Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Orientador:
Prof. Roberto Quental Coutinho, DSc.
Co-orientador:
Prof. Renato Pinto da Cunha, PhD.
Recife, PE
Julho - 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS – CTG
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
- PPGEC
Orientador:
Prof. Roberto Quental Coutinho, DSc.
Co-orientador:
Prof. Renato Pinto da Cunha, PhD.
Recife, PE
Julho - 2013
ii
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na fonte
Bibliotecária Margareth Malta, CRB-4 / 1198
UFPE
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
A comissão examinadora da Defesa de Dissertação de Mestrado
Orientadores:
___________________________________________
Prof. Dr. Roberto Quental Coutinho
(orientador)
___________________________________________
Prof. Dr. Renato Pinto da Cunha
(co-orientador)
Banca Examinadora:
___________________________________________
Prof. Dr. Roberto Quental Coutinho – UFPE
(orientador)
___________________________________________
Prof. Dr. António Joaquim Pereira Viana da Fonseca – FEUP
(examinador externo)
__________________________________________
Prof. Dr. Ivaldo Dario da Silva Pontes Filho – UFPE
(examinador interno)
iv
DEDICATÓRIA
v
AGRADECIMIENTOS
A Deus;
Aos Professores Dr. Roberto Quental Coutinho e Dr. Renato Pinto de Cunha pela
orientação, apoio, incentivo, esforços, confiança e dedicação para a conclusão da
dissertação.
À minha esposa Francoise, e a nossas filhas, razões maiores de todo este esforço,
pelo apoio e compreensão para meu desenvolvimento profissional e pessoal.
vi
RESUMO
Os dados foram retroanalisados com o Método dos Elementos Finitos (MEF 3D),
utilizando o programa CESAR-LCPC v4 (Cleo 3D versão 1.07). Na modelagem do
comportamento tensão-deformação do solo foi utilizado o modelo constitutivo de
Mohr-Coulomb. Os parâmetros geotécnicos iniciais utilizados em cada um desses
modelos foram obtidos através de correlações a partir de valores de NSPT obtidos por
SOARES (2011). Os resultados dessas simulações numéricas foram comparados
com os resultados experimentais, medidos nas provas de carga.
vii
ABSTRACT
The data was backward analyzed with Finite Element Method (FEM 3D) using the
software CESAR-LCPC v4 (Cleo 3D version 1.07). In modeling the stress-strain
behavior of soil constitutive model was used Mohr-Coulomb. The initial geotechnical
parameters used in each of these models were obtained from correlation values NSPT
obtained by Soares (2011). The results of these numerical simulations were compared
with the experimental results, measured in the load tests.
We defined the geotechnical parameters of the soil from the back analysis by numerical
modeling to be used in future simulations in massif.
Keywords: Piled raft. Backward analysis. Finite Element Method. Cesar-LCPC. Mohr-
Coulomb. Parametric analyzes.
viii
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------- 1
1.1. OBJETIVO................................................................................................... 3
1.2. ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO.......................................................... 3
ix
2.5.2. MODELAGEM DO MATERIAL................................................................. 18
2.5.2.1. SOLO.................................................................................................... 18
2.5.2.2. CONCRETO.......................................................................................... 19
2.5.2.3. INTERFACE.......................................................................................... 19
2.5.3. MODELAGEM DAS CARGAS.................................................................. 19
2.5.4. MODELAGEM DAS CONDIÇÕES DE APOIO, BORDA OU
CONTORNO...................................................................................................... 19
2.6. AJUSTE ESTATÍSTICO DOS DADOS........................................................ 19
2.6.1. DISTRIBUIÇAO NORMAL........................................................................ 20
2.7. RECALQUES.............................................................................................. 21
2.7.1. RECALQUES DIFERENCIAIS ADMISSÍVEIS......................................... 21
2.7.2. RECALQUES TOTAIS LIMITES EM AREIAS.......................................... 21
2.8. FATOR DE SEGURANÇA........................................................................... 23
2.9. SÍNTESE DO CAPÍTULO............................................................................ 23
x
3.4.3. CONFIGURAÇÕES DE CÁLCULO.......................................................... 47
3.5. METODOLOGIA UTILIZADA NAS ANÁLISES NUMÉRICAS..................... 49
3.6. SÍNTESE DO CAPÍTULO............................................................................ 50
xi
6.1.1. CONCLUSÕES DA RETROANÁLISES NUMÉRICA............................... 107
6.1.2. CONCLUSÕES DA ANÁLISE PARAMÉTRICA........................................ 107
6.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS........................................... 108
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 Relações tensão - deformação: (a) linear (b) não linear (Desai &
Cristhian, 1977, citado por Thomé, 2009). 9
Figura 2.2 Critério de ruptura de Mohr-Coulomb 13
Figura 2.3 Curva Tensão/Recalque no modelo elástico-plástico de Mohr-
Coulomb. (Modificado, Wood 2004) 13
Figura 2.4 Tipos de comportamento tensão x deformação: (a) linear elástico;
(b) não linear elástico; (c) não elástico ou plástico; (d) rígido perfeitamente
plástico; (e) elástico-plástico: (1) perfeitamente plástico; (2) enrijecimento; (3)
amolecimento. (Fonte: Desai & Cristhian, 1977, citado por Thomé, 2009). 16
Figura 2.5 Limites do modelo em estacas (Sosa, 2010) 17
Figura 2.6 Limites do modelo em radier (Sosa, 2010) 17
Figura 2.7 Limites do modelo em radier estaqueado (Sosa, 2010) 18
Figura 2.8 Função de densidade para a distribuição normal padrão. Fonte:
IGM, PUC Goiás, 2010. 20
Figura 2.9 Distorções angulares e danos associados segundo Bjerrum, 1963. 21
Figura 3.1 Vista aérea do local da pesquisa (Soares, 2011). 24
Figura 3.2 Vista em planta da área de teste e dos furos de sondagens SPT.
(Fonte: Soares, 2011) 25
Figura 3.3 Perfil geológico-geotécnico obtido através das sondagens SPT
(Soares, 2011). 26
Figura 3.4 Locação das estacas Hollow Auger no Campo de Testes (Soares,
2011). 27
Figura 3.5 Provas de carga feita por Soares (2011): a) Grupo/radier uma
estaca, b) Grupo/radier duas estacas, c) Grupo/radier quatro estacas, e d)
Bloco isolado. 29
Figura 3.6 Curvas carga x recalque Grupo Uma Estaca, Bloco Isolado e
Radier Uma Estaca (Modificado, Soares, 2011). 31
Figura 3.7 Curvas carga x recalque Grupo Duas Estacas e Radier Duas
Estacas (Modificado, Soares, 2011). 32
Figura 3.8 Curvas carga x recalque Grupo Quatro Estacas e Radier Quatro
Estacas (Modificado, Soares, 2011). 32
Figura 3.9 Geometria em perfil para retroanálise (Modificado de Sosa, 2010). 35
xiii
Figura 3.10 Geometria em planta para retroanálise. 36
Figura 3.11 Geometria em perfil dos modelos adotados. 36
Figura 3.12 Delimitação do solo em camadas para retroanálise. 37
Figura 3.13 Esquema de medição de carga nas provas de carga (Fonte:
Soares, 2011). 39
Figura 3.14 Condições de Contorno adotadas para retroanálise. 40
Figura 3.15 Curva Profundidade x Recalque em retroanálise. 42
Figura 3.16 Curva Profundidade x Tensão em retroanálise. 42
Figura 3.17 Curvas Carga/Recalque, Radier com Duas estacas. 44
Figura 4.1 Estado de tensão inicial do maciço na retroanálise. 52
Figura 4.2 Curvas Carga/Recalque, Bloco Isolado, experimental e Mohr-
Coulomb. 53
Figura 4.3 Carga/Recalque, Grupo Uma Estaca, experimental e Mohr-
Coulomb. 56
Figura 4.4 Carga/Recalque, Radier Uma Estaca, experimental e Mohr-
Coulomb. 56
Figura 4.5 Carga/Recalque, Grupo Duas Estacas, experimental e Mohr-
Coulomb. 57
Figura 4.6 Carga/Recalque, Radier Duas Estacas, experimental e Mohr-
Coulomb. 57
Figura 4.7 Carga/Recalque, Grupo Quatro Estacas, experimental e Mohr-
Coulomb. 58
Figura 4.8 Carga/Recalque, Radier Quatro Estacas, experimental e Mohr-
Coulomb. 58
Figura 4.9 Histograma e ajuste de curva dos dados Camada 1. 60
Figura 4.10 Histograma e ajuste de curva dos dados Camada 2. 60
Figura 4.11 Histograma e ajuste de curva dos dados Camada 3. 61
Figura 4.12 Histograma e ajuste de curva dos dados Camada 4. 61
Figura 5.1 Detalhe da geometria da malha da análise paramétrica. 65
Figura 5.2 Configurações de estacas para análise paramétrica. 66
Figura 5.3 Curva Profundidade x Recalque para análise paramétrica. 69
Figura 5.4 Curva Profundidade x Tensão para análise paramétrica. 69
Figura 5.5 Malha de elementos finitos usada na análise paramétrica. 72
xiv
Figura 5.6 Curva Carga/Recalque da modelagem x Van der Veen da estaca
isolada. 73
Figura 5.7 Gráficos típicos das análises paramétricas. 74
Figura 5.8 Plano e coordenadas consideradas para os resultados de recalque
no radier estaqueado. 75
Figura 5.9 Recalque Máximo no radier estaqueado x Espessura do Radier
para L=5,00 m. 76
Figura 5.10 Recalque Máximo no radier estaqueado x Espessura do Radier
para L=10,00 m. 76
Figura 5.11 Recalque Máximo no radier estaqueado x Espessura do Radier
para L=12,00 m. 76
Figura 5.12 Recalque Máximo no radier estaqueado x Comprimento das
Estacas. 77
Figura 5.13 Recalque Diferencial no radier estaqueado x Comprimento de
estacas 79
Figura 5.14 Recalque Diferencial no radier estaqueado x Diâmetro de estacas
e espessura do radier=0,50 m 80
Figura 5.15 Recalque Diferencial no radier estaqueado x Diâmetro de estacas
e espessura do radier=1,00 m 81
Figura 5.16 Recalque Diferencial no radier estaqueado x Relação (S/d) e
comprimento de estacas 82
Figura 5.17 Carga total nas estacas do radier estaqueado x Espessura do
Radier para L=5,00m. 84
Figura 5.18 Carga total nas estacas do radier estaqueado x Espessura do
Radier para L=10,00m. 85
Figura 5.19 Carga total nas estacas do radier estaqueado x Espessura do
Radier para L=12,00m. 85
Figura 5.20 Carga total nas estacas do radier estaqueado x Comprimento de
Estacas. 86
Figura 5.21 Distorção angular no radier estaqueado x Comprimento de
estacas 88
Figura 5.22 Distorção angular no radier estaqueado x diâmetro de estacas,
espessura do radier=0,50 m. 89
xv
Figura 5.23 Distorção angular no radier estaqueado x diâmetro de estacas,
espessura do radier=1,00 m. 90
Figura 5.24 Distorção angular no radier estaqueado x Relação (S/d) com
comprimento de estacas. 91
Figura 5.25 Carga de ruptura em radier isolado. 92
Figura 5.26 Carga de ruptura em estaca isolada, diâmetro=0,3 m. 93
Figura 5.27 Carga de ruptura em estaca isolada, diâmetro=0,5 m. 94
Figura 5.28 Recalque máximo no centro do radier estaqueado. 97
Figura 5.29 Distorção angular no radier estaqueado. 97
Figura 5.30 Fator de segurança parcial do grupo de estacas. 98
Figura 5.31 Fator de segurança global do radier estaqueado. 99
Figura 5.32 Gráfico recalque máximo / recalque admissível x relação S/d. 100
Figura 5.33 Gráfico distorção angular admissível / distorção angular atuante
x relação S/d. 101
Figura 5.34 Gráfico carga atuante / carga do grupo de estacas x relação S/d. 101
.
