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Por:
O JÚRI:
O Presidente O Tutor O Arguente
_________________ _____________________ ___________________
DECLARAÇÃO DE HONRA
“Declaro que este Trabalho de Diploma nunca foi apresentado na sua essência para
obtenção de qualquer grau académico e ele constitui o resultado da minha pesquisa
pessoal”
A autora
_______________________________________
(ORNÍLIA CÉLIA DA GRAÇA)
I
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Jaime Chavane e Líria António Lote Langa, aos meus
irmãos, Herminio Langa, Jaime Júnior e Edy Marven,
II
AGRADECIMENTOS
Primeiro quero agradecer a Deus por esse momento, por me permitir chegar ate aqui e
vivenciar essa etapa da vida.
Agradecer aos meus segundos pais Hermínio Langa e Célia Nhanala pela força e pelo
cuidado.
Agradecer aos meus irmãos Edy Marven e Jaime Júnior, Orquídia da Neusa pela ajuda que
me deram durante esse período e todos que contribuíram para realização dessa licenciatura.
E por fim agradecer ao meu companheiro da vida, Ruden Nhatumbo, por todo apoio que
me deu durante esse período.
III
LISTA DE ABREVIATURAS UTILIZADA
AC - Corrente Alternada
CC - Corrente Continua
MI - Motor de Indução
IV
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. componentes do dimensionamento do SF e suas quantidades (fonte: autora) ..... 40
Tabela 2. Latitude e longitude (fonte: GoogleMapas.com) ................................................. 40
Tabela 3. Parâmetros do estudo de viabilidade económica. (fonte: autora) ........................ 48
Tabela 4.Tabela do VPL do projecto ................................................................................... 49
V
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Radiação directa do sol. Fonte: (Rodrigues, 2022) ................................................ 7
Figura 2. Representação dos ângulos segundo as técnicas solares. Fonte: (Galdino, 2014) . 8
Figura 3. vivendas bioclimáticas. Fonte: (ingenierosasesores, 2022) .................................... 9
Figura 4. Esquema solar residencial. Fonte: (Colonese, 2021)............................................ 10
Figura 5. esquema de energia solar fotovoltaica residencial. Fonte: (slsconsultoria, 2019) 10
Figura 6. esquema Autónoma. Fonte: (reluzeeco, 2020) ..................................................... 13
Figura 7. Sistema fotovoltaico conectado a rede. Fonte: (cumbre, 2019) ........................... 14
Figura 8. Sistema conectado à rede - on grid. Fonte: (Longosola, 2020) ............................ 15
Figura 9. Matriz energética moçambicana. Fonte: autora.................................................... 17
Figura 10. Organização Actual do Sector. Fonte: (ALER, 2021) ........................................ 20
Figura 11. Mapa de organização dos operadores do sector energético em Moçambique .... 22
Figura 12. Sistemas de Bombagem Solar. Fonte: (homar, 2019) ........................................ 28
Figura 13. Bombas Centrífugas. Fonte: (Franklin, 2009.) ................................................... 30
Figura 14. Bomba de Engrenagem. Fonte: (Franklin, 2009.) .............................................. 31
Figura 15. Bomba de rotor helicoidal. Fonte: (Franklin, 2009.) .......................................... 31
VI
RESUMO
O presente trabalho foca, essencialmente, três áreas relacionadas com um uso mais
eficiente da água: (i) o aproveitamento das águas de banho, (ii) dimensionamento de
sistemas fotovoltaicos para alimentar bomba de água e (iii) analise de viabilidade técnica e
económica. Em relação ao primeiro aspecto descrevem-se experiências que mostram que
um banho normal de uma pessoa custa em média 15 minutos, isto é, um volume de 4.2
litros será, em princípio, suficiente para um banho. Com outras formas de se ter de
produzir energia para satisfazer a demanda da bomba, foi possível chegar a menores
consumos de água e de energia eléctrica através de sistemas fotovoltaicos. Através de
sistemas fotovoltaicos é possível bombear a água para diferentes fins com menores custos
de operações e manutenções. As análises financeiras e económicas foram feitas a partir de
estimativas baseadas nas informações sobre o mercado e características do
empreendimento. A descrição das receitas e despesas e o fluxo de caixa projectados foram
de cinco anos, no qual o custo total de implementação desse sistema tem um custo
acessível. O estudo de viabilidade mostra que o projecto é técnico e economicamente
viável, pois o retorno do investimento está estimando em dois anos. Por fim, descreve-se
um estudo na parte que diz respeito às águas do banho, nomeadamente a sua quantidade e
diferentes concepções para o seu reaproveitamento.
VII
ABSTRACT
The present work focuses essentially on three areas related to a more efficient use of water:
(i) the use of bathwater, (ii) sizing of photovoltaic systems to feed the water pump and (iii)
technical and economic feasibility analysis. Regarding the first aspect, experiments are
described showing that a normal bath for a person cost on average 15 minutes, that is, a
volume of 4.2 liters will be, in principle, enough for a shower. With other ways of having
to produce energy to satisfy the demand of the pump, it has been possible to achieve lower
water and electricity consumption through photovoltaic systems. Through photovoltaic
systems it is possible to pump water for different purposes with lower operating and
maintenance costs. The financial and economic analyses were made from estimates based
on information about the market and characteristics of the enterprise. The description of
revenues and expenses and the projected cash flow were for five years, in which the total
cost of implementing this system is affordable. The feasibility study shows that the project
is technically and economically viable, as the return on investment is estimated in two
years. Finally, a study is described on the part that concerns the shower water, namely its
quantity and different designs for its reuse.
