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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTACIO DA BAHIA

PROJETO DE GRADUAÇÃO

RAISSA COELHO OLIVEIRA

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE FOSSA SÉPTICA E FOSSA


SÉPTICA BIODIGESTORA – ESTUDO DE CASO NA ZONA RURAL DE
JAQUAGUARA/BA

SALVADOR/BA
2018
RAISSA COELHO OLIVEIRA
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE FOSSA SÉTICA E FOSSA SÉPTICA
BIODIGESTORA – ESTUDO DE CASO NA ZONA RURAL DE
JAQUAGUARA/BA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a Universidade Estácio de Sá
da Bahia, como requisito parcial para
obtenção do grau de Engenheira Civil.

Orientador: Prof. Msc. Armando Coutinho


do Rio.

SALVADOR/BA
2018

RAISSA COELHO OLIVEIRA


ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE FOSSA SÉPTICA E FOSSA
SÉPTICA BIODIGESTORA – ESTUDO DE CASO NA ZONA RURAL
DE JAQUAGUARA/BA

Parte manuscrita do Projeto de Graduação da aluna Raissa Coelho Oliveira, apresentado a


Universidade Estácio de Sá da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de
Engenheira Civil.

Aprovada em __________________, ____ de ___________de ______.

COMISSÃO EXAMINADORA:

___________________________________________
1º Examinador (a) - Nome completo

___________________________________________
2º Examinador (a) - Nome completo

___________________________________________
3º Examinador (a) - Nome completo

DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus,
por ser de fundamental importância em minha
vida, autor do meu destino, meu guia, que está
sempre presente nos momentos de angustia.
Ao meu pai, minha mãe e aos meus irmãos.
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar todas as dificuldades.

Aos meus pais, irmãos e toda a minha família que, com todo carinho e apoio não
mediram esforços para que eu chegasse até essa etapa de minha vida.

Ao meu namorado, Wandson Lima, que com todo o seu amor e carinho, sempre me
apoiou e meu deu forças para que nos momentos de dificuldades eu não desanimasse.

Ao Engº. Adailton Sérvulo, pelo incentivo e grande ajuda para a realização do


trabalho.

Aos amigos, Liz Oliveira, Caena Alencar e Luana Araújo, por sempre está presente
nos momentos de aflições, e pelo apoio para a realização desse trabalho.

Ao meu orientador, Armando Coutinho, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube,
pelas suas correções e incentivos.
RESUMO

A falta de saneamento básico e tratamento de esgoto sanitário tem sido um grande problema
na Zona Rural. Diante disso, foi realizado um estudo, tendo como base dimensionamento e
custo beneficio, para implantação de fossas sépticas e fossas biodigestora, visando verificar
qual dos dois sistemas seria mais viável para a população do Baixão de Ipiúna, município de
Jaguaquara/BA. A fossa séptica biodigestora tem como diferencial da fossa convencional, um
sistema de manutenção que viabiliza o uso do efluente como adubo em plantações de médio e
longo prazo. O estudo demonstrou que a fossa séptica biodigestora é de fácil manutenção e
tem um custo menor para ser implantada do que a fossa séptica convencional, porém, na
comunidade do Baixão de Ipiúna, o tipo de plantação mais cultivada é o chuchu, que é
considerada de um cultivo de curto prazo, logo, o efluente da fossa séptica biodigestora não
pode ser utilizado nesse tipo de cultivo. Desta forma, para que a população usufrua desse tipo
de sistema que tem um custo reduzido e de fácil manutenção, os mesmos podem passar a
cultivar plantas ornamentais e/ou cultivo de longo e médio prazo para utilizar o efluente como
adubo.

PALAVRAS-CHAVES: saneamento básico; fossas; dimensionamento; análise de custo.


ABSTRACT

The lack of basic sanitation and sewage treatment has been a big problem in the countryside.
Given this, we conducted a study, based on sizing and cost benefit, for deployment of septic
tanks and cesspits, tank, in order to verify which of the two systems would be more feasible
for the Low population of Ipiúna municipality of Jaguaquara/BA. The septic tank has as of the
conventional differential a maintenance system that enables the use of the effluent as fertilizer
on crops of medium and long term. The study showed that the septic tank is easy to maintain
and have a lower cost to be deployed than conventional septic, however, the community of
Ipiúna, Low type of planting more cultivated is the chuchu, which is considered a short-term
cultivation, soon, the effluent from the septic tank cannot be used in this type of cultivation. In
this way, for the population to make use of this type of system that has a low cost and easy
maintenance, they may spend to grow ornamental plants and/or cultivation of long and
medium term to use effluent as fertilizer.

Keywords: basic sanitation; fossa; sizing; cost analysis.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Taxa de internação por doença diarreica aguda (DDA) em


menores de 5 anos, por mil habitantes, nos estados da Região
Norte e no Brasil, 2003 e 2013....................................................... 22
Figura 2 - Taxa de internação por doença diarreica aguda (DDA) em
menores de 5, por mil habitantes, nos estados da Região
Nordeste e no Brasil, 2003 e 22
2013...................................................................
Figura 3 - Sistema de esgotamento sanitário do tipo individual...................... 25
Figura 4 - Sistema de esgotamento sanitário do tipo coletivo......................... 25
Figura 5 - Situação de esgotamento sanitário por domicílios na Zona Rural.. 26
Figura 6 - Distribuição de domicílios em Zonas Rural e Urbana.................... 27
Figura 7 - Moradores de domicílios particulares com cobertura de água e
esgoto (em %) na Zona rural........................................................... 27
Figura 8 - Esquema em corte de uma fossa seca............................................. 31
Figura 9 - Esquema do sistema da fossa séptica biodigestora......................... 38
Figura 10 - Gráfico para determinação do coeficiente de infiltração................ 41
Figura 11 - Localização do município do Baixão de Ipiúna.............................. 47
Figura 12 - Poço d`água localizado no Distrito do Baixão de Ipiúna................ 47
Figura 13 - Tubulação que liga a residência ao rio............................................ 48
Figura 14 - Ensaio do coeficiente de infiltração do solo................................... 50
Figura 15 - Plantação de xuxu no Baixão de Ipiúna.......................................... 55
LISTA DE QUADRO

Quadro 1 - Tipos de fossas e suas respectivas características......................... 28


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comparação entre as opções de fossa para saneamento:


características selecionadas............................................................. 37
Tabela 2 - Dimensões do tanque séptico.......................................................... 49
Tabela 3 - Dimensões do sumidouro................................................................ 50
Tabela 4 - Número de caixas d’água................................................................ 51
Tabela 5 - Orçamento realizado para as fossas sépticas e fossas sépticas
biodigestoras................................................................................... 58
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
FUNASA Fundação Nacional de Saúde
DRSAI Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado
OMS Organização Mundial de Saúde
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância
DDA Doença Diarreica Aguda
SES Sistema de Esgotamento Sanitário
ONU Organzação das Nações Unidas
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
NBR Norma Brasileira
APÊNDICES

Apêndice 1 Orçamento do tanque séptico para 5 pessoas............................. 73


Apêndice 2 Orçamento do sumidouro e hidráulica para 5 pessoas............... 74
Apêndice 3 Orçamento do tanque séptico para 7 pessoas............................. 75
Apêndice 4 Orçamento do sumidouro e hidráulica para 7 pessoas............... 76
Apêndice 5 Orçamento do tanque séptico para 14 pessoas........................... 77
Apêndice 6 Orçamento do sumidouro e hidráulica para 14 pessoas............. 78
Apêndice 7 Orçamento da fossa séptica biodigestora para 5 pessoas........... 79
Apêndice 8 Orçamento da fossa séptica biodigestora para 7 pessoas.......... 80
Apêndice 9 Orçamento da fossa séptica biodigestora para 14 pessoas......... 81
Sumário

1. INTRODUÇÃO 15
OBJETIVO 17
Objetivo Geral 17
Objetivos Específicos 17
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18
2.1 O saneamento básico e a saúde pública 18
2.2 Doenças de veiculação hídrica 20
2.3 Sistemas de tratamentos de esgoto 23
2.4 Fossas 28
2.5 Fossa Negra 29
2. Fossa Seca 30
2.6 Fossa Séptica 32
2.7 Fossa Séptica Biodigestora 35
2.8 Uso de efluentes produzidos pela fossa séptica biodigestora 38
3 DIMENSIONAMENTOS DE FOSSAS 40
3.1 Dimensionamento da fossa séptica 40
3.1.2 Tanque séptico 40
3.1.3 Sumidouro 41
3.2 Dimensionamento da Fossa Séptica Biodigestora 44
4 METODOLOGIA 46
4.1 Levantamento dos dados 46
4.2 Caracterização da Área de Estudo 46
4.3 Estudo de área 48
4.4 Dimensionamento da Fossa Séptica 48
3.5 Orçamento financeiro 52
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS 53
5.1 Elaboração do Projeto da Fossa Séptica 53
5.3 Comparação entre os dimensionamentos e as implantações 54
5.4 Análise de Custo 58
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS 63
APÊNDICE 73
1. INTRODUÇÃO

O saneamento é um importante fator para garantia de uma vida saudável e pode ser
definido como um conjunto de medidas que promovem a elevação dos níveis de salubridade e
os efeitos provocados por essas medidas (KOBIYAMA et al., 2008).

Uma das principais formas de poluição das águas superficiais e subterrâneas é o


destino incorreto do esgoto, e isto se deve à falta de infraestrutura a que estão submetidos,
principalmente os moradores da área rural, onde de modo indiferente dos padrões construtivos
existentes na área urbana, as moradias não são servidas por sistemas de saneamento, coleta e
tratamento de esgotos, tendo como destino final das águas residuárias os sistemas de “fossas
negras” (SOUSA & ANTONELLI, 2010).

Atualmente, na zona rural no Brasil, além da rede coletora, existem também o uso de
fossa séptica, ligada ou não à rede de esgoto, as fossas rudimentares, entre outros (IBGE,
2011). O mais comum é a fossa rudimentar (que serve 48% da população rural do país), a
qual, juntamente com outros métodos e com a não coleta/tratamento, corresponde ao
percentual da população rural não assistida com coleta adequada do esgoto. São assim
incluídas porque as fossas rudimentares não funcionam como forma de evitar a contaminação
das águas superficiais e subterrâneas.

Assim, visando atender às necessidades de tratamento do esgoto rural, foi realizado


uma comparação entre os sistemas alternativos de tratamento, utilizando a fossa séptica e a
fossa séptica biodigestora. A fossa séptica é considerada uma das formas mais simples de
tratamento primário, na qual são feitas a separação e a transformação da matéria sólida
contida no esgoto (SEABLOOM et al., 1982; USEPA, 2000). E a fossa séptica biodigestora
foi desenvolvida por Novaes et al. (2006), no ano 2000. É um sistema de tratamento do esgoto
de dejetos humanos, cujo intuito é substituir o esgoto a céu aberto e as atuais fossas utilizadas
em propriedades rurais, em razão dos benefícios que podem ser gerados pela mesma
(NOVAES et al., 2006). Os benefícios desse sistema em relação às fossas convencionais são,
principalmente, a reciclagem dos dejetos e sua vedação hermética (que impede a proliferação
de vetores de doenças).

O estudo surgiu a partir do entendimento de que a fossa séptica biodigestora pode


propiciar mudanças revolucionarias quando se diz respeito a falta de saneamento básico na

17
zona rural. A falta de esgoto na zona rural é um grande problema de saúde pública, pois,
muitas propriedades de fossas rudimentares, denominadas fossas negras, são meros depósitos
de dejetos sem nenhuma forma de tratamento. O problema dessas fossas é que elas
contribuem para a contaminação do lençol freático, onde os vírus, bactérias e outros
organismos presentes no material fecal chegam aos poços que abastecem as casas e áreas de
cultivos de alimentos.

As consequências desse ciclo são as doenças de veiculação hídrica, que se implantam


rapidamente. A aplicação da construção de fossa séptica biodigestora pode reverter esse
cenário, avaliando a viabilidade econômica de sua implantação pois, além de ser uma
tecnologia e fácil construção, ela minimiza a ausência de saneamento e tendo ainda como
efeito complementar, a produção de adubos orgânicos para cultivos e ciclos médio e longo.

No município de Jaguaquara-BA, mais especificamente distrito de Baixão de Ipiúna,


existe uma carência quando se trata de saneamento básico e rede de esgoto adequada. Diante
disso, pode ser avaliada a possibilidade de implantação de fossas sépticas e/ou fossas sépticas
biodigestoras na zona rural dessa região, com intuito de trazer custo benefício para os
moradores na região, tratando o esgoto sanitário e tendo ainda como efeito complementar a
produção de adubos orgânicos para cultivos de ciclos médios e longos.

18
OBJETIVO

Objetivo Geral

Efetuar uma análise comparativa de viabilidade de implantação da fossa séptica e da


fossa séptica biodigestora, através do dimensionamento e análise de custo do tratamento de
esgoto sanitário doméstico na Zona Rural do Município de Jaguaquara-BA.

Objetivos Específicos

 Descrever o funcionamento da fossa séptica e da fossa séptica biodigestora;


 Descrever o dimensionamento da fossa séptica e da fossa séptica biodigestora;
 Análise comparativa de custos de fossas sépticas e fossa séptica biodigestora;
 Levantar subsídios para uma proposta de implantação da fossa séptica biodigestora,
utilizando a mão de obra disponível na comunidade local.

19
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 O saneamento básico e a saúde pública

As condições do meio ambiente, notadamente as condições de saneamento, constituem


uma particular dimensão do desenvolvimento. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
indicador composto utilizado para dimensionar o grau do desenvolvimento humano, atribui
peso às dimensões da escolaridade, da renda per capita e da expectativa de vida. O impacto
das condições de saneamento sobre o desenvolvimento humano é capturado apenas
indiretamente, na medida em que tais condições podem aumentar ou reduzir o risco da
mortalidade precoce por doenças de veiculação hídrica e, consequentemente, os valores de
expectativa de vida. Um dos objetivos do IDH era desviar o foco do desenvolvimento da
economia e indicadores da renda nacional para políticas centradas em pessoas (MU, 1996).
Não obstante, são recorrentes as referências à importância do saneamento para o
desenvolvimento e as menções à água, reconhecida como um dos mais significativos
determinantes dos níveis de saúde (TEIXEIRA et al., 2014).

