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Índice
Introdução ___________________________________________ 1
Classes de veículos ____________________________________ 5
Homologações ________________________________________ 16
Código da Estrada _____________________________________ 20
Brisa ________________________________________________ 23
Metro e dez __________________________________________ 29
Luta de Classes nas AE __________________________________ 39
Manta de retalhos _____________________________________ 41
Exemplos europeus ____________________________________ 50
Alguns modelos marcantes ______________________________ 51
Objetivo _____________________________________________ 52
Agradecimentos _______________________________________ 53
Fontes _______________________________________________ 54
Introdução
A primeira autoestrada
em Portugal foi inaugurada a
28 de maio de 1944, com os
seus 8 quilómetros de
extensão entre Lisboa e
o Estádio Nacional.
No extremo, entre o
Estádio Nacional e Queijas,
tornava-se numa via
secundária que ligava à
estrada marginal na zona da
Boa Viagem.
A reta poente em Monsanto fez parte do circuito de Fórmula 1 em 1959.
O pioneirismo deste tipo de via em Portugal levou à publicação de normas especificas
de circulação em Portaria da Direção Geral dos Serviços de Viação (Diário do Governo, I Série
- nº 183, 19/8/44), visto destinar-se “…exclusivamente à viação acelerada”, embora sem
definição de limites de velocidade, nem portagens.
Apesar de ter sido uma das primeiras autoestradas da europa, os pioneiros foram os
italianos e os franceses, ainda nos anos 20 do século passado.
O verdadeiro conceito de autoestrada foi inventado pelo político e engenheiro civil
italiano Piero Puricelli em 1922, quando concebeu uma estrada exclusiva para automóveis,
com sentidos claramente separados e cruzamentos desnivelados.
Classes de veículos
Depois da abolição em 1943, o
restabelecimento de portagens dá-se em
1952 na ponte Marechal Carmona, em Vila
Franca de Xira.
Diz o preâmbulo do Decreto-Lei nº
38:622, depois de recordar a abolição de
todas as portagens 9 anos antes.
“Foi, pois, justificada a resolução (a
abolição das portagens), mas nenhuma
razão plausível poderá levar a entender que
Ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira
ela constituísse a definição do princípio de
que a utilização das pontes exploradas pelo estado deveria ser sempre gratuita”.
E complementa:
“…será ilógico deixar de recolher da própria utilização da obra pelos seus usuários
directos, receita que permita fazer face a tais despesas – sem recurso às dotações globais
destinadas a aperfeiçoar a rede rodoviária nacional, e até a acelerar este aperfeiçoamento,
que o mesmo corresponde a levar todo o País a beneficiar da obra cujo interesse económico,
embora muito grande, o não abrange inteiramente.
…a Ponte Marechal Carmona… custou cerca de 130.000 contos;…
“Resolve, pois, o Governo estabelecer o pagamento de portagens nessa obra de arte,
embora apenas para a sua utilização por automóveis ligeiros e automóveis pesados de
passageiros e de carga, fixando ainda as taxas a cobrar dos primeiros por forma a aliviar a
lavoura local, que na faina da sua vida, poderá ter que atravessar a ponte diversas vezes por
dia.”
Nesta época, o mercado automóvel de veículos ligeiros evoluía conforme mostra a
tabela abaixo e, portanto, já não se classificavam “cavalgaduras”, mas apenas tipos de
automóveis.
Doravante, concentrarei as descrições mais
detalhadas e comparações nas Classes de veículos
ligeiros.
Revista ACP, Registos de Veículos em
abr/mai 1962 veículos ligeiros circulação
1957 13.039 120.000
1958 15.524 131.000
1959 18.840 148.000
1960 15.817 159.000
1961 18.151 173.000
A 28 de maio de
1961 é inaugurada a
Autoestrada de Lisboa a
Vila Franca de Xira e
estabelecido o regime
de portagem pela
primeira vez numa
autoestrada (Decreto-
Lei nº 43 705).
“A nova estrada
irá oferecer vantagens
muito importantes de
segurança, de
economia, de rapidez e
de comodidade às
viaturas que a prefiram
à actual, que aliás Revista ACP maio/junho 1961
continuará a poder ser utilizada em regime de livre
circulação.
Revista ACP maio/junho 1961
Por outro lado, a realização de empreendimento
de tão grande vulto exigiu o dispêndio de elevadas quantias e a sua exploração e conservação
ocasionarão encargos muito apreciáveis.
Justifica-se, pois o regime de portagem
para a auto-estrada do Norte, cujo primeiro
lanço agora vai ser aberto à circulação.
Considerou-se oportuno rever o regime
de portagem na Ponte Marechal Carmona,
…”
Portagem de Sacavém
Um veículo ligeiro de Classe 4 na Ponte Salazar, seria Classe 1 na autoestrada até Vila
Franca de Xira e na ponte Marechal Carmona.
Na Base I listam-se vários troços começando por “a) Auto-estrada do Norte, desde Vila
Franca de Xira aos Carvalhos, com a extensão de 265,5 km;”
O último anexo do decreto é um
mapa de Portugal continental com o
desenho e descrição sumária dos
troços previstos, onde se vislumbra o
novo aeroporto na zona entre Palmela
e o Poceirão, a nordeste de Setúbal!
Em 1980, existiam apenas 104 quilómetros de autoestradas, dos quais 13 sem regime
de portagens. Os restantes repartiam-se pela saída de Lisboa para Norte, na saída do Porto
para Sul e o lanço entre o Fogueteiro e Palmela.
Quase 9 anos depois da outorga da Brisa é publicado o Decreto Regulamentar 5/81:
“A evolução entretanto verificada veio introduzir alterações significativas no corpo das
bases referidas, nomeadamente uma nova definição da prioridade dos lanços a realizar.
