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PROJETO DE GRADUAÇÃO
SALVADOR/BA
2018
RAISSA COELHO OLIVEIRA
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE FOSSA SÉTICA E FOSSA SÉPTICA
BIODIGESTORA – ESTUDO DE CASO NA ZONA RURAL DE
JAQUAGUARA/BA
SALVADOR/BA
2018
COMISSÃO EXAMINADORA:
___________________________________________
1º Examinador (a) - Nome completo
___________________________________________
2º Examinador (a) - Nome completo
___________________________________________
3º Examinador (a) - Nome completo
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus,
por ser de fundamental importância em minha
vida, autor do meu destino, meu guia, que está
sempre presente nos momentos de angustia.
Ao meu pai, minha mãe e aos meus irmãos.
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado saúde e força para superar todas as dificuldades.
Aos meus pais, irmãos e toda a minha família que, com todo carinho e apoio não
mediram esforços para que eu chegasse até essa etapa de minha vida.
Ao meu namorado, Wandson Lima, que com todo o seu amor e carinho, sempre me
apoiou e meu deu forças para que nos momentos de dificuldades eu não desanimasse.
Aos amigos, Liz Oliveira, Caena Alencar e Luana Araújo, por sempre está presente
nos momentos de aflições, e pelo apoio para a realização desse trabalho.
Ao meu orientador, Armando Coutinho, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube,
pelas suas correções e incentivos.
RESUMO
A falta de saneamento básico e tratamento de esgoto sanitário tem sido um grande problema
na Zona Rural. Diante disso, foi realizado um estudo, tendo como base dimensionamento e
custo beneficio, para implantação de fossas sépticas e fossas biodigestora, visando verificar
qual dos dois sistemas seria mais viável para a população do Baixão de Ipiúna, município de
Jaguaquara/BA. A fossa séptica biodigestora tem como diferencial da fossa convencional, um
sistema de manutenção que viabiliza o uso do efluente como adubo em plantações de médio e
longo prazo. O estudo demonstrou que a fossa séptica biodigestora é de fácil manutenção e
tem um custo menor para ser implantada do que a fossa séptica convencional, porém, na
comunidade do Baixão de Ipiúna, o tipo de plantação mais cultivada é o chuchu, que é
considerada de um cultivo de curto prazo, logo, o efluente da fossa séptica biodigestora não
pode ser utilizado nesse tipo de cultivo. Desta forma, para que a população usufrua desse tipo
de sistema que tem um custo reduzido e de fácil manutenção, os mesmos podem passar a
cultivar plantas ornamentais e/ou cultivo de longo e médio prazo para utilizar o efluente como
adubo.
The lack of basic sanitation and sewage treatment has been a big problem in the countryside.
Given this, we conducted a study, based on sizing and cost benefit, for deployment of septic
tanks and cesspits, tank, in order to verify which of the two systems would be more feasible
for the Low population of Ipiúna municipality of Jaguaquara/BA. The septic tank has as of the
conventional differential a maintenance system that enables the use of the effluent as fertilizer
on crops of medium and long term. The study showed that the septic tank is easy to maintain
and have a lower cost to be deployed than conventional septic, however, the community of
Ipiúna, Low type of planting more cultivated is the chuchu, which is considered a short-term
cultivation, soon, the effluent from the septic tank cannot be used in this type of cultivation. In
this way, for the population to make use of this type of system that has a low cost and easy
maintenance, they may spend to grow ornamental plants and/or cultivation of long and
medium term to use effluent as fertilizer.
1. INTRODUÇÃO 15
OBJETIVO 17
Objetivo Geral 17
Objetivos Específicos 17
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18
2.1 O saneamento básico e a saúde pública 18
2.2 Doenças de veiculação hídrica 20
2.3 Sistemas de tratamentos de esgoto 23
2.4 Fossas 28
2.5 Fossa Negra 29
2. Fossa Seca 30
2.6 Fossa Séptica 32
2.7 Fossa Séptica Biodigestora 35
2.8 Uso de efluentes produzidos pela fossa séptica biodigestora 38
3 DIMENSIONAMENTOS DE FOSSAS 40
3.1 Dimensionamento da fossa séptica 40
3.1.2 Tanque séptico 40
3.1.3 Sumidouro 41
3.2 Dimensionamento da Fossa Séptica Biodigestora 44
4 METODOLOGIA 46
4.1 Levantamento dos dados 46
4.2 Caracterização da Área de Estudo 46
4.3 Estudo de área 48
4.4 Dimensionamento da Fossa Séptica 48
3.5 Orçamento financeiro 52
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS 53
5.1 Elaboração do Projeto da Fossa Séptica 53
5.3 Comparação entre os dimensionamentos e as implantações 54
5.4 Análise de Custo 58
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS 63
APÊNDICE 73
1. INTRODUÇÃO
O saneamento é um importante fator para garantia de uma vida saudável e pode ser
definido como um conjunto de medidas que promovem a elevação dos níveis de salubridade e
os efeitos provocados por essas medidas (KOBIYAMA et al., 2008).