A infraestrutura sanitária deficiente desempenha uma interface com a situação de


saúde e com as condições de vida das populações dos países em desenvolvimento, onde as
doenças infecciosas continuam sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade. A
prevalência destas doenças constitui um forte indicativo de fragilidade dos sistemas públicos
de saneamento (DANIEL et al., 2001).

No entanto, na mensuração das condições de vida e saúde persiste um desafio. A saúde


deve ser pensada como uma resultante das relações entre as variáveis ambientais, sociais e
econômicas que pressionam as condições de vida. Logo, em toda análise da situação da saúde,
os indicadores básicos de desenvolvimento humano assumem uma importância fundamental,
pois documentam as condições de vida da população e dimensionam o espaço social em que
ocorrem as mudanças em seu estado (OPAS, 2007).

No ano de 2007, foi promulgada a Lei Nacional de Saneamento Básico 11.445


(BRASIL, 2007), que estabelece que os serviços públicos de saneamento básico devem ser
prestados com base em alguns princípios fundamentais, destacando-se a universalização do
acesso aos serviços. A lei de 11.445 aborda as especificidades de cada um dos serviços de
20
saneamento, tal como definidos em lei: abastecimento de água; esgotamento sanitário;
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Entretanto, o faz sob a perspectiva da integralidade aplicada ao saneamento básico e à
integração desses serviços com outras políticas públicas que se relacionam mais diretamente
com o seu campo de intervenção (BRASIL, 2009).

Nos países mais pobres e em desenvolvimento, o assunto é negligenciado ainda nos


dias atuais, e poucos investimentos públicos são direcionados a esse setor, haja vista o quadro
do saneamento ambiental no Brasil que apresenta um cenário insatisfatório. Segundo o
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS, em seu último Diagnóstico dos
Serviços de Água e Esgoto – 2014 (SNIS, 2016), 93,2% da população urbana é atendida por
rede de abastecimento de água e somente 57,6% dessa mesma população é atendida com
coleta de esgoto. Já em relação à população total (população urbana mais rural) estes índices
representam respectivamente 83,0% e 49,8%. Essa análise em relação à população total é
relevante e ainda mais preocupante, na medida em que é sabido que uma parte significativa da
população brasileira vive em áreas rurais. De acordo com o IBGE (2010), até houve uma
redução da porcentagem de população rural entre os anos 2000 e 2010, passando de 18,77%
para 15,64%, entretanto ainda é uma parcela considerável.

Já em relação ao esgoto gerado, somente 40,8% sofre algum tipo de tratamento e neste
cenário, quase 60% do esgoto doméstico gerado no Brasil é lançado in natura nos corpos
d’água. Por fim, somente 70,9% de todo esgoto coletado no Brasil recebe algum tipo de
tratamento (SNIS, 2016).

A falta de saneamento básico ou a ineficiência da prestação desses serviços, contribui


fortemente para a precariedade da saúde pública de uma localidade. Isso fica bastante
evidenciado no Brasil ao se observar a qualidade da maioria dos corpos d’água urbanos, a
qualidade de vida do cidadão e o elevado nível de susceptibilidade da população às doenças
de veiculação hídrica, que segundo Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2010) são
classificadas como Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado, ou
simplesmente DRSAI.

21
2.2 Doenças de veiculação hídrica

A falta de saneamento ambiental adequado é tida como uma das principais causas da
poluição e da contaminação das águas para o abastecimento humano e está, portanto,
contribuindo para os casos de doenças de veiculação hídrica (PAIVA e SOUZA, 2018).

De acordo com Amaral et al. (2003) as doenças de veiculação hídrica, são causadas
principalmente por meio de microrganismos patogênicos que têm suas origens relacionadas
aos fatores espaciais do território. Assim, as doenças de veiculação hídrica nas dimensões de
incidência e prevalência causam inúmeros transtornos à saúde humana, sendo esta percebida
em seu contexto patológico, social e espacial como o conjunto de fatores (materiais e
imateriais) que podem interferir negativamente nas condições gerais de existência. Os esgotos
não tratados e que são lançados aos rios levam os cursos d’água a uma degradação tal que se
tornam veículos patológicos, causando as doenças de transmissão e origem hídricas
(MENDES et al., 2015).

A comparação de dados referentes a surtos, morbidade (ou seja, conjunto de causas


que podem causar uma doença) e mortalidade de gastrenterites (doenças caracterizadas por
diarreia e vômito) em qualquer levantamento mundial de casos notificados não deixa dúvidas:
o impacto dessas enfermidades em países onde os sistemas de saneamento são deficitários é
muito maior do que naqueles onde as condições de tratamento de esgoto estão em níveis
satisfatórios. Bactérias, vírus e protozoários estão arrolados como as principais causas de
gastrenterites (HASSINE-ZAAFRANE e AOUNI, 2012). Além dessas, outras doenças de
veiculação hídrica relevante são as hepatites virais A e E (OKOH, SIBANDA e GUSHA,
2010).

No Brasil, as condições de saneamento ambiental, apesar de apresentarem melhoras


nos últimos anos, ainda são deficientes. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico (IBGE, 2011), apenas 55% dos municípios brasileiros possuíam, em 2008, rede
coletora de esgoto e, do total do esgoto coletado, apenas 68,8% passavam por algum tipo de
tratamento antes de ser depositados nos corpos dos rios. Outros dados importantes da pesquisa
indicam que até o referido ano o destino dos resíduos sólidos em 50,8% dos municípios eram
os “lixões” e que em 12,8% dos municípios a água fornecida era apenas parcialmente tratada
ou não passava por nenhum tipo de tratamento (6,6%).

22
No Brasil, as principais doenças endêmicas e mais conhecidas de veiculação hídrica,
cujo agente infeccioso necessita de um hospedeiro intermediário entre o indivíduo portador e
o a ser contaminado são: ascaridioses (infecções provocadas por Ascaris Lumbricoides, verme
nematódeo perigoso ao homem, originário de efluentes de esgotos); infecções nos olhos,
garganta e ouvidos; cáries (carência de flúor); bócio (carência de iodo); fluorose (excesso de
flúor); saturnismo (envenenamento cumulativo por chumbo); ancilostomose (provocada pelo
nematódeo Ancylostoma duodenale ou Necator americanus, doença conhecida como
amarelão); poliomielite, hepatite (inflamações provenientes de vírus, cujo exato modo de
transmissão ainda é desconhecido, sendo encontrados nos efluentes de tratamentos biológicos
de esgotos); solitária (parasito do intestino que usa hospedeiros intermediários e tem ovos
muito resistentes, sendo a Taenia linnaeus do porco e a Taenia saginata do boi, presentes nos
efluentes de esgotos e transmitido por águas poluídas); leptospirose ou Doença de Weil
(OLIVEIRA, 2009).

De acordo com um relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF, 2009) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a diarreia mata 1,5 milhão de
crianças por ano, sendo que a doença mata mais crianças do que a aids, a malária e o sarampo
juntos. No Brasil, a diarreia representa 80% das doenças decorrentes de saneamento ambiental
inadequado (KRONEMBERGER; CLEVELÁRIO JÚNIOR, 2010).

Nos gráficos das Figuras 1 e 2, encontram-se as taxas de internação de DDA em


menores de 5 anos (por mil habitantes), nos estados das regiões Norte e Nordeste,
respectivamente. Na Região Norte, apenas o Estado de Roraima apresentou taxa maior em
2013, quando comparado a 2003. O Estado do Maranhão apresentou a maior taxa de
internação por DDA do País em 2013 (23,08 por mil habitantes), seguido pelo Estado do Pará
(15,58 por mil habitantes). A menor taxa registrada no País, em 2013, foi no Estado de São
Paulo (2,67 por mil habitantes), lembrando que os casos que compõem essa taxa são apenas
os casos graves que evoluíram para internação. A taxa registrada para a Região Nordeste
apresentou redução de 42% no período analisado. Mas, além do Maranhão ter apresentado em
2013 a maior taxa do País, apresentou aumento em relação a 2003 (BRASIL, 2015).

23
Figura 1 - Taxa de internação por doença diarreica aguda (DDA) em menores de 5 anos, por
mil habitantes, nos estados da Região Norte e no Brasil, 2003 e 2013.

Fonte: SIH/MS adaptado por BRASIL (2015).

Figura 2 - Taxa de internação por doença diarreica aguda (DDA) em menores de 5, por mil
habitantes, nos estados da Região Nordeste e no Brasil, 2003 e 2013.

Fonte: SIH/MS adaptado por BRASIL (2015).

Em estudo, o Instituto Trata Brasil (2010) mostra que no ano de 2007, 39 mil crianças
com até cinco anos de idade foram internadas no Brasil em decorrência de doenças diarreicas.
No ano seguinte este número aumentou para 67.353. A expressiva participação infantil reflete
uma triste e preocupante realidade das periferias e regiões Norte e Nordeste do país
(INSTITUTO TRATA BRASIL, 2010; COSTA e GUILHOTO, 2011). Entre 2003 e 2008, as
capitais das regiões Norte e Nordeste apresentaram as taxas mais elevadas de mortalidade
infantil em decorrência de doenças diarreicas. Em 2008, apenas 13 dos municípios analisados
24
pelo Instituto apresentaram índices de coleta de esgoto superiores a 90%. Em municípios com
melhor cobertura de esgotos a taxa de hospitalização por diarreia chega a ser quatro vezes
menor que nos municípios com os piores índices.

Melhorias na qualidade da água, no saneamento básico e nas condições de higiene da


população poderiam reduzir os casos de doenças, sobretudo em grupos etários mais
vulneráveis, como crianças e idosos (PRUSS-UNTUN et al., 2008).

2.3 Sistemas de tratamentos de esgoto

O Sistema Esgotamento Sanitário (SES) é o conjunto de peças, canalizações,


conexões, equipamentos e obras civis utilizadas para coletar, transportar, tratar e dispor de
forma segura os esgotos gerados em uma comunidade tendo a finalidade de evitar problemas
à saúde e ao meio ambiente (DALTRO FILHO, 2004). O SES pode ser individual ou coletivo,
dependendo das características da comunidade.

A implantação de uma estação de tratamento de esgotos tem por objetivo a remoção


dos principais poluentes presentes nas águas residuais, retornando-as ao corpo d’água sem
alteração de sua qualidade (BNDES, 1997). De acordo com a NBR-9648, esgoto sanitário é o
“despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a
contribuição pluvial parasitária” (ABNT, 1986). A mesma norma define também: esgoto
doméstico como despejo líquido resultante do uso da água para higiene e necessidades
fisiológicas humanas; esgoto industrial como despejo líquido resultante dos processos
industriais, respeitados os padrões de lançamento estabelecidos; água de infiltração como toda
água, proveniente do subsolo, indesejável ao sistema separador e que penetra nas
canalizações; e contribuição pluvial parasitária como a parcela de deflúvio superficial
inevitavelmente absorvida pela rede coletora de esgoto sanitário. Caso a geração dos efluentes
industriais serem muito tóxicos, devem ser tratados em unidades das próprias indústrias
(BNDES, 1997).

O esgoto tratado é tão importante para melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento


Humano), que é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (uma série de metas
socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015) em reduzir
pela metade o número de pessoas sem rede de esgoto (BRASIL, 2013). Os objetivos dessas

25
metas foram erradicar a extrema pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal,
promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil,
melhorar a saúde materna, combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças, garantir a
sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

Nos últimos anos, os investimentos gastos com saneamento básico não conseguiram
acompanhar o crescimento demográfico da população brasileira nas áreas urbanas, assim
como, o crescimento populacional elevou o consumo de água tratada e a respectiva geração de
efluentes domésticos (BRASIL, 2014). O Brasil possui mais de 202 milhões de habitantes,
onde 82% são atendidos por rede de abastecimento de água, 49% por rede de esgoto sanitário,
39% do esgoto gerado é tratado, 70% do esgoto coletado é tratado (IBGE, 2014; BRASIL,
2014).

Nas áreas rurais, o principal destino do esgoto ainda é diretamente nos cursos
d’água ou em sumidouros e fossas rudimentares. Esta prática é responsável pela
contaminação das águas superficiais e subterrâneas, o que compromete diretamente a
saúde das pessoas e do ambiente. Além de ser uma forte ameaça à segurança
alimentar das famílias, diminuem consideravelmente a confiabilidade na qualidade dos
produtos da agricultura familiar e/ou agroecológica (DE OLIVEIRA ANDRADE, 2017).

A ausência, total ou parcial, de serviços públicos de esgotos sanitários nas áreas


urbanas e rurais exige a implantação de algum meio de disposição dos efluentes com o
objetivo de evitar a contaminação em especial do solo e da água. Assim, em algumas
localidades, principalmente em regiões pouco desenvolvidas, com residências isoladas, com
peculiaridades topográficas, entre outros aspectos socioeconômicos e culturais, nem sempre é
possível a utilização de sistemas de esgotamento convencional, ou seja, através da ligação dos
esgotos gerados nas edificações em uma rede coletora. Para estes casos, é conveniente adotar
soluções individuais de tratamento dos excretas. Podem-se destacar as soluções por via seca,
ou seja, quando não é feito uso de água, ou por via hídrica, quando para afastar os excretas,
faz-se uso de descarga de água de modo automático ou não (SILVA e SANTOS, 2008).

O SES do tipo individual é utilizado para coletar e tratar pequenas contribuições de


esgoto sanitário de imóveis domiciliares, comerciais e públicos (PEREIRA; SOARES, 2006).
Normalmente é composto por um tanque séptico e uma unidade de tratamento complementar,
cujos efluentes são dispostos ou na rede de drenagem ou no solo ou em corpos d’água, como
apresentado na Figura 3. Em Associação Brasileira de Normas Técnicas (1993) é indica como

26
tecnologia de tratamento complementar o filtro anaeróbio, o filtro aeróbio, o filtro de areia, a
vala de filtração ou infiltração.