xvi
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 Estados de compacidade e de consistência (NBR 6484) 6
Tabela 2.2 Peso específico em solos arenosos segundo Godoy, 1972 (citado
em Constancio, 2010). 6
Tabela 2.3 Valores de E em função de NSPT (Décourt, 1995). 7
Tabela 2.4 Coeficiente de Poisson (Teixeira & Godoy, 1996). 7
Tabela 2.5 Propriedades mecânicas do Aço (NBR 8800). 8
Tabela 2.6 Modelos Constitutivos César LCPC (Fonte: Boletim LCPC 256-257,
2005). 14
Tabela 3.1 Valores de N obtidos dos ensaios SPT. (Soares, 2011) 28
Tabela 3.2 Parâmetros mecânicos do concreto (Soares, 2011). 31
Tabela 3.3 Agrupação preliminar para obtenção de parâmetros geotécnicos
iniciais. 34
Tabela 3.4 Parâmetros Geotécnicos obtidos por Correlação 35
Tabela 3.5 Esforços aplicados nas provas de carga (Modificado Soares,
2011). 38
Tabela 3.6 Propriedades mecânicas e geotécnicas iniciais dos materiais 40
Tabela 3.7 Características da Malha para retroanálise 41
Tabela 3.8 Discretização da malha para retroanálise 41
Tabela 3.9 Densidade da malha utilizada na retroanálise 43
Tabela 4.1 Parâmetros de Tensões iniciais 52
Tabela 4.2 Valores do módulo de deformabilidade 54
Tabela 4.3 Valores do ângulo de atrito interno 55
Tabela 4.4 Simulação numérica de Grupo de estacas. 55
Tabela 4.5 Simulação numérica de Radier com estacas e Bloco isolado. 55
Tabela 4.6 Ajuste dos valores do ângulo de atrito interno 59
Tabela 4.7 Propriedades mecânicas e geotécnicas finais dos materiais 59
Tabela 4.8 Comparativa de parâmetros geotécnicos 63
Tabela 5.1 Configurações de estacas para análise paramétrica 67
Tabela 5.2 Características da Malha para análise paramétrica 68
Tabela 5.3 Discretização da malha para análise paramétrica 68
Tabela 5.4 Densidade da malha utilizada nas análises paramétricas 71
xvii
Tabela 5.5 Recalque Máximo do radier estaqueado segundo arranjo das 75
estacas
Tabela 5.6 Recalque Diferencial x Relação de espaçamento no radier
estaqueado. 78
Tabela 5.7 Percentagem de carga total nas estacas do radier estaqueado. 84
Tabela 5.8 Distorção angular no radier estaqueado x relação de espaçamento 87
Tabela 5.9 Carga e Recalque em Radier e Estacas isoladas 92
Tabela 5.10 Cargas de ruptura de elementos estruturais 95
Tabela 5.11 Quadro comparativo de resultados e fatores de segurança 96
Tabela 5.12 Configurações de radier estaqueado admissíveis. 99
Tabela 5.13 Recalque obtido para Qatuante = 28000 kN. 102
Tabela 5.14 Distorção angular obtido para Qatuante = 28000 kN. 102
Tabela 5.15 Carga no grupo de estacas para Qatuante = 28000 kN 102
Tabela 5.16 Pré-dimensionamento do número de estacas para Qatuante =
28000 kN 103
Tabela 5.17 Pré-dimensionamento do radier Isolado e fator de segurança do
radier estaqueado para Qatuante = 28000 kN. 103
xviii
LISTA DE SÍMBOLOS
B Largura do radier m
CN Fator de correção pelo efeito do nível de tensões
D, d Diâmetro das estacas
E Módulo de deformabilidade kPa
Ep Módulo de deformabilidade da estaca kPa
Er Módulo de deformabilidade do radier kPa
Es Módulo de deformabilidade do solo kPa
h Profundidade m
K Coeficiente de reação vertical
L Comprimento da estaca m
N Número de golpes SPT
N60 Número de golpes SPT padrão americano
NA Profundidade do nível d'água
Q Carga axial aplicada kN
S/d Relação Distância/Diâmetro entre estacas
Szz Tensão de compressão na direção z kN/m2
t Espessura m
U3 Componente do deslocamento na direção z mm
ⱱ Coeficiente de Poisson
ⱱp Coeficiente de Poisson da estaca
ⱱr Coeficiente de Poisson do radier
ⱱs Coeficiente de Poisson do solo
β Distorção angular
δ Recalque diferencial mm
ε Deformação linear mm
μ Média aritmética
ρ Recalque mm
σ Tensão normal total kPa
σ Desvio Padrão
σ1, σ2, σ3 Tensões principais kPa
σoct Tensão normal octaédrica kPa
σx, σy, σz Tensões normais em coord. retangulares kPa
τ Tensão cisalhante kPa
φ Ângulo de atrito interno do solo °
ψ Ângulo de dilatância °
Ϫ Peso específico kN/m3
xix
CAPITULO 1. INTRODUÇÃO
2
1.1. OBJETIVO
GERAL
ESPECÍFICOS
3
No Capítulo 5, mostram-se as análises paramétricas do radier estaqueado para
diversas configurações que inclui a espessura do radier, número, diâmetro,
espaçamento e comprimento das estacas embutidos no solo.
4
CAPITULO 2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Neste capítulo, será apresentada uma breve revisão das abordagens, formulações,
equações e dos conceitos e definições básicas que englobam este estudo. São vistas
as correlações com os ensaios SPT, propriedades mecânicas do aço e concreto,
considerações gerais sobre modelos elástico-plásticos, modelagem numérica,
modelos constitutivos, ajuste estatístico dos dados e recalques admissíveis.
/60 (2.1)
Décourt et. al., 1989 (citado por Décourt et. al., 1998), indica que a eficiência do SPT
brasileiro, executado de acordo com a Norma Brasileira NBR 6484, é em média de
72%, e para a correção pelo efeito do nível de tensões, os valores de N60, devem ser
corregidos pela expressão:
´ ,
e (2.2)
´
Onde:
(σ´oct)1 = Tensão octaédrica para uma areia normalmente adensada sobre pressão
vertical efetiva (σ´vo) de 100 kPa.
σ´oct = Tensão octaédrica ao nível onde o SPT está sendo executado.
De acordo com o critério de Stroud, 1988 (citado por Décourt et. al., 1998), para
estabelecer correlações podem ocorrer duas situações:
5
a) N deve ser corrigido para estimar a densidade relativa (Dr) e para a avaliação do
ângulo de atrito.
b) Valores não corrigidos de N para estimar seu módulo de deformabilidade (E) e
seu módulo de cisalhamento (G).
A Norma de sondagem com SPT (NBR 6484) fornece a tabela 2.1, com a classificação
do solo de acordo a sua compacidade ou consistência.
Pode-se adotar o peso específico efetivo do solo a partir dos valores aproximados da
Tabela 2.2, em função da compacidade da areia.
Tabela 2.2 Peso específico em solos arenosos segundo Godoy, 1972 (citado em
Constancio, 2010).
N Consistência Peso específico (kN/m3)
(Golpes) Areia seca Úmida Saturada
<5 Fofa (o) 16 18 19
5–8 Pouca compacta (o)
9 – 18 Medianamente compacta (o) 17 19 20
19 – 40 Compacta (o)
>40 Muito compacta (o) 18 20 21
6
2.1.3. MÓDULO DE DEFORMABILIDADE
Décourt, 1995 (citado por Décourt et. al., 1998), apresenta correlação para sapatas
quadradas rígidas com recalque da ordem de 1% do seu lado:
Para o coeficiente de Poisson (ν) podem ser usados os valores da Tabela 2.4,
apresentados por Teixeira & Godoy, 1996 (citado por Miná, 2005):
O ângulo de atrito interno em areias densas está no intervalo de 300 – 450 (Escobar
et. al., 2002). O Estudo Comparativo do Comportamento Mecânico de Duas Areias
de Osório –RS (Marcon, 2005), verificou que o ângulo de atrito interno em areias
densas inundadas está no intervalo de 32,4º – 44, 7º.
Vários autores apresentam formulações para avaliar o ângulo de atrito via resultados
SPT (Miranda, 2006), sendo que o valor de Dunhan (1951), ajustou-se aos intervalos
descritos acima e aplicadas ao valor de N1.
Dunham (1951):
,
∅ 12 25 (2.3)
7
2.1.6. MÓDULO DE DILATÂNCIA
1,25 (2.4)
Bolton (1986) indica que para areias de quartzo, a dilatância pode ser aproximada
pelas expressões:
∅ 30 30 ; 0 30 (2.5)
2.2.1. AÇO
A Norma Brasileira ABNT NBR 8800 de Abril 1986: Projeto e Execução de Estruturas
de Aço em Edifícios (Métodos dos Estados Limites), na página 13, indicam adotar as
propriedades mecânicas do aço, como mostrado na Tabela 2.5.
2.2.2. CONCRETO
A Norma Brasileira ABNT NBR 6118 de Março 2004: Projeto de estruturas de concreto
– Procedimento, na página 24, diz que o Coeficiente de Poisson do concreto pode ser
tomado como igual a ⱱ = 0,20.
8
2.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE MODELOS ELASTO–PLÁSTICOS
A relação linear entre tensão e deformação é o mais simples que pode ser proposta,
o que implica uma constante de proporcionalidade entre o incremento da tensão geral
e incrementos de deformação.
Através da figura (2.1), percebe-se que podem ocorrer relações elásticas lineares e
não lineares entre tensão e deformação, mas devemos considerar também que muitos
estados de deformação podem corresponder a um único estado de tensão ou que
muitos estados de tensões correspondem a um único estado de deformação.
Figura 2.1 Relações tensão - deformação: (a) linear (b) não linear (Desai &
Cristhian, 1977, citado por Thomé, 2009).
9
2.3.2. TEORIA DA PLASTICIDADE
Caso o limite elástico seja ultrapassado o material entra no regime plástico, e após a
remoção das cargas aplicadas o corpo ficará permanentemente deformado, com
características mecânicas e geométricas dependentes das trajetórias e valores das
deformações a que esteve sujeito. O comportamento plástico é assim caracterizado
por uma deformação irreversível, obtida depois de atingido um determinado nível de
tensão. Deformação plástica é quando a tensão não é mais proporcional à deformação
ocorrendo então uma deformação não recuperável e permanente. Para caracterizar o
comportamento do material na fase plástica é necessário definir:
10
valor do parâmetro k (equação 3.3). O fenômeno oposto, isto é da diminuição da
resistência do material com o fluxo plástico, denomina-se amolecimento (“softening”)
Condição de Consistência, que permite definir os incrementos dos potenciais
plásticos e da deformação plástica, para que não se viole a condição de cedência e a
lei de endurecimento.
Condições de Complementaridade, as quais permitem relacionar a evolução do
campo estático e do campo cinemático plástico (no enrijecimento cinemático
preservam-se o tamanho, forma e orientação, mas a superfície de plastificação muda
de posição no espaço das tensões).
11
eles são bastante úteis para compreensão e elaboração de modelos constitutivos mais
sofisticados.
12
2.4.2.1. MODELO DE MOHR-COULOMB
13
2.4.3. PROGRAMA CESAR LCPC
O programa CESAR LCPC foi desenvolvido pelo Laboratoire Central des Ponts et
Chaussées (LCPC), de Nantes em França, é um programa de cálculo com base no
Método dos Elementos Finitos, e com suas próprias características de pré e pós-
processamento. A solução de sua arquitetura modular permite também acomodar
módulos com base no Método dos Elementos Finitos de Contorno. Este programa é
particularmente adequado para resolver os problemas de engenharia e médio
ambiente: Estradas e pavimentos, estruturas de Engenharia Civil, Engenharia
Geotécnica e Riscos Naturais, projetos urbanos, túneis, mecânica dos solos e rochas,
térmica, hídrica, etc. Contém múltiplos modelos constitutivos (Tabela 2.6).
