técnica de
plantio de eucalipto, de origem australiana, para fornecimento de lenha às locomotivas a vapor.
Inauguração da E.F. Madeira – Mamoré, tida como um dos mais difíceis empreendimentos do
Brasil em 1912.
Em 1926 é criada, no Brasil, a Contadoria Geral dos Transportes, destinada a organizar o tráfego
mútuo entre as cerca de 150 diferentes estradas de ferro operando no país.
Eletrificadas as linhas de subúrbio do Rio de Janeiro, operadas pela E.F. Central do Brasil em
1930.
Criação da Cia. Vale do Rio Doce, que absorveu E.F. Vitória a Minas – EFVM, que se tornaria em
pouco tempo a mais importante ferrovia do país.
Logomarca RFFSA
Criação da Ferrovia Paulista S.A. – Fepasa, pela aglutinação de cinco ferrovias estaduais
(Paulista, Sorocabana, Mogiana, Araraquarense e São Paulo – Minas), em 1971.
Em 1985 há a inauguração da E.F.Carajá – EFC, no Norte do Brasil, pela Cia. Vale do Rio Doce,
destinada a escoar minério de ferro do estado do Pará.
Logomarcas
Logomarcas
Logomarcas
OBSERVAÇÃO: Para saber mais sobre a Evolução do Transporte Ferroviário, acesse a página:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comboios
UNIDADE II
VIA PERMANENTE.
INFRA-ESTRUTURA E SUPERESTRUTURA
FERROVIÁRIA.
As Vias-férreas são compostas por dois trilhos paralelos destinados ao trânsito especialmente
projetados para tal, como bondes, vagonetes, litorinas, comboios ou trens, etc.
A maioria das linhas-férreas é formada por dois carris (trilhos) paralelos geralmente de aço,
dispostos perpendicularmente sobre travessas de madeira ou concreto (dormentes) assentes em
balastro (ou lastro). As rodas dos trens ou comboios se encaixam nos trilhos, mantidos a uma
distância específica constante chamada de bitola. A função das travessas é manter os carris na
mesma bitola, para evitar distâncias irregulares.
O percurso das ferrovias é pontuado por estações ou terminais, dispostos em locais estratégicos,
como concentrações populacionais (cidades, vilas, povoados) ou de produção (fazendas, indústrias,
portos).
Diferentemente dos outros meios de transporte, o sistema ferroviário não possui mobilidade
quanto à direção do veículo. Seu trajeto é guiado pelos trilhos.
Podemos dizer que o pavimento ferroviário é dividido basicamente em: superestrutura e infra-
estrutura. Só que precisamos ter cuidado com estes termos, pois eles não possuem o mesmo
significado para diferentes autores; a interface destas duas camadas considera-se ora na superfície
do lastro, ora no superior do subleito.
• Infra-estrutura ferroviária
INFRA-ESTRUTURA
FERROVIÁRIA
Subleito ou camada final de terraplenagem
Demais obras situadas abaixo do terraplenagem
• Superestrutura ferroviária
Para Rodrigues (2002) a superestrutura é a parte da via permanente que recebe os impactos
diretos das cargas e cujos principais elementos constitutivos são os trilhos, dormentes e lastro, que
são sujeitos às ações de degradação provocada pela circulação dos veículos e de deterioração por
ataque do meio ambiente.
A expressão “via permanente” surgiu nos primórdios das estradas de ferro, para dizer da
vantagem que ofereciam sobre as estradas de terra.
SUPERESTRUTURA
FERROVIÁRIA
VIA PERMANENTE
Sublastro
Lastro
Dormentes
Trilhos
A interação veículo-via se dá pelo contato direto das rodas metálicas do trem com os trilhos, que
também são metálicos. Isto provoca um desgaste considerável dessas partes devido a grande
magnitude de carga que solicita as rodas. Apesar da pequena resistência ao desgaste, esta alta
solicitação faz com que este tipo de interação veículo-via seja o mais adequado.
