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UNIVERSIDADE TIRADENTES

Engenharia Civil

DRENAGEM

Princípios de Drenagem

Prof. Msc. Renata Campos Escariz


renata.campos@souunit.com.br

Aracaju, 2019-1
CONCEITOS

Os principais sistemas relacionados com a água no meio ambiente


urbano são:
– Mananciais de águas
– Abastecimento de água
– Saneamento de efluentes domésticos
– Controle da drenagem urbana
– Controle das inundações ribeirinhas
CONCEITOS

Mananciais de Águas
– São as fontes de água para abastecimento humano, animal e
industrial.
 Mananciais Superficiais: são os rios próximos às comunidades cuja
disponibilidade de água varia sazonalmente ao longo do ano –
necessidade de reservação.
 Mananciais Subterrâneos: são os aquíferos que armazenam água no
subsolo e permitem o atendimento da demanda através do
bombeamento desta água.
CONCEITOS

Abastecimento de Água
– Consiste na utilização da água disponível no manancial, que é
transportada até para ser tratada na estação de tratamento de água
(ETA) e depois distribuída à população através de uma rede.
 Importantes investimentos para garantir a água em quantidade e
qualidade adequada.
CONCEITOS

Saneamento de Efluentes de Esgoto Sanitário


– Sistema de coleta dos efluentes residenciais, comerciais e industriais.
 Transporte deste volume, seu tratamento numa Estação de Tratamento
de Esgoto (ETE) e despejo da água tratada de volta ao corpo hídrico.
CONCEITOS

Drenagem
– Qualquer processo, natural ou artificial, de remoção do excesso de
água de um terreno, de escoamento superficial ou subterrâneos,
precedentes de precipitações, fontes ou água servidas, mediante
valas e canais, tubulações ou outros tipos quaisquer de condutos.
CONCEITOS

Rede de Drenagem
– É o conjunto formado pelos dispositivos – boca de lobo, poço de
visita, galerias, etc – que promove a drenagem das águas de um local
ou de uma região.
Projeto de Drenagem
– É o estudo da projeção de uma situação simulada e o
dimensionamento dos dispositivos que irão compor a rede de
drenagem.
CONCEITOS

Drenagem Urbana
– Conjunto de elementos destinados a recolher as águas pluviais
precipitadas sobre uma determinada região e que escorrem sobre
sua superfície, conduzindo-as a um destino final.
– Principais Objetivos:
 Diminuir riscos a que as comunidades estão sujeitas;
 Minimizar prejuízos por inundações em áreas urbanas;
 Possibilitar o desenvolvimento urbano harmônico e sustentável.
CONCEITOS

Sistemas de Drenagem Urbana


– São essencialmente sistemas preventivos de inundações,
principalmente nas áreas mais baixas das comunidades sujeitas a
alagamentos ou marginais de cursos naturais de água.
– Fazem parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em
uma área urbana, quais sejam:
 Redes de água e de esgoto sanitário;
 Iluminação pública;
 Pavimentação de ruas, guias e passeios;
 Parques, áreas de recreação e lazer.
CONCEITOS

Sistemas de Drenagem Urbana


– Deve ser considerado desde o inicio da formação do planejamento
urbano, caso contrário, é bastante provável que esse sistema, se
mostre de alto custo e deficiente ao ser projetado.
CONCEITOS

Sistemas de Drenagem Urbana


– São classificados de acordo com suas dimensões em:
 Sistemas de Microdrenagem
 Sistemas de Macrodrenagem ou drenagem principal.
SISTEMAS DE MICRODRENAGEM

– Definição: sistemas de condutos construídos em lotes, quarteirões,


vias públicas, parques e outras áreas urbanas, para coletar e afastar
águas superficiais ou subterrâneas.
– Áreas envolvidas: < 4 km² ou 400 ha.
– Objetivos: minimizar danos ocasionados por precipitações intensas
relativamente frequentes (TR = 2 a 10 anos).
– Particularidades: a malha resultante dos seus condutos depende do
projetista e da disposição dos arruamentos  mini cursos artificiais.
– Obras típicas: sarjetas, bocas de lobo, bueiros, galerias de águas
pluviais, reservatórios de acumulação nos lotes, sistemas de
drenagem sustentável (telhados verdes, trincheiras de infiltração,
pavimentos permeáveis).
SISTEMAS DE MICRODRENAGEM

