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História da Ferrovia
Antonio Carlos
Definições
a) Transportar, vb. tr. Conduzir; levar de um lugar para outro; por em comunicação;
(...); passar de um lugar para outro.
c) Veículo, s.m. Qualquer meio de transporte; carro; tudo o que transmite ou conduz;
aquilo que auxilia ou promove; - espacial: (Astronáut.) engenho tripulado ou não que é
lançado no espaço extraterrestre para missões de diversas naturezas.
Assim, podemos inferir que o transporte, entendido como condução ou ato de transportar,
exige de modo geral, a utilização de veículos ou meios de transporte, para sua consecução.
Mas, os veículos, para bem cumprirem suas funções devem deslocar-se sobre suportes
físicos, em ambiente terrestre, hídrico, aéreo e mesmo no vácuo extraterrestre, através de
rotas pré-estabelecidas, isto é, as vias de transporte. Assim sendo, podemos também dizer
que a cada um destes diferentes ambientes corresponde um modo particular de execução
do transporte, isto é, um diferente “modal de transporte”. Em ambiente terrestre, nos dias
atuais, prevalecem os modais rodoviário e ferroviário sobre o tuboviário, por exemplo.
CONCEITUAÇÃO COMPARATIVA ENTRE OS PRICIPAIS MODAIS TERRESTRES
Conforme nos mostra a Enciclopédia Delta Universal (1985), diversos países europeus
serviam-se de vias sobre trilhos desde o início do século XVI. Essas vias destinavam-se,
principalmente, ao transporte de carvão e minérios extraídos de minas subterrâneas. As vias
de mineração eram constituídas por dois trilhos de madeira que penetravam até o interior
das minas. Homens ou animais de tração movimentavam os vagões equipados com rodas
dotadas de frisos, ao longo dos trilhos. Os vagões, logicamente, moviam-se com mais
facilidade sobre estes trilhos do que sobre o chão irregular e úmido das minas.
No início do século XVII, as companhias mineradoras de carvão da Inglaterra iniciaram a
construção de pequenas vias de trilhos de madeira, para transportar carvão na superfície e
no subsolo. Cavalos eram utilizados para tracionar uma certa quantidade de vagões sobre
estes trilhos. Em meados do século XVIII, os mineiros começaram a revestir os trilhos de
madeira com tiras de ferro para torná-los mais resistentes e duráveis. Mais ou menos na
mesma época, os ferreiros ingleses deram início a fabricação de trilhos, inteiramente, de
ferro. Os trilhos eram munidos de bordas para conduzirem os vagões com rodas comuns de
carroções. No final do século XVIII, os ferreiros estavam produzindo trilhos, inteiramente, de
ferro, sem bordas que eram utilizados para conduzir vagões dotados de rodas com bordas
ressaltadas.
Neste período os inventores já desenvolviam a máquina a vapor (James Watt, 1770). No
início do século XIX, o inventor inglês Richard Trevithick, construiu a primeira máquina
capaz de aproveitar altas pressões de vapor, para girar um eixo trator. Montou-a sobre um
chassis de quatro rodas, projetado para deslocar-se sobre trilhos.
Em 1804, Trevithick fez uma experiência com este veículo, puxando um vagão carregado
com 9 toneladas de carvão, por uma via de trilhos com 15 km de extensão. Esta foi a
primeira locomotiva bem sucedida do mundo. Outros inventores logo seguiram seu
exemplo, visando desenvolver e aperfeiçoar aquela ideia.
Assim, vemos que a segunda ferrovia inaugurada no Brasil foi a Recife - São Francisco,
no dia 8 de fevereiro de 1858, que mesmo não tendo atingido seu objetivo – o Rio São
Francisco, desde Recife – contribuiu para criar e desenvolver as cidades por onde
passava e constituiu o primeiro tronco da futura “Great Western Railway”.
A Companhia Estrada de Ferro D. Pedro II foi inaugurada em 29 de março de 1858, com
trecho inicial de 47,21 km, da Estação da Corte a Queimados, no Rio de Janeiro. Esta
ferrovia se constituiu em uma das mais importantes obras da engenharia ferroviária do País,
na ultrapassagem dos 412 metros de altura da Serra do Mar, com a realização de colossais
cortes, aterros e perfurações de túneis, entre os quais o Túnel Grande com 2.236 m de
extensão, na época o maior do Brasil, aberto em 1864.
A Estrada de Ferro D. Pedro II foi organizada em 1855, também, pelo próprio Barão de Mauá
e deu origem em 1889, à Estrada de Ferro Central do Brasil.
Um dos fatos mais importantes na história do desenvolvimento ferroviário no Brasil foi a
ligação Rio – São Paulo, unindo as duas mais importantes cidades do país, no dia 8 de julho
de 1877, quando os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo (inaugurada em 1867), uniram-se
com os da E. F. D. Pedro II.
Até o final do século XIX, outras concessões foram outorgadas, agora na bitola métrica,
entre elas, destacando-se as seguintes:
Outras Ferrovias Regionais
OBSERVAÇÕES:
- Em 1884, o País contava com 6.116 km de ferrovias, além de 1.650 km em
construção. Em dezembro de 1888 existiam 9.200 km em exploração e 9.000 km
em construção ou em estudo.
- Em 1922, ao se celebrar o 1º Centenário da Independência do Brasil, existia no
País um sistema ferroviário com, aproximadamente, 29.000 km de extensão, cerca
de 2.000 locomotivas a vapor e 30.000 vagões em tráfego.
- Nota-se que mesmo com a evolução da tecnologia de construção o crescimento da
malha ferroviária não foi expressivo, mesmo a partir da 2ª Grande Guerra. Isto em
grande parte deveu-se ao início da concorrência feita pela Rodovia, para cujo
sistema, foram dirigidos os recursos governamentais, destinados à infra-estrutura
viária. “Governar, é abrir estradas” – dizia o Presidente Washington Luis, um
político da chamada “República Velha”, período anterior ao Estado Novo (1930), de
Getúlio Vargas.
- Em 1942, foi criada a Companhia Vale do Rio Doce que absorveu a Estrada de
Ferro Vitória a Minas (construída a partir de 1903). Esta ferrovia foi então
modernizada com o objetivo de suportar o tráfego pesado dos trens que
transportavam minério de ferro entre as jazidas de Itabira, em Minas Gerais e o
Porto de Vitória, no Estado do Espírito Santo
a) Passageiros de Interior
* - Em milhões de passageiros/ano;
**- Até outubro de 2009 – dados em consolidação;
***- Até setembro de 2009 – dados em consolidação.
Apesar de que sejam estes dados incompletos para uma correta atualização, parece que se
confirma a suposição de que o futuro do transporte de passageiros, por ferrovias estará
ligado, fortemente, às regiões metropolitanas dos grandes centros urbanos, para as quais
será imprescindível um eficiente transporte de massas, seja nos deslocamentos urbanos,
seja nas ligações entre grandes centros populacionais, onde os transportes rodoviários, já
dão sinais de terem atingido seu ponto de saturação.
Transporte de cargas
Obs.: A Companhia Vale do Rio Doce, hoje VALE S.A. (EFVM e EFC), responde por mais da
metade do transporte ferroviário de cargas (minérios com alto peso específico).
Características da produção de transporte ferroviário das concessionárias, em 2008:
Matriz de transporte de Cargas no Brasil
a) Equipamento
b) Consumo
Observações:
- Em média, 95% do óleo diesel utilizado em transportes, no Brasil, até 1997, era consumido
no transporte rodoviário (caminhão e ônibus) e este panorama agravou-se, considerando-se
os dados de 2008, quando chegou a quase 97%;
- Isto indica uma grave distorção estratégica, o chamado paradoxo do transporte brasileiro,
priorizando o transporte rodoviário, menos eficiente e mais caro para longas distâncias, o
que só faz agravar, ao longo dos anos, o que vem sendo, já a algum tempo, chamado de
“Custo Brasil”, o qual agrega à produção nacional um custo extra de, aproximadamente, 36
%, se comparada com a chinesa, por exemplo:
- Com isso temos no Brasil um transporte, relativamente, caro;
- Peso excessivo do item transporte no custo dos produtos movimentados, no território
nacional;
- Diminuição da competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional
(exportações);
- Aumento do nº de acidentes rodoviários, com prejuízos materiais e em vidas humanas;
- Desgaste prematuro dos pavimentos rodoviários, com maiores custos de manutenção.
Análise do consumo de energia em Transportes no Brasil
- RODOVIAS – 32,71/ 485,625 = 0,0674 t óleo/tku = 67,4 l de óleo por tku (tonelada
quilômetro útil);
- FERROVIAS – 0,69 / 164,809 = 0,0042 t óleo/tku = 4,2 l de óleo por tku (tonelada
quilômetro útil);
- HIDROVIAS – 0,48 / 108,000 = 0,0044 x t óleo/tku = 4,4 l de óleo por tku (tonelada
quilômetro útil);
- TOTAIS - 33,88 / 794,903 = 0,0426 t óleo/tku = 42,6 l de óleo por tku (tonelada
quilômetro útil).
Em resumo: em termos de consumo de energia:
Hidrovia e ferrovia são equivalentes em termos de consumo de energia, sendo 16,3 x
(vezes), mais econômicas que a rodovia.
* números de 2008
** ver glossário de terminologia básica nos anexos deste manual.
Maquinista Ferroviário
Básico de Locomotivas
Antonio Carlos
Tipos e principais componentes de locomotivas
Eixo do rodeiro
O eixo dos rodeiros é formado de aço forjado. Sua resistência é definida pela manga do
eixo, como explicado na imagem:
Rodas
As rodas das locomotivas são constituídas de aço forjado e laminado, como você pode
observar nas fotos a seguir:
As rodas das locomotivas podem ter os seguintes diâmetros, de acordo com o modelo:
36“ = 914 mm
40” = 1.016 mm
42” = 1.066,8 mm
Mancais
Os mancais têm a função de fixar o motor de tração ao eixo do rodeiro sem, contudo,
impedir seu giro. Podem ser de dois tipos – de fricção ou de rolamentos. Observe-os nas
imagens a seguir:
Mancais de fricção
No alojamento dos mancais de apoio de fricção, são montados os casquilhos, como você
pode ver nas fotos a seguir:
A lubrificação dos casquilhos e do eixo das rodas é garantida pela escova ou mecha.
Observe a escova de lubrificação:
Além da escova, um óleo também é utilizado na lubrificação dos casquilhos. Ele é
armazenado em um reservatório localizado na capa do mancal, como mostra a figura:
Mancais de rolamentos
Os mancais de rolamento, por sua vez, são classificados de acordo com o rolamento
utilizado. Podem ser do tipo:
rolo cilíndrico;
cartucho.