Atualmente, na zona rural no Brasil, além da rede coletora, existem também o uso de
fossa séptica, ligada ou não à rede de esgoto, as fossas rudimentares, entre outros (IBGE,
2011). O mais comum é a fossa rudimentar (que serve 48% da população rural do país), a
qual, juntamente com outros métodos e com a não coleta/tratamento, corresponde ao
percentual da população rural não assistida com coleta adequada do esgoto. São assim
incluídas porque as fossas rudimentares não funcionam como forma de evitar a contaminação
das águas superficiais e subterrâneas.
17
zona rural. A falta de esgoto na zona rural é um grande problema de saúde pública, pois,
muitas propriedades de fossas rudimentares, denominadas fossas negras, são meros depósitos
de dejetos sem nenhuma forma de tratamento. O problema dessas fossas é que elas
contribuem para a contaminação do lençol freático, onde os vírus, bactérias e outros
organismos presentes no material fecal chegam aos poços que abastecem as casas e áreas de
cultivos de alimentos.
18
OBJETIVO
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
19
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Já em relação ao esgoto gerado, somente 40,8% sofre algum tipo de tratamento e neste
cenário, quase 60% do esgoto doméstico gerado no Brasil é lançado in natura nos corpos
d’água. Por fim, somente 70,9% de todo esgoto coletado no Brasil recebe algum tipo de
tratamento (SNIS, 2016).
21
2.2 Doenças de veiculação hídrica
A falta de saneamento ambiental adequado é tida como uma das principais causas da
poluição e da contaminação das águas para o abastecimento humano e está, portanto,
contribuindo para os casos de doenças de veiculação hídrica (PAIVA e SOUZA, 2018).
De acordo com Amaral et al. (2003) as doenças de veiculação hídrica, são causadas
principalmente por meio de microrganismos patogênicos que têm suas origens relacionadas
aos fatores espaciais do território. Assim, as doenças de veiculação hídrica nas dimensões de
incidência e prevalência causam inúmeros transtornos à saúde humana, sendo esta percebida
em seu contexto patológico, social e espacial como o conjunto de fatores (materiais e
imateriais) que podem interferir negativamente nas condições gerais de existência. Os esgotos
não tratados e que são lançados aos rios levam os cursos d’água a uma degradação tal que se
tornam veículos patológicos, causando as doenças de transmissão e origem hídricas
(MENDES et al., 2015).
22
No Brasil, as principais doenças endêmicas e mais conhecidas de veiculação hídrica,
cujo agente infeccioso necessita de um hospedeiro intermediário entre o indivíduo portador e
o a ser contaminado são: ascaridioses (infecções provocadas por Ascaris Lumbricoides, verme
nematódeo perigoso ao homem, originário de efluentes de esgotos); infecções nos olhos,
garganta e ouvidos; cáries (carência de flúor); bócio (carência de iodo); fluorose (excesso de
flúor); saturnismo (envenenamento cumulativo por chumbo); ancilostomose (provocada pelo
nematódeo Ancylostoma duodenale ou Necator americanus, doença conhecida como
amarelão); poliomielite, hepatite (inflamações provenientes de vírus, cujo exato modo de
transmissão ainda é desconhecido, sendo encontrados nos efluentes de tratamentos biológicos
de esgotos); solitária (parasito do intestino que usa hospedeiros intermediários e tem ovos
muito resistentes, sendo a Taenia linnaeus do porco e a Taenia saginata do boi, presentes nos
efluentes de esgotos e transmitido por águas poluídas); leptospirose ou Doença de Weil
(OLIVEIRA, 2009).
De acordo com um relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF, 2009) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a diarreia mata 1,5 milhão de
crianças por ano, sendo que a doença mata mais crianças do que a aids, a malária e o sarampo
juntos. No Brasil, a diarreia representa 80% das doenças decorrentes de saneamento ambiental
inadequado (KRONEMBERGER; CLEVELÁRIO JÚNIOR, 2010).