2.1.1.2 Bitola
Bitola é a distância entre as faces internas das duas filas de trilhos, medida a 12 mm abaixo do
plano de rodagem.
Bitola
Fonte: Apostila Ferrovias - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Há também as vias-férreas com bitolas mistas (vias algaleadas), contendo ambas citadas
anteriormente, permitindo que seja utilizada por mais de um tipo de trem. Neste caso usam-se três
trilhos: um lateral comum a ambas as bitolas, um central para a bitola de 1m e o outro lateral para a
bitola maior.
Devido à robustez do trem, as rodas são solidárias ao eixo, não permitindo movimento relativo.
Como conseqüência, aparece escorregamento entre as rodas e os trilhos quando o trem descreve
uma trajetória curvilínea. Além disso, os eixos são montados paralelamente numa estrutura
denominada truque.
Truque
Fonte: http://www.poli.usp.br/d/ptr0540
A dificuldade de inscrição do truque (com os eixos paralelos e solidários às rodas) nos trilhos de
uma curva limita os raios mínimos em valores bastante superiores aos das rodovias. Sistemas que
não exigissem paralelismo entre eixos a fim de facilitar a inscrição nos trilhos seriam muito
complexos e frágeis devido, mais uma vez, à robustez do trem.
Note que as rodas possuem frisos para manter o trem sobre os trilhos, evitando um
deslocamento lateral que provoque descarrilamento.
Descarrilamento: Acidentes provocados pela saída das rodas dos carris (trilhos).
As rodas possuem ainda uma configuração cônica que tem duas funções:
• Centralizar o veículo nos trilhos uma vez que, quando o mesmo se desloca mais para
o lado de um trilho, a geometria cônica o faz escorregar pela gravidade de volta para o centro.
• Diminuir (um pouco) o efeito do escorregamento das rodas nas curvas, pois o trem se
apóia numa curva no trilho externo e a configuração das rodas faz com que à externa tenha uma
circunferência de contato com o trilho maior que a interna.
2.1.1.4 Eixos
Diferentemente dos caminhões, as cargas são dispostas nas pontas dos eixos.
As rodas nunca estão fora do gabarito da “caixa”.
Como foi comentado antes, existe paralelismo dos eixos no truque.
UNIDADE III
SUPERESTRUTURA FERROVIÁRIA.
SUBLASTRO. LASTRO.
DORMENTES. TRILHOS.
3. SUPERESTRUTURA FERROVIÁRIA
3.1 Sublastro
O sublastro é uma camada situada entre o lastro e o subleito, com função de filtro, impedindo a
subida da lama proveniente do subleito.
Bombeamento de finos
Fonte: Apostila Ferrovias - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
O uso do sublastro também serve para diminuir a altura necessária de lastro, uma vez que seu
custo é menor.
• IG = 0 LL ≤ 35 IP ≤ 6
• Grupo A1 – classificação da HRB
• Expansão máxima de 1%
• CBR ≥ 30
c) Espessura do sublastro:
3.2 Lastro
b) Qualidades que o lastro deve possuir para bem desempenhar as suas funções:
Pedra britada: É limitadamente elástico e não produz poeira. Deve-se escolher a pedra britada de
rochas duras.
As principais rochas utilizadas para a britagem são: arenito; calcário; mármore; dolomita;
micaxisto; quartzito; diorito; basalto; diábase; granito; gneiss.
As quatro primeiras, entretanto, nem sempre atendem às especificações atuais na escolha da
pedra para lastro.
Normas (ensaios):
Granulometria:
Partículas:
Para fins práticos, para se calcular a altura do lastro, usaremos o trabalho de Arthur N. Talbot.