Os rolamentos tipo cartucho podem ser aplicados e removidos do eixo sem expor seus
elementos, vedações ou lubrificantes a uma contaminação ou avaria. Eles são retidos no
eixo por uma capa terminal, que é segura por três parafusos de tampa e uma placa trava.
Adaptador (caixa do rolamento)
A caixa do rolamento é usada para fixar o conjunto do mancal aos pedestais do truque.
Devem ser limpas e isentas de sujeira, poeira, cavacos de metal e material estranho, os
quais podem impedir o assentamento adequado do rolamento no adaptador.
O fechamento dos mancais de apoio de rolamentos é feito por uma peça denominada tubo
U (apresentada nas imagens a seguir), onde são montados os rolamentos.
Pinhão
O acoplamento do pinhão com o eixo do motor está sujeito a altos torques, que ocasionam
diversos defeitos.
Veja algumas dessas avarias, mostradas nas imagens a seguir.
Engrenagem
Engrenamento
Nas locomotivas diesel-elétricas, de baixa velocidade, a transmissão do torque do motor de
tração para as rodas é feita pelo contato dos dentes de um pinhão com os dentes de uma
engrenagem. Isso é chamado engrenamento.
Caixa de engrenagens
A metade superior da caixa deve ser colocada e ajustada na metade inferior, como mostra a
imagem:
Estrutura (aranha)
É uma peça de aço fundido que liga o truque à plataforma. É utilizada para transferir o peso
da locomotiva para a estrutura do truque.
Veja algumas imagens de truques com a travessa flutuante.
A interligação do bolster é feita por intermédio de molas helicoidais de aço ou coxins de aço
e de borracha, que absorvem boa parte dos impactos provenientes da estrutura para a
plataforma.
A imagem a seguir mostra a estrutura de molas.
Prato
O bolster possui um “prato” central que liga os truques ao “pião” central da plataforma.
Veja-o na imagem a seguir.
Suspensão (mola)
Molas helicoidais
Molas elípticas
Utilizadas para a suspensão secundária, trabalham entre o quadro das travessas e a prancha
de molas (local de posicionamento das molas nas laterais do truque) e absorvem os choques
ocasionados pelos movimentos verticais da carroceria e do truque. Além disso, produzem
amortecimento vertical na suspensão.
Molas de borracha
São usadas como elementos de suspensão secundária, entre o quadro das travessas e o
chassi do truque. Eventualmente, alguns truques usam molas de borracha de formato em
“V” na suspensão primária, entre o chassi do truque e a caixa de mancal do eixo.
Amortecedores
São vigas em “U” ou cantoneiras, localizadas em cada lateral da plataforma, com a finalidade
de proporcionar maior rigidez ao passadiço e proteger os cabos elétricos.
Chapa de piso
Chapa de fundo
Une as duas vigas principais pela parte inferior da plataforma, formando uma espécie de
caixa.
A imagem a seguir sintetiza a estrutura da plataforma, portanto observe-a com cuidado.
Nas locomotivas de médio e grande porte, a caixa formada pelas
duas vigas principais e as chapas de piso e de fundo é
aproveitada como duto de ar para resfriamento dos motores de
tração e dos equipamentos elétricos sobre a plataforma. É o que
mostra a imagem.
Vigas transversais
Pinos centrais
O pino central, também conhecido como pião, localiza-se nas vigas transversais e é
utilizado como um elemento de ligação entre a plataforma e os truques da locomotiva.
Veja a imagem a seguir:
Vigas agulhas
São utilizadas para unir as vigas principais às vigas laterais, como mostra a imagem.
Olhais de içamento
Estão localizados nas extremidades das vigas horizontais e são utilizados no içamento da
locomotiva e no encaixe dos macacos.
Observe as imagens:
Dutos de ar dos motores de tração
Para a refrigeração dos motores de tração, são abertos, na chapa de fundo da plataforma,
orifícios para a passagem do ar de refrigeração. Veja a seguir:
Nesses orifícios, são encaixados dutos de borracha flexíveis, em forma de sanfona, por
meio dos quais o ar é transferido para os motores de tração.
Você pode observar o duto em forma de sanfona na foto a seguir.
Testeiras
É uma estrutura que abriga o aparelho de choque e tração, e é projetada para transmitir, à
plataforma, os impactos e choques de tração e compressão, recebidos pelos engates.
Encontra-se instalada em cada uma das testeiras.
Observe-a na imagem:
Engates
Os engates são utilizados para proporcionar o acoplamento da locomotiva aos vagões ou a
outras locomotivas, como apresentado na figura. Devem possuir dispositivos auto-
alinhantes e de desengate manual em ambos os lados da locomotiva.
Os engates da locomotiva devem estar em conformidade com a
especificação contida na seção “F” da Association of American
Railroads – AAR.
A altura do engate é medida a partir da distância entre o topo do boleto do trilho e a linha
de centro do engate, localizada na extremidade da mandíbula. Essa altura varia de acordo
com os veículos ferroviários e os tipos de rolamentos utilizados, como você pode observar a
partir da tabela a seguir.
Tomadas Jumper
As tomadas jumper são utilizadas para repassar os comandos, efetuados pelo maquinista,
de uma locomotiva para a outra. Isso é feito por intermédio do cabo jumper, que é ligado à
tomada, como mostram as imagens a seguir.
Agora, veja a ligação entre as composições:
Tanque de Combustível
O tanque de combustível das locomotivas está localizado sob a plataforma, entre o truque
dianteiro e o traseiro. Normalmente, é fabricado em chapas de aço soldadas e equipado
com dois bocais de enchimento, um em cada lado. Veja:
A imagem a seguir mostra o interior de um tanque.
Você pode ver que há uma chapa de aço soldada, dividindo o tanque em compartimentos.
Essas chapas chamam-se quebra-ondas e têm a finalidade de evitar a formação de ondas
ocasionadas pelo balanço do trem.
Secador de ar
COMUNICAÇÃO
As comunicações estabelecidas nas operações de trens e manutenções devem ser feitas
através das redes e meios de comunicações disponíveis, obedecendo às normas internas da
empresa.
As comunicações devem ser rápidas e objetivas
NORMAS DE COMUNICAÇÃO
CHAMADAS DE EMERGÊNCIA
Estas chamadas devem ser usadas somente para comunicações sobre problemas tais como:
- Acidentes pessoais
- Obstruções de linha
- Acidentes ferroviários
- Incêndios
- Enxurradas
- Danos à propriedade da empresa
- Outras situações que podem causar sérios atrasos ao tráfego.
Chamada – Trem tal, no local tal, chamando o centro de controle em emergência, câmbio.
Essa mensagem deve ser repetida até que haja resposta do centro de controle
COMUNICAÇÃO NA MANOBRA
A ordem de movimentação recebida pelo Operador de Trem deve ser repetida em
sua íntegra, a fim de certificar que foi completa e corretamente compreendida.
O Operador de Trem, após repetir a primeira ordem recebida, somente pode recuar
até a metade da última distância que lhe foi informada, devendo parar a composição
caso deixe de receber novas instruções.
O empregado qualificado responsável que estiver cobrindo o recuo deve manter o
Operador do trem informado sobre a distância que falta para a parada/engate, de
modo a não provocar a parada da composição antes do local pretendido, devido à
falta de instruções.
Os empregados devem zelar para que não ocorram danos ou perdas nos equipamentos de
comunicação sob sua responsabilidade de guarda e uso.
PILARES DA COMUNICAÇÃO
VIA REPETIDORA
É a comunicação feita por rádio de menor potência que transmite sinal para uma estação
repetidora, normalmente situada em lugar privilegiado, que o retransmite em outra
frequência com maior potência.
Recomendações:
• A antena e os botões do rádio são componentes sensíveis e podem ser danificados
facilmente, por isso, é necessário cuidado;
• Evite contato com líquidos;
• Proteja o equipamento da chuva;
• Evite choques mecánicos;
• Não opere o equipamento com bateria fraca;
• Procure sempre locais abertos e desobstruídos;
• Atue nos controles de forma suave;
• Mantenha o equipamento limpo;
• Quando enviar um equipamento para reparo forneça todos os detalhes possíveis sobre
o problema apresentado.
c. ao desligar e/ou aumentar o volume do rádio, não gire o botão em excesso para não
arrancar sua proteção;
d. ao tentar retirar a bateria, se ela não destravar, não use ferramentas pontiagudas,
nem força excessiva. Para isto, proceda conforme orientação abaixo:
Com o polegar, pressione a bateria contra o rádio e, ao mesmo tempo com a outra
mão, puxe as travas para baixo.
e. não é necessario apertar a antena do rádio em demasia, o mais leve encosto é
suficiente, pois o contato é feito nas laterais e não no fundo do conector. Quando o
aperto é excessivo, o limitador de encosto da antena se dobra, vai muito fundo e
rompe o conector GNT, causando falha na transmissão e recepção.
SINALIZAÇÃO GRÁFICA
E aquela executada sobre uma placa em uma via para o controle, advertência e orientação
ou informação do usuário. Também podem ser faixas e marcas feitas no pavimento, com
tinta refletiva, de preferência, e nas cores amarela e branca. A sinalização pode ser
horizontal ou vertical.
CONCEITOS BÁSICOS:
Bloco: Trecho de via no qual só é permitido ocupação por um único trem de cada vez. O
conceito de bloco, ou seção de bloqueio, em ferrovia representa operacionalmente um
trecho de via o qual somente pode ser ocupado por um único trem ou veículo de via, seja
em que sentido estiver trafegando.
Foco Luminoso: Fonte de luz de um sinaleiro luminoso.
Marco de Entrevia (Marco de Gabarito): Marco de pequena altura cravado entre duas vias
para limitar a posição em que o trem ou o veículo pode estacionar em uma das vias, sem
perigo de colisão com trem ou veículo na outra via.
Passagem em Nível (PN): Trecho de ferrovia que intercede com rodovia ou passagem para
pedestres.
Velocidade de Manobra (VM): Maior velocidade permitida para manobrar um trem. -
Velocidade Limitada (VL): Velocidade inferior à velocidade máxima autorizada, a qual é
determinada para cada trecho específico da ferrovia
Velocidade Máxima Autorizada (VMA): Máxima velocidade permitida para cada trecho da
via.
Velocidade Restrita: Velocidade que permite a parada do trem à vista de qualquer
obstáculo.
Placas de sinalização
Três categorias de placas de Sinalização são utilizadas para controlar a circulação dos trens,
ou seja, placas de Regulamentação, Advertência e Indicação. De acordo com as
necessidades operacionais dos trens, outras placas poderão ser determinadas e serão
objetos de instruções especiais.
As placas de Regulamentação
Tem a forma quadrada e apresentam um lado na horizontal. Seus algarismos, letras,
símbolos e tarjas são de cor amarela refletiva. O fundo e o verso são pretos e foscos.