Figura 3 – Sistema de esgotamento sanitário do tipo individual.

Fonte: Dias (2009).

Já os SESs coletivos são mais utilizados em áreas de médio e grande adensamento


populacional, sendo constituído por unidade de coleta, elevação, tratamento e destino final
(PEREIRA; SOARES, 2006). Na Figura 4 é apresentado um sistema de esgotamento sanitário
do tipo coletivo.

Figura 4 - Sistema de esgotamento sanitário do tipo coletivo.

Fonte: Dias (2009).

27
Segundo Barros et al. (1995), a adoção de sistemas individuais para coleta, transporte,
tratamento e disposição final de esgoto é justificada (inclusive economicamente) para
atendimento unifamiliar de habitações instaladas em áreas de baixo adensamento
populacional e cujo solo apresenta boas condições de infiltração e nível da água com
profundidade adequada.

Quanto à cobertura de serviços de esgotamento sanitário, o cenário atual demonstra a


existência de um déficit muito superior quando comparado ao apresentado para o
abastecimento de água. Segundo a PNAD (2015), apenas 59,1% dos domicílios brasileiros
estão ligados diretamente à rede coletora e 6,25% possuem fossas sépticas ligadas à rede
coletora, sendo que outros 15,29% são atendidos por fossas sépticas não ligadas à rede
coletora. No entanto, 19,4% dos domicílios dispõem de soluções inadequadas: 14,7%
atendidos por fossas rudimentares, 2,8% por outras soluções e 1,9% não possuem alternativas
para o esgotamento sanitário.

Quando a análise é focada em domicílios localizados em áreas rurais, esse quadro


apresenta maior agravamento. Segundo a PNAD (2015) e conforme demonstrado na Figura 5
e na Figura 6, somente 5,45% dos domicílios rurais possuem coleta de esgoto ligada à rede
geral e 33,25% possuem fossa séptica (ligada ou não à rede coletora).

Figura 5 – Situação de esgotamento sanitário por domicílios na Zona Rural.

60

50
Nº de domicílios

40 Fossa Séptica
Fossa
30 Rudimentar
Sem Sistema
20
Rede Coletora
10

0
Brasil Nordeste Bahia

Fonte: IBGE (2015).

Fossas rudimentares e rede coletora, são adotadas por 51% e 5,45 % dos domicílios
rurais, respectivamente (Figura 5). Destaca-se que na sua maioria, essas soluções são

28
inadequadas para o destino dos dejetos, como as já citadas fossas rudimentares, valas, despejo
do esgoto bruto diretamente nos cursos d’água (PNAD 2015).

A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PNSB (IBGE, 2008) indica que 55,2%
dos municípios brasileiros tinham serviço de esgotamento sanitário por rede coletora, três
pontos percentuais acima do índice verificado em 2000 (52,2%). Contudo, a PNSB identificou
que somente 28,5% dos municípios faziam tratamento de esgoto (pelo menos um distrito do
município tratava o esgoto coletado, mesmo que parte dele).

Figura 6 - Distribuição de domicílios em Zonas Rural e Urbana.


60
50
Nº de domicílios

40 Fossa Séptica
30 Fossa Rudimentar
Sem Sistema
20 Rede Coletora
10
0
Brasil Nordeste Bahia

Fonte: IBGE (2005).

Segundo os dados do PNAD (2015), o Brasil possuía 77,7% dos domicílios com
acesso a água, e somente 38,71% deles com esgotamento sanitário (coleta de esgoto), como
apresentados na Figura 7.

Figura 7 - Moradores de domicílios particulares com cobertura de água e esgoto (em %) na


Zona rural.

90
80
Nº de domicílios

70
60
50 Esgotamento sanitário
40
30 Abastecimento de água
20
10
0
Brasil Nordeste Bahia

Fonte: IBGE (2015).

29
O fato de alguns estados recorrerem a soluções alternativas de abastecimento, em
detrimento da ligação à rede, deve-se a alguns fatores, tais como: demográficos (concentração
de grandes propriedades e dispersão de domicílios), geológicos (disponibilidade de água
subterrânea), ausência ou insuficiência de sistemas públicos de abastecimento (IBGE, 2015).

2.4 Fossas

Segundo Mota (2006), existem dois tipos de fossas: a fossa seca e a fossa séptica,
também conhecida como tanque séptico. A fossa seca é utilizada em edificações que não
constam de instalações hidráulicas. As fossas (tanques) sépticas utilizam a via hídrica para
transportar os dejetos, através de instalações sanitárias, nas edificações.

O que mais diferencia uma fossa de um tanque séptico, segundo Andreolli (2009), é
que o tanque séptico é uma unidade de tratamento de esgotos, com efluente a ter um destino
final que, geralmente, é a infiltração no solo, através de sumidouro ou valas de infiltração.
Já, a fossa é utilizada para a disposição final dos esgotos.

Mesmo desempenhando funções de decantação dos sólidos e retenção do material


graxo, não se pode dizer que o termo tratamento está associado às fossas, uma vez que as
mesmas podem promover a infiltração do esgoto, no solo (HADDAD, 2013). No quadro 1,
são apresentadas algumas características de fossas.

Quadro 1 - Tipos de fossas e suas respectivas características.

Tipo de fossa Características

Fossa seca Constitui-se de uma escavação , com ou sem revestimento, de uma


laje de tampa com um orifício e de uma “casinha” servindo de
proteção e abrigo do usuário. É destinada a receber somente dejetos
(fezes), sem uso de descarga d’água, que se decompõe, ao longo do
tempo, pelo processo de digestão anaeróbia

Fossa estanque É um tanque impermeável, no qual são dispostos os esgotos, que


são ali acumulados até a sua remoção. Pode ser construída de

30
alvenaria de tijolos, mas, modernamente, são mais utilizadas as pré-
moldadas em concreto, em plástico, em resinas estruturadas com
fibras de vidro, etc.

Fossa negra Consta de um buraco que apresenta seu fundo sob, ou a menos de
1,5 metros do lençol freático. O seu emprego deve ser evitado,
tendo em vista a provável contaminação das águas subterrâneas, de
possíveis problemas de exalação de maus odores e
desenvolvimento de mosquitos.

Fossa absorvente Também conhecida como poço absorvente, encontra-se desde as


mais rudimentares, como simples buracos no solo, até construções
mais elaboradas, com paredes de sustentação em alvenaria de
tijolos ou anéis de concreto, sempre com aberturas e fendas que
permitem a infiltração dos esgotos e, devidamente cobertas,
geralmente com lajes de concreto. Podem ser estruturadas
retangulares, mas, geralmente, são cilíndricas. As paredes de
sustentação mais utilizadas são alvenarias de tijolos vazados.
Geralmente, não têm fundo revestido, para permitir a infiltração da
água. Algumas podem conter uma camada de brita, constituindo a
base de fundo.

Fonte: Andreolli (2009), Brasil (2014), Oliveira e Von Sperling (2011).

2.5 Fossa Negra

De acordo com Faustino (2011), as fossas negras são as principais responsáveis pela
contaminação das águas subterrâneas, e o esgoto gerado pela residência é depositado em uma
simples escavação sem revestimento algum, onde ocorrem intensas atividades microbianas,
infiltrando as paredes da fossa, contaminando assim as águas subterrâneas e o solo. Quando
esse material se decompõe parte dele é absorvido pelo solo e o restante fica parado na
superfície da fossa, podendo assim agredir a saúde da população, e o meio ambiente.

31
Em algumas regiões do país, como o estado de Minas Gerais, pelo Decreto nº 45.097,
de 12 de maio de 2009, ficam restrito o uso de fossas negras, pelo seu potencial poluidor. Para
os locais onde não existe esgoto, recomenda-se que os moradores construam fossas sépticas.
Que ao contrário das fossas negras, as sépticas são aberturas no solo totalmente revestida,
recebendo os dejetos e águas residuais locais, sendo isolado o conteúdo interior, do meio
exterior, onde retém a parte sólida para se iniciar o processo de decomposição (SOUZA,
2015).

No Brasil é muito comum o uso das fossas negras nas áreas rurais e em residências de
pessoas de baixa renda, por seu custo ser menor e pela falta de rede de esgoto, mas poucas
pessoas sabem o mal que esse tipo de escavação pode causa para o meio ambiente e para a
saúde humana. As fossas negras quando são feitos próximos a poços de águas podem causar
uma grande contaminação do lençol freático e também a do poço, e assim acarretando várias
doenças causadas pelos dejetos humanos. As principais doenças causadas pelas águas
contaminadas são a cólera, hepatite, diarreia, entre outros tipos de doença (SOUZA, 2015).

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (2010), do Ministério da Saúde, muitas doenças


estão relacionadas a água, que podem levar a morte, tais como: amebíase, cólera, dengue,
doenças diarreicas agudas, esquistossomose, filariose, febre tifoide, giardíase, hepatite A e
leptospirose. Assim, a necessidade de tratamento do esgoto sanitário deve ser primordial no
Planejamento Urbano dos municípios e principalmente nas áreas do estudo, pois a maior parte
(80,8%) dos resíduos é jogado nos córregos e rios, sem nenhum tratamento (Tabela 1). Muitos
córregos deságuam na bacia do ribeirão Furnas ou Pitanga, que deságua no Rio Mogi Guaçu.
Outra preocupação está associada às fossas negras (13,1% das residências) que possuem grau
significativo de contaminação do solo e do lençol freático. Somente uma residência apontou
esgoto a céu aberto, mas este é um caso raro dentro da bacia, fácil de resolver caso haja
interesse do poder público (ANJOS et al., 2017).

2. Fossa Seca

Constitui-se de uma escavação feita no terreno, com ou sem revestimento, a depender


da coesão do solo, de uma laje de tampa com um orifício que serve de piso, e de uma casinha
para sua proteção e abrigo do usuário (Figura 8), sendo recomendado também contra

32
problemas de odores, um sistema de ventilação, constituído por um tubo localizado na parte
interna da casinha, junto à parede, com a extremidade superior acima do telhado (Figura 8).
Esse dispositivo é destinado a receber somente as excretas, ou seja, não há utilização alguma
de água. As fezes retidas no seu interior se decompõem ao longo do tempo pelo processo de
digestão anaeróbia (FUNASA, 2006).

Figura 8 - Esquema em corte de uma fossa seca.

Fonte: FUNASA (2006).

A limpeza é primordial para um programa em que se busca a eliminação de focos


favoráveis à transmissão de doenças. Pisos sujos por fezes e urina, ou o que é pior, a cova
praticamente cheia e ainda em uso, constituem pontos de atração de moscas e roedores,
prováveis focos de contaminação. Deve-se lembrar que muitas vezes essas privadas vão ser
instaladas em áreas onde antes era hábito defecar no terreno, sem maiores cuidados de asseio
e de limpeza, cabendo, portanto, um trabalho prévio de educação sanitária em relação ao uso e
manutenção da privada, e conscientização dos moradores em relação aos benefícios sanitários
e de saúde pública (JORDÃO e PESSÔA, 2005).

33
A fossa seca deve ser construída a uma distância mínima de 1,5 m em relação ao nível
máximo do lençol freático, recomenda Andrade Neto (1997) e Mota (2006). Além disso, essas
fossas devem ser executadas em locais protegidos de inundações e afastadas, no mínimo, 15
m de poços e outras coleções de água.

Grande preocupação ocorre quando o abastecimento de água é realizado por poço raso
ou cisterna e o esgoto é destinado a uma fossa negra, sem nenhum tratamento, causando um
risco maior a saúde e ambiental, pois a probabilidade de contaminação é mais elevada
(ANJOS et al., 2017).

2.6 Fossa Séptica

Sobre esgotamento sanitário, somente 5,7% destes domicílios estão ligados à rede
coletora de esgotos e 20,3% utilizam a fossa séptica como solução para o tratamento dos
dejetos, enquanto que a grande maioria (74%) depositam os dejetos em fossas rudimentares
ou em cursos d’água ou diretamente no solo a céu aberto. Este cenário contribui diretamente
para a contaminação dos cursos hídricos e consequentemente pelo surgimento de doenças de
veiculação hídrica. Tal fato explica em parte a grande taxa de mortalidade infantil existente no
Brasil (IGBE, 2009).

Na maioria das moradias ou edifícios existe a geração de esgoto, o qual provém da


utilização da água tratada e que deve ser encaminhado ao sistema de coleta e tratamento
adequado. Esses esgotos quando são gerados em residências ou também em locais destinados
a permanência contínua, são chamados de esgotos domésticos ou sanitários. Esses efluentes
necessitam de um determinado tipo de tratamento, e um desses tratamentos é denominado de
sistema de fossa séptica, o qual é utilizado quando os dejetos são conduzidos por um canal
hídrico, ou melhor, por meio de instalações hidráulicas de esgoto na construção. Na verdade,
este sistema é composto por mais de uma estrutura física, uma estrutura de disposição dos
efluentes gerados na fossa séptica (BACKES, 2016).

Também conhecida como decanto-digestor ou tanque séptico, a fossa séptica é um


método de tratamento individual de esgotos, utilizada por comunidades que dispõem de
consumo relativamente pequeno de água e empregadas em áreas urbanas carentes de rede
coletora pública de esgoto sanitário (ÁVILA, 2005).

34
Segundo Ávila (2005), as fossas sépticas são reatores biológicos anaeróbios, em que
acontecem reações químicas com a intervenção de microrganismos, esses participam
ativamente da redução de matéria orgânica. Nessas fossas, o esgoto é tratado no não
comparecimento de oxigênio livre (ambiente anaeróbio), havendo a composição de uma
biomassa anaeróbia (lodo anaeróbio) e formação de biogás, o qual é composto basicamente
por metano e gás carbônico.

Segundo Jordão e Pessôa (2011), a importância da implantação no meio rural de fossas


sépticas se dá pelos seguintes objetivos:

 Impedir a poluição de mananciais destinados ao abastecimento


doméstico;
 Não alterar as condições de vida aquática nas águas receptoras;
 Não prejudicar as condições de balneabilidade de praias e outros
locais de recreação e esporte;
 Não ocasionar a poluição de águas subterrâneas, de águas
localizadas (lagos ou lagoas), de cursos d’água que atravessem
núcleos de população, ou de águas utilizadas na dessedentação de
rebanhos e na horticultura, além dos limites permissíveis, a critério do
órgão local responsável pela Saúde Pública (JORDÃO; PESSÔA,
2011, p. 392).