Tabela 2.6 Modelos Constitutivos César LCPC (Fonte: Boletim LCPC 256-257, 2005).
Modelos constitutivos em Mecânica Materiais Padrão
Elasticidade:
Linear isotrópico
Linear ortotrópica
Com dilatância isotrópica
Elasticidade-plasticidade, critério com:
Mohr-Coulomb (com ou sem deformação por Areias, argilas, rochas.
endurecimento, com ou sem elasticidade ortotrópica).
Tresca Argilas
Von Mises (com ou sem deformação por endurecimento) Metais
Drucker-Prager (com ou sem deformação por
endurecimento) Areias, argilas, rochas.
Parabólico
Vermeer Concreto
Nova Areias
Cam-Clay modificado Areias
Prévost-Hoeg Argilas
Orientado Rochas
Mélanie Média estratificada
William - Warnke (Dois modelos constitutivos) Argilas
Hoek-Brown Concreto
Rochas
Outros:
Início da cura do concreto Concreto
14
2.5. MODELAGEM NUMÉRICA
A qualidade dos resultados da modelação numérica só pode ser tão boa quanto
à qualidade da aproximação numérica. A partir do momento em que as
quantidades importantes tendem a mudar muito rapidamente com a posição ou
com o tempo, então é necessário, aumentar a densidade da discretização da
malha utilizada na modelação numérica, a fim de ser capaz de seguir as
alterações, ou mais para incorporar dentro da descrição numérica algumas
interpolações matemáticas que são capazes de acompanhar a variação real
entre pontos discretos de modelagem. De fato a velocidade e os custos de
modelagem numérica se incrementam enquanto à densidade dos pontos de
modelagem aumentam. Em geral, deve primeiramente ser verificada que um
procedimento que é desenvolvido para resolver numericamente o problema é de
fato capaz de dar resultados corretos quando aplicado a uma situação para a
qual uma resposta exata seja conhecida. Pode-se então aplicar com maior
confiança ao problema da nossa pesquisa (Wood, 2004).
No presente trabalho para as modelagens foi utilizado o Método dos Elementos Finitos
(MEF 3D), utilizando o programa CESAR-LCPC v4 (Cleo 3D versão 1.07). Na Figura
2.4 são mostrados os diversos tipos de comportamento tensão-deformação.
15
Figura 2.4 Tipos de comportamento tensão x deformação: (a) linear elástico; (b) não
linear elástico; (c) não elástico ou plástico; (d) rígido perfeitamente plástico; (e)
elástico-plástico: (1) perfeitamente plástico; (2) enrijecimento; (3) amolecimento.
(Fonte: Desai & Cristhian, 1977, citado por Thomé, 2009).
Para a modelagem numérica é preciso definir cada um dos 04 fatores envolvidos neste
processo: geometria; materiais; cargas e condições de apoio, contorno ou fronteiras.
16
- Os limites verticais do modelo devem ser definidos, pelo menos, duas vezes o
comprimento (L) da estaca.
- Os limites horizontais do modelo devem ser definidos, pelo menos, duas vezes o
comprimento (L) e em cada lado da estaca.
- O contato entre dois materiais ou elementos deve ser simulado usando elementos
de interface.
4L
2L
- Os limites verticais do modelo devem ser definidos, pelo menos, duas vezes e meia
a largura (B) do radier.
- Os limites horizontais do modelo devem ser definidos, pelo menos, três vezes a
largura (B) do radier.
3B
2,5B
17
2.5.1.3. MODELAGEM GEOMÉTRICA DO RADIER ESTAQUEADO.
Sosa (2010) indica, que as dimensões horizontais do modelo radier estaqueado são
três vezes a largura (B) do radier e a profundidade três vezes o comprimento das
estacas.
3B
3L
2.5.2.1. SOLO
18
2.5.2.2. CONCRETO.
2.5.2.3. INTERFACE.
Sosa (2010) indica que o parâmetro da interface tem uma influência marcada apenas
ao utilizar os modelos de solo com endurecimento.
Estas devem ser definidas de tal forma que as restrições não causem qualquer
influência sobre o comportamento da tensão-deformação do fenômeno estudado.
19
Existem várias fontes de incerteza nos parâmetros geotécnicos das camadas do solo,
como a heterogeneidade natural, a limitação de dados e os erros das medidas (erros
nas provas de carga e na modelagem). Nestes casos, para definir ditos valores,
ajustes estatísticos são necessários, pois um mesmo parâmetro geotécnico resulta
em diferentes valores.
(2.7)
Figura 2.8 Função de densidade para a distribuição normal padrão. Fonte: IGM, PUC
Goiás, 2010.
20
2.7. RECALQUES
O recalque, designado por δ, é o fenômeno que ocorre quando uma edificação sofre
um rebaixamento devido ao assentamento do solo sob sua fundação. O recalque é a
principal causa de trincas e rachaduras em edificações, principalmente quando ocorre
o recalque diferencial, ou seja, uma parte da obra rebaixa mais que outra gerando
esforços estruturais não previstos e podendo até levar a obra à ruína.
Segundo Velloso & Lopes (2004), para sapatas em areias, recomenda-se adotar
um recalque absoluto limite de 25 mm. Para fundações em radier, esse valor
pode ser elevado para 50 mm. Skempton e MacDonald (1956) sugerem 40 mm
para sapatas isoladas e 40 a 65 mm para radier, partindo da fixação de um β
limite igual a 1/500.
21
2.8. FATOR DE SEGURANÇA
A Norma Brasileira NBR 6122 (ABNT, 2010) estabelece o critério de controle para o
fator de segurança admissível, a qual é o fator de segurança global (FSPR > 2,0).
(2.9)
(2.10)
Onde:
FSPR, FSR, FSP Fator de segurança do radier estaqueado, radier isolado e grupo de
estacas respectivamente.
QPR, QR, QP Cargas últimas do radier estaqueado, radier isolado e grupo de
estacas respectivamente.
Q Carga atuante.
22
Os métodos de análises utilizam abordagens simplificadas, entre elas a Teoria da
elasticidade, teoria da plasticidade e ferramentas mais complexas através de
modelagem numéricas com softwares específicos e fazendo uso de modelos
constitutivos.
Ajustes estatísticos, por meio da distribuição normal, serão necessários para definir
valores dispersos que possam ser encontrados no transcurso da pesquisa.
Foi definido o recalque total limite em areias, onde Skempton e MacDonald (1956)
sugerem 40 mm e uma distorção angular limite igual a 1/500.
23
CAPITULO 3. LOCAL DE ESTUDO, MATERIAIS E MÉTODOS.
Este capítulo apresenta a localização e uma breve descrição do estudo experimental
e os resultados obtidos nas provas de carga realizada por SOARES (2011).
Oceano Atlântico
Figura 3.1 Vista aérea do local da pesquisa, João Pessoa / PB, (Soares, 2011).
24
As investigações geotécnicas consistiram de sondagens SPT. Na Figura 3.2,
apresenta-se a vista em planta da área de teste e dos furos de sondagens.
Figura 3.2 Vista em planta da área de teste e dos furos de sondagens SPT. (Fonte:
Soares, 2011).
Foram executadas catorze estacas testes do tipo Hollow Auger (estacas de concreto
moldadas “in situ”) com 0,30 m de diâmetro e 4,5 m de comprimento. As estacas foram
divididas em dois tipos de fundação: grupo de estacas e radier estaqueado. O
posicionamento das estacas no campo de testes é mostrado na Figura 3.4.
25
26
Figura 3.3 Perfil geológico-geotécnico obtido através das sondagens SPT. Fonte: SOARES (2011).
Figura 3.4 Locação das estacas Hollow Auger no Campo de Testes (Soares, 2011).
27
Tabela 3.1 Valores de N obtidos dos ensaios SPT. (Soares, 2011)
Profundidade (m) SP 01 SP 02 SP 03 SP 04
0 0 0 0 0
1 13 14 12 11
2 7 8 7 5
3 6 7 11 7
4 5 14 12 8
5 32 33 30 28
6 45 42 37 41
7 25 16 20 23
8 14 12 12 14
9 9 9 6 4
10 5 5 5 3
11 2 3 4 2
12 16 9 3 9
13 9 14 15 11
14 10 15 18 16
15 15 10 19 17
16 19 16 19 18
17 10 16 16 16
18 15 14 18 20
19 25 30 19 19
20 27 24 13 12
21 20 18 14 11
22 17 14 16 14
23 14 13 13 11
24 12 11 11 10
25 12 9 12 13
26 6 7 12
27 10
NA. (Julho 2011) 1,69 1,75
NA. (Abril 2008) 2,35 2,30
Realizaram-se sete ensaios (Figura 3.5.), de provas de carga estáticas lentas (cujos
dados apresentam-se no Anexo A), em condições saturadas (profundidade média do
lençol freático a 1,72 m.), sendo três nos modelos em grupo de estacas, três nos radier
estaqueados e uma prova de carga direta segundo o seguinte:
(a) (b)
(c) (d)
Figura 3.5 Provas de carga feita por Soares (2011): a) Grupo/radier uma estaca, b)
Grupo/radier duas estacas, c) Grupo/radier quatro estacas, e d) Bloco isolado.
- As provas de carga direta e nas estacas foram realizadas conforme NBR 6489
(Prova de carga direta sobre terreno de fundação) e NBR 12131 (Estacas–Prova
de Carga Estática) respectivamente. Os carregamentos à compressão foram do
tipo “lento” e aplicado, em estágios sucessivos.
- Construiu-se um bloco único, pré-moldado de concreto armado, para atuar como
elemento rígido de transmissão de carga aos modelos de fundação. O modo de
apoio do bloco, apenas nas estacas ou nas estacas e no solo, caracteriza o tipo de
fundação, seja em grupo de estacas ou em radier estaqueado respectivamente.
- Nos modelos em grupo de estacas escavou-se o solo 5,0 cm abaixo da cota de
arrasamento e apoiou-se o bloco pré-moldado no topo das estacas. Nas fundações
29
em radier estaqueado, escavou-se até o nível de arrasamento das estacas
permitindo o contato do bloco com o solo (concreto de regularização magro). O
fundo do bloco pré-moldado encontra-se na profundidade de 0,50 m, na camada
superficial de areia. A cota de ponta das estacas localiza-se na profundidade de 5,0
m, em uma camada de areia média, pouco siltosa de compacidade compacta a
muito compacta.
- O carregamento, nos ensaios, foi aplicado diretamente sobre o bloco pré-moldado.
Este serviu de elemento rígido para a transferência de carga às estacas (nas
fundações em grupo de estacas) e às estacas e solo (nas fundações em radier
estaqueado). Aplicaram-se as cargas através de macaco hidráulico cilíndrico com
curso máximo de 0,15 m. Sua capacidade é de 5000 kN e acionado por bomba
manual. Mediu-se a carga total aplicada com a célula de 4000 kN, instalada no topo
do bloco. A carga nas estacas foi medida com as células de 1000 kN, instaladas
abaixo do bloco, no topo das estacas. A carga no topo da estaca instrumentada foi
medida pela célula de 1000 kN e pelo sensor de deformação. Nos ensaios com
radier estaqueado determinou-se a carga no solo pela subtração do valor da carga
total pela carga das estacas.
30
SOARES (2011) encontrou os seguintes parâmetros mecânicos do concreto:
Nas Figuras 3.6, 3.7 e 3.8 apresentam-se as curvas carga x recalque das provas de
carga feitas por SOARES (2011).
Figura 3.6 Curvas carga x recalque Grupo Uma Estaca, Bloco Isolado e Radier Uma
Estaca (Modificado, Soares, 2011).