23
Figura 1 - Taxa de internação por doença diarreica aguda (DDA) em menores de 5 anos, por
mil habitantes, nos estados da Região Norte e no Brasil, 2003 e 2013.
Figura 2 - Taxa de internação por doença diarreica aguda (DDA) em menores de 5, por mil
habitantes, nos estados da Região Nordeste e no Brasil, 2003 e 2013.
Em estudo, o Instituto Trata Brasil (2010) mostra que no ano de 2007, 39 mil crianças
com até cinco anos de idade foram internadas no Brasil em decorrência de doenças diarreicas.
No ano seguinte este número aumentou para 67.353. A expressiva participação infantil reflete
uma triste e preocupante realidade das periferias e regiões Norte e Nordeste do país
(INSTITUTO TRATA BRASIL, 2010; COSTA e GUILHOTO, 2011). Entre 2003 e 2008, as
capitais das regiões Norte e Nordeste apresentaram as taxas mais elevadas de mortalidade
infantil em decorrência de doenças diarreicas. Em 2008, apenas 13 dos municípios analisados
24
pelo Instituto apresentaram índices de coleta de esgoto superiores a 90%. Em municípios com
melhor cobertura de esgotos a taxa de hospitalização por diarreia chega a ser quatro vezes
menor que nos municípios com os piores índices.
25
metas foram erradicar a extrema pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal,
promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil,
melhorar a saúde materna, combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças, garantir a
sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Nos últimos anos, os investimentos gastos com saneamento básico não conseguiram
acompanhar o crescimento demográfico da população brasileira nas áreas urbanas, assim
como, o crescimento populacional elevou o consumo de água tratada e a respectiva geração de
efluentes domésticos (BRASIL, 2014). O Brasil possui mais de 202 milhões de habitantes,
onde 82% são atendidos por rede de abastecimento de água, 49% por rede de esgoto sanitário,
39% do esgoto gerado é tratado, 70% do esgoto coletado é tratado (IBGE, 2014; BRASIL,
2014).
Nas áreas rurais, o principal destino do esgoto ainda é diretamente nos cursos
d’água ou em sumidouros e fossas rudimentares. Esta prática é responsável pela
contaminação das águas superficiais e subterrâneas, o que compromete diretamente a
saúde das pessoas e do ambiente. Além de ser uma forte ameaça à segurança
alimentar das famílias, diminuem consideravelmente a confiabilidade na qualidade dos
produtos da agricultura familiar e/ou agroecológica (DE OLIVEIRA ANDRADE, 2017).
26
tecnologia de tratamento complementar o filtro anaeróbio, o filtro aeróbio, o filtro de areia, a
vala de filtração ou infiltração.
27
Segundo Barros et al. (1995), a adoção de sistemas individuais para coleta, transporte,
tratamento e disposição final de esgoto é justificada (inclusive economicamente) para
atendimento unifamiliar de habitações instaladas em áreas de baixo adensamento
populacional e cujo solo apresenta boas condições de infiltração e nível da água com
profundidade adequada.
60
50
Nº de domicílios
40 Fossa Séptica
Fossa
30 Rudimentar
Sem Sistema
20
Rede Coletora
10
0
Brasil Nordeste Bahia
Fossas rudimentares e rede coletora, são adotadas por 51% e 5,45 % dos domicílios
rurais, respectivamente (Figura 5). Destaca-se que na sua maioria, essas soluções são
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inadequadas para o destino dos dejetos, como as já citadas fossas rudimentares, valas, despejo
do esgoto bruto diretamente nos cursos d’água (PNAD 2015).
A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PNSB (IBGE, 2008) indica que 55,2%
dos municípios brasileiros tinham serviço de esgotamento sanitário por rede coletora, três
pontos percentuais acima do índice verificado em 2000 (52,2%). Contudo, a PNSB identificou
que somente 28,5% dos municípios faziam tratamento de esgoto (pelo menos um distrito do
município tratava o esgoto coletado, mesmo que parte dele).
40 Fossa Séptica
30 Fossa Rudimentar
Sem Sistema
20 Rede Coletora
10
0
Brasil Nordeste Bahia
Segundo os dados do PNAD (2015), o Brasil possuía 77,7% dos domicílios com
acesso a água, e somente 38,71% deles com esgotamento sanitário (coleta de esgoto), como
apresentados na Figura 7.
