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Universidade Federal do Paraná

Setor de Tecnologia
Departamento de Hidráulica e Saneamento

TH037 – Projeto de Drenagem Urbana


Turma A – Quartas e Sextas: 7:30h – 9:30h

Disciplina Optativa do Curso de Engenharia Civil


Aula 2 – Urbanização e drenagem

Prof. Bruno Victor Veiga


e-mail: bvveiga@ufpr.br

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Expansão Urbana
• Situação no Mundo

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Processo de ocupação urbana
• Caso de São Paulo
– Documentário “Entre Rios”

– Ler: As Várzeas Urbanas de São Paulo (FREIRE &


MEYER, 2017)
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Rios de Curitiba

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Rios de Curitiba

Rio Belém

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Rios de Curitiba

Rio Belém

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Rios de Curitiba

Rio Ivo

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Região Metropolitana de Curitiba

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Região Metropolitana de Curitiba

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Brasília 1990

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Brasília 2016

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Manaus 1986

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Manaus 2016

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Porto Velho 1984

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Porto Velho 2016

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Santa Maria 1986

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Santa Maria 2016

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São Paulo 1986

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São Paulo 2016

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Nanjing Jaingsu 1985

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Nanjing Jaingsu 2016

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Osobogo (NIG) 1985

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Osobogo (NIG) 2016

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Shanghai 1986

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Shanghai 2016

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Natureza das enchentes
• Enchentes em áreas ribeirinhas: os rios
geralmente possuem dois leitos, o leito
menor onde a água escoa na maioria do
tempo e o leito maior, que é inundado
em média a cada 2 anos. O impacto
devido à inundação ocorre quando a
população ocupa o leito maior do rio,
ficando sujeita a inundação.

• Enchentes devido à urbanização: as


enchentes aumentam a sua frequência e
magnitude devido à ocupação do solo
com superfícies impermeáveis e rede de
condutos de escoamentos. O
desenvolvimento urbano pode também
produzir obstruções ao escoamento
como aterros e pontes, drenagens
inadequadas e obstruções ao
escoamento junto a condutos e
assoreamento.

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Impactos da urbanização
À medida que a cidade se urbaniza, em
geral, ocorrem os seguintes impactos:
• Aumento das vazões máximas (em até
7 vezes), devido ao aumento da
capacidade de escoamento através de
condutos e canais e impermeabilização
das superfícies
• Aumento da produção de sedimentos
devido à desproteção das superfícies e
à produção de resíduos sólidos (lixo)
• Deterioração da qualidade da água
superficial e subterrânea, devido à
lavagem das ruas, transporte de
material sólido e às ligações
clandestinas de esgoto sanitário e
pluvial;
• Contaminação de aquíferos

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Impactos da urbanização
Além disso, outros impactos ocorrem
devido à forma desorganizada como a
infraestrutura urbana é implantada,
tais como:
• Pontes e taludes de estradas que
obstruem o escoamento;
• Redução de seção do escoamento
por aterros;
• Obstrução de rios, canais e
condutos por deposição de lixo e
sedimentos;
• Projetos e obras de drenagem
inadequadas.

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Processo de urbanização
• Alteração do balanço hídrico

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Processo de urbanização
• Agravamento de cheias

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Planejamento de sistemas de drenagem
• Os projetos de drenagem urbana
têm, tradicionalmente, como
filosofia o escoamento da água
precipitada o mais rápido possível
para fora da área projetada. Este
critério aumenta de algumas
ordens de magnitude as vazões
máximas, a frequência e o nível de
inundação de áreas a jusante.
• As áreas ribeirinhas, inundadas
pelo curso d’água durante os
períodos de cheia, têm sido
ocupadas pela população durante
a estiagem. Os prejuízos
resultantes são evidentes.

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Controle de enchentes
• O aumento de vazão devido à
urbanização não deve ser transferido
para jusante (controle local);
• A bacia hidrográfica deve ser o
domínio físico de avaliação dos
impactos resultantes de novos
empreendimentos;
• O horizonte de avaliação deve
contemplar futuras ocupações
urbanas as áreas ribeirinhas somente
poderão ser ocupadas dentro de um
zoneamento que contemple as
condições de enchentes;
• As medidas de controle devem ser,
preferencialmente não-estruturais

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Urbanização na bacia e a dinâmica de enchentes

• Ocupação urbana
crescente de jusante
para montante (mais
plano para menos
plano);
• Modificação da seção
natural (canalização)
e a ocupação do leito
maior.

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Medidas de controle
• As medidas de controle de inundações
podem ser classificadas em :
– Estruturais, quando modificam o sistema,
buscando reduzir o risco de enchentes,
pela implantação de obras para conter,
reter ou melhorar a condução dos
escoamentos. Estas medidas envolvem
construção de barragens, diques,
canalizações, reflorestamento, entre
outros.
– Não-estruturais, quando são propostas
ações de convivência com as enchentes
ou são estabelecidas diretrizes para
reversão ou minimização do problema.
Estas medidas envolvem o zoneamento
de áreas de inundações associado ao
Plano Diretor Urbano, previsão de cheia,
seguro de inundação, legislações
diversas, entre outros.

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Medidas estruturais
• Infiltração e percolação: objetivam possibilitar maior infiltração e
percolação da água no solo, utilizando o armazenamento e o fluxo
subterrâneo para retardar o escoamento superficial.
• Armazenamento: através de reservatórios, que podem ser desde
residenciais (1 - 3 m³), até terem porte para a macrodrenagem
urbana (alguns milhares de m³). O efeito do reservatório urbano é o
de reter parte do volume do escoamento superficial, reduzindo o
seu pico e distribuindo a vazão no tempo.
• Aumento da eficiência do escoamento: através de condutos e
canais, drenando áreas inundadas. Esse tipo de solução tende a
transferir enchentes de uma área para outra, mas pode ser
benéfico quando utilizado em conjunto com reservatórios de
detenção.
• Diques e estações de bombeamento: solução tradicional de
controle localizado de enchentes em áreas urbanas que não
possuam espaço para amortecimento da inundação.

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Medidas Não-estruturais
• Legislação: principalmente leis
municipais alusivas ao
parcelamento, uso e ocupação do
solo (Plano Diretor) e códigos
associados.
• Normas e procedimentos técnicos:
destinados ao agentes técnicos,
públicos ou privados (por exemplo,
um Manual de Drenagem), para
que a concepção da drenagem siga
os princípios básicos.
• Disciplinamento do uso e
ocupação do solo
• Educação Ambiental.
• Mapeamento de Zonas de Risco de
Inundação e Seguro de Enchentes
• Sistema de Alerta e Defesa Civil

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