Chamando de p0 a pressão média na face inferior dos dormentes, as curvas dão os valores
de:
ph
k% *100
p0
De acordo com os trabalhos de Talbot (dilvulgados pela “AREA” – American Railway Engineering
Association), a curva da variação das pressões máximas no lastro (abaixo do centro dos dormentes),
em função da altura do lastro, é dada pela equação:
16,8
ph * p0
h1, 25
Onde
ph: pressão à profundidade “h”;
p0: pressão na face inferior do dormente (pressão de contato dormente-lastro);
h: altura do lastro em polegadas.
53,87
ph * p0
h1, 25
P
p0
b*c
Onde
P: carga a ser considerada sobre o dormente;
b: largura do dormente;
c: distância de apoio no sentido longitudinal do dormente.
Socaria é feita com mais intensidade sob cada trilho então se adota para “c”:
Valor de “P” carga de roda NÃO deverá ser o peso descarregado pela roda mais pesada.
Por que NÃO? Porque em virtude da rigidez do trilho e deformação elástica da linha haverá
distribuição de carga para os dormentes vizinhos.
“AREA” recomenda:
Pr d
P * Cd n
n a
Onde:
Pr: peso da roda mais pesada
Cd: coeficiente dinâmico em virtude das cargas serem dinâmicas
d: distância entre eixos do veículo
a: distância entre centros dos dormentes.
Coeficiente dinâmico (Cd): existem diversas fórmulas que exprimem o valor deste
coeficiente.
v2
“AREA” recomenda: Cd 1
30000
Onde:
v: velocidade em km / h.
Experiências feitas pela “AAR” (American Association Railway – 1950) Esforços estáticos
no solo aumentam aproximadamente 50% para locomotivas diesel, devido ao impacto.
2º. Valor da pressão admissível (ou taxa de trabalho) do solo (no caso, o sublastro).
Valor de ph (dado pela fórmula) Deverá ser compatível com a capacidade de suporte da
plataforma (sublastro).
ph p
ph: pressão à profundidade “h”; (já discutida);
p : pressão admissível no sublastro (será discutida logo a seguir)
pr
p
n
Onde:
pr: pressão de ruptura do solo situação caracterizada por recalques incessantes sem aumento da
pressão aplicada.
n: Coeficiente de segurança varia entre 2 e 3.
70 * CBR
• CBR conhecido: p p: kgf / cm2
100
p
A seguir, adotamos: p n: coeficiente de segurança entre 5 e 6.
n
Justificativa para este alto coeficiente de segurança trata-se de uma situação de esforços
dinâmicos repetitivos. Para evitar os recalques diferenciais (devido à desigual distribuição de
pressões no sublastro).
a) Graficamente:
p
1) Calcula-se: k% *100
p0
2) E entra-se no gráfico:
53,87
ph * p0
h1, 25
3.3 Dormentes
Dormente é o elemento da superestrutura ferroviária que tem por função receber e transmitir ao
lastro os esforços produzidos pelas cargas dos veículos, servindo de suporte aos trilhos, permitindo a
sua fixação e mantendo invariável a distância entre eles (bitola).
Tipos de dormentes:
• De madeira;
• De aço;
• De concreto.
Dormentes de Madeira
Reúnem quase todas as qualidades que são exigidas para um dormente. Ainda é o principal
tipo de dormente.
a) Quanto às dimensões
b.1) 1ª CLASSE
b.2) 2ª CLASSE
b.3) 3ª CLASSE * * Essências de 1ª ou 2ª classes, mas com defeitos toleráveis.
A durabilidade é função da qualidade da madeira, tráfego, época do ano em que foi cortada –
no inverno há menos seiva, grau de secagem.
→ Clima;
→ Drenagem da via;
→ Peso;
→ Velocidade dos trens;
→ Tipo de fixação de trilho usado;
→ Tipo do lastro;
→ Tipo da placa de apoio do trilho no dormente;
→ Etc...
No Brasil:
- Madeira de Lei: 15 a 20 anos, dependendo do preservativo;
No mundo:
- Tratados com pentaclorofenol: 25 a 30 anos;
- Tratados com sais: 15 a 20 anos;
- Não tratados: 3 a 18 anos.