90
80
Nº de domicílios
70
60
50 Esgotamento sanitário
40
30 Abastecimento de água
20
10
0
Brasil Nordeste Bahia
29
O fato de alguns estados recorrerem a soluções alternativas de abastecimento, em
detrimento da ligação à rede, deve-se a alguns fatores, tais como: demográficos (concentração
de grandes propriedades e dispersão de domicílios), geológicos (disponibilidade de água
subterrânea), ausência ou insuficiência de sistemas públicos de abastecimento (IBGE, 2015).
2.4 Fossas
Segundo Mota (2006), existem dois tipos de fossas: a fossa seca e a fossa séptica,
também conhecida como tanque séptico. A fossa seca é utilizada em edificações que não
constam de instalações hidráulicas. As fossas (tanques) sépticas utilizam a via hídrica para
transportar os dejetos, através de instalações sanitárias, nas edificações.
O que mais diferencia uma fossa de um tanque séptico, segundo Andreolli (2009), é
que o tanque séptico é uma unidade de tratamento de esgotos, com efluente a ter um destino
final que, geralmente, é a infiltração no solo, através de sumidouro ou valas de infiltração.
Já, a fossa é utilizada para a disposição final dos esgotos.
30
alvenaria de tijolos, mas, modernamente, são mais utilizadas as pré-
moldadas em concreto, em plástico, em resinas estruturadas com
fibras de vidro, etc.
Fossa negra Consta de um buraco que apresenta seu fundo sob, ou a menos de
1,5 metros do lençol freático. O seu emprego deve ser evitado,
tendo em vista a provável contaminação das águas subterrâneas, de
possíveis problemas de exalação de maus odores e
desenvolvimento de mosquitos.
De acordo com Faustino (2011), as fossas negras são as principais responsáveis pela
contaminação das águas subterrâneas, e o esgoto gerado pela residência é depositado em uma
simples escavação sem revestimento algum, onde ocorrem intensas atividades microbianas,
infiltrando as paredes da fossa, contaminando assim as águas subterrâneas e o solo. Quando
esse material se decompõe parte dele é absorvido pelo solo e o restante fica parado na
superfície da fossa, podendo assim agredir a saúde da população, e o meio ambiente.
31
Em algumas regiões do país, como o estado de Minas Gerais, pelo Decreto nº 45.097,
de 12 de maio de 2009, ficam restrito o uso de fossas negras, pelo seu potencial poluidor. Para
os locais onde não existe esgoto, recomenda-se que os moradores construam fossas sépticas.
Que ao contrário das fossas negras, as sépticas são aberturas no solo totalmente revestida,
recebendo os dejetos e águas residuais locais, sendo isolado o conteúdo interior, do meio
exterior, onde retém a parte sólida para se iniciar o processo de decomposição (SOUZA,
2015).
No Brasil é muito comum o uso das fossas negras nas áreas rurais e em residências de
pessoas de baixa renda, por seu custo ser menor e pela falta de rede de esgoto, mas poucas
pessoas sabem o mal que esse tipo de escavação pode causa para o meio ambiente e para a
saúde humana. As fossas negras quando são feitos próximos a poços de águas podem causar
uma grande contaminação do lençol freático e também a do poço, e assim acarretando várias
doenças causadas pelos dejetos humanos. As principais doenças causadas pelas águas
contaminadas são a cólera, hepatite, diarreia, entre outros tipos de doença (SOUZA, 2015).
2. Fossa Seca
32
problemas de odores, um sistema de ventilação, constituído por um tubo localizado na parte
interna da casinha, junto à parede, com a extremidade superior acima do telhado (Figura 8).
Esse dispositivo é destinado a receber somente as excretas, ou seja, não há utilização alguma
de água. As fezes retidas no seu interior se decompõem ao longo do tempo pelo processo de
digestão anaeróbia (FUNASA, 2006).
33
A fossa seca deve ser construída a uma distância mínima de 1,5 m em relação ao nível
máximo do lençol freático, recomenda Andrade Neto (1997) e Mota (2006). Além disso, essas
fossas devem ser executadas em locais protegidos de inundações e afastadas, no mínimo, 15
m de poços e outras coleções de água.
Grande preocupação ocorre quando o abastecimento de água é realizado por poço raso
ou cisterna e o esgoto é destinado a uma fossa negra, sem nenhum tratamento, causando um
risco maior a saúde e ambiental, pois a probabilidade de contaminação é mais elevada
(ANJOS et al., 2017).