– Obras típicas
SISTEMAS DE MICRODRENAGEM

– Drenagem sustentável
SISTEMAS DE MACRODRENAGEM

– Definição: destinada ao escoamento final das águas escoadas


superficialmente, inclusive as captadas pelas estruturas de
microdrenagem. É também destinada a controlar inundações de
parcelas significativas da contribuição da bacia hidrográfica.
– Áreas envolvidas: > 4 km² (grandes bairros, bacias hidrográficas).
– Objetivos: retificar os cursos de água natural para minimizar riscos e
prejuízos em áreas extensas causados por inundações de menor
frequência (TR = 10 a 100 anos). Brasil: 25 anos
– Particularidades: o traçado obedece ao caminhamento natural dos
corpos aquáticos.
– Obras típicas: canais, galerias de grande porte, sistemas de
drenagem sustentável (reservatórios de acumulação).
SISTEMAS DE MACRODRENAGEM

– Obras típicas
GALERIAS DE GRANDE PORTE

CANAIS
SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
– Drenagem Sustentável

RESERVATÓRIOS
SISTEMAS DE MICRO E MACRODRENAGEM

– Drenagem Sustentável
FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA DE DRENAGEM

Projetos e obras
Legislação e medidas:
– Códigos, leis e regulamentos sobre as edificações, zoneamento,
parcelamento e loteamento do solo.
– Fiscalização da administração pública nas áreas urbanizadas e
edificadas e planos de urbanização.
– Zoneamento com delimitações clara das áreas frequentemente
inundadas.
– Fixação de cotas aquém das quais a ocupação é desaconselhada ou
mesmo vedada.
FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA DE DRENAGEM

Legislação e medidas:
– Restrição de acesso às áreas sujeitas a inundações.
– Impedimentos a expansão nas áreas inundadas de serviços públicos,
como água, esgotos, iluminação pública.
– Fixação de incentivos fiscais para que os terrenos inundáveis
permaneçam ociosos.
– Obras de controle, amortecimento ou retardamento de cheias.
– Planos de emergência contra inundações, compreendendo diques de
sacos de areia, esquemas de evacuação da população, entre outros.
PARTICULARIDADES DA DRENAGEM URBANA

O escoamento de águas pluviais vai ocorrer sempre,


independentemente de existir ou não sistema de drenagem
adequado.
Existindo o sistema, seu funcionamento é não permanente, isto é,
funcionará apenas durante e após as chuvas, diferentemente dos
outros melhoramentos públicos, que são contínuos.
IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE DRENAGEM

Razões de Segurança
– Garantia para o tráfego de veículo e de pedestres, evitando acidente
durante ou após a ocorrência de chuvas intensas.
IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE DRENAGEM

Razões Higiênicas
– Afastamento das águas que arrastam consigo poluentes e
microrganismos patogênicos que podem provocar danos à saúde das
pessoas.
IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE DRENAGEM

Razões Econômicas
– Controle da erosão, conservação das ruas e proteção das
propriedades contra danos causados pelo acúmulo excessivo de água
pluviais.
BENEFÍCIOS ADVINDOS DE UM SISTEMA DE
DRENAGEM URBANA

Desenvolvimento do sistema viário;


Redução de gastos com manutenção das vias públicas;
Facilitação do tráfego de veículos e pedestres;
Valorização das propriedades existentes na área beneficiada;
Eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais;
Recuperação de áreas alagadas ou alagáveis;

Segurança e conforto para a população


A ORIGEM DA DRENAGEM

Águas Urbanas
– Sistema de abastecimento de água;
– Sistema de coleta de esgotos sanitários;
– Sistemas de drenagem urbana;
– Gestão dos resíduos sólidos.
Fases das Águas Urbanas
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Pré-Higienista (Até início do séc. XX)

A drenagem era um
complemento da No século XIII A partir do século
irrigação. Inicialmente valas a eclodiu a peste XIV, foram feitas
céu aberto, os quais negra em toda a pavimentação das
O desenvolvimento atravessavam as Europa. Com isto, ruas e construção
de técnicas terras e, houve o início do de obras de canais
agrícolas, de desvio posteriormente sistema de esgoto de drenagem, onde
de rios e de construídos dutos cloacal incluindo a escoavam os
drenagem de áreas cobertos para instalação de refugos indesejáveis
inundáveis permitiu drenagem urbana. fossas sépticas nos das ruas em direção
o fim da vida domicílios. aos rios e lagos.
nômade.
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Pré-Higienista (Até início do séc. XX)