ASPECTO INDICAÇÃO
APLICAR
ACIONAR O SISTEMA DE FREIOS
FREIOS
As placas de Advertência
Tem a forma de losango e apresentadas com diagonal na vertical. Seus algarismos, letras,
símbolos e tarjas são de cor amarela refletiva. O fundo e o verso são pretos e foscos.
ASPECTO INDICAÇÃO
O CONDUTOR DEVE
O CONDUTOR DEVE
RESTRIÇÃO DE GABARITO
ALERTA AO CONDUTOR A
EXISTÊNCIA DE ESTAÇÃO A
ESTAÇÃO
300m DISTÂNCIA INDICADA
ALERTA AO CONDUTOR A
ALERTA AO CONDUTOR A
EXISTÊNCIA DE VIADUTO A
VIADUTO
300m DISTÂNCIA INDICADA
HOMENS TRABALHANDO
Placas de indicação
São retangulares ou triangulares com tarja. Seus algarismos, letras, símbolos e tarjas são de
cor preta e fosca. O fundo é branco e o verso preto fosco.
ASPECTO INDICAÇÃO
LIMITE
LIMITE DE MANOBRA
DE
MANOBRA
L-2
NUMERAÇÃO DE LINHA
AMV
01 NUMERAÇÃO DE AMV
SINAIS MANUAIS
O rádio VHF deve ser usado ao invés de sinais manuais. No caso de o equipamento de rádio
apresentar defeito ou de interrupção nas comunicações durante as operações de manobra, a
movimentação deve ser interrompida imediatamente, não podendo ser retomada sem
autorização dada por sinais manuais.
Os sinais devem ser dados em pontos de onde possam ser vistos com nitidez e de tal
modo que não possam ser mal interpretados. Se houver alguma dúvida quanto ao
significado de um sinal, ou a quem seja destinado, deve ser considerado como sinal
de PARE.
Durante as manobras nas linhas ou pátios, os sinais devem ser dados ou
transmitidos diretamente ao Condutor. A organização das operações e posição do
responsável pela manobra devem ser tais que os sinais possam ser dados ou
transmitidos corretamente.
Quando quaisquer veículos forem empurrados por um veículo motor governado por
sinais manuais, o desaparecimento do membro da equipagem ou dos focos
luminosos transmissores dos sinais deve ser considerado como sinal de PARE.
Sinais de emergência dados com bandeiras, lanternas ou acenos de braços, que
indiquem uma situação de PERIGO, devem ser obedecidos independentemente da
indicação de qualquer sinal fixo.
Quando um trem tiver uma parada programada numa estação, na falta de placas
indicativas, sinais manuais serão utilizados para colocar o trem no local apropriado.
Agitar um braço na
horizontal ao lado do
CUIDADO - DIMINUIR
B corpo com pequenos
VELOCIDADE
movimentos para cima e
para baixo
Um braço distendido para
baixo à frente do corpo
C PARE
balançando de um lado
para o outro.
Um braço movimentando,
circularmente, no sentido
D RECUAR
contrário ao dos ponteiros
do relógio (anti-horário).
À noite, os sinais serão dados do mesmo modo, com lanterna de luz branca.
Gerador de Tração
Motor Diesel
Cilindros
Ciclo de trabalho
O ciclo de trabalho pode ser em:
dois tempos, com motores GM (G12, G16, DDM, GT, SD40, SD45, DDM-MP);
quatro tempos, com motores GE (BB36, BB40, U20, U22, DASH8 E DASH9) ALCO
(MX620).
Alimentação
Todos os motores a diesel das locomotivas são refrigerados à água. O sistema é formado
por radiador, caixa d'água, ventiladores de arrefecimento e chaves termostáticas.
Antonio Carlos
Planejamento de operação
TU - Tonelada Útil
Somatório das toneladas úteis transportadas na ferrovia.
Ciclo de Trem
Somatório dos tempos de viagem com as permanências dos trens
nos terminais (carga e descarga).
Exemplo.
Um trem saindo, de Conselheiro Lafaiete com 54 vagões, carregado com 80 toneladas
cada, tendo 25 toneladas de tara, e mais 15 vagões vazios, e também com 25 toneladas de
tara cada, sendo o fator usado 5 (cinco). A tração é composta por 3 Mks, sabendo que a
capacidade de cada MK é de 2210 unidades.
a) Qual será o peso útil?
b) Qual será o peso bruto?
c) Qual será o total do fator dos vagões?
d) Quantas unidades compensadas terá?
e) Qual a capacidade das três MKs?
f) Existe folga? Qual?
Peso útil
54 vgs X 80 ton. = 4.320 ton. útil
Peso Bruto
Total de vagões 54 + 15 = 69
69 vagões x 25 ton. (tara) = 1.725 ton.
4.320 (ton.útil) + 1.725 ton. (tara) = 6.045 ton. bruta.
Toneladas compensadas
6045 (ton. bruta) + 345 (fator dos vagões) = 6.390 ton.
Folga
6630 – 6390 = 240 unidades.
Dimensionamento de Equipes
A fórmula que calcula a quantidade de maquinistas necessários
para atendimento a uma determinada produção foi desenvolvida
por Colson e a mesma é representada por:
Ne = NT x Ce x k
onde:
NT --> Número de Trens por dia;
Ce --> Ciclo da Equipagem (horas);
k --> dias no ano/horas trabalháveis no ano;
Ne --> Número de Equipes.
Cálculo da constante k:
K = Dias do Ano (Nd) / Horas Trabalháveis por Ano (HTA)
onde: Nd = 365 dias
HTA = Horas do Ano (HA) - Horas a Deduzir (HD)
sendo: HA = 365 dias x 24 horas = 8.760 horas
HD: Férias: 30
Folgas: 66
Treinamento: 16
Afastamentos: 05
TOTAL: 117 dias ou 2.808 horas
HTA = HA - HD = 5.952 horas
Portanto: K = 365/5952 = 0,06132
Define, revê e reajusta valor das tarifas comunicação humana pode ocorrer de seis
maneiras principais, como segue:
Equipamentos de elevação;
Robots;
Veiculos industriais;
Equipamento auxiliares.
Roller Conveyors, como sugere o título é um sistema de transporte por via de rolamentos.
Os rolamentos são montados num mesmo eixo e estes eixos são montados
sequencialmente criando uma linha de transporte. O material ou produto é transportado
devido á rotação dos rolamentos, que é acionada por um motor eléctrico ou pelo simples
movimento de empurrar o material ou produto que se encontra na linha de transporte.
Veículo com transporte não motorizado (walking). Também chamado de: transpalete,
carrinho hidráulico ou paleteira. Indicado para o transporte de carga. Limite de carga
indicado:2.500kg
Veículo com transporte motorizado (walking). Normalmente com motorização elétrica
Velocidade de 6 a 9km/h Indicada para o transporte de carga Limite de carga indicado: até
3.500kg
Empilhadeiras e veículos automaticamente guiados: Veículo com transporte motorizado e
elevador (empilhadeiras). Motorização elétrica/GLP/gasolina/diesel Velocidade de 6 a 9km/h
Indicada para o transporte de carga/elevação de carga Limite de carga indicado: variado.
Obs: Podem ser utilizados outros tipos de veículos de carga e descarga, em função do tipo
de carga transportada.
Nas indústrias é crescente a utilização de meios para a elevação de cargas com operação a
partir do solo (controle remoto), onde o movimentador é também operador, ou seja, ele é
responsável pelas duas funções. No setor de transportes, apesar do alto grau de
automatização, ainda existe um grande percentual de trabalho manual, especialmente na
movimentação de cargas por meio de talhas, guindastes, etc. Meios de elevação, como
talhas, facilitam a movimentação de cargas, por meio destes podemos reduzir muito nosso
trabalho braçal.
CARGAS PERIGOSAS
Vagões e Equipamentos
Devem ter características técnicas e estado de conservação que garantam segurança
compatível com o risco.
Devem portar painel de segurança e rótulo de risco enquanto durarem as operações de
carregamento, estiva, transporte, descarregamento, baldeação, limpeza e descontaminação.
Quando os dormentes deixam de exercer suas funções básicas os mesmos terão de ser
substituídos por outros dando assim inicio uma operação de carga e descarga de
dormentes.
As operações de carga e descarga de dormentes não podem afetar a integridade das peças.
Os dormentes que forem transportados por veículos ferroviários devem, preferencialmente,
ser embarcados em vagões plataforma, pois possibilita uma descarga mais segura ao longo
da ferrovia.
Os dormentes que forem transportados por veículos rodoviários devem, preferencialmente,
ser embarcados em carrocerias abertas, não sendo recomendado utilizar-se de caçambas
cujo processo de descarga seja o de bascular.
Nos centros de recebimento e distribuição consolidada de dormentes, todo o manuseio das
peças deve ser realizado por empilhadeiras, sendo que as pilhas de dormentes novos não
devem ter contato direto com o solo para preservar a integridade das peças antes de sua
aplicação na linha.
Os dormentes devem estar previamente empilhados para as operações de carga e descarga
Recolhimento
Os dormentes retirados da linha devem ser agrupados em pilhas que possibilitem o seu
carregamento mecanizado ou facilitem essa operação de modo manual. As pilhas devem
estar dispostas de modo a garantir a manutenção do gabarito seguro de passagem dos
trens do local.
Os dormentes devem ser selecionados entre inservíveis e reempregáveis em pilhas distintas
e identificadas.
Operações de carga e descarga de trilhos e em vagões, frota hobel e outros veículos
Conceito
Trilho é o elemento da superestrutura que constitui a superfície de rolamento para as rodas
dos veículos ferroviários servindo-lhes, ao mesmo tempo, de apoio e guia.
Os trilhos sofreram grande evolução ao longo da história do transporte ferroviário, tendo
em vista o desenvolvimento da tecnologia do aço. A forma e o comprimento das peças
evoluíram, gradativamente, até alcançarem as modernas seções e pesos por metro,
suportando as grandes cargas por eixos, dos trens modernos.
Descarga
A descarga de trilhos é efetuada de forma que o mesmo fique posicionado no ombro da
brita, ou na plataforma.
Em linha com dormente de aço, em local com Detector de Descarrilamento, ou na Região de
AMV, é proibida a descarga do trilho dentro da linha. Em linha com dormente de aço é
proibido descarregar ou permanecer com trilhos na “cabeça” dos dormentes.
É proibido Carregar, Descarregar, Transportar ou Quadrar trilhos quando na passagem de
trem na linha adjacente.
Nenhum empregado deve subir no lastro de trilho quando o mesmo estiver em processo de
carga e descarga.
É expressamente proibido colocar as mãos sobre os trilhos instalados na estrutura montada
no trem de trilho, utilizado para deslocamento do equipamento de carga e descarga (risco
de amputação das mãos, devido movimentação do equipamento CD). A presença de
empregados sobre o trem de trilho só poderá ocorrer após autorização do operador do
equipamento.