Resistência ao apodrecimento;
Qualidades mais importantes
para um dormente
Resistência ao desgaste mecânico.
a) Dureza e coesão da madeira quanto maior, maior será sua resistência à destruição
mecânica;
b) Resistência ao apodrecimento;
c) Maior ou menor facilidade de obtenção;
d) Razões de ordem econômica.
Características físicas
Ensaios determinam
Características mecânicas
- peso específico.
O tratamento das madeiras resolve o apodrecimento, mas não atua na resistência. A escolha
do preservativo deve ser com a resistência da essência:
Tratamento químico dos dormentes Através do uso de preservativos que podem ser
oleosos ou sais hidrossolúveis.
Dormentes de Concreto
Este tipo de dormente começou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial. Era de
concreto armado, monobloco, não protendido. Começou a aparecer fissuras próximas à seção
central, causadas pela tração que aparece nesta região como indica a figura abaixo:
1. Dormentes de dois blocos (70 x 29 x 23) cm, com haste metálica interligando-os. Podem ser
armados (França) ou protendidos (Suécia);
Dormente bi-bloco
Fonte: Apostila Ferrovias - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
2. Protendidos monobloco:
Os dormentes monoblocos protendidos possuem diversas vantagens sobre o tipo misto, como
por exemplo:
Maior área de apoio sobre o lastro;
Maior peso: mais estabilidade (entretanto, maior dificuldade de manuseio);
Resistente à flexão no centro;
Absorve e transmite bem esforços horizontais e verticais, mesmo em caso de
desnivelamento transversal.
A vida útil dos dormentes de concreto é cerca de 40 anos, se não houver descarrilamentos.
Profª. Raquel da Fonseca Holz e-mail: prof.raqfh@yahoo.com.br
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ESTRADAS DE FERRO - 04058
Outros tipos
Dormentes de aço.
MADEIRA
Vantagens Desvantagens
Menor massa (manuseio); Vida útil;
Facilmente trabalháveis; Ataque de fungos e insetos;
Dormentes AMV – difíceis de obter;
Bons isolantes; Tratamento exige manter estoque;
Fixação simples; Redução da oferta.
Suportam bem super solicitações;
Aproveitamento dos dormentes usados;
Elasticidade da via (na verdade contribui pouco se * AMV: Aparelho de mudança de via.
comparado com lastro e solo. Atuação efetiva sobre o
nível de ruído).
CONCRETO
Vantagens Desvantagens
Maior massa (resistência a esforços laterais): 300 Manuseio e substituição onerosos;
– 400kg; Destruído em descarrilamentos;
Manutenção da bitola; A construção de dormentes especiais AMV é
Isolante; dispendiosa;
Invulnerável a fungos; Vulnerável a solicitações excepcionais.
Vida útil longa;
Menor armazenagem.
AÇO
Vantagens Desvantagens
Fácil confecção de dormentes especiais; Massa reduzida – falta de inércia;
Manutenção da bitola; Custo elevado de assentamento e manutenção –
Recondicionável; difícil a socaria;
Insensível ao ataque de fungos; Vulnerável a ambiente agressivo;
Relativamente resistente a super solicitação; Tráfego ruidoso;
É relativamente leve. Gasto adicional com isolamento elétrico;
Custo de aquisição, principalmente no Brasil.
Em resumo:
CUSTO ANUAL: Temos que chegar a um custo anual, levando em conta depreciação e juros, o qual
pode ser obtido usando a seguinte expressão:
r 1 r
n
AC*
1 r n 1
Onde:
A: custo anual de 1 km de linha (dormentes)
C: custo total da quantidade de dormentes por quilômetro
r: taxa de juros
n: durabilidade dos dormentes 15 anos (dormente de madeira)
40 anos (dormente de concreto)
Exercício:
a) Dormentes de madeira:
Densidade dormentação = 1800 dormentes/km
Custo de aquisição = R$ 15,00 / dormentes
b) Dormentes de concreto:
Densidade dormentação = 1500 dormentes/km
Custo de aquisição = R$ 20,00 / dormentes
r 1 r
n
AC*
1 r n 1
0,121 0,12
15
0,6568278911
Amadeira 1800 * 15 * Amadeira 27000 *
1 0,1215 1 4,473565759
0,121 0,12
40
Aconcreto 1500 * 20 * Aconcreto 3639,11 Custo anual de um quilômetro de linha.
