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A.

C de Física

Ponte 25 de Abril

A Ponte 25 de abril é uma ponte suspensa rodoferroviária sobre o Rio Tejo. Com
2277 metros de comprimento a Ponte 25 de Abril é considerada a 33° maior ponte
suspensa do mundo

Localização: Liga a cidade de Lisboa à cidade de Almada, em Portugal.

História
Tinha o objetivo de melhorar as ligações entre a cidade e a margem Sul, que nessa
altura se faziam de barco, gerando incômodos aos passageiros devido às
operações de transbordo.

Esta situação ganhou um especial relevo devido à expansão da rede ferroviária até
ao Algarve, região que passou a ser muito procurada pelos habitantes de Lisboa
durante a época estival, aumentando consideravelmente o movimento dos comboios
na margem Sul do Tejo.

Assim, até meados do Século XX foram apresentadas várias propostas para a


ponte, todas preconizando um conceito misto, tanto para o tráfego rodoviário como
para o caminho de ferro, tendo sido divididas em três categorias numa portaria de
1953: a nascente, com a ponte a iniciar-se no Montijo, central, em Almada, e
poente, num ponto a ocidente de Almada, mais concretamente nas imediações do
Pragal.

Séc. XIX
A primeira grande proposta foi feita em 1876 pelo engenheiro Miguel Pais, tendo
sido a que despertou mais atenção durante cerca de seis décadas, por ser a mais
adequada do ponto de vista ferroviário.

A primeira ideia sobre a construção de uma ponte que ligasse a cidade de Lisboa a
Almada, situada na margem esquerda do Tejo, remonta ao ano de 1876. Naquela
altura, o engenheiro Miguel Pais sugeriu que a sua construção fosse feita entre
Lisboa e o Montijo.

Séc. XX
Já no século XX, no ano de 1913, o governo português recebeu uma sugestão para
a construção de uma ponte, retomando a ligação entre a zona da Rocha Conde de
Óbidos e Almada. Esta proposta foi reatada em 1921 pelo engenheiro espanhol
Alfonso Peña Boeuf, mas não chegou a ser aprovada.
Durante o ano de 1929, quando o engenheiro português António Belo solicitou a
concessão de uma via férrea a estabelecer sobre o rio Tejo, a partir da zona do
Beato, em Lisboa, e o Montijo. Perante esta iniciativa, o então ministro das Obras
Públicas, Duarte Pacheco, acabou por nomear, no ano de 1933, uma Comissão com
o fim de analisar a proposta em causa, tendo ele próprio, apresentado, em 1934,
uma proposta ao Governo, de que fazia parte, para a construção de uma ponte
rodoferroviária sobre o Tejo.

Em 1934 foi aberto um concurso público, baseado na solução que Miguel Pais tinha
apresentado em 1876, gerando uma grande quantidade de propostas, mas a
construção não avançou devido aos problemas de estabilidade pelos quais o país
estava passando.

Na Década de 1930, existiam duas grandes propostas para o local onde deveria ser
construída uma ponte sobre o Tejo, unindo a cidade de Lisboa à margem Sul. A
primeira era uma evolução do plano de Miguel Pais, a solução que iria do Beato ao
Montijo tinha três grandes vantagens;

- Era considerada de construção mais económica, uma vez que cruzava uma
zona de menor tráfego fluvial
- Isso permitia um maior número de tramos, cujos vãos seriam proporcionais à
altura dos pilares
- Não constituiria um obstáculo à navegação fluvial caso fosse destruída, em
caso de conflito ou desastre natural, e permitiria uma melhor ligação às redes
ferroviárias em ambas as margens

Porém, a vantagem do ponto de vista económico poderia ser balançada pelas


grandes dimensões da ponte, e a profundidade do lodo naquela parte do rio.

Apenas em 1958, os governantes portugueses decidiram oficialmente a construção


de uma ponte. A concessão foi liderada pelo Eng. José Estevão de Abranches
Couceiro do Canto Moniz (então nomeado director do Gabinete da Ponte sobre o
Tejo e depois ministro das Comunicações) que foi o responsável pela abertura de
um concurso público internacional, para que fossem apresentadas propostas para a
construção. Após a apresentação de quatro propostas, o que aconteceu em 1960, a
obra foi adjudicada à empresa norte-americana United States Steel Export
Company, que, já em 1935, tinha apresentado um projecto para a sua construção.

As obras iniciaram-se em 5 de Novembro de 1962, tendo nessa altura sido prevista


a sua conclusão em 5 de Fevereiro de 1967.

Características técnicas
Outros dados relevantes sobre a Ponte 25 de Abril, à data da sua inauguração:
● 1 012,80 metros de comprimento do vão principal
● 2 277,64 metros de distância de amarração a amarração
● 70 metros de altura do vão acima do nível da água
● 190,47 metros de altura das torres principais acima do nível da água (o
que a torna a segunda mais alta construção de Portugal e uma das pontes
mais altas da Europa, com o viaduto de Millau em França)
● 58,6 centímetros de diâmetro de cada cabo principal
● 11 248 fios de aço com 4,87 milímetros de diâmetro, em cada cabo (o que
totaliza 54,196 quilómetros de fio de aço)
● 79,3 metros de profundidade, abaixo do nível de água, no pilar principal,
Sul
● 30 quilômetros de rodovias nos acessos Norte e Sul com 32 estruturas de
betão armado e pré-esforçado
- Estes resultados foram obtidos com a aplicação de 263 000
metros cúbicos de betão e 72 600 toneladas de aço.

Vantagens e desvantagens

A estrutura mudou a relação entre as margens do rio e até o próprio nome


acompanhou o crescimento da área metropolitana de Lisboa. Antes da construção,
o deslocamento entre as duas margens do rio Tejo era mais difícil, as pessoas
precisam atravessá-la de Ferro Boat, depois de mais de quatro anos, às margens do
Rio na zona de Lisboa se uniram e assim quebraram uma divisão secular. Ou seja,
com 2,3 quilómetros de comprimento, a ponte 25 de Abril, que nasceu em Ponte
Salazar, veio alterar a relação entre a Margem Norte e a Margem Sul do rio e deu o
nó final na ligação entre o Norte e Sul do país.

A Ponte 25 de Abril é a obra de arte mais segura da rede. É utilizada por


cerca de 100 milhões de passageiros, ou seja, cerca de 10 vezes a população de
Portugal. Aquela que mais intervenções sofreu nos últimos anos, não só no
alargamento que sofreu entre 1995 e 1999, mas também para o caminho de ferro

A ponte é monitorada 24 horas por dia, através de sensores que enviam


informação ao minuto para o Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

A desvantagem mais marcante é que, para os acessos à ponte, muitas residências


acabaram por ser demolidas. Mas posteriormente novos bairros foram criados para
realojamento das famílias que viviam nos arredores
*Capa do jornal Diário de Notícias

Nos cabos existe uma força de tração e na ponte inteira existe a ação da força peso

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