Keywords: Bathroom water reuse, Photovoltaic system and technical and economic
feasibility analysis.
VIII
ÍNDICE GERAL
DECLARAÇÃO DE HONRA ............................................................................................... I
DEDICATÓRIA ................................................................................................................... II
ÍNDICE DE FIGURAS........................................................................................................VI
ABSTRACT...................................................................................................................... VIII
1. Introdução ...................................................................................................................... 1
1.2. Objectivos................................................................................................................ 3
2.1. Justificativa.............................................................................................................. 4
4. METODOLOGIA ........................................................................................................ 33
Conclusão............................................................................................................................. 51
Recomendações................................................................................................................ 52
1. Introdução
Em África, a aplicabilidade das energias renováveis está ainda em fase embrionária, em
busca de financiamentos para a materialização de projectos com o objectivo de garantir a
electrificação total. Com processo de evolução da matriz energética, possibilitou-se o
melhoramento de estratégias de melhoramento do sector agrário através da disponibilidade
de sectores hídricos existentes bem como o potencial solar energético para avaliação de
outras possíveis opções de uso.
1
1.1. Problematização
Moçambique é o sétimo país mais pobre do mundo, e tem cerca de 15 milhões de pessoas a
viver em condições extremas de pobreza segundo (Reis, 2022). O constante crescimento
demográfico determina o desenvolvimento económico acelerado. Na agricultura, o esforço
para o aumento da produção contribui directamente para uma maior pressão sobre os
recursos naturais, e por isso deve-se impor formas mais racionais e sustentáveis para seu
uso e aproveitamento.
O consumo de água pode ser de diversas formas, isso torna a água um recurso
indispensável para o ser humano. Com isso, a falta de cuidados ou de formas de
reaproveitamento desse precioso líquido provocam seca e consequentemente causando
impactos negativos a natureza.
Um dos principais problemas esta no não reaproveitamento de água usada durante o banho,
neste contexto surge então a seguinte pergunta de pesquisa:
• Até que ponto um sistema fotovoltaico pode se mostrar viável no reuso da água
proveniente do banho?
2
1.2. Objectivos
Para responder à pergunta de pesquisa foram traçados os seguintes objectivos:
3
1.3. Justificativa
O presente relatório visa aplicar um sistema fotovoltaico para reaproveitamento de água
proveniente do banho, com vista a garantir o uso de água para diferentes fins, ampliando os
conhecimentos hidráulicos e de energias fotovoltaicas.
4
CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA
2. Revisão de Literatura
Nesse capítulo será apresentado o referencial teórico composto por assuntos relacionados
ao tema.
2.1. Energia
O conceito científico de energia está associado a actividades comuns como queimar
combustíveis, carregar baterias ou máquinas a rodar. Estes e outros processos podem ser
descritos em forma de diversas formas de energia, tais como energia térmica (Calor),
energia química (em combustíveis ou baterias), energia cinética (em corpos em
movimento), energia eléctrica, energia potencial e várias outras.
5
fotovoltaico absorvem energia luminosa e produzem corrente eléctrica contínua,
(CRESESB 2006).
O efeito da incidência desses raios solares sobre determinados elementos químicos, efeito
fotovoltaico, foi relatado pela primeira vez pelo físico francês Alexandre Edmond
Becquerel, em 1839. Ele constatou o aparecimento de uma diferença de potencial entre os
extremos de uma estrutura de material semicondutor, resultante da absorção da luz solar.
Esse facto permitiu que se produzisse, alguns anos depois, a célula solar fotovoltaica,
unidade fundamental dos sistemas solares fotovoltaicos para geração de energia eléctrica
(CRESESB 2006).
No entanto, apenas uma parte da quantidade total da radiação solar atinge a superfície
terrestre. A atmosfera reduz a radiação solar através da reflexão, absorção (ozono, vapor de
água, oxigénio, dióxido de carbono) e dispersão (partículas de pó, poluição). O nível de
irradiância na Terra atinge um total aproximado de 1.000 W/m2 ao meio-dia, em boas
condições climatéricas, independentemente da localização. Ao adicionar a quantidade total
da radiação solar que incide na superfície terrestre durante o período de um ano, obtém-se
a irradiação global anual, medida em kWh/m2.
6
bem definidas em qualquer objecto. Por outro lado, a radiação difusa carece de direcção
específica.
7
Figura 2. Representação dos ângulos segundo as técnicas solares. Fonte: (Galdino, 2014)
2.3. Energia Bioclimática
A energia solar bioclimática ou simplesmente arquitectura bioclimática consiste em
formas de aproveitamento da luz natural do sol, do calor, ou evitando-os, através de
soluções arquitectónicas e urbanísticas, adaptadas às condições específicas de clima e de
habitus de consumo de cada local. Para aproveitar correctamente as condições naturais, a
edificação deve ser planejada cuidadosamente, o que pode significar um alto rendimento
no aproveitamento da energia natural do sol, economizando outras formas de energia mais
sofisticadas, condiciona o projecto arquitectónico quanto a sua orientação, espacial, quanto
as dimensões de abertura das janelas e transparência na cobertura das mesmas.
8
Figura 3. vivendas bioclimáticas. Fonte: (ingenierosasesores, 2022)
2.4. Energia solar térmica
Neste caso, o interesse é na quantidade de energia que um determinado corpo é capaz de
absorver, sob a forma de calor, a partir da radiação solar incidente no mesmo. A utilização
dessa forma de energia implica não somente em saber captá-la, mas também em como
armazená-la. Os equipamentos mais difundidos com o objectivo específico de se utilizar a
energia solar térmica são conhecidos como colectores solares.
9
Figura 4. Esquema solar residencial. Fonte: (Colonese, 2021)
2.5. Energia Solar Fotovoltaica
A energia solar fotovoltaica consiste na conversão directa da luz solar em energia eléctrica.
A unidade básica de conversão é a célula fotovoltaica e seu princípio de funcionamento é
explicado através do efeito fotovoltaico. Edmond Becquerel, em 1839, constatou que uma
estrutura feita de material semicondutor, ao ser submetido a uma exposição de luz
estabelecia uma diferença de potencial entre seus extremos. Essa descoberta representa um
marco na história do efeito fotoeléctrico e os avanços que o sucederam possibilitaram a
criação das primeiras estruturas semicondutoras.
10
1 - PAINÉIS SOLARES
Os painéis solares são feitos de células fotovoltaicas, que convertem a luz solar em energia
elétrica de corrente contínua durante todo o dia. Um inversor solar converte a energia solar
dos seus painéis fotovoltaicos (Corrente Continua - CC) em energia elétrica que pode ser
usada em sua Casa ou Empresa para a TV, Computador, Máquinas, Equipamentos, e
qualquer equipamento elétrico (Corrente Alternada - CA) que você precise.
2 - INVERSOR
Este dispositivo converte a energia de corrente contínua (CC) gerada pelos painéis solares
para a energia de corrente alternada (CA). A energia que sai do inversor solar vai para o
seu "quadro de luz" e é distribuída para sua casa ou empresa, e assim reduz a quantidade de
energia que você compra da distribuidora.
3 - PAINEL ELÉTRICO
A energia de corrente alternada é enviada a partir do inversor ao seu painel elétrico para
alimentar as luzes e dispositivos com energia solar. O painel elétrico é muitas vezes
chamado de quadro de distribuição.
4 - RELÓGIO BIDIRECIONAL
Seu imóvel vai continuar conectado a rede pública de distribuição. Você vai precisar dessa
energia durante a noite ou em dias muito nublados, mas não se preocupe, o custo é
compensado por qualquer excesso de energia solar que seu gerador injetar na rede durante
o dia (aquele relógio bidirecional girando inversamente).
11
2.5.1. Classificação dos sistemas solares fotovoltaicos
Os sistemas fotovoltaicos são classificados de acordo com à forma como é feita a geração
ou entrega da energia eléctrica em: Sistemas Isolados ou autónomos (Off-Grid); Sistemas
conectados à rede (On-Grid) e Sistemas híbridos.
12
Figura 6. esquema Autónoma. Fonte: (reluzeeco, 2020)
Os sistemas isolados de geração de energia solar fotovoltaica, de maneira simplificada, são
compostos de quatro componentes:
São o coração do sistema e geram a energia elétrica que abastece as baterias. Tem a
propriedade de transformar a radiação solar em corrente elétrica contínua. Um sistema
pode ter apenas um painel ou vários painéis interligados entre si.
• Controladores de carga:
• Inversores:
• Baterias:
São o pulmão do sistema e armazenam a energia elétrica para ser utilizada nos momentos
em que o sol não esteja presente e não haja outras fontes de energia.
13
Figura 7. Sistema fotovoltaico conectado a rede. Fonte: (cumbre, 2019)
2.5.4. Sistemas conectados à rede (On-Grid)
Os sistemas fotovoltaicos de conexão à rede são caracterizados por estarem integrados à
rede eléctrica de distribuição da concessionária. Diferente dos sistemas isolados que
atendem a um propósito específico e local, estes sistemas também são capazes de abastecer
a rede eléctrica com energia que pode ser utilizada por qualquer consumidor da rede.
Os sistemas conectados têm uma grande vantagem com relação aos sistemas isolados por
não utilizarem baterias e controladores de carga. Isso os torna cerca de 30% mais eficientes
e também garante que toda a energia seja utilizada, ou localmente ou em outro ponto da
rede. Sistemas de conexão à rede podem ser utilizados tanto para abastecer uma residência,
comércio ou indústria, ou então simplesmente produzir e injectar a energia na rede
eléctrica, assim como uma central hidroeléctrica ou térmica.
Para residências e empresas estes sistemas também são chamados de sistemas fotovoltaicos
de autoconsumo. Se o proprietário do sistema produzir mais energia do que consome, a
energia produzida fará com que o medidor de energia bidirecional contabilize a diferença
entre a energia utilizada da rede de distribuição com a gerada pelo sistema.
14
Figura 8. Sistema conectado à rede - on GRID. Fonte: (Longosola, 2020)
2.6. Acesso à Energia no Mundo
O acesso à energia é uma condição sine qua non da luta contra a pobreza: A energia é um
meio que intervém em todos os sectores chave do desenvolvimento, quer se trate de água,
da saúde, da refrigeração de alimentos, da iluminação, e do aquecimento doméstico, dos
transportes, da agricultura, da produção industrial ou ainda dos meios de comunicação
modernos. Onde falta a energia, desenvolve-se a pobreza e instala-se um ciclo vicioso
“pobreza - energia". O acesso ao conhecimento (ensino e formação) depende em muito das
novas tecnologias e da sociedade de informação que constituem uma oportunidade que só
pode ser aproveitada com a energia. (CCE, 2002).
Actualmente, quase dois mil milhões de pessoas concentradas na periferia dos centros
urbanos e zonas rurais isoladas não têm acesso a serviços energéticos de base. É este o
paradoxo energético que caracteriza o seculo XXI. Esta desigualdade perante a energia
afecta nomeadamente dois terços da população africana, que em grande medida depende
da biomassa tradicional para o seu aprovisionamento energético (U.A, 2010)
Procurar a eficiência das energias renováveis nestas zonas é buscar a modernização das
zonas rurais e a longo prazo estas acções são benéficas a nível socioeconómico, (Cabraal,
2005).
15
2.6.1. Países em Vias de Desenvolvimentos (PED)
Na maior parte dos PEDs é frequente a utilização de lenha para a preparação de alimentos
e para o aquecimento (biomassa tradicional). A recolha excessiva de biomassa é das
principais causas do aumento da taxa de desflorestação em Africa, que vem perdendo cerca
de 4 milhões de hectares de floresta por ano desde 2000, sendo África actualmente o
segundo continente com a maior taxa de desflorestação. (UNRIC, 2012).
Por outro lado, um dos desafios mais significativos para o desenvolvimento da economia
africana é o acesso à energia. Na realidade, diversos estudos sugerem que os recursos
energéticos de África são suficientes para cumprir a curto e médio prazo as necessidades,
tendo em conta os principais factores como o crescimento demográfico e crescimento
económico ((CME), 2005). Salientar, ainda, as autoridades procuram a integração das
pequenas e médias empresas nos mercados locais para a promoção e comercialização das
tecnologias das energias alternativas nas zonas rurais e isoladas.
2.6.2. Em Moçambique
Em Moçambique, por exemplo, mais de 80% da população não tem acesso a energia
elétrica. Este problema é consequência da incapacidade de expandir a rede elétrica para
certas zonas mais distantes e isoladas. Por outro lado, é bastante oneroso para o governo
proporcionar acesso a eletricidade nestas zonas quando não existe perspetiva temporal de
retorno de capital investido uma vez que os seus habitantes são maioritariamente pobres.
((FUNAE), 2011)
16
2.6.2.1. Matriz energética Moçambicana
Moçambique apresenta um grande potencial também para a exploração da bioenergia,
sobretudo por produzir grandes quantidades de resíduos agropecuários, biomassa florestal,
cascas de arroz, cascas de castanha de caju e cascas de coco. A superfície florestal do País
é cerca de 55 milhões de hectares o que constitui uma oportunidade para a obtenção de
benefícios através da gestão adequada, que contribui no desenvolvimento socioeconómico
do País. (NUBE, 2016)
Por outro lado, o País dispõe de uma grande parte de produção pecuária (gado bovino),
com cerca de 205 612.00 cabeças de gado. (Estatística, 2013) houve um acréscimo
consoante os anos que foram passando, mas ainda são dados dispersos.
A produção pecuária é uma actividade relevante no sector agrário, em virtude do papel que
desempenha na estratégia de redução da pobreza, e da sua crescente contribuição para o
desenvolvimento socioeconómico do País. Além destas potências vantagens ainda se pode
obter outras oportunidades como a de geração de bioenergia através do esterco, mas devido
ao fraco conhecimento das tecnologias não são aproveitados na sua totalidade.
Destes muitos anos, a biomassa tem sido uma das fontes de energia mais usadas em
Moçambique, visto que aproximadamente cerca de 70% (maioria) da população
moçambicana habita nas zonas rurais (Estatistica, 2019), como mostra a matriz abaixo.
8.10%
75.80%
17
Actualmente o pais possui cerca de 80% da sua matriz energética baseada em biomassa,
13,2% Energia hidráulica e restantes 6.8% solar, eólica, combustíveis fosseis (Republica,
2009)
A água é um recurso natural finito que muitas vezes é desperdiçada em hábitos tidos como
inofensivos, mas que repetidos diariamente e por várias pessoas, representam um grande
risco à vida num futuro mais próximo do que podemos imaginar. Muitos desses hábitos
ocorrem no banheiro, pois a água é a base de quase todos os objetos que compõem esse
espaço.
Estima-se que cada minuto de banho consome em média 9 litros de água. Pode já parecer
uma quantidade considerável, mas fica ainda maior quando constatamos que boa parte dos
banhos provavelmente não duram menos que 15 minutos, ou seja, resultam no consumo de
até 135 litros de água.
A mudança de atitude em relação ao banho é similar ao que você deve fazer quando estiver
usando a torneira do banheiro. Ao escovar os dentes e em hábitos de autocuidado, deixe a
torneira fechada enquanto não precisar dela para enxaguar. A economia ultrapassa os dois
dígitos em litros e pode ser ainda maior se você sempre fechá-las corretamente.
A cada seis segundos apertando a válvula da descarga, um vaso sanitário pode consumir
em média de 6 a 10 litros de água. Na maioria das vezes, essa quantidade de água foi muito
além do que realmente era necessário para fazer tudo fluir.
18
“Hoje existem descargas com válvula de acionamento duplo não só para os modelos de
vaso com caixa acoplada, mas também para instalação convencional na parede. Além de
controlar o consumo total, você otimiza o uso da água conforme a necessidade” (Fagundes,
2019).
Um buraco de apenas 2 mm num cano é capaz de desperdiçar 96 mil litros de água por
mês. Ao construir, é importante investir em material hidráulico de qualidade e verificar
periodicamente a conta de água, pois nela vem discriminado o consumo mensal.
“Ao se observar qualquer gotejamento em torneiras antigas, com toda certeza existe um
problema no mecanismo de vedação, sendo necessário trocar o que se chama popularmente
de ‘reparo’ para evitar que ela fique pingando”, completa (Fagundes, 2019).
O processo de revisão já foi iniciado em 2017, esperando-se que seja terminado em breve.
Entretanto em 2018 foi aprovada a Estratégia Nacional de Electrificação, que fixou o
objectivo de acesso universal até 2030. De acordo com a mesma, dentro das AEP – Áreas
de Expansão Própria (num raio <100m de uma linha de baixa tensão existente) a EDM é
19
obrigada a ligar a qualquer cliente que solicite serviço. A construção de sistemas fora da
rede é da responsabilidade do FUNAE, sendo que a comercialização, operação e
manutenção é feita pela EDM, operadores privados ou pelas comunidades envolvidas.
Tanto os projectos
do FUNAE como a extensão da rede da EDM fora das AEP são subsidiados por um novo
instrumento, a Conta de Electrificação, um fundo rotativo a criar pelo Governo com
recursos públicos, da Taxa de Electrificação e das receitas das concessões de produção
de electricidade. A nova abordagem da estratégia também prevê tarifas uniformes e
sustentáveis, que permitam recuperar os custos e que sejam periodicamente ajustadas.
Em termos mais amplos, o mercado da energia está abrangido pela Estratégia de Energia
aprovada em 2009, seguida da Estratégia de Desenvolvimento de Energias Novas e
Renováveis (2011). Também elas precisam de uma adaptação ao novo contexto, tendo já
sido iniciado o processo de revisão da Estratégia da Energia.
20
2.9. Quadro Regulamentar e Actores do Sector Energético
Nesta secção apresentam-se os principais elementos do quadro regulamentar do sector
energético de Moçambique e os principais actores.
21
• O Decreto nº 43/2005, de 29 de novembro, através do qual o Estado designou a
Empresa Electricidade de Moçambique, Empresa Pública, para assegurar a gestão
do serviço público de gestão da RNT de energia elétrica e do respectivo centro de
despacho;
• O Decreto nº 45/2004 de 29 de setembro, que regula o processo de avaliação do
impacto ambiental na execução de projectos, e revoga o Decreto nº78/98 de 29 de
dezembro;
• O Decreto nº 42/2005, de 29 de novembro, que regula as normas referentes à
planificação, financiamento, construção, posse, manutenção e operação de
instalações de produção, transporte, distribuição e comercialização de electricidade,
bem como os procedimentos relativos à gestão, operação e desenvolvimento global
da rede Nacional de Transporte de Energia Elétrica;
• O Decreto nº 48/2007, de 22 de outubro, através do qual o Estado adequou o
regulamento de concessões de Licenças para o estabelecimento e exploração de
instalações elétricas à realidade.
22
Fonte: Adaptado da Resolução nº 9/2009 de 4 de julho
23
O FUNAE opera a nível nacional, com a missão de promover maior acesso à energia de
forma sustentável e racional, com especial enfoque nas zonas rurais, de modo a contribuir
para o desenvolvimento económico e social do País, devendo para o efeito:
24
úteis
à realização deste.
HCB é uma das maiores barragens hidroelétricas do continente Africano, com uma central
equipada de 5 turbinas de 415MW cada uma, produzindo um total de 2075MW, no rio
Zambeze, província de Tete. É superada apenas pela barragem de Assuão no Egipto em
termos de extensão da sua albufeira. A HCB reverteu em 27 de novembro de 2008 para o
Estado Moçambicano, que hoje detém 85% do Capital Social desta empresa.
25
industriais e comerciais moçambicanas (sectores de pesca, transporte, energia) e sectores
sociais, incluindo o fornecimento às companhias estrangeiras dos Países vizinhos,
particularmente as do Malawi, Zâmbia e Zimbabwe.
2.9.10. ELGÁS
A ELGÁS é uma empresa privada oficialmente institucionalizada em 2001 e dedica-se ao
fornecimento de energia elétrica produzida a partir de gás natural extraído em Temane, na
província de Inhambane, com uma capacidade instalada de apenas 0.684MW. A ELGÁS
transporta, distribui e comercializa a sua energia a um grupo restrito de clientes, composto
essencialmente por hotéis localizados no norte de Inhambane.
A empresa foi criada para ultrapassar condicionantes impostas pela legislação que
impediam
a ESKOM de fornecer directamente à MOZAL. A concessão da MOTRACO tem validade
de 50 anos, e iniciou-se a 17 de janeiro de 2000.
26
O sistema de bombeamento de água fotovoltaico é semelhante aos sistemas convencionais,
com a diferença básica que o accionamento do motor da bomba é feito por um conjunto de
módulos fotovoltaicos. Embora exista variedade de equipamentos e configurações para o
sistema fotovoltaico de bombeamento, a sua selecção vária de acordo com as
características da aplicação e da localização do empreendimento. Essa selecção de
equipamento afecta criticamente a viabilidade económica e o tempo de vida útil do
projecto.
No caso de localidades isoladas e que não possuem rede elétrica, quando o processo de
bombeamento de água não é feito manualmente, geralmente utiliza-se um conjunto
composto por um motor a combustão (geralmente a óleo diesel) e um gerador elétrico. Este
sistema apresenta como grande desvantagem, os gastos constantes com aquisição e
transporte de combustível.
Apesar de o efeito fotovoltaico ter sido observado pela primeira vez pelo físico francês
Edmund Becquerel, em 1839, e de as primeiras aplicações datarem da década de 1950, o
bombeamento fotovoltaico somente se deu de forma comercial no final da década de 1970.
27
Arranjo de módulos fotovoltaicos - Estes são a fontes de energia elétrica CC para o
sistema, a configuração adequada serie/paralelo dos diversos módulos possibilita que o
arranjo forneça diferentes níveis de tensão e corrente.
28
Diferentemente das aplicações de energia solar para fornecimento de eletricidade para
domicílios, os sistemas de bombeamento fotovoltaicos não necessitam de baterias
eletrolíticas para períodos de baixa radiação solar, ao invés das baterias utilizam-se os
reservatórios de água que, se bem dimensionados, suprem as necessidades em condições de
baixa radiação solar durante determinado período (Fedrizzi, 2003)
As bombas são divididas em dois tipos fundamentais baseados na maneira em que elas
transmitem a energia ao fluido.
29
velocidade e pressão maiores do que quando entra. Este tipo de bomba é geralmente
utilizado para baixas pressões e grandes vazões.
30
Figura 14. Bomba de Engrenagem. Fonte: (Franklin, 2009.)
Pequenas partes dinâmicas e diafragmas no interior das bombas submersas falhavam com
frequência, levando a custos de manutenção maiores do que o esperado. Além disso, a
maioria dos sistemas utilizavam motores CC para acionar a bomba, isto adicionava mais
custo de manutenção para a troca das escovas a cada 2-3 anos. Com a chegada no mercado
de bombas com rotor helicoidal e os motores de indução os problemas de manutenção
diminuíram. (Franklin, 2009.)
31
Um problema que pode ocorrer com frequência em bombas é a cavitação. Este fenómeno
ocorre quando cavidades pequenas ou grandes são geradas em um fluido que se expande e
rapidamente se contrai, produzindo um som agudo. Cavitação ocorre em bombas,
propulsores, impelidores etc. Um líquido, quando está submetido a uma baixa pressão
inferior a um limite, rompe e forma cavidades de vapor. O ruído criado por cavitação é um
problema particular em bombas. O colapso das cavidades envolve energias muito altas, e
pode causar danos maiores, ocasionando desgastes nos componentes reduzindo
drasticamente o tempo de vida da bomba (Kaya, 2008)
32
CAPÍTULO III- METODOLOGIA
3. METODOLOGIA
Neste capítulo, será descrita a metodologia que foi utilizada para a realização deste estudo.
Segundo (MATTAR, 1996) Apud Lima et al. (2013), uma das formas mais rápidas e
económicas de aprofundar um problema de pesquisa é através do conhecimento dos
trabalhos já feitos por outros pesquisadores, via levantamentos bibliográficos.
Segundo (LAKATOS & MARCONI, 1991), existem diversos tipos de estudos de revisão
de literatura e cada um deles segue uma metodologia específica, quais sejam a revisão
crítica ou passiva da literatura e a revisão sistemática da literatura e de análise.
Neste trabalho, o tipo de revisão de literatura seleccionado foi o estudo de revisão passiva,
uma vez que foram obedecidos os critérios de resumir, analisar e sintetizar as informações
contidas em um determinado assunto.
3.1. Materiais
Para a realização deste trabalho, foram utilizados os seguintes materiais:
33
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
4. Apresentação de resultados
Para o tratamento dos dados, utilizámos diversos procedimentos e análises disponíveis no
programa informático Microsoft office e outra ferramenta de calculo e analise de dados.
A partir dos dados levantados em campo de potência instalada, foi calculado o consumo
diário. O consumo de energia eléctrica diário da bomba submersível seleccionada para o
estudo é apresentado no quadro abaixo, assim como a potência instalada.
𝐶𝐶𝐴
𝐶=ղ (1)
𝐵𝑎𝑡 𝑋ղ𝐼𝑛𝑣
Onde:
0.550
C= = 0.752W/Dia
0.86x0.85
34
A correcção do consumo é de 752W por dia.
Considerada a capacidade de 25˚C (Ah), com tempo de ciclo de carga e descarga de 20h,
da bateria de 220Ah.
Onde:
752𝑥2
𝐶(𝐴ℎ) = = 358,09𝐴ℎ
12𝑥0.35
O número de baterias que o sistema necessita será calculado pela seguinte fórmula:
𝐶(𝐴ℎ) 358,09
𝑁𝑏𝑎𝑡 = 𝐶 = = 1.6 ~2 (3)
(𝐴ℎ) 220
𝐶
𝑃𝐺𝑒𝑟 = 𝐻𝑆𝑃𝑥ղ (4)
𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑥ղ𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
Onde:
35
• ղ𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 - Rendimento do gerador [75%]
• ղ𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 - Rendimento eléctrico [90%]
• HSP – Horas do Sol Pleno [6kWh/m2/ano]
752
𝑃𝐺𝑒𝑟 = = 186𝑊𝑃
6𝑥0.75𝑥0.9
𝑃
O número de placas dos sistemas e dado por: 𝑄𝑚𝑜𝑑 = 𝑃 𝐺𝑒𝑟 (5)
𝑚𝑜𝑑
186
𝑃𝐺𝑒𝑟 = = 0,93~1
250
𝑈
𝑁𝑚𝑜𝑑 = 𝑈 𝑖𝑛𝑣 (6)
𝑚𝑚
𝑁𝑚𝑜𝑑 = 1
Onde:
36
Carga dos paines = Isc x Npainel = 8.91 x 1 = 8,91A (7)
Onde:
𝐶𝐼 605
𝑁𝐼 = 𝐶 = 1000 = 0,61~1 (9)
𝐼 𝐷𝑖𝑠𝑝
37
Onde:
O inversor seleccionado nesse estudo possui 5 entradas para a conexão dos circuitos, ou
seja, é possível conectar até 5 conjuntos de módulos ligados em série. Para a protecção do
circuito o inversor possui uma porta fusível onde é possível fazer a protecção individual de
cada circuito. De acordo com a folha de dados do módulo escolhido, o fusível deve ser de
10A.
𝐼𝑚𝑎𝑥 = 11,125𝐴
38
Onde:
𝐼𝑁 ≤ 𝐼𝐷 ≤ 𝐼𝑀𝐴𝑋
• Onde:
IN: Corrente nominal do circuito;
• ID: Corrente nominal do disjuntor;
• Imáx: Corrente máxima permitida no condutor;
• Isc: corrente de curto-circuito do módulo multiplicado por número de arranjos-
8.90A.
39
• Redução por carga permanente (> 1 hora);
• Disposição dos disjuntores no quadro (dificuldade de refrigeração).
40
e outro é secundário. Será necessário, duas baterias de 220Ah, 1 controlador de carga de
10A, 1 painel fotovoltaico 250W e 1 inversor de carga de 1000W.
41
Os diferentes métodos adoptados proporcionam resultados do exercício diferentes, o que
pode levar o mesmo projecto a conclusões de sua aceitação numa situação e de rejeição,
noutra.
Também pode levar a aprovação do projecto nas várias situações, mas com valores
diferentes. O conceito de cash-flow designa os fluxos líquidos gerados pelo projecto. E
usado para eliminar a dependência da medida de rentabilidade do projecto ao procedimento
contabilístico.
42
• O índice de rendibilidade do projecto (IRP).
2. Utiliza os cash-flows, logo este conceito não está sujeito a manipulações contabilísticas
como seja o montante de depreciações, amortizações, imparidades e provisões.
CFt
VAL = ∑nt=0 (1+K)t (6.1)
Onde,
• 𝑡 é o número do período;
1
Net Present Value (NPV), na terminologia anglo-saxónica
43
• 𝐶𝐹𝑡 é o valor do cash-flows, positivo ou negativo, gerado pelo projecto no período
t;
• 𝑘 é a taxa de actualização.
Se o VAL é superior a zero, a decisão de investir no projecto é viável. Por sua vez, se o
VAL é inferior a zero, o projecto é economicamente inviável, devendo ser rejeitado. Se o
VAL é igual a zero, constitui o ponto de indiferença, devendo considerar-se factores não
económicos ou recorrer-se a uma análise de sensibilidade para tomar a decisão de que o
projecto deverá ou não se realizar.
O modelo aceita a hipótese de taxas de actualização diferenciadas, e não apenas uma taxa
uniforme. O VAL é sensível ao custo do capital, sendo este traduzido pela taxa de
actualização. Este critério, considera todos os Cash-flows e toda a vida útil do projecto de
investimento (Silva & Queirós, 2013).
𝐶𝐹𝑡
∑𝑛𝑡=0 =0 (6.2)
(1+𝐾)𝑡
Onde,
• 𝑡 é o número do período;
O TIR representa a taxa a que o capital presente no projecto de investimento está a ser
reinvestido. Determinada a TIR do projecto, pode ser comparada com a taxa de
financiamento do próprio projecto, de modo a concluir se este é rentável o suficiente para
2
Internal Rate of Return (IRR), na terminologia anglo-saxónica.
44
cobrir as remunerações do capital próprio e do capital alheio. Pode ainda ser comparada
com a taxa de juro em vigor no mercado financeiro, podendo o investidor optar por investir
nesse mercado invés de investir no projecto se este se revelar uma alternativa menos
rentável e/ou de maior risco (Abecassis & Cabral, 2000).
Genericamente, quanto mais elevada a TIR, mais capacidade terá o projecto de remunerar
o capital investido.
Refere-se então, ao período de tempo que decorre até que se verifique a seguinte condição:
45
𝐶𝐹𝑡
∑𝑛𝑡=𝑜 = 𝐼0 (6.3)
(1+𝐾)𝑡
Onde,
• 𝑡 é o número do período;
• 𝑛 é o número total de períodos da vida útil do projecto ou do horizonte temporal da
análise;
• 𝐶𝐹𝑡 é o valor dos cash-flows, positivo ou negativo, gerado pelo projecto no período
t;
• 𝑘 é a taxa de actualização.
• 𝐼0 é o valor do Investimento no momento inicial.
Este critério pode ser comparado com o período de tempo de recuperação do investimento
considerado aceitável pelos promotores do projecto, devendo ser rejeitados os projectos
cujo período de recuperação se revele superior à vida útil do projecto. Existe uma
preferência para que este critério seja utilizado e analisado em conjunto com outros.
Uma da insuficiência do VAL pode ser colmatada com a determinação do PRA. Com este
indicador conseguimos saber em que altura do projecto é que os capitais investidos são
totalmente recuperados (Silva & Queirós, 2013).
46
investimento. O PRA atende apenas ao período de tempo até ao momento em que se dá a
recuperação dos investimentos, esquecendo os cash-flows posteriores. (Silva & Queirós,
2013).
Onde,
• t é o período;
• n é o número total de períodos da vida útil do projecto ou do horizonte temporal da
análise;
• 𝐶𝐹𝑡 é o valor do cash-flows, positivo ou negativo, gerado pelo projecto no período
t;
• 𝑉𝑅𝑡 é valor do Valor Residual, gerado pelo projecto;
• k é a taxa de actualização;
• I é o Valor do Investimento.
Interessa que este indicador assuma um valor superior à unidade. Na prática significa que
cada unidade de capital investido obteve rentabilidade suficiente para cobrir todo o
investimento, incluindo a taxa de retorno exigida, apresentando um excedente (Gomes,
2011)
3
Profitability Index (PI), na terminologia anglo-saxónico. Por vezes, este critério também é definido como
por rácio benefício/custo.
47
As conclusões retiradas da utilização deste indicador são paralelas às decorrentes da
utilização do VAL. Um IR igual à unidade pressupõe um VAL nulo, dado que os Cash-
flows de Exploração actualizados à taxa 𝑘 igualam o investimento, também actualizado à
mesma taxa. Dentro da mesma lógica, um IR superior à unidade corresponde a um VAL
positivo e um IR inferior à unidade, por sua vez, a um VAL negativo (Gomes,2011).
O IR não deve ser visto como alternativa ao VAL, apesar da sua proximidade: é preferível
trabalhar com o VAL (que é aditivo) do que com índices (que não o são) (Silva & Queirós
2013).
Tal como acontece com o critério do VAL, é necessário conhecer previamente a taxa de
actualização (Gomes, 2011).
Parâmetros Valores
Investimento Inicial 90 000.00 mt
Taxa de Desconto 15%
48
VPL do Projecto 209 921. 00 mt
Taxa Int. Retorno (TIR) 97%
Tempo de PayBack 1.3
Tabela 4.Tabela do VPL do projecto
De acordo com o consumo médio diário que é de 6,6kwh/dia, com a análise da radiação
incidente no local, considerando o desvio azimutal e a melhor inclinação do módulo, a
potência necessária para suprir o consumo da bomba é de 1,76 kWp. A partir desta
potência foi dimensionado que o SF terá 1 módulo fotovoltaico da Trina Solar com uma
potência por modulo de 250kWp e 1 inversor da Vitronics Control com uma potência de
1000w. Vai-se utilizar a cobertura da casa usando suportes para telhado na acomodação do
módulo.
49
valor presente líquido seja positivo, será economicamente interessante à taxa de desconto
considerada, tornando-se tanto mais atractivo quanto maior for seu VAL.
Considerou-se que haverá uma substituição dos aparelhos, devido à vida útil dos mesmos,
que pode ser de até 25 anos (WOODHOUSE et al, 2016). Com valores iniciais de
investimento, foram definidos os parâmetros necessários para o cálculo de tempo de
retorno, levando-se em conta as considerações em um período de 25 anos, período de vida
útil dos painéis solares (PINHO; GALDINO, 2014, p.52).
4
O registro é um acessório essencial em qualquer imóvel, uma vez que ele é o responsável por controlar o
fluxo de água, ou bloquear a saída da água.
50
CAPÍTULO V – CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Conclusão
Cerca de 97,5% da água que constitui o planeta terra corresponde a mares e oceanos, sendo
os restantes 2,5% relativos a água doce. A água usada durante um banho é de cerca de 15
minutos gastos por uma pessoa, em média, 135 litros de água por dia para cada pessoa o
que significa que 46,7% para os 4 elementos da família que corresponde a 14.400 litros /
mês.
51
Recomendações
Para implementação do sistema fotovoltaico, a que considerar algumas recomendações:
Tendo em conta a viabilidade económica dos sistemas fotovoltaicos, dimensionar sistemas
solares fotovoltaicos Off-Grid que possam alimentar residências em vários distritos e
localidades do Pais que ainda não tem acesso a energia eléctrica pública ou que gastam boa
parte do tempo dos seus orçamentos em despesas de energia eléctrica;
52
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
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mundo/
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