1 0,1240 1
3.4 Trilhos
São elementos da via permanente que guiam o veículo no trajeto e dão sustentação ao
mesmo.
Funcionam como viga contínua e transferem as solicitações das rodas para os dormentes.
Os trilhos são designados pelo peso que apresentam por metro linear.
Exemplo: TR – 37, 45, 50, 57 e 68.
3.4.1 Perfis
Boleto desgaste
Alma viga
Sabemos que quanto mais a massa do trilho estiver concentrada no boleto e no patim, mais
resistente esse trilho será à flexão.
Entretanto, deve-se conservar uma espessura mínima na alma capaz de garantir adequada
resistência e rigidez transversal. Tal espessura leva ainda em consideração o desgaste
provocado pela corrosão atmosférica.
Patim estabilidade
Não deve ser muito fino, garantindo dessa forma que alma
continue perpendicular ao dormente (ou placa de apoio) durante
solicitações transversais (em curvas, por exemplo). Se não
possuir espessura adequada ao nível de solicitação transversal,
pode acumular deformações permanentes ao longo da vida útil e provocar acidentes.
A espessura deve ser suficiente ainda para reduzir o nível de tensões residuais decorrentes
do resfriamento diferenciado (durante a produção) entre o boleto e o patim.
Assim como a alma, a espessura de fábrica do patim deve prever a diminuição da mesma
com o tempo devido à ação da corrosão.
O patim é a parte do trilho que fica em contato com o dormente (ou com a placa de apoio,
dependendo da via) transferindo-lhe as tensões. Dessa forma, sua largura define o nível com
o qual solicitará o dormente (ou placa).
Outros condicionantes
◙ Resistência lateral (patim e boleto largos, a fim de garantir resistência à flexão devido à força
transversal, atuante principalmente em curvas);
◙ Tenacidade;
Tenacidade: é a energia mecânica, ou seja, o impacto necessário para levar um material à ruptura. Se um
material é tenaz ele pode sofrer um alto grau de deformação sem romper. A capacidade de um material
“riscar” o outro, ou penetrar o outro.
◙ Elasticidade;
O comportamento dos corpos materiais que se deformam ao serem submetidos a ações externas (forças
devido ao contato com outros corpos), retornar à sua forma original quando a ação externa é removida.
a) Defeitos de fabricação
• Detector Sperry consiste em se passar uma corrente elétrica em baixa voltagem através
do trilho, gerando um campo magnético no boleto do trilho.
Defeito de laminação defeito externo como : ondulações, rebarbas, etc... São perceptíveis à
simples vista e não interferem na segurança.
(http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010170040721)
O aço é o material utilizado nos trilhos por diversas razões relacionadas à resistência e
qualidade:
A vida útil é limitada pelo desgaste do trilho ou pela ruptura por fadiga decorrente do
carregamento cíclico.
Geralmente o desgaste é o fator limitante que ocorre primeiro.
a) O desgaste:
O desgaste é decorrente da ação mecânica entre a roda e o trilho, que podem ou não
possuir a mesma dureza.
A rapidez com que surge o desgaste é função do raio e do peso da carga transportada pelos
veículos.
O limite geralmente estabelecido para o desgaste é de 25% da área total do boleto (seção
transversal).