Entretanto, os efluentes resultantes das fossas sépticas necessitam de sistemas de


disposição e de tratamento complementar, o que requer maior conhecimento e atenção por
parte de seu operador e eleva seu custo (JORDÃO; PESSÔA, 2011).

De acordo com a Norma NBR-13969 que trata da disposição final e tratamento


complementar dos efluentes das fossas sépticas, entre as alternativas de tratamento admitidas
estão o filtro anaeróbio de leito ascendente, o filtro anaeróbio submerso, as valas de filtração e
filtros de areia, o lodo ativado por batelada e a lagoa com plantas aquáticas (JORDÃO;
PESSÔA, 2011).

Por causa da situação socioeconômica brasileira, são imprescindíveis os investimentos


no desenvolvimento de tecnologias alternativas, de baixo custo e boa eficiência para o
tratamento das águas residuárias. O tratamento de esgoto utilizando zona de raízes está se
revelando uma alternativa eficiente e de baixo custo, quando comparadas aos sistemas
35
convencionais (LEMES et al., 2008). Segundo Brix (1994), esses sistemas podem ser
implantados no mesmo local onde o efluente é produzido, podem ser operados por mão-de-
obra não especializada, possuem baixo custo energético e são menos suscetíveis às variações
nas taxas de aplicação de esgoto.

Gomes (2015) buscou avaliar o tratamento de efluente doméstico por um sistema em


escala real composto por um tanque séptico, um filtro anaeróbio preenchido com cascas de
coco verde (Cocos nucifera) e um filtro de areia. A qualidade do efluente final atendeu aos
limites definidos pela NBR 15900 (2009) para água de reúso destinadas ao amassamento de
concreto, mostrando-se, também, passível de aproveitamento em demais usos não potáveis,
requerendo desinfecção simples (como uso de cloro) para não contaminação durante o contato
direto.

O que torna o tanque séptico mais atrativo do que os demais sistemas anaeróbios é sua
simplicidade construtiva e operacional, não exigindo equipamentos complexos para
construção e mão de obra qualificada para o monitoramento, permitindo o gerenciamento das
águas residuárias na própria origem. Porém, ainda que vantajoso, seu desempenho dependerá
do projeto, instalação, manutenção e monitoramento, da mesma forma que qualquer outro
sistema de tratamento; incumbindo ao proprietário a responsabilidade pelo funcionamento do
sistema e adequação, no caso de países desenvolvidos, aos mecanismos reguladores existentes
(BUTLER, 1995).

Kamel e Hgazy (2006) ao estudarem o comportamento do esgoto doméstico em 40


tanques sépticos modificados (com dois compartimentos em série seguidos de dois filtros
anaeróbios ascendentes com disposição em sumidouro), em cinco vilarejos no Egito obteve
remoção de 65% para sólidos suspensos totais e cerca e 99% para E. coli. em um tempo de
detenção de 1 a 3 dias. Acredita-se que a maioria dos chamados tanques sépticos, na verdade,
não foram projetados e muito menos construídos de acordo com as normas indicadas para tal
obra, muitas das residências simplesmente cavam uma vala no quintal das casas (escavação
cilíndrica) sem ter seguido nenhum critério de dimensionamento nem aplicação de material de
revestimento do fundo e das laterais, por isso existe a diferença entre tanques sépticos e
fossas.

Segundo Marques (2010), após a passagem do esgoto pela fossa (onde ficam retidos os
materiais sedimentáveis e flutuantes), ele deve ter seu destino final pré-determinado em valas
de infiltração ou sumidouros. Estes destinos foram a base do tema em estudo, porque os

36
efluentes devem percolar através do solo e se depurar. Como utilizam o solo como meio
filtrante, o desempenho depende diretamente das características do solo, assim como o seu
grau de saturação.

A diferenciação básica entre uma fossa e um tanque séptico é o fato de que o tanque
séptico consiste em uma unidade de tratamento de esgotos, com efluente a ter um destino final
(geralmente a infiltração no solo por meio de sumidouro ou vala de infiltração), enquanto que
a fossa é utilizada para disposição final, sem tratamento dos esgotos (HARTMANN et al.,
2009).

Em um estudo elaborado por Mendes et al. (2010), verificou-se que para seu
dimensionamento o número de pessoas consideradas está acima da média de moradores de
loteamentos com as mesmas características do Residencial Orlando de Morais. O
dimensionamento acima da capacidade prevista pode ter sido uma forma de proporcionar
mais segurança no projeto, uma vez que a quantidade de moradores por residência é variável.
No dimensionamento do sumidouro feito pelo projetista, foi considerada a contribuição diária
de esgotos para até 20 pessoas, enquanto para o tanque séptico a mesma contribuição foi de
apenas 5 pessoas. Para a compatibilidade do sistema os parâmetros de projeto deveriam ser os
mesmos, uma vez que o sumidouro está ligado a um único tanque séptico.

2.7 Fossa Séptica Biodigestora

O processo de biodigestão de resíduos orgânicos é bastante antigo, sendo que a


primeira unidade foi instalada em Bombaim, na Índia em 1819; na Austrália uma companhia
produz e industrializa o metano a partir de esgoto desde 1911. A China possui 4,5 milhões de
biodigestores que produzem gás e adubo orgânico, sendo que a principal função é o
saneamento no meio rural. No Brasil, a ênfase para os biodigestores foi dada para a produção
de gás, com o objetivo de converter a energia do biogás em energia elétrica através de
geradores. Isso permitiu melhorar as condições rurais, como por exemplo o uso de
ordenhadeiras na produção de leite, e outros benefícios que podem ser introduzidos. Esse
processo realiza-se através da decomposição anaeróbica da matéria orgânica digerível por
bactérias que a transforma em biogás e efluente estabilizado e sem odores, podendo ser
utilizado para fins agrícolas. As fases do processo constam de: fase de hidrólise enzimática,
ácida e metanogênica (Olsen & Larsen, 1987), as quais eliminam todo e qualquer elemento

37
patogênico existente nas fezes, devido principalmente, à variação de temperatura. Com isso, o
processo de biodigestão de resíduos orgânicos é uma possibilidade real a ser considerada para
a melhoria do saneamento no meio rural.

A fossa séptica biodigestora foi desenvolvida por Novaes et al. (2006), no ano 2000. É
um sistema de tratamento do esgoto de dejetos humanos, cujo intuito é substituir o esgoto a
céu aberto e as atuais fossas utilizadas em propriedades rurais, em razão dos benefícios que
podem ser gerados pela mesma (NOVAES et al., 2006). Os benefícios desse sistema em
relação às fossas convencionais são, principalmente, a reciclagem dos dejetos e sua vedação
hermética (que impede a proliferação de vetores de doenças). A Tabela 1 apresenta um
resumo das principais características dos sistemas de fossa negra, fossa séptica e da fossa
séptica biodigestora, essa última analisada neste trabalho, com o objetivo de se ter um melhor
conhecimento sobre as opções existentes e justificar a opção avaliada.

Como o sistema da fossa séptica biodigestora funciona sobre um processo de


biodigestão anaeróbico. Para que isso ocorra, as caixas são vedadas, não há qualquer
problema de proliferação de insetos e animais peçonhentos nos arredores da mesma, o que
não ocorre com os outros dois sistemas (fossa rudimentar e séptica). Assim, conclui-se que a
fossa séptica biodigestora é um sistema de tratamento ambientalmente mais favorável para o
ambiente rural. Como inconveniente, um sistema de tratamento auxiliar para tratamento do
restante do esgoto doméstico deve ser realizado. Um sistema auxiliar, que contempla esse
tratamento, foi desenvolvido com a denominação de “jardim filtrante” (LEONEL;
MARTELLI; DA SILVA, 2013). Esse sistema tem como objetivo dar destino adequado à
chamada “água cinza”, que é aquela proveniente de pias, tanques e chuveiros.

Um estudo realizado por Da Costa e Guilhoto (2014) teve como objetivo mensurar os
impactos social, ambiental e econômico decorrente da atual falta de saneamento rural no país
em relação à implementação de uma proposta tecnológica de tratamento do esgoto, a fossa
séptica biodigestora. Foi observado que, ao ano, a construção desse sistema de saneamento
poderia evitar cerca de 250 mortes e 5,5 milhões de infecções causados por doenças
diarreicas; reduzir a poluição dos cursos d’água em cerca de 129 mil toneladas de resíduos; e
que cada R$ 1,00 investido na implementação da alternativa tecnológica avaliada poderia
causar um retorno para a sociedade de R$ 1,6 em renda interna bruta. Além disto, a
construção da fossa séptica biodigestora promoveria a geração de cerca de 39 mil empregos.

38
Da Silva Campos, realizou um trabalho visando caracterizar os afluentes e efluentes de
quatro sistemas de FSB (fossa séptica biodigestora), avaliando o funcionamento assim como a
eficiência dos sistemas de fossas estudados e correlacionando aos padrões de lançamento de
efluente em corpos de água, levando em consideração a Resolução n° 357 - CONAMA de
março de 2005, utilizando como base parâmetros resultantes para os testes de temperatura,
pH, sólidos totais, coliformes totais e termotolerantes. Através dos resultados, concluiu-se que
os quatros sistemas de FSB se mostraram eficientes quando relacionados aos
parâmetros analisados.

Tabela 1 – Comparação entre as opções de fossa para saneamento: características


selecionadas.

Fossa Fossa séptica Fossa séptica


rudimentar biodigestora
Contaminação águas superficiais Sim Não Não
Contaminação águas subterrâneas Sim Não Não
Necessidade de retirar os dejetos Sim/Não* Sim Não
Efluente reciclável Não Não Sim
Todo esgoto doméstico Sim Sim Não
Proliferação de vetores Sim Sim Não
Odor desagradável Sim Sim Não
Vedação hermética Não Não Sim
*Depende do tipo de solo: solos arenosos o material percola e não há necessidade;
**A fossa séptica biodigestora, ao contrário das outras, só trata o esgoto proveniente do vaso
sanitário. Esgoto de ralos, tanques e pias não são coletados
Fonte: Da Silva (2011) com adaptações de Costa e Guilhoto (2014).

Observa-se que, ao contrário da fossa séptica, as fossas rudimentares não funcionam


como forma de evitar a contaminação das águas. Já a fossa séptica, apesar de evitar essa
contaminação, não promove a reciclagem dos dejetos humanos, como ocorre na fossa séptica
biodigestora (COSTA e GUILHOTO, 2014). Essa última também elimina a contaminação de
águas subterrâneas e, diferentemente dos outros métodos, promove a reciclagem dos dejetos.
O produto dessa reciclagem é um efluente inodoro e com alta carga de nutrientes que são
benéficos às plantas. Assim, o uso desse efluente pode ser utilizado diretamente para

39
adubação de plantas localizadas próximas às residências, o que é muito comum na área rural,
trazendo uma economia no consumo de fertilizantes químicos.

O sistema (Figura 9) é composto por duas caixas de cimento amianto ou plástico de


1000 L cada [5], facilmente encontradas no comércio, conectadas exclusivamente ao vaso
sanitário, (pois a água do banheiro e da pia não têm potencial patogênico e sabão ou
detergente tem propriedades antibióticas que inibem o processo de biodigestão) e a uma
terceira de 1000 L [6], que serve para coleta do efluente (adubo orgânico). As tampas dessas
caixas devem ser vedadas com borracha e unidas entre si por tubos e conexões de PVC de 4",
com curva de 90° longa [3] no interior das caixas e T de inspeção [4] para o caso de
entupimento do sistema. Os tubos e conexões devem ser vedados na junção com a caixa com
cola de silicone e o sistema deve ficar enterrado no solo para manter o isolamento térmico.

Figura 9 – Esquema do sistema da fossa séptica biodigestora.

(1)Válvula de retenção; (2) Válvula de alívio; (3) Curva longa PVC 90°; (4) Tê de inspeção;
(5) e (6) Caixas d’água fibra de vidro 1.000 L; (7) Registro PVC 50 mm.
Fonte: Marmo e Da Silva (2014).

O dimensionamento do sistema é indicado para uma família de no máximo cinco


pessoas e permite que o material depositado nas caixas fermente por aproximadamente trinta
dias, período suficiente para uma completa biodigestão (SCHOKEN-ITURRINO et al., 1995).

Após o processo de desinfecção, o efluente gerado pode ser disposto em solo. Dentre
os principais sistemas de disposição de águas residuárias no solo (irrigação, infiltração/
percolação e escoamento à superfície) a irrigação de culturas tem sido o método mais
acessível (FEIGIN et al., 1991) e eficiente (DARWISH et al., 1999), particularmente, nos
países em desenvolvimento onde não há uma política para o custo de tratamento das águas
residuárias (FRIEDEL et al., 2000).

40
2.8 Uso de efluentes produzidos pela fossa séptica biodigestora

O esgoto urbano é composto por resíduos domésticos e efluentes industriais sendo que
se estes forem tóxicos devem ser tratados em unidades da própria indústria. A composição do
esgoto é bastante variável, sendo que a matéria orgânica, especialmente as fezes humanas,
confere ao esgoto sanitário suas principais características, mutáveis com o decorrer do tempo,
pois sofre diversas alterações até sua completa mineralização ou estabilização. Enquanto o
esgoto sanitário causa poluição orgânica e bacteriológica, o industrial geralmente produz
poluição química (FAUSTINO, 2007).

O uso de efluentes provenientes do tratamento de esgotos na agricultura é uma prática


comum em muitos países (SAADI et al., 2006; FONSECA et al., 2007). Em países de clima
tropical como o Brasil, esse tipo de prática apresenta aspectos positivos em função da
temperatura a qual o solo é exposto, o que favorece a uma intensa atividade intempérica,
proporcionando uma rápida mineralização da MO e também disponibilizando nutrientes ao
meio. A principal vantagem na utilização de efluentes reside na recuperação de um recurso de
grande importância para a agricultura – a água; além disso, os constituintes desses efluentes
são produtos que podem aumentar a fertilidade dos solos por conter nutrientes essenciais às
plantas. Por outro lado, melhoram também a aptidão agrícola dos solos, devido à MO que lhe
é adicionada, com a consequente formação de húmus.

A reutilização de efluentes oferece, ainda, vantagens do ponto de vista da proteção do


ambiente na medida em que proporciona a redução ou mesmo a eliminação da poluição dos
meios hídricos habitualmente receptores desse material. Paralelamente dá-se a recarga dos
aqüíferos, beneficiada com a melhoria da qualidade da água derivada da depuração
proporcionada aos efluentes através da percolação no solo (MIRANDA, 1995).

O produto do processo de biodigestão oferece um produto de excelente qualidade, a


custo praticamente zero com tecnologia acessível para pequenos produtores. Ele pode ser
utilizado para fertilizar e irrigar o solo, contribuindo para melhorar a qualidade do solo, renda
dos agricultores (TECNOLOGIA SOCIAL; FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA, 2010) e
saúde humana, em razão da melhor destinação do efluente humano.

41
Segundo Santana et al. (2012) o efeito da matéria orgânica resulta no maior
crescimento e desenvolvimento das plantas, beneficiando, ainda, as propriedades físicas,
químicas e biológicas do solo (KIEHL, 1985).

Fidelis Filho (2005) registrou maiores valores de altura das plantas de algodão BRS
Verde irrigadas com efluente decantado comparado com água de poço, decorrente das altas
concentrações de matéria orgânica e nutrientes presentes no efluente. Em pimentão, Duarte
(2007) obteve aumento da altura das plantas, quando irrigadas com efluentes de origem
doméstica

3 DIMENSIONAMENTOS DE FOSSAS

3.1 Dimensionamento da fossa séptica

A metodologia se aplica ao dimensionamento do conjunto tanque séptico e sumidouro


segundo as orientações da normalização brasileira.

3.1.2 Tanque séptico

Tanques sépticos são estruturas de fluxo horizontal que tem a função de tratar o esgoto
por processos de sedimentação, flotação e digestão anaeróbia (DE JESUS, 2010). É comum o
uso do termo fossa séptica para referir às características de tanque séptico. A principal
diferença, segundo Andreoli (PROSAB, 2009), está no fato do tanque séptico ser uma
unidade de tratamento de esgotos acoplado a um dispositivo de infiltração dos efluentes
líquidos no solo, enquanto a fossa séptica é utilizada para disposição final dos esgotos.

O sistema individual geralmente é adotado para unidades unifamiliares e é constituído


por um tanque séptico e por um dispositivo de infiltração no solo, sendo mais utilizado para
esse fim o sumidouro. Para que esse sistema funcione é necessário que o solo apresente boas
condições de percolação e que o lençol freático tenha uma profundidade adequada para não
ser contaminado (DE JESUS, 2010).

Segundo a NBR 7229 (ABNT, 1993), o sistema de tanque séptico somente é indicado
para áreas que não possuem rede coletora de esgoto, como alternativa de tratamento de esgoto
em locais que possuem rede de esgoto ou para retenção prévia dos sólidos sedimentáveis.

42
A NBR 7229 (ABNT, 1993) estabelece que o tempo de limpeza do tanque séptico
deve ser o mesmo previsto em projeto, mas permite o aumento ou uma diminuição no
intervalo caso ocorram variações nas vazões previstas.

O tanque séptico deve ser executado com material impermeável, não devendo ocorrer
infiltração do líquido nele contido diretamente para o solo. Os materiais empregados na
construção do tanque séptico devem ter características físicas e mecânicas adequadas para seu
fim, resistindo quimicamente à ação das substâncias contidas no esgoto ou geradas no
processo de digestão.

O dimensionamento do taque séptico deve atender às disposições da NBR 7229


(ABNT, 2003). No projeto, é de suma importância a determinação criteriosa da vazão, uma
vez que ela influencia diretamente no processo de tratamento do esgoto e sedimentação dos
sólidos.

O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela equação 1.1:

V = 1000 + N ∗ (C ∗ T + K ∗ Lf) (1.1)


Em que:
V = volume útil (L);
N = número de pessoas ou unidades de contribuição;

C = contribuição de despejos (L/pessoa.dia);

T = período de detenção (dias);

K = taxa de acumulação de lodo digerido (em dias), equivalente ao tempo de acumulação de


lodo fresco;

Lf = contribuição de lodo fresco (L/pessoa.dia);

3.1.3 Sumidouro

A NBR 13969 (ABNT, 1997) define sumidouro como sendo um “poço escavado no
solo, destinado à depuração e disposição final do esgoto no nível subsuperficial”. Também é
conhecido como poço absorvente, e seu uso é indicado somente a locais em que o nível do
lençol freático é profundo. Não possui laje de fundo e sua função é permitir a penetração dos
efluentes do tanque séptico no solo (DE JESUS, 2010).

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O sumidouro pode ser cilíndrico ou prismático e possuir suas paredes formadas por
blocos cerâmicos ou placas pré-moldadas, dispostos de forma a permitir a infiltração dos
efluentes líquidos no solo. Suas dimensões são determinadas conforme a capacidade de
absorção do solo, e sua altura conforme o nível do lençol freático. Todos os materiais devem
possuir resistência física e mecânica para combater os esforços aos quais está submetido
(ABNT, 1997).

Para absorver os efluentes que saem do tanque séptico, o sumidouro utiliza a


capacidade de infiltração natural do terreno. Como esses efluentes são lançados diretamente
no solo, é necessário que o fundo desse sumidouro esteja a uma distância mínima de 1,50m do
lençol freático, para evitar os riscos de contaminação (DE JESUS, 2010).

Para o projeto do sumidouro deve ser analisado o número de pessoas a serem


atendidas, a contribuição de despejos e a taxa máxima de aplicação diária.

As dimensões do sumidouro são determinadas em função da capacidade de absorção


do terreno, ou seja, deve ser feito um ensaio seguindo a ABNT (1993), que determina o
coeficiente de infiltração do solo.

O ensaio de infiltração começa com a escolha de três pontos no terreno de maneira que
cubra toda a área onde pretende-se locar a obra. Cada ponto deve ser escavado com
profundidade diferente. Após a escavação, deve-se limpar os lados e fundo da cova e
preencher com uma camada de 5 cm de brita n°1, completar as covas com água e mantê-las
cheias por um intervalo de tempo de 4 horas. Depois de um intervalo de espera para que a
água infiltre totalmente após as 4 horas, deve-se encher novamente as covas até a altura de 15
cm e cronometrar o tempo de rebaixamento de 15 para 14 cm. Se em menos de 3 minutos
acontecer o rebaixamento de 1 cm, este ensaio deve ser executado por mais 5 vezes aplicando
o valor da 5ª medição para efeito do cálculo. Com a obtenção destes valores, deve-se
consultar a Figura 10, para obter os coeficientes de infiltração do solo em litros/m².dia.

44
Figura 10 - Gráfico para determinação do coeficiente de infiltração.

Fonte: ABNT (1993).

Para o dimensionamento do sumidouro deve-se calcular a área superficial útil para


infiltração com a equação 1.2:

Af = (1.2)

Onde:

Af = área superficial útil de infiltração em m²;

Com o valor da área determinam-se as dimensões do sumidouro. Para sumidouro


cilíndrico, a profundidade necessária em metros é determinada pela equação 1.3:

Af = (1.3)

Onde:

h = profundidade útil necessária em metros;

Af = área necessária em m²;

D = raio adotado;

A NBR 13969 (ABNT, 1997) não descreve os procedimentos construtivos para


sumidouros, apenas sugere que o durante a execução do sumidouro as paredes e as laterais

45
não podem sofrer nenhum tipo de compactação. Observadas as distâncias mínimas a serem
obedecidas, o Manual de Saneamento sugere a construção dos sumidouros com as seguintes
características:

 Paredes: deve ser feita com materiais permeáveis, podendo ser de alvenaria de tijolos
assentados com juntas livres ou de anéis (placas) pré-moldados de concreto com furos
para permitir a infiltração dos líquidos no solo;
 b) Fundo: deve ser preenchido com cascalho, coque ou brita nº 3 ou 4, com altura
igual ou superior a 0,3 m;
 c) Lajes: devem ficar ao nível do terreno e serem construídas de concreto armado,
possuindo abertura para inspeção e com uma dimensão mínima de 0,6 m.

3.2 Dimensionamento da Fossa Séptica Biodigestora

O dimensionamento padrão da Fossa Séptica Biodigestora Embrapa, é baseado em um


número de 5 pessoas, utilizando 3 caixas d’água de fibra de vidro com capacidade mínima de
1000 L, pois quanto maior o tempo de permanência do esgoto do sistema, melhor a
descontaminação e qualidade do adubo. As duas primeiras caixas d’água do sistema são
denominadas “módulo de fermentação”, ou seja, são os locais onde ocorre fortemente a
biodigestão anaeróbica realizada pelas bactérias. A última caixa ou “caixa coletora” é
destinada para o armazenamento do efluente já estabilizado (EMBRAPA, 2017).

Segundo a Embrapa (2017), o número de caixas pode ser aumentado de maneira


proporcional ao número de moradores da residência, mantendo o volume mínimo de 1000 L
para cada caixa. A proporção é que para cada 2,5 pessoas a mais, deve-se acrescentar uma
caixa d’água no sistema.

Mediante a proporção definida pela Embrapa, pode-se concluir que cada pessoa
necessita de 400 litros para o processo de fermentação ser concluído com eficácia. Diante
disso deve ser considerado no dimensionamento pela equação 1.4:

Volume Total = [(volume padrão) + ( volume excedente + C)] (1.4)

Onde:

Volume padrão = [ (Vol/pessoa * N° pessoa) + Vol/Efluente)]

46
Volume excedente = [ ( Vol/pessoa * N° pessoa excedente) + C]

Se N° pessoa excedente , C = 0

Se N° pessoa excedente , C = 100

47
4 METODOLOGIA

4.1 Levantamento dos dados

Para a realização deste trabalho, foi necessário um levantamento teórico dos conceitos
relacionados ao tema proposto, a partir de uma revisão bibliográfica. Todo este material foi
utilizado com o intuito de identificar quais parâmetros deveriam ser adotados no
dimensionamento da fossa séptica e fossa séptica biodigestora.

Posteriormente, efetuou-se um estudo de caso no Baixão de Ipiúna, localizado no


município de Jaguaquara/BA com a finalidade de esclarecer qual sistema de tratamento de
esgoto seria mais viável para a região, usando como parâmetro o número de pessoas existente
em cada residência, distância entre as residências, tipo de plantações agrícolas e índice de
infiltração do solo. Atualmente as regiões rurais não se dispõem de saneamento básico, e
normalmente utilizam esgoto a céu aberto, que afetam diretamente o solo e o lençol freático,
permitindo assim a proliferação de doenças.

4.2 Caracterização da Área de Estudo

O município de Jaguaquara fica localizado no Sudoeste do Estado do Bahia (Figura


11), nas microrregiões de Jequié e do Vale do Jiquiriçá, que se destaca no contexto agrícola
pela produção de hortifrutigranjeiros e principalmente, tomate, batata e chuchu. Possuí uma
população de 51019 habitantes, segundo o censo de 2017 (PMJ, 2018) e densidade
demográfica de 55 habitantes por km² no território do município. O clima é caracterizado em
seco sub-úmido: apresentando frio no inverno e quente e seco no verão, mantendo uma
temperatura média anual de 21,5°C, e um índice pluviométrico entre seiscentos e mil
milímetros. A cidade possuí distritos, como o Baixão de Ipiúna, Itiúba e Stela Câmara Dubois.

48
Figura 11: Localização do município do Baixão de Ipiúna.

Jaguaquara

Ipiúna

Fonte: Mapas App (2018).


O Baixão de Ipiúna (Figura 12) é um distrito que fica localizado há aproximadamente
7 km da cidade de Jaguaquara e conta com uma pequena população, sendo a maioria
agricultores.

Figura 12: Poço d’água localizado no Distrito do Baixão de Ipiúna.

Fonte: Próprio Autor (2018).

Por estar localizado na Zona Rural, o Baixão de Ipiúna não conta com nenhuma
concessionária que presta serviços de coleta e tratamento de esgoto doméstico, desta forma,
todos os rejeitos produzidos nas residências são depositados num rio através de uma tubulação
que faz essa ligação direta (Figura 13).

49
Figura 13: Tubulação que liga a residência ao rio.

Fonte: Próprio Autor (2018).

Visto que essas residências não são atendidas pela rede coletora de esgoto, é de
extrema importância a utilização dos sistemas de tratamento individuais, evitando assim, a
possibilidade de contaminação dessa população, por doenças veiculadas pela urina, fezes e
água, como hepatite, cólera, verminoses e outras.

4.3 Estudo de área

Inicialmente foram realizadas visitas no local do estudo afim de verificar as condições


existentes de saneamento e o levantamento do número de pessoas por residência. Em seguida,
com o auxílio dos moradores, foram coletadas informações a respeito da área do estudo, da
população existente e do tipo de saneamento utilizado.

4.4 Dimensionamento da Fossa Séptica

Os dimensionamentos das fossas sépticas foram realizados seguindo a metodologia


descrita pela ABNT (1993) e da Embrapa (2017), sendo que, para a determinação do número
de pessoas a serem atendidas, foram consideradas as médias de moradores por domicílio do

50
distrito. Os itens 3.1 e 3.2 apresentam os passos seguidos e as equações utilizadas nos
dimensionamentos.

Foram realizadas incursões nas residências, para verificar a situação das possíveis
instalações e dispositivos a que se destinariam os efluentes, verificando dados técnico
construtivos, prescrito pelas NBR 7229 (ABNT, 1993) e NBR 13969 (ABNT, 1997), tais
como:

 Contribuição de despejos;
 Número de pessoas por residência;
 Caracterização do dispositivo: tipo, capacidade de carga afluente, localização,
dimensões, diâmetros de tubulações, intervalos e periodicidade das limpezas, dentre
outros.
Além disso, o dimensionamento seguiu os parâmetros de distâncias horizontais
mínimas:

 a) 1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouro, valas de infiltração e ramal


predial de água;
 b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
 c) 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.

