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CURSO DE TECNOLOGIA EM

SANEAMENTO AMBIENTAL

DRENAGEM URBANA

Cap. 1 - Introdução
Prof. Marcos Luciano Alves Barroso
1. GENERALIDADES
1.1 CONSIDERAÇÕES
Área não urbanizada

Área urbanizada
EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE O COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO
Impermeabilização do solo

Observem
os números
Ex.: Para uma precipitação de 15,00 mm

Solo Solo
X
natural pavimentado

6,00 mm Evapotranspiração 4,50 mm

1,50 mm Escoamento 8,25 mm

3,75 mm Infiltração superficial 1,50 mm

3,75 mm Infiltração profunda 0,75 mm

15,00 mm Total 15,00 mm


CRESCIMENTO DE UMA CIDADE E A DRENAGEM DAS ÁGUAS PLUVIAIS

Enchentes e
Cheias
Situação natural

Urbanização da
área
EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE O ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Acumulo da água em
menor tempo

Acumulo natural da água em


maior tempo
1.2 - OS PROBLEMAS DOS MANANCIAIS

 a bacia hidrográfica é ocupada de forma desordenada,


processo favorecido por legislação omissa/equivocada ou
por falta de planejamento urbano ou controle de ocupação;

 nos mananciais superficiais, o impacto se agrava pela falta


de tratamento de esgotos e pela poluição difusa rural, etc.
EFEITOS DAS CHUVAS X DRENAGEM URBANA

Cenas que
se repetem

Av. Mélicio Machado, 2009 Bairro Aruana, 2009


EFEITOS DAS CHUVAS X DRENAGEM URBANA

Cenas que
se repetem

Canal da Av. Pedro Paes de Av. Francisco Porto, 2011


Azevedo, 2011
1.3 Inundações

• Drenagem urbana: escoamento em áreas urbanizadas, geralmente


pequenas bacias (a urbanização amplia as vazões devido à
canalização e à impermeabilização);

• Inundação ribeirinha: processos naturais resultado do aumento da


vazão dos rios durante os períodos secos e chuvosos (as
inundações podem ser ampliadas ou terem maiores efeitos em
função da ação do homem).
EFEITOS DAS CHUVAS X DRENAGEM URBANA

Cenas que se
repetem

Av. Gentil Tavares da Mota, 2013 Av. Gentil Tavares da Mota, 2013
Parte do Sistema de Drenagem Urbano Situação Atual

Lixo nas
ruas
As consequências que envolve a população
1.4 FATORES AGRAVANTES DAS INUNDAÇÕES

Canalização de córregos sem a devida análise de impactos a jusante


(transferência de inundações de um ponto a outros).

Inicio Fim
1.5 A ATUAL POLÍTICA DE CONTROLE DA DRENAGEM
”a melhor drenagem é a que escoa o mais rapidamente possível a precipitação “

Conseqüência Direta = Inundações

A política se baseia na canalização do escoamento, apenas transferindo para


jusante as inundações. A população perde duas vezes: custo mais alto e maiores
inundações.

• Canais e condutos podem produzir custos 10 vezes maiores que o controle na


fonte;

• a canalização aumenta os picos para jusante.


1.6 Princípios Modernos do Controle da Drenagem

• novos desenvolvimentos não podem aumentar ou acelerar a vazão de pico


das condições naturais (ou prévias aos novos loteamentos);

• considerar o conjunto da bacia hidrográfica para controle da drenagem


urbana;

• buscar evitar a transferência dos impactos para jusante;


• valorizar as medidas não-estruturais (educação tem papel fundamental);
• implementar medidas de regulamentação;
• Implementar instrumentos econômicos.
2. CONTROLE
2.1 CONTROLE NA FONTE

 Pavimento permeável

 Trincheiras e planos de infiltração

 Detenção sem ligação direta com o pluvial


PAVIMENTAÇÃO DE CONCRETO POROSO COM DRENAGEM DA
ÁGUA INFILTRADA POR TUBULAÇÃO

Pavimento
permeável
BLOCOS DE CONCRETO Infiltração da
água de chuva...
PAVIMENTOS PERMEÁVEIS
Grande infiltração da
água de chuva...
TRINCHEIRAS INFILTRANTES
DETENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Grande acumulo
da água...

Estruturas de Armazenamento
DETENÇÃO DE ÁGUAS

Acumulo da água
em menor tempo
Ex.: Controle Individual
EX.: CONTROLE INDIVIDUAL

Aproveitamento
da água da
chuva...
Construção de cisternas
3. CENÁRIO PARA MUDANÇAS
É PRECISO:
ORGANIZAR O ESPAÇO URBANO
PARA INTEGRAR E HARMONIZAR OS DIFERENTES SISTEMAS
DE INFRA-ESTRUTURA.

ISSO REQUER UM ESFORÇO COLETIVO


(EM NÍVEIS TÉCNICO, POLÍTICO, LEGISLATIVO, DE
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE, ENTRE OUTROS)
3.1 DIFICULDADES...

• Desgaste político do administrador público, resultante do controle não-estrutural (a população


espera sempre por obras hidráulicas).

• Falta de conhecimento da população sobre controle de cheias.

• Falta de conhecimento sobre controle de cheias por parte dos planejadores urbanos.

• Desorganização, em níveis Estadual e Municipal, sobre o controle de inundações.

• Pouca informação técnica sobre o assunto em nível de graduação em arquitetura e


engenharia.
ALÉM DISSO NÃO SE PODE ESQUECER DE QUE:

• Não existe solução puramente tecnológica ou econômica;

• Não existe solução simplista;

• Não existe solução instantânea;

• Não existe solução que seja de responsabilidade de um único ator social;

• Não existe solução possível de ser copiada.


REGRAS “BÁSICAS” PARA NOVAS URBANIZAÇÕES

• Escolha de um sítio pouco suscetível a impactos de eventuais urbanizações a montante;

• Proteção das áreas de cabeceiras;

• Desenvolvimento de projeto integrado – com objetivo de não alterar a drenagem natural nos
trechos a jusante da rede de drenagem;

• Integrar soluções de esgotamento sanitário, de coleta e disposição de resíduos sólidos e de


drenagem urbana;

• Promover a gestão da drenagem urbana sempre sob a perspectiva da bacia hidrográfica;

• Promover ações de educação e informação do usuário para a gestão integrada em saneamento


Ambiental.
Chuvas intensas em Aracaju/SE, 2014
CHUVAS INTENSAS EM ARACAJU/SE, 2014
FIM

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