Sendo ∆p a perda de massa em kg/m e R o raio da curva em metros. Esta perda de massa
refere-se à passagem de 9.072.000 toneladas métricas de carga. Ou seja, para cada 9,072 x 106 ton
de carga bruta que passam sobre uma via de aço comum têm uma perda de massa do boleto por
unidade de comprimento do trilho igual a ∆p. Esse valor ∆p vai depender do raio da curva em
análise, sendo tal desgaste mais intenso para curvas muito fechadas.
Vamos fixar o ∆p admissível para a via analisada e descobrir qual carga deve passar a curva
estudada para provocar este desgaste.
∆padm = . ∆S
padm .0,25 . S B
S B área do boleto
2º Critério AREA: Este órgão americano utiliza outro método para se estimar a somatória de
cargas que solicita o trilho sem exceder o desgaste permitido. A expressão utilizada se aplica a
trechos de tangentes ou curvas com raios maiores que 1800m. Para os raios menores que esse
valor, existem tabelas de redução da carga.
b) Fadiga:
A fadiga é o fenômeno que leva o trilho à ruptura mesmo quando solicitado com uma
tensão menos que a de ruptura. Isso acontece devido ao acúmulo de rearranjos dos cristais do metal
que ocorrem a cada ciclo de solicitação.
3.4.6 Soldagem
Os trilhos de uma via podem ser montados em duas configurações: Trilhos curtos ou trilhos
longos soldados.
Em ambos os casos, aparece a necessidade da solda, pois os trilhos são laminados em perfis
com comprimentos de 12 ou 18m e a menor unidade inteiriça que aparece entre duas folgas numa
via é de 36m (trilhos curtos).
Solda Aluminotérmica feita no local: Solda feita no campo (fusão in loco), obtida
por reação química exotérmica. Na junta dos trilhos a serem soldados é feito um
molde de barro onde são entornados os componentes reagentes. A folga deixada
entre os topos dos trilhos (aproximadamente 17 a 26mm) é preenchida com a liga
fundida produzida na reação química. Este tipo de solda é caro e exige habilidade do
soldador.
Além disso, o acabamento não é muito bom, contribuindo para o desconforto do
passageiro. Como vantagem facilita o transporte de barras maiores que serão soldadas
no campo.
Facilidade de transporte;
Maior custo;
Pior qualidade.
a) Trilhos Curtos
Esta forma de fixação dos trilhos foi utilizada até aproximadamente a década de 50. Neste
tipo de montagem, os trilhos possuem livre dilatação quando da variação de temperatura e, portanto,
o comprimento máximo do trilho é função da folga na junta.
Como a folga máxima permitida entre trilhos é da ordem de 1,5cm, resulta em l max ~~ 40m,
para tanto, solda-se dois trilhos de 18m ou três de 12m.
Resumindo:
Livre dilatação;
Comprimento máximo: função da folga da junta;
Folga máxima: ~1,5cm;
Lmax ~40m → 2 x 18m ou 3 x 12m.
Quando a temperatura varia na via, os trilhos tendem a sofrer alteração no comprimento. Esta
dilatação ou contração é permitida na tecnologia de implantação de trilhos curtos sendo absorvida
nas juntas. Tais descontinuidades, entretanto, provocam impactos das rodas nos trilhos que resultam
em dispendiosa manutenção e considerável desconforto ao passageiro. Os trilhos longos soldados
simplesmente impedem que o trilho se movimente nas variações de temperatura, tornado
desnecessárias as folgas.
Para um entendimento mais fácil, façamos uma breve analogia entre o comportamento do
trilho na via e o de uma barra engastada nas duas extremidades.
Pode-se deduzir a relação entre a força normal que aparece na barra e a variação de
temperatura a que a mesma é submetida:
l T l N
N *l
l * * T
E*S
N E * S * * T
A força normal N que aparece no trilho devido à variação de temperatura simplesmente não
depende do comprimento do mesmo. Ou seja, uma vez estabelecida à máxima variação de
temperatura que algum dia o trilho pode vir a sofrer, determina-se também a força normal a que o
mesmo estará submetido. Se os fixadores resistirem a esta força, o limite superior para o
comprimento do trilho (a princípio) não interessa mais.
