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Universidade Santo Amaro/Unisa

Curso de Serviço Social

Mirelle Fontolan Bossa


RA:4834841

Projeto Integrador I – Análise de conjuntura

Londrina
Mirelle Fontolan Bossa

Projeto Integrador – Análise de conjuntura

Projeto Integrador I
apresentando ao Curso de
Serviço Social da
Universidade Santo Amaro.
Orientador: Prof. Lígia Mateus

Londrina

2021
RESUMO

O território pode ser definido fundamentalmente como um espaço definido e


delimitado a partir de relações de poder, um espaço que determinado ator se
apropria e o territorializa de forma incerta e conflitante, gerando desigualdade,
exclusão e segregação. Diante deste contexto, o objetivo central deste artigo é
analisar a segregação territorial existente na zona Leste cidade de Londrina (PR) por
meio de gráficos indicadores de alfabetização, renda, perfil do público e alguns
serviços referenciados. Como fundamentação teórica, foi elaborada uma pesquisa
de espaço urbano, território e outros indicadores importantes para a análise do
Assistente social. A metodologia utilizada baseou-se em pesquisas nas referências
bibliográficas que tratam da temática, levantamento de dados em órgãos públicos
como IBGE, e na elaboração de mapas para melhor representação desses dados.

Palavras-chave: Zona leste, conjuntura, território.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 5

1. ASPECTOS SOCIO-HISTÓRICOS DA ZONA LESTE DE LONDRINA ......... 6

2. INDICADORES ............................................................................................... 7

2.1 Serviços referenciados no território Leste por microterritório ...................... 8

2.2 Perfil da população público da Política de Assistência Social ...................... 9

2.3 Renda per capta ......................................................................................... 12

2.4 Pessoas com Deficiência ............................................................................ 14

2.5 Cobertura da rede socioassistencial na região Leste em 2020 .................. 16

3. CONCLUSÃO ............................................................................................... 19

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 20
5

INTRODUÇÃO

Este trabalho traz o estudo das transformações urbanas na região leste


de Londrina (Paraná) e o contexto local, de que forma começou a ser desenvolvida,
como viés a reflexão sobre o processo neoliberal da produção urbana.

Tem por objetivo a análise da conjuntura da localidade e como começou


sua colonização e estrutura. É composta por conteúdos que auxiliam o assistente
social a ter um olhar crítico para presente realidade, decorrentes do sistema
dominante capitalista. A identificação dos acontecimentos, a correlação de forças e
a articulação entre a conjuntura e estrutura. Trata-se de uma análise de caráter
exploratório e documental tendo como base empírica a pesquisa de material
bibliográfico e jornalístico.

Ademais tem por escopo específico a utilização de informações e


interpretação crítica, identificando as relações entre as condições sociais, políticas e
econômicas que contribuíram para o atual cenário sempre considerando o contexto
sócio-histórico. Contém dados e elementos fundamentais para o estudo da realidade,
sendo fundamental para estratégias e táticas de intervenção das diversas forças
sociais.
6

1. ASPECTOS SOCIO-HISTÓRICOS DA ZONA LESTE DE LONDRINA

Fundada em 1929, a cidade de Londrina possui, atualmente, mais de 500


mil habitantes, sendo derivada de um rápido crescimento que tem resultado em
processos de expansão e reocupação de áreas antigas, como é o caso da zona
Leste de Londrina.

O território Leste tem entre suas principais características a extensão, é


uma das maiores, e também o potencial de crescimento que conforme vem se
configurando nos últimos anos se projeta da mesma forma para o futuro, diante de
novos empreendimentos habitacionais e loteamentos. Em sua área tem
concentração industrial, número elevado de conjuntos habitacionais e ocupações
irregulares.

Essa região era uma zona industrial e periférica ao centro. Na década de


1970 começou haver grandes transformações, principalmente com a retirada da linha
férrea no início dos anos de 1980, que resultou em zonas residuais e obsoletas com
baixos valores econômicos, sendo oportuno para a população se estabelecer nas
ocupações irregulares, mas por outro lado, despertou o interesse do setor imobiliário
por grandes terrenos nessa região como possibilidades de acúmulo de capital.