Na Figura 3.6 pode ver-se um ganho mínimo do desempenho entre o Radier uma
estaca e o Bloco isolado e um comportamento quase elástico face a curva do Grupo
uma estaca.
31
Figura 3.7 Curvas carga x recalque Grupo Duas Estacas e Radier Duas Estacas
(Modificado, Soares, 2011).
Figura 3.8 Curvas carga x recalque Grupo Quatro Estacas e Radier Quatro Estacas
(Modificado, Soares, 2011).
32
3.2. PARÂMETROS GEOTÉCNICOS INICIAIS
O solo foi dividido em cinco camadas e cujo agrupamento foi feito considerando a
proximidade dos valores da média do NSPT. Foram usadas as seguintes formulações:
Por limitações nos estudos dos parâmetros geotécnicos no depósito arenoso, para
obter a dilatância, assumiremos que o solo arenoso das camadas contém quartzo e
adotaremos a formulação de Bolton (1986) como indicado na equação 2.5.
O valor proposto para o módulo de deformabilidade, para as areias, por Décourt (1995)
foi estabelecido para sapatas quadradas e neste trabalho será utilizado inicialmente
para retroanalizar o módulo de deformabilidade da prova de carga direta no bloco
isolado do estudo experimental de Soares (2011). Na tabela 3.4 apresentam-se o
resumo dos Parâmetros Geotécnicos iniciais, assim obtidos.
33
Tabela 3.3 Agrupação preliminar para obtenção de parâmetros geotécnicos iniciais
Godoy
Média SPT Décourt (2)
(1) Dunhan (3) Décourt(4) Godoy(5)
Ϫ
Prof.(m) NSPT (kN/m3) N60(72%) CN (N1)60 Φ E (MPa) v
1 12,50 17 15,00 2,43
Solo 1 12,50 17 15,00 2,43 36,4 45,9 43,750 0,30
2 6,75 19 8,10 1,62
3 7,75 19 9,30 1,32
4 9,75 19 11,70 1,15
Solo 2 8,08 19 9,70 1,36 13,2 37,6 28,292 0,30
5 30,75 21 36,90 0,98
6 41,25 21 49,50 0,89
7 21,00 21 25,20 0,82
Solo 3 31,00 21 37,20 0,90 33,4 45,0 108,500 0,30
8 13,00 20 15,60 0,79
9 7,00 20 8,40 0,75
10 4,50 20 5,40 0,71
11 2,75 20 3,30 0,67
12 9,25 20 11,10 0,65
13 12,25 20 14,70 0,62
14 14,75 20 17,70 0,60
Solo 4 9,07 20 10,89 0,68 7,4 34,4 31,750 0,30
15 15,25 20 18,30 0,58
16 18,00 20 21,60 0,56
17 14,50 20 17,40 0,54
18 16,75 20 20,10 0,53
19 23,25 20 27,90 0,51
20 19,00 20 22,80 0,50
21 15,75 20 18,90 0,49
22 15,25 20 18,30 0,48
23 12,75 20 15,30 0,47
24 11,00 20 13,20 0,46
25 11,50 20 13,80 0,45
26 8,33 20 10,00 0,44
27 10,00 20 12,00 0,43
Solo 5 14,72 20 17,66 0,49 8,7 35,2 51,513 0,30
N.A (Julho 2011) 1,72
N.A (Abril 2008) 2,33
(1) Citado em Constancio, 2010. (2) e (4) Citado em Décourt et. al., 1998
(3) Citado em Miranda, 2006. (5) Citado em Miná, 2005.
34
Tabela 3.4 Parâmetros Geotécnicos obtidos por Correlação
Ϫ E
Camada Prof. (m) Φ ψ ν
kN/m3 MPa
Solo 1 0 1 17 45,9 15,9 43,750 0,3
Solo 2 1 4 19 37,6 7,6 28,292 0,3
Solo 3 4 7 21 45,0 15,0 108,500 0,3
Solo 4 7 14 20 34,4 4,4 31,750 0,3
Solo 5 14 27 20 35,2 5,2 51,513 0,3
As dimensões gerais dos modelos foi estabelecida com base nos critérios da seção
2.5.1, e modificados para garantir que as restrições não tenham influencia no
comportamento do objeto em estudo. Com a finalidade de obter uma melhor acurácia
da retroanálise se optou por uniformizar a geometria dos modelos nas estacas, radier
e radier estaqueado, adotando-se a seguinte situação: Na largura duas vezes o
comprimento da estaca e na profundidade três vezes o comprimento da estaca,
segundo mostrado nas Figuras 3.9 ao 3.10.
35
Figura 3.10 Geometria em planta para retroanálise.
Em forma numérica a configuração adotada em perfil, dos modelos nas estacas, radier
e radier estaqueado, segundo as camadas já determinadas, é como a mostrada na
Figura 3.11.
36
A Figura 3.12, mostra as delimitações das camadas do solo por tipo de material.
3.3.2.1. SOLO
Como indicado na seção 2.5.1 há múltiplos modelos constitutivos que podem ser
adotados para modelar o comportamento do solo. Por fornecer bons resultados do
comportamento ao cisalhamento dos solos e ser amplamente utilizado na análise
geotécnica no presente trabalho adotaremos o modelo constitutivo elástico-plástico
de Mohr-Coulomb (a direção do plano de fratura nem sempre coincide com os
resultados experimentais. O critério sobrevaloriza a resistência à tração.)
3.3.2.2. CONCRETO.
37
selecionar-se nos resultados em opções de escala o tipo de gráfico “Norm of plastic
strain”.
Tabela 3.5 Esforços aplicados nas provas de carga (Modificado Soares, 2011).
Carga Área Esforço Máximo Recalque
Casos Máxima Macaco sob Macaco Máximo
2
kN m kN/m2 mm
Bloco Isolado 1.200 59.683 16,17
Radier Uma Estaca 1.200 59.683 15,71
Radier Duas Estacas 2.392 118.968 42,70
Radier Quatro
0,0201
Estacas 3.220 160.150 49,05
Grupo Uma Estaca 560 27.852 84,08
Grupo Duas Estacas 1.214 60.379 47,35
Grupo Quatro Estacas 2.400 119.366 60,44
38
r=0,08m
Figura 3.13 Esquema de medição de carga nas provas de carga (Soares, 2011).
39
indicados (Ϫ, E) da Tabela 2.5 serão incrementados em 2% como mostrado na Tabela
3.6. O Peso especifico e módulo de deformabilidade do concreto foram obtidos do
estudo experimental realizado por Soares (2011).
40
3.3.6. DISCRETIZAÇÃO DA MALHA DE ELEMENTOS FINITOS
41
Como o indicado por Wood (2004) em que a velocidade e os custos de modelagem
se incrementam enquanto a densidade da malha aumenta, no presente trabalho, com
a finalidade de otimizar o tempo de processamento da retroanálise, as modelagens
serão feitas, em média, com uma densidade de malha de 10.000 nós com função
quadrática, e que apresenta um aceitável desempenho, como mostrados nas Figuras
3.15 e 3.16.
42
A seguir, o resumo da densidade da malha utilizada. O tempo de processamento
determinou-se logo da retroanálise.
43
Figura 3.17 Curvas Carga/Recalque, Radier com Duas estacas.
44
3.4.1. CONFIGURAÇÃO DO PROGRAMA
- Executar CLEO3D.
- Defina o idioma no Menu Preferências, neste caso o Inglês.
- Defina as unidades no Menu em Preferences> Units.
- Na janela, selecione a opção General / Lenght e selecione a unidade m na caixa
de diálogo na parte inferior esquerda.
- Na janela, selecione a opção Mechanical / Force e selecione a unidade de kN na
caixa de diálogo na parte inferior esquerda.
- Na janela, selecione a opção Mechanical / Displacement e selecione a unidade
mm.
- Clique em Validate para fechar.
- Define a malha.
SUPERFÍCIE
GERAÇÃO DA MALHA
45
método mais fácil de obter uma malha 3D, o que gera um elevado número de
elementos em áreas onde não é necessária esta densidade.
DENSIDADE DA MALHA
O refinamento da malha é importante nas proximidades das áreas onde o alto nível
de tensões é esperado. Isto levará a resultados mais precisos. Aplicar uma densidade
adequado para a análise, irá conduzir a tempos de computação razoáveis. Usaremos
a definição de densidade progressiva para gerar uma evolução progressiva do
tamanho de pequenos segmentos em áreas de tensões altas (perto das estacas) e de
grandes segmentos nas bordas ou contorno.
MALHADO
DEFINIÇÃO DE GRUPOS
Agora que todas as nossas elementos de volume são criados, podemos administrá-
los e agrupá-los por utilização, material, ordem de aparição na análise faseada.
Primeiro de tudo, temos que apagar a malha de superfície, o apoio de nossas
operações de extrusão.
46
3.4.3. CONFIGURAÇÕES DE CÁLCULO
DEFINIÇÃO DO MODELO
PROPRIEDADES DO MATERIAL
- Clique em Properties.
- Clique em Properties assignments.
- Selecione o grupo de elementos para a massa de solo.
- Escolher Mohr-Coulomb sem endurecer como modelo constitutivo e ingressar as
propriedades da massa do solo.
- Clique em Apply.
- Vamos ingressar as propriedades do concreto para o radier e as estacas.
Selecione estes elementos.
- Escolher o modelo constitutivo de elasticidade isotrópica linear e ingressar as
propriedades do concreto.
- Clique em Apply e em Close.
47
CONDIÇÕES DE CONTORNO
CASO DE CARGA
PARÂMETROS DE CÁLCULO:
Nas opções das janelas dessa caixa de ferramentas, podemos definir o algoritmo de
cálculo, o processo de iteração e a intensificação da carga.
48
SOLUÇÃO
As análises numéricas foram feitas usando o programa Cesar LCPC Versão 4 (Cleo3D
Versão 1.07) desenvolvido pelo Laboratoire Central des Ponts et Chaussées (LCPC),
de Nantes em França. Para as análises foi usado o modelo elástico-plástico de Mohr-
Coulomb. No presente trabalho, por limitações nos estudos dos parâmetros
geotécnicos no depósito arenoso, assim como na instrumentação das provas de
carga, a simulação será feita em dois estágios: tensão inicial do solo e aplicação das
cargas (o ideal é simular em mais estágios tendo em consideração também a
perfuração, concretagem e curado das estacas, a colocação do bloco de concreto
armado e a prova de carga).
49
3) Determinação do ângulo de atrito interno do solo. Com o módulo de
deformabilidade obtido anteriormente, e com o valor da força aplicada nas provas
de carga (Tabela 3.5), procedeu-se a simulação dos demais casos, para vários
valores de redução do ângulo de atrito interno, determinando por tentativas os
recalques obtidos nas provas de carga. Foram assim obtidos ângulos de atrito
interno para cada um dos casos (Grupo/Radier uma estaca, Grupo/Radier duas
estaca e Grupo/Radier quatro estacas), que resultaram em valores diferentes.
4) Os dados dos ângulos de atrito interno do solo foram ajustados estatisticamente
por meio da distribuição normal, no intervalo de duas vezes o desvio padrão (±
2σ), que representa cerca do 95% do conjunto, obtendo assim o valor médio do
ângulo de atrito interno.
5) Com as propriedades geotécnicas do solo assim obtidos foram feitas análises
paramétricas do radier estaqueado para diversas configurações que inclui
distintas condições de espessura do radier, número, diâmetro, espaçamento e
comprimento das estacas embutidas no solo.
É apresentada uma breve descrição do trabalho feito por Soares (2011), com
indicação dos furos de sondagens do ensaio SPT e das estacas Hollow Auger,
resultados do valor N obtidos do ensaio SPT, perfil geotécnico do maciço e os sete
ensaios de provas de carga estáticas.
50
CAPITULO 4. RETROANÁLISES DE PROVAS DE CARGA
Dispunham-se dos resultados das provas de carga (Tabela 3.5), dos parâmetros dos
materiais (Tabela 3.6) necessários para a modelagem, e o solo foi dividido em 4
camadas até a profundidade de 14,00 m (Figura 3.12).