Sobre esgotamento sanitário, somente 5,7% destes domicílios estão ligados à rede
coletora de esgotos e 20,3% utilizam a fossa séptica como solução para o tratamento dos
dejetos, enquanto que a grande maioria (74%) depositam os dejetos em fossas rudimentares
ou em cursos d’água ou diretamente no solo a céu aberto. Este cenário contribui diretamente
para a contaminação dos cursos hídricos e consequentemente pelo surgimento de doenças de
veiculação hídrica. Tal fato explica em parte a grande taxa de mortalidade infantil existente no
Brasil (IGBE, 2009).
34
Segundo Ávila (2005), as fossas sépticas são reatores biológicos anaeróbios, em que
acontecem reações químicas com a intervenção de microrganismos, esses participam
ativamente da redução de matéria orgânica. Nessas fossas, o esgoto é tratado no não
comparecimento de oxigênio livre (ambiente anaeróbio), havendo a composição de uma
biomassa anaeróbia (lodo anaeróbio) e formação de biogás, o qual é composto basicamente
por metano e gás carbônico.
O que torna o tanque séptico mais atrativo do que os demais sistemas anaeróbios é sua
simplicidade construtiva e operacional, não exigindo equipamentos complexos para
construção e mão de obra qualificada para o monitoramento, permitindo o gerenciamento das
águas residuárias na própria origem. Porém, ainda que vantajoso, seu desempenho dependerá
do projeto, instalação, manutenção e monitoramento, da mesma forma que qualquer outro
sistema de tratamento; incumbindo ao proprietário a responsabilidade pelo funcionamento do
sistema e adequação, no caso de países desenvolvidos, aos mecanismos reguladores existentes
(BUTLER, 1995).
Segundo Marques (2010), após a passagem do esgoto pela fossa (onde ficam retidos os
materiais sedimentáveis e flutuantes), ele deve ter seu destino final pré-determinado em valas
de infiltração ou sumidouros. Estes destinos foram a base do tema em estudo, porque os
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efluentes devem percolar através do solo e se depurar. Como utilizam o solo como meio
filtrante, o desempenho depende diretamente das características do solo, assim como o seu
grau de saturação.
A diferenciação básica entre uma fossa e um tanque séptico é o fato de que o tanque
séptico consiste em uma unidade de tratamento de esgotos, com efluente a ter um destino final
(geralmente a infiltração no solo por meio de sumidouro ou vala de infiltração), enquanto que
a fossa é utilizada para disposição final, sem tratamento dos esgotos (HARTMANN et al.,
2009).
Em um estudo elaborado por Mendes et al. (2010), verificou-se que para seu
dimensionamento o número de pessoas consideradas está acima da média de moradores de
loteamentos com as mesmas características do Residencial Orlando de Morais. O
dimensionamento acima da capacidade prevista pode ter sido uma forma de proporcionar
mais segurança no projeto, uma vez que a quantidade de moradores por residência é variável.
No dimensionamento do sumidouro feito pelo projetista, foi considerada a contribuição diária
de esgotos para até 20 pessoas, enquanto para o tanque séptico a mesma contribuição foi de
apenas 5 pessoas. Para a compatibilidade do sistema os parâmetros de projeto deveriam ser os
mesmos, uma vez que o sumidouro está ligado a um único tanque séptico.
37
patogênico existente nas fezes, devido principalmente, à variação de temperatura. Com isso, o
processo de biodigestão de resíduos orgânicos é uma possibilidade real a ser considerada para
a melhoria do saneamento no meio rural.
A fossa séptica biodigestora foi desenvolvida por Novaes et al. (2006), no ano 2000. É
um sistema de tratamento do esgoto de dejetos humanos, cujo intuito é substituir o esgoto a
céu aberto e as atuais fossas utilizadas em propriedades rurais, em razão dos benefícios que
podem ser gerados pela mesma (NOVAES et al., 2006). Os benefícios desse sistema em
relação às fossas convencionais são, principalmente, a reciclagem dos dejetos e sua vedação
hermética (que impede a proliferação de vetores de doenças). A Tabela 1 apresenta um
resumo das principais características dos sistemas de fossa negra, fossa séptica e da fossa
séptica biodigestora, essa última analisada neste trabalho, com o objetivo de se ter um melhor
conhecimento sobre as opções existentes e justificar a opção avaliada.