É proibida a descarga de trilhos quando houver falta de comunicação entre o operador do
trem, operador do equipamento e o líder da descarga.
Uma pessoa da equipe deve ser disponibilizada para desamarrar as barras do cabeçote de
fixação. As calhas devem ser posicionadas no rolo-guia para evitar queda brusca da ponta
da barra no final da descarga. Com os trilhos desamarrado, deve-se fechar os rolos laterais,
introduzir o TLS no Rolo-Guia/Cabeçote e guiar a barra até a mesma apoiar-se no trilho da
linha. Com o auxilio do Comungol ou cabo de aço e alavanca, deve-se prender a ponta do
TLS a ser descarregado a um trilho da linha. Solicitar ao maquinista que puxe a composição
devagar até esticar o cabo de aço, iniciando a descarga. A velocidade do trem para a
descarga deve ser de aproximadamente 7 Km/h. Durante a descarga a equipe deve guiar
manualmente o TLS alinhando-o e posicionando-o no local correto que ele deve ficar depois
de descarregado.
Carga
Trilhos com soldas aluminotérmicas não deverão ser carregado antes da retirada das
mesmas; trilhos com dimensão inferior a 24metros não deverão ser carregados no trem de
trilhos. A carga é efetuada com recuo da composição com velocidade máxima de 6km/h. .
Não é permitido caminhar ou permanecer sobre ou entre os trilhos com o lastro em
movimento e/ou antes de o TLS ser amarrado. Não é permitido executar a tarefa de
amarração dos trilhos com o trem em movimento.
Deve-se atentar quanto a presença de cordoalhas, detectores de descarrilamento, regiões
de AMV’s e Juntas, que podem vir a ser atingidos durante o posicionamento, deve ser
solicitada a presença da eletroeletrônica para a retirada das cordoalhas. Para a
ultrapassagem em detectores de descarrilamento, basta utilizar dois roletes mais altos,
colocar um antes e um depois do detector para evitar a quebra. Para a ultrapassagem em
AMV e juntas deve-se posicionar o TLS do lado externo da linha. Neste momento passar
com bastante atenção, podendo utilizar algum pedaço de madeira ou dormente para evitar
que o trilho atinja a máquina de chave e os tirantes do AMV.
Introdução
Com o desenvolvimento tecnológico das indústrias e o aumento da população nos centros
urbanos, ocorreu, paralelamente, um aumento crescente da quantidade e diversidade de
poluentes ambientais e, consequentemente, um comprometimento contínuo da qualidade
de vida dos seres vivos no meio ambiente. Surgiu, então, a necessidade de consolidar novos
modelos de desenvolvimento, buscando a sustentabilidade através de alternativas de
utilização dos recursos existentes, orientadas por uma racionalidade ambiental, visando à
preservação dos recursos naturais.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT:
Resíduos sólidos são resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de
atividades da comunidade, de origem: industrial, doméstica, de serviços de saúde,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Consideram-se também resíduos sólidos os
lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos
e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo
d'água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor
tecnologia disponível. (ABNT, 1987)
Entulho:
Constitui-se de resíduos da construção civil: demolições, restos de obras, solos de
escavações etc.
Considerações
Ao longo da história, os seres humanos não sofreram tantas modificações, enquanto as
máquinas, os equipamentos e as rotinas de trabalho estão em permanente transformação
com a substituição do trabalho manual por máquinas, computadores e robôs, significando
que o desenvolvimento tecnológico já ultrapassou a capacidade humana de adaptação tanto
física quanto mental.
Para que o homem não se torne refém no seu local de trabalho onde há um movimento
constante de máquinas, estes locais devem estar devidamente sinalizados.
Um canteiro de obras bem sinalizado tem a vantagem de melhorar a fluidez dos veículos
ferroviários que por necessidade tenham que circular no local onde exista uma equipe de
trabalhando.
O responsável pela equipe de trabalho, deve esta equipado com um radio intercomunicador,
para ser previamente avisado pelo CCO, quando da passagem de um trem.
O maquinista ao se aproximar do local em que se encontram as equipes de trabalho,
acionará a buzina da locomotiva dando conta de sua aproximação.
Armazenagem
Definição: Atividade que diz respeito a estocagem ordenada e a distribuição de produtos
acabados dentro da fabrica ou em locais destinados a este fim, pelos fabricantes, ou através
de um processo de distribuição.
A Função da Logistica da Armazenagem
No passado , um armazém era definido como “ um lugar para guardar materiais”. Hoje é
Armazenagem integra a politica da empresa no que diz respeito a produção , marketing,
finanças. A essência fundamental da armazenagem é estar provido de espaço para o fluxo
de materiais entre as funções comerciais e operacionais que em grande parte não mantem
uma freqüência de fluxo, variando em função da demanda e capacidade de produção.
A redução dos custos de armazenagem estão baseadas :
Praticas operacionais;
Administração de inventários;
Métodos de estocagem;
Processamento de pedidos;
Administração de trafego;
Estas atividades devem mutuamente integrar o mais alto nível de serviço para atender seus
clientes dentro de prazos e custos reduzidos. E ainda se responsabilizando pelo
recebimento, cuidados, entrega pontual do produto certo, na hora certa, na quantidade
certa, condições adequadas e ao menor custo possível. A movimentação de materiais é uma
atividade de controle, desta forma a armazenagem controla e protege os materiais. A
atividade de movimentação não transforma nada, a principal função da armazenagem é o
controle.
Dinâmica Ferroviária
Conceitos e Classificações
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra estático significa:
1 Relativo ou pertencente à estática.
2 Relativo ou pertencente a corpos em repouso ou a forças em equilíbrio, em
oposição a dinâmico.
3 Em repouso; imóvel.
4 Em equilíbrio; estável.
5 Não dinâmico.
Já a definição da palavra dinâmico é:
1 Referente a dinâmica, a movimento, a força.
2 Diz-se de todo organismo vivo, em virtude de ser fonte da energia particular
que constitui a vida.
3 Ativo, enérgico.
Pode-se concluir, então, que essas palavras são antônimos, ou seja, têm sentido oposto.
A partir desse princípio, força dinâmica, ou a própria dinâmica, é reconhecida, nesta
apostila, como a força existente na via oriunda de movimento.
Em outras palavras: todos os pesos estáticos sempre impõem uma força estática a um
determinado ponto. Ao sofrer qualquer movimento, eles se tornam forças dinâmicas.
Em teoria, a via férrea deveria suportar somente os esforços resultantes dos pesos dos
veículos ferroviários e da força centrífuga exercida por eles ao circular nas curvas. Na
prática, o que ocorre é que os esforços normais conhecidos são modificados por outros
esforços, ditos anormais, que são oriundos da própria resistência e das características da
via e dos veículos que nela circulam.
Inicialmente, é possível dividir os esforços em duas classes:
i. esforços normais, originados de cargas verticais e da força centrífuga;
ii. esforços anormais, originados da própria via e dos materiais rodantes.
Outra forma de classificar os esforços atuantes na via é separá-los em relação ao plano em
que ela se situa, tendo os seguintes tipos de esforços:
i. esforços verticais;
ii. esforços longitudinais;
iii. esforços transversais.
Esforços verticais
São os esforços que têm direção normal ao plano dos trilhos, isto é, contrária aos trilhos.
Carga estática
Movimento de galope
Movimento de trepidação
Força originada pela velocidade de operação dos trens nas curvas. Para o cálculo dos valores
de uma superelevação das curvas, é sempre considerada a velocidade máxima admitida
para os trens em determinados trechos. O objetivo da superelevação nas curvas é equilibrar
as forças que a carga dos veículos repassarão à via férrea. Se um trem passa numa via com
uma velocidade superior àquela utilizada para o cálculo da superelevação, ocorre uma força
excessiva no trilho externo da curva. E, quando o mesmo trem passa numa velocidade
inferior à calculada, um peso maior ocorre nos trilhos internos das curvas.
Defeitos na linha
De certa forma, todos os defeitos de via causam desequilíbrios que produzem sobrecargas
na distribuição das cargas verticais.
Esforços longitudinais
Dilatação
O aumento e a diminuição da temperatura dos trilhos podem gerar tensões de compressão
e de tração. Devido ao atrito, a dilatação nunca pode ser tratada como uma força livre.
Para explicar como a dilatação dos trilhos é influenciada pelo atrito, sabe-se que o atrito
existente entre o trilho e o dormente cria tensões internas de compressão e tração nos
trilhos. Esse atrito será de grande valor se a pregação for elástica. Já nas fixações rígidas,
em que o poder de retenção do prego e dos tirefonds são baixos, recorre-se ao uso de
retensores. Esse acessório é o responsável por transferir o esforço do(s) trilho/dormentes
ao lastro.
Numa via, quando a temperatura dos trilhos aumenta, inicia-se uma dilatação das
extremidades dos trilhos para o centro. Pela “teoria da dilatação limitada”, quando as
resistências oferecidas pelos dormentes e pelo lastro forem iguais ao valor da força
resultante da dilatação dos trilhos, não haverá mais dilatação, pois as forças estarão
equiparadas. Dessa forma, em linhas que utilizam juntas de dilatação, temos duas zonas
extremas que se movimentam e uma zona central imóvel. Daí a importância do uso de
fixação elástica ou do uso de retensores.
Movimento de reptação
Com a passagem dos veículos ferroviários na via, os trilhos recebem uma força de
compressão e uma de afrouxamento alternadas, gerando uma deformação elástica. O trilho
fica sujeito a um movimento ondular vertical chamado reptação. Uma roda carregada
produz uma depressão no trilho, cuja parte frontal fica em aclive, empurrando-o para frente
no mesmo sentido do trem.
Os golpes aplicados nas rodas, mais precisamente nas pontas dos topos dos trilhos, podem
gerar uma força que empurra esses trilhos na direção de circulação do trem. Tal fenômeno
ocorre, principalmente, em linhas de fixação rígida e sem retensoramento.
Esforço trator
O esforço de tração da roda, em função da aderência (atrito estático), gera uma força
paralela ao trilho que tende a empurrar o trilho para trás, sendo contrária ao movimento
dos trens.
Frenagem
A frenagem dos trens produz, no boleto dos trilhos, uma força de atrito longitudinal no
mesmo sentido do movimento dos trens.
Atrito dos frisos das rodas nos trilhos
Este tipo de contato roda-trilho também pode gerar uma componente de força longitudinal
à via férrea.
O esforço trator das locomotivas é a única força atuante na via que empurra os trilhos no
movimento contrário ao deslocamento dos trens.