A retroanálise das provas de carga tem como objetivo avaliar sua eficiência e
aplicabilidade para que possam ser empregadas na estimativa de parâmetros do solo,
no depósito estudado, especialmente o valor do módulo de deformabilidade e o ângulo
de atrito interno. Para as análises foram usados três computadores com as seguintes
características:
- CPU Intel Core 2 Duo E7500 @2,93 Hz, GRAM 2,00 Gb - 32 Bits. Windows XP
- CPU Intel Core 2 Duo T5550 @1,83 GHz, RAM 4,00 Gb - 32 Bits. Windows 7
Ultimate.
- CPU Intel Core 2 Duo E7500 @2,93-2,40 GHz, RAM 4,00 Gb - 64 Bits. Windows 7
Ultimate.
51
4.1.1. ESTADO DE TENSÃO INICIAL
Estado de tensão inicial do maciço: com o peso específico do solo (Ϫ) e o fator de
redução da densidade (no programa César LCPC, K=0,5 nas direções X e Y). A
geometria, o número de camadas, a malha de elementos finitos e as condições de
contorno do problema foram simuladas neste estágio, para todos os casos analisados
nas provas de carga. Para o nível de referência o topo do bloco, os parâmetros são
apresentados na Tabela 4.1.
52
4.1.2. RETROANÁLISES DO MÓDULO DE DEFORMABILIDADE DO SOLO
53
Na Tabela 4.2 apresentam-se os resultados dos valores do módulo de
deformabilidade, obtida conforme descrito anteriormente.
O fator de 5,58 (em MPa) aplicado a todas as camadas do solo e mostrado na Tabela
4.2 está no intervalo definido pelos autores, 3.5 (Décourt, 1995) e 8,0 (Conde de
Freitas et al, 2012), portanto, conclui-se que o valor encontrado no presente trabalho
é aceitável.
Nas Tabelas 4.4 e 4.5 apresentamos os resultados da simulação numérica dos sete
casos analisados.
54
Tabela 4.3 Valores do ângulo de atrito interno
Grupo de Estacas Radier com Estacas
Isolado
Quatro
Quatro
Tipo
Duas
Duas
Uma
Uma
Solo 1 31,3 32,7 32,1 45,9 37,3 33,4 32,4
Solo 2 25,7 26,8 26,3 37,6 30,5 27,4 26,5
Solo 3 30,7 32,1 31,5 45,0 36,6 32,8 31,8
Solo 4 23,5 24,6 24,1 34,4 28,0 25,1 24,3
Fator 0,683 0,713 0,700 1,00 0,812 0,728 0,706
55
Observando-se as Figuras 4.3 a 4.8 conclui-se que, embora as curvas sejam
razoavelmente próximas, o modelo Mohr-Coulomb (com valores de E e Φ ajustados
na retroanálise) representou bem o comportamento tensão-deformação do solo de
fundação, e forneceu, em média resultados próximos das provas de carga. O critério
adotado no presente trabalho, para a retroanálise, foi determinar os mesmos
recalques obtidos nas provas de carga, embora outro critério fosse uma maior
proximidade das curvas carga-recalque. Porém isso implicaria em um maior módulo
de deformabilidade e menores valores do ângulo de atrito interno.
57
Figura 4.7 Carga/Recalque, Grupo Quatro Estacas, experimental e Mohr-Coulomb.
58
4.2. AJUSTE ESTATÍSTICO DE DADOS
Com os valores do ângulo de atrito interno apresentados na Tabela 4.3 tem-se uma
variabilidade dos dados que precisam definir-se (Figuras 4.9 a 4.12) e podem ser
ajustados à distribuição Normal no intervalo de ±2σ (representando 95% do conjunto
de dados), ficando fora do intervalo os dados do bloco isolado e do radier uma estaca.
Na Tabela 4.6 apresentam-se os valores ajustados do ângulo de atrito interno, a fim
de obter os valores médios.
Na tabela 4.7 apresenta-se o resumo das propriedades finais dos materiais, obtidos
com o procedimento descrito no presente trabalho. Com esses valores poderão ser
feitas simulações futuras para outras condições de carga no depósito estudado. Para
a camada 5 são assumidos os valores da camada 4.
60
Figura 4.11 Histograma e ajuste de curva dos dados Camada 3.
61
4.3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
∗ ∗
e Ф Ф
62
Tabela 4.8 Comparativa de Parâmetros geotécnicos.
63
CAPITULO 5. ANÁLISE PARAMÉTRICA
A geometria em perfil das análises paramétricas é mostrada na Figura 5.1 (por simetria
aos eixos horizontais só é mostrada a quarta parte). A configuração do radier
estaqueado é como segue: o radier tem dimensões de 7,00 x 7,00 m, e espessuras t
= 0,50 m e 1,00 m, submetido a uma carga pontual Q=14.000 kN (proveniente da
configuração da carga). O solo consiste de quatro camadas (junção da quarta e quinta
camada), elástico-plásticas, isotrópicas e heterogêneas de espessura total h = 24 m.
As estacas têm seção transversal circular com diâmetro d = 0,50 m (d1) e 0,30 m (d2)
e valores de comprimento L = 5,00 m, 10,00 m e 12,00 m. A quantidade de estacas é
de 4, 9, 16 e 25. A configuração acima descrita é mostrado na Figura 5.2 e na Tabela
5.1.
64
65
Figura 5.1 Detalhe da geometria da malha da análise paramétrica.
(1) Radier com 25 estacas(a) (2) Radier com 16 estacas(a) (3) Radier com 9 estacas(a)
(4) Radier com 4 estacas(a) (5) Radier com 25 estacas(b) (6) Radier com 16 estacas(b)
66
Tabela 5.1 Configurações de estacas para análise paramétrica.
Estacas Relações
Quant. Diâm. (d) Comp. (L) L/d t/d (0,5) t/d (1,0) S/d
5 10,0
0,50 10 20,0 1,0 2,0 3
12 24,0
25
5 16,7
0,30 10 33,3 1,7 3,3 5
12 40,0
5 10,0
0,50 10 20,0 1,0 2,0 4
12 24,0
16
5 16,7
0,30 10 33,3 1,7 3,3 6,7
12 40,0
5 10,0
0,50 10 20,0 1,0 2,0 6
12 24,0
9
5 16,7
0,30 10 33,3 1,7 3,3 10
12 40,0
5 10,0
0,50 10 20,0 1,0 2,0 8
12 24,0
4
5 16,7
0,30 10 33,3 1,7 3,3 13,3
12 40,0
Onde: t é a espessura do radier. S é o espaçamento entre estacas
As propriedades dos materiais foram definidas na Tabela 4.7. O solo é admitido com
comportamento elástico-plástico, apresentando diferente módulo de deformabilidade
Es, de acordo com a resistência de cada camada, e coeficiente de Poisson ⱱs
constantes em todas estas.
67
5.2.2. MALHA DE ELEMENTOS FINITOS
68
Uma maior densidade de malha inclui em maiores tempos de processamento e custos
computacionais. Da Tabela 5.3, para uma densidade de malha de 28.655 nós (malha
fina, que é a melhor) com função quadrática, obtêm-se uma maior acurácia nos
valores do recalque e da tensão (Figuras 5.3 e 5.4).
69
No presente trabalho, com a finalidade de otimizar o tempo de processamento das
análises, as modelagens serão feitas com uma densidade de malha de 20.000 nós
em média e que apresenta um aceitável desempenho, indicando que configurações
mais simples terão menos nós, enquanto as mais complexas, maior densidade de
malha.
- CPU Intel Core 2 Duo E7500 @2,93 GHz, RAM 2,00 Gb - 32 Bits. Windows XP
- CPU Intel Core 2 Duo T5550 @1,83 GHz, RAM 4,00 Gb - 32 Bits. Windows 7
Ultimate.
- CPU Intel Core 2 Duo E7500 @2,93-2,40 GHz, RAM 4,00 Gb - 64 Bits. Windows 7
Ultimate.
- CPU Intel (R) Core (TM) 4 Quatro i7-3770k @3,50 GHz, RAM 16,00 Gb - 64 Bits.
Windows 7 Ultimate.
70
Tabela 5.4 Densidade da malha utilizada nas análises paramétricas
No Casos Nós Elementos Início Final Total
1 RadierE50 18.030 6.488 0,093 0,132 0,225
2 RadierE100 22.747 8.290 0,084 0,527 0,611
3 Radier25E50D30L5 42.759 15.810 0,482 3,620 4,101
4 Radier25E50D30L10 42.759 15.810 0,479 2,864 3,343
5 Radier25E50D30L12 42.759 15.810 0,476 2,497 2,973
6 Radier25E100D30L5 42.759 15.810 0,480 4,874 5,354
7 Radier25E100D30L10 42.759 15.810 0,477 3,584 4,061
8 Radier25E100D30L12 42.759 15.810 0,498 2,671 3,169
9 Radier25E50D50L5 28.655 10.466 0,139 1,469 1,608
10 Radier25E50D50L10 28.655 10.466 0,139 1,696 1,835
11 Radier25E50D50L12 28.655 10.466 0,139 0,716 0,855
12 Radier25E100D50L5 28.655 10.466 0,140 2,006 2,146
13 Radier25E100D50L10 28.655 10.466 0,138 1,472 1,611
14 Radier25E100D50L12 28.655 10.466 0,136 0,767 0,903
15 Radier16E50D30L5 34.306 12.682 0,270 1,865 2,135
16 Radier16E50D30L10 34.306 12.682 0,274 2,223 2,496
17 Radier16E50D30L12 34.306 12.682 0,271 2,170 2,441
18 Radier16E100D30L5 34.306 12.682 0,722 19,275 19,997
19 Radier16E100D30L10 34.306 12.682 0,767 2,593 3,360
20 Radier16E100D30L12 34.306 12.682 0,784 2,556 3,341
21 Radier16E50D50L5 22.747 8.290 0,279 3,492 3,771
22 Radier16E50D50L10 22.747 8.290 0,081 0,811 0,891
23 Radier16E50D50L12 22.747 8.290 0,195 1,287 1,482
24 Radier16E100D50L5 22.747 8.290 0,082 1,102 1,184
25 Radier16E100D50L10 22.747 8.290 0,182 1,506 1,688
26 Radier16E100D50L12 22.747 8.290 0,081 0,519 0,599
27 Radier9E50D30L5 24.319 8.806 0,277 2,002 2,279
28 Radier9E50D30L10 24.319 8.806 0,271 2,484 2,754
29 Radier9E50D30L12 24.319 8.806 0,253 2,434 2,687
30 Radier9E100D30L5 24.319 8.806 0,254 2,673 2,926
31 Radier9E100D30L10 24.319 8.806 0,261 2,891 3,152
32 Radier9E100D30L12 24.319 8.806 0,253 3,218 3,470
33 Radier9E50D50L5 20.681 7.440 0,214 3,529 3,742
34 Radier9E50D50L10 20.681 7.440 0,238 3,619 3,856
35 Radier9E50D50L12 20.681 7.440 0,218 3,228 3,446
36 Radier9E100D50L5 20.681 7.440 0,218 5,685 5,903
37 Radier9E100D50L10 20.681 7.440 0,224 3,238 3,461
38 Radier9E100D50L12 20.681 7.440 0,236 4,379 4,614
39 Radier4E50D30L5 18.742 6.760 0,117 0,179 0,296
40 Radier4E50D30L10 18.742 6.760 0,116 0,223 0,339
41 Radier4E50D30L12 18.742 6.760 0,116 0,234 0,349
42 Radier4E100D30L5 18.742 6.760 0,125 0,180 0,305
43 Radier4E100D30L10 18.742 6.760 0,116 0,226 0,343
44 Radier4E100D30L12 18.742 6.760 0,104 0,217 0,321
45 Radier4E50D50L5 18.030 6.488 0,112 0,159 0,271
46 Radier4E50D50L10 18.030 6.488 0,094 0,171 0,264
47 Radier4E50D50L12 18.030 6.488 0,119 0,172 0,291
48 Radier4E100D50L5 18.030 6.488 0,105 0,153 0,258
49 Radier4E100D50L10 18.030 6.488 0,104 0,169 0,273
50 Radier4E100D50L12 18.030 6.488 0,105 0,179 0,283
Total Tempo Processamento (horas) 12,134 109,930 122,065
71
(a) malha completa
(b) Detalhe da malha no topo do radier (c) Detalhe da malha na base do radier
72
5.2.3 CONFIGURAÇÃO DA CARGA
Figura 5.6 Curva Carga/Recalque da Modelagem x Van der Veen da estaca isolada.
