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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

DIVISÃO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO

CURSO DE ECOTURISMO E GESTÃO DE FAUNA BRAVIA

LOGÍSTICA E TRANSPORTES

Transportes Ferroviários

Docente: dr. Brito Bonjisse, Msc

Matsinho, outubro de 2023


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

DIVISÃO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO

CURSO DE ECOTURISMO E GESTÃO DE FAUNA BRAVIA

LOGÍSTICA E TRANSPORTES

Discentes:

António Francisco Luis

Muhoio Machaeia Boaventura

Isaías Tito Samuel

Docente: dr. Brito Bonjisse, Msc

Matsinho, outubro de 2023]


Indice
Introdução ............................................................................................................................... 1

Objetivos................................................................................................................................. 2

Geral .................................................................................................................................... 2

Específicos .......................................................................................................................... 2

Evolução histórica das ferrovias ............................................................................................. 3

Definição e características ...................................................................................................... 5

Vantagens ............................................................................................................................ 6

Desvantagens ...................................................................................................................... 6

TRANSPORTES FERROVIÁRIOS NA ECONOMIA ......................................................... 6

Tempo de reposição ................................................................................................................ 7

Competição entre modal ferroviário e rodoviário .................................................................. 7

Tipos de locomotivas .............................................................................................................. 8

Locomotiva a vapor ............................................................................................................ 8

Locomotiva a diesel-elétricas ............................................................................................. 9

Locomotiva elétrica ............................................................................................................ 9

Conclusão ............................................................................................................................. 10

Referencias bibliográficas .................................................................................................... 11


Introdução

Segundo Cavalcante e Alves (2011, p.1), o transporte, de forma geral, é o elemento


fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade. As grandes transformações que
conduziram a humanidade rumo ao progresso no decorrer da história, em maior parte, se
devem à invenção e ao aperfeiçoamento dos meios de transporte. O presente trabalho visa
abordar dos transportes ferroviários.
A primeira ferrovia nasceu na Europa e a construções delas se difundiu rapidamente da
Inglaterra para todo o continente europeu, substituindo os transportes mais utilizados na
época, que era o transporte fluvial, através de barcos e o transporte por estradas, que eram
feitos por cavalos. Até os dias atuais, na Europa é bastante utilizado os trens para o transporte
de passageiros (LANZNASTER, 2013).
Segundo Lanznaster, “foi aí que as companhias de exploração de carvão da Inglaterra
iniciaram as construções de pequenas estradas de trilho de madeira para transportar carvão
na superfície e no subsolo”. A locomoção era feita através de tração animal. A primeira
ferrovia nasceu na Europa e a construções delas se difundiu rapidamente da Inglaterra para
todo o continente europeu, substituindo os transportes mais utilizados na época, que era o
transporte fluvial, através de barcos e o transporte por estradas, que eram feitos por cavalos.
Até os dias atuais, na Europa é bastante utilizado os trens para o transporte de passageiros
(LANZNASTER, 2013).
No final de 2011, nos 27 países membros da União Europeia, haviam 861 empresas privadas
operando os serviços ferroviários de carga e de passageiros sobre as malhas das antigas
ferrovias estatais que foram desestatizadas em 1991. Metade desses operadores está
localizada na Alemanha, um terço no Reino Unido e o restando distribuído por praticamente
todos os países da comunidade europeia. Alemanha e Reino Unido lideram o transporte
ferroviário na Europa.

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Objetivos

Geral

➢ Falar dos transportes ferroviários


Específicos

➢ Descrever a evolução da história ferroviária;


➢ Caracterizar os transportes rodoviários;
➢ Descrever Vantagens e desvantagens;
➢ Falar dos Transportes ferroviários na economia;
➢ Descrever os Tipos de locomotoras;

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Evolução histórica das ferrovias

Por volta dos anos 600 A.C., na estrada de Diolkos, na Grécia Antiga, foi utilizado o primeiro
sistema de transporte com um mecanismo de carris que se movimenta através de um trilho
tracionado por animais e escravos, com uma extensão de 8 quilômetros (SILVA).

No início do século XVI na Alemanha, foi desenvolvido um sistema de transporte parecido


com o de Diolkos, que era formado a partir de trilhos de madeira e puxado por tração animal,
que era um meio de transporte muito utilizado para a extração de minério e que ficou
conhecido como wagon ways (estrada de vagões) (SILVA).

Por volta do ano de 1776, esses trilhos de madeira começaram a ser substituídos por trilhos
de ferro, caracterizando assim a rail way (estrada de ferro). No ano de 1804 surgiu a primeira
locomotiva a vapor (figura 1) usando trilhos, que foi construída pelo Engenheiro inglês
Richard Trevithick. A locomotiva conseguiu puxar cinco vagões com dez toneladas de carga
e setenta passageiros a uma velocidade de 8 quilômetros por hora. (SILVA).