Já a dilatação é uma força que também ajuda no arrastamento dos trilhos. Embora
contribua pouco, ela é interessante porque não depende do sentido de circulação dos
trens. Contudo, em locais de rampas fortes, isso pode ser um fator que ajuda nesses
deslocamentos.
Para compreender melhor, imagine uma rampa descendente que tem seus trilhos se
alongando, durante os dias quentes, e se retraindo, durante as noites: a tendência é que
esses trilhos caminhem, aos poucos, no sentido da rampa.
Independentemente do tipo de movimento, essa força deve sempre ser combatida com o
uso de:
retensores em linhas de fixação rígida;
substituição de grampos elásticos ineficientes em linhas de fixação elástica;
reforço de lastro nos locais onde esse elemento esteja fraco.
Esforços transversais
São os esforços que levam em consideração os planos vertical e lateral entre os trilhos.
Força centrífuga
Nas curvas, ocorre uma força transversal quando o trem em circulação não tem suas
forças equilibradas pela superelevação adotada na curva.
Movimento de lacet
É o movimento do veículo em torno do seu eixo normal, que ocorre nas tangentes e nas
laterais das bitolas, no sentido de alargá-las, devido aos movimentos transversais de
choque dos frisos externos nos cantos das bitolas. São movimentos que nascem
decorrentes de defeitos da via ou do material rodante.
Ventos
Como o material rodante oferece uma grande área exposta a este tipo de intempérie, em
locais onde há ocorrência de ventos fortes, são criados esforços laterais dos frisos nos
rodeiros.
Dilatação de trilhos
Nos trechos em que não é realizado o alívio de tensões térmicas e que não há juntas de
dilatação específicas para esse fim, pode ocorrer grande dilatação dos trilhos por excesso
de tensão. Dessa forma, é comum ocorrerem, nas curvas e/ou em tangentes, o excesso de
esforço lateral devido à ausência das juntas de dilatação, levando a via férrea a se
movimentar de lugar. Esse movimento gera “despuxados” ou flambagens. Essa anomalia
pode se tornar um sério defeito, levando a ocorrências ferroviárias graves.
1. Sistema de guiagem
O direcionamento de veículo pode ser dividido em dois grupos:
1. Veículos autônomos direcionados – dependem da ação do motorista.
Tem como característica a restrição de movimento lateral da(o) roda/chassis contra uma
guia, forçando-a a assumir uma atitude próxima da tangencial em relação à curva.
Em geral, tais sistemas são compostos por uma guia de trajetória predefinida e uma roda
que desenvolve forças laterais em função das velocidades relativas no contato, por
exemplo, do sistema ferroviário.
O sistema ferroviário é composto de uma via com trilhos e geometria predefinida que guia
os eixos do veículo em movimento ao longo de sua trajetória. Os eixos são compostos,
geralmente, por rodas cônicas que desenvolvem forças de direcionamento no contato.
Artigos publicados em 1965 sobre a instabilidade lateral de truques, causada por uma
combinação da ação da conicidade da roda e as forças de contato (creep force) entre a roda
e o trilho, explicam os modos de conversão de energia do movimento de avanço do veículo
para os movimentos laterais do rodeiro. Foram explicitados e abordados os vários modos
de instabilidade do rodeiro e do corpo do veículo, nos casos de veículos com dois truques
e quatro rodeiros.
Ainda com base nessas publicações, o compromisso entre a inscrição de curvas e uma
adequada margem de estabilidade foi buscado por meio da forma do perfil adequado da
Conicidade da roda
As vantagens e desvantagens da conicidade da roda têm sido muito discutidas, sem que se
tenha chegado a conclusões definitivas.
As vantagens podem ser assim resumidas:
A conicidade 1:20 foi adotada pela maioria das ferrovias. Verificou-se, entretanto, que
o movimento sinuoso do material, especialmente dos truques das locomotivas, é
menor quando os aros são cilíndricos e o movimento de Lacet é uma característica
dos aros cônicos.
Sistema Ferroviário
Aderência
No transporte ferroviário, existem rodas de aço que rolam sobre trilhos de aço. Veja na
ilustração ao lado.
A capacidade de tração, de aceleração e de frenagem de uma locomotiva é
determinada por um fator físico fundamental denominado aderência.
A aderência é definida como a quantidade de agarramento existente entre as duas
superfícies em contato, ou seja, da roda com o trilho.
Força de atrito
Pensava-se, antigamente, que o fenômeno do atrito seco podia ser explicado pelo fato
de que ambas as superfícies em contato possuíam certo grau de rugosidade, que as
fazia entrelaçar-se durante o contato.
Força de aderência
Ao fazermos a roda rolar sobre uma superfície em que se encontra, seu eixo se
desloca linearmente no mesmo sentido da força aplicada, enquanto qualquer uma de
suas partículas gira em torno do seu eixo.
A velocidade linear de cada partícula da roda será perpendicular à linha que une a
partícula ao eixo e o seu valor será proporcional à distância correspondente.
Para que ocorra o deslocamento do trem sobre a via férrea, é necessário que a
locomotiva produza uma força de tração e a aplique no ponto de contato de cada uma
das rodas dos seus eixos tratores com o trilho.
A ação do motor de tração em cada um dos eixos tratores da locomotiva se dá por meio
da aplicação de um conjugado motor ao eixo e às rodas que com ele são solidárias.
Patinagem
Considere uma força de tração aplicada ao eixo de um rodeiro, de tal modo que possa
colocá-lo em movimento.
A cada instante, o ponto de contato entre a roda e o trilho é estacionário por um curto
intervalo de tempo, formando um centro instantâneo de rotação, sendo nula a
velocidade relativa naquele ponto, qualquer que seja a velocidade do trem.
Entretanto, constata-se que o coeficiente de aderência diminui com o aumento da
velocidade.
Para fins de projeto de sistemas de freio, a Air Brake Association – ABA publicou as
curvas levantadas em função do estado da superfície dos trilhos. Embora exista uma
boa diferença, essas curvas também podem ser utilizadas para fins de tração. Veja:
A patinação das rodas é bastante nociva à operação das locomotivas em tração, podendo
acarretar os seguintes efeitos:
redução ou perda da força de tração;
choques internos na composição;
problemas nos motores elétricos e geradores;
sobreaquecimento súbito das rodas, com consequências que podem ser
graves;
desgastes anormais nas rodas;
desgastes anormais nos trilhos.
Forças Laterais
Efeito do areamento nas forças laterais
A presença de areia no trilho aumenta o nível de atrito entre a roda e o trilho e,
consequentemente, a relação de L/V é proporcionalmente aumentada. Isso será agravado
se houver a utilização de altos pontos de aceleração simultânea ao uso excessivo de areia
em trechos de curvas, causando um sensível aumento na transferência da força de tração
e contribuindo para o aumento do L/V.
Dessa forma, principalmente em curvas fechadas, a areia deve ser utilizada em
quantidades que atendam somente ao necessário.
Relação L/V
Força centrífuga
Esforços laterais
Forças de deslizamento
As forças de deslizamento das rodas nas curvas são produzidas em função de sua
montagem rígida nos eixos e pelo fato de não girarem de forma independente.
As rodas possuem a banda de rodagem em formato cônico, a fim de se obter certa
ação de “diferencial”. Esse formato cônico nem sempre é o suficiente para permitir
que o conjunto de rodas passe pelas curvas sem deslizar. Em uma curva, a roda
interna desliza para frente e para o lado, ou a roda externa desliza para trás e para o
lado. O deslizamento das rodas nas curvas produz uma força lateral que se soma às
outras forças laterais na interface roda-trilho.
A significância do deslizamento das rodas é influenciada pelo(a):
perfil da roda e do trilho;
grau (raio) de curvatura;
circunferência do par de rodas no eixo (tamanho medido);
carga por eixo;
velocidade do trem;
velocidade de equilíbrio da curva;
estado da superfície de contato da roda no trilho (grau de lubrificação ou
presença de areia).
Devem ser observadas a existência e a relação da dinâmica do veículo ferroviário com
as juntas, tais como:
a existência de juntas alternadas;
a distância entre os truques;
o espaçamento entre as juntas.
O movimento vertical provocado pela passagem de uma roda do veículo ferroviário
por uma junta soma-se, naquele instante, ao movimento do balanço. Com a
velocidade, o balanço se tornará cada vez mais severo, até que as rodas do lado
oposto das juntas baixas se levantem dos trilhos.
Forças Verticais
Peso do veículo
A carga vertical mais significativa nas rodas deve-se ao puro peso estático do veículo e
da carga. O peso estático é aquele que pode ser medido em cada roda se o veículo
estiver parado. Com o veículo em movimento, esse peso pode alterar-se devido ao
balanço lateral, ao balanço vertical (galope) ou à reação dinâmica do veículo.
Os fatores que influenciam os valores da força vertical são:
peso do veículo vazio;
peso da carga;
distribuição transversal e longitudinal da carga;
quantidade e espaçamento de rodas;
estado da suspensão do veículo;
diâmetro da roda e relacionamento entre os diâmetros de rodas no truque.
Descarrilamentos
Um descarrilamento é uma falha da ferrovia em fornecer um serviço de qualidade para
seus clientes. Sendo assim, essa falha requer uma abordagem sistêmica e científica, a
fim de, progressivamente, eliminar o elo fraco da corrente.
Um descarrilamento pode ocorrer de quatro maneiras:
o rodeiro quadra o trilho;
o rodeiro empurra o trilho;
o rodeiro pula o trilho;
o rodeiro levanta, corre no topo do trilho e descarrila para o lado de campo.
Nesse caso, o patim do trilho, ao girar, rompe a fixação. Os frisos das rodas correm pela
canaleta formada pela alma e pelo boleto. Como consequência, marcas de frisos ficam
visíveis na alma do trilho.
Os rodeiros de um grupo de oito vagões vazios empurram para o lado interno da curva
toda a grade da linha, arrancando a dormentação do leito.
Nesse caso, o friso da roda desengatada da linha de bitola corre e cai para o lado do
campo, arrastando a roda oposta.
Nesse caso, o friso da roda desengatada corre pelo topo do trilho e cai para o lado
do campo, sem descarrilar a roda oposta.
Sempre existirá a ação de duas forças principais no contato da roda com o trilho:
força vertical (V);
força lateral (L).
Essas forças podem provocar a subida da roda no trilho.
Nesse caso, o friso deixa uma marca quase sempre visível no topo do trilho. O Ponto
Origem Descarrilamento – POD1 representa onde subiu, e o POD2, onde caiu.
Superelevação teórica
Superelevação Prática
Empeno em curvas
Empeno em tangentes
Entendendo que a aceleração descompensada nas tangentes é nula, uma vez que não há
efeito centrífugo, e sem perceber a influência de harmônico em um trecho anterior a um
descarrilamento, é plausível que essa aceleração seja substituída pela condição da
resultante das forças atuantes no centro de gravidade do veículo, passando pelo limite
máximo do terço médio da bitola, ou seja, x = b/6.