73
Logo, a carga Q=14.000 kN, é o resultado (aproximado) de multiplicar 80% da carga
última do grupo de estacas (1.100kN pelo número de estacas do sistema de fundação
assumido). O fator 80% foi escolhido por tentativas, procurando que o recalque
máximo, não exceda do admissível, determinado na seção 2.7.2 que para o presente
trabalho é de 40 mm.
74
5.3.1 DISTRIBUIÇÃO DE RECALQUES
A seguir serão mostrados os recalques dos pontos, tomados no nível do terreno (base
do radier), considerando um plano que corta o centro e borda mais distante do radier
estaqueado (Corte XX), conforme mostrado na Figura 5.8.
75
(a) Diâmetro estacas = 0,30 m (b) Diâmetro estacas = 0,50 m
76
As Figuras 5.9 a 5.12 mostram que, com o aumento do grupo de estacas, a espessura
do radier, diâmetro e o comprimento das estacas os recalques máximos são
reduzidos, sendo isto consistente com o encontrado por: Kalpakci e Ozkan (2012),
Khoury (2011), Sosa (2010), Souza (2010), Lorenzo (2009), Rabiei (2009), Cunha et
al (2006), Cunha e Zhang (2006), Poulos et al (2006), Maharaj e Anshuman (2004),
Bacelar (2003), Bezerra e Cunha (2003), Maharaj (2003), Cunha et al (2001), Poulos
(2001), Cooke (1986).
77
O recalque diferencial é obtido pela diferença do recalque no centro e na borda mais
distante do radier estaqueado sendo apresentados na Tabela 5.6 e nas Figuras 5.13
a 5.16.
78
Na figura 5.13 concluiu-se que ao se aumentar o número e comprimento das estacas
há um efeito positivo em termos de redução dos recalques diferenciais do radier
estaqueado, mas esta redução não é proporcional. Por isso, os estudos devem
procurar determinar o número e o comprimento necessário de estacas para se atingir
os recalques desejados.
79
(a) Grupo 25 Estacas (b) Grupo 16 estacas
80
(a) Grupo 25 Estacas (b) Grupo 16 estacas
81
Tal como acontece com o diâmetro, um maior comprimento de estacas também
significa uma redução dos recalques diferenciais no radier estaqueado, como
mostrado na Figura 5.16. Comparando-se a diminuição do recalque diferencial
alcançada do radier de 50 cm e 100 cm de espessura, pode-se ver que a espessura
do radier e o comprimento das estacas influenciam nos valores obtidos.
(c) Comprimento L = 12 m
82
5.3.2. DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS
A carga atuante individualmente no topo de cada uma das estacas para cada caso
analisado foi obtida indiretamente neste estudo, considerando que:
(5.1)
Onde:
é a carga atuante no topo da estaca i;
é a tensão vertical média atuante no topo da estaca i, obtida na saída gráfica
do programa César LCPC;
é a área da seção transversal da estaca.
∑ (5.2)
Logo, a carga transmitida diretamente do radier para o solo de fundação Qr pode ser
estimada como:
(5.3)
A Tabela 5.7 mostra as parcelas do carregamento total suportadas pelas estacas (Qp)
em cada caso analisado nas análises paramétricas e mostra que, aumentando a
espessura do radier, mais carga é absorvida por este elemento estrutural. Observa-
se também que a diminuição desta parte da carga é proporcional à diminuição do
número de estacas em cada uma das configurações (para uma espessura do radier
em particular). Como esperado, quanto menor o número de estacas para uma
espessura específica de configuração do radier, menor será a percentagem da carga
suportada pelas estacas, sendo isto consistente com o encontrado por: Kalpakci e
Ozkan (2012), Khoury (2011), Sosa (2010), Souza (2010), Lorenzo (2009), Rabiei
(2009), Cunha et al (2006), Cunha e Zhang (2006), Poulos et al (2006), Maharaj e
Anshuman (2004), Bacelar (2003), Bezerra e Cunha (2003), Maharaj (2003), Cunha
et al (2001), Poulos (2001), Cooke (1986).
83
Tabela 5.7 Percentagem de carga total nas estacas do radier estaqueado
Comprim. Diâmetro Espessura Carga nas Estacas (%)
Estaca (m) Estaca (m) Radier (m) Grup2x2 Grup3x3 Grup4x4 Grup5x5
5 12,28% 17,62% 40,26% 40,05%
10 0,30 0,50 18,51% 24,37% 53,43% 47,36%
12 21,24% 26,24% 56,85% 47,39%
5 9,92% 13,91% 33,16% 34,76%
10 0,30 1,00 14,85% 20,08% 44,44% 41,46%
12 16,99% 22,32% 47,60% 41,83%
5 20,72% 21,86% 32,59% 54,47%
10 0,50 0,50 29,22% 28,91% 45,05% 55,43%
12 33,88% 30,10% 49,41% 54,36%
5 17,54% 21,23% 42,78% 45,53%
10 0,50 1,00 24,27% 27,98% 51,16% 46,25%
12 27,75% 30,87% 52,29% 46,29%
Figura 5.17 Carga total nas estacas do radier estaqueado x Espessura do Radier
para L=5,00m.
84
Como mostrado nas Figuras 5.17 a 5.20 o número de estacas no radier afetam
diretamente a proporção da carga transmitida diretamente do radier para o solo, sendo
este efeito mais representativo à medida que se aumentam o comprimento das
estacas e a espessura do radier.
Figura 5.18 Carga total nas estacas do radier estaqueado x Espessura do Radier
para L=10,00m.
85
(a) Diâmetro=0,30 m; espessura=0,50 m (b) Diâmetro=0,50 m; espessura=0,50 m
Figura 5.20 Carga total nas estacas do radier estaqueado x Comprimento das
estacas.
86
5.3.3. DISTORÇÕES ANGULARES
(4,95 m) dos pontos considerados (da Figura 5.8: 3,5 3,5 ), e os resultados são
apresentados, como uma fração para serem comparados com o limite estabelecido
na seção 2.7.2 (1/500). Na Tabela 5.8 e nas Figuras 5.21 a 5.24 são apresentadas as
distorções angulares determinadas na análise paramétrica.
Das Figuras 5.21 a 5.24 se pode dizer que, em quase todos os arranjos, para o radier
estaqueado de espessura = 1,00 m, estão reunidas todas as condições limites
estabelecidas para a distorção angular, independentemente do número, comprimento
e diâmetro das estacas. O aumento do comprimento das estacas tem pequena
influência sobre os resultados.
87
(a) Diâmetro=0,30 m; espessura=0,50m (b) Diâmetro=0,50 m; espessura=0,50 m
88
(a) Grupo 25 estacas (b) Grupo 16 estacas
Os resultados mostram que, para todas as configurações das estacas com espessura
do radier de 1,00 m, as distorções angulares excedem às admissíveis já definidos no
presente trabalho (1/500). Já para o sistema de fundações em radier estaqueado com
espessura do radier de 0,50 m, nenhuma das configurações excede o limite
estabelecido.
89
(a) Grupo 25 estacas (b) Grupo 16 estacas
90
(a) Comprimento L = 5 m (b) Comprimento L = 10 m
(c) Comprimento L = 12 m
91
5.4. FATOR DE SEGURANÇA E VALORES ADMISSÍVEIS
92
a) Comprimento=5 m (b) Comprimento=10 m
c) Comprimento=12 m
93
a) Comprimento=5 m (b) Comprimento=10 m
c) Comprimento=12 m
94
O Resumo das cargas de ruptura encontradas são mostrados na Tabela a seguir:
95
Tabela 5.11 Quadro comparativo de resultados e fatores de segurança.
Qatuante Fator Segurança
No Casos δmax δdif β (1/ ) Qrupt
Estacas Radier FSP FS R FSRP
1 RadierE50 (Q=14000) 61,02 39,18 126 45000 - 100,0% 3,2 2,6
2 RadierE100 (Q=14000) 44,49 7,88 628 45000 - 100,0% 3,2 2,6
3 EstacaD30L5 - - - 300 - - - - -
4 EstacaD30L10 - - - 800 - - - - -
5 EstacaD30L12 - - - 1000 - - - - -
6 EstacaD50L5 - - - 850 - - - - -
7 EstacaD50L10 - - - 1100 - - - - -
8 EstacaD50L12 - - - 1350 - - - - -
9 Radier25E50D30L5 47,6 34,6 143 7500 40,1% 60,0% 0,5 3,2 3,0
10 Radier25E50D30L10 40,6 32,2 154 20000 47,4% 52,6% 1,4 3,2 3,7
11 Radier25E50D30L12 35,2 29,1 170 25000 47,4% 52,6% 1,8 3,2 4,0
12 Radier25E100D30L5 33,5 8,6 578 7500 34,8% 65,2% 0,5 3,2 3,0
13 Radier25E100D30L10 25,3 7,3 674 20000 41,5% 58,5% 1,4 3,2 3,7
14 Radier25E100D30L12 20,0 6,5 757 25000 41,8% 58,2% 1,8 3,2 4,0
15 Radier25E50D50L5 41,2 25,9 191 21250 54,5% 45,5% 1,5 3,2 3,8
16 Radier25E50D50L10 33,6 23,1 215 27500 55,4% 44,6% 2,0 3,2 4,1
17 Radier25E50D50L12 27,9 20,4 243 33750 54,4% 45,6% 2,4 3,2 4,5
18 Radier25E100D50L5 31,1 7,2 683 21250 45,5% 54,5% 1,5 3,2 3,8
19 Radier25E100D50L10 23,1 6,1 808 27500 46,3% 53,8% 2,0 3,2 4,1
20 Radier25E100D50L12 17,5 5,4 916 33750 46,3% 53,7% 2,4 3,2 4,5
21 Radier16E50D30L5 51,7 38,2 130 4800 40,3% 59,7% 0,3 3,2 2,8
22 Radier16E50D30L10 45,9 37,2 133 12800 53,4% 46,6% 0,9 3,2 3,3
23 Radier16E50D30L12 41,5 35,0 141 16000 56,9% 43,2% 1,1 3,2 3,5
24 Radier16E100D30L5 35,5 9,2 541 4800 33,2% 66,8% 0,3 3,2 2,8
25 Radier16E100D30L10 28,1 8,3 596 12800 44,4% 55,6% 0,9 3,2 3,3
26 Radier16E100D30L12 23,6 7,7 640 16000 47,6% 52,4% 1,1 3,2 3,5
27 Radier16E50D50L5 43,6 31,3 158 13600 32,6% 67,4% 1,0 3,2 3,3
28 Radier16E50D50L10 39,2 29,8 166 17600 45,1% 55,0% 1,3 3,2 3,6
29 Radier16E50D50L12 34,2 27,4 181 21600 49,4% 50,6% 1,5 3,2 3,8
30 Radier16E100D50L5 32,7 8,0 617 13600 42,8% 57,2% 1,0 3,2 3,3
31 Radier16E100D50L10 24,4 7,0 704 17600 51,2% 48,8% 1,3 3,2 3,6
32 Radier16E100D50L12 19,0 6,3 782 21600 52,3% 47,7% 1,5 3,2 3,8
33 Radier9E50D30L5 54,6 39,7 125 2700 17,6% 82,4% 0,2 3,2 2,7
34 Radier9E50D30L10 50,1 39,4 125 7200 24,4% 75,6% 0,5 3,2 3,0
35 Radier9E50D30L12 46,8 38,3 129 9000 26,2% 73,8% 0,6 3,2 3,1
36 Radier9E100D30L5 37,9 9,5 523 2700 13,9% 86,1% 0,2 3,2 2,7
37 Radier9E100D30L10 31,9 9,0 549 7200 20,1% 79,9% 0,5 3,2 3,0
38 Radier9E100D30L12 28,6 8,7 568 9000 22,3% 77,7% 0,6 3,2 3,1
39 Radier9E50D50L5 50,9 36,1 137 7650 21,9% 78,1% 0,5 3,2 3,0
40 Radier9E50D50L10 45,5 35,7 139 9900 28,9% 71,1% 0,7 3,2 3,1
41 Radier9E50D50L12 41,2 33,9 146 12150 30,1% 69,9% 0,9 3,2 3,3
42 Radier9E100D50L5 35,3 8,5 579 7650 21,2% 78,8% 0,5 3,2 3,0
43 Radier9E100D50L10 28,1 8,1 611 9900 28,0% 72,0% 0,7 3,2 3,1
44 Radier9E100D50L12 23,6 7,7 643 12150 30,9% 69,1% 0,9 3,2 3,3
45 Radier4E50D30L5 58,3 40,2 123 1200 12,3% 87,7% 0,1 3,2 2,6
46 Radier4E50D30L10 55,7 39,9 124 3200 18,5% 81,5% 0,2 3,2 2,8
47 Radier4E50D30L12 53,8 39,6 125 4000 21,2% 78,8% 0,3 3,2 2,8
48 Radier4E100D30L5 41,5 9,9 499 1200 9,9% 90,1% 0,1 3,2 2,6
49 Radier4E100D30L10 38,3 9,2 536 3200 14,9% 85,2% 0,2 3,2 2,8
50 Radier4E100D30L12 36,5 9,1 542 4000 17,0% 83,0% 0,3 3,2 2,8
51 Radier4E50D50L5 56,0 38,2 129 3400 20,7% 79,3% 0,2 3,2 2,8
52 Radier4E50D50L10 52,3 37,7 131 4400 29,2% 70,8% 0,3 3,2 2,8
53 Radier4E50D50L12 49,4 37,2 133 5400 33,9% 66,1% 0,4 3,2 2,9
54 Radier4E100D50L5 39,5 9,1 542 3400 17,5% 82,5% 0,2 3,2 2,8
55 Radier4E100D50L10 35,9 8,9 559 4400 24,3% 75,7% 0,3 3,2 2,8
56 Radier4E100D50L12 33,0 8,6 574 5400 27,8% 72,3% 0,4 3,2 2,9
96
Na Figura 5.28, apresentam-se os recalques máximos no centro do radier segundo
sua configuração e comprimento das estacas, onde se adotou um valor admissível de
40 mm. Pode se concluir que para todas as configurações de radier estaqueado com
espessura de 1,0 m os recalques não atingem o valor limite estabelecido.
