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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Campus Universitário−¿Bairro Eduardo Mandlane, C.P. 958
CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
o
3 Nível
DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 1
DICENTE: DOCENTE:
o
Eng . Paulino João Raul, Lic.
The present project of the Chair of Community Development 1, from the Mechanics
Department of the UniversidadeLúrio, Polo de Pemba, aims to propose a hydraulic
press project for the pressing and compacting of garbage in the city of Pemba. Man has
long been studying the best ways to minimize the climatic and environmental factors
that different types of waste have been influencing, so that the city of Pemba would not
succumb to this mission, with the municipality of Pemba being surrounded by water, the
need to recycle garbage, especially plastics that have come to contaminate the most
beautiful waters and the living beings in them, thus directly affecting the human being,
with a hydraulic press project it will be possible to minimize the level of garbage in the
communities and will facilitate the Pemba autarchy considerably. Despite recycling is a
method of reusing waste that has already fallen into disuse, so that absolutely nothing is
wasted, since everything that exists has some reuse, it is imperative to find a solution for
each type of waste. The Hydraulic System that will be used is very viable and not very
exorbitant in cost compared to the others.
Ilustração 1: lixo................................................................................................................7
Ilustração 2: indicação do local de estudo.......................................................................10
Ilustração 3: : Diagrama do fluxo de geração dos resíduos sólidos................................12
Ilustração 4: residuos solidos...........................................................................................15
Ilustração 5: Processo de reciclagem mecânica...............................................................16
Ilustração 6: processo de reciclagem energética.............................................................17
Ilustração 7: Processo de Reciclagem Química...............................................................17
Ilustração 8: Transmissão de energia hidráulica.............................................................18
Ilustração 9: Princípio de funcionamento de uma prensa hidráulica...............................21
Ilustração 10: Partes constituintes de um sistema hidráulico..........................................22
Ilustração 11: Modelo esquemático de um circuito hidráulico completo........................23
Ilustração 12: Esquema Básico de um Sistema hidráulico..............................................24
Ilustração 13: princípio de funcionamento de uma bomba de pistão..............................26
Ilustração 14: princípio de funcionamento de uma bomba de pistão..............................26
Ilustração 15: Bombas de Pistão Axial de Volume Variável..........................................28
Ilustração 16: Bombas de Pistões Radiais.......................................................................28
Ilustração 17: Exemplo de aplicação de um motor hidráulico........................................29
Ilustração 18: válvula de retenção...................................................................................31
Ilustração 19: Local de Implementação do projecto........................................................54
ÍNDICE DE TABELAS
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO.............................................................................10
1.1. Contextualização...............................................................................................10
1.2. Problematização................................................................................................11
1.3. Justificativa.......................................................................................................12
1.4. OBJECTIVOS..................................................................................................13
1.4.1. Gerais.....................................................................................................13
1.4.2. Específicos.............................................................................................13
1.5. METODOLOGIA.............................................................................................14
1.5.1. Procedimentos........................................................................................14
2.1.2. Reciclagem.............................................................................................19
2.5.1.5. Dimensionamento da Haste pelo critério de " Euler " para deformação
por Flambagem.......................................................................................................38
4. CONCLUSÃO.......................................................................................................59
5. RECOMENDAÇÕES............................................................................................60
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................61
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
10
1.2. Problematização
Ilustração 1: lixo
11
1.3. Justificativa
12
1.4. OBJECTIVOS
1.4.1. Gerais
Dimensionar uma Prensa Hidráulica capaz de compactar os resíduos sólidos.
1.4.2. Específicos
Construir uma Prensa Hidráulica;
Analisar o comportamento do Sistema;
Verificar o funcionamento do Sistema;
Aplicar Prensa Hidráulica construídas e funcionais para a compactação dos
resíduos sólidos.
13
1.5. METODOLOGIA
1.5.1. Procedimentos
Para a realização deste projecto foram usados os manuais electrónicos segundo a norma
APA, os software para o desenho gráfico foi utilizado o AutoCAD e os mapas do local
de pesquisa foi Google earth e o Google map.
14
2. CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com (RUSSO, 2003) Os problemas causados pelos resíduos sólidos são tão
velhos quanto a humanidade, apesar de no primórdio não haver grandes problemas a
resolver porque o homem era nómada, havia muito espaço e o número escasso.