Assim, o valor da excentricidade a ser considerado, tanto para a bitola larga quanto
para a bitola estreita, será definido pelas relações descritas a seguir.
Considerações
Nivelamento Longitudinal
Alinhamento
As curvas de uma linha férrea têm por finalidade alterar a direção de marcha dos trens
em movimento, ou seja, fazer com que o material rodante gire em torno de seu eixo
vertical. Esse giro deve ocorrer de forma a evitar impactos no material rodante.
Defeitos de alinhamento das curvas provocam forças dinâmicas desbalanceadas na via e,
frequentemente, causam ou ampliam defeitos de nivelamento transversal. Similarmente,
Sendo:
f => variação de flecha admissível em mm entre dois pontos consecutivos;
c => comprimento da corda em metros;
V => velocidade do trem em km/h.
Flambagem
Básico de Vagões
Antonio Carlos
INTRODUÇÃO
Com o surgimento de grande variedade e quantidade de vagões no último século, em
virtude do desenvolvimento das ferrovias, tornou-se necessário criar normas para
classificá-los de acordo com fatores específicos.
Neste sentido, foi preciso também padronizar e normatizar seus componentes, em
especial aqueles submetidos a grandes esforços. Convém salientar que a melhoria das
ferrovias, em função das novas tecnologias (materiais e engenharia de construção) e
sistemas de operação (tração distribuída, por exemplo), permitiu aumentar
substancialmente o número de vagões em uma mesma composição ferroviária.
Atualmente, com o suporte dessas tecnologias, as ferrovias operam trens formados por
dezenas e, até mesmo, centenas de vagões:
2.1. CONCEITOS
Para a compreensão do funcionamento dos vagões e a fim de ajudar na sua classificação,
é importante conhecer alguns conceitos básicos sobre os tipos de vagões.
Vagões
São veículos ferroviários rebocados, destinados ao transporte de cargas diversas.
Vagão geminado
É uma dupla de vagões que trabalham sempre unidos e utilizam somente uma válvula de
controle e um reservatório auxiliar / emergência.
Carros
São assim chamados os veículos ferroviários, destinados ao transporte de passageiros.
Incluem dormitórios, restaurantes, etc.
Grupo A
Formado por três letras do alfabeto romano, sendo:
X1= tipo do vagão;
X2 = subtipo do vagão. No caso de vagão utilizado exclusivamente no tráfego não
remunerado, X2 é a letra N;
Caixão/Plataforma/Tanque
Situado na parte superior do vagão, o caixão repousa sobre o estrado. É constituído
normalmente de aço ou de madeira, conforme sua função.
Estrado
É a estrutura sobre a qual se apóia o caixão dos veículos ferroviários. O estrado tem as
funções de transferir, para os truques, o peso imprimido pelo caixão, além de transmitir
os esforços de tração e compressão de um veículo a outro.
O estrado serve também de alojamento e suporte para o conjunto de choque, tração e
sistemas de freio.
O estrado divide-se nas seguintes partes:
testeiras;
viga ou longarina;
assoalho.
Testeiras
É a parte do estrado que serve de suporte para os acessórios do engate. Nos
vagões desprovidos de caixão, as testeiras servem de orientação para definir a
cabeceira A e B do vagão.
Assoalho
É o piso do estrado que serve de acomodação da carga, podendo ser metálico ou de
madeira.
Ampara-balanço
Conjunto de peças localizado nas extremidades da travessa central e nas vigas do
estrado, o ampara-balanço tem a finalidade de manter o equilíbrio do estrado do vagão.
Limite de folga nos ampara-balanços
Prato-pião/Disco intermediário
Todos os vagões possuem na sua estrutura dois sistemas de pião, que podem ser do
modelo prato-pião ou disco intermediário/centro pião superior:
Tipos mais usados:
Composto
Fundido integral (não é utilizado em vagões minério)
Bojo solto
Freio manual
O freio manual destina-se à frenagem de vagões, sem a utilização do ar comprimido. Será
utilizado quando o ar for drenado e houver a necessidade de estacionamento do vagão
no pátio de manobra.
Detector de descarrilamento
É um dispositivo de segurança aplicado em todos os vagões GDEs, tanques e algumas
frotas de carga geral, que atua no caso de descarrilamento, rompendo um fusível,
provocando vazamento de ar do encanamento geral e causando aplicação do sistema de
freio.
Truque
É a parte do vagão sobre a qual é assentado o estrado. O truque tem a função de
distribuir e transferir o peso do vagão para os trilhos.
Dessa forma, permite a inscrição do vagão em curvas, a absorção de choques e o
amortecimento dos movimentos, dando estabilidade e equilíbrio ao vagão.
Tipos de Truques
Ride control
Barber
Double truss
Ao se analisar um truque, alguns itens com avarias podem ser observados visualmente:
molas quebradas, não posicionadas ou em falta;
barra de compressão com pinos e contra-pinos quebrados ou faltando;
setor de graduação quebrado;
laterais e travessas com trincas;
cunhas da travessa trincadas ou quebradas;
chapa de desgaste quebrada ou em falta.
Rodeiros
O rodeiro é composto pelo conjunto de um eixo, duas rodas e dois rolamentos. Possui
várias dimensões, de acordo com o tipo de truque e vagão, conforme tonelagem bruta
exigida.
a. Engate
É o componente do aparelho de choque que tem a função básica de fazer o acoplamento
e o desacoplamento (no caso do engate fixo) ou a ligação (no caso do engate de ligação)
entre os diversos vagões de uma composição, transmitindo as forças de tração e
compressão de um veículo para o outro.
Os engates podem ser de três tipos:
• de haste de ligação;
• fixo;
• rotativo.
Engate fixo
Utilizado no acoplamento de vagões, geminados ou não, o engate fixo não permite a
rotação do vagão no seu eixo longitudinal para descarga em cardumper.
Os vagões HFEs novos são exemplos de vagões geminados, equipados com engates
fixos.
Os engates fixos dividem-se em:
1. corpo do engate;
2. mandíbula;
3. castanha da mandíbula;
4. levantador superior;
5. acionador da mandíbula;
6. pino da mandíbula;
7. rotor.
Informações Gerais
1- Não é permitida a modificação da construção da extremidade, tais como cortes,
aberturas de rasgos, furos, etc.
2- Se o rasgo da chaveta na cauda do engate estiver alterado com marca de oxi-corte, o
engate não pode ser reaplicado;
3- Os corpos dos engates não devem ser pintados;
4- Se o corpo do engate é novo e seus complementos forem usados, o conjunto deve
atender ao contorno definido pelo calibre AAR 28393 conforme fig. D;
5- As chapas de desgaste, da cauda do engate, somente podem ser colocadas se o engate
for removido do vagão. Todos os cantos vivos e excesso de solda devem ser retirados;
6- Altura dos engates em relação ao trilho: A variação de altura entre engates de vagões
adjacentes, deve ser de no máximo 90mm.
b. Braçadeiras:
Tipos
E
F rotativo
F fixo
c. Aparelho de choque
Manobras Ferroviárias
Antonio Carlos
Definições
Ao conjunto de elementos que proporciona suporte e direção ao deslocamento dos trens,
dá-se o nome de "via permanente".
A via permanente é construída de modo a ser renovada quando:
ocorre desgaste e é atingido o limite de tolerância exigido pela segurança e
pela comodidade da circulação;
há necessidade de melhoria em função do aumento de carga por eixo ou de
velocidade (remodelação).
Importante!
Lastro e sublastro
Existem algumas propriedades exigidas para o lastro. O lastro deve ser obtido por
intermédio da britagem de rochas duras, compactas, de estrutura não lamelar ou
xistosa, de elevada resistência à compressão (acima de 1.000 kgf/cm²) e elevada massa
específica aparente.
As rochas utilizadas para a obtenção do lastro são:
granito;
basalto;
calcário;
escória de aciaria.
É possível utilizar também o lastro alternativo. Esse é feito por meio da escória de
aciaria, mas apresenta algumas desvantagens (detectadas mediante ensaios de
caracterização). São elas:
granulometria;
porosidade;
abrasão;
retenção de água;
teor de fragmentos.
É necessário fazer a manutenção de lastro, que pode ser feita por meio de:
desguarnecimento (limpeza manual e mecânica do lastro);
Dormentes
Os dormentes de aço, por sua vez, possuem características próprias. Veja as dimensões
desses dormentes utilizados na EFVM e na EFC:
Trilhos
Acessórios de ligação
Acessórios metálicos
Acessórios de fixação
Os acessórios de fixação são elementos necessários para a fixação do trilho no
dormente ou na placa de apoio do trilho, podendo ser elásticos ou rígidos.
Os acessórios de fixação elásticos são elementos que têm a capacidade de manter a
pressão de contato ao trilho constante, garantindo sua fixação e o retensionamento da
via, além de absorver as vibrações e os impactos inerentes à ação do tráfego ferroviário.
São componentes de sistemas de fixação elástica:
placas de apoio;
placa de ângulo (sistema Vossloh para dormente de concreto);
tirefonds;
arruelas duplas de pressão;
grampos;
garras tipo K ou GEO;
parafusos (utilizados em sistemas de fixação tipo K, GEO ou Vossloh);
shoulder (utilizado em dormentes de aço ou concreto);
almofadas isolantes (utilizadas em dormentes de aço);
tie pad (utilizado em dormentes de concreto);
isoladores – (para isolamento do contato do grampo com o trilho e do trilho com o
shoulder).
Observe as imagens a seguir. Elas representam os dois tipos de grampos elásticos,
Deenik e Pandrol, respectivamente:
A fixação rígida é feita por elementos que possuem a capacidade de fixar o trilho sem
absorver as vibrações e os impactos inerentes à ação do tráfego ferroviário. Ela possui
limitações no que se refere ao impedimento do deslocamento longitudinal dos trilhos.
Por isso, há necessidade de se aplicar retensores em vias com sistema de fixação rígida.
São componentes de sistemas de fixação rígida:
placas de apoio;
tirefonds;
pregos.
A vantagem da fixação elástica sobre a fixação rígida é que a primeira absorve os
choques e as vibrações por meio de um ou mais elementos flexíveis, isto é, apresenta o
efeito mola, sem perder, no entanto, o poder de retenção dos trilhos e dos dormentes.
São utilizadas também as placas de apoio, que são chapas de aço com os furos
necessários para a fixação nos dormentes e com perfil e rasgos para se fixarem sob o
trilho.
Verifique a imagem de uma placa de apoio:
A seção transversal tem inclinação de, aproximadamente, 1:20 para o lado de dentro
dos trilhos. Essa inclinação é necessária para que o trilho fique inclinado do mesmo
modo que a conicidade do aro das rodas, de forma a possibilitar melhor contato roda-
trilho.