97
Na Figura 5.30, apresentam-se o fator de segurança do grupo de estacas (FSP)
segundo sua configuração e comprimento das estacas, onde se adotou um fator de
segurança parcial de 1,0 (fator de segurança do grupo de estacas). Para o caso do
radier com 25 estacas os valores do fator de segurança parcial atingiram o limite
estabelecido, com exceção de aquelas com estacas de diâmetro 0,30 m e
comprimento 5 m. Para o radier com 16 estacas os valores do fator de segurança
parcial atingiram o limite estabelecido, com exceção de aquelas com estacas de
diâmetro 0,30 m e comprimentos de 5 m e 10 m respectivamente. Para todas as
configurações do radier estaqueado com 4 e 9 estacas nota-se que os valores do fator
de segurança parcial estão debaixo do valor limite estabelecido.
98
Figura 5.31 Fator de segurança global do radier estaqueado.
Da Tabela 5.12 pode se concluir que a solução mais econômica (em termos de volume
de concreto) e que cumpre com os recalques, distorções angulares e fatores de
segurança admissíveis é a configuração (6) mostrado na Figura 5.2, correspondendo
a uma fundação em Radier estaqueado com 16 estacas (b), com as seguintes
caraterísticas: espessura do radier = 1,0 m, estacas com diâmetro de 0,30 m e
comprimento de 12 m.
99
5.5. APLICAÇÕES
Baseados nos dados da Tabela 5.12, foram feitas gráficos que são de aplicação
pratica para o pré-dimensionamento da fundação em radier estaqueado, no depósito
estudado, que são mostrados nas Figuras 5.32 a 5.34.
Os gráficos são aplicáveis para radier com espessura de 1,0 m, diâmetro de estacas
de 0,30 m e 0,50 m, e comprimento de estacas de 10 m e 12 m, para o qual os dados
contidos na Tabela 5.10 em junção com os gráficos serão úteis para o pré-
dimensionamento do radier estaqueado para qualquer condição de carga vertical.
100
Figura 5.33 Gráfico distorção angular admissível / distorção angular atuante x
relação S/d.
Figura 5.34 Gráfico carga atuante / carga do grupo de estacas x relação S/d.
101
5.5.1. EXEMPLO PRÁTICO.
A seguir um exemplo prático para a aplicação dos gráficos mostrados nas Figuras
5.32 a 5.34, para o qual precisamos primeiramente conhecer a carga atuante sobre a
fundação, que para o presente exemplo é de 28000 kN (Qatuante), logo dos gráficos
escolhemos a equação da linha a usar (neste caso L/d=20) o qual configura uma
estaca com diâmetro 0,5 m e comprimento 10 m.
Relembrando que o δadm = 40 mm, βadm = 1/500 e com ditos valores pode-se
calcular o recalque máximo (δmax = 0,58x40=23,07), a distorção angular máxima
atuante [βmax atuante = 1/500x0,62 = 1/809]. A carga de ruptura do grupo de estacas,
Qrupt grupo = 28000x1,96 = 55000. Os valores encontrados são mostrados nas
Tabelas 5.13, 5.14 e 5.15.
102
a largura necessária do radier “B” e adotado “Badotado”, a carga de ruptura no radier
“Quradier”, o fator de segurança no radier “FSR” e o fator de segurança global “FSPR”,
como mostrado nas Tabelas 5.16 e 5.17.
- Obter o número de estacas necessárias “n” que possa suportar a carga “Qrupt
grupo” (obtido na Tabela 5.15), para o qual dividimos este valor entre a capacidade
de carga da estaca isolada (Qup) de diâmetro 0,5 m e comprimento 10 m (neste
caso 1100 kN, como mostrado na Tabela 5.10). Então n=Qrupt grupo/Qup
(n=55000/1100=50)
- Definir o número de estacas a adoptar para o projeto “N”, procurando que dito
valor tenha raiz quadrada exata e seja próximo ao valor de “n” calculado
anteriormente (neste caso 49). Isto para distribuir o número de estacas em uma
seção geométrica quadrada com “√N x √N” estacas.
- Calcular o valor de ruptura no grupo de estacas do projeto “Qugrupo”, multiplicando
“N”, pela capacidade de carga da estaca isolada (Qup) de diâmetro 0,5 m e
comprimento 10 m (neste caso 1100 kN, como mostrado na Tabela 5.10).
Qugrupo=49x1100=53900 kN.
- O fator de segurança parcial do grupo de estacas “FSP” é igual a Qugrupo/Qatuante.
FSP=53900/28000=1,9.
103
A Tabela 5.17 foi gerado como segue:
Das Tabelas 5.13 a 5.17 notou-se que os gráficos apresentados nas Figuras 5.32 a
5.34 e a Tabela 5.10 foram de ajuda para o pré-dimensionamento da fundação em
radier estaqueado, podendo estimar os valores dos recalques máximos, distorções
angulares e os fatores de segurança parcial e global. Deve-se notar que esta tabela e
estes valores só podem ser usados em um pré-dimensionamento do radier
estaqueado, no depósito estudado, e que o projeto final não dispensará o cálculo
simplificado e detalhado numericamente como recomendado por Poulos (1998).
104
5.6. SÍNTESE DO CAPÍTULO
Assim mesmo, para todas as configurações das estacas com espessura do radier de
1,00 m, as distorções angulares atenderam às admissíveis já definidas no presente
trabalho (1/500). Já para o sistema de fundações em radier estaqueado com
espessura do radier de 0,50 m, nenhuma das configurações atendeu o limite
estabelecido.
105
CAPITULO 6. CONCLUSÕES E SUGESTÕES.
Este capítulo apresenta as conclusões obtidas com a pesquisa e sugestões, para
futuros trabalhos relacionados ao tema estudado.
Este trabalho faz correções do valor de N (do ensaio SPT) devido ao efeito da energia
de cravação e do nível de tensões, para estabelecer correlações para a avaliação do
ângulo de atrito interno do solo. No Brasil a energia de cravação é em média 72%
(Décourt, et. al, 1989).
Determinou-se fator de segurança parcial (carga de ruptura do grupo de estacas > 1),
e o fator de segurança global (carga de ruptura do radier estaqueado >2).
106
As conclusões obtidas com as diversas fases desenvolvidas no trabalho são
mostradas a seguir.
6.1. CONCLUSÕES
107
- Na distribuição de cargas no radier estaqueado (Tabela 5.6), considerável parcela
da carga aplicada é transferida diretamente ao solo através do radier. Para o caso
do maior comprimento das estacas, menor será a parcela de carga distribuída ao
radier. Na grande maioria dos casos analisados neste trabalho, encontrou-se que
mais de 50% do carregamento total é suportado pelo radier.
- Para todas as configurações das estacas com espessura do radier de 1,00 m, há
distorções angulares dentro do admissível (Tabela 5.7).
- Com o aumento da espessura do radier, número, diâmetro e comprimento das
estacas, os recalques máximos, recalques diferenciais e distorções angulares são
reduzidos, sendo consistente com o encontrado na literatura internacional.
- A análise paramétrica da fundação em radier estaqueado, no depósito estudado,
para o nível de ante projeto, faz uma comparação de várias configurações do
sistema de fundação, permitindo escolher aquelas que melhor desempenho
apresenta de acordo aos requerimentos preliminares do design (recalques
máximos, distorções angulares e fatores de segurança admissíveis).
- Como resultado do exemplo de aplicação da análise paramétrica notou-se que os
gráficos apresentados nas Figuras 5.32 a 5.34 e a Tabela 5.10 foram de ajuda
para o pré-dimensionamento de uma fundação em radier estaqueado (ante
projeto), podendo estimar os valores dos recalques máximos, distorções
angulares e os fatores de segurança parcial e global. Deve-se notar que esta
tabela e estes valores só podem ser usados em um pré-dimensionamento do
radier estaqueado, no depósito estudado, e que o projeto final não dispensará o
cálculo simplificado e detalhado numericamente como recomendado por Poulos
(1998).
108
b) Retroanalisar as provas de carga com parâmetros geotécnicos obtidos em ensaios
de Laboratório e ensaios “in situ” (Cone, Piezocone, Pressiométrico, Dilatométrico,
etc.).
109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
110
BURNIER, A. A. L. (2006). Análises Numéricas de Provas de Carga em Sapatas
Utilizando o Método dos Elementos Finitos. Universidade Federal de Viçosa -
Minas Gerais. Dissertação. 136 Pag.
CUI, Chun-Yi; LUAN, Mao-Tian; LI, M.-G. (2010). Um Estudo do Efeito Tempo no
Sistema de Radier Estaqueado Usando Métodos Computacionais (Em Inglês).
Article. ASCE 2010 GeoShanghai 2010 International Conference. 10 Pag. 42-51.