Em seguida, foi realizada a análise do solo para constatar a capacidade de infiltração


do mesmo, através do ensaio de percolação, conforme a NBR 13969 (ABNT, 1997) e NBR
7229 (ABNT, 1993). Por fim, foi realizada a amostragem dos dados coletados e uma análise
crítica da situação verificada.

Para realizar o dimensionamento do sistema com as exigências da ABNT (1993), de


forma que a mesma atendesse a localidade escolhida, calculou-se o volume que cada sistema
possuiria. A Tabela 2 e 3 apresentam os valores obtidos a partir dos parâmetros estabelecidos
para o dimensionamento da fossa séptica baseados em 5, 7 e 14 pessoas por domicílios.

Tabela 2: Dimensões do tanque séptico.


Habitantes por Largura/Diâmetro (m) Comprimento (m) Altura Volume
domicílio (m) (m³)
5 0,80 2,06 1,20 1,98
7 0,80 2,46 1,20 2,36

51
14 0,80 3,88 1,20 3,72
Fonte: Próprio autor (2018).
Para o dimensionamento do sumidouro, foi feito um ensaio para definir o índice de
infiltração do solo (Figura 14), utilizando o parâmetro do item 3.1.3. Foi encontrado um
tempo máximo de 50 segundos para o rebaixamento de 1 cm da água, diante disso, o
coeficiente de infiltração do solo estabelecido foi de 115 l/m³.dia.

Figura 14: Ensaio do coeficiente de infiltração do solo.

Fonte: Próprio autor (2018).

O dimensionamento do sumidouro seguiu a norma brasileira NBR 13969 (ABNT,


1997), atendendo parâmetros estabelecidos na Tabela 3.

Tabela 3: Dimensões do sumidouro.


Tipo Habitantes Largura/Diâmetro Comprimento Altura Volume
por domicílio (m) (m) (m) (m³)
Sumidouro 5 1,5 - 1,38 2,43
Sumidouro 7 1,5 - 1,93 3,41
Sumidouro 14 1,5 - 3,87 6,83
Fonte: Próprio autor (2018).

O sumidouro deve ser localizado a uma distância mínima de 20 metros de qualquer


fonte de água subterrânea de acordo com as prescrições mínimas estabelecidas pela NB-41/81
(ABNT, 1993). Esta norma rege a construção e instalação de fossas sépticas e disposição dos
efluentes finais.

52
4.5 Dimensionamento da fossa séptica biodigestora

Seguindo a metodologia proposta pela Embrapa (2017) para o dimensionamento da


fossa séptica biodigestora, uma pessoa ao utilizar o vaso sanitário para descarga, são gastos
aproximadamente 10L de água, dessa forma, uma residência com 5 pessoas, lançam nas
caixas biodigestoras uma média de 1500L/mês de resíduo.

Segundo Schoken-Iturrino (1995), os materiais depositados nessas caixas fermentam


por aproximadamente 35 dias, período suficiente para a biodigestão. Diante disso, uma pessoa
lança 350L de resíduos em 35 dias nas caixas de digestão.

O dimensionamento da fossa séptica biodigestora foi baseado em um número mínimo


de 5 pessoas por domicílio, utilizando caixa de 1000L, visto que, quanto maior o tempo de
permanência no sistema, melhor a descontaminação e qualidade do adubo.

As duas primeiras caixas do sistemas são denominadas módulos de fermentação,


quando a última é a caixa coletora. Segundo a Embrapa (2017) esse número pode aumentar de
maneira proporcional ao número de moradores da residência, mantendo o volume mínimo de
1000L para cada caixa, e a cada 2,5 pessoas a mais, deve-se aumentar uma caixa.

Os parâmetros seguidos para o dimensionamento da fossa séptica biodigestora foram


semelhantes ao item 3.2. Utilizou-se as médias de 5, 7 e 14 pessoas por domicílio para efetuar
os cálculos.

Tabela 4: Número de caixas d’água.


Habitantes por Volume Caixa d’água Caixa d’água
domicílio (L) (1000 L) (1500 L)
5 3000 3 -
7 3800 4 -
14 7600 - 5
Fonte: Próprio autor (2018).

53
O número de caixa d’água foi baseado no volume total encontrado no
dimensionamento, buscando atender os parâmetros da Embrapa, que é manter caixas d’água
que contenham no mínimo 1000 litros, e visando também a otimização do espaço que será
implantado o sistema. Dessa forma, no caso do dimensionamento da fossa para 14 pessoas, foi
viável um sistema de caixas d’água com o volume maior, pois mantém o resultado proposto
de biodigestão e ocupa menor espaço no local do que implantar um número maior de caixas
de 1000 litros.

3.5 Orçamento financeiro

O custo total da fossa séptica e da fossa séptica biodigestora foi realizado em relação
ao gasto total com uma obra (Apêndice 1 a 9), como os gastos com a construção dos tanques
sépticos, sumidouros e hidráulica. Foram pesquisados e calculados valores unitários e a
quantidade em geral dos materiais utilizados para cada etapa. Além disso, foram incluídos os
gastos da mão-de-obra local.

54
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

5.1 Elaboração do Projeto da Fossa Séptica

Observou-se na Tabela 2 e 3 do item 4.4, um aumento proporcional em relação a


quantidade de habitantes por domicílio com o volume do tanque e do sumidouro.
Considerando que, adotou-se uma vazão para residência de padrão alto de 150 litros por
pessoa por dia de contribuição de despejos.

O resultado encontrado no ensaio do coeficiente de infiltração solo 115 l/m³.dia,


influenciou diretamente no volume do sumidouro, pois quanto maior a infiltração obtida no
solo, menor profundidade do sumidouro. Ou seja, o solo da comunidade do Baixão de Ipiúna
é adequado para esse tipo de sistema.

Diante do resultado obtido para o cálculo de volume dos tanques e do sumidouro


baseado no número de pessoas, pôde observar que o dimensionamento para 14 habitantes
pode servir para até duas famílias, eliminando custos e tendo um melhor aproveitamento da
área de implantação.

O sucesso do tanque séptico se deve principalmente à sua simplicidade, já que as


fossas sépticas não exigem técnicas construtivas especiais nem sua operação demanda a
presença de operadores qualificados (NETO, 1997).

5.2 Elaboração do Projeto da Fossa Séptica Biodigestora

Nota-se na Tabela 4 do item 4.5, que o volume necessário do sistema aumenta


proporcionalmente ao número de habitantes por domicílio, assim como o número de caixa
d’água também aumenta gradativamente, obedecendo aos parâmetros da Embrapa. O volume
de cada caixa para o dimensionamento de 5 e 7 pessoas foi o mínimo de 1000 L, como
estabelecido pela Embrapa, já para dimensionamento de 14 pessoas, foi estabelecido a caixa e
1500 L, pois aumentando o volume de cada caixa, a eficiência de biodigestão permanece e
melhora as condições de espaço para o sistema.

55
Lotfi (2016), realizou uma revisão bibliográfica sobre o panorama de abastecimento
de água e esgotamento sanitário no Brasil, comparando a situação no meio urbano e no meio
rural, descrevendo os aspectos construtivos e de dimensionamentos das fossas biodigestoras
e, principalmente, avaliou a eficiência dos sistemas de sete fossas biodigestoras em relação à
remoção de DBO, nutrientes e patógenos em assentamentos no município de São Carlos (SP).
A partir desses resultados, foi possível estabelecer uma comparação entre as eficiências
obtidas para a fossa biodigestora e diferentes tecnologias centralizadas, além da fossa séptica
e de tecnologias descentralizadas semelhantes, podendo-se concluir que a fossa biodigestora
apresenta-se como uma importante alternativa para o saneamento rural, devido não somente
aos seus níveis satisfatórios de remoção das variáveis estudadas, mas também ao seu baixo
custo, simples manutenção e possível geração de insumo agrícola.

5.3 Comparação entre os dimensionamentos e as implantações

A analogia entre a fossa séptica biodigestora e a fossa séptica, vem pelo fato de ambas
possuírem a mesma função, que em geral é tratar o esgoto sanitário das residências,
proporcionando um saneamento adequado para a municípios da Zona Rural. Porém, apesar de
conter a mesma função, o modelo de dimensionamento e o sistema de implantação são
distintos.

O sistema da fossa séptica foi dimensionado possibilitando o tratamento do esgoto


sanitário. Logo após o processo de fermentação, o efluente seria infiltrado no solo. Já para o
sistema da fossa séptica biodigestora, foi realizado um planejamento, para que uma vez ao
mês, fossem depositados 20 litros de uma mistura com 50% de água e 50% de esterco bovino.
Esses materiais oriundos da mistura, em conjunto com as fezes humana, fermentariam. A
temperatura e a vedação das duas primeiras caixas eliminariam os microrganismos
patogênicos presentes, e no final do processo o efluente poderia ser utilizado em plantações de
médio e longo prazo na Zona Rural.

Avaliou-se no Baixão de Ipiúna o tipo de vegetação presente. Notou-se que, o Chuchu


possui um vasto cultivo na região com uma alta produtividade (Figura 15). No entanto, o
cultivo do Chuchu se enquadra em uma vegetação de curto prazo, logo, o efluente da fossa
séptica biodigestora não pode ser utilizado como adubo para esse tipo de plantação, isso

56
porque, os efluentes dessa fossa, exigem que as vegetações adubadas com esse efluente, sejam
vegetações de longo prazo, visto que os compostos levam um período maior de tempo para se
tornarem adequado para adubação nesse cultivo.

Figura 15: Plantação de chuchu no Baixão de Ipiúna.

Fonte: Próprio autor (2018).

Os efluentes podem ser aplicados nos solos, fornecendo água e nutrientes para este
compartimento ambiental. É neste sentido que entra a reutilização do efluente que sai do
tratamento da fossa séptica biodigestora, passando este a ser denominado biofertilizante
(SAVEGNAGO & FERRI, 2014). Este pode ser empregado para suprir a necessidade
requerida por diversos tipos de plantas, por ser rico em nutrientes, tais como cálcio, magnésio,
fósforo, enxofre, potássio e principalmente nitrogênio. Alguns casos demonstraram os
benefícios do emprego deste artifício para melhorar a produção vegetal, principalmente em
pequenas propriedades rurais, o que potencialmente diminui a necessidade da utilização de
adubação química sintética, minimizando o gasto do agricultor na compra de insumos
(FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL, 2010).

Além de modelos de dimensionamentos diferentes, foram analisadas a comparação de


custo para implantar as fossas, levando em consideração o material utilizado e a mão de obra.
A fossa séptica biodigestora demonstrou ser um sistema de fácil montagem, quando
comparada com a biodigestora.

Um ensaio realizado por Souza et al. (2004) com milho foi conduzido na Unicamp,
durante quatro anos, usando efluente sanitário tratado em lagoa anaeróbia e em reator
anaeróbio de bambu. Avaliou-se a presença de nitrogênio, patógenos e metais pesados no

57
solo, na água coletada no perfil do solo e na água subterrânea coletada de poços de
monitoramento. A irrigação com efluente não alterou a fertilidade do solo, havendo
necessidade de adubação completa de fósforo e potássio. Houve pequeno incremento de P,
Ca, S, Cu e Zn com a aplicação de efluentes. O teor de matéria orgânica permaneceu
constante, pois sua natureza proporciona rápida degradação em solos sob condições tropicais.
Houve redução de 99% nos valores de carbono orgânico total e de DQO e DBO na água
coletada no solo, indicando que solos são bons depuradores da carga orgânica. A
produtividade da safra de inverno foi maior que a das safras de verão, indicando que o
fornecimento de água via efluente pode ser benéfico à cultura em épocas secas. A absorção de
metais pesados pelas plantas não foi significativo.

Segundo Novaes et al. (2002), em uma pesquisa utilizando uma fossa séptica
biodigestora para melhoria do Saneamento Rural e desenvolvimento da Agricultura Orgânica,
os resultados apresentaram baixo custo para confecção e grande eficiência na biodigestão dos
excrementos humanos e consequente eliminação de agentes patogênicos. Com isso, esse
modelo de fossa séptica pode ser indicado para substituir a tradicional “fossa negra”,
normalmente utilizada na área rural, e que é a principal responsável pela contaminação das
águas subterrâneas. Quanto a reutilização do efluente, o mesmo mostrou-se ser uma fonte de
macro e micronutrientes para as plantas, além de matéria orgânica para o solo.

Leonel et al. (2013) realizaram um trabalho que o principal objetivo foi a avaliação da
qualidade do efluente produzido em unidades de Fossa Séptica Biodigestora e de Jardim
Filtrante instaladas no Sítio São João (São Carlos, SP), bem como a análise qualitativa do
funcionamento de tais sistemas. Com base nos resultados apresentados, pode-se concluir que
a Fossa Séptica Biodigestora é um sistema bastante eficiente na remoção tanto de sólidos
como de coliformes, fornecendo um efluente clarificado e com reduzida contaminação
biológica. O Jardim Filtrante ainda se encontra em fase de aprimoramento e, apesar de
contribuir para a melhora da qualidade da água cinza, ainda necessita de ajustes no seu
sistema de filtração. Sendo assim, ambos os sistemas se mostram adequados para a resolução
da falta de saneamento básico na área rural.

Segundo o IBGE (2010), as principais formas de obtenção de água pelos quilombolas


e Vitória da Conquista, se davam por meio de tanques, açudes, poços ou cisternas, muitas
vezes impróprias para uso. Já em relação ao esgotamento sanitário, o percentual de utilização
de fossas rudimentares e de rede geral de esgoto ou fossa séptica pela população quilombola

58
deste estudo foi semelhante ao da população rural do Brasil, do Nordeste e total de Vitória da
Conquista (IBGE 2011).