Os retensores são peças que têm a finalidade de transferir aos dormentes o esforço
longitudinal que tende a deslocar o trilho. Eles ficam presos, por pressão, ao patim do
trilho, encostados à face vertical do dormente. Assim, transmitem a este os esforços
longitudinais.
A movimentação do dormente fica impedida por estar engastado no lastro e fixado sob
pressão ao trilho.
Veja, a seguir, a imagem de um retensor:
Importante!
Existem ainda as almofadas isolantes. Essas peças são confeccionadas com material
isolante e têm a função de impedir o contato entre o patim do trilho e o dormente de
aço.
Veja, a seguir, uma imagem de almofadas isolantes:
Bitola
Bitola é a distância entre as faces internas das duas filas de trilhos, medida a 16 mm
abaixo da face superior dos trilhos.
Veja a ilustração de uma bitola:
Entrevia
Entrevia é a distância entre os eixos de duas vias férreas paralelas. Veja, a seguir, uma
imagem de entrevia:
Gabarito
Nivelamento
Alinhamento
Geometria da linha
Empeno, ou torção da grade, é a mais crítica das anomalias de via por forçar a caixa do
veículo a oscilar violentamente sobre o ampara-balanços. É uma variação do
desnivelamento transversal e se baseia em um retângulo cujos vértices representam o
ponto de apoio das rodas.
Nas imagens a seguir, você pode observar as agulhas presentes no trilho e os tirantes,
respectivamente.
Terraplenagem
Cortes
Cortes são escavações executadas quando a obra possui uma cota menor que a da
superfície natural do terreno.
Veja, a seguir, uma imagem que ilustra o processo de corte:
Alguns exemplos de obras de arte especiais (OAE) são: túneis, pontes, viadutos,
passagens inferiores e muros de contenção.
Túnel
Pontes e viadutos
Obras de contenção
Importante!
Antonio Carlos
TRILHO DE LIGAÇÃO: Trilho intermediário interno que liga o coice da agulha à ponta da
perna do jacaré, podendo ser reto ou curvo. Trilho intermediário externo que liga o trilho
de encosto da agulha ao trilho de encosto do contratrilho do jacaré.
PLACA DE APOIO DO JACARÉ: Placa de apoio de aço, para fixação do jacaré, podendo
ser simples, gêmeas ou inteiriças numa só peça abrangendo o jacaré.
Cruzamento.
Para permitir que os veículos circulem em uma ou outra via, é preciso que as agulhas que
fazem parte da chave, se coloquem à esquerda ou à direita, pressionando-se uma delas
ao trilho de encosto correspondente, desviando assim as rodas que passam por ali, e
obrigando suas conjugadas a seguirem sobre o trilho de encosto.
Cruzamento
Assim, é preciso que haja grande harmonia construtiva nos jacarés para permitir a
circulação segura tanto dos veículos que percorrem o trilho A - B pela direita quanto
daqueles que, entrando pela via desviada, percorrerem o trilho C - D devendo pois
apresentar dobras ou bizelamento nas pontas das gargantas do jacaré representadas por
R e S, além de calha ou gola apropriados e contratrilhos para garantia de proteção à
ponta de 1/2”, assim denominada por apresentar meia polegada de espessura.
Para facilitar a circulação dos veículos em qualquer sentido, esta peça que é o
contratrilho, recebe um bizelamento em ambas as extremidades. O contratrilho protege
a ponta de 1/2” e obriga a circulação desejada.
Velocidade de Circulação
Dentro de certos limites, quando se define as características de um AMV para instalação
num determinado trecho, este deve ser tal que não imponha restrições de velocidade na
linha direta.
Antonio Carlos
INTRODUÇÃO
A história dos freios começou com um dos grandes dilemas da humanidade. Por um lado,
a invenção da roda transformou profundamente a vida do homem – tornou a locomoção e
o transporte de cargas muito mais fáceis. Por outro, no entanto, trouxe a questão:
A resposta veio da física, com a Lei da Inércia, resumida na seguinte frase: “Tudo que se
move tem que parar.” E daí surgiu a necessidade dos freios.
Os sistemas de freio e os mecanismos de frenagem dos meios de transporte são temas
de engenharia de ponta. Assunto muito fascinante – e complexo –, já que o freio, esse
componente tão essencial, nos remete a conforto, confiança e, principalmente,
segurança.
Logo, é natural que, acompanhando o desenvolvimento do transporte ferroviário, os
sistemas de freio também venham evoluindo através dos tempos. Essas melhorias têm
como objetivo transportar o máximo de volume, mais rápido, com menor custo e,
principalmente, da maneira mais segura possível.
Veja como a evolução dos sistemas de freio vem proporcionando isso.
Esse foi o primeiro tipo de freio desenvolvido por George Westinghouse, em 1869.
Agora que você já conhece o funcionamento de cada componente, veja como eles atuam
em conjunto:
1. Na aplicação dos freios, o ar comprimido armazenado no reservatório principal é
liberado pela válvula de controle para o encanamento geral.
Essa última deficiência – o fato de o sistema de freio a ar direto não ser automático –
instigou George Westinghouse a outra invenção. Resultado: ele desenvolveu um novo
equipamento e, em 1872, patenteou o sistema de freio a ar automático.
Como você deve ter percebido, o novo sistema de freio a ar automático conta com mais
dois componentes, além dos já utilizados. São eles:
o reservatório auxiliar – um vaso armazenador do ar comprimido, presente
nos vagões, que aciona os cilindros de freio;
e a válvula de comando (ou de controle) – a responsável pela aplicação ou
alívio dos freios, comandada pelo diferencial de pressão entre o encanamento
geral e o reservatório auxiliar.
A válvula de comando é um componente muito importante nesse sistema. Ela é
conhecida como válvula tríplice, devido às suas três funções básicas:
1ª – Carregamento do sistema
2ª – Aplicação do freio
3ª – Alívio do freio
Saiba como ocorrem esses três processos a seguir:
APLICAÇÃO DE FREIO
Com esta função, a válvula de controle propicia a aplicação do freio na composição. Isso
ocorre mediante uma redução da pressão no encanamento geral, da seguinte forma:
a válvula de controle interrompe o fluxo de ar do encanamento geral;
o ar armazenado no reservatório auxiliar (durante o carregamento do
sistema) é direcionado ao cilindro de freio, pressurizando sua câmara.
ALÍVIO DE FREIO
Nesta função, quando é preciso soltar o freio da composição, a válvula de comando atua
descarregando para a atmosfera o ar que estava contido no cilindro de freio. Isso provoca
um alívio das sapatas de freio.
Durante essa operação, ocorre um aumento da pressão no encanamento geral, que volta
a carregar o reservatório auxiliar. Assim, ele está pronto para um novo acionamento.
Veja os dois procedimentos na figura a seguir:
FRENAGEM DINÂMICA
Na frenagem dinâmica, ou frenagem reostática, os motores de tração comportam-se
como geradores de energia para controlar a velocidade do trem.
A energia elétrica produzida pelos motores de tração, atuando como gerador
independente, é fornecida e dissipada na forma de calor por efeito Joule, num dos
resistores do banco de resistências do freio dinâmico, conectado aos terminais do motor.
O resfriamento das grades de freio dinâmico é realizado por sopradores, que são
alimentados pela tensão existente sobre a parte da resistência a que estão ligados.
A passagem da ligação dos motores de tração em tração para a ligação dos motores de
tração em freio dinâmico é realizada pelo acionamento de um conjunto de chaves do tipo
“P” ou do tipo “BKT”, similar à chave reversora.
COMPRESSOR
O sistema de freio é alimentado por uma pressão de ar produzida por compressor. De
acordo com o modelo da locomotiva, o compressor pode ser acionado diretamente pelo
movimento do eixo do motor a diesel ou por meio de acoplamento de motor elétrico.
Após ser comprimido, o ar é armazenado em tubos cilíndricos denominados reservatórios
principais. A locomotiva possui dois reservatórios.
O principal número 1, que é responsável pela alimentação dos equipamentos
auxiliares.
O principal número 2, que é responsável pela alimentação do sistema de freio, cujo
ar comprimido será distribuído para toda a composição através de mangueiras e
encanamentos.
MANÔMETRO DIREITO
O sistema de freio convencional 26-L, por exemplo, é composto por algumas válvulas
principais instaladas na locomotiva. A seguir, você terá detalhes de cada uma e poderá
observá-las nas imagens.
4. Com uma aplicação de serviço total, corta a tração por meio do interruptor de
controle de potência, que é a chave Power Control Switch – PCS.
VÁLVULA MU-2A
Condiciona a locomotiva para operar em comando múltiplo com outras locomotivas
equipadas com sistema 26-L ou com outros sistemas diferentes.
VÁLVULA DE DESCARGA N° 8 OU KM
Quando ocorre uma aplicação de emergência, essa válvula é capaz de assegurar a queda
rápida da pressão do encanamento geral, liberando ar comprimido para a atmosfera. Isso
ocorre principalmente nas aplicações de emergência originadas ao longo do trem, ou
seja, não oriundas do manipulador de freio automático.
Agora que você já conhece algumas válvulas e torneiras do sistema de freio 26-L, verá
outras do sistema 6-SL.
FREIO ELETRÔNICO
A seguir, você conhecerá a composição do freio eletrônico CCBII.
TORNEIRA DE EXTREMIDADE
A torneira de extremidade tem a finalidade de interromper (isolar) a passagem de ar de
vagão e/ou locomotiva com outro vagão e/ou locomotiva pelas as mangueiras de
VÁLVULA DE CONTROLE
A função das válvulas de controle é Aliviar, Aplicar e Manter o Freio em “Recobrimento”
do vagão. Sem elas não manteríamos o cilindro de freio aplicado e aliviado. As válvulas
de controle são o cérebro e coração do vagão.
Antonio Carlos
VAZAMENTOS
Vazamento é a perda de ar do encanamento geral para a atmosfera. Essa perda é medida
na unidade de tempo.
As principais fontes em que ocorre vazamento do encanamento geral são:
juntas de bocal das mangueiras;
junta da câmara do coletor de pó;
juntas da válvula de serviço e das válvulas AB-5 e VTA para o caso de vagões com
cilindro de freio de simples ação;
flanges do coletor de pó;
tampas de torneiras;
conexões de tubos (ligações, uniões e Ts);
furos ou rachaduras em encanamentos, elementos de ligação ou roscas.
Os vazamentos ao longo do encanamento geral não só atuam na diferença de pressão
existente entre os veículos da composição, mas também interferem nos seguintes
aspectos da frenagem:
tempo de carregamento;
tempo de aplicação;
tempo de alívio;
tempo de recarregamento;
distância de parada do trem;
diferença da pressão de aplicação dos freios entre os diversos vagões da
composição.