CUNHA, Renato P, BEZERRA, J. E., SMALLl, J. C., & ZHANG, H. H. (2002). Análises
Paramétricas de Radier Estaqueados Fundada Sobre Uma Argila Tropical de
Brasil (Em Inglês). Article. IX International Conference of Piling and Deep
Foundation, 2002, Volume 1. 8 Pag. 249-256.
111
CUNHA, Renato P, SMALL, J. C., & POULOS, H. G. (2000). Análises de Radier
Estaqueado: Caso Histórico em Gothemburg Suécia (Em Inglês). Article. Journal
of Geotechnical and Geoenvironmental Engineering, Vol. 127, No. 8, August
2001, 28 Pag. 635-641
112
EL-MOSSALLAMY, Y; FRANKE, E. (1997). Modelação Numérica de Radier
Estaqueados para Simular o Comportamento de Fundações em Radier
Estaqueados. (Em Inglês). Retrieved from http://
www.opengrey.eu/item/display/10068/201074
GARCIA, F.; LIZCANO, A.; REUL, O. (2006). Modelagem Numérica de Caso Histórico
de Um Radier Estaqueado com Um Modelo Visco-Hipoplástico. (Em Inglês).
Article. Numerical Modelling of Construction Processes in Geotechnical
Engineering for Urban Environment – Triantafyllidis (ed) © 2006 Taylor & Francis
Group, London. 7 Pag.
113
HOOPER, J. A. (1974). Observações Sobre o Comportamento de Uma Fundação em
Radier Estaqueado em Argila de Londres. (Em Inglês). Article. Proc. Instn Ciu.
Engrs, Part 2, 1974, 57, Sept. 6 Pag. 547–552.
IBAÑEZ, J. P. (2003). Modelagem Constitutiva para Solos com Ênfase em Solos Não
Saturados. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Dissertação. 241
Pag.
ITECH. (2003). CLEO3D Manual de Referência Versão 4.0.4. (Em Inglês). Laboratoire
Central des Ponts et Chaussées France. 252 Pag.
JANDA, T., PINTO, R., KUKLIK, P., & MIRANDA, G. (2008). Análise Tridimensional
de Elementos Finitos e Retroanálise de Grupos de Estacas Convencionais CFA
e Radier Estaqueado Fundada em Solo Tropical. (Em Inglês). Article. Soils and
Rocks. 16 Pag.
LIANG, F.-Y., & CHEN, L.-Z. (2004). Uma Abordagem Modificada Variacional Para
Análises de Radier Estaqueados. (Em Inglês). Article. Mechanics Research
Communications, 31(5). 10 Pag. 593–604.
LIANG, F.-Y., CHEN, L.-Z., & SHI, X.-G. (2003). Análises Numérica de Radier
Estaqueado Composto com Amortecedor Sobre Carga Vertical. (Em Inglês).
Article. Computers and Geotechnics, 30(6). 11 Pag. 443–453.
114
LORENZO, I. F. (2009). Evaluação do Comportamento Carga – Recalque de Radier
Estaqueados Usando o Método de Elementos Finitos. (Em Espanhol). Tesis.
Instituto Superior Politécnico “José Antonio Echeverría” - La Habana, Cuba.
LUTZ, B. (1993). Fundação em Radier Estaqueado para Um Edifício Alto Sobre Argila
de Frankfurt. (Em Inglês). 7th Young Geotechnical Engineers (23 Pag.)
MENDONÇA, A.V.; DE PAIVA, J. B., & Paiva, J. B. (2003). Uma Análise Elástico-
Estático FEM/BEM de Cargas Verticais em Fundações em Radier e Radier
Estaqueados. (Em Inglês). Article. Engineering Analysis with Boundary Elements,
27(9). 15 Pag. 919–933.
MOYES, Paran; POULOS, Harry G.; SMALL, John C.; BADELOW, F. (2005).
Processo de Design em Radier Estaqueado para um Edifício Alto na Costa de
Ouro, Austrália (Em Inglês). Article. Proceedings of the 6th International
Conference on Tall Buildings, Hong Kong. 9 Pag.
NAKAI, S., Kato, H., Ishida, R., and, H. M., and Nagata, M. (2004). Mecanismo do
comportamento da carga de fundações em radier estaqueado durante terremoto.
(Em Inglês). Article. Proceedings Third UJNR Workshop on Soil-Structure
Interaction, Menlo Park, California, USA. March 29-30. 18 pag.
115
NIANDOU, H., & BREYSSE, D. (2006). Análise de Confiabilidade de Cálculos em
Radier Estaqueados Para Solos com Variabilidade Horizontal (Em Inglês). Article.
Computers and Geotechnics, 34(2). 10 Pag. 71–80.
116
REUL, Oliver. (2004b). Estudo Numérico do Comportamento de Cargas de Radier
Estaqueados. (Em Inglês). Article. International Journal of Geomechanics, Vol. 4,
No. 2. 10 Pag. 59-68
SALES, Maurício M; CUNHA, Renato P.; FARIAS, Márcio M.; SMALL, John C;
POULOS, H. G. (2000). Comparações de Alguns Programas Clássicos nas
Análises de Problemas em Radier Estaqueados (Em Inglês). Article. Geotech.
Year 2000, Devels. in Geotech. Eng., AIT, Bangkok, 1. 10 Pag. 317-326.
117
SHARMA, V. J.; VASANVALA, S. A.; SOLANKI, C. H. (2011). Efeito do Amortecedor
sobre Radier Estaqueado Composto. (Em Inglês). Article. Journal of Engineering
Research and Studies. 4 Pag.1–4.
SU, Qian; CHENG, Ma-yao; WANG, Bin; BAI, H. (2011). Cálculo do Recalque da
Fundação em Radier Estaqueado na Seção de Solo Mole de Ferrovia de Alta
Velocidade. (Em Inglês). Article. ICCTP 2011 © ASCE 2011. 9 Pag. 3213–3221.
SU, Qian; CHENG, Ma-yao; WANG, Bin; BAI, H. (2011). Efeito do Compartilhamento
de Carga e Tempo da Fundação em Radier Estaqueado Sob Aterro Alto. (Em
Inglês). Article. ICTE 2011 © ASCE 2011. 7 Pag. 1396–1402.
TAN, Y.C.; CHOW, C.M.; GUE, S. S. (2004). Uma Abordagem de Design Para Radier
Estaqueados com Estacas Curtas de Fricção Para um Edifício Baixo em Argila
Muito Mole. (Em Inglês). Article. 15th SEAGC, Bangkok, Thailand. 6 Pag. 1–6.
118
VELLOSO, D. de A., & LOPES, F. de R. (2004). Fundações, Volume 1. (Oficina de
Textos, Ed.) (2a ed., 2255 Pag). Rio de Janeiro. Retrieved from
http://www.planeta.coppe.ufrj.br/artigo.php?artigo=384
119
ANEXO A – PROVAS DE CARGA SEGUNDO SOARES (2011)
120
Tabela A3. Leitura da Prova de Carga do Radier Duas Estacas
Recalque
Carga Leitura Extensômetros (mm)
(kN) médio no
Ext. 1 Ext. 2 Ext. 3 Ext. 4 topo (mm)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
240 0,20 0,35 1,48 1,35 0,85
460 1,43 1,85 7,49 6,98 4,44
717 3,71 3,77 11,80 11,58 7,72
956 6,28 6,10 15,55 15,55 10,87
1.196 9,39 8,98 19,41 19,63 14,35
1.435 13,03 12,57 23,46 23,88 18,24
1.674 17,08 16,62 27,22 26,85 21,94
1.913 22,86 22,91 31,37 31,18 27,08
2.152 29,23 29,78 36,65 36,00 32,92
2.392 39,56 40,94 45,80 44,48 42,70
121
Tabela A5. Leitura da Prova de Carga do Grupo Uma Estaca
Recalque
Carga Leitura Extensômetros (mm)
(kN) médio no
Ext. 1 Ext. 2 Ext. 3 Ext. 4 topo (mm)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
84 0,34 0,14 0,48 0,45 0,35
140 2,75 2,02 2,13 3,22 2,53
220 6,49 5,36 6,21 7,26 6,33
270 9,33 8,14 9,27 10,33 9,27
310 12,81 11,50 12,82 13,84 12,74
350 19,17 17,75 19,34 20,24 19,13
390 25,46 23,97 25,72 26,56 25,43
440 38,71 37,19 39,31 39,98 38,80
490 51,91 50,41 51,79 53,44 51,89
520 65,76 64,18 65,95 67,54 65,86
560 84,14 81,78 84,04 86,36 84,08
122
Tabela A7. Leitura da Prova de Carga do Grupo Quatro Estacas
Recalque
Carga Leitura Extensômetros (mm)
(kN) médio no
Ext. 1 Ext. 2 Ext. 3 Ext. 4 topo (mm)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
240 0,19 1,43 3,37 2,75 1,94
480 1,30 4,29 9,64 6,67 5,48
720 2,64 6,36 10,92 8,25 7,04
960 5,41 8,45 11,91 9,88 8,91
1.200 10,24 12,37 14,29 13,18 12,52
1.440 14,71 16,01 16,50 16,21 15,86
1.680 22,11 21,95 20,04 21,16 21,32
1.920 29,49 27,67 22,86 25,52 26,39
2.160 43,07 38,79 29,28 34,41 36,39
2.400 61,53 63,38 61,38 55,47 60,44
123
ANEXO B – AJUSTE ESTATISTICO POR DISTRIBUIÇÃO NORMAL
124
Tabela B3. Camada 3 Tabela B4. Camada 4
Grupos Frequência Dist Norm Grupos Frequência Dist Norm
41 0 0,0000 33 0 0,0000
40 0 0,0000 32 0 0,0000
39 0 0,0000 31 0 0,0000
38 0 0,0000 30 0 0,0000
37 0 0,0000 29 0 0,0000
36 0 0,0000 28 0 0,0000
35 0 0,0000 27 0 0,0000
34 0 0,0063 26 0 0,0091
33 1 0,1400 25 1 0,3425
32 3 0,5119 24 3 0,5984
31 1 0,3101 23 1 0,0485
30 0 0,0311 22 0 0,0002
29 0 0,0005 21 0 0,0000
28 0 0,0000 20 0 0,0000
27 0 0,0000 19 0 0,0000
26 0 0,0000 18 0 0,0000
25 0 0,0000 17 0 0,0000
24 0 0,0000 16 0 0,0000
23 0 0,0000 15 0 0,0000
22 0 0,0000 14 0 0,0000
21 0 0,0000 13 0 0,0000
Média 31,8 Média 24,3
Desvio Padrão 0,75 Desvio Padrão 0,57
125
ANEXO C – MODELAGEM DE PROVAS DE CARGA
Figura C2. Grupo/Radier Uma estaca Figura C3. Grupo/Radier Duas estacas
126
Figura C6. Perfil típico Grupo estacas Figura C7. Perfil típico Radier com estacas
127
a) Recalque b) Deformado
Figura C8. Gráfico do recalque, Grupo Uma Estaca
a) Recalque b) Deformado
Figura C9. Gráfico do recalque, Grupo Duas Estacas
128
a) Recalque b) Deformado
Figura C10. Gráfico do recalque, Grupo Quatro Estacas
a) Recalque b) Deformado
Figura C11. Gráfico do recalque, Radier com Uma Estaca.
129
a) Recalque b) Deformado
Figura C12. Gráfico do recalque, Radier com Duas Estacas.
a) Recalque b) Deformado
Figura C13. Gráfico do recalque, Radier com Quatro Estacas.
130
a) Recalque b) Deformado
Figura C14. Gráfico do recalque, Bloco Isolado.
131
ANEXO D – MODELAGEM DA ANÁLISE PARAMÉTRICA
a) Recalque b) Deformado
Figura D1. Gráfico do recalque típico nas análises paramétricas
132