Os retensores azuis não sofrem esforço longitudinal de origem térmica e, portanto, também
não se deslocam.
Cada um dos retensores assinalados em vermelho está submetido a uma parcela da força N,
de forma que se desloca “um pouquinho” e resiste “um pouquinho”. A soma das resistências de cada
lado resulta na força de reação a N (equivalente ao engaste da figura) e a soma dos deslocamentos
resulta na folga (junta) necessária nas extremidades. Ou seja, no trecho ld há movimentação devido
à temperatura. E mais: este comprimento ld é variável, pois:
A força normal a ser resistida pelo trecho ld depende do ΔT imposto ao trilho (diferença entre
a temperatura ambiente atual e aquela no instante da instalação do trilho);
A extremidade do trilho está ligada a outro trilho por uma tala de junção. Esta ligação fornece
uma contribuição R na extremidade do trilho, que normalmente pode ser desprezada. Assim,
temos:
N R ld * r
N R
Ld
r
S * E * * T R
ld
r
Onde:
N: força total devido à dilatação;
R: resistência oferecida pelas talas de junção (em geral, pode ser desprezada);
r: resistência por metro de linha no trilho-dormente-lastro;
l: comprimento total do trilho;
ld: comprimento da extremidade do trilho que se move;
ΔT: diferença entre a temperatura ambiente atual e aquela no instante da instalação do trilho;
α:: coeficiente de dilatação do aço;
S: área da seção transversal do trilho.
N
dU * dx N S * E * * T r * x
E*S
r
dU * T * dx * x * dx
E*S
ld ld
r
U * T * dx * x * dx
0 0 E *S
r * l d2
U * T * l d
2* E *S
r * l d E * S * * T
Profª. Raquel da Fonseca Holz e-mail: prof.raqfh@yahoo.com.br
49
ESTRADAS DE FERRO - 04058
Portanto,
r * l d2 r * l d2 r * ld2
U
E *S 2* E *S 2*E *S
Por exemplo:
A temperatura de instalação é dada pela temperatura média, com uma folga definida por
Norma de ±5ºC.
A hachura na figura acima ilustra o intervalo que seria permitido para instalação do trilho. No
entanto, tem-se uma preocupação especial (principalmente nos países clima frio) com o intervalo de
temperatura a que o trilho estará submetido à compressão, pois pode ocorrer o fenômeno da
flambagem. Dessa forma, acrescenta-se 5ºC à temperatura média.
Máximos intervalos possíveis de tração e compressão no trilho, seguindo recomendação quanto à flambagem.
Assim, se no exemplo a instalação for feita a 35ºC, a tensão de compressão máxima estará
associada a 25ºC e a tração a 35ºC.
Flambagem da via, que normalmente se manifesta com a vibração da passagem o trem, provocando acidentes.
max E * * T
+ Tração - Compressão
tneutra: temperatura escolhida para a Sempre que o trilho estiver nesta temperatura
instalação dos trilhos σ=0
O comprimento máximo a ser utilizado deve ponderar o custo de soldagem e transporte com
a economia na conservação das juntas. No entanto, deve-se evitar o uso de trilhos longos soldados
com comprimentos próximos ao mínimo, o que levaria a trechos instáveis, distribuição de tensões
assimétrica no trilho e maior número de retensores e juntas.
Resumindo:
Dados:
Trilho
o L = 1000m
o S = 70cm2
o Coef. Dilat. Aço: α = 115 x 10-7 ºC-1
o E = 2,1 . 108 kN/m2
Clima
o Tmin = 0ºC
o Tmax = 60ºC
o Tassentamento = 25ºC
Fixação
o r = 4kN/m
3.5 Acessórios
São elementos que atuam na emenda mecânica dos trilhos. A junta é feita por duas talas de
junção justapostas, montadas na alma do trilho e apertadas com quatro ou seis parafusos de alta
resistência com um torque pré-estabelecido.