Um estudo realizado por Da Costa e Guilhoto (2014) teve como objetivo mensurar os
impactos social, ambiental e econômico decorrente da atual falta de saneamento rural no país
em relação à implementação de uma proposta tecnológica de tratamento do esgoto, a fossa
séptica biodigestora. Foi observado que, ao ano, a construção desse sistema de saneamento
poderia evitar cerca de 250 mortes e 5,5 milhões de infecções causados por doenças
diarreicas; reduzir a poluição dos cursos d’água em cerca de 129 mil toneladas de resíduos; e
que cada R$ 1,00 investido na implementação da alternativa tecnológica avaliada poderia
causar um retorno para a sociedade de R$ 1,6 em renda interna bruta. Além disto, a
construção da fossa séptica biodigestora promoveria a geração de cerca de 39 mil empregos.
38
Da Silva Campos, realizou um trabalho visando caracterizar os afluentes e efluentes de
quatro sistemas de FSB (fossa séptica biodigestora), avaliando o funcionamento assim como a
eficiência dos sistemas de fossas estudados e correlacionando aos padrões de lançamento de
efluente em corpos de água, levando em consideração a Resolução n° 357 - CONAMA de
março de 2005, utilizando como base parâmetros resultantes para os testes de temperatura,
pH, sólidos totais, coliformes totais e termotolerantes. Através dos resultados, concluiu-se que
os quatros sistemas de FSB se mostraram eficientes quando relacionados aos
parâmetros analisados.
39
adubação de plantas localizadas próximas às residências, o que é muito comum na área rural,
trazendo uma economia no consumo de fertilizantes químicos.
(1)Válvula de retenção; (2) Válvula de alívio; (3) Curva longa PVC 90°; (4) Tê de inspeção;
(5) e (6) Caixas d’água fibra de vidro 1.000 L; (7) Registro PVC 50 mm.
Fonte: Marmo e Da Silva (2014).
Após o processo de desinfecção, o efluente gerado pode ser disposto em solo. Dentre
os principais sistemas de disposição de águas residuárias no solo (irrigação, infiltração/
percolação e escoamento à superfície) a irrigação de culturas tem sido o método mais
acessível (FEIGIN et al., 1991) e eficiente (DARWISH et al., 1999), particularmente, nos
países em desenvolvimento onde não há uma política para o custo de tratamento das águas
residuárias (FRIEDEL et al., 2000).
40
2.8 Uso de efluentes produzidos pela fossa séptica biodigestora
O esgoto urbano é composto por resíduos domésticos e efluentes industriais sendo que
se estes forem tóxicos devem ser tratados em unidades da própria indústria. A composição do
esgoto é bastante variável, sendo que a matéria orgânica, especialmente as fezes humanas,
confere ao esgoto sanitário suas principais características, mutáveis com o decorrer do tempo,
pois sofre diversas alterações até sua completa mineralização ou estabilização. Enquanto o
esgoto sanitário causa poluição orgânica e bacteriológica, o industrial geralmente produz
poluição química (FAUSTINO, 2007).
41
Segundo Santana et al. (2012) o efeito da matéria orgânica resulta no maior
crescimento e desenvolvimento das plantas, beneficiando, ainda, as propriedades físicas,
químicas e biológicas do solo (KIEHL, 1985).
Fidelis Filho (2005) registrou maiores valores de altura das plantas de algodão BRS
Verde irrigadas com efluente decantado comparado com água de poço, decorrente das altas
concentrações de matéria orgânica e nutrientes presentes no efluente. Em pimentão, Duarte
(2007) obteve aumento da altura das plantas, quando irrigadas com efluentes de origem
doméstica
3 DIMENSIONAMENTOS DE FOSSAS
Tanques sépticos são estruturas de fluxo horizontal que tem a função de tratar o esgoto
por processos de sedimentação, flotação e digestão anaeróbia (DE JESUS, 2010). É comum o
uso do termo fossa séptica para referir às características de tanque séptico. A principal
diferença, segundo Andreoli (PROSAB, 2009), está no fato do tanque séptico ser uma
unidade de tratamento de esgotos acoplado a um dispositivo de infiltração dos efluentes
líquidos no solo, enquanto a fossa séptica é utilizada para disposição final dos esgotos.
Segundo a NBR 7229 (ABNT, 1993), o sistema de tanque séptico somente é indicado
para áreas que não possuem rede coletora de esgoto, como alternativa de tratamento de esgoto
em locais que possuem rede de esgoto ou para retenção prévia dos sólidos sedimentáveis.