Por outro lado, não se confirmaram as estimativas de tráfego consideradas na altura do
concurso para adjudicação da concessão, o que, conjugado com a inadaptação das fórmulas
previstas para a actualização de tarifas e cálculos de receitas garantidas, se traduz hoje em
condições contratuais nitidamente inadequadas.”
As Bases são semelhantes e, na
listagem de troços continua a figurar o
“Acesso ao novo aeroporto”, mas em vez de
uma data concreta, tem uma nota “(a) a fixar
de harmonia com a data em que for
necessário abrir ao tráfego”. E na tabela de
estimativa dos custos de exploração, a
referência ao “Novo aeroporto” já é
“dependente da localização…”
Uma das Bases que é totalmente
alterada é, precisamente, a classificação dos
veículos. O critério de 6 Classes, A a F, que
tinha sido definido em Portarias desde 1977
“a título provisório”, passa a definitivo.
Homologações
Portugal, embora ainda não fizesse parte da CEE, já era membro das Nações Unidas e
acompanhava de alguma forma as respetivas normas.
Inclusivamente, no Decreto-Lei nº 467/72 de outorga à Brisa e no que diz respeito às
possíveis fontes de financiamento da empresa, esta fica desde o início isenta de algumas
restrições à participação de capital estrangeiro definidas em 1965 (Decreto-Lei nº 46 312):
“…numerosos estudos realizados pelas comissões especializadas da Organização das
Nações Unidas e da antiga Organização Europeia de Cooperação Económica”.
Ou seja, Portugal acompanhava e conhecia o que se normalizava e recomendava na
Europa, pelo menos ao nível financeiro.
Será lógico então supor que, ao nível das características de veículos a considerar para
efeitos de classificação nas portagens, se considerasse também a informação normalizada das
respetivas homologações.
Ao nível das emissões de gases poluentes, existem normas desde os anos 50. Sem
recuar demasiado no tempo, em 1970, as normas já eram extensas, tal como reflete a Diretiva
do Conselho 70/220/CEE.
Esta Diretiva sobre emissões poluentes foi atualizada várias vezes e na atualização de
1991 (91/441/CEE) surge algo familiar atualmente: o ciclo NEDC – New European Driving Cycle
– e novos limites de emissões, que mais tarde seriam batizados de Euro I.
Naturalmente, a partir daí continuou a redução progressiva dos limites de emissões,
expressos nas designações
que nos são mais familiares:
de Euro I em 1992 a Euro 6 em
2014.
O ciclo NEDC que surgiu
em 1991, foi, entretanto,
substituído pelo atual WLTP –
Worldwide Lightduty Test
Procedure, em 2017
(Regulamento (UE) 2017/1151).
Código da Estrada
Até que em 1954 é publicado o Decreto-Lei 39.672 com algumas considerações iniciais
interessantes:
“… os progressos da técnica vêm determinando, com a introdução nos veículos de
sucessivos aperfeiçoamentos, um acréscimo de peso, volume, velocidade e outras
características, que, alem dos problemas ligados à construção e conservação da via, suscita
outros, de não menor acuidade, que constituem objecto das leis de trânsito.”
“Outro factor a ter em conta é sem dúvida o grande impulso hoje registado no tráfego
internacional, que faz com que se caminhe no sentido de uma regulamentação quanto
possível uniforme do trânsito e tem levado por isso à adopção de novos convénios, a que o
País aderiu já ou a que se encontra em vias de aderir.”
“Longo e cuidadoso estudo, apoiado em ampla consulta, …, aos organismos e entidades
que de uma forma ou de outra representam actividades ligada a este importante sector da
vida nacional, … houve o cuidado de não esquecer, à luz embora das necessidades particulares
do nosso trânsito, os ensinamentos colhidos da experiência alheia.”
E quanto a características dos veículos:
“Também no que respeita aos requisitos e características dos veículos houve que alterar
o que existia. …porque diariamente surgem novos avanços de ordem técnica, cujo
aproveitamento importa disciplinar, com vista ao bem comum.”
“Resta acrescentar que numerosas alterações introduzidas nesta matéria se destinam a
satisfazer, nos termos indicados, as normas ultimamente adoptadas no domínio
internacional.”
Ainda em 1954, outro Decreto (nº 39 987)
complementa estas características regulamentares com
os tipos Passageiros, Mercadorias e Mistos (para alem de
alguns especiais) e ainda quanto ao tipo de caixa: Aberta,
Fechada, Transformável.
São ainda especificadas as seguintes características
regulamentares: Peso Bruto, Peso Bruto por Eixo (à frente
e à retaguarda), Peso Bruto a rebocar, Tara, Lotação e
Peso do Quadro sem Cabina.
Curiosidade: só em 1973 surge publicada uma limitação de velocidade de 100 km/h nas
autoestradas, em virtude da escassez de petróleo. Pressupõe-se que existiriam limites
superiores indicados por sinalização, pois não há referencia aos mesmos no código de 1954.
Em 1976, os limites temporários são revogados e fica regulamentado o limite de 120 km/h
nas autoestradas.
Ao longo dos anos foram surgindo diversas Leis, Decretos-Lei e Portarias com
atualizações e regulamentação nova, de diversa ordem e em 1994 é publicado um novo
Código da Estrada (Decreto-Lei nº 114/94, de 3 de maio). Este inicia-se com um preâmbulo
interessante do qual transcrevo parte:
O Código da Estrada de 1954 e o seu regulamente geral eram, ao tempo da sua entrada
em vigor, diplomas tecnicamente correctos, coerentes, bem redigidos e bem sistematizados.
A evolução do próprio trânsito trouxe, porém, consigo, e sempre em medida crescente,
a necessidade de proceder a inúmeras alterações naqueles textos, ou de os completar, …
Tornava-se, portanto, necessário proceder à sua reforma e para tanto se lançou um
processo de estudo amplamente participado por todas as entidades, publicas ou privadas,
que, por estarem ligadas de um modo particular ao trânsito nas vias publicas, podiam, como
vieram a fazer, dar aos trabalhos preparatórios contributos decisivos.