Início da Revolução Industrial, A partir do século XIX, o rápido A partir de 1830


no século XVIII, as cidades se crescimento populacional trouxe começaram os primeiros
tornaram áreas de atração consigo a necessidade de mais surtos de cólera, o que
para uma massa de espaço para moradias, a malha colocava em dúvida a
trabalhadores que perderam urbana cresceu desordenada e viabilidade do
espaço no meio rural, carente de infraestrutura . desenvolvimento urbano
acarretando grande êxodo. das daquele momento.
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Pré-Higienista (Até início do séc. XX)


– A população retirava água a montante do rio e despejava sem
tratamento a jusante, poluindo os rios e deixando para a natureza a
função de recuperar a sua qualidade.
– Os impactos eram menores devido ao baixo volume de esgoto
despejado com relação a capacidade de diluição dos rios.
– Consequências:
 Contaminação das fontes de abastecimento;
 Doenças e epidemias;
 Altos índices de mortalidade;
 Inundações.
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Higienista (Início do séc. XX até 1970)

Surge o conceito de sistema A partir de 1912, se


Estabelecimento de Surgimento do
unitário de esgoto: todo o tornou obrigatório o
leis que obrigavam as conceito higienista:
esgoto e a água das chuvas uso do sistema
residências a captação, condução e
eram reunidos em uma só possuírem separador absoluto
canalização e lançados descarga rápida dos
instalações nos projetos de
diretamente nos corpos esgotos e das águas
sanitárias. urbanização do Brasil
d’água receptores. pluviais.
(Saturnino de Brito).
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Higienista (Início do séc. XX até 1970)

– Lixão
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Higienista (Início do séc. XX até 1970)


– O rápido crescimento das cidades fez agravar significativamente os
problemas de enchentes urbanas, pois tende a remover a cobertura
vegetal original, a aumentar a impermeabilização, a introduzir
obras de canalizações e a ocupar planícies ribeirinhas.
– Canalização do escoamento: a água era conduzida rapidamente
para fora da bacia, visando o controle das condições de saúde
pública, porém, considera apenas o trecho local.
– Consequências:
 Redução das doenças de veiculação hídrica;
 Contaminação dos rios;
 Transferência dos impactos para jusante.
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Corretiva (1970 a 1990)


– Marco inicial: Clean Water Act (EUA/1972). A Lei da Água Limpa
(CWA) é a principal lei Federal dos EUA que regula a poluição da
água. Seu objetivo é restaurar e manter a integridade química, física
e biológica das águas do país, impedindo fontes de poluição difusas.
– Tratamento de esgotos domésticos e industriais.
– Recuperação e conservação dos rios.
– Revisão dos procedimentos na drenagem: amortecer o escoamento,
em vez de canalizá-lo.
– Consequências:
 Diminuição da poluição dos corpos hídricos;
 Poluição devido a fontes difusas (ligações clandestinas).
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Corretiva (1970 a 1990)


– Aterro Sanitário
A ORIGEM DA DRENAGEM

Fase Desenvolvimento Sustentável (Pós 1990)


– Tratamento de efluentes em nível terciário: remoção de nitrogênio e
fósforo
– Tratamento das águas pluviais (urbanas e rurais).
– Drenagem:
 Medidas de controle na fonte para favorecer a infiltração;
 Preservação dos caminhos naturais do escoamento (naturalização dos rios).

– Consequências:
 Redução da poluição;
 Redução das inundações;
 Melhoria da qualidade de vida.
A ORIGEM DA DRENAGEM
A ORIGEM DA DRENAGEM

Quando o crescimento urbano acontece sem controle adequado ou


sem planejamento prévio, ele acaba por inviabilizar a solução
tradicional, aumentando os volumes de água que chegam ao sistema
de drenagem ao longo do tempo, como consequência do aumento de
áreas impermeáveis na bacia.
Gerando investimentos adicionais recorrentes e insustentáveis para
adequar a rede de drenagem antiga às novas vazões de cheia. O que
traz inúmeros transtornos para a urbanização já constituída.
DESENVOLVIMENTO URBANO

O crescimento urbano nos países em desenvolvimento tem sido


realizado de forma insustentável com deterioração da qualidade de
vida e do meio ambiente.
Segundo o Relatório Mundial das Cidades 2016 elaborado pela ONU
“Relatório Urbanização e Desenvolvimento: Futuros Emergentes”,
54% da população mundial vive em áreas urbanas, uma proporção
que se espera venha a aumentar para 66% em 2050.
Os continentes mais urbanizados são América do Norte e América
Latina onde a população urbana ultrapassa 80% da população total.
Quase 90% do crescimento será centrado na Ásia e África.
DESENVOLVIMENTO URBANO
DESENVOLVIMENTO URBANO

Em 1990 havia 10 Megacidades com população superior a 10


milhões de habitantes.
Em 2014 havia 28 Megacidades (16 na Ásia, 4 na América Latina, 3
na África, 3 na Europa e 2 na América do Norte).
Das 4 Megacidades existentes na América Latina 2 estão no Brasil.
A previsão é que em 2030 o mundo tenha 41 megacidades.
DESENVOLVIMENTO URBANO

Maiores cidades a nível Mundial e da América Latina (UN, 2014)


Mundial América Latina
Cidade População Cidade População
Milhões Milhões
Tóquio (Japão) 37,83 Cidade do México (México) 20,84
Deli (Índia) 24,95 São Paulo (Brasil) 20,83
Xangai (China) 22,99 Buenos Aires (Argentina) 15,02
Cidade do México (México) 20,84 Rio de Janeiro (Brasil) 12,82
São Paulo (Brasil) 20,83 Lima (Peru) 9,72
Bombaim (Índia) 20,74 Bogotá (Colômbia) 9,55
Osaka (Japão) 20,12 Santiago (Chile) 6,47
Pequim (China) 19,52 Caracas (Venezuela) 5,40
Nova Iorque (EUA) 18,59 Belo Horizonte (Brasil) 5,03
Cairo (Egito) 18,42 Porto Alegre (Brasil) 3,96
DESENVOLVIMENTO URBANO

O alerta mais enfático deve ser feito para os países periféricos, que
sofreram um processo de urbanização diferente dos países centrais,
causado principalmente pela revolução industrial tardia.

Avanço da Urbanização
Países desenvolvidos Países em desenvolvimento
(centrais) (periféricos)
Urbanização gradativa Urbanização tardia e acelerada
Acompanhamento da Falta de investimento na
infraestrutura urbana infraestrutura urbana
Planejamento Sem planejamento adequado
DESENVOLVIMENTO URBANO

Disponibilidade Hídrica: o total de água globalmente retirado de rios,


aquíferos e outras fontes aumentou cerca de 9 vezes, enquanto o uso
por pessoa dobrou e a população crescendo exponencialmente.
Cerca de 460 milhões de pessoas (aproximadamente 8% da
população mundial) estão vulneráveis à falta frequente de água.
Os riscos de inundação e a deteriorização da qualidade da água nos
rios, próximos às cidades, é um processo dominante e atual, oriundo
de fatores, tais como:
– Contaminação dos mananciais superficiais e subterrâneos com os
efluentes urbanos como o esgoto sanitário, pluvial e os resíduos
sólidos;
– Inundações nas áreas urbanas devido à urbanização.
DESENVOLVIMENTO URBANO

Taxa de Urbanização Brasileira


DESENVOLVIMENTO URBANO
TRABALHO 1 - MEDIDA DE EFICIÊNCIA

COMO ESTÁ O SISTEMA DE DRENAGEM


E O DESENVOLVIMENTO URBANO DE
ARACAJU / SERGIPE???