42
A NBR 7229 (ABNT, 1993) estabelece que o tempo de limpeza do tanque séptico
deve ser o mesmo previsto em projeto, mas permite o aumento ou uma diminuição no
intervalo caso ocorram variações nas vazões previstas.
O tanque séptico deve ser executado com material impermeável, não devendo ocorrer
infiltração do líquido nele contido diretamente para o solo. Os materiais empregados na
construção do tanque séptico devem ter características físicas e mecânicas adequadas para seu
fim, resistindo quimicamente à ação das substâncias contidas no esgoto ou geradas no
processo de digestão.
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela equação 1.1:
3.1.3 Sumidouro
A NBR 13969 (ABNT, 1997) define sumidouro como sendo um “poço escavado no
solo, destinado à depuração e disposição final do esgoto no nível subsuperficial”. Também é
conhecido como poço absorvente, e seu uso é indicado somente a locais em que o nível do
lençol freático é profundo. Não possui laje de fundo e sua função é permitir a penetração dos
efluentes do tanque séptico no solo (DE JESUS, 2010).
43
O sumidouro pode ser cilíndrico ou prismático e possuir suas paredes formadas por
blocos cerâmicos ou placas pré-moldadas, dispostos de forma a permitir a infiltração dos
efluentes líquidos no solo. Suas dimensões são determinadas conforme a capacidade de
absorção do solo, e sua altura conforme o nível do lençol freático. Todos os materiais devem
possuir resistência física e mecânica para combater os esforços aos quais está submetido
(ABNT, 1997).
O ensaio de infiltração começa com a escolha de três pontos no terreno de maneira que
cubra toda a área onde pretende-se locar a obra. Cada ponto deve ser escavado com
profundidade diferente. Após a escavação, deve-se limpar os lados e fundo da cova e
preencher com uma camada de 5 cm de brita n°1, completar as covas com água e mantê-las
cheias por um intervalo de tempo de 4 horas. Depois de um intervalo de espera para que a
água infiltre totalmente após as 4 horas, deve-se encher novamente as covas até a altura de 15
cm e cronometrar o tempo de rebaixamento de 15 para 14 cm. Se em menos de 3 minutos
acontecer o rebaixamento de 1 cm, este ensaio deve ser executado por mais 5 vezes aplicando
o valor da 5ª medição para efeito do cálculo. Com a obtenção destes valores, deve-se
consultar a Figura 10, para obter os coeficientes de infiltração do solo em litros/m².dia.
44
Figura 10 - Gráfico para determinação do coeficiente de infiltração.
Af = (1.2)
Onde:
Af = (1.3)
Onde:
D = raio adotado;
45
não podem sofrer nenhum tipo de compactação. Observadas as distâncias mínimas a serem
obedecidas, o Manual de Saneamento sugere a construção dos sumidouros com as seguintes
características:
Paredes: deve ser feita com materiais permeáveis, podendo ser de alvenaria de tijolos
assentados com juntas livres ou de anéis (placas) pré-moldados de concreto com furos
para permitir a infiltração dos líquidos no solo;
b) Fundo: deve ser preenchido com cascalho, coque ou brita nº 3 ou 4, com altura
igual ou superior a 0,3 m;
c) Lajes: devem ficar ao nível do terreno e serem construídas de concreto armado,
possuindo abertura para inspeção e com uma dimensão mínima de 0,6 m.
Mediante a proporção definida pela Embrapa, pode-se concluir que cada pessoa
necessita de 400 litros para o processo de fermentação ser concluído com eficácia. Diante
disso deve ser considerado no dimensionamento pela equação 1.4:
Onde:
46
Volume excedente = [ ( Vol/pessoa * N° pessoa excedente) + C]
Se N° pessoa excedente , C = 0
47
4 METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, foi necessário um levantamento teórico dos conceitos
relacionados ao tema proposto, a partir de uma revisão bibliográfica. Todo este material foi
utilizado com o intuito de identificar quais parâmetros deveriam ser adotados no
dimensionamento da fossa séptica e fossa séptica biodigestora.
48
Figura 11: Localização do município do Baixão de Ipiúna.
Jaguaquara
Ipiúna
Por estar localizado na Zona Rural, o Baixão de Ipiúna não conta com nenhuma
concessionária que presta serviços de coleta e tratamento de esgoto doméstico, desta forma,
todos os rejeitos produzidos nas residências são depositados num rio através de uma tubulação
que faz essa ligação direta (Figura 13).