Entretanto começaram a sedentarizar-se, formando as tribos, vilas e cidades e é
precisamente esta característica já milenar gregária do homem, que traz consigo
problemas de ordem ambiental, pois não havendo conhecimentos e, por conseguinte,
hábitos de higiene, os rios e lagos são poluídos com esgotos e resíduos. A geração de
resíduos começa com a mineração, para se obter a matéria-prima bruta, e em todos os
passos da transformação desta matéria-prima até ser transformada em bens de consumo,
continuam a ser produzidos resíduos. Aparentemente poderia ser simples o
equacionando dos resíduos sólidos, com a diminuição da utilização desta matéria-prima,
por um lado, e por outro, o aumento da taxa de recuperação/reciclagem de produtos dos
resíduos (Figura 1). No entanto, tais medidas seriam dificilmente aplicadas na nossa
sociedade. Deste modo a moderna sociedade tem que procurar novas formas de gerir os
resíduos que procura, bem como terá que procurar por locais para os depositar. Ao
contrário dos líquidos e dos gases, que se diluem no meio receptor, os sólidos
permanecerão no local onde forem depositados, mesmo que venham a sofrer
transformações físicas e bioquímicas.
15
Ilustração 3: : Diagrama do fluxo de geração dos resíduos sólidos
(RUSSO, 2003)Modernamente entende-se que a gestão dos resíduos sólidos passa por
diversos pilares estruturantes que constituem uma política integrada, de que se
destacam: adopção de sistemas integrados, baseada na redução na fonte, na reutilização
de resíduos, na reciclagem, na transformação dos resíduos (que inclui a incineração
energética e a compostagem) e a deposição em aterros (energéticos e de rejeito).
Segundo o Decreto nº (13, 2006 para efeitos do presente regulamento define-se como:
16
reciclagem, reutilização ou qualquer outra acção (que conste da lista do Anexo
VI) tendente à obtenção de matérias-primas secundárias com o objectivo da
reintrodução dos resíduos nos circuitos de produção e ou consumo em utilização
análoga, sem alteração dos mesmos.
b) Armazenagem: a deposição temporária e controlada, por prazo não
determinado, de resíduos previamente ao seu tratamento, aproveitamento ou
eliminação.
c) Deposição: o destino final a dar aos resíduos.
d) Detentor: o produtor dos resíduos ou outra pessoa ou entidade que detém a sua
posse ou controlo.
e) Eliminação: o recurso a quais quer das operações especificadas no Anexo VI do
presente regulamento.
f) Estabelecimentos Perigosos ou Tóxicos: estabelecimentos envolvidos na
gestão de resíduos perigosos.
g) Gestão de Resíduos: todos os procedimentos viáveis com vista a assegurar uma
gestão ambientalmente segura, sustentável e racional dos resíduos, tendo em
conta a necessidade da sua redução, reciclagem e reutilização, incluindo a
separação, recolha, manuseamento, transporte, armazenagem e/ou eliminação de
resíduos bem como a posterior protecção dos locais de eliminação, de forma a
proteger a saúde humana e o ambiente contra os efeitos nocivos que possam
advir dos mesmos.
h) Gestão de Risco: a identificação sistemática de perigos, avaliação dos riscos
associados com os perigos identificados e posterior desenvolvimento de medidas
de controlo para gerir os riscos associados com cada um dos perigos
identificados.
i) Operador: as entidades que realizam actividades relacionadas com a gestão de
resíduos.
j) Plano de Gestão de resíduos: é o documento que contém informação técnica
sistematizada sobre as operações de recolha, transporte, armazenamento,
tratamento, valorização ou eliminação de resíduos, incluindo a monitorização
dos locais de descarga durante e após o encerramento das respectivas
instalações, bem como o planeamento dessas operações.
k) Perigo: o potencial para degradar a qualidade do ambiente, prejudicar a saúde e
a vida das pessoas ou danificar propriedades.