O Código da Estrada de 1994 é o que se encontra em vigor atualmente, apesar das mais
de 20 adendas e atualizações que foram, entretanto, publicadas.
Recordo que a segmentação base de veículos entre Ligeiros e Pesados, mantem-se
inalterada até aos dias de hoje.
Em nenhuma das atualizações, no que diz respeito às características regulamentares de
veículos ligeiros, apareceu referida alguma caraterística dimensional; apenas os pesos
mencionados anteriormente.
Brisa
3) Consórcio CUF, constituído pela CUF, Sir Lindsay Parkison & Ca Lda, W&C French
Limited, consultores técnicos e consultores financeiros.
Para alem do empresário Jorge de Brito, havia participações de bancos que foram
nacionalizados após o 25 de abril, pelo que a Brisa, tendo sido criada como entidade
exclusivamente privada, passou ao estado de nacionalizada.
Com os sucessivos aumentos de capital financiados pelo estado, este tornou-se no
maior acionista, chegando a deter cerca de 95% da Brisa em 1984, situação que só se reverteu
no final da década de 90, início dos anos 2000, após 4 fases de privatização.
Concessões das Infraestruturas Rodoviárias – Portugal 2019 • AMT – Autoridade da Mobilidade e dos
Transportes 2021
A construção das autoestradas foi evoluindo sempre com bastante atraso relativamente
aos planos iniciais e só recuperou algum ritmo em meados dos anos 80, com um novo plano
rodoviário nacional (PRN 85) e, especialmente, os apoios financeiros da CEE.
No período entre 1975 e a década de 90, a Brisa funcionou como uma parceria publico
privada, com uma colaboração exemplar entre os seus dirigentes e a Fougerolle, presente
como acionista e administrador. Adicionalmente, a Fougerolle participou na construção das
nossas autoestradas desde a criação da Brisa e manteve presença nas grandes construções
em Portugal ao longo dos anos.
Tornou-se evidente que esta seria a fronteira mais adequada entre veículos ligeiros de
passageiros que seriam classificados na Classe 1 e veículos comerciais que seriam classificados
como Classe 2.
O número de eixos seria o critério subsequente para a classificação progressiva de
veículos comerciais e pesados.
A proposta foi aprovada e submetida formalmente às autoridades para publicação.
A aplicação desse critério, deu-se pela primeira vez em 1982 nos lanços de autoestrada
junto a Coimbra (Decreto Regulamentar 71-A/82).
Nesta fase, a designação das Classes era ainda A, B, C, D e estendeu-se
progressivamente a outros lanços em 1983 e 84.
Fonte do setor refere que este critério já teria sido submetido anteriormente para
publicação (provavelmente ainda em 81 para a experiência piloto no lanço Lisboa-V.F. Xira),
mas no decurso do processo burocrático legislativo, terão sido feitas algumas alterações que
desvirtuaram a proposta aprovada tecnicamente. Daí a diferença entre o critério publicado
em dezembro de 1981 para a portagem de Sacavém e o critério finalmente publicado em
outubro de 1982 para os lanços junto a Coimbra.
Em 1985, aquando da revisão integral do contrato de concessão à Brisa, este critério,
embora tecnicamente inalterado, assumiu a designação atual de Classes 1, 2, 3 e 4 (Decreto-
Lei 458/85).
Em abril de 1991, é inaugurado o lanço entre o Estádio Nacional e Carcavelos, com a
respetiva portagem no final. A autoestrada da Costa do Sol estava planeada há décadas, mas
nos conturbados anos 70 do século passado, a respetiva prioridade foi preterida por,
alegadamente, vir a “servir uma população privilegiada”.
O crescimento urbano e populacional da “linha” foi de tal forma elevado que as
estimativas de tráfego para esta autoestrada exigiam uma praça de portagens de grandes
dimensões e com probabilidade de esgotar a sua capacidade rapidamente, obrigando a muito
onerosos alargamentos, não só na respetiva obra como nas expropriações necessárias.
Assim, a Brisa, nomeadamente uma pequena e engenhosa equipa, tentaram encontrar
uma solução que permitisse aumentar a cadencia de tráfego na portagem, classificando os
veículos automaticamente e procedendo à respetiva cobrança.
Foi investigado um dispositivo identificador
eletrónico em uso na Noruega, ao qual foi associado
um sistema de controlo totalmente desenvolvido
internamente e aproveitando a recente universalidade
do Multibanco.
Nascia a Via Verde.
Metro e dez
Antes que o novo contrato da Brisa (janeiro de 1981) celebrasse o 1º aniversário, surgiu
mais uma alteração ao critério de Classes.
Vigorava o critério da distância entre eixos para ligeiros numa gama de 6 Classes, até
que é inaugurada uma classificação mais simples, de apenas 4 Classes, a aplicar na portagem
de Lisboa a Vila Franca de Xira a partir do início de 1982 (Portaria 1066/81 de 16/dez).
A - Motociclos e veículos
automóveis ligeiros de passageiros
com 2 eixos e veículos automóveis
ligeiros com reboque.
B - Veículos automóveis de carga
com 2 eixos, autocarros com 2 eixos
e veículos automóveis pesados com
2 eixos
C - Veículos automóveis pesados
com 3 eixos
D - Veículos automóveis pesados
com 4 ou mais eixos
Não existe neste critério qualquer referência a caraterísticas dimensionais de veículos.
Então, o Ministério das Obras Publicas decidiu ajustar as prioridades de construção dos
lanços de autoestrada, promovendo a autoestrada do Norte junto a Coimbra de forma a
aliviar os viajantes em trânsito, bem como a cidade em si.
Finalmente em outubro
de 1982, antes da inauguração
dos lanços Condeixa-Coimbra
e Coimbra-Mealhada, é
publicado o Decreto
Regulamentar 71-A/82, que
fixa os valores das respetivas
portagens, revendo
igualmente o critério de
classificação existente noutros
lanços.