Figura 1
Fonte: http://www.dw.com/image/678088_4.jpg (acesso em 2017).

No ano de 1812, outro inglês, John Blenkinshop, construiu uma locomotiva que usava dois
cilindros verticais que movimentavam um eixo, porém não teve sucesso também. Foi
somente no ano de 1814 que a primeira locomotiva com resultados concretos nasceu.
Chamada de Blucher, a locomotiva de George Stephenson destinada a transportar os

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materiais da mina (figura 2), conseguiu puxar uma carga de trinta toneladas à velocidade de
6 quilômetros por hora (SILVA).

Figura 2
Fonte: http://radiotrem.com/images/3a8fcdf7328f20ca4c6702f9af5de736.jpg (acesso em 2017).

Considerado o inventor da locomotiva a vapor e construtor da primeira estrada de ferro,


Stephenson construiu a locomotion (figura 3), que em 1825 tracionou uma composição
ferroviária entre Stockton e Darlington, na Inglaterra, em um percurso de 15 a 20 quilômetros
por hora. Na segunda metade do século XIX, pelo menos 3.000 quilômetros de via férrea
estendiam-se no velho continente e 5.000 nos Estados Unidos (Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes - DNIT).

Figura 3

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Fonte: http://radiotrem.com/images/3a8fcdf7328f20ca4c6702f9af5de736.jpg (acesso em 2017).

O início da era das ferrovias foi marcado no ano de 1830, quando foi inaugurada a primeira
linha férrea de longa distância para passageiros em escala comercial entre as cidades de
Liverpool e Manchester, na Inglaterra. No primeiro ano essa linha transportou 460.000
passageiros (SILVA).

Definição e características

Segundo Novaes, (2007, p. 246) “Por operar unidades (trens) de maior capacidade de carga,
o transporte ferroviário é basicamente mais eficiente em termos de consumo de combustível
e de outros custos operacionais diretos”. O transporte ferroviário se caracteriza
principalmente por transportar grandes volumes por longas distâncias e por menor custo.
Também, segundo Novaes (2007, p. 246):

Outra especialidade do transporte ferroviário está relacionada com as características


do manuseio de carga e com os volumes transportados. No caso de produtos a granel
(grãos, minérios, fertilizantes, combustíveis), pode-se construir terminais de carga e
descarga bastante eficientes, empregando vagões apropriados que permitem agilizar
as operações, barateando os custos.

O modal ferroviário caracteriza-se, especialmente, por sua capacidade de transportar grandes


volumes, com elevada eficiência, principalmente em casos de deslocamentos a médias e
grandes distâncias. Apresenta, ainda, maior segurança, em relação ao modal rodoviário, com
menor índice de acidentes e menor incidência de furtos e roubos.

✓ Grande capacidade de carga;


✓ Adequado para grandes distâncias;
✓ Elevada eficiência energética;
✓ Alto custo de implantação;
✓ Baixo custo de transporte;
✓ Baixo custo de manutenção;
✓ Possui maior segurança em relação ao modal rodoviário visto que ocorrem poucos
acidentes, furtos e roubos.
✓ Transporte lento devido às suas operações de carga e descarga;

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✓ Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha;
✓ Baixa integração entre os estados;

Vantagens

✓ O modal ferroviário, apresenta como uma de suas principais vantagens, a sua


capacidade de transportar alta tonelagem de carga em longas distâncias;
✓ Menores impactos ambientais, pois emite menos poluente através das locomotivas
e menores impactos ambientais na construção de infraestrutura;
✓ Mais segurança, com pouca incidência de roubos e menos possibilidades de
acidentes.
✓ Transporte mais económico a longas distâncias;
✓ A ferrovia exige um grande investimento de capital. O custo de construção,
manutenção e despesas gerais são muito elevados em comparação com outros modos
de transporte.;
✓ Ocupam pouco espaço (as linhas ferias ocupam pouco espaço que as estradas);

Desvantagens

✓ Investimentos escassos por parte do governo, o que impede que esse transporte se
desenvolva e seja mais produtivo;
✓ Dependência de outros meios de transporte para lidar com a inflexibilidade de rotas
e garantir que a mercadoria chegue ao destino.
✓ Diferença na largura das bitolas;
✓ Menor flexibilidade no trajeto;
✓ Necessidade de transbordo;
✓ Tempo de viagem demorado e irregular;

TRANSPORTES FERROVIÁRIOS NA ECONOMIA

O transporte ferroviário se tornou um meio de transporte de grande eficiência, chegando a


ser taxado de veículo de transformação econômica, tendo assim, um papel importantíssimo
dentro da matriz de transportes de acordo com a Confederação Nacional dos Transportes
(CNT, 2013).