É importante diminuir e eliminar os vazamentos para que nunca ultrapassem zero psi, no
caso do vagão visto individualmente.
CONSEQUÊNCIAS
GRADIENTE
Gradiente é a diferença de pressão existente entre a pressão do encanamento geral da
locomotiva e a do último veículo de um trem.
O gradiente fica localizado na válvula de controle do veículo.
Os testes de vazamento e gradiente podem também ser feitos com uma locomotiva na
cauda:
quando, por exigência do serviço, a locomotiva já estiver acoplada na cauda do
trem;
na ausência de manômetros de cauda ou EOT (End Of Train). Nesse caso, deverá
ser observado que:
o funcionário na cabine da locomotiva deverá ser um Maquinista, Inspetor
de Tração ou Maquinista auxiliar em treinamento na operação assistida,
acompanhado por seu responsável;
os princípios de verificação de pressão, alívio e aplicação de freios,
cilindros e sapatas de freios são os mesmos do teste com o manômetro de
cauda.
Causas Efeitos
Manobras Ferroviárias
Antonio Carlos
• A autorização de engate e desengate será dada via rádio ou por sinal manual;
• O engate de veículos será efetuado com velocidade não superior a 6 (seis) km/h,
sendo proibido movimentar quaisquer veículos que estejam com os freios
aplicados
JARGÕES FERROVIARIOS
• PUXAR/RECUAR;
• COLOCAR DENTRO DE MARCO;
• ACOPLAR/DESCOPLAR;
• PASSAR O AR;
Retirado punho
Alavanca de corte
Mangote no suporte
PADRÕES / TOLERÂNCIA:
Vazamento 5 PSI/ minuto
Gradiente 5% do total de vagões na composição
Vagões isolados 5% do total de vagões na composição.
Cilindro de freio aplicado
Linha morta
PROCEDIMENTO:
1-Feche a torneira de isolamento do vagão;
2-Drene o ar do cilindro de freio através da haste de dreno do ar;
3-Verifique o sucesso da operação, observando o cilindro de freio e sapatas do vagão;
Retentor de controle
Utilizado para controlar o tempo de descarga do ar dos cilindros de freio. É apropriado
para operar em vagões rebocados, em trens que trafegam em terreno muito acidentado;
Tem a função de proporcionar dois tipos de alívio dos freios:
• Restrito
• Direto
ESTACIONAMENTO DE VAGÕES
Ao estacionar vagões deve-se observar seu posicionamento no pátio, tendo o cuidado de
estacioná-lo dentro do marco para que não haja interferência em outros trens circulando,
apertando os freios manuais e em aclive ou declive acentuado efetuar o calçamento dos
rodeiros.
Esta operação deverá ser realizada com permanente comunicação via rádio entre o
condutor do trem e o empregado qualificado responsável pela cobertura do recuo.
• Cinto de segurança
• Rádio transceptor ou outro meio para sinalização
• Equipamentos de Proteção Individual de uso geral e obrigatório
Lembre-se que esses equipamentos são fundamentais nas operações,
principalmente em manobras que requerem cuidados.
A velocidade no recuo
A velocidade do recuo deve ser controlada por quem está cobrindo a cauda do
trem;
Cuidados Operacionais
Os mangotes danificados em suas partes metálicas (niple, bocal e braçadeira)
devem ser enviados às oficinas de manutenção para um possível aproveitamento
na montagem de novos mangotes.
Art. 1º O transporte, por via férrea, de produtos que, por suas características,
sejam perigosos ou representem riscos para a vida e a saúde das pessoas, para
a segurança pública, para o meio ambiente ou para a própria ferrovia, fica
submetido às regras e aos procedimentos estabelecidos neste Regulamento,
sem prejuízo do disposto na legislação peculiar a cada produto perigoso.
§ 1º Para os efeitos deste Regulamento são produtos perigosos os relacionados
em portaria baixada pelo Ministério dos Transportes.
§ 2º No transporte de produtos explosivos e de substâncias radioativas serão
observadas, também, as normas específicas do Ministério do Exército e da
Comissão Nacional de Energia Nuclear, respectivamente.
CARGAS PERIGOSAS
São consideradas cargas perigosas aquelas que por si só, ou em contato com outros
produtos durante a fabricação, manejo, armazenamento e transporte podem provocar
danos à saúde, ao meio ambiente, à segurança pública e até a própria contaminação de
outras cargas.
Estes danos são causados devido as suas características, e segundo estas características
são classificadas em:
1 - Explosivo (Acompanhamento ministério exército)
2 - Gases (Liquefeito e comprimido)
3 - Líquidos inflamáveis
4 - Sólidos inflamáveis
5 - Substâncias oxidante (Alimenta combustão)
6 - Substância Tóxica
7 - Substância radioativa
8 - Substância Corrosiva
9 - Produtos perigosos diversos (Instável) X - Reage com água
VAGÕES E EQUIPAMENTOS
Devem ter características técnicas e estado de conservação que garantam segurança
compatível com o risco.
Devem portar painel de segurança e rótulo de risco enquanto durarem as operações de
carregamento, estiva, transporte, descarregamento, baldeação, limpeza e
descontaminação.
GFD
RECOMENDAÇÃO:
É recomendado que a carga quando for ferro gusa, que se coloquem maiores
quantidades em cima dos eixos.
TANQUE
RECOMENDAÇÃO:
Quando o veiculo deste modelo estiver transportando sem estar totalmente carregado, o
maquinista deve redobrar a atenção no deslocamento, com movimentação lenta e
frenagens suaves, pois o produto ficara se deslocando em forma de ondas dentro do
tanque, com isso aumentando muito o risco de acidentes.
Antonio Carlos
INSPEÇÃO DA CABINA
DENTRO DA CABINA DEVE-SE INSPECIONAR E POSICIONAR OS EQUIPAMENTOS
COMO:
1-Chave de faca da bateria fechada
2-Chave de faca do relé de terra fechado.
3-Todos os fusíveis instalados e em boas condições.
4-Disjuntores da bomba de combustível e da bomba de circulação de lubrificante ligados.
5-Disjuntores das lâmpadas de iluminação e outros diversos disjuntores ligados, de
acordo com as necessidades.
INSPEÇÃO NO MOTOR
1-Verifique se a alavanca de sobre velocidade está na posição correta
2-Verifique nos visores a pressão do óleo e de água
3-Observe se a tampa de válvulas e as tampas laterais da caixa de ar e cárter estão em
seus lugares e devidamente apertadas.
INSPEÇÃO DE VAGÕES
A inspeção de vagões visa detectar irregularidades que possam comprometer a segurança
no transporte e a qualidade no atendimento ao cliente.
Embora a maioria das medidas corretivas seja de responsabilidade da oficina de vagões,
os operadores exercem importante papel na detecção dos problemas, além de executar
pequenos reparos.
Todo vagão isolado deverá ser informado à oficina, indicando o motivo do isolamento.
Alguns defeitos são críticos e requerem ação corretiva imediata, sob risco de causar
acidentes, neste caso a manutenção tem que se realizar no local.
Alguns defeitos não impactam diretamente na segurança do tráfego, mas o vagão deve
ser encaminhado para a oficina após descarga, ou antes, que seja carregado.
Todo vagão ao ser carregado deve-se observar sua carga se está dentro dos padrões da
empresa e também vistoriar;
O corpo do vagão.
Truque, rodeiros.
Movimentação de Trem
Antonio Carlos
Após ter dado a partida ao motor diesel e colocado o motor “em serviço” e já ter
completado todas as verificações e inspeções, a locomotiva é operada da seguinte forma:
Manipulador automático
É o equipamento responsável pela frenagem dos vagões e das locomotivas, montado no
pedestal de comando da locomotiva. Por meio da mudança de posição, ele controla as
válvulas instaladas no trem, gerando comandos. É apresentado em duas versões:
Manipulador automático
Controla o carregamento, aplicação e alívio dos freios tanto na locomotiva como no trem.
Suas posições são:
Marcha - posição usada para aliviar os freios, efetuando o carregamento ou
recarregamento do equipamento, tanto da locomotiva quanto do trem.
Redução mínima - Posição que permite uma redução de (6 a 8 psi) no
encanamento geral.
Serviço - Posição que permite a aplicação dos freios, a partir da redução
mínima até a aplicação total.
Supressão - Posição que anula o controle de segurança obtendo uma aplicação
total de serviço.
Punho fora - Posição que permite que se possa retirar o punho do manipulador
nas locomotivas comandadas, tornando-o inoperante.
Emergência - Posição que permite aplicações mais rápidas, além da obtenção
de maior pressão nos cilindros de freio.
FREIO INDEPENDENTE
Manipulador independente
Controla a aplicação e alívio somente dos freios da locomotiva. Suas posições são:
3. Alívio rápido - Posição que alivia os freios da locomotiva quando a aplicação for
originada pelo manipulador automático. (pressionar o punho do manipulador para baixo).
AMPERIMETRO
Se durante a frenagem dinâmica, o ponteiro entrar na faixa vermelha, indicará
um defeito de regulagem e a frenagem deverá ser reduzida.
FREIO INDEPENDENTE
Normas de Segurança
Antonio Carlos
O pessoal tem que conhecer cumprir e fazer cumprir integralmente as normas e regras
da ferrovia, bem como todos os comunicados, instruções operacionais e demais
informativos
Nos casos de serviço de manutenção, nos quais não é imposta a restrição à circulação de
trens o pessoal da manutenção deve fixar placas de ‘operários trabalhando na linha’
assim como placas de restrição de velocidade.
Os operários devem ficar atentos à aproximação dos trens e recolherem todo o material
usado e se posicionarem na lateral da via na passagem dos trens.
DO OPERADOR DE TREM
Nenhum trem pode circular na via sem que esteja devidamente autorizado, nos termos do
regulamento da empresa.
Todos os eventos que, porventura, venham ocorrer, e cujos procedimentos não
estejam previstos na presente apostila, devem seguir instruções especiais de
supervisores da área operacional.
No caso de um operador de trem desrespeitar os sinais, violar qualquer dispositivo
de segurança ou cometer irregularidade, que acarrete prejuízo ou não à empresa,
será considerado falta grave.
Todos os empregados da empresa devem estar permanentemente atentos a todos
os fatores relacionados à circulação de trens, comunicando qualquer irregularidade
observada.
Nos pontos de interface com outras ferrovias, os trens só podem circular com o
consentimento dos setores envolvidos.
MEIO AMBIENTE
AVALIAÇÃO INICIAL
MEDIDAS DE CONTROLE
ALMOFADAS ABSORVENTES
Podem ser usadas para bloquear sistemas de drenagem, enxugar derramamentos
em chão de fábricas, absorver óleos em áreas confinadas, tais como, reservatórios,
compartimento de motores, tanques e pequenos canais.