Talas de Junção
Com relação aos dormentes, podem ser apoiadas ou em balanço (suspensa), como mostra a
figura abaixo.
As
talas
de
junção
dos
trilhos:
3.5.2 Fixações
São elementos que têm como função manter o trilho na posição correta e garantir a bitola da
via. Oferecem resistência ao deslocamento longitudinal e horizontal do trilho, provocado por variação
de temperatura veículos. As cargas horizontais e verticais devem ser transferidas para os dormentes
sem prejudicar o sistema de fixação.
As fixações devem permitir a substituição dos trilhos sem afrouxar seus embutimentos no
dormente de madeira.
Prego
Tirefond
Distribui a tensão do trilho no dormente. É uma chapa de aço (com os furos necessários à
passagem dos elementos de fixação do trilho ao dormente) que é colocada entre o trilho e o
dormente para aumentar a área de apoio entre os dois.
Acessórios reunidos:
Nos EUA, emprega-se o AMV-A (AREA). O contato da agulha com o trilho é secante, o que
lhe torna mais simples, barato e robusto. Entretanto, não permite sobrelevação e, portanto é mais
conveniente para em pátios ou linhas com preponderância de cargas.
Na Europa, utiliza-se o AMV –U (UIC). O contato da agulha com o trilho é feito em tangente,
garantindo menos impacto e desgaste, maior conforto, segurança e velocidade. É mais indicado para
o transporte de passageiros.
UNIDADE IV
GEOMETRIA DA VIA
As ferrovias têm ex
Para facilitar a locação, define-se Grau de Curva G como o ângulo central correspondente a
uma corda de 20 m.
4.3 Deflexão
O raio mínimo para uma via férrea é estabelecido por normas e deve permitir a inscrição da
base rígida dos truques dos carros e locomotivas, além de limitar o escorregamento entre roda e
trilho.
4.8 Superelevação
Superelevação consiste em elevar o nível do trilho externo de uma curva. Esta técnica reduz
o desconforto gerado pela mudança de direção, diminui o desgaste no contato metal-metal e o risco
de tombamento devido à força centrífuga que aparece nas curvas.
A velocidade máxima de projeto de um determinado trecho (que possui em geral mais de uma
curva) será definida considerando o raio da curva mais “fechada”.
Fixa condições exigíveis à travessia rodoviária de pedestre e animal em passagem particular, observando o RSTPEF
(Regulamento para segurança, tráfego e polícia das estradas de ferro).
Fixa condições técnicas a serem obedecidas nos estudos preliminares para projetos de terraplenagem para a via férrea.
Questionário:
1. Defina: via-férrea, comboio e ferrovias.
5. O que é bitola? Qual sua importância? Quais os valores de bitolas mais utilizadas?
6. As rodas possuem uma configuração cônica que tem duas funções. Quais são elas?
9. O que é “socaria”?
12. O que pode ser usado para evitar o apodrecimento da madeira do dormente?
13. Para que servem os trilhos? Cite as partes constituintes do TRILHO VIGNOLE.
15. Quais os dois principais tipos de defeitos que poderemos ter nos trilhos?
16. Quais os fatores limitantes da vida útil dos trilhos? O que pode ser feito para aumentar esta
vida útil?
18. Quanto pode atingir o desgaste nos trilhos: nas vias principais e nas vias secundárias.
19. O que são TALAS DE JUNÇÃO? Esquematize a tala de junção “em balanço” e “apoiada”.
21. Qual a principal função dos ACESSÓRIOS de FIXAÇÃO e como são classificados?
Bibliografia
Brina, H.L. (1982). Estradas de Ferro – Via Permanente V1. Ed Livros Técnicos e Científicos. São
Paulo.
Porto, Telmo G. Apostila PTR 2501 – Ferrovias; USP - Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo.