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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

UNIDADE JOÃO MONLEVADE


ENGENHARIA AMBIENTAL

Drenagem UrbanaAula 1

Professor: Fernando Neris Rodrigues


Engenheiro Ambiental e Sanitarista
Doutor em Recursos Hídricos / Saneamento Ambiental
Sistema Avaliativo
 AVALIAÇÃO EM GRUPO: 35 pontos
 1 Seminários: 15 pontos cada;
 1 Trabalho de dimensionamento: 20 pontos.

 AVALIAÇÃO INDIVIDUAL: 65 pontos


 3 Prova:
 1ª 15 pontos
 2ª 25 pontos
 3ª 25 pontos
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Bibliografia
REFERÊNCIAS:

BÁSICA:

CANHOLI, ALUÍSIO - Drenagem Urbana e Controle de Enchentes. Editora Oficina de Textos, 304 p., 2005

CETESB/DAEE - Drenagem Urbana : Manual de Projeto. Editora da CETESB. São Paulo, SP, 1978.

TUCCI, C.E.M. - Hidrologia : ciência e aplicação- Porto Alegre : Ed. da URGS, 1997.

TUCCI, C.E.M; PORTO, R.L. e BARROS,M.T. - Drenagem Urbana. Editora da Universidade/UFRGS, Porto Alegre, RS,
1995.

WILKEN, P.S. - Engenharia de Drenagem Superficial. Editora da CETESB. São Paulo, SP, 1978.

COMPLEMENTAR:

PORTO, R. L. - Técnicas quantitativas para o gerenciamento de recursos hídricos, Porto Alegre : Ed. da UFRGS, ABRH,
1997.

MCCUEN, R.H. - A guide to hydrologic analysis using SCS methodos - Englewood Cliffs: Prentice-Hall, c1982.

POMPÊO, C.A. - Notas de Aula em Drenagem Urbana. UFSC, 59p., mimeo. Florianópolis, SC, 1996

POMPÊO, C.A. – Drenagem Urbana Sustentável, Revista Brasileira de Recursos Hídricos, Vol.5(1) , Associação
Brasileira de Recursos Hídricos, 2000, pp. 15-24.

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Ciclo hidrológico

4
Ciclo hidrológico

Fenômeno global de circulação da água entre a


superfície terrestre (continentes e oceanos) e a
atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela
energia solar associada à gravidade e à rotação
terrestre.

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Componentes do ciclo hidrológico
1 Precipitação

2 Interceptação

3 Infiltração
Ciclo
Hidrológico 4 Escoamento superficial

5 Escoamento subsuperficial e subterrâneo

6 Transpiração

7 Evaporação
6
Precipitação
 Água proveniente da condensação do vapor
d’água da atmosfera, depositada na superfície
terrestre

Precipitação
e
Chuva

7
Precipitação
.

Geada

Orvalho

Granizo

Chuva

Neve
Precipitação
 Formação das Precipitações: Elementos
Necessários:
 Umidade atmosférica;
 Mecanismo de resfriamento do ar;
 Presença de núcleos higroscópicos
 Mecanismo de crescimento das gotas

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Características principais da chuva
 Altura total
 Duração
 Intensidade
 Distribuição espacial e temporal

1 mm = 1 L/m²

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Interceptação
Retenção de parte da precipitação
acima da superfície do solo
devido a vegetação ou outra
forma de obstrução ao
escoamento, como depressões do
solo

Abstrações Iniciais

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Interceptação
 Fatores que influenciam a interceptação:
 Intensidade da chuva
 Ocupação do solo: área vegetada ou
urbanizada
 Característica da vegetação, dos prédios ou
dos obstáculos

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Infiltração
 Passagem da água através da superfície do
solo, ocupando os poros (volume de vazios)
existentes no solo.
 Infiltração x Percolação
 Depende:
 da água disponível para infiltrar
 da natureza do solo
 do estado da superfície
 das quantidades de água e ar, inicialmente
presentes no solo
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Infiltração
 Importante para:

Crescimento da vegetação

abastecimento dos aquíferos

 Capacidade de infiltração

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Escoamento superficial

 É a fase do ciclo hidrológico que trata do


conjunto das águas que, por efeito da
gravidade, se desloca na superfície da Terra
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Escoamento superficial
 Quando ocorre?

Intensidade de precipitação > capacidade de infiltração

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Escoamento superficial
 Problemas?
 Erosão

 Eutrofização
 Enchentes

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Escaoamento subsuperficial e subterrâneo

 Escoamento subsuperficial: é o fluxo que se


dá logo abaixo da superfície, na altura das
raízes da vegetação.

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Escaoamento subsuperficial e subterrâneo

 Escoamento subterrâneo: corresponde ao


fluxo devido à contribuição do aquífero
(região saturada do solo com água em
movimento) aos canais superficiais (rede de
drenagem).

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Escoamento sub-superficial e subterrâneo

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Evaporação e transpiração

Fatores que influenciam:


- Vento - Umidade do solo
- UR ar - Urbanização
- Tipo de Vegetação - Radiação
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- Velocidade da agua
Resumindo

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Ciclo Hidrologico

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Fonte: Ministerio do Meio Ambiente (2014)
Balanço Hídrico

E-S = ∆A
Em que: E= entrada de agua
S=saída de agua
∆S = variação no armazenamento 24
Balanco Hidrico

E-S = ∆A
(P + I) – (Evt. ± Esc. Sup. ± Esc. Subt.) =
± Arm. Sup. ± Arm. Subt.
25
Influência da urbanização

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Influência da urbanização

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Drenagem Urbana
 Drenagem: ato de escoar as águas de terrenos
encharcados, por meio de tubos, túneis, canais, valas e
fossos;

 Sistemas de drenagem: podem ser urbanos e/ou rurais


e visam escoar as águas de chuvas e evitar enchentes.

 Objetivo: Prevenir inundações, principalmente nas


áreas mais baixas das comunidades sujeitas a
alagamentos ou marginais de cursos naturais de água,
agravado pela urbanização desordenada.
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Drenagem e Planejamento Urbano

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Planejamento Urbano

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Drenagem e Planejamento

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Drenagem e Planejamento

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Drenagem Sustentável
Trata-se do desenvolvimento sustentável da drenagem urbana obtido
por meio de estratégias que objetivam garantir a qualidade da água e o
ciclo hidrológico em todas as suas fases, evitando-se processos
erosivos, enchentes e a perda da capacidade dos mananciais
subterrâneos.

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Enchentes em meio urbano
Ocupação urbana desordenada

Atividades de mineração e
beneficiamento de carvão

Edificações e ruas construídas à margem


do rio

Subdimensionamento do sistema de micro


e macrodrenagem

Obstrução do sistema de micro e


macrodrenagem

Falta de rede de coleta e tratamento de


esgoto doméstico
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Os benefícios dos sistemas de
drenagem
 Desenvolvimento de um sistema viário mais eficiente.
 Redução de gastos com manutenção das vias públicas.
 Valorização das propriedades existentes na área
beneficiada.
 Escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o
tráfego por ocasião das precipitações.
 Eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais.
 Rebaixamento do lençol freático.
 Recuperação de áreas alagadas ou alagáveis.

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Drenagem Urbana Sustentável
 Os novos desenvolvimentos não podem aumentar a
vazão máxima de jusante.
 Planejamento e controle dos impactos existentes
devem ser elaborados, considerando a bacia como um
todo.
 O horizonte de planejamento deve ser integrado ao
plano diretor da cidade.
 O controle dos efluentes deve ser avaliado de forma
integrada com o esgotamento sanitário e com os
resíduos sólidos.
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Drenagem Urbana Sustentável
 Aumento da eficiência hidráulica dos sistemas
de drenagem
 Retardamento do escoamento
 Aumentar o tempo de concentração
 Reduzir vazões máximas
 Amortecer os picos
 Reduzir volumes de enchentes (reservatórios)
e/ou aumentar infiltração

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Drenagem Urbana
 Qualidade vs. Quantidade

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Drenagem Urbana: Poluição
 Pontual

 Difusa

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Drenagem: Medidas de controle

Medidas Estruturais
Obras de Engenharia

Medidas Intensivas Medidas Extensivas

Medidas Não Estruturais


• Aceleração do ES
• Retardamento do • Pequenos
fluxo armazenamentos
• Desvio do ES na bacia
• Ações individuais • Recomposição da
(edificações a cobertura vegetal
prova de • Controle da 40
enchentes) erosão
Drenagem: Medidas de controle

Medidas Não Estruturais


Disciplinar a ocupação territorial; comportamento e
atividades econômicas

• Regulamentação do uso e ocupação do solo


• Educação Ambiental (poluição difusa; erosão e lixo)
• Seguro-enchente
• Sistemas de alerta e previsão de inundações

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Minidrenagem
 Cidadão - Drenagem de lote
 Sistema de esgoto:
 Sistema Unitário ou combinado
 Separador Parcial
 Separador Absoluto

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