GRUPOS DE 5 PESSOAS

1. Pesquisa bibliográfica e de campo com fotos da região pesquisada

2. APRESENTAÇÃO (~ 10 MIN)

DATA DE ENTREGA: PRÓXIMA AULA


CHEIAS URBANAS

Estão diretamente associadas às falhas das redes de micro e


macrodrenagem, devido a:
– Erro de concepção;
– Falha na previsão do horizonte de projeto;
– Falta de manutenção;
– Envelhecimento de partes do sistema;
– Obsolescência devido ao acelerado (e não controlado) crescimento
urbano.
CHEIAS URBANAS

As cheias são o fenômeno natural que mais causa danos e perdas ao


redor do mundo. Cerca de 60% das perdas de vidas humanas e 30%
das perdas econômicas causadas por desastres naturais ocorrem
devido a enchentes.
CHEIAS URBANAS

No Brasil
CHEIAS URBANAS

Problemas de drenagem surgem por descompassos entre o projeto


do sistema e o efetivo funcionamento deste.
– Superação da capacidade de escoamento da rede;
– Ocupação inadvertida do solo em áreas ribeirinhas.
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Alagamentos: acúmulo momentâneo de águas em determinados locais
quando a microdrenagem não é capaz de transportar a água da chuva
com eficiência.
– Inundações: quando há extravasamento dos rios e canais devido à falha
na macrodrenagem, podendo atingir extensas áreas e durar longos
períodos.
– Enxurrada: devido à falha na macrodrenagem, é o escoamento
superficial concentrado, com alta energia de transporte e grande poder
de destruição, associado ou não a áreas de domínio dos processos
fluviais. Pessoas e carros podem ser arrastados pela enxurrada.
De forma geral, as grandes catástrofes ocorrem nos casos de
falha da macrodrenagem, quando eventos de chuvas intensas
com grandes tempos de recorrência acontecem na bacia.
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Retirada da cobertura vegetal
 O desmatamento causa aumento no volume de chuva efetiva, uma vez
que a parcela antes retida na vegetação e depois na evapotranspiração
contribuirá, agora, para o escoamento superficial.

– Reduz a capacidade de infiltração do solo, pois:


 As raízes são o caminho natural para a percolação no subsolo;
 A vegetação protege o solo contra a compactação originada pelo impacto
das gotas da chuva.
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Impermeabilização do solo através de telhados, ruas calçadas e
pátios.
Várzea
Domínio do Rio

Antiga Várzea
Reclamada pelo Rio
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Impermeabilização do solo por falta de área verde nos projetos
 Redução drástica da infiltração do solo;
 Aumento do escoamento superficial com aumento da vazão média;
 Aumento da velocidade de escoamento, com redução do tempo de
pico.
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Canalização
 Aumento da carga de resíduos sólidos sobre os rios próximos das áreas
urbanas;
 Transferência da inundação de um lugar para outro da bacia;
 A própria população, quando possui algum problema de inundação,
solicita a execução de um canal para o controle da inundação.
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Canalização
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Canalização
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Lançamento de esgoto sem tratamento nos cursos d’água
 Grande parte das cidades brasileiras não possuem tratamento de
esgoto e lançam os efluentes na rede de esgotamento pluvial, que
escoa pelos rios urbanos.
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Lançamento de resíduos sólidos no sistema de drenagem
 O volume de resíduos sólidos que chega à drenagem depende da
frequência e cobertura da coleta de lixo, frequência da limpeza das
ruas, reciclagem, forma de disposição do lixo pela população e a
frequência da precipitação.
 Para usar o espaço a tendência é de cobrir com galerias.

Rio de Janeiro
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Favelização
 A urbanização é espontânea e a população é de baixa renda e, por isso
tende a invadir áreas públicas ou comprar áreas precárias sem
infraestrutura, estabelecendo a cidade informal.
 O planejamento urbano é realizado para a cidade ocupada pela
população de renda média e alta, onde estabelece a cidade formal.
CHEIAS URBANAS

Superação da capacidade de escoamento da rede


– Favelização
 Incapacidade do município de planejar e antecipar a urbanização e
investir no planejamento do espaço seguro e adequado.
 A ocupação ocorre sobre áreas de risco como de inundações e de
deslizamento, com frequentes mortes durante o período chuvoso.
CHEIAS URBANAS

Inundações de áreas ribeirinhas

– Inundações naturais irregulares resultado do aumento da vazão


dos rios durante os períodos secos e chuvosos onde o rio ocupa seu
leito maior.
CHEIAS URBANAS

Inundações de áreas ribeirinhas


– Ocupação inadvertida do solo em áreas ribeirinhas com risco de
inundação;
– Falta de um plano diretor;
– Falta de políticas públicas para habitação;
– Invasão desta área pela população de baixa renda.

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