Vicq e Leite (2014), buscaram avaliar as condições dos corpos d’água na bacia
hidrográfica do córrego Pau Grande, Ouro Branco, Minas Gerais, antes e depois da instalação
de 20 fossas sépticas na comunidade de Castiliano, construídas em 2006. O monitoramento da
bacia foi realizado entre 2005 e 2009, em 6 pontos amostrais, onde foram medidos vazão,
oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, fósforo total, coliformes fecais totais,
turbidez e pH. Os pontos a jusante das fossas apresentaram um aumento de mais de 100% nos
valores de oxigênio dissolvido e redução em mais de 800% na quantidade de coliformes
fecais. Investimentos relativamente baixos, como a construção das fossas, podem trazer
melhorias à qualidade dos recursos hídricos em áreas rurais.

59
5.4 Análise de Custo

A composição de custos das fossas sépticas e das fossas sépticas biodigestoras foram
realizados somando-o os custos de implantação e operação do sistema.

Desta maneira, pode-se comparar os orçamentos, visto que, foram utilizados dois
modelos de fossa (fossa séptica e a fossa biodigestora) e diferentes condições para a
implantação da mesma, como o número de pessoas por domicilio, afim de analisar o menor
custo de implantação do sistema, como descrito na Tabela 5.

Tabela 5: Orçamento realizado para as fossas sépticas e fossas sépticas biodigestoras.


Nº de pessoas Quant. Material/ Mão de Valor Total
Tipo da Fossa
por domicilio Equipamento (R$) Obra (R$) (R$)
Séptica
5 1 1.580,77 2.362,67 3.943,44
Séptica biodigestora
5 1 1.290,60 625,84 1.916,44
Séptica
7 1 1.852,99 2.912,07 4.765,06
Séptica biodigestora
7 1 1.754,23 861,62 2.615,86

Séptica 14 1 3.275,97 4.771,63 8.047,60

Séptica biodigestora 14 1 3.718,04 1.334,15 5.052,19


Fonte: Próprio autor (2018).

Com a base de dados da Tabela 5, observou-se que o custo da fossa séptica


dimensionado para a residência com até 5 pessoas é o dobro do valor quando comparada ao
dimensionamento da fossa séptica biodigestora. Seguindo a mesma análise, a residência com
até 7 pessoas apresenta um custo de 54% mais elevado na construção do sistema da fossa
séptica e de aproximadamente 63% no domicilio com até 14 pessoas.

Dentre os valores analisados na implantação e operação do sistema da fossa séptica,


observou-se que o sumidouro é a parte do sistema com o maior custo, seguido do tanque
séptico e por último, a parte hidráulica como pode ser analisado nos Apêndices de 1 a 6.

A mão de obra local para a construção da fossa séptica biodigestora apresentou um


custo inferior em relação a fossa séptica biodigestora. Com essas informações, fica notório

60
que, a implantação da fossa séptica biodigestora é economicamente viável, visto que a
população que reside naquela comunidade é de baixa renda e conteria gastos na implantação
de um sistema de tratamento de esgoto.

Pedrozo Júnior (2016) estudou a viabilidade econômica do tanque séptico e sumidouro


tendo como objetivo comparar dois modelos de sistema de esgoto: Sistema convencional e
Sistema Individual. Foi encontrado um resultado expressivo, em que o sistema individual
apresentou uma economia de 13%.

Dos Santos e Giglio (2011), analisaram a viabilidade econômica e construtiva de um


sistema de tanque séptico pré-moldado, com uma concepção inovadora. O local de estudo foi
o município de Quatro Barras, que fica em uma região propícia para a implementação desse
tipo de sistema e, definido o tamanho das placas, o sistema proposto mostrou-se eficiente para
atendimento de famílias compostas por cinco pessoas, em média. Durante a construção das
placas, foram encontradas algumas dificuldades, como a fragilidade das peças concretadas
com uma taxa de aço incorreta e o posicionamento planejado das placas. Por fim, concluiu-se
que o sistema pode ser implantado como uma alternativa para o déficit de saneamento
presente no nosso país.

Daronco e Cervi (2015) observaram a possibilidade de se usar técnicas de decisão para


a escolha do sistema de tratamento de esgoto sanitário e técnicas para chegar ao custo final de
implantação do sistema em um pequeno município. Para a análise dos custos dos sistemas de
tratamento de esgotos foi utilizado o método comparativo desenvolvido por Von Sperling
(2005). O modelo elabora o dimensionamento da unidade de tratamento e, a partir desses
dados, a estimativa de custo de cada sistema. O custo total de cada sistema foi constituído por
itens de implantação, manutenção, operação e o custo do terreno. O estudo mostrou-se eficaz
em encontrar o custo final para implantação de um sistema de esgotamento sanitário. Os
resultados encontrados indicam de maneira promissora que o valor achado poderá servir como
base para um futuro investimento.

Segundo Junior (2012), a busca por novas tecnologias alternativas e que tem se
mostrado bastante eficaz é o tratamento de esgoto por zona de raízes também pela
simplicidade construtiva sendo de baixo custo para o tratamento desses efluentes torna-se
imprescindível. Esse sistema baseia-se em princípios físicos (filtração) e biológicos, com
parte do filtro constituído de plantas, sendo colocado à jusante de um tratamento primário
(fossa séptica). As plantas utilizadas nesse sistema têm que ter raízes do tipo cabeleira com

61
aerênquimas bem desenvolvidos, como o Lírio do Brejo, planta utilizada na ETE (estação de
tratamento de efluentes) proposta nesse trabalho, que teve como objetivo implantar uma
estação por zona de raízes fluxo vertical afogado na comunidade da Ilha do Mel (PR). A ETE
proposta conteve volume de 16 m3, foi impermeabilizada com lona plástica e composta por
um filtro físico contendo brita e areia de granulometria pré-definida. Verificou-se que a maior
parte dos custos dessa ETE (totalizado em R$ 11.184,20) foi para o transporte dos materiais
até a ilha e das fossas sépticas de PVC o que seria mais adequado já que as fossas construídas
ou de concreto, que são permeáveis. Esse valor pode ficar ainda mais barato caso utilize outro
tipo de material para as fossas.

Em um estudo realizado por Moraes Junior (2017), o sistema de tratamento individual


de esgoto cloacal com uso de pneus surge como uma ótima solução para minimizar a falta de
tratamento de esgoto. O sistema proposto foi economicamente viável a regiões de baixo poder
aquisitivo, pois suas principais matérias primas tiveram custo zero, o que diminuíram
expressivamente o valor de materiais necessários para execução, quando comparado ao
sistema convencional.

O trabalho desenvolvido por Trevisan (2017) teve como objetivo analisar a viabilidade
de uma moradia pensada voltada para o contexto da sustentabilidade, a partir de um estudo de
caso adotando a implantação de soluções sustentáveis mais eficientes aplicadas à construção,
analisando a viabilidade econômica em custos iniciais e de vida útil da obra, de modo a
reduzir as despesas mensais de seus usuários, através de sistemas que permitam a eficiência
energética, racionalização do consumo de água e tratamento de efluentes gerado pelos
moradores. Afim de buscar um equilíbrio entre três aspectos: economicamente viável;
socialmente justa e ecologicamente correta, o ideal da sustentabilidade, e assim incentivar o
uso racional de recursos naturais e a melhoria da qualidade da habitação e de seu entorno,
bem como promover a conscientização de empreendedores e moradores sobre as vantagens
das construções sustentáveis. Na análise do empreendimento foi demonstrado, que os
investimentos iniciais realizados para a implantação dos sistemas adotados chegam a
incorporar um acréscimo de até 24% a mais na concepção da obra, gerando um retorno
financeiro em média até nove anos após sua utilização. Em um primeiro momento, os
benefícios são provenientes da economia no consumo dos recursos de energia elétrica e
principalmente água.

62
O custo da fossa séptica biodigestora em 2007 foi 50% menor que o de uma fossa
séptica tradicional, usada no meio urbano (DE BRITO, 2009). Não tem custo de manutenção,
enquanto a fossa séptica tradicional requer coleta por caminhão especializado, com custo ao
agricultor, sendo que em certas regiões este serviço é inexistente (DE BRITO, 2009).

Da Lima Silva et al. (2012) elaboraram um projeto de construção de uma Fossa


Séptica Biodigestora e um Clorador, sendo ambas as tecnologias desenvolvidas pela
EMBRAPA. O sistema visou melhorar a qualidade de vida em áreas rurais. O projeto foi
desenvolvido para ser implantado no Sítio Rio Manso no Município de Paraíba do Sul/RJ.
Durante a elaboração do trabalho foi observado que o sistema apresentado foi viável do ponto
de vista técnico e econômico, uma vez que apresenta baixa manutenção, fácil instalação e
baixo custo. Ainda através do efluente gerado na Fossa Biodigestora, foi possível fazer a
fertilização da cana que era produzida no Sítio, reduzindo ainda mais os custos na
propriedade.

63
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os serviços de saneamento básico no Brasil ainda carecem de inovações tecnológicas


como forma de estender o atendimento a toda população, garantindo qualidade de vida e bem-
estar. A Zona Rural, por ser uma região mais afastadas dos grandes centros urbanos são
cenários de falta de suprimento de água potável e a inexistência da rede coletora de esgoto,
então, os sistemas alternativos são técnicas eficientes de tratamento de esgotos e soluções
econômicas que viabilizam o saneamento básico.

Diante dos dimensionamentos elaborados das fossas sépticas e fossas sépticas


biodigestoras, baseados no número de habitantes por residência, pode-se concluir que o
sistema de fossa séptica pode ser utilizado na comunidade do Baixão de Ipiúna município de
Jaguaquara/BA, assim como a fossa séptica biodigestora também pode ser implantada, porém
existe com uma restrição, visto que o tipo de cultivo da região é o chuchu, não pode ser
utilizado o efluente como adubo para esse tipo de plantação, devido ao ciclo de curto prazo.

Mesmo existindo a restrição do tipo de cultivo da comunidade, a fossa séptica


biodigestora é a mais indicada para implantação, devido ao baixo custo e facilidade de
montagem do sistema quando comparado a fossa séptica. Diante disso, indica-se a utilização
do sistema de fossa séptica biodigestora, podendo utilizar a mão de obra disponível da própria
comunidade e verificando a possibilidade da prefeitura de Jaguaquara/BA arcar com os custos
de materiais.

Quanto ao aproveitamento do efluente como adubo, a sugestão é que a população


passe a cultivar vegetações do tipo médio ou longo prazo, como por exemplo, as plantas
ornamentais, e assim utilizarem os efluentes da fossa séptica biodigestora como adubo, além
de aproveitarem os benefícios de um sistema de simples montagem, baixo custo e eficiente,
em termos de saneamento básico.

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72
APÊNDICE

APÊNDICE 1: ORÇAMENTO DO TANQUE SÉPTICO PARA 5 PESSOAS.


MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT.
Unitário Total Unitário Total TOTAL DO SERVIÇO
1. Tanque Séptico
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 7,82 0,00 59,45 464,90 464,90
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 4,61 0,00 36,05 166,19 166,19
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 4,17 0,50 2,08 0,38 1,60 3,67
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 2,60 0,16 0,42 2,96 7,70 8,11
95241/SINAPI LASTRO DE CONCRETO MAGRO E= 5 CM M2 0,13 14,69 1,91 7,04 0,91 2,82
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 7,34 26,22 192,42 33,66 247,06 439,48
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 15,80 17,97 283,93 12,81 202,40 486,32
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,35 262,23 91,78 51,81 18,13 109,91
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73676/SINAPI PISO CIMENTADO TRAÇO 1:3 M2 2,26 13,60 30,74 39,08 88,32 119,06
10567/SINAPI TÁBUA 2,5 X 23,0CM (1 X 9") NAO APARELHADA M 6,52 11,85 77,26 4,20 27,38 104,65
4417/SINAPI SARRAFO *2,5 X 7* CM M 6,52 5,44 35,47 4,20 27,38 62,85
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UNID. 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 768,29 1.260,14 2.028,43

73
APÊNDICE 2: ORÇAMENTO DO SUMIDOURO E HIDRÁULICA PARA 5 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
2. Sumidouro
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 10,89 0,00 59,45 647,41 647,41
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 5,85 0,00 36,05 210,89 210,89
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 6,55 0,50 3,26 0,38 2,51 5,77
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 2,54 0,16 0,41 2,96 7,52 7,92
83667/SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,13 71,50 9,08 36,82 4,68 13,76
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 11,21 26,22 293,87 33,66 377,33 671,20
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 21,74 17,97 390,67 12,81 278,49 669,16
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,14 262,23 35,40 51,81 6,99 42,40
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73902/SINAPI CAMADA DRENANTE COM BRITA NUM 3 M3 0,53 60,91 32,28 37,57 19,91 52,19
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UN 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 817,27 1.563,89 2.381,16
3. Hidráulica - -
36365/SINAPI TUBO COLETOR DE ESGOTO PVC, JEI, DN 100 MM M 10,00 16,49 164,90 1,09 10,88 175,78
20095/SINAPI CURVA PVC, PB, JE, 90°,DN 100 MM UN 1,00 18,04 18,04 7,20 7,20 25,24
20078/SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS E CONEXOES,400G UN 1,00 19,35 19,35 7,20 7,20 26,55
7091/SINAPI TE SANITARIO, PVC, DN 100 X 100 MM UN 2,00 12,29 24,58 7,20 14,40 38,98
Total do Item 226,87 39,68 266,55
Sub-Total 1.812,42 2.863,71
Total Geral 4.676,13

74
APÊNDICE 3: ORÇAMENTO DO TANQUE SÉPTICO PARA 7 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT
Unitario Total Unitario Total TOTAL DO SERVIÇO
1. Tanque Séptico
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 8,84 0,00 59,45 525,54 525,54
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 5,06 0,00 36,05 182,41 182,41
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 4,91 0,50 2,45 0,38 1,88 4,33
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 3,03 0,16 0,48 2,96 8,97 9,45
95241/SINAPI LASTRO DE CONCRETO MAGRO E= 5 CM M2 0,14 14,69 2,10 7,04 1,01 3,11
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 8,30 26,22 217,69 33,66 279,51 497,20
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 17,84 17,97 320,58 12,81 228,53 549,12
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,43 262,23 111,45 51,81 22,02 133,47
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73676/SINAPI PISO CIMENTADO TRAÇO 1:3 M2 2,26 13,60 30,74 39,08 88,32 119,06
10567/SINAPI TÁBUA 2,5 X 23,0CM (1 X 9") NAO APARELHADA M 7,32 11,85 86,74 4,20 30,74 117,49
4417/SINAPI SARRAFO *2,5 X 7* CM M 7,20 5,44 39,17 4,20 30,24 69,41
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UNID. 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 863,69 1.407,33 2.271,02