O critério de 4 Classes que tinha sido inaugurado no lanço Lisboa – V.F. Xira no início de
1982, passa a incluir uma característica dimensional: altura medida à vertical do primeiro eixo,
com a fronteira estabelecida no 1,10 m.
A - Motociclos e veículos com
uma altura, medida à vertical do
primeiro eixo, inferior a 1,10 m,
com e sem reboque.
B - Veículos com 2 eixos e uma
altura, medida à vertical do
primeiro eixo, superior a 1,10 m.
C - Veículos com 3 eixos e uma
altura, medida à vertical do
primeiro eixo, superior a 1,10 m
D - Veículos com mais de 3
eixos e uma altura, medida à
vertical do primeiro eixo, superior
a 1,10 m.
Portanto, surge pela primeira vez a medida-critério do metro e dez de altura sobre o
primeiro eixo, em todas as Classes, independentemente do número de eixos.
Este novo critério é extensível a todas as portagens, pelo que, a partir deste momento,
coexistem novamente apenas 2 critérios diferentes:
i. Critério de 4 Classes, com referência dimensional de 1,1 m,
ii. Critério original de 9 Classes na Ponte 25 de Abril
No início dos anos 80, a tipologia de veículos no mercado permitia dividir de forma mais
ou menos evidente, entre ligeiros de passageiros, que estariam todos abaixo do 1,1m, e
furgões comerciais que estariam acima.
Não é difícil encontrar imediatamente alguns casos paradigmáticos.
Por exemplo: um “Carocha” e um “Pão de forma”, até então tinham feito parte da
mesma Classe; pela categoria, pelo peso, pelo comprimento, pela cilindrada ou pela distância
entre eixos; doravante passarão a ser de Classes diferentes.
No entanto, nesta época, quer um “Carocha”, quer um “Pão de forma”, já eram carros
antiquados. A vasta maioria do mercado eram os modernos “sedans” de 3 volumes, os
“hatchbacks” de 2 volumes e as carrinhas também de 2 volumes; todos Classe 1.
Depois existiam os furgões, tipo Ford Transit, Fiat Ducato ou Toyota Hiace, claramente na
Classe 2.
Por esta altura, começou a popularizar-se a tecnologia Turbo Diesel que, associada ao
crescente conforto e luxo dos veículos 4x4, dinamizou grandemente este segmento,
tornando-o mais adequado a uma utilização quotidiana e de família. Associada à tecnologia
Turbo, surge também o Intercooler (radiador ar/ar). Uma forma tecnicamente prática de o
adicionar a um modelo existente, era posicioná-lo entre o motor e o Capot, obrigando a abrir
uma entrada de ar no Capot, reconhecível como uma pequena bossa.
A 30 de outubro é publicado o Decreto-Lei nº 458/85 que vem atualizar, mais uma vez,
o contrato de concessão à Brisa.
Nesta atualização, o critério de 4 Classes implementado desde 1982, passa a designar-
se numericamente
A Base XXVIII estabelece a seguinte tabela:
Classe 1: Motociclos e veículos com uma
altura, medida à vertical do primeiro eixo, inferior a
1,10 m, com e sem reboque.
Classe 2: Veículos com 2 eixos e uma altura,
medida à vertical do primeiro eixo, superior a 1,10 m.
Classe 3: Veículos com 3 eixos e uma altura,
medida à vertical do primeiro eixo, superior a 1,10 m
Classe 4: Veículos com mais de 3 eixos e uma
altura, medida à vertical do primeiro eixo, superior a
1,10 m.
O novo critério geral de classificação de veículos para efeitos de portagens não é notícia,
e é aquele que se mantém até aos dias de hoje.
Portanto, um veículo todo-o-terreno com um motor 2.5 Litros, pagaria 476 contos
(2.376 €) de IA, enquanto um sedan com o mesmo motor pagaria 2.374 contos (11.840 €);
quase 1.900 contos de diferença.
Para se ter uma ideia, o
Auto Magazine publicou em
maio de 1995 um artigo
intitulado “TT para toda a
família”, com 3 produtos
populares, de 5690 a 7555
contos, na altura também
com 5 portas:
Esta nova fiscalidade
fez “explodir” o mercado de
veículos todo-o-terreno,
tanto mais que a oferta do
mercado era vasta e os
“jipes” de 5 portas
apresentam-se com luxo e
conforto equiparados aos
sedans de passageiros, permitindo inclusive o acesso a motorizações Diesel, mais económicas
para grandes estradistas.
O único senão é que eram maioritariamente veículos de Classe 2 para efeitos de
portagens.
O mercado dos veículos todo-o-terreno beneficiou de uma “época de ouro” até ao
desaparecimento desta tabela especifica no Orçamento de Estado de 2001 (Lei 30-C/2000, de
29 de Dezembro), passando então a pagar novamente IA igual ao dos ligeiros de passageiros.
Os critérios por categorias, estabelecidos nos anos 50, são os mais evidentes e de
simples compreensão e, portanto, de fácil aplicação prática.
O critério do comprimento inicialmente utilizado na ponte Salazar tem a sua lógica, mas
suponho que difícil de aplicar na prática, pois era necessário conhecer o comprimento de
todos os modelos de viaturas em circulação.
O critério da cilindrada também tem a sua lógica e seria de fácil aplicação prática com
este limite, pois não eram muitos os modelos com menos de 750 cm3 nos anos 70.
O critério da distância entre eixos tem uma lógica mais difícil de entender e seria de
difícil aplicação prática, mas como o limite era extremamente curto, existiriam muito poucos
veículos com menos de 202 cm; Um FIAT 600 ou 126 seriam Classe 1, mas um “Mini” já seria
Classe 2.
Finalmente, o critério da altura ao primeiro eixo tem uma lógica muito operacional e
embora fosse originalmente de fácil aplicação prática, tem vindo ao longo das décadas a
tornar-se cada vez mais difícil pois obriga a conhecer o parque circulante relativamente a esta
medida, com uma diversidade e quantidade continuamente crescentes e em permanente
evolução.
Manta de retalhos
Como vimos nos primeiros capítulos, os critérios de classes de veículos para efeitos de
portagens, mudaram 5 vezes em 30 anos, de 1952 a 1982, nas autoestradas, e 3 vezes em 26
anos na Ponte Salazar/ 25 de Abril.
Ou seja, a cada 6 anos em média, sendo que o período mais longo de estabilidade de
um critério foram 9 anos; exatamente o primeiro, na Ponte Marechal Carmona.
23 anos após a primeira aplicação do critério do metro e dez, já no século XXI, surge
uma novidade.
Para beneficiar os automóveis produzidos na AutoEuropa, tipo Monovolumes, é
publicado em fevereiro de 2005 o Decreto-Lei 39/2005 que introduz uma exceção, concebida
para abranger apenas este tipo de viaturas.
“Esta redução das taxas de portagem para os monovolumes é o cumprimento de uma
promessa do Ministro da Economia de Durão Barroso, Carlos Tavares, numa visita à fábrica
da Autoeuropa em Setembro de 2003.”
Ficou conhecida como a “exceção dos Monovolumes”!
Assim, passou a permitir-se aos monovolumes de Classe 2, pagarem o equivalente a
Classe 1, desde que cumprissem uma série de requisitos e apenas utilizando sistema de
pagamento automático Via Verde.
E os requisitos são:
1. veículos ligeiros de passageiros e mistos
2. dois eixos
3. peso bruto superior a 2300 kg e inferior ou igual a 3500 kg
4. lotação igual ou superior a cinco lugares
5. altura, medida à vertical do primeiro eixo do veículo, igual ou superior a 1,1 m e
inferior a 1,3 m
6. que não apresentem tração às quatro rodas, permanente ou inserível
Simples!
Surgem, portanto, dois novos critérios de caraterísticas dos veículos: o peso bruto de
2300 kgs e o 1,3 m, na medida vertical ao primeiro eixo.
Efetivamente, há nesta época (2005) uma vasta quantidade e diversidade de modelos
que passam a beneficiar desta medida; não só os já habituais monovolumes, mas também o
vasto segmento de furgões ligeiros.
A quantidade de modelos abrangidos é tão grande, que os Despachos Conjuntos 204-
A,B,C,D,E/2005, destinados a regulamentar a situação em detalhe, listam todos os veículos e
variantes no mercado passiveis de beneficiar e são mais de 550…
Como seria expectável, a permanente evolução e renovação de modelos no mercado,
inviabiliza atualizações desta forma, pelo que a listagem passa a estar disponível no website
do IMT, sujeita a atualizações regulares, sensivelmente mensais.
Este processo implicou muitas vezes o recurso a homologações individuais, ou seja, uma
aprovação para cada viatura, com o respetivo número. Número esse que seria depois incluído
na listagem publicada pelo IMT.
Assim, a dita listagem passou a crescer, não ao ritmo das atualizações dos modelos no
mercado, mas ao ritmo de cada veículo matriculado! O que fez com que crescesse
exponencialmente, tendo atualmente quase 500 páginas…
Em março de 2016, a Opel selecionou Portugal para o lançamento de uma nova geração
do modelo Astra e prevendo o lançamento para breve de um pequeno SUV, o Mokka, que se
esperava ser classificado como Classe 2, o CEO da Opel iniciou uma nova onda de críticas ao
critério de classificação nas portagens.
A Renault previa situação igual para modelos a lançar nesta época, o novo Scenic e o
Kadjar, que tudo previa serem também classificados como Classe 2. Optaram inclusivamente
para atrasar o lançamento do Kadjar em Portugal, desenvolvendo uma solução técnica
especifica para o nosso mercado, de forma a poderem enquadrá-lo na Classe 1.
Em maio de 2016, surgiu uma petição publica online com o objetivo de alterar o critério
de classificação de veículos, nomeadamente a diferença entre Classe 1 e Classe 2. Foi iniciada
pelo Sr. Abel José Barroso Guerreiro e reuniu mais de 5000 assinaturas; as suficientes para
ser formalmente apresentada ao Parlamento: PETIÇÃO N.º 35/XIII/1.ª.
Podem ainda encontrar-se as audições, os pedidos de pareceres solicitados a várias
entidades e as respostas recebidas, bem como o relatório final que concluiu o seguinte:
Palácio de S. Bento, 13 de abril de 2017 …a Petição nº 35/XIII (1.ª) deve subir a
Plenário da Assembleia.
É evidente que a petição não foi bem sucedida.
A evolução da oferta no mercado fez com que a polémica sobre a adequação, ou não,
da classificação de veículos para efeitos de portagens seja cíclica. Em diversas oportunidades,
os representantes do setor automóvel apresentaram propostas de alteração ao governo,
tendo chegado a ser constituído um grupo de trabalho em 2017 para analisar esta situação.
A 26 de março de 2018 é publicado o Despacho 3065/2018, do “Ministério das Finanças,
sobre a Unidade Técnica de Projetos Especiais – UTAP, com o seguinte texto:
j) Noutro plano, devem ser avaliadas e equacionadas com a BCR (BRISA) as condições
para a implementação das propostas do Grupo de Trabalho informal para a “Eventual Revisão
do Sistema de Classificação de Veículos Ligeiros (Classes 1 e 2) para efeitos de Aplicação de
Taxas de Portagem”, que têm como propósito a adaptação do atual regime às evoluções
técnicas e regulamentares do mercado automóvel;
Daí que este argumento tenha tido total legitimidade relativamente à medida vertical
sobre o 1º eixo.
Fecho parêntesis.
Muita tinta correu nestes meses, inclusivamente dando conta que o grupo de trabalho
que tinha juntado várias entidades distintas para estudar possíveis soluções, já tinha
entregado o relatório ao governo.
Nesse relatório constariam várias alternativas, sendo esta a de menor impacto, depois
de negociação com as concessionarias de autoestradas.
Recorde-se que em 2005, quando foi criada a primeira exceção para os monovolumes,
foi necessário indemnizar as concessionárias, tendo o governo negociado formas diferentes
consoante a concessionários. Nuns casos terá sido indemnização direta de um determinado
montante anual suportado pelo orçamento de estado, noutros casos terá sido o acordo de
majoração dos índices de atualização anuais, portanto, suportado pelos utentes
posteriormente.
Noticias desta altura, mencionam, como base no dito relatório, que existiriam cerca de
92.000 veículos abrangidas pela exceção de 2005 e que esta alternativa acrescentaria cerca
de 2.100, totalizando cerca de 94.000 veículos. Isto porque se acrescentou o critério do nível
de emissões Euro 6 para evitar retroatividade a modelos mais antigos. Sem esse critério,
estimavam-se um total de 210.000 veículos, pois nesta época já existia uma quantidade muito
grande de SUVs do segmento médio, como por exemplo o Nissan Qashqai.
Pode parecer demasiado esforço para tão poucos veículos, mas a perspetiva de
lançamento de mais 60 modelos nos 2 anos seguintes foi também um argumento de peso a
favorecer esta proposta de alteração.
Finalmente, a 5 de setembro é publicado o Decreto-Lei 71/2018, que introduz mais uma
exceção para que alguns veículos de Classe 2 possam pagar como Classe 1. Mantem as
condições definidas no Decreto-Lei 39/2005, mas admite que o Peso Bruto possa ser inferior
a 2.300 kg. No entanto, os veículos têm de cumprir a norma de emissões Euro 6 que entrou
em vigor em 2014 e foi gradualmente implementada em todos os veículos
É, portanto, a primeira vez que um dado exclusivo das homologações é incluído nos
critérios de classificação de veículos para efeitos de portagens.
Face a isto e face à perda de competitividade desses modelos num mercado como o
português, o futuro daquele empreendimento chegou a ser posto em causa pela direção da
PSA, alertando para o facto de não se poder produzir um modelo cuja competitividade
daqueles modelos seria profundamente afetada.
Contudo, a alteração da classificação das portagens altera a situação e ‘desanuvia’ o
futuro na fábrica de Mangualde.
Portanto, relativamente a veículos elétricos puros, quando têm tração integral, esta é
conseguida por existir um motor no eixo dianteiro e outro no eixo traseiro, não existindo
qualquer ligação mecânica entre os eixos e a gestão da repartição da tração é totalmente
eletrónica consoante as condições do piso, aceleração e outros fatores.
Relativamente aos modelos PHEV, a situação já não é tão linear, devido às diferentes
opções tecnológicas; facto que não terá sido considerado.
Os modelos PHEV em que o motor de combustão move um eixo apenas e um motor
elétrico move o outro, sem qualquer ligação mecânica entre os eixos, passam a estar
abrangidos pelo benefício.
No entanto, os modelos PHEV em que ambos os motores (combustão e elétrico) se
encontram no mesmo eixo e cuja tração é transmitida mecanicamente ao segundo eixo, não
são abrangidos, independentemente da sua eventual maior eficiência ao nível de emissões.
Na prática, a intenção expressa no preâmbulo de permitir que os “veículos híbridos e
elétricos” ultrapassem uma das caraterísticas de exclusão deste benefício, acabou por ter
sucesso apenas parcialmente.
Veremos se o futuro trará correção a esta incoerência, para bem do ambiente e da
justa concorrência de mercado.
Exemplos europeus
Um dos melhores exemplos é o
da Alemanha.
Tem uma extensa rede de
autoestradas de alta qualidade,
cobrindo homogeneamente todo o
território e sem cobrar qualquer
portagem a veículos ligeiros, nem a
pesados até 7.500 kg de Peso Bruto.
São cobradas portagens apenas
a veículos acima de 7.5 Ton de Peso
Bruto, repartidos por 4 Classes de
acordo com o PB (7,5T/12T/18T).
Carnival
Monovolume top vendas
2001 Kia Face-Lift
rebaixado, Classe 1
ONE
Objetivo
Agradecimentos
Fontes
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José Diogo Mascarenhas Neto, escrito em 1790 e republicado pela JAE em 1985.
Les autostrades de l’Allemagne, Hans Pflug, 1941
Auto-Estrada do Norte, Troço Lisboa-Vila Franca de Xira, MOP, JAE, 1961
Revista ACP março/abril 1962
O tráfego e as portagens na ponte Salazar – 8 de Agosto 1966 / 30 Junho 1967 – Relatório, MOP, Gabinete
da ponte sobre o Tejo
A ponte Salazar - 5 anos de actividade (1966-1971), MOP, Gabinete da ponte sobre o Tejo
O Plano Rodoviário Nacional de 1985 e a adesão de Portugal à Comunidade Europeia
Da Produção à Concepção: Meio Século de História Automóvel em Portugal, Catarina Selada, José Rui
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Brisa - Relatórios & Contas 2004, 2005, 2018 e 2020
Tribunal de Contas - Auditoria ao Contrato de Concessão BRISA - Relatório nº 13/03 - 2ª Secção
15 anos de Via Verde, Via Verde, 2006
MODALITÉS DE CALCUL DES TARIFS DE PÉAGE AU SEIN DES MEMBRES DE L'ASECAP, ASECAP, Maio 2006
HISTÓRIA DAS INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS, FLORBELA LIMA MARÉ - Dissertação submetida para
satisfação parcial dos requisitos do grau de Mestre em Engenharia Civil — Especialização em Vias de
Comunicação, julho de 2011
Brisa and the CCR Group: A strategic alliance - Francisco Cardoso Ribeiro, Fall 2012
A mobilidade automóvel em Portugal. A construção do sistema socio-técnico, 1920-1950, Maria Luísa
de Castro Coelho de Oliveira e Sousa Mestre em Sociologia Económica e das Organizações, Dissertação
realizada em co-tutela para obtenção do Grau de Doutor em História, Filosofia e Património da Ciência
e da Tecnologia - Outubro de 2013
Concessões das Infraestruturas Rodoviárias – Portugal 2019 • AMT – Autoridade da Mobilidade e dos
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al_ja_nao_faz_sentido
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movel_mantem_pressao
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/automovel/detalhe/revisao-de-portagens-para-ligeiros-
discutido-entre-estado-e-brisa
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/classes-de-portagem-contribuintes-e-
utentes-pagaram-excepcao-dada-a-autoeuropa
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/marcas-querem-94-mil-carros-na-
classe-1
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/classes-de-portagem-portugal-e-
caso-unico-na-europa
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/o_regresso_aos_numeros_da_contingentacao
https://expresso.pt/economia/2018-08-18-Portagens.-2100-carros-migram-para-a-classe-1.-Mais-de-
30-modelos-beneficiam-da-mudanca-de-criterio
https://www.dn.pt/sociedade/a-senhora-faz-50-anos-e-como-todas-as-senhoras-precisa-de-ser-
mimada-5323890.html
https://revista.acp.pt/755/
https://www.facebook.com/groups/80e90
Legisla- Código
Efemé- Critérios de Classes
ção da Legislação nacional Autoestradas / Portagens Sumário / Descrição
ride resumidos
Europeia estrada
1944 05
Inauguração da 1ª autoestrada - Lisboa > Estádio Nacional
28
1951 12
Inauguração da ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira
30
Ministérios das Finanças, das Obras
Estabelece, a partir do dia 1 de Março do corrente ano, o regime de • Ligeiros de passageiros
Publicas e das Comunicações:
1952 01 pagamento de portagem pela utilização da Ponte Marechal • Pesados de passageiros
Decreto Lei nº 38:622
Carmona, em Vila Franca de Xira, por automóveis ligeiros e pesados. • Mercadorias (por taras)
de 30 janeiro
Adita um novo parágrafo ao artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 38:622:
Ministérios das Finanças, das Obras
Automóveis ligeiros de aluguer de passageiros com sede de
Publicas e das Comunicações:
1953 08 exploração nos Concelhos de VFXira e Benavente, podem aderir ao
Decreto Lei nº 39 329
regime de avença previsto anterormente apenas para pesados de
de 24 agosto
passageiros em regime de carreira.
Ministérios do Ultramar e das
Aprova o novo Código da Estrada - Revoga determinados diplomas e
Comunicações:
1954 05 ainda toda a legislação vigente nas províncias ultramarinas sobre
Decreto-Lei nº 39 672
matérias reguladas no referido código
de 20 de maio
1955 12
Portugal adere às Nações Unidas
14
Adoção de prescrições técnicas uniformes aplicáveis aos veículos de
Acordo da Comissão Económica para a rodas, aos equipamentos e às peças suscetíveis de serem montados
1958 03
Europa da Organização das Nações ou utilizados em veículos de rodas e às condições de
20
Unidas reconhecimento recíproco das homologações emitidas em
conformidade com essas prescrições
Ministério das Obras Publicas
Gabinete do Ministro: Autoriza o Ministério a abrir concurso para a realização da ponte
1959 04
Decreto Lei nº 42 238 sobre o rio Tejo, entre Lisboa e Almada
de 27 de abril
• Motociclos
Ministérios das Finanças, das Obras Estabelece o regime de pagamento de portagem pela utilização, • Ligeiros
Publicas e das Comunicações total ou parcial, do lanço Lisboa-Vila Franca de Xira da autoestrada • Autocarros consoante
1961 05
Decreto Lei nº 43 705 do Norte e substitui a actual tabela das taxas de portagem na Ponte capacidade
de 22 de maio Marechal Carmona. • Pesados consoante nº de
eixos e PB
Ministérios das Finanças, das Obras
Regula a cobrança das portagens e a circulação no troço Lisboa-Vila
Publicas e das Comunicações
1961 05 Franca de Xira da autoestrada do Norte (estrada nacional n.º 1) e na
Portaria nº 18 483
Ponte Marechal Carmona, em Vila Franca de Xira.
de 23 de maio
1961 05
Inauguração da autoestrada Lisboa - Vila Franca de Xira
28
1963 Inauguração da autoestrada Porto - Carvalhos
Ministério das Obras Publicas: 9 Classes, sendo 4 para
Estabelece o regime do pagamento de portagem pela utilização da
1966 07 Decreto Lei nº 47 107 ligeiros de passageiros,
ponte sobre o Tejo
de 19 de Julho consoante comprimento
Ministério das Obras Publicas:
1966 08 Decreto Lei nº 47 145 Regulamenta os serviços de exploração da ponte sobre o Tejo
de 12 de agosto
1966 08
Inauguração da ponte sobre o Tejo em Lisboa
06
Ministério das Obras Publicas Autoriza o MOP a abrir concurso público para a concessão da
Gabinete do Ministro: construção, conservação e exploração de autoestradas ou seus
1969 10
Decreto Lei nº 49 319 troço, para cumprimento dos programas de autoestradas aprovados
de 25 de outubro pelo Conselho de Ministros.
Diretiva do Conselho relativa à aproximação das legislações do
1970 02 Diretiva do Conselho
Estados-membros respeitantes à receção de veículos a motor e seus
06 70/156/CEE
reboques. Nascimento do WVTA
Diário do Governo
1972 10 Escritura publica de criação da BRISA - Auto-estradas de Portugal,
nº 240/1972
14 SARL, com sede em Lisboa.
Série III de 1972-10-14
• Motociclos
Ministério das Obras Publicas
Outorga a BRISA, a concessão da construção, conservação e • Ligeiros c/ cil. ≤ 750 cm3
Gabinete do Ministro:
1972 11 exploração de autoestradas nos termos das bases anexas ao • Ligeiros c/ cil. > 750 cm3
Decreto nº 467/72
presente decreto. • Ligeiros com reboque
de 22 de novembro
•…
Legisla- Código
Efemé- Critérios de Classes
ção da Legislação nacional Autoestradas / Portagens Sumário / Descrição
ride resumidos
Europeia estrada
Ministérios da Habitação e das Obras
Publicas
1978 07 Aprova a lei orgânica da Junta Autónoma de Estradas (JAE)
Decreto-Lei n.º 184/78
de 18 de julho
Ministérios das Finanças e da
habitação e das Obras Publicas Determina que seja abolido o regime de portagem na ponte sobre o
1979 10
Decreto Lei nº 432-A/79 rio Tejo em Vila Franca de Xira (Ponte Marechal Carmona)
de 30 de outubro
Ministério da Habitação e Obras
Publicas - Gabinete do Ministro Fixa as taxas de portagem a cobrar pela Concessionário Brisa, no
1980 02
Port 39/80 lanço Carregado-Aveiras de Cima
de 13 de Fevereiro
Ministério da Habitação e Obras
Publicas - Gabinete do Ministro Fixa as taxas de portagem a cobrar pela Concessionário Brisa, no
1980 10
Port 813/80 lanço Feira-Carvalhos
de 11 de outubro
Ministérios das Finanças e do Plano e
Altera as bases constantes do Decreto nº 467/72, de 22 de
das Obras Publicas
1981 01 Novembro (concessão da construção, conservação e exploração de
Decreto Regulamentar nº 5/81
autoestradas à BRISA)
de 23 de janeiro
O volume de tráfego na Ponte de 25 de Abril tem vindo a crescer
rapidamente em ambos os sentidos, pelo que importa facilitar o
Ministério da Habitação e Obras
processo de cobrança e, assim, responder por forma mais eficiente
Publicas
1981 05 às exigências do tráfego. Com esse objectivo deixará de efectuar-se
Decreto Lei nº 117/81
a cobrança da portagem no sentido sul-norte, o que tornará possível
de 15 de Maio
melhorar, com o mesmo quadro de pessoal, o funcionamento dos
serviços de portagem no sentido norte-sul.
Legisla- Código
Efemé- Critérios de Classes
ção da Legislação nacional Autoestradas / Portagens Sumário / Descrição
ride resumidos
Europeia estrada
Altera a Directiva 70/220/CEE, relativa à aproximação des
legislações dos Estados-membros respeitantes às medidas a tomar
1991 06 Diretiva do Conselho
contra a poluição do ar pelas emissões provenientes dos veículos a
26 91/441/CEE
motor.
Nasce o NEDC e o Euro 1
Ministério das Obras Publicas,
Aprova as novas bases da concessão da construção, conservação e
Transportes e Comunicação
1991 06 exploração de autoestradas, outorgada à BRISA.
Decreto Lei nº 315/91
Adaptação aos fundos comunitários
de 20 de agosto
1991 09
Conclusão da autoestrada do Norte, Lisboa - Porto
14
Legisla- Código
Efemé- Critérios de Classes
ção da Legislação nacional Autoestradas / Portagens Sumário / Descrição
ride resumidos
Europeia estrada
Autocarros com
Outorga a Brisa, ..., a concessão da construção, conservação e Ligeiros com cil. > Ligeiros com Autocarros até 20
Ligeiros com cil. ≤ 750 mais de 20 lug. e
1972 11 22 D 467/72 exploração de autoestradas nos termos das bases anexas ao Motociclos 750 cm3, sem reboque e lug. e Pesados com
cm3, sem reboque Pesados com mais
presente decreto. São redefinidas as Classes de portagens reboque automoveis de carga 2 eixos
de 2 eixos
Port 547- Fixa as taxas de portagem a cobrar pela Concessionário Brisa, no
1977 08 29
UmaUma
Data Legislação Sumário Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5 Classe 6 Classe 7
A: Motociclos e veículos B: Veículos automóveis de
história
automóveis ligeiros de carga com 2 eixos, C: Veículos D: Veículos
Port Fixa as taxas de portagem a cobrar pela Concessionário Brisa, no
história
1981 12 16 passageiros com 2 eixos e autocarros com 2 eixos e automóveis pesados automóveis pesados
1066/81 lanço Lisboa-Vila Franca de Xira
veículos automóveis veículos automóveis com 3 eixos com 4 ou mais eixos
de Classes
ligeiros com reboque pesados com 2 eixos
de Classes
Fixa as taxas de portagem dos troços de autoestrada Condeixa-
1982 10 30 DR 71-A/82
Coimbra e Coimbra-Mealhada.
Legis-
Data Sumário Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5 Classe 6 Classe 7 Classe 8 Classe 9 C 10
lação
1966 07 19
DL 47 107
veículos isentos
ou reboques ou reboques camionetas
sentidos, pelo que importa facilitar comprimentos barcos ou passageiros com passageiros em de passageiors Estrada, com
de carga de de carga de ou reboques
o processo de cobrança e, assim, inferior a 3,3 m; automóveis de comprimento entre carreiras de regime interurbanos, exceção dos
PB superior PB superior de PB
motociclos competição, 3,3m e 4,7m, urbano com menos autocarros de incluídos em
1981 05 15
DL 117/81
DL 365/83
A reorganização do perfil
transversal do tabuleiro da ponte
sobre o Tejo, com a introdução de
uma 5.ª via reversível, conduziu a
estudos que demonstraram a
necessidade de aumentar a actual
barreira da portagem para 15
cabinas.
Com o aumento do número de
DL 265-A/92
1992 11 26
DL 168/94