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UNIVERSIDADE LÚRIO

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Campus Universitário−¿Bairro Eduardo Mandlane, C.P. 958
CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
o
3 Nível
DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 1

PROJECTO DE DIMENSIONAMENTO DE UMA PRENSA HIDRÁULICA


PARA RECOLHA E RECICLAGEM DE LIXO NO MUNICÍPIO DE PEMBA-
BAIRRO DE WIMBE

DICENTE: DOCENTE:

Pascoal Orlando, N o 20200403021 Eng .o Paulino João Raul, Lic.

PEMBA, MAIO DE 2023


Pascoal Orlando

PROJECTO DE DIMENSIONAMENTO DE UMA PRENSA HIDRÁULICA


PARA RECOLHA E RECICLAGEM DE LIXO NO MUNICÍPIO DE PEMBA-
BAIRRO DE WIMBE

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Desenvolvimento Comunitário
1, leccionada na Universidade Ulurio-
Pemba, pelo docente:

o
Eng . Paulino João Raul, Lic.

PEMBA, MAIO DE 2023


RESUMO

O presente projecto da cadeira de Desenvolvimento Comunitário 1 , do Departamento


da Mecânica da Universidade Lúrio, Polo de Pemba, visa propor um projecto de prensa
hidráulica para a prensagem e compactação do lixo na cidade de Pemba. O Homem
desde há muito vem estudando as melhores formas de como minimizar os factores
climáticos e ambientais que diferentes tipos de resíduos têm vindo a influenciar, pelo
que para a cidade de Pemba não se sucumbiria esta missão, sendo o município de
Pemba cercado por água, a necessidade da reciclagem do lixo, principalmente os
plásticos que têm vindo a contaminar as mais belas água e os seres vivos neles
existentes, desta sorte afectando directamente o ser Humano, com um projecto de prensa
hidráulica poder-se-á minimizar o índice de lixo nas comunidades e facilitará a
autarquia de Pemba consideravelmente. Não obstante a reciclagem é um método de
reaproveitamento de resíduos que já entraram em desuso, para que não se desperdice
absolutamente nada, visto que tudo quanto existe tem algum reaproveitamento, é
imperioso que se arranje solução para cada tipo de desperdício. O Sistema Hidráulico
que será empregado é muito viável e de custos não muito exorbitantes em comparação
com os outros.

Palavras–Chave: Reciclagem, Resíduos Sólidos, Sistema Hidráulico, Prensa


Hidráulica, Pemba.
ABSTRACT

The present project of the Chair of Community Development 1, from the Mechanics
Department of the UniversidadeLúrio, Polo de Pemba, aims to propose a hydraulic
press project for the pressing and compacting of garbage in the city of Pemba. Man has
long been studying the best ways to minimize the climatic and environmental factors
that different types of waste have been influencing, so that the city of Pemba would not
succumb to this mission, with the municipality of Pemba being surrounded by water, the
need to recycle garbage, especially plastics that have come to contaminate the most
beautiful waters and the living beings in them, thus directly affecting the human being,
with a hydraulic press project it will be possible to minimize the level of garbage in the
communities and will facilitate the Pemba autarchy considerably. Despite recycling is a
method of reusing waste that has already fallen into disuse, so that absolutely nothing is
wasted, since everything that exists has some reuse, it is imperative to find a solution for
each type of waste. The Hydraulic System that will be used is very viable and not very
exorbitant in cost compared to the others.

Keywords: Recycling, Solid Waste, Hydraulic System, Hydraulic Press, Pemba.


ÍNDICE DE FIGURAS

Ilustração 1: lixo................................................................................................................7
Ilustração 2: indicação do local de estudo.......................................................................10
Ilustração 3: : Diagrama do fluxo de geração dos resíduos sólidos................................12
Ilustração 4: residuos solidos...........................................................................................15
Ilustração 5: Processo de reciclagem mecânica...............................................................16
Ilustração 6: processo de reciclagem energética.............................................................17
Ilustração 7: Processo de Reciclagem Química...............................................................17
Ilustração 8: Transmissão de energia hidráulica.............................................................18
Ilustração 9: Princípio de funcionamento de uma prensa hidráulica...............................21
Ilustração 10: Partes constituintes de um sistema hidráulico..........................................22
Ilustração 11: Modelo esquemático de um circuito hidráulico completo........................23
Ilustração 12: Esquema Básico de um Sistema hidráulico..............................................24
Ilustração 13: princípio de funcionamento de uma bomba de pistão..............................26
Ilustração 14: princípio de funcionamento de uma bomba de pistão..............................26
Ilustração 15: Bombas de Pistão Axial de Volume Variável..........................................28
Ilustração 16: Bombas de Pistões Radiais.......................................................................28
Ilustração 17: Exemplo de aplicação de um motor hidráulico........................................29
Ilustração 18: válvula de retenção...................................................................................31
Ilustração 19: Local de Implementação do projecto........................................................54
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Tipos de escoamentos......................................................................................32


Tabela 4: Vazão induzida................................................................................................39
Tabela 5: Pressão Induzida..............................................................................................40
Tabela 6: velocidades recomendadas..............................................................................44
Tabela 7: dados efectivos da bomba param o sistema.....................................................50
Tabela 8: Referencia do motor do sistema......................................................................51
Tabela 7: Tabela de orçamental de Componentes constituintes do projecto...................53
SUMÁRIO

1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO.............................................................................10

1.1. Contextualização...............................................................................................10

1.2. Problematização................................................................................................11

1.3. Justificativa.......................................................................................................12

1.4. OBJECTIVOS..................................................................................................13

1.4.1. Gerais.....................................................................................................13

1.4.2. Específicos.............................................................................................13

1.5. METODOLOGIA.............................................................................................14

1.5.1. Procedimentos........................................................................................14

2. CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................15

2.1.1. Normas regulamentadoras param os resíduos sólidos em Moçambique


16

2.1.2. Reciclagem.............................................................................................19

2.1.2.1. Classificação de reciclagem...............................................................20

2.2. Energia e Trabalho............................................................................................22

2.2.1. Formas de energia..................................................................................23

2.3. Prensa Hidráulica..............................................................................................25

2.3.1. Princípio de Funcionamento de uma Prensa Hidráulico........................25

2.4. Sistemas Hidráulicos.........................................................................................26

2.4.1. Circuito do Sistema Hidráulico..............................................................27

2.4.2. Estrutura Básica de Sistemas Hidráulicos........................................................27

2.4.3. Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidráulicos...........................28

2.4.4. Componentes Hidráulicos......................................................................29

2.4.4.1. Bombas Hidráulicas...........................................................................29

2.4.4.1.1. Bomba de Pistão...............................................................................30


2.4.4.2. Bombas de Pistão Axial de Volume Variável....................................31

2.4.4.3. Bombas de Pistões Radiais.................................................................32

2.4.4.3.1. Especificações das bombas de pistão................................................33

2.4.5. Motores hidráulicos...............................................................................34

2.4.6. Cilindros Hidráulicos.............................................................................34

2.4.7. Válvulas de Controlo Direccional e Alívio............................................35

2.4.8. Fluido e Reservatório.............................................................................36

2.4.9. Tipo de Escoamento e Numero de Reynolds.........................................37

2.5. Dimensionamento do Sistema Hidráulico........................................................37

2.5.1. Dimensionamento de Actuadores..........................................................37

2.5.1.1. Pressão Nominal.................................................................................37

2.5.1.2. Força de Avanço................................................................................38

2.5.1.3. Diâmetro comercia Necessário ao Pistão...........................................38

2.5.1.4. Pressão de Trabalho ( PTb).................................................................38

2.5.1.5. Dimensionamento da Haste pelo critério de " Euler " para deformação
por Flambagem.......................................................................................................38

2.5.1.6.1. Velocidade de deslizamento do mecanismo do actuador..................41

2.5.1.7. Análise da Aceleração de qualquer ponto dos mecanismos...............41

2.5.1.8. Vazão dos actuadores.........................................................................41

2.5.1.9. Pressão induzida (Pi)..........................................................................44

2.5.2. Dimensionamento de Bombas Hidráulicas.......................................................44

2.5.4. Dimensionamento das Tubulações...................................................................47

3. CAPÍTULO III: ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................50

3.1. Dimensionamento de Actuadores para o sistema hidráulico............................50

3.1.1. Forca de Avanço....................................................................................50

3.1.2. Diâmetro do Pistão e da Haste...............................................................50

3.1.3. Pressão de trabalho necessário para o sistema.......................................51


3.1.4. Verificação de Carga de Flambágem na Haste do Pistão.....................51

3.1.5. Áreas do Pistão e da Coroa....................................................................52

3.1.6. Velocidades de Avanço e Retorno do actuador.....................................52

3.1.5. Verificação do Grau de Liberdade do actuador -Hidráulico.............................52

3.1.6. Analise das Velocidades de Mecanismo do Actuador em Avanço e Retorno..52

3.1.7. Análise da Aceleração de qualquer ponto dos mecanismos.............................52

3.2. Vazão do Avanço e Retorno do actuador.........................................................53

3.3. Dimensionamento da bomba hidráulica...........................................................53

3.3.1. Escolha de bomba........................................................................................53

3.3.1.1. Cálculo do Tamanho Nominal..................................................................53

3.4. Dimensionamento do motor do sistema............................................................54

3.5. Dimensionamento do diâmetro das tubulações e verificação dos regimes de


escoamento..................................................................................................................55

3.6. Dimensionamento do reservatório....................................................................56

3.7. Estrutura do Equipamento................................................................................56

3.8. Tabela de orçamento do projecto.....................................................................57

3.9. Mapa Local de Implementação do Projecto.....................................................58

4. CONCLUSÃO.......................................................................................................59

5. RECOMENDAÇÕES............................................................................................60

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................61
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização

A reciclagem tem um papel extremamente importante na comunidade, para a


descontaminação do meio ambiente, a limpeza e o reaproveitamento de materiais para a
economia, e segundo (Bank, 2021) A poluição plástica resulta, em grande parte, da
nossa incapacidade de assumir o custo económico total do fabrico e eliminação dos
plásticos e dos seus impactos nos serviços ecossistêmicos e na saúde humana. Embora o
conhecimento seja incompleto, as estimativas sugerem que o plástico custa à
humanidade triliões de dólares por ano em danos ambientais e sociais. O lixo plástico
marinho global é, em grande parte, o resultado de práticas deficientes de gestão de
resíduos sólidos. Em Moçambique, tal como nos países africanos vizinhos, os resíduos e
reciclagem enfrentam perdas potenciais e reais significativas como resultado de taxas
insignificantes de recuperação de material. Estas debilidades são geralmente o resultado
da falta de implementação de enquadramentos legais fracos ou incompletos, de um
ambiente empresarial incipiente e, por vezes, de barreiras culturais. No entanto, existe
uma oportunidade na formalização das redes informais. E ainda de acordo com
(Fonseca) no processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também
gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico.
Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e
do ar. A cidade de Pemba possui diversas praias e o Conselho Municipal da autarquia se
vê despreparada para fazer face a demanda exigida devido aos resíduos sólidos, todavia
há que se considerar de que um investimento para suprir a reciclagem dos resíduos
sólidos poderá aumentar significativamente a economia do Município de Pemba. Este
estudo propõe a implantação de um Sistema Hidráulico, a prensa hidráulica para a
prensagem dos resíduos plásticos.

10
1.2. Problematização

Os resíduos sólidos são uma preocupação para todos, principalmente os ambientalistas


que lidam de perto com a tamanha degradação do meio ambiente devido ao lixo. Na
Província de Cabo Delgado, a Cidade de Pemba apresenta um índice cada vez mais
crescente exponencialmente, isto devido ao facto de Pemba ser uma cidade turística, e
cercada de praias e baias. Nas ruas, estradas e praias, a presença de resíduos sólidos é
notória e bastante desconfortante, o conselho autárquico não tem vindo a atender as
solicitações para este problema e os locais de armazenamento são relativamente
menores julgando a quantidade de lixo acumulado pela cidade, esta situação fere não só
o meio ambiente como também a economia da cidade. A má gerência do lixo constitui
um problema gigantesco para a cidade, objectivo deste projecto é essencialmente propor
uma máquina hidráulica capaz de prensar uma quantidade considerável de lixo, no
bairro do wimbe.

Ilustração 1: lixo

Fonte: (AUTOR 2023)

11
1.3. Justificativa

Moçambique é um país localizado ao longo da costa Leste da África Austral, e


economicamente é instável, o desemprego tem se verificado. O presente projecto para
além de minimizar quantidade de lixo deixado para trás, ele visa auxiliar no
desenvolvimento ecossistemático de Pemba descontaminando o meio ambiente e gerar
empregos para os Moçambicanos. O método actualmente usado pelo conselho
autárquico de Pemba e de diversas cidades Moçambicanas denota algumas anomalias
dignas de consideração, as praias têm estado contaminadas frequentemente, pelo que,
optar em prensar os residuos sólidos poderá melhorar a vida dos cidadãos da cidade de
Pemba e do bairro do Wimbe, visto que se reduzirá e se reaproveitará o lixo.

12
1.4. OBJECTIVOS
1.4.1. Gerais
 Dimensionar uma Prensa Hidráulica capaz de compactar os resíduos sólidos.
1.4.2. Específicos
 Construir uma Prensa Hidráulica;
 Analisar o comportamento do Sistema;
 Verificar o funcionamento do Sistema;
 Aplicar Prensa Hidráulica construídas e funcionais para a compactação dos
resíduos sólidos.

13
1.5. METODOLOGIA

O presente trabalho foi realizado na praia do Wimbe com as coordenadas geográficas


Latitude: -12.9720032718 e Longitude: 40.5409045352 localizado na cidade de Pemba,
Província de Cabo delgado, Moçambique.

Ilustração 2: indicação do local de estudo

Fonte: (AUTOR 2023)

1.5.1. Procedimentos

Para a realização deste projecto foram usados os manuais electrónicos segundo a norma
APA, os software para o desenho gráfico foi utilizado o AutoCAD e os mapas do local
de pesquisa foi Google earth e o Google map.

14
2. CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, será abordado a definição de conceitos prévios necessários para o


melhor entendimento do projecto.

2.1. Resíduos Sólidos

De acordo com (RUSSO, 2003) Os problemas causados pelos resíduos sólidos são tão
velhos quanto a humanidade, apesar de no primórdio não haver grandes problemas a
resolver porque o homem era nómada, havia muito espaço e o número escasso.
Entretanto começaram a sedentarizar-se, formando as tribos, vilas e cidades e é
precisamente esta característica já milenar gregária do homem, que traz consigo
problemas de ordem ambiental, pois não havendo conhecimentos e, por conseguinte,
hábitos de higiene, os rios e lagos são poluídos com esgotos e resíduos. A geração de
resíduos começa com a mineração, para se obter a matéria-prima bruta, e em todos os
passos da transformação desta matéria-prima até ser transformada em bens de consumo,
continuam a ser produzidos resíduos. Aparentemente poderia ser simples o
equacionando dos resíduos sólidos, com a diminuição da utilização desta matéria-prima,
por um lado, e por outro, o aumento da taxa de recuperação/reciclagem de produtos dos
resíduos (Figura 1). No entanto, tais medidas seriam dificilmente aplicadas na nossa
sociedade. Deste modo a moderna sociedade tem que procurar novas formas de gerir os
resíduos que procura, bem como terá que procurar por locais para os depositar. Ao
contrário dos líquidos e dos gases, que se diluem no meio receptor, os sólidos
permanecerão no local onde forem depositados, mesmo que venham a sofrer
transformações físicas e bioquímicas.

15
Ilustração 3: : Diagrama do fluxo de geração dos resíduos sólidos

Fonte: (RUSSO, 2003)

A Gestão de resíduos sólidos pode ser definida como um disciplina associada ao


controlo, produção, armazenamento recolha, transferência e transporte, processamento,
tratamento e destino final dos resíduos sólidos, de acordo com os melhores princípios de
preservação da saúde pública, economia, engenharia, conservação dos recursos, estética
e outros princípios ambientais. Deste modo, a gestão de resíduos envolve uma inter-
relação entre aspectos administrativos, financeiros, legais, de planeamento e de
engenharia, cujas soluções são interdisciplinares, envolvendo ciências e tecnologias
provenientes da engenharia, economia, sociologia, geografia, planeamento regional,
saúde pública, demografia, comunicações e conservação.

(RUSSO, 2003)Modernamente entende-se que a gestão dos resíduos sólidos passa por
diversos pilares estruturantes que constituem uma política integrada, de que se
destacam: adopção de sistemas integrados, baseada na redução na fonte, na reutilização
de resíduos, na reciclagem, na transformação dos resíduos (que inclui a incineração
energética e a compostagem) e a deposição em aterros (energéticos e de rejeito).

2.1.1. Normas regulamentadoras param os resíduos sólidos em Moçambique

Segundo o Decreto nº (13, 2006 para efeitos do presente regulamento define-se como:

a) Aproveitamento ou Valorização: a utilização de resíduos ou componentes


destes por meio de processos de refinação, recuperação, regeneração,

16
reciclagem, reutilização ou qualquer outra acção (que conste da lista do Anexo
VI) tendente à obtenção de matérias-primas secundárias com o objectivo da
reintrodução dos resíduos nos circuitos de produção e ou consumo em utilização
análoga, sem alteração dos mesmos.
b) Armazenagem: a deposição temporária e controlada, por prazo não
determinado, de resíduos previamente ao seu tratamento, aproveitamento ou
eliminação.
c) Deposição: o destino final a dar aos resíduos.
d) Detentor: o produtor dos resíduos ou outra pessoa ou entidade que detém a sua
posse ou controlo.
e) Eliminação: o recurso a quais quer das operações especificadas no Anexo VI do
presente regulamento.
f) Estabelecimentos Perigosos ou Tóxicos: estabelecimentos envolvidos na
gestão de resíduos perigosos.
g) Gestão de Resíduos: todos os procedimentos viáveis com vista a assegurar uma
gestão ambientalmente segura, sustentável e racional dos resíduos, tendo em
conta a necessidade da sua redução, reciclagem e reutilização, incluindo a
separação, recolha, manuseamento, transporte, armazenagem e/ou eliminação de
resíduos bem como a posterior protecção dos locais de eliminação, de forma a
proteger a saúde humana e o ambiente contra os efeitos nocivos que possam
advir dos mesmos.
h) Gestão de Risco: a identificação sistemática de perigos, avaliação dos riscos
associados com os perigos identificados e posterior desenvolvimento de medidas
de controlo para gerir os riscos associados com cada um dos perigos
identificados.
i) Operador: as entidades que realizam actividades relacionadas com a gestão de
resíduos.
j) Plano de Gestão de resíduos: é o documento que contém informação técnica
sistematizada sobre as operações de recolha, transporte, armazenamento,
tratamento, valorização ou eliminação de resíduos, incluindo a monitorização
dos locais de descarga durante e após o encerramento das respectivas
instalações, bem como o planeamento dessas operações.
k) Perigo: o potencial para degradar a qualidade do ambiente, prejudicar a saúde e
a vida das pessoas ou danificar propriedades.

17
l) Resíduos: as substâncias ou objectos que se eliminam, que se tem a intenção de
eliminar ou que se é obrigado por lei a eliminar, também designados por lixos.
m) Resíduos Perigosos: os resíduos que contêm características de risco por serem
inflamáveis, explosivos, corrosivos, tóxicos, infecciosos ou radioactivos, ou por
apresentarem qualquer outra característica que constitua perigo para a vida ou
saúde do homem e de outros seres vivos e para a qualidade do ambiente.
n) Resíduos não Perigosos: os resíduos que não contêm características de risco.
o) Resíduos Bio–Médicos: os resíduos resultantes das actividades de diagnósticos
tratamentos e investigação humana e veterinária.
p) Resíduos Radioactivos: os resíduos que contém qualquer material ou
substâncias contaminadas por rádio – isótopos.
q) Recolha: a operação de colecta, triagem e ou mistura de resíduos, com vista ao
seu transporte.
r) Risco: a probabilidade de ocorrência de um perigo e as consequências
resultantes dessa ocorrência.
s) Transporte: qualquer operação de transferência física dos resíduos dentro do
território nacional.
t) Tratamento: os processos mecânicos, físicos, térmicos, químicos ou biológicos
incluindo a separação, que alteram as características dos resíduos de forma a
reduzir o seu volume ou periculosidade e a facilitar a sua deposição.

18
Ilustração 4: residuos solidos

Fonte : (AUTOR 2023)

2.1.2. Reciclagem

Reciclagem, é o processo de conversão de desperdício em materiais ou produtos de


potencial utilidade. Este processo permite reduzir o consumo de matérias-primas, de
utilização de energia e a poluição do ar e da água, ao reduzir também a necessidade de
tratamento convencional de lixo e a emissão de gases do efeito estufa. A reciclagem é
um componente essencial da gestão de resíduos modernos e é o terceiro componente da
hierarquia dos resíduos "reduzir, reutilizar e reciclar ".

19
2.1.2.1. Classificação de reciclagem

A reciclagem pode ser classificada em:

 Reciclagem Mecânica;
 Reciclagem energética;
 Reciclagem química;
a) Reciclagem Mecânica

A reciclagem mecânica, é um método utilizado no mundo todo. Esse método consiste


em transformar os plásticos em pequenos grânulos, que podem ser utilizados na
produção de novos materiais, como sacos de lixo, pás, mangueiras, embalagens não-
alimentícias, peças de automóveis etc.

Ilustração 5: Processo de reciclagem mecânica.

Fonte: (PNRS)

b) Reciclagem energética

Utilizada em larga escala em países da Europa, Ásia e nos EUA a reciclagem energética
é uma das opções existentes, técnica e economicamente viáveis, para o
reaproveitamento de muitas variedades de plásticos que acabam rejeitados para
reciclagem mecânica. A tecnologia consiste em utilizar o plástico e outros resíduos
descartados como combustível em usinas para a geração de energia eléctrica ou térmica
que tenham sistemas de filtros de última geração. (PNRS)

A energia gerada pelas usinas de reciclagem energética pode ser utilizada para iluminar
o equivalente a dois milhões de casas.

20
Ilustração 6: processo de reciclagem energética.

Fonte: (PNRS)

c) Reciclagem química

Segundo (PNRS), o processo de reciclagem química consiste em "quebrar" novamente


os polímeros em suas menores partes, os monómeros ou polímeros de cadeia menores.
Essa quebra facilita também a remoção de quaisquer contaminantes, fazendo com que o
material resultante tenha as mesmas características da resina virgem.

Ilustração 7: Processo de Reciclagem Química.

Fonte: (PNRS)

Ainda para o mesmo autor ressalta que a reciclagem pela via química pode ser feita
repetidas vezes, sem qualquer limite. Assim, este processo consiste em uma alternativa
para os plásticos que não são recicláveis mecanicamente. Contudo, envolve alta
tecnologia, um gasto energético considerável, um alto grau de capacitação, e ainda deve

21
passar por mais pesquisas para que a sua aplicação para todos os materiais plásticos seja
economicamente viável.

2.2. Energia e Trabalho


a) Força (F) e Pressão (P)

A força pode ser descrita como qualquer causa capaz de realizar trabalho. (Palmeiri,
1994)

Segundo Pascal "A pressão exercida em um ponto qualquer de um fluido confinado é a


mesma em todas as direcções e exerce forças iguais em áreas iguais ".

Com esse princípio, suas conclusões ficaram conhecidas como "Lei de Pascal", por
exemplo, se aplicarmos uma força em uma área em líquido confinada o resultado será
uma pressão igual em todas as direcções. (Fialho 2003, como citado em (Botton, Neves,
& Camargo, 2016))

Tendo como um exemplo, um corpo qualquer no qual para ser movimentado, devemos
aplicar uma força sobre ele, por exemplo, puxar ou empurrar. Uma importante aplicação
é o macaco hidráulico. Para um êmbolo de 10cm² e outro de 1cm², uma força
equivalente a 10 kgf será suficiente para levantar um veículo que pese 200 kgf, no outro
êmbolo.

Ilustração 8: Transmissão de energia hidráulica

Fonte: (docsity)

22
De acordo com (Botton, Neves, & Camargo, 2016), no óleo hidráulico, dizemos que há
uma determinada pressão parte do sistema hidráulico, quando ocorre a uma resistência
ao fluxo de óleo que a bomba gera no sistema. A bomba não pode gerar a pressão e sim
a vazão de óleo. O responsável por gerar a pressão no circuito, são as resistências que o
óleo encontra durante sua trajectória.

Assim, podemos ter a relação seguinte:

(2)

F=P × A

Onde:

 P = Pressão;
 F = Força;
 A = Área.

A pressão no sistema internacional é expressa em bar, porém é comum encontrar em


2
kg /cm , psi, bar ou em atmosferas.

Segundo (Stewart2000), Trabalho (t ¿ é definido como um "produto de força F, vezes


deslocamento d" o, tendo sua força na mesma direcção do deslocamento, podendo ser
um corpo movido verticalmente em uma distância ou deslocamento.

A energia é a capacidade de algo de realizar trabalho, ou seja, gerar uma força num
determinado corpo, substância ou sistema físico.

De acordo com as leis da física, a energia não pode ser criada, mas apenas transformada,
sendo cada um dos tipos de energia capaz de provocar fenómenos determinados e
característicos nos sistemas físicos.

2.2.1. Formas de energia

Na natureza, a energia podemos encontrar de seguinte forma:

a) Energia Cinética: tipo de energia relacionada com o movimento dos corpos;


b) Energia térmica: forma de energia relacionada com o calor e as altas
temperaturas;
c) Energia solar: alternativa renovável de fornecimento de energia para diversas
utilidades através da captação dos raios solares;
d) Energia Eólica: forma de energia alternativa e que provém dos ventos;

23
e) Energia Química: tipo de energia que está armazenada em todas as matérias
com ligações químicas, e que é libertada quando ocorre a quebra ou perturbação
dessas ligações;
f) Energia Nuclear: energia libertada quando ocorre uma reacção nuclear.

(2)

t=F × d

Somente o termo Trabalho, não tem interferência do tempo. A razão de movimento ou


Velocidade é frequentemente importante.

b) Potencia (P)

Segundo (Botton, Neves, & Camargo, 2016), a potência, se dá pela "Variação de


potência com o tempo”, com isso se o corpo for movido sem variação de velocidade, na
vertical durante um determinado tempo, podemos dizer que potência seria o trabalho
dividido tempo.

(2)

Trabalho W
Pot ê ncia= → P=
Tempo t

Para o Sistema internacional, define-se que Watt seria a unidade de potência, que
equivalente a 1 Joule por segundo. Joule é a unidade no sistema internacional para
energia e trabalho, que é equivale a:

1 Joule=1 Newton ×metro

c) Vazão (Q)

Vazão como sendo o volume de fluido que é descarregado pela bomba por unidade de
tempo é responsável pela velocidade com que a carga se movimenta. A vazão pode ser
determinada a partir do escoamento de um fluido através de determinada sessão
transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de um conduto
forçado (tubulação com pressão positiva ou negativa).
3 3
m m l l
As unidades de medida adoptadas são geralmente: , , ou o .
s h h s

24
V
Q=
∆t

Onde:

 Q :vazão;
 V: volume;
 ∆ t : tempo de escoamento do fluido.
2.3. Prensa Hidráulica

Uma prensa hidráulica consiste num dispositivo no qual uma força aplicada num
êmbolo pequeno cria uma pressão que é transmitida através de um fluido até um êmbolo
grande, originando uma força grande.

As prensas hidráulicas são mais utilizadas em processos que demandam grandes


esforços e produtividade. No processo de dobra, a chapa a ser dobrada sofre uma
deformação por flexão que é obtido graças à força que o cilindro hidráulico realiza
sobre a chapa para vencer a sua resistência. (PALMEIRA, 2014)

2.3.1. Princípio de Funcionamento de uma Prensa Hidráulico

Quando uma força moderada for aplicada em uma área pequena, isso gera,
proporcionalmente, uma força em uma área maior.

Ilustração 9: Princípio de funcionamento de uma prensa hidráulica

25
Fontre: (docsity)

2.4. Sistemas Hidráulicos

Segundo (PARKER s. ) e (FIALHO, 2004), o termo “Hidráulica” derivou-se da raiz


grega “Hidro”, que tem o significado de “água”, por essa razão entendem - se por
Hidráulica todas as leis e comportamentos relativos à água ou outro fluido, ou seja,
Hidráulica é o estudo das características e uso dos fluidos sob pressão.

Um sistema hidráulico pode ser caracterizado em três divisões conforme a ilustração


abaixo.

Ilustração 10: Partes constituintes de um sistema hidráulico

Fonte: (PARKER s. )

Onde:

 Fonte de energia: Constituído pelo motor eléctrico ou a combustão;


 Grupo de geração: Componente pertencente ao sistema hidráulico
responsável por transformar potência mecânica em hidráulica, exemplo
bomba hidráulica;
 Grupo de controlo: Componente pertencente ao sistema hidráulico
responsável por controlar a potência hidráulica, exemplo comando e as
válvulas;
 Grupo de actuação: Componente pertencente ao sistema hidráulico
responsável por transformar a potência hidráulica em mecânica, exemplo
cilindros e motores;

26
 Grupo de ligação: Conjuntos de componentes que intermedeiam as funções
de cada grupo citado acima, exemplo conexões, tubos e mangueiras.

2.4.1. Circuito do Sistema Hidráulico

Um circuito hidráulico é um sistema utilizado para o accionamento dos dispositivos a


serem empregados para a realização da tarefa inicialmente proposta. Após a
determinação dos parâmetros de trabalho, antes mesmo do dimensionamento da bomba
hidráulica, é esquematizado o circuito a fim de determinar as primeiras características
para o correcto dimensionamento do sistema conforme exemplificado na figura
seguinte. (Simões, 2016)

Ilustração 11: Modelo esquemático de um circuito hidráulico completo.

Fonte: (Bordignon, 2012)

2.4.2. Estrutura Básica de Sistemas Hidráulicos

Os sistemas hidráulicos podem ser divididos em três partes principais:

27
1. Sistema de geração (constituído por: reservatórios, filtros, bombas, motores,
acumuladores, intensificadores de pressão e outros acessórios);
2. Sistema de distribuição e controle (constituído por: válvulas controladoras de
pressão, vazão e válvulas direccionais);
3. Sistema de aplicação de energia (constituído por: motores, cilindros e
osciladores).

Ilustração 12: Esquema Básico de um Sistema hidráulico.

Fonte: (FIALHO, 2004)

2.4.3. Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidráulicos

A utilização dos sistemas hidráulicos normalmente é seleccionada quando se necessita


aplicar grandes esforços aliados a áreas de trabalho relativamente pequenas.

Assim como todos os métodos de transmissão de energia, mecânica, eléctrica e


pneumática, a hidráulica também têm suas vantagens e desvantagens.

a) Vantagens

28
 Fácil instalação dos diversos elementos, oferecendo grande flexibilidade,
inclusive em espaços reduzidos. Já os sistemas mecânicos, não apresentam
flexibilidade;
 Devido a baixa inércia, os sistemas hidráulicos permitem uma rápida e suave
inversão de movimentos, não sendo possível nos sistemas mecânicos e nos
eléctricos;
 São sistemas auto lubrificados, não ocorrendo o mesmo nos mecânicos e nos
eléctricos;
 Permitem ajustes de variações micro métrica na velocidade. Já os mecânicos e
eléctricos só permitem ajustes escalonados de modo custoso e difícil;
 Relação (peso x tamanho x potência consumida) muito menor que os demais
sistemas;
 Devido a óptima condutividade térmica do óleo geralmente o próprio
reservatório acaba eliminando a necessidade de um trocador de calor;
 Transformação da energia, tanto em movimento linear, como rotativo; São
sistemas de fácil protecção, os accionamentos, ao serem sobrecarregados,
simplesmente param.
b) Desvantagens
 Elevado custo inicial, quando comparado aos sistemas mecânicos e eléctricos;
 Transformação da energia eléctrica em mecânica e mecânica em hidráulica para,
posteriormente, ser transformada novamente em mecânica;
 Perdas por vazamentos internos em todos os componentes;
 Perda por atritos internos e externos.
2.4.4. Componentes Hidráulicos
2.4.4.1. Bombas Hidráulicas

Segundo (NEVES, 2005), a bomba hidráulica tem a função de seccionar o óleo


hidráulico do reservatório para o sistema hidráulico. Geralmente as bombas incorporam
pistões, palhetas ou engrenagens. As bombas não geram pressão, o que resulta em
pressão é a resistência ao deslocamento do fluido.

De acordo com (PARKER s. ) A maioria das bombas hidráulicas actualmente em uso


são do tipo rotativo, um conjunto rotativo transporta o fluido da abertura para de entrada
para a saída. De acordo com o tipo de elemento que produz a transferência do fluido, as
bombas rotativas podem ser de engrenagens, de palhetas ou de pistões.

29
2.4.4.1.1. Bomba de Pistão
a) Funcionamento de uma Bomba de Pistão

No exemplo da ilustração a seguir, um tambor de cilindro com um cilindro é adaptado


com um pistão. A placa de deslizamento é posicionada a um certo ângulo. A sapata do
pistão corre na superfície da placa de deslizamento.

Ilustração 13: princípio de funcionamento de uma bomba de pistão.

Fonte: (GOMES, 2008)

Segundo (GOMES, 2008), quando um tambor de cilindro gira , a sapata do pistão segue
a superfície da placa de deslizamento (a placa de deslizamento não gira). Uma vez que a
placa de deslizamento está a um dado ângulo o pistão alterna dentro do cilindro. Em
uma das metades do ciclo de rotação, o pistão sai do bloco do cilindro e gera um volume
crescente. Na outra metade do ciclo de rotação, este pistão entra no bloco e gera um
volume decrescente.

30
Ilustração 14: princípio de funcionamento de uma bomba de pistão.

Fonte: (GOMES, 2008)

Na prática, o tambor do cilindro é adaptado com muitos pistões. As sapatas dos pistões
são forçadas contra a superfície da placa de deslizamento pela sapata e pela mola. Para
separar o fluido que entra do fluido que sai, uma placa de orifício é colocada na
extremidade do bloco do cilindro, que fica do lado oposto ao da placa de deslizamento.

Um eixo é ligado ao tambor do cilindro, que o conecta ao elemento accionado. Este eixo
pode ficar localizado na extremidade do bloco, onde há fluxo, ou, como acontece mais
comummente, ele pode ser posicionado na extremidade da placa de deslizamento. Neste
caso, a placa de deslizamento e a sapata têm um furo nos seus centros para receber o

eixo. Se o eixo estiver posicionado na outra extremidade, a placa de orifício tem o furo
do eixo. A bomba de pistão que foi descrita acima é conhecida como uma bomba de
pistão em linha ou axial, isto é, os pistões giram em torno do eixo, que é coaxial com o
eixo da bomba. As bombas de pistão axial são as bombas de pistão mais populares em
aplicações industriais. Outros tipos de bombas de pistão são as bombas de eixo
inclinado e as de pistão radial.

2.4.4.2. Bombas de Pistão Axial de Volume Variável

Segundo (GOMES, 2008), o deslocamento da bomba de pistão axial é determinado pela


distância que os pistões são puxados para dentro e empurrados para fora do tambor do
cilindro. Visto que o ângulo da placa de deslizamento controla a distância em uma
bomba de pistão axial, nós devemos somente mudar o ângulo da placa de deslizamento
para alterar o curso do pistão e o volume da bomba. Com a placa de deslizamento
posicionada a um ângulo grande, os pistões executam um curso longo dentro do tambor

31
do cilindro. Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo pequeno, os pistões
executam um curso pequeno dentro do tambor do cilindro.

Variando-se um ângulo da placa de deslizamento, o fluxo de saída da bomba pode ser


alterado. Vários meios para variar o ângulo da placa de deslizamento são oferecidos por
diversos fabricantes. Estes meios vão desde um instrumento de alavanca manual até
uma sofisticada serva-válvula.

Ilustração 15: Bombas de Pistão Axial de Volume Variável

Fonte: (GOMES, 2008)

2.4.4.3. Bombas de Pistões Radiais

(GOMES, 2008) Neste tipo de bomba, o conjunto gira em um pivô estacionário por
dentro de um anel ou rotor. Conforme vai girando, a força centrífuga faz com que os
pistões sigam o controlo do anel, que é excêntrico em relação ao bloco de cilindros.
Quando os pistões começam o movimento. Alternado dentro de seus furos, os pórticos
localizados no pivô permitem que os pistões puxem o fluido do pórtico de entrada
quando estes se movem para fora, e descarregam o fluido no pórtico de saída quando os
pistões são forçados pelo contorno do anel, em direcção ao pivô.

32
Ilustração 16: Bombas de Pistões Radiais

Fonte: (GOMES, 2008)

Segundo (FIALHO, 2004), o deslocamento de fluido depende do tamanho e do número


de pistões no conjunto, bem como do curso dos mesmos. Existem modelos em que o
deslocamento de fluido pode variar, modificando-se o anel para aumentar ou diminuir o
curso dos pistões. Existem, ainda, controles externos para esse fim.

2.4.4.3.1. Especificações das bombas de pistão


a) Faixas de Pressão:
 Orifício de Saída: 248 bar−¿3600 psi−¿Continuo 345 bar−¿5000 psi-Pico;
 Orifício de Entrada: 0,69 bar−¿10 psi máximo (não exceder).
b) Condições de Entrada: Não exceder 5 in Hg de vácuo máximo a 1800 RPM
com fluido à base de petróleo. Para velocidade especial recomenda - se ver
condições específicas de entrada.
c) Dreno de Carcaça: 0,35 bar - 5 psi de diferencial máximo sobre o orifício de
entrada 1,03 bar -15 psi máximo
g) Faixa de Velocidade: 600-2600 RPM
h) Faixa de Temperatura: -40 ° F a 160 ° F; -4,5 ° C a 71 ° C
i) Material do Corpo: Ferro Fundido
j) Filtragem: ISO 16/13 recomendado ISO 18/15 máximo
k) Montagem: SAE " B " 2- Parafusos

33
2.4.5. Motores hidráulicos

Segundo (Palmeiri, 1994), os motores hidráulicos possuem a função de transformar


a energia hidráulica em energia mecânica rotativa para realizar o trabalho útil.

Ilustração 17: Exemplo de aplicação de um motor hidráulico

Fonte: (Simões, 2016)

De acordo com (FIALHO, 2004)O deslocamento de um motor hidráulico é gerado


pela quantidade de fluido que o motor recebe. Sendo possível obter o torque sem
rotação, devido ao giro do eixo ser realizada após o torque ser o suficiente para
vencer o atrito e a resistência do peso. Sendo necessário conhecer o torque e o
deslocamento para encontrar a pressão necessária no motor.

2.4.6. Cilindros Hidráulicos

Cilindros hidráulicos são actuadores lineares capazes de transformar a energia


hidráulica, proveniente da pressurização de um fluido em energia mecânica para então
realizar o trabalho requerido.

Segundo (BRAGANFER, 2018), é um actuador mecânico usado para direccionar uma


força por meio de um percurso linear, sua função básica é transformar energia hidráulica
em energia mecânica.

O cilindro hidráulico é utilizado em diferentes equipamentos em diversos ramos


industriais, é composto de uma camisa, uma haste, retentores e normalmente com um
ponto de entrada e outro de saída do fluido. Podem ser de simples ou de dupla acção,
sendo que o seu movimento é determinado conforme a entrada e saída de óleo no
cilindro.

34
Figura 1: Cilindro (Aturador) linear

Fonte: (PARKER, 2010)

O cilindro hidráulico opera à base de energia de um fluido hidráulico pressurizado, que


é normalmente um tipo de óleo. Resumidamente, quem faz o trabalho é o cilindro e um
pistão móvel conectado a uma haste. O cilindro de contenção está fechado pelos dois
extremos, e em um dos extremos possui um orifício por onde sai a haste. Assim, a
pressão hidráulica actua no pistão para produzir o movimento linear. (FIALHO, 2004)

2.4.7. Válvulas de Controlo Direccional e Alívio

De acordo (Linsigen, 2003), a flexibilidade de direccionar o fluido a diferentes pontos


do sistema hidráulico, realizar desvios ou interromper o escoamento quando necessários
constituem as características fundamentais do controle direccional clássico e são
conseguidas por meio de válvulas de controlo direccional.

Ilustração 18: válvula de retenção

Fonte: (GOMES, 2008)

Direccionando do fluido com uma vazão proporcional a um sinal de accionamento ou


comando sendo manual por meio de alavancas ou eléctrico por meio de tensões ou
correntes é uma característica de válvulas de controlo direccionais.

35
Por sua vez (Palmeiri, 1994), diz que as válvulas reguladoras de pressão têm por função
limitar ou determinar a pressão do sistema hidráulico para a obtenção de uma
determinada função do equipamento.

O mesmo autor também destaca que válvulas reguladoras de pressão servem para
controlar a pressão no sistema hidráulico. Elas são conhecidas como: válvulas de alívio
e segurança; válvulas de descarga; válvulas de contrabalanço; válvulas de sequência;
válvulas redutoras; válvulas supressoras de choque.

2.4.8. Fluido e Reservatório

(PARKER s. ), O reservatório possui a função de servir para depósito do fluido a ser


utilizado pelo sistema, também auxilia de forma directa no resfriamento do fluido e
precipitação das impurezas.

(FIALHO, 2004), as funções do reservatório são basicamente de armazenamento,


resfriamento por condução e convecção . Levando em consideração o dimensionamento
o reservatório parece ser o elemento mais trivial de um circuito hidráulico, porém, na
realidade por não estar sujeito a nenhum critério prévio de unificação pode causar ao
projectista algumas dificuldades quanto ao seu dimensionamento e posicionamento de
seus elementos e acessórios.

(Palmieri,1994) Afirma que, o fluido hidráulico deve estar sempre livre de impurezas,
pois do contrário encurta-se a vida útil do sistema hidráulico. O autor define que a
função do filtro é livrar o fluido dessas impurezas para assegurar o bom funcionamento
do circuito. A instalação do filtro no sistema é geralmente na linha de retorno, assim
opera em menos pressão e também filtra as impurezas dos componentes do sistema
antes da chegada do fluido no reservatório.

Para (Linsige, 2003), os fluidos hidráulicos constituem o meio para a transferência de


energia em qualquer sistema hidráulico, as características do fluido devem combinar
com as dos componentes do sistema, tendo em vista a operação nas mais diversas
circunstâncias, como em ambientes agressivos ou sujeitos a elevadas variações de
temperatura, ou ainda em aplicações de sistemas que requeiram elevadas e rápidas
variações de pressão. Uma característica muito importante para o bom funcionamento
do fluido hidráulico é a viscosidade, como por exemplo óleos de baixa viscosidade
possuem a capacidade de penetrar mais rapidamente nas tubulações que óleo de alta

36
viscosidade, também deve ser levado em consideração que a viscosidade influencia
directamente na temperatura, pressão e vida útil do fluido. (NEVES, 2005)

2.4.9. Tipo de Escoamento e Numero de Reynolds

Todo o escoamento de fluidos em tubulações é acompanhado de dissipação de energia,


que é influenciado pela forma geométrica dos componentes, ao tipo do fluido e o tipo de
escoamento. (FIALHO, 2004)

O número de Reynolds (R)é quem indica o tipo de escoamento de um fluido dentro de


um tubo. Os escoamentos são geralmente laminares quando o número de Reynolds for
menor que 2000 e turbulentos quando for maior que 2400.

O escoamento pode ser: escoamento laminar, escoamento de transição e escoamento


turbulento, conforme a Tabela abaixo.

Tabela 1: Tipos de escoamentos

Tipo de escoamento Valores

Escoamento Laminar 0 < R≤ 2000

Escoamento de transição 2000 ≤ R≤ 2400

Escoamento Turbulento R≥ 2400

Fonte: (Brunetii, 2008)

2.5. Dimensionamento do Sistema Hidráulico


2.5.1. Dimensionamento de Actuadores
2.5.1.1. Pressão Nominal

A pressão nominal (PN) é obtida em função do tipo de trabalho. A partir da pressão


nominal PN, deve-se obter a pressão de trabalho estimada Ptb, que é dada pela pressão
nominal menos uma perda de carga estimada entre 10 a 15 %. (FIALHO, 2004)

Assim, adoptando 15 %, temos:

(2)
Ptb=PN −0 , 15 ∙ PN

37
2.5.1.2. Força de Avanço

(FIALHO, 2004) É a força efectiva (Fa) que o cilindro hidráulico deve desenvolver a
fim de realizar o trabalho para o qual foi projectado. Pode ser obtida por uma variada
gama de equações. Entre elas: Física Estática, Resistência dos Matérias, Usinagem,
entre outras.

2.5.1.3. Diâmetro comercia Necessário ao Pistão

Conhecidas a força de avanço Fa e a pressão de trabalho estimada Ptb, é possível


determinar o diâmetro necessário ao pistão que será dado por:

(2)

Dp=
√ 4 ∙ Fa
π ∙ Ptb

Entretanto, esse cilíndro calculado não e definido do pistão. É apenas uma referência a
qual utilizaremos para consultar o catálogo do fabricante e definir qual cilindro
hidráulico possui diâmetro de pistão mínimo igual ou ligeiramente maior que o
calculado. (FIALHO, 2004)

Nesse caso o cilindro que será utilizado no projecto deve observar a seguinte relação:

(2)

DpComercial ≥ Dp Calculado

2.5.1.4. Pressão de Trabalho ( PTb)

Definido o diâmetro Dp comercial, devemos recalcular a pressão de trabalho. Assim,


temos:

(2)

4 ∙ Fa
PTb= 2
π ∙ Dp

2.5.1.5. Dimensionamento da Haste pelo critério de " Euler " para


deformação por Flambagem

A análise de deformação por flambagem baseia-se normalmente na fórmula de Euler,


uma vez que as hastes dos êmbolos têm um diâmetro pequeno em relação ao
comprimento. (FIALHO, 2004)
38
A carga de flambagem K, de acordo com Euler é obtida por:

(2)

2
π ∙ E∙J
K= 2
λ

Isso significa que com essa carga ocorre a flambagem da haste. A carga máxima de
trabalho, ou máxima força de avanço permitida, será dada por:

(2)

K
Fa=
S

Onde:

 λ=¿Comprimento livre de flambagem (cm);


 E=¿Módulo de elasticidade do aço (módulo de Young): E=2 ,1 ∙10 7 N /cm2 ;
 S=¿Coeficiente de segurança (3,5);
 J=¿ Momento de inércia para seção circular (cm²):

(2)

4
dh ∙ π
J=
64

Com um pequeno artifício matemático de substituição da equação da variável J resulta


uma nova equação que, colocada em função de dh fornece a equação para o diâmetro
mínimo admissível da haste em cm:

(2)


dh= 4
61 ∙ S ∙ λ2 ∙ Fa
2
π ∙E

Entretanto, o diâmetro da haste comercial deve então estar de acordo com a seguinte
relação:

(2)

dh Comercial ≥ dh Calculado

39
a) Área da coroa (Ac)

A área da coroa de um cilindro hidráulico Ac é obtida pela diferença entre as áreas


comerciais do pistão (Ap) e da haste (Ah).

(2)

Ac=Ap−Ah

Pode também se escrever em função dos diâmetros, teremos:

(2)

π
Ac= ( Dp −dh )
2 2
4

As dimensões para os cilindros comerciais estão padronizadas de acordo com a norma


ISSO /TC 39 /SC IN. 5, que define diâmetros de pistão de 25 a 400 mm. Entretanto, a
maioria dos fabricantes em seus catálogos de produto em polegadas, nas faixas de 1
¿
1/2 a 8 ", e acima desses valores o cliente deve consultar a fábrica.

2.5.1.6. Analise das Velocidades do mecanismo do actuador

Segundo (Norton, 2011), a velocidade é definida como a taxa de variação de posição em


função ao tempo. A posição (R) é uma grandeza vectorial assim como a velocidade. A
velocidade pode ser linear (v) ou angular (ω ).

(2)

ω=
dt

(2)
dR ∆ s Lh
v= = =
dt ∆ t ∆ t

(FIALHO, 2004) Assim, temos que as velocidade de avanço ( va ¿ e velocidade de


retorno ( vr ) dos actuadores, respectivamente, serão dadas por:

(2)

40
Lh
va=
∆t a

(2)
Lh
vr=
∆tr

2.5.1.6.1. Velocidade de deslizamento do mecanismo do actuador

A transmissão é única ao longo do qual podemos transmitir o movimento de forca sobre


o elo de deslizamento, com excepção da forca de atrito. (Norton, 2011)

Figura 2: movimento de deslizamento

Fonte: (Norton, 2011)

(2)

V A 2 desl =V A 4 desl +V A 2 desl

2.5.1.7. Análise da Aceleração de qualquer ponto dos mecanismos

Segundo (Norton, 2011), em assim para qualquer ponto dos mecanismos


j (θ2 +δ ) j(θ2+ δ )
A s=s α 2 j e 2
−s ω22 j e 2

(2)

A P= A A + A PA

2.5.1.8. Vazão dos actuadores

41
Uma vez conhecida a velocidade de avanço ( va) e a de retorno ( vr ) podemos determinar
a vazão necessária de fluido hidráulico que possibilita essas velocidades.

a) Vazão de avanço (Qa)

Vazão necessária para que o cilindro, ao distender-se, atinja a velocidade (va).

(2)

Qa=va ∙ Ap

Lembrando que:

(2)
2
Dp
Ap=π ∙
4

Podemos então substituir as equações (17) e (22), na equação (21), obteremos a equação
(23).

(2)
2
Lh∙ Dp
Qa=π ∙
4 ∙ ∆ ta

b) Vazão de retorno (Qr )

Vazão necessária para que o cilindro, ao retorna, atinja a velocidade (vr).

(2)

Qr=vr ∙ Ac

Porem, lembrado a equação

4 2 2
Ac= (Dp −d h )
π

e substituindo-a juntamente com (18) em (25), obteremos:

(2)
2 2
Lh∙( Dp −dh )
Qr=π ∙
4 ∙ ∆ tr

c) Vazão induzida (Qi)

42
Após o dimensionamento das vazões necessárias para o avanço e retorno dos actuadores
lineares, torna-se necessário fazer uma verificação quanto à possibilidade de ocorrência
de Vazão induzida.

O Vazão induzida ( Qi ) , é um fenómeno que ocorre quando é fornecida uma vazão


qualquer para um cilindro de duplo efeito, na tomada de saída do fluido haverá uma
vazão que pode ser menor ou maior que a vazão de entrada.

Figura 3 Avanço Figura 4: Retorno

Fonte: (FIALHO, 2004)

Há dois métodos para calcular a vazão induzida (Qi):

 Método 1: A partir das velocidades de retorno ( vr ) e de avanço(va);


 Método 2: A partir da relação de áreas do pistão ( Ap¿ e coroa ( Ac ¿.

Tabela 2: Vazão induzida

Vazão Induzida no avanço (Qia) Condição


Método 1 Qia=va ∙ Ac ¿2) Qia ≤QB

QB
Qia= ¿2¿
r
QB=¿ Vazão de Bomba

Vazão Induzida no retorno (Qir) Condição


Método 2 Qir=vr ∙ Ap ¿2¿ Qia ≥ QB

Qir=QB ∙ r ¿ 2¿
QB=¿ Vazão de Bomba

43
Fonte: (FIALHO, 2004)

Onde o valor de r é adimensional, e obtém-se:


2
Dp
π∙ 2
Ap 4 Dp
r= = =
Ac 4
( Dp2−d h 2) ( Dp −d h )
2 2

π
2
Dp
r=
( Dp2−dh2 )

2.5.1.9. Pressão induzida (Pi)

A pressão induzida é originada da resistência à passagem do fluxo do fluido. Assim, um


ducto ou filtro de retorno mal dimensionado, ou qualquer outra resistência à saída de
fluido do cilindro, pode criar uma pressão induzida.

A pressão induzida assim como a vazão induzida, pode ser maior ou menor que a
pressão fornecida ao cilindro. Assim, temos dois métodos para calcular a pressão
induzida (Pi):

 Método 1: A partir das forças de avanço(Fa) e retorno ( Fr ¿ ;


 Método 2: A partir de relação entre as áreas do pistão( Ap) e da coroa( Ac).

Tabela 3: Pressão Induzida

Pressão Induzida no Avanço (Pia) Condição

Método 1 Fa Pia> PB
Pia= ¿2¿
Ac

Pir=PB ∙ r ¿2¿
PB=¿ Pressão de Bomba

Pressão Induzida no Retorno (Pir) Condição

Método 2 Fr Pir <QB


Pir= ¿2¿
Ap

44
PB PB=¿ Vazão de Bomba
Pir= ¿ 2¿
r

Fonte: (FIALHO, 2004)


2.5.2. Dimensionamento de Bombas Hidráulicas

Segundo (FIALHO, 2004) Após o término do dimensionamento dos actuadores e


verificação da vazão induzida, deve-se então, tomar como referência para a vazão da
bomba a maior vazão induzida calculada, que normalmente será a vazão induzida de
retorno. Nesse caso assume-se:

(2)

Q ir ≥ QB>Q ia

Se houver necessidade de uso de actuadores sincronizados, ou seja, dois ou mais


actuadores sendo accionados simultaneamente no avanço e/ou retorno, as suas vazões
induzidas no retorno. A vazão da bomba será no então máximo igual ou menor que a
soma das vazões no retorno e maior que a soma das vazões induzidas no avanço.

(2)
n n

∑ Q ir ≥ QB >∑ Q ia
1 1

2.5.2.1. Escolha da Bomba Hidráulica

1. Cálculo do Tamanho Nominal

a) Volume de absorção (Cilindrada)

(2)

1000 ∙QB
Vg=
n∙ Ƞ v

b) Momento de torção absorvido


(37)

QB ∙ ∆ P
Mt=
100 ∙ Ƞmh

(38)

45
9549 ∙ N
Mt=
n
c) Potência absorvida

(40)
QB ∙ ∆ P
N=
600 ∙ Ƞ t

Onde:

[ ]
3
cm
 Vg=¿ Volume de absorção ;
rota çã o
 Mt=¿ Momento de torção absorvido[ N ∙m ] ;

 n=¿Numéro de rotações [ 900−1800 RPM ];

 Ƞ v =¿ Rendimento volumétrico [ 0 , 91−0 , 93 ];

 Ƞ mh=¿Rendimento mecânico-hidráulico[ 0 , 82−0 , 97 ];

 Ƞ t=¿ Rendimento total [ 0 , 75−0 , 90 ], que édado por:

(50)
Ƞ t=Ƞ v ∙ Ƞmh

 QB=¿ Vazão da bomba [ ]


l
min
;

 N=¿ Potência absorvida [ KW ] .


2.5.3. Dimensionamento do Motor Hidráulico
a) Momento de Torção Aplicada
(51)

Mt=F ∙ R

(52)
1 ,59 ∙ Vg∙ ∆ P ∙ Ƞmh
Mt=
100

46
b) Número de Rotações Necessárias para Motor
(53)
v
n=
2∙π ∙ R

c) Potência de Saída
(1.33)
Q∙∆ P
N= ∙ Ƞt
600
d) Vazão absorvida
Para a determinação da vazão necessária, devemos consultar o catálogo de um
fabricante, assim devemos procurar um motor que possibilite o torque calculado.

(54)
Vg ∙ n
Q=
1000 ∙ Ƞ v

(55)
600∙ N
Q=
∆ P ∙ Ƞt

e) Pressão

(56)
20 ∙ π ∙ Mt
∆ P=
Vg ∙ Ƞ mh

(57)
1 ,59 ∙ Vg∙ ∆ P ∙ Ƞmh
Mt=
100

Onde:

 Mt=¿ Momento de torção absorvido[ N ∙m ] ;

 v=¿ Velocidade de deslocamento linear da carga [ m/min ]

 F=¿Força necessária para mover a massa [ N ] ;

 R=¿ Raio de giro [ m ];

 N=¿ Potência absorvida [ KW ] ;

 Q=¿Vazão da bomba [ l/min ] ;

47
 n=¿ Rotação [ RPM ] ;
 ∆ P=¿ Diferencial de pressão entre a entrada e a saída ¿.

2.5.4. Dimensionamento das Tubulações


a) Velocidades Recomendadas

A fim de obter a menor perda de carga possível e garantir um regime laminar no


escoamento do fluido, são aplicados alguns critérios empíricos amplamente indicados.
(FIALHO, 2004)

Um desses critérios é o da velocidade que supõe as seguintes condições:

 Comprimento da tubulação não superior a uma dezena de metros;


 Vazões compreendidas entre os limites de 20 a 200 l / min;
 Variações moderadas de temperatura.

Cumpridas essas condições, podem ser utilizadas no dimensionamento das tubulações


as velocidades recomendadas na tabela seguinte.

Tabela 4: velocidades recomendadas

TUBULAÇÃO PRESSÃO (bar)

20 50 100 ¿ 2000

Tubulação de 300 400 500 600


opressão Velocidade

Tubulação de 300 ¿)
Retorno

Tubulação de 100
Sucção

Fonte: (FIALHO, 2004)

Por interpolação, nos é possibilitado obter as velocidades para tubulação de pressão,


para pressões intermediárias no intervalo 20-200 bar, que não constem na tabela,
usando-se a seguinte expressão

(58)

( 31, 3 )
v=121 ,65 ∙ P

48
a) Linha de Sucção

Tubulação pela qual o fluido é succionado do tanque. Compreende o comprimento de


tubulação que vai do filtro de sucção que fica submerso no tanque até a entrada da
bomba hidráulica.

b) Linha de Pressão

Tubulação que se inicia logo após a saída da bomba, alimentando o sistema com as
pressões necessárias ao funcionamento de seus diversos componentes, válvulas de
controlo direccional, actuadores lineares e rotativos, pressostatos, manómetros, etc.

c) Linha de Retorno

Tubulação pela qual o fluido é redireccionado ao tanque com a finalidade de ter sua
temperatura retornada ao normal a partir da circulação entre as chicanas (aletas)
existentes no interior do tanque (reservatório).

Figura 5: Circuito hidráulico (tubulações)

Fonte: (FIALHO, 2004)

Na figura, temos:

49
A- Linha de Sucção
B- Linha de Pressão
C- Linha de Retorno

(FIALHO, 2004) Para estabelecer os diâmetros mínimos necessários às tubulações,


utiliza - se a seguinte expressão:
(59)

dt=
√ Q
0 . 015∙ π ∙ v
Entretanto, esse diâmetro dt obtido é apenas de referência.O diâmetro comercial a ser
utilizado deve ser no mínimo igual ou ligeira mente superior ao valor calculado. Assim:
(60)
dt comercial ≥ dt calculado

Onde:

 dt=¿ Diâmetro interno do tubo [ cm ]


 Q=¿Vazão máxima do sistema[ l/min ]
 0.015=¿Factor de conversão
 v = Velocidade recomendada para a tubulação [cm/s ]-(tabela 6) e/ou ainda
( equação 58 ) quando para linha de pressão.
2.5.5. Dimensionamento do Reservatório para o Sistema

Pela regra o volume de fluido armazenado deve ser suficiente para suprir o sistema por
um período de tempo de no mínimo três minutos antes que haja o seu retorno,
completando o ciclo.

Assim, o volume mínimo do reservatório em litros ou galões deve ser no mínimo três
vezes a vazão da bomba em l/min.

(61)

Vol .resrv . ≥ 3∙ QB

3. CAPÍTULO III: ANÁLISE DOS RESULTADOS

Em seguida estas presentes os cálculos necessários param o sistema hidráulico.

Para uma massa de 1600Kg, curso de 1,5m. Em um avanço de movimento de 15


segundo e retorno de 10 segundo. Com uma Pressão nominal de 140 bar para o sistema.

50
3.1. Dimensionamento de Actuadores para o sistema hidráulico
3.1.1. Forca de Avanço

Fa=m ∙ g=1600 ∙9.81

Fa=15696 N

3.1.2. Diâmetro do Pistão e da Haste

Pela equação (4)

Ptb=PN −0 , 15 ∙ PN
Ptb=140−0 ,15 ∙ 140

Ptb=119 ¯¿

Assim, com a equação (5)

Dp=
√ 4 ∙ Fa
π ∙ Ptb √
=
4 ∙15696
π ∙(119 ∙ 105 )
=40 , 98 mm

Indo a ANEXO 02, temos:

DpComercial ≥ Dp Calculado

50 mm ≥ 40 , 98 mm

No entanto, o diâmetro comercial para o sistema é


DpComercial=50 mm

dh Comercial=36 mm

3.1.3. Pressão de trabalho necessário para o sistema

Com ajuda da equação (7) e com o valor do diâmetro comercial do pistão.

4 ∙ Fa 4 ∙ 15696
PTb= 2
= 2
π ∙ Dp π ∙(50 ∙10¿¿−3) ¿

PTb=79 , 93 ¯¿

3.1.4. Verificação de Carga de Flambágem na Haste do Pistão

Com S=3 ,5 ; Fa=15696 N

L=1 , 5 m=150 cm;

51
7 2
E=2 ,1 ∙10 N /cm ;

Caso 3 da tabela do ANEXO 01: λ=L(0 , 5)0 ,5=15 0 ∙(0 , 5)0 ,5=106 ,1 cm

Com a equação do momento de inércia:


4 4
d h ∙ π 36 ∙ π 4 4
J= = =82447 ,96 mm =8 ,25 c m
64 64
2 2 7
π ∙ E ∙ J π ∙2 , 1∙ 10 ∙8 , 25
K= 2
= 2
λ 106 ,1

K=151894 , 56 N

Com essa carga ocorre a flambagem da haste. No entanto, a carga máxima de trabalho,
ou máxima força de avanço permitida, será:

K 151894 , 56 N
Fa= =
S 3,5

Fa=43 ,39 KN

3.1.5. Áreas do Pistão e da Coroa

Pelas e equações das áreas do pistão e da coroa, respectivamente, temos:


2 2
Dp 50 2
Ap=π ∙ =π ∙ =1963 , 49 mm
4 4

π π
Ac= ( Dp −d h )= ( 50 −36 )=945 , 62 mm
2 2 2 2 2
4 4

3.1.6. Velocidades de Avanço e Retorno do actuador

Pelas equações (17) e (18), obtemos:

L h 1, 5
va= = =0 , 1 m/s
∆ t a 15

Lh 1,5
vr= = =0 ,15 m/ s
∆ t r 10

3.1.5. Verificação do Grau de Liberdade do actuador -Hidráulico

Visto que o vector velocidade é linear, ela equação de Critério de Grübler:

N=2elos , J 1=1 e J 2=0

52
GDL=3 ∙ ( N−1 ) −2∙ J 1−J 2=3 ∙ ( 2−1 )−2 ∙1

GDL=1

Como GDL> 0: o sistema é um mecanismo com GDL graus de liberdade;

3.1.6. Analise das Velocidades de Mecanismo do Actuador em Avanço e


Retorno

Pelas equações das velocidades lineares, obtemos:


L h 1, 5
va= = =0 , 1 m/s
∆ t a 15

Lh 1,5
vr= = =0 ,15 m/ s
∆ t r 10

3.1.7. Análise da Aceleração de qualquer ponto dos mecanismos

0 ,1 2
Aa= =0,006 m/s
15

0 ,15 2
Ar= =0,015 m/s
10

No entanto, para um determinado ponto qualquer o mecanismo do actuador, terá uma


aceleração constante de:

A P= A A + A PA

Ar= Aa+ A PA

2 2 2
A PA=0,015 m/ s −0,006 m/s =0 , 009 m/s

3.2. Vazão do Avanço e Retorno do actuador

Pelas equações (21) e (24), obtemos:

Qa=va ∙ Ap=0 ,1 ∙(1963 , 49 ∙10−6 ¿=1 , 96 ∙ 10−4 m3 /s=1 1 , 8li /min

Qr=vr ∙ Ac=0 ,15 ∙(945 , 62 ∙10−6 ¿=1 , 42 ∙10−4 m3 /s=8 , 4 l /min

Com a ajuda das equações (26) e (28), tem-se as vazões induzidas no avanço e no
retorno.

Qia=va ∙ Ac=0 , 1 ∙ ( 945 ,62 ∙ 10−6 ) =9,456 ∙10−5 m3 / s=5 ,7 l/min

53
Qir=vr ∙ Ap=0 ,15 ∙ ( 1963 , 49 ∙10−6 )=2,945 ∙ 10−4 m3 / s=17 ,7 l /min

3.3. Dimensionamento da bomba hidráulica

3.3.1. Escolha de bomba


Com a e equação (34), teremos como ponto de partida.
Q ir ≥ QB>Q ia→ 17 , 7 ≥QB >11, 8 li/min → ok

QB=17 , 7 l/min

3.3.1.1. Cálculo do Tamanho Nominal


Com rendimento volumétrico de 92% à uma pressão de 100 bar e rotações de 1750 rpm.

a) Volume de absorção (Cilindrada):


1000 ∙QB 1000 ∙17 , 7 3
Vg= =¿ =10 , 9 cm /rot
n∙ Ƞ v 1750 ∙0 , 92

b) Momento de torção absorvido

Com a ajuda da equação do momento de torção e um rendimento mecânico-


hidráulico de 87%.

QB ∙ ∆ P 17 ,7 ∙ 100
Mt= = =20 , 34 N ∙ m
100 ∙ Ƞ m h 100∙ 0 , 87

d) Potência absorvida
QB ∙ ∆ P 17 ,7 ∙ 100
N= = =3 , 7 KW
600 ∙ Ƞ t 600 ∙(0 , 87 ∙ 0 , 92)

Indo a tabela do fabricante ROXROTH, obtemos:

Vg comercial ≥ Vg calculado → 11, 3≥ 10 , 9

Tabela 5: dados efectivos da bomba param o sistema.

A bomba para o sistema terá:

Tamanho Nominal=11

3
Vg comercial=11, 3 cm /rot

Qef =19 , 20 l/min

Nef =5 , 60 KW

54
n=1750 R PM

Fonte: (AUTOR 2023)

3.4. Dimensionamento do motor do sistema

Para deslocamento de carga 1,5 m, diâmetro da polia de 20 cm, tempo de avanço de 15


segundos a uma força de Fa=43 ,39 KN . Rendimento volumétrico de 92% e
rendimento mecânico-hidráulico de 95%.

a) Momento de torção absorvido do motor

Mt=F ∙ R=( 43 , 39 KN ) ∙ ( 1 ,5 m )=65895 Nm

b) Número de Rotações Necessárias para Motor

[ ]
15 m
10 s
v 60 s ∙ min
n= = =19 RPM
2 ∙ π ∙ R 2∙ π ∙(0 ,75 m)

c) Potência de Saída
9549 ∙ N 65895∙ 19
Mt= →N= =131 , 11KW
n 9549
d) Vazão necessária para o motor

Para o calculo da vazão necessária, fez-se a consulta do catalogo de fabricante, pois


como visto na esqueces, ela pode ser calculada em função do motor que ela oferece, da
RPM requerida e do diferencial de pressão do óleo que entra e saio do motor, assim
recorreu-se a Catalogo REXROTH da tabela do ANEXO 04.

Tomando como referencia: Mt comercial ≥ Mtcalculado →134 ,6 ≥ 131 , 11

Tabela 6: Referencia do motor do sistema.

Mt comercial=134 , 6 Nm

∆ P=400 ¯¿

3
Vg=32cm /rot

Q=3321 l/min

Fonte: (AUTOR 2023)

55
3.5. Dimensionamento do diâmetro das tubulações e verificação dos regimes
de escoamento
Com a pressão da bomba de 100bar, Qef =19 , 20 l/min, uma viscosidade do óleo
de v=0 , 45 st .
a) Tubulação de sucção
Com o uso da tabela 6, obtemos:
v=100 cm/s

dt=
√ Q
0.015 ∙ π ∙ v
=

19 ,20
0.015 ∙ π ∙ 100
=0 , 64 cm

Indo a tabela ANEXO 03, catálogo do Fabricante RXROTH.

dtcomercial ≥ dt calculado → 0 ,80 ≥ 0 , 64

dtcomercial=0 , 80 cm

v ∙dt
ℜ= =178 →laminar
v

b) Tubulação de retorno

Com o uso da tabela 6, obtemos:

v=300 cm/s

dt=
√ Q
0.015 ∙ π ∙ v
=

19 ,20
0.015 ∙ π ∙ 300
=1 ,2 cm

Indo a tabela ANEXO 03, catálogo do Fabricante RXROTH.

dtcomercial ≥ dt calculado →1 , 3 ≥1 , 2

dtcomercial=1 ,3 cm

v ∙dt
ℜ= =867 → laminar
v

c) Tubulação de pressão

( 31, 3 ) ( 31,3 )
v=121 ,65 ∙ P =121 , 65∙ 100 =491 cm/s

dt=
√ Q
0.015 ∙ π ∙ v
=

19 ,20
0.015 ∙ π ∙ 491
=0 , 91 cm

56
Indo a tabela ANEXO 03, catálogo do Fabricante RXROTH.

dtcomercial ≥ dt calculado →1 , 1≥ 0 , 91

dtcomercial=1 ,1 cm

v ∙dt
ℜ= =1200 →laminar
v

3.6. Dimensionamento do reservatório

Vol .resrv . ≥ 3∙ QB=3 ∙ 17 ,7 l=53 ,1 l

Vol .resrv . ≥ 53 ,1 l

O fluido utilizado foi o DTE 26 com viscosidade 0 , 45 Sà temperatura de 40°C, com


uma densidade de 0,881 g/cm³ a uma temperatura de 15,6°C.

3.7. Estrutura do Equipamento

O sistema estrutural completo é formado pelas estruturas verticais cilindricas de


sustentação poderam ser fabricadas com cantoneiras de aço carbono, conforme norma
ASTM A572 G50, possui abas iguais de 3” utilizadas verticalmente para suportar toda a
carga axial do equipamento e suportar cargas de flambagem, conforme Mostrado no
ANEXO 05. A estrutura horizontal inferior poderá ser projectada para resistir aos
esforços de deflexão e suportar a carga. Foi fabricada com cantoneiras de 4” aço
carbono, conforme norma ASTM A572 G50, conforme ANEXO 05.

3.8. Tabela de orçamento do projecto


Tabela 7: Tabela de orçamental de Componentes constituintes do projecto.

ITE P./UNIDADE P./UNIDADE


M EQUIPAMENTO QUT (MT) (MT)

1 Bomba Hidráulica 01 40.000,00 40,000,00

2 Quite completo Cilindro-pistão 01 20,000,00 20.000,00

3 Abas verticais de 3” (aço carbono) 04 2.000,00 8.000,00

6 Tubos Quadrados (40x40x40) de


Alumínio

57
3 500,00 15.000,00

7 Chapas Aço 25 m 04 7500,00 30.000,00

8 Barras de (60x10m)de ferro 02 180,00 360,00


fundido

9 Cantoneiras de 4” (aço carbono) 04 200,00 800,00

TOTAL (MT) 118.750,00

Fonte: (AUTOR , 2023)

3.9. Mapa Local de Implementação do Projecto

58
Ilustração 19: Local de Implementação do projecto.

Fonte: (AUTOR 2023)

4. CONCLUSÃO

59
O dimensionamento de uma prensa hidráulica para recolha e reciclagem de lixo no
bairro de Wimbe é um processo complexo que requer consideração cuidadosa de
diversos factores. Nesta breve explanação, discutimos os principais pontos a serem
considerados no projecto dessa prensa. A capacidade de processamento da prensa deve
ser determinada com base na quantidade de lixo a ser colectada e reciclada diariamente
no bairro. Além disso, é importante identificar o tipo de lixo que será processado, pois
diferentes materiais podem exigir abordagens de prensagem distintas. A força de
prensagem necessária para comprimir o lixo adequadamente deve ser calculada levando
em consideração o tipo, volume e densidade desejada após a compressão. Um sistema
hidráulico adequado, composto por cilindros, bombas, válvulas e outros componentes,
deve ser projectado para fornecer essa força de prensagem.

5. RECOMENDAÇÕES

60
 A segurança é um aspecto crucial a ser considerado. Recursos de segurança,
cortinas de luz, sinais de paradas de emergência e sistemas de bloqueio, devem
ser incorporados na hora de implementação do projecto;
 A manutenção regular da prensa, incluindo a substituição de peças desgastadas,
lubrificação adequada e inspecções periódicas, é essencial para garantir o
desempenho e a longevidade do equipamento.
 Estudo da viabilidade do sistema;
 A busca e colecção de informações e, principalmente o alerta à população do
local sobre a data e o intervalo de tempo de ocorrência dos trabalhos de
implantação do projecto;
 O uso dos EPI e EPC ao trabalhar no projecto.

61
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Bordignon, R. L. (2012). PROJETO CONCEITUAL DE UMA PRENSA


HIDRÁULICA PARA RETALHOS DE CHAPAS METÁLICAS. Horizontina:
FAHOR.

 Botton, C. V., Neves, F. E., & Camargo, R. F. (2016). PROJECTO DE UMA


PRESA HIDRAULICA: DIMENCIONAMENTO E SELECAO DOS
COMPONENTES. Sao Paulo: Campinas .

 BRAGANFER. (2018). Obtido em 19 de 6 de 2023, de


www.BRAGANFER.com.br/chap-dobrada

 Brunetii, F. (2008). Mecanica dos Fluidos (2 ed.). Sao P.

 docsity. (s.d.). Obtido em 26 de Junho de 2023, de docsity:


https://www.docsity.com/pt/lei-de-pascal-e-aplicacoes/5740676/

 FIALHO, A. B. (2004). AUTOMACAO HIDRAULICA (2 ed.). Sao Paulo: Erica.

 GOMES, R. M. (2008). APOSTILA DE HIDRAULICA. Bihia: Centro Federal de


Educacao Tecnlogia da Bahia.

 Linsigen, I. V. (2003). Fundamentos de Sistemas Hidraulicos . Florianopolis:


UFSC.

 NEVES, C. A. (2005). Melhoria na Estacao de Tratamento de Efluentes de uma


Empresa Metal Mecanica de Produca de Componentes Hidraulicos. Porto
Alegre, Brasil: RGS.

 Norton, R. L. (2011). Cinematica e dinamica dos Mecanismos. Porto Alegre:


AMGH.

 PALMEIRA, A. A. (2014). PROCESSOS DE DOBRAMENTO (1 ed.). Rio:


MMT.

 Palmeiri, A. C. (1994). Manual de Hidraulica Basica (9 ed.). Porto Alegre:


Pallotti.

 PARKER. (2010). Catalogo de B0mbas Hidraulicas. Sao Paulo.

 PARKER, s. Tecnologia Hidráulica Industrial. Sao Paulo, Brasil: Jacarai.

 PNRS, s. Manual de Rreciclagem de Plásticos. Brasil.

62
 RUSSO, M. A. (2003). TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Coimbra,
Portugal: UC.

 Simões, R. M. (2016). Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos (Vol. Unico).


Londrina: Distribuidora Educacional S.A.,.

ANEXO 01

63
Fonte: (FIALHO, 2004)

ANEXO 02

64
Fonte: (FIALHO, 2004)

ANEXO 03

65
Fonte: (FIALHO, 2004)

ANEXO 04

66
Fonte: (FIALHO, 2004)

ANEXO 05

67
Fonte: (AUTOR, 2023)

68

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