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l) Resíduos: as substâncias ou objectos que se eliminam, que se tem a intenção de
eliminar ou que se é obrigado por lei a eliminar, também designados por lixos.
m) Resíduos Perigosos: os resíduos que contêm características de risco por serem
inflamáveis, explosivos, corrosivos, tóxicos, infecciosos ou radioactivos, ou por
apresentarem qualquer outra característica que constitua perigo para a vida ou
saúde do homem e de outros seres vivos e para a qualidade do ambiente.
n) Resíduos não Perigosos: os resíduos que não contêm características de risco.
o) Resíduos Bio–Médicos: os resíduos resultantes das actividades de diagnósticos
tratamentos e investigação humana e veterinária.
p) Resíduos Radioactivos: os resíduos que contém qualquer material ou
substâncias contaminadas por rádio – isótopos.
q) Recolha: a operação de colecta, triagem e ou mistura de resíduos, com vista ao
seu transporte.
r) Risco: a probabilidade de ocorrência de um perigo e as consequências
resultantes dessa ocorrência.
s) Transporte: qualquer operação de transferência física dos resíduos dentro do
território nacional.
t) Tratamento: os processos mecânicos, físicos, térmicos, químicos ou biológicos
incluindo a separação, que alteram as características dos resíduos de forma a
reduzir o seu volume ou periculosidade e a facilitar a sua deposição.
18
Ilustração 4: residuos solidos
2.1.2. Reciclagem
19
2.1.2.1. Classificação de reciclagem
Reciclagem Mecânica;
Reciclagem energética;
Reciclagem química;
a) Reciclagem Mecânica
Fonte: (PNRS)
b) Reciclagem energética
Utilizada em larga escala em países da Europa, Ásia e nos EUA a reciclagem energética
é uma das opções existentes, técnica e economicamente viáveis, para o
reaproveitamento de muitas variedades de plásticos que acabam rejeitados para
reciclagem mecânica. A tecnologia consiste em utilizar o plástico e outros resíduos
descartados como combustível em usinas para a geração de energia eléctrica ou térmica
que tenham sistemas de filtros de última geração. (PNRS)
A energia gerada pelas usinas de reciclagem energética pode ser utilizada para iluminar
o equivalente a dois milhões de casas.
20
Ilustração 6: processo de reciclagem energética.
Fonte: (PNRS)
c) Reciclagem química
Fonte: (PNRS)
Ainda para o mesmo autor ressalta que a reciclagem pela via química pode ser feita
repetidas vezes, sem qualquer limite. Assim, este processo consiste em uma alternativa
para os plásticos que não são recicláveis mecanicamente. Contudo, envolve alta
tecnologia, um gasto energético considerável, um alto grau de capacitação, e ainda deve
21
passar por mais pesquisas para que a sua aplicação para todos os materiais plásticos seja
economicamente viável.
A força pode ser descrita como qualquer causa capaz de realizar trabalho. (Palmeiri,
1994)
Com esse princípio, suas conclusões ficaram conhecidas como "Lei de Pascal", por
exemplo, se aplicarmos uma força em uma área em líquido confinada o resultado será
uma pressão igual em todas as direcções. (Fialho 2003, como citado em (Botton, Neves,
& Camargo, 2016))
Tendo como um exemplo, um corpo qualquer no qual para ser movimentado, devemos
aplicar uma força sobre ele, por exemplo, puxar ou empurrar. Uma importante aplicação
é o macaco hidráulico. Para um êmbolo de 10cm² e outro de 1cm², uma força
equivalente a 10 kgf será suficiente para levantar um veículo que pese 200 kgf, no outro
êmbolo.
Fonte: (docsity)
22
De acordo com (Botton, Neves, & Camargo, 2016), no óleo hidráulico, dizemos que há
uma determinada pressão parte do sistema hidráulico, quando ocorre a uma resistência
ao fluxo de óleo que a bomba gera no sistema. A bomba não pode gerar a pressão e sim
a vazão de óleo. O responsável por gerar a pressão no circuito, são as resistências que o
óleo encontra durante sua trajectória.
(2)
F=P × A
Onde:
P = Pressão;
F = Força;
A = Área.
A energia é a capacidade de algo de realizar trabalho, ou seja, gerar uma força num
determinado corpo, substância ou sistema físico.
De acordo com as leis da física, a energia não pode ser criada, mas apenas transformada,
sendo cada um dos tipos de energia capaz de provocar fenómenos determinados e
característicos nos sistemas físicos.