O procedimento de análise para este estudo de caso baseou-se na


compilação de dados sobre a produção habitacional e a política local a fim de remeter
a realidade das ocupações irregulares na região como também informações sobre
seu desenvolvimento, através de documentos oficiais da Prefeitura Municipal –
publicações em jornais locais e referências de estudos acadêmicos. Como suporte
teórico para entendimento da particularidade do estudo de caso em Londrina,
buscou-se compreender a conexão das transformações urbanas com o processo
neoliberal nas cidades, apresentado por Peck, Theodore e Brenner (2009), o governo
empresarial de Dardot e Laval (2016) no livro A nova razão do mundo, e a
urbanização como o grande negócio do capitalismo em Harvey (2011).
7

No contexto geral, é preciso entender que após a década de 1970, a


urbanização também sofreu uma transformação de escala, tornando-se global.
Harvey (2011, p. 144) destaca que a urbanização se tornou um grande negócio
do capitalismo, pois é um dos principais meios de absorver o excesso de capital,
numa proporção significativa da força de trabalho total global que é empregada
na construção e manutenção do ambiente edificado.

Por outro lado, para o autor “cada área urbana do mundo teve seu
boom na construção em meio a uma enxurrada de imigrantes pobres que,
simultaneamente, criaram um planeta favela”. Harvey (2011, p. 142)

2. INDICADORES

Segundo o IBGE em 2010 havia 78.394 pessoas residindo neste território,


15,56% da população Londrinense, o que a caracteriza como a terceira região mais
populosa do município, tendo em sua extensão número significativo de bairros com
famílias com situação de desproteção social.

Destacamos que neste território encontram-se nove ocupações, conforme


tabela abaixo.

OCUPAÇÃO LOCALIZAÇÃO MICROTERRITÓ


RIO
Invasão do Reis (Fundo
Rua José Ferreira da Silva I
de vale da Rua José
Ferreira da Silva)
Ocupação Morro do Final da Ernesto Galvani dos I
Carrapato Santos
Ocupação Rua Pingo
D'água e Rua Pingo D'água II
seu entorno
Ocupação Rua Zircônio Rua Zircônio II
Ocupação Rua Heron Rua Heron Domingues com Rua
Domingues Mangaba II

Ocupação Rua Rosa Rua Rosa Branca – Vila Ricardo III


Branca
8

Ocupação da R. Rua Raimunda Madalena Reeberg


III
Raimunda Madalena com Raimunda Monteiro Garcia -
Reeberg Jd. Santa Fé
Divisa do
Ocupação Fundo de Vale
Região do Parque Tauá com Jd. microterritório V
do Jd. Abussafe
Abussafe com
Centro B
Ocupação San Rafael Próximo à Rua Amoreira VI

2.1 Serviços referenciados no território Leste por microterritório

CEI CONSE LHO INCLUSÃO


MICRO EDUCAÇÃO
ASSISTÊNCIA ESCOLAS ENSINO TUTELAR PRODUTIVA
TERRI- CMEI ESPECIAL SCFV UBS
SOCIAL MUNICIPAIS SUPERIOR
TÓRIO

MARABA CLUBE DAS


CLUBE
JOSE GARCIA MÃES UNIDAS
II VILLAR, E. M. PADR DAS
E MÃES
DOMI UNIDAS
NGOS
ROVE
DATTI

INSTITUTO
MARIA IRACEMA LEONARDO LESTE
III CANDIDA P. HELENE MURIALDO - E
SALLES, E. M. CAMPREGHER EPESMEL - RURAL
INTERLAGOS
AUREA
ALVIM GUIOMAR
EPESMEL LINDÓIA
TOFFOLI, E. M. MOREIRA
PROFA.
FRANCISCO
HIKOMA
IV UDIHARA, E.
QUESADA INSTITUTO
ORTEGA LEONARDO
M. MENINO MISTER
JESUS MURIALDO -
PEDRO THOMAS
EPESMEL -
VERGARA
MR THOMAS
CORREA, E. M.
CARLOS
ZEWE UNINORTE
COIMBRA, E.
M. PROF. MARABÁ
BARTOLOM
EUDE SEBASTIAO
V GUSMAO, SANCHES
SARAUZA
APAE
E. M.
MIGUEL
BESPALHOK,
E. M. UTFPR
SUELY
IDERIHA, E. M.
NOSSA
ANITA SENHORA DE MALVINA
FATIMA CASA DO
GARIBAL POPPI
CAMINHO
DI, E.M. ANALIA PEDRIALLI
FRANCO
VILA
VI CENTRO POP CASA DO
CAMINHO
FRATERNI-
ABDIAS DO DADE
CARLOS NASCIMENTO GUARDA
KRAEME ESTRELI MIRIM DE
R, E.M. NHA LONDRINA
AMANDA
SANTA
ROSSI
RITA
FRANCISCO
PEREIRA DE
ALMEIDA
JUNIOR, ERNANI
E. M. MOURA
9

MARIA ESPAÇO YOLANDA LIMA


SHIRLEY CRIANÇA SALGADO
BARNABE VIEIRA LIMA
VII LYRA, E. M.
MAESTRO
ARMINDO
ROBERTO P.
PANICO, GUAZZI
E. M.

A população da região Leste, pelo Censo IBGE/2010, é ora apresentada


em número maior ao constante do diagnóstico do Plano Diretor tendo em vista que
houve a migração do território IV da região Centro B para a Leste. Em função disso,
na região Centro B os dados se reduziram, tendo sido ampliados na região Leste.

O gráfico abaixo mostra o aumento em poucos anos resultante dessa


migração. Em 2017 já havia mais de dez mil registros.

Esse demonstrativo comprova a predominância da sociedade menos


favorecida. O retrato da exclusão e segregação de um povo que vem crescendo ao
longo da história sofrendo as consequências de uma sociedade capitalista.

2.2 Perfil da população público da Política de Assistência Social

Pessoas no IRSAS
Leste

15354
13077
11788
10109

2017 2018 2019 2020


Fonte: IRSAS – Relatório beneficiário referente ao período de janeiro a dezembro de cada ano.

Ao longo dos últimos anos foi registrado na base de dados do sistema


IRSAS o aumento de 5.245 pessoas no território Leste, o que representa que, entre
os anos de 2017 e 2020, houve aumento percentual de 51,88% na quantidade de
pessoas computadas no território
10

Leste
Primeiro Cadastro no IRSAS
400 405

251 260
222 235
199 189
143
115 113

Fonte: IRSAS

No intervalo de 12 meses, de janeiro a dezembro de 2020, foram inseridas


2845 pessoas na base de dados do sistema IRSAS no território do Leste. Na
distribuição por mês, junho foi o que contabilizou maior quantitativo (405), enquanto
dezembro foi o mês com menor número (113). A média mensal é de 237 novas
pessoas inseridas.

Leste - Ciclo de Vida


Idosos
7,97%
20,84% (1556)
9,23% (1802)

Jovens
Adultos
20,07%
41,88%

Fonte: IRSAS – Período 31//08/2018 a 31/08/2020

Neste território predomina a população adulta, se distingue do município,


idosos e jovens que correspondem quase a mesma porcentagem. A distribuição não
apresenta grande diferença da que ocorre no município como todo. Junto a
11

população idosa, 195 pessoas se enquadram nos pré-requisitos para requerer o


BPC/Idoso.

Mas como já citado nessa pesquisa o número dos que necessitam desse
benefício é bem maior. Há uma necessidade neste caso de um plano para a
abordagem desta parcela da população aqui inserida.

Tipo de Ocupação
25,43%
31,76%

Leste

16,91%
16,01%

15,24%
13,83%
15,13%

14,17%
11,48%

11,91%
10,33%

9,99%

4,64%

3,06%
0,07%

0,04%

Municipio Leste

Fonte: IRSAS – consulta em 27/10/2020, referente a 31/08/2018 a 31/08/2020

A condição de ocupação da população no Leste mostra a taxa de desemprego é de


31,76%, maior que no município que é de 25,43%. O percentual de pessoas no mercado formal
é praticamente igual ao do município. Este território apresenta proximidade com a realidade
do município.

Esta alta taxa de desemprego pode estar ligada ao analfabetismo na região,


precisam ser criados programas que atendam essa demanda, elaborando planos e estudo de
caso.
2.3 Renda per capta

Rendimento per capta


Leste
52,25%
47,46%

24,18%28,63%
14,46%1 15,05%
9,11%8,86%

R$0 ATÉ R$89,01 ATÉ R$178,01 ATÉ ACIMA DE 1/2

R$89,00 R$178,00 1/2 S.M. SM


ago/19 ago/20

Fonte: IRSAS – consulta em 07/10/2020 – meses de referência agosto 2019/2020

No território Leste ao comparar o rendimento per capta com a intervalo de


um ano não houve variação significativa entre os rendimentos per capta em até ¹/2
salário mínimo e acima de ¹/2 salário mínimo. O percentual de pessoas que vivem
com até ¹/2 salário mínimo é de aproximadamente 85%.

De acordo com os dados do IRSAS, dentre as pessoas atendidas no Leste


7,77% se declararam analfabetas. Se somado com as pessoas que não concluíram o
Fundamental 1 vai para 22,80% (índice municipal que é de 23,61%), enquanto
57,15% não concluíram o Fundamental II (índice municipal é de 56,36%). Com ensino
médio completo é de 23% (município é de 20,99%).
Grau de Escolaridade (IRSAS) Município Leste
Analfabeto 8,74% 7,77%
Até 4ª série incompleta do ensino fundamental 14,88% 15,03%

Com 4ª série completa do ensino fundamental 7,53% 7,61%

De 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental 25,21% 26,74%

Fundamental Completo 5,32% 4,71%

Ensino Médio Incompleto 11,76% 11,15%

Ensino Médio Completo 15,87% 17,54%

Superior Incompleto 2,79% 2,95%

Superior Completo 2,17% 2,39%

Pós-Graduação 0,16% 0,19%

Alfabetização de Adultos 0,29% 0,22%

Não informado 5,30% 3,71%

Fonte: IRSAS – consulta em 22/10/2020 – período de referência agosto/2018 a agosto/2020

De acordo com indicadores apresentados, o índice do quesito educação


está muito abaixo do desejado, é importante atentar-se à relação direta entre
educação, dignidade, qualificação dos profissionais disponíveis no mercado de
trabalho, e o projeto de sociedade que desejamos construir. Ainda que o percentual
dessa categoria fosse de 1%, o poder público deve estar sempre atento e solícito às
dificuldades e problemas que representam impeditivos para a formação educacional
dos cidadãos.

A região possui várias escolas ou centros educacionais, o que se exigiria


um estudo detalhado do real motivo desse indicador, para que o poder público possa
intervir de maneira efetiva nessa problemática. Dessa maneira se houvesse uma
diminuição dessa taxas de desemprego, os benefícios que atendem essa população
poderiam ser direcionados às mais fragilizadas, como as com problemas de saúde e
idade avançada. Que se constitue uma necessidade mais urgente nesse grupo
populacional, conforme indicativos abaixo.
2.4 Pessoas com Deficiência

Tipo de deficiência
Leste

Física Mental Visual Múltipla Auditiva

Fonte: IRSAS – consulta em 20/10/2020 – período de referência agosto/2018 a


agosto/2020

No território Leste há 1974 pessoas com deficiência na base de dados do IRSAS, ou


seja, 10,17% do total de pessoas no território possuem algum tipo de deficiência. O
maior percentual é de pessoas com deficiência física (41,97%).

Pode-se ver nos gráficos abaixo que existe uma parcela dessa população que não
sabe de seus direitos ou nem ao menos como e onde recorrer para obter a garantia
desses, tornando-se urgente o acesso a esses direitos garantidos por lei.

A lei 8742, de 7 de Dezembro de 1993 artigo 1º - A assistência social, direito


do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que
provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades
básicas. (LOAS).

No quesito rendimento, 75,74% das pessoas com deficiência possui renda


per capta mensal de até ¹/2 salário mínimo.

Na distribuição de acesso a algum tipo de benefício previdenciário


(aposentadoria ou pensão) ou assistencial, no caso o BPC/PCD, o percentual de
cobertura identificado é de 54,84%. As pessoas com deficiência sem acesso ou sem
identificação na base de dados do sistema IRSAS somam 45,16%.
PCD - Rendimento per capta Cobertura assistencial ou
previdenciária
Leste
Leste
com BPC

45,16% 43,49%
80,17%
Benefício
Previdenciário

Sem cobertura
ou Sem
4,83% 0,74% 14,26% 11,35% informação
R$ 0 até R$ 89,01 até R$178,01 até Acima de 1/2
R$89,00 R$178,00 1/2 S.M. SM

Fonte: IRSAS – consulta em 22/10/2020 – período de referência agosto/2018 a agosto/2020

No Leste o maior percentual de pessoas com deficiência se encontra entre


a população idosa (45,72%), seguida dos adultos (38,72%).

Faixa etária - PCD Cobertura BPC por tipo de


deficiênciaLeste
Leste
32,39% 67,61%
IDOSOS 45,72% AUDITIVA
56,88% 43,12%

ADULTOS 38,72% MÚLTIPLA 33,69% 66,31%

JOVENS 8,67% VISUAL 42,02% 57,98%


MENTAL 45,05% 54,95%
ADOLESCENTES 3,45%
FÍSICA
CRIANÇAS 3,45 COM SEM

Fonte: IRSAS – consulta em 20/10/2020 – período de referência agosto/2018 a agosto/2021

A deficiência múltipla é a que apresenta maior percentual de cobertura do


BPC/PCD (56,88%), a que tem menor cobertura é a deficiência auditiva (32,39%).
2.5 Cobertura da rede socioassistencial na região Leste em 2020

Provisão Oferta Atendimento/ Concessões Percentual de cobertura

Total de atendimentos 29,29% em relação às famílias do


realizados pelo PAIF: 40797 território com registro no IRSAS
Serviço de Proteção e Média mensal: 3400
Atendimento
Integral à Família - PAIF
Total de 2,69% em relação às famílias do
acompanhamentos território com registro no IRSAS
realizados pelo PAIF: 3747
Média mensal: 312

Serviço de Convivência e Total de atendimentos: 6633 30,25% em relação às crianças e


Fortalecimento de adolescentes de 06 a 14 anos com
vínculos – Modalidade I Média mensal: 553 registro no IRSAS

Serviço de Convivência e Total de atendimentos: 2739 24% em relação às crianças e


Fortalecimento de adolescentes de 15 a 17 anos com
vínculos – Modalidade II Média mensal: 228 registro no IRSAS
Serviços

LA (Liberdade Assistida): 17
Adolescentes em Medidas PSC (Prestação de serviços à -
Socioeducativas comunidade): 01
LA e/ou PSC: -

Acolhimentos Crianças e Serviço referenciado no município,


Adolescentes Total de atendimentos: 57 sendo o número de atendimentos
realizados às famílias referenciadas
noterritório.

Serviço referenciado no município,


Acolhimentos Adultos Total de atendimentos: 314 sendo o número de atendimentos
realizados às famílias referenciadas
noterritório.

Total de atendimentos: 606 O serviço está referenciado no


PSE no domicílio – PCD e
Média mensal de atendimentos: território, porém a demanda total
Idosos
51 está vinculada ao encaminhamento
da rede.

PSB no domicílio - PCD e Total de atendimentos: 312 O serviço está referenciado no


Idosos Média mensal de território, porém a demanda total
atendimentos: 26 está vinculada ao encaminhamento
da rede.

Programa Bolsa Família 2220 famílias beneficiárias 12% em relação às famílias


beneficiárias do Programa no
município

Total de benefícios: 3851


Programa Municipal de 2,77% em relação às famílias do
Benefícios Transferência de Média mensal: 321
território com registro no IRSAS
Renda Valor anual repassado:
R$436.012,40

Total de benefícios: 12656


Cupom Alimentação Média mensal: 1055 9,09% em relação às famílias do
território com registro no IRSAS
Valor anual
repassado:
R$2.171.715,00
Leste - Ciclo de Vida
Crianças; 8%
Idosos; 21%
Adolescentes; 9%

Jovens; 20%

Adultos; 42%

Crianças Adolescentes Jovens Adultos Idosos

Neste território predomina a população adulta, se distingue do município,


idosos e jovens correspondem quase a mesma porcentagem. A distribuição não
apresenta grande diferença da que ocorre no município como todo.

No quadro acima podemos verificar registros dos atendimentos


realizados nessa localidade, esses indicadores refletem o cenário da região pelo qual
o assistente social vai fazer uma análise detalhada elaborando planos, programas e
projetos na intervenção a ser aplicada, analisando todos os fatores envolvidos, pela
melhor qualidade de vida de seus usuários. Irá realizar estudos socioeconômicos
através das unidades competentes estabelecidas para esta localidade.

Por meio do Centro de referência de assistência social (CRAS) o


assistente social faz o cadastro das famílias para que possa ser detectado qual delas
necessita com maior urgência dos programas e benefícios garantidos pelo Estado e
prefeitura, inclusive em relação a saúde dos usuários, fazendo os encaminhamentos
necessários.

Sabe-se que existem algumas forças sociais na região, porém vê-se a


necessidade de uma mobilização da própria população para que juntamente com o
poder público se consiga através de lutas uma sociedade mais igualitária, menos
segregada.
A segregação pressupõe um desequilíbrio de forças entre o
grupo segregado e os autores da segregação, na maioria dos casos em razão da sua
raça, etnia, religião ou qualquer outra categoria que arbitrariamente é utilizada como
motivo de discriminação espacial dos seus membros.

E como assistentes sociais, lutamos por condições melhores, e elas são


possíveis por meio de análises da conjuntura e estrutura de determinada localidade,
e que puderam ser contempladas nessa pesquisa.

A identificação da relação de forças, e das tendências presentes no


contexto social, é fundamental para a análise de conjuntura. Lembrando que
Conjuntura traz a idéia de fatos e acontecimento demarcados num determinado tempo
e espaço que explicam uma realidade política, econômica ou social.
3. CONCLUSÃO

Ao analisar a zona Leste da cidade de Londrina percebemos que é um


território bastante extenso, com bastante construções irregulares o que propiciou
muitas ocupações. Se caracteriza por moradias antigas e uma população de baixa
renda. Passou por muitas transformações, porém diante do contexto sócio-histórico
vivenciado, sofre com as consequências de uma sociedade capitalista. Os indicadores
aqui apresentados mostraram as vulnerabilidades dessa população e puderam definir
de uma maneira geral como o assistente social poderá intervir para a melhoria da
realidade aqui apresentada, pois mesmo diante de muitos serviços referenciados na
localidade ainda há muitas demandas a serem discutidas com as autoridades
competentes.

Nesse breve contexto da produção habitacional em Londrina nota-se


que a demanda e a oferta estão cada vez mais distantes, ainda que tenham sido
implantados empreendimentos sociais, recentemente. Por outro lado, a política
habitacional precisa ser discutida com mais profundidade junto ao Conselho Municipal
de Habitação e agentes públicos e sociais importantes nesse processo.

A análise da conjuntura é especialmente necessária devido as


constantes transformações ocorridas na sociedade. Para ser eficaz, precisa
considerar de forma equilibrada os princípios do interesse e da realidade. Ela deve
dimensionar as forças que participam da dinâmica social, e sua leitura varia na exata
medida em que os ciclos políticos, econômicos e sociais mudam, por isso a
necessidade do profissional ter um olhar crítico e estar em constante aprendizado.
Quem faz análise de conjuntura consegue ser mais eficaz no que faz, porque é capaz
de avaliar os prós e contra do momento em que vai tomar uma decisão.
REFERÊNCIAS

COHAB-LD. Companhia de Habitação de Londrina. PEMAS – Plano Estratégico


Municipal para Assentamentos Subnormais. Londrina: COHAB-LD, 2002.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico, 2010.
LONDRINA. Prefeitura do Município. Diagnóstico sócioterritorial 2020. Londrina:
Secretaria Municipal de Assistência social, Reconhecimento dos territórios quanto à
demanda e oferta de Proteção Social / Prefeitura do Município de Londrina, 2020.

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