75
APÊNDICE 4: ORÇAMENTO DO SUMIDOURO E HIDRÁULICA PARA 7 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
2. Sumidouro
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 15,06 0,00 59,45 895,32 895,32
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 8,09 0,00 36,05 291,64 291,64
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 9,05 0,50 4,51 0,38 3,47 7,98
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 2,54 0,16 0,41 2,96 7,52 7,92
83667/SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,13 71,50 9,08 36,82 4,68 13,76
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 15,75 26,22 412,89 33,66 530,15 943,03
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 30,29 17,97 544,31 12,81 388,01 932,33
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,14 262,23 35,40 51,81 6,99 42,40
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73902/SINAPI CAMADA DRENANTE COM BRITA NUM 3 M3 0,53 60,91 32,28 37,57 19,91 52,19
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UN 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 1.091,17 2.155,85 3.247,02
3. Hidráulica - -
36365/SINAPI TUBO COLETOR DE ESGOTO PVC, JEI, DN 100 MM M 10,00 16,49 164,90 1,09 10,88 175,78
20095/SINAPI CURVA PVC, PB, JE, 90°,DN 100 MM UN 1,00 18,04 18,04 7,20 7,20 25,24
20078/SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS E CONEXOES,400G UN 1,00 19,35 19,35 7,20 7,20 26,55
7091/SINAPI TE SANITARIO, PVC, DN 100 X 100 MM UN 2,00 12,29 24,58 7,20 14,40 38,98
Total do Item 226,87 39,68 266,55
Sub-Total 1.318,04 2.195,53
Total Geral 3.513,57

76
APÊNDICE 5: ORÇAMENTO DO TANQUE SÉPTICO PARA 14 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT
Unitario Total Unitario Total TOTAL DO SERVIÇO
1. Tanque Séptico
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 11,96 0,00 59,45 711,02 711,02
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 6,16 0,00 36,05 222,07 222,07
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 7,53 0,50 3,75 0,38 2,89 6,64
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 4,60 0,16 0,74 2,96 13,62 14,35
95241/SINAPI LASTRO DE CONCRETO MAGRO E= 5 CM M2 0,23 14,69 3,36 7,04 1,61 4,98
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 11,71 26,22 307,03 33,66 394,23 701,26
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 23,23 17,97 417,44 12,81 297,58 715,02
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,67 262,23 175,17 51,81 34,61 209,78
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 4,08 12,75 52,02 2,50 10,20 62,22
73676/SINAPI PISO CIMENTADO TRAÇO 1:3 M2 4,08 13,60 55,49 39,08 159,45 214,93
10567/SINAPI TÁBUA 2,5 X 23,0CM (1 X 9") NAO APARELHADA M 10,16 11,85 120,40 4,20 42,67 163,07
4417/SINAPI SARRAFO *2,5 X 7* CM M 10,16 5,44 55,27 4,20 42,67 97,94
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UNID. 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 1.214,15 1.935,11 3.149,26

77
APÊNDICE 6: ORÇAMENTO DO SUMIDOURO E HIDRÁULICA PARA 14 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
2. Sumidouro
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 29,55 0,00 59,45 1.756,75 1.756,75
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 15,88 0,00 36,05 572,47 572,47
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 17,76 0,50 8,84 0,38 6,81 15,65
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 2,54 0,16 0,41 2,96 7,52 7,92
83667/SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,13 71,50 9,08 36,82 4,68 13,76
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 31,51 26,22 826,03 33,66 1.060,63 1.886,66
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 59,95 17,97 1.077,30 12,81 767,96 1.845,26
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,14 262,23 35,40 51,81 6,99 42,40
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73902/SINAPI CAMADA DRENANTE COM BRITA NUM 3 M3 0,53 60,91 32,28 37,57 19,91 52,19
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UN 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 2.041,65 4.211,88 6.253,52
3. Hidráulica - -
41936/SINAPI TUBO COLETOR DE ESGOTO, PVC, JEI, DN 150 MM (NBR 7362) M 10,00 35,47 354,70 1,09 10,88 365,58
1865/SINAPI CURVA LONGA PVC, PB, JE, 90 GRAUS, DN 150 MM UN 1,00 87,99 87,99 7,20 7,20 95,19
20078/SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS E CONEXOES,400G UN 1,00 19,35 19,35 7,20 7,20 26,55
7069/SINAPI TE, PVC, 90 GRAUS, BBB, JE, DN 150 MM UN 2,00 106,25 212,50 7,20 14,40 226,90
Total do Item 674,54 39,68 714,22
Sub-Total 3.930,33 6.186,67
Total Geral 10.117,00

78
APÊNDICE 7: ORÇAMENTO DA´FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA PARA 5 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO SINAPI DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
1 FOSSA BIODIGESTORA
93358-C SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 6,39 - 59,45 379,89 379,89
96995-C SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 2,58 - 36,05 92,90 92,90
83344-C SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 4,95 0,50 2,47 0,38 1,90 4,36
11868-I SINAPI CAIXA D'AGUA FIBRA DE VIDRO PARA 1000 L UN 3,00 221,13 663,39 5,01 15,03 678,42
94100-C SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 1,47 0,16 0,24 2,96 4,35 4,59
83667-C SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,07 71,50 5,29 36,82 2,72 8,02
01863-I SINAPI CURVA LONGA PVC, PB, JE, 90 GRAUS, DN 100 MM UN 2,00 19,59 39,18 3,62 7,24 46,42
00099-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 50 MM X 1 1/2" UN 1,00 28,75 28,75 5,44 5,44 34,19
9836-I SINAPI TUBO PVC SERIE NORMAL, DN 100 MM M 6,00 7,38 44,28 1,09 6,54 50,82
3899-I SINAPI LUVA SIMPLES, PVC, SOLDAVEL, DN 100 MM UN 3,00 4,24 12,72 3,62 10,86 23,58
7105-I SINAPI TE DE INSPECAO, PVC, 100 X 75 MM UN 2,00 30,47 60,94 5,44 10,88 71,82
9868-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 25 MM, AGUA FRIA M 2,00 2,64 5,28 3,62 7,24 12,52
1185-I SINAPI CAP PVC, SOLDAVEL, 25 MM, PARA AGUA FRIA UN 2,00 1,00 2,00 3,62 7,24 9,24
00096-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 25 MM X 3/4" UN 2,00 12,20 24,40 5,44 10,88 35,28
9875-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 50 MM, PARA AGUA FRIA M 1,00 10,25 10,25 1,09 1,09 11,34
11677-I SINAPI REGISTRO DE ESFERA, SOLDAVEL, DN 50 MM UN 1,00 19,39 19,39 5,44 5,44 24,83
COTAÇÃO COTAÇÃO VÁLVULA DE RETENÇÃO, PVC 100 MM UN 1,00 58,99 58,99 - 58,99
00301-I SINAPI ANEL BORRACHA, DN 100 MM (NBR 5688) UN 10,00 1,65 16,50 1,09 10,90 27,40
00122-I SINAPI ADESIVO PLASTICO PARA PVC, FRASCO COM 850 GR UN 1,00 52,84 52,84 7,25 7,25 60,09
20259-I SINAPI PERFIL DE BORRACHA EPDM MACICO *12 X 15* MM M 25,00 8,70 217,50 0,87 21,75 239,25
20078-I SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS *400* G UN 1,00 19,35 19,35 7,25 7,25 26,60
38383-I SINAPI LIXA D'AGUA EM FOLHA, GRAO 100 UN 5,00 1,37 6,85 1,81 9,05 15,90
Total do Item 1.290,60 625,84 1.916,44
Total Geral 1.916,44

APÊNDICE 8: ORÇAMENTO DA´FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA PARA 7 PESSOAS.


79
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO SINAPI DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
1 FOSSA BIODIGESTORA
93358-C SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 8,52 - 59,45 506,51 506,51
96995-C SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 3,44 - 36,05 123,87 123,87
83344-C SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 6,60 0,50 3,29 0,38 2,53 5,82
11868-I SINAPI CAIXA D'AGUA FIBRA DE VIDRO PARA 1000 L UN 4,00 221,13 884,52 5,01 20,04 904,56
94100-C SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 5,88 0,16 0,94 2,96 17,40 18,35
83667-C SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,30 71,50 21,16 36,82 10,90 32,06
01863-I SINAPI CURVA LONGA PVC, PB, JE, 90 GRAUS, DN 100 MM UN 3,00 19,59 58,77 3,62 10,86 69,63
00099-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 50 MM X 1 1/2" UN 1,00 28,75 28,75 5,44 5,44 34,19
9836-I SINAPI TUBO PVC SERIE NORMAL, DN 100 MM M 8,00 7,38 59,04 1,09 8,72 67,76
3899-I SINAPI LUVA SIMPLES, PVC, SOLDAVEL, DN 100 MM UN 4,00 4,24 16,96 3,62 14,48 31,44
7105-I SINAPI TE DE INSPECAO, PVC, 100 X 75 MM UN 3,00 30,47 91,41 5,44 16,32 107,73
9868-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 25 MM, AGUA FRIA M 3,00 2,64 7,92 3,62 10,86 18,78
1185-I SINAPI CAP PVC, SOLDAVEL, 25 MM, PARA AGUA FRIA UN 3,00 1,00 3,00 3,62 10,86 13,86
00096-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 25 MM X 3/4" UN 3,00 12,20 36,60 5,44 16,32 52,92
9875-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 50 MM, PARA AGUA FRIA M 1,00 10,25 10,25 1,09 1,09 11,34
11677-I SINAPI REGISTRO DE ESFERA, SOLDAVEL, DN 50 MM UN 1,00 19,39 19,39 5,44 5,44 24,83
COTAÇÃO COTAÇÃO VÁLVULA DE RETENÇÃO, PVC 100 MM UN 1,00 58,99 58,99 - 58,99
00301-I SINAPI ANEL BORRACHA, DN 100 MM (NBR 5688) UN 13,00 1,65 21,45 1,09 14,17 35,62
00122-I SINAPI ADESIVO PLASTICO PARA PVC, FRASCO COM 850 GR UN 2,00 52,84 105,68 7,25 14,50 120,18
20259-I SINAPI PERFIL DE BORRACHA EPDM MACICO *12 X 15* MM M 34,00 8,70 295,80 0,87 29,58 325,38
20078-I SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS *400* G UN 1,00 19,35 19,35 7,25 7,25 26,60
38383-I SINAPI LIXA D'AGUA EM FOLHA, GRAO 100 UN 8,00 1,37 10,96 1,81 14,48 25,44
Total do Item 1.754,23 861,62 2.615,86
Total Geral 2.615,86

APÊNDICE 9: ORÇAMENTO DA´FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA PARA 14 PESSOAS.

80
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO SINAPI DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
1 FOSSA BIODIGESTORA
93358-C SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 13,60 - 59,45 808,52 808,52
96995-C SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 5,85 - 36,05 210,89 210,89
83344-C SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 10,00 0,50 4,98 0,38 3,83 8,81
11868-I SINAPI CAIXA D'AGUA FIBRA DE VIDRO PARA 1000 L UN 5,00 358,78 1.793,90 5,01 25,05 1.818,95
94100-C SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 11,50 0,16 1,84 2,96 34,04 35,88
83667-C SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,57 71,50 40,76 36,82 20,99 61,74
01863-I SINAPI CURVA LONGA PVC, PB, JE, 90 GRAUS, DN 100 MM UN 3,00 46,77 140,31 3,62 10,86 151,17
00099-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 50 MM X 1 1/2" UN 1,00 28,75 28,75 5,44 5,44 34,19
9836-I SINAPI TUBO PVC SERIE NORMAL, DN 100 MM M 10,00 17,50 175,00 1,09 10,90 185,90
3899-I SINAPI LUVA SIMPLES, PVC, SOLDAVEL, DN 100 MM UN 5,00 18,58 92,90 3,62 18,10 111,00
7105-I SINAPI TE DE INSPECAO, PVC, 100 X 75 MM UN 4,00 143,31 573,24 5,44 21,76 595,00
9868-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 25 MM, AGUA FRIA M 4,00 2,64 10,56 3,62 14,48 25,04
1185-I SINAPI CAP PVC, SOLDAVEL, 25 MM, PARA AGUA FRIA UN 4,00 1,00 4,00 3,62 14,48 18,48
00096-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 25 MM X 3/4" UN 4,00 12,20 48,80 5,44 21,76 70,56
9875-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 50 MM, PARA AGUA FRIA M 1,00 10,25 10,25 1,09 1,09 11,34
11677-I SINAPI REGISTRO DE ESFERA, SOLDAVEL, DN 50 MM UN 1,00 19,39 19,39 5,44 5,44 24,83
COTAÇÃO COTAÇÃO VÁLVULA DE RETENÇÃO, PVC 100 MM UN 1,00 139,00 139,00 5,44 5,44 144,44
00301-I SINAPI ANEL BORRACHA, DN 100 MM (NBR 5688) UN 16,00 6,93 110,88 1,09 17,44 128,32
00122-I SINAPI ADESIVO PLASTICO PARA PVC, FRASCO COM 850 GR UN 2,00 52,84 105,68 7,25 14,50 120,18
20259-I SINAPI PERFIL DE BORRACHA EPDM MACICO *12 X 15* MM M 42,00 8,70 365,40 0,87 36,54 401,94
20078-I SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS *400* G UN 2,00 19,35 38,70 7,25 14,50 53,20
38383-I SINAPI LIXA D'AGUA EM FOLHA, GRAO 100 UN 10,00 1,37 13,70 1,81 18,10 31,80
Total do Item 3.718,04 1.334,15 5.052,19
Total Geral 5.052,19

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