23
e) Energia Química: tipo de energia que está armazenada em todas as matérias
com ligações químicas, e que é libertada quando ocorre a quebra ou perturbação
dessas ligações;
f) Energia Nuclear: energia libertada quando ocorre uma reacção nuclear.
(2)
t=F × d
b) Potencia (P)
(2)
Trabalho W
Pot ê ncia= → P=
Tempo t
Para o Sistema internacional, define-se que Watt seria a unidade de potência, que
equivalente a 1 Joule por segundo. Joule é a unidade no sistema internacional para
energia e trabalho, que é equivale a:
c) Vazão (Q)
Vazão como sendo o volume de fluido que é descarregado pela bomba por unidade de
tempo é responsável pela velocidade com que a carga se movimenta. A vazão pode ser
determinada a partir do escoamento de um fluido através de determinada sessão
transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de um conduto
forçado (tubulação com pressão positiva ou negativa).
3 3
m m l l
As unidades de medida adoptadas são geralmente: , , ou o .
s h h s
24
V
Q=
∆t
Onde:
Q :vazão;
V: volume;
∆ t : tempo de escoamento do fluido.
2.3. Prensa Hidráulica
Uma prensa hidráulica consiste num dispositivo no qual uma força aplicada num
êmbolo pequeno cria uma pressão que é transmitida através de um fluido até um êmbolo
grande, originando uma força grande.
Quando uma força moderada for aplicada em uma área pequena, isso gera,
proporcionalmente, uma força em uma área maior.
25
Fontre: (docsity)
Fonte: (PARKER s. )
Onde:
26
Grupo de ligação: Conjuntos de componentes que intermedeiam as funções
de cada grupo citado acima, exemplo conexões, tubos e mangueiras.
27
1. Sistema de geração (constituído por: reservatórios, filtros, bombas, motores,
acumuladores, intensificadores de pressão e outros acessórios);
2. Sistema de distribuição e controle (constituído por: válvulas controladoras de
pressão, vazão e válvulas direccionais);
3. Sistema de aplicação de energia (constituído por: motores, cilindros e
osciladores).
a) Vantagens
28
Fácil instalação dos diversos elementos, oferecendo grande flexibilidade,
inclusive em espaços reduzidos. Já os sistemas mecânicos, não apresentam
flexibilidade;
Devido a baixa inércia, os sistemas hidráulicos permitem uma rápida e suave
inversão de movimentos, não sendo possível nos sistemas mecânicos e nos
eléctricos;
São sistemas auto lubrificados, não ocorrendo o mesmo nos mecânicos e nos
eléctricos;
Permitem ajustes de variações micro métrica na velocidade. Já os mecânicos e
eléctricos só permitem ajustes escalonados de modo custoso e difícil;
Relação (peso x tamanho x potência consumida) muito menor que os demais
sistemas;
Devido a óptima condutividade térmica do óleo geralmente o próprio
reservatório acaba eliminando a necessidade de um trocador de calor;
Transformação da energia, tanto em movimento linear, como rotativo; São
sistemas de fácil protecção, os accionamentos, ao serem sobrecarregados,
simplesmente param.
b) Desvantagens
Elevado custo inicial, quando comparado aos sistemas mecânicos e eléctricos;
Transformação da energia eléctrica em mecânica e mecânica em hidráulica para,
posteriormente, ser transformada novamente em mecânica;
Perdas por vazamentos internos em todos os componentes;
Perda por atritos internos e externos.
2.4.4. Componentes Hidráulicos
2.4.4.1. Bombas Hidráulicas
29
2.4.4.1.1. Bomba de Pistão
a) Funcionamento de uma Bomba de Pistão
Segundo (GOMES, 2008), quando um tambor de cilindro gira , a sapata do pistão segue
a superfície da placa de deslizamento (a placa de deslizamento não gira). Uma vez que a
placa de deslizamento está a um dado ângulo o pistão alterna dentro do cilindro. Em
uma das metades do ciclo de rotação, o pistão sai do bloco do cilindro e gera um volume
crescente. Na outra metade do ciclo de rotação, este pistão entra no bloco e gera um
volume decrescente.
30
Ilustração 14: princípio de funcionamento de uma bomba de pistão.
Na prática, o tambor do cilindro é adaptado com muitos pistões. As sapatas dos pistões
são forçadas contra a superfície da placa de deslizamento pela sapata e pela mola. Para
separar o fluido que entra do fluido que sai, uma placa de orifício é colocada na
extremidade do bloco do cilindro, que fica do lado oposto ao da placa de deslizamento.
Um eixo é ligado ao tambor do cilindro, que o conecta ao elemento accionado. Este eixo
pode ficar localizado na extremidade do bloco, onde há fluxo, ou, como acontece mais
comummente, ele pode ser posicionado na extremidade da placa de deslizamento. Neste
caso, a placa de deslizamento e a sapata têm um furo nos seus centros para receber o
eixo. Se o eixo estiver posicionado na outra extremidade, a placa de orifício tem o furo
do eixo. A bomba de pistão que foi descrita acima é conhecida como uma bomba de
pistão em linha ou axial, isto é, os pistões giram em torno do eixo, que é coaxial com o
eixo da bomba. As bombas de pistão axial são as bombas de pistão mais populares em
aplicações industriais. Outros tipos de bombas de pistão são as bombas de eixo
inclinado e as de pistão radial.
31
do cilindro. Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo pequeno, os pistões
executam um curso pequeno dentro do tambor do cilindro.
(GOMES, 2008) Neste tipo de bomba, o conjunto gira em um pivô estacionário por
dentro de um anel ou rotor. Conforme vai girando, a força centrífuga faz com que os
pistões sigam o controlo do anel, que é excêntrico em relação ao bloco de cilindros.
Quando os pistões começam o movimento. Alternado dentro de seus furos, os pórticos
localizados no pivô permitem que os pistões puxem o fluido do pórtico de entrada
quando estes se movem para fora, e descarregam o fluido no pórtico de saída quando os
pistões são forçados pelo contorno do anel, em direcção ao pivô.
32
Ilustração 16: Bombas de Pistões Radiais
33
2.4.5. Motores hidráulicos
34
Figura 1: Cilindro (Aturador) linear
35
Por sua vez (Palmeiri, 1994), diz que as válvulas reguladoras de pressão têm por função
limitar ou determinar a pressão do sistema hidráulico para a obtenção de uma
determinada função do equipamento.
O mesmo autor também destaca que válvulas reguladoras de pressão servem para
controlar a pressão no sistema hidráulico. Elas são conhecidas como: válvulas de alívio
e segurança; válvulas de descarga; válvulas de contrabalanço; válvulas de sequência;
válvulas redutoras; válvulas supressoras de choque.
(Palmieri,1994) Afirma que, o fluido hidráulico deve estar sempre livre de impurezas,
pois do contrário encurta-se a vida útil do sistema hidráulico. O autor define que a
função do filtro é livrar o fluido dessas impurezas para assegurar o bom funcionamento
do circuito. A instalação do filtro no sistema é geralmente na linha de retorno, assim
opera em menos pressão e também filtra as impurezas dos componentes do sistema
antes da chegada do fluido no reservatório.
36
viscosidade, também deve ser levado em consideração que a viscosidade influencia
directamente na temperatura, pressão e vida útil do fluido. (NEVES, 2005)
(2)
Ptb=PN −0 , 15 ∙ PN
37
2.5.1.2. Força de Avanço
(FIALHO, 2004) É a força efectiva (Fa) que o cilindro hidráulico deve desenvolver a
fim de realizar o trabalho para o qual foi projectado. Pode ser obtida por uma variada
gama de equações. Entre elas: Física Estática, Resistência dos Matérias, Usinagem,
entre outras.
(2)
Dp=
√ 4 ∙ Fa
π ∙ Ptb
Entretanto, esse cilíndro calculado não e definido do pistão. É apenas uma referência a
qual utilizaremos para consultar o catálogo do fabricante e definir qual cilindro
hidráulico possui diâmetro de pistão mínimo igual ou ligeiramente maior que o
calculado. (FIALHO, 2004)
Nesse caso o cilindro que será utilizado no projecto deve observar a seguinte relação:
(2)
DpComercial ≥ Dp Calculado
(2)
4 ∙ Fa
PTb= 2
π ∙ Dp
(2)
2
π ∙ E∙J
K= 2
λ
Isso significa que com essa carga ocorre a flambagem da haste. A carga máxima de
trabalho, ou máxima força de avanço permitida, será dada por:
(2)
K
Fa=
S
Onde:
(2)
4
dh ∙ π
J=
64
(2)
√
dh= 4
61 ∙ S ∙ λ2 ∙ Fa
2
π ∙E
Entretanto, o diâmetro da haste comercial deve então estar de acordo com a seguinte
relação:
(2)
dh Comercial ≥ dh Calculado
39
a) Área da coroa (Ac)
(2)
Ac=Ap−Ah
(2)
π
Ac= ( Dp −dh )
2 2
4
(2)
dθ
ω=
dt
(2)
dR ∆ s Lh
v= = =
dt ∆ t ∆ t
(2)
40
Lh
va=
∆t a
(2)
Lh
vr=
∆tr
(2)
(2)
A P= A A + A PA
41
Uma vez conhecida a velocidade de avanço ( va) e a de retorno ( vr ) podemos determinar
a vazão necessária de fluido hidráulico que possibilita essas velocidades.
(2)
Qa=va ∙ Ap
Lembrando que:
(2)
2
Dp
Ap=π ∙
4
Podemos então substituir as equações (17) e (22), na equação (21), obteremos a equação
(23).
(2)
2
Lh∙ Dp
Qa=π ∙
4 ∙ ∆ ta
(2)
Qr=vr ∙ Ac
4 2 2
Ac= (Dp −d h )
π
(2)
2 2
Lh∙( Dp −dh )
Qr=π ∙
4 ∙ ∆ tr
42
Após o dimensionamento das vazões necessárias para o avanço e retorno dos actuadores
lineares, torna-se necessário fazer uma verificação quanto à possibilidade de ocorrência
de Vazão induzida.
QB
Qia= ¿2¿
r
QB=¿ Vazão de Bomba
Qir=QB ∙ r ¿ 2¿
QB=¿ Vazão de Bomba
43
Fonte: (FIALHO, 2004)
π
2
Dp
r=
( Dp2−dh2 )
A pressão induzida assim como a vazão induzida, pode ser maior ou menor que a
pressão fornecida ao cilindro. Assim, temos dois métodos para calcular a pressão
induzida (Pi):
Método 1 Fa Pia> PB
Pia= ¿2¿
Ac
Pir=PB ∙ r ¿2¿
PB=¿ Pressão de Bomba
44
PB PB=¿ Vazão de Bomba
Pir= ¿ 2¿
r
(2)
Q ir ≥ QB>Q ia
(2)
n n
∑ Q ir ≥ QB >∑ Q ia
1 1
(2)
1000 ∙QB
Vg=
n∙ Ƞ v
QB ∙ ∆ P
Mt=
100 ∙ Ƞmh
(38)
45
9549 ∙ N
Mt=
n
c) Potência absorvida
(40)
QB ∙ ∆ P
N=
600 ∙ Ƞ t
Onde:
[ ]
3
cm
Vg=¿ Volume de absorção ;
rota çã o
Mt=¿ Momento de torção absorvido[ N ∙m ] ;
(50)
Ƞ t=Ƞ v ∙ Ƞmh
Mt=F ∙ R
(52)
1 ,59 ∙ Vg∙ ∆ P ∙ Ƞmh
Mt=
100
46
b) Número de Rotações Necessárias para Motor
(53)
v
n=
2∙π ∙ R
c) Potência de Saída
(1.33)
Q∙∆ P
N= ∙ Ƞt
600
d) Vazão absorvida
Para a determinação da vazão necessária, devemos consultar o catálogo de um
fabricante, assim devemos procurar um motor que possibilite o torque calculado.
(54)
Vg ∙ n
Q=
1000 ∙ Ƞ v
(55)
600∙ N
Q=
∆ P ∙ Ƞt
e) Pressão
(56)
20 ∙ π ∙ Mt
∆ P=
Vg ∙ Ƞ mh
(57)
1 ,59 ∙ Vg∙ ∆ P ∙ Ƞmh
Mt=
100
Onde:
47
n=¿ Rotação [ RPM ] ;
∆ P=¿ Diferencial de pressão entre a entrada e a saída ¿.
20 50 100 ¿ 2000
Tubulação de 300 ¿)
Retorno
Tubulação de 100
Sucção
(58)
( 31, 3 )
v=121 ,65 ∙ P
48
a) Linha de Sucção
b) Linha de Pressão
Tubulação que se inicia logo após a saída da bomba, alimentando o sistema com as
pressões necessárias ao funcionamento de seus diversos componentes, válvulas de
controlo direccional, actuadores lineares e rotativos, pressostatos, manómetros, etc.
c) Linha de Retorno
Tubulação pela qual o fluido é redireccionado ao tanque com a finalidade de ter sua
temperatura retornada ao normal a partir da circulação entre as chicanas (aletas)
existentes no interior do tanque (reservatório).
Na figura, temos:
49
A- Linha de Sucção
B- Linha de Pressão
C- Linha de Retorno
dt=
√ Q
0 . 015∙ π ∙ v
Entretanto, esse diâmetro dt obtido é apenas de referência.O diâmetro comercial a ser
utilizado deve ser no mínimo igual ou ligeira mente superior ao valor calculado. Assim:
(60)
dt comercial ≥ dt calculado
Onde:
Pela regra o volume de fluido armazenado deve ser suficiente para suprir o sistema por
um período de tempo de no mínimo três minutos antes que haja o seu retorno,
completando o ciclo.
Assim, o volume mínimo do reservatório em litros ou galões deve ser no mínimo três
vezes a vazão da bomba em l/min.
(61)
Vol .resrv . ≥ 3∙ QB
50
3.1. Dimensionamento de Actuadores para o sistema hidráulico
3.1.1. Forca de Avanço
Fa=15696 N
Ptb=PN −0 , 15 ∙ PN
Ptb=140−0 ,15 ∙ 140
Ptb=119 ¯¿
Dp=
√ 4 ∙ Fa
π ∙ Ptb √
=
4 ∙15696
π ∙(119 ∙ 105 )
=40 , 98 mm
DpComercial ≥ Dp Calculado
50 mm ≥ 40 , 98 mm
dh Comercial=36 mm
4 ∙ Fa 4 ∙ 15696
PTb= 2
= 2
π ∙ Dp π ∙(50 ∙10¿¿−3) ¿
PTb=79 , 93 ¯¿
51
7 2
E=2 ,1 ∙10 N /cm ;
Caso 3 da tabela do ANEXO 01: λ=L(0 , 5)0 ,5=15 0 ∙(0 , 5)0 ,5=106 ,1 cm
K=151894 , 56 N
Com essa carga ocorre a flambagem da haste. No entanto, a carga máxima de trabalho,
ou máxima força de avanço permitida, será:
K 151894 , 56 N
Fa= =
S 3,5
Fa=43 ,39 KN
π π
Ac= ( Dp −d h )= ( 50 −36 )=945 , 62 mm
2 2 2 2 2
4 4
L h 1, 5
va= = =0 , 1 m/s
∆ t a 15
Lh 1,5
vr= = =0 ,15 m/ s
∆ t r 10
52
GDL=3 ∙ ( N−1 ) −2∙ J 1−J 2=3 ∙ ( 2−1 )−2 ∙1
GDL=1
Lh 1,5
vr= = =0 ,15 m/ s
∆ t r 10
0 ,1 2
Aa= =0,006 m/s
15
0 ,15 2
Ar= =0,015 m/s
10
A P= A A + A PA
Ar= Aa+ A PA
2 2 2
A PA=0,015 m/ s −0,006 m/s =0 , 009 m/s
Com a ajuda das equações (26) e (28), tem-se as vazões induzidas no avanço e no
retorno.
53
Qir=vr ∙ Ap=0 ,15 ∙ ( 1963 , 49 ∙10−6 )=2,945 ∙ 10−4 m3 / s=17 ,7 l /min
QB=17 , 7 l/min
QB ∙ ∆ P 17 ,7 ∙ 100
Mt= = =20 , 34 N ∙ m
100 ∙ Ƞ m h 100∙ 0 , 87
d) Potência absorvida
QB ∙ ∆ P 17 ,7 ∙ 100
N= = =3 , 7 KW
600 ∙ Ƞ t 600 ∙(0 , 87 ∙ 0 , 92)
Tamanho Nominal=11
3
Vg comercial=11, 3 cm /rot
Nef =5 , 60 KW
54
n=1750 R PM
[ ]
15 m
10 s
v 60 s ∙ min
n= = =19 RPM
2 ∙ π ∙ R 2∙ π ∙(0 ,75 m)
c) Potência de Saída
9549 ∙ N 65895∙ 19
Mt= →N= =131 , 11KW
n 9549
d) Vazão necessária para o motor
Mt comercial=134 , 6 Nm
∆ P=400 ¯¿
3
Vg=32cm /rot
Q=3321 l/min
55
3.5. Dimensionamento do diâmetro das tubulações e verificação dos regimes
de escoamento
Com a pressão da bomba de 100bar, Qef =19 , 20 l/min, uma viscosidade do óleo
de v=0 , 45 st .
a) Tubulação de sucção
Com o uso da tabela 6, obtemos:
v=100 cm/s
dt=
√ Q
0.015 ∙ π ∙ v
=
√
19 ,20
0.015 ∙ π ∙ 100
=0 , 64 cm
dtcomercial=0 , 80 cm
v ∙dt
ℜ= =178 →laminar
v
b) Tubulação de retorno
v=300 cm/s
dt=
√ Q
0.015 ∙ π ∙ v
=
√
19 ,20
0.015 ∙ π ∙ 300
=1 ,2 cm
dtcomercial ≥ dt calculado →1 , 3 ≥1 , 2
dtcomercial=1 ,3 cm
v ∙dt
ℜ= =867 → laminar
v
c) Tubulação de pressão
( 31, 3 ) ( 31,3 )
v=121 ,65 ∙ P =121 , 65∙ 100 =491 cm/s
dt=
√ Q
0.015 ∙ π ∙ v
=
√
19 ,20
0.015 ∙ π ∙ 491
=0 , 91 cm
56
Indo a tabela ANEXO 03, catálogo do Fabricante RXROTH.
dtcomercial ≥ dt calculado →1 , 1≥ 0 , 91
dtcomercial=1 ,1 cm
v ∙dt
ℜ= =1200 →laminar
v
Vol .resrv . ≥ 53 ,1 l
57
3 500,00 15.000,00
58
Ilustração 19: Local de Implementação do projecto.
4. CONCLUSÃO
59
O dimensionamento de uma prensa hidráulica para recolha e reciclagem de lixo no
bairro de Wimbe é um processo complexo que requer consideração cuidadosa de
diversos factores. Nesta breve explanação, discutimos os principais pontos a serem
considerados no projecto dessa prensa. A capacidade de processamento da prensa deve
ser determinada com base na quantidade de lixo a ser colectada e reciclada diariamente
no bairro. Além disso, é importante identificar o tipo de lixo que será processado, pois
diferentes materiais podem exigir abordagens de prensagem distintas. A força de
prensagem necessária para comprimir o lixo adequadamente deve ser calculada levando
em consideração o tipo, volume e densidade desejada após a compressão. Um sistema
hidráulico adequado, composto por cilindros, bombas, válvulas e outros componentes,
deve ser projectado para fornecer essa força de prensagem.
5. RECOMENDAÇÕES
60
A segurança é um aspecto crucial a ser considerado. Recursos de segurança,
cortinas de luz, sinais de paradas de emergência e sistemas de bloqueio, devem
ser incorporados na hora de implementação do projecto;
A manutenção regular da prensa, incluindo a substituição de peças desgastadas,
lubrificação adequada e inspecções periódicas, é essencial para garantir o
desempenho e a longevidade do equipamento.
Estudo da viabilidade do sistema;
A busca e colecção de informações e, principalmente o alerta à população do
local sobre a data e o intervalo de tempo de ocorrência dos trabalhos de
implantação do projecto;
O uso dos EPI e EPC ao trabalhar no projecto.
61
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
62
RUSSO, M. A. (2003). TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Coimbra,
Portugal: UC.
ANEXO 01
63
Fonte: (FIALHO, 2004)
ANEXO 02
64
Fonte: (FIALHO, 2004)
ANEXO 03
65
Fonte: (FIALHO, 2004)
ANEXO 04
66
Fonte: (FIALHO, 2004)
ANEXO 05
67
Fonte: (AUTOR, 2023)
68