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O sistema ferroviário é caracterizado principalmente pela sua capacidade de transportar
grandes volumes com um uso racional de energia, especificamente em casos onde as
distâncias entre dois pontos são de médias a grandes. Além disso, apresenta uma segurança
superior ao modal rodoviário, incluindo um menor índice de acidentes, furtos e roubos
(ANTT).
Segundos dados da ANTT, são cargas típicas do modal ferroviário:
a) Produtos siderúrgicos;
b) Grãos;
c) Minério de ferro;
d) Cimento e cal;
e) Adubos e fertilizantes;
f) Derivados do petróleo
g) Calcário
h) Carvão mineral e clínquer; e
i) Containers.
Tempo de reposição

Competição entre modal ferroviário e rodoviário

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Fonte: CNT (Acesso em 2017).
Diante do gráfico apresentado, conseguimos perceber que quanto maior a distância
percorrida e com maior carga transportada, o modal ferroviário começa a se tornar mais
viável que o modal rodoviário.
O modal ferroviário também se destaca por seus menores impactos ambientais, pois emite
menos poluente através das locomotivas e menores impactos ambientais na construção de
infraestrutura. Sua segurança é superior em relação ao modal rodoviário, pois envolve menos
risco de acidente contra terceiros ou nas próprias locomotivas (CNT).
Segundo dados da Comissão Europeia e Antaq (apud Jatobá 2015), “Em relação à questão
ambiental [...] Para cada 1000 toneladas por quilômetro útil transportadas, 116 quilos de CO2
são emitidos na atmosfera quando o transporte é feito por rodovias, contra apenas os 34 kg
gerados pelas ferrovias”. Conseguimos ver uma redução de aproximadamente 70% na
emissão de poluentes, ponto fundamental nos dias de hoje, tendo em vista que a emissão de
CO2 é um dos elementos responsável pelo efeito estufa.
Tipos de locomotivas

Locomotiva a vapor

As locomotivas a vapor, como o próprio nome já diz, utilizam o vapor sob pressão, que
acionam os êmbolos e transmitem o movimento por puxavantes e braçagens às rodas.
Existem uma fornalha localizada atrás da locomotiva, que faz a queima do combustível como
carvão, lenha ou óleo, para a produção de energia de locomoção da locomotiva. A caldeira é
formada por um tanque resistente a alta pressão com tubos que interligam a fornalha à caixa
de fumaça, por onde passa a chama de aquecimento e produção de vapor
(ANTF).

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Fonte: UFRGS (acesso em 2017).
Locomotiva a diesel-elétricas

Nesse sistema, o motor a diesel manda energia para um gerador elétrico, responsável por
transmitir potência para os motores de tração. As locomotivas a diesel possuem diversas
vantagens, entre elas, podem percorrer longos percursos sem parar para reabastecimento,
permite a parada e a partida imediata da locomotiva e possibilita uma aceleração mais rápida,
tem maior eficiência de combustível que as locomotivas a vapor e possui manutenção mais
fácil e com um custo inferior (ANTF).
As locomotivas possuem letras de classificação. As letras maiúsculas representam os
números de eixos tracionadores, começando com a letra “A” para um único eixo, “B” para
dois eixos, “C” para três eixos, etc. Os números representam os eixos não motrizes. A letra
“o” indica os eixos tracionados por motores de tração individual (ANTF).

Fonte: ANTF (Acesso em 2017)


Locomotiva elétrica

A locomotivas elétricas captam energia por uma rede aérea por um pantógrafo, e através de
equipamentos de controle e alimenta os motores de tração localizados nos truques (ANTF).

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Fonte: ANTF (Acesso em 2017)

Conclusão

Apos a elaboração do presente trabalho conclui-se que os transportes ferroviários é o tipo de


modal apresentando maior eficácia nas maiores cargas de longas e medias distâncias,
possuindo suas vantagens e desvantagens, sendo de maior importância na economia dum
país/região pela sua capacidade de carga.

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Referencias bibliográficas

▪ SILVA, Júlio César Lázaro da. "Breve História das Ferrovias"; Brasil Escola.
Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/ferrovias.htm>. Acesso em
26 de abril de 2017.
▪ CNT. Plano CNT de Transporte e Logísticas. 2014. Disponível em:
<http://www.cnt.org.br/Paginas/plano-cnt-transporte-logistica>. Aceso em 15 maio
2017.
▪ CNT. O sistema ferroviário brasileiro. Disponível em:
<http://www.cnt.org.br/Estudo/transporte-e-economia-o-sistema-ferroviario
brasileiro-cnt>. Acesso em 27 abr. 2017.
▪ Novais, Antônio G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: Estratégia,
Operação e Avaliação. Rio de Janeiro: Campus 2007.
▪ LANZNASTER, Edson. História da Ferrovia. 2013. Disponível em:
<http://www.amantesdaferrovia.com.br/profiles/blogs/hist-ria-da-ferrovia>. Aceso
em 15 maio 2017.

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