49
Figura 13: Tubulação que liga a residência ao rio.
Visto que essas residências não são atendidas pela rede coletora de esgoto, é de
extrema importância a utilização dos sistemas de tratamento individuais, evitando assim, a
possibilidade de contaminação dessa população, por doenças veiculadas pela urina, fezes e
água, como hepatite, cólera, verminoses e outras.
50
distrito. Os itens 3.1 e 3.2 apresentam os passos seguidos e as equações utilizadas nos
dimensionamentos.
Foram realizadas incursões nas residências, para verificar a situação das possíveis
instalações e dispositivos a que se destinariam os efluentes, verificando dados técnico
construtivos, prescrito pelas NBR 7229 (ABNT, 1993) e NBR 13969 (ABNT, 1997), tais
como:
Contribuição de despejos;
Número de pessoas por residência;
Caracterização do dispositivo: tipo, capacidade de carga afluente, localização,
dimensões, diâmetros de tubulações, intervalos e periodicidade das limpezas, dentre
outros.
Além disso, o dimensionamento seguiu os parâmetros de distâncias horizontais
mínimas:
51
14 0,80 3,88 1,20 3,72
Fonte: Próprio autor (2018).
Para o dimensionamento do sumidouro, foi feito um ensaio para definir o índice de
infiltração do solo (Figura 14), utilizando o parâmetro do item 3.1.3. Foi encontrado um
tempo máximo de 50 segundos para o rebaixamento de 1 cm da água, diante disso, o
coeficiente de infiltração do solo estabelecido foi de 115 l/m³.dia.
52
4.5 Dimensionamento da fossa séptica biodigestora
53
O número de caixa d’água foi baseado no volume total encontrado no
dimensionamento, buscando atender os parâmetros da Embrapa, que é manter caixas d’água
que contenham no mínimo 1000 litros, e visando também a otimização do espaço que será
implantado o sistema. Dessa forma, no caso do dimensionamento da fossa para 14 pessoas, foi
viável um sistema de caixas d’água com o volume maior, pois mantém o resultado proposto
de biodigestão e ocupa menor espaço no local do que implantar um número maior de caixas
de 1000 litros.
O custo total da fossa séptica e da fossa séptica biodigestora foi realizado em relação
ao gasto total com uma obra (Apêndice 1 a 9), como os gastos com a construção dos tanques
sépticos, sumidouros e hidráulica. Foram pesquisados e calculados valores unitários e a
quantidade em geral dos materiais utilizados para cada etapa. Além disso, foram incluídos os
gastos da mão-de-obra local.
54
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
55
Lotfi (2016), realizou uma revisão bibliográfica sobre o panorama de abastecimento
de água e esgotamento sanitário no Brasil, comparando a situação no meio urbano e no meio
rural, descrevendo os aspectos construtivos e de dimensionamentos das fossas biodigestoras
e, principalmente, avaliou a eficiência dos sistemas de sete fossas biodigestoras em relação à
remoção de DBO, nutrientes e patógenos em assentamentos no município de São Carlos (SP).
A partir desses resultados, foi possível estabelecer uma comparação entre as eficiências
obtidas para a fossa biodigestora e diferentes tecnologias centralizadas, além da fossa séptica
e de tecnologias descentralizadas semelhantes, podendo-se concluir que a fossa biodigestora
apresenta-se como uma importante alternativa para o saneamento rural, devido não somente
aos seus níveis satisfatórios de remoção das variáveis estudadas, mas também ao seu baixo
custo, simples manutenção e possível geração de insumo agrícola.
A analogia entre a fossa séptica biodigestora e a fossa séptica, vem pelo fato de ambas
possuírem a mesma função, que em geral é tratar o esgoto sanitário das residências,
proporcionando um saneamento adequado para a municípios da Zona Rural. Porém, apesar de
conter a mesma função, o modelo de dimensionamento e o sistema de implantação são
distintos.
56
porque, os efluentes dessa fossa, exigem que as vegetações adubadas com esse efluente, sejam
vegetações de longo prazo, visto que os compostos levam um período maior de tempo para se
tornarem adequado para adubação nesse cultivo.
Os efluentes podem ser aplicados nos solos, fornecendo água e nutrientes para este
compartimento ambiental. É neste sentido que entra a reutilização do efluente que sai do
tratamento da fossa séptica biodigestora, passando este a ser denominado biofertilizante
(SAVEGNAGO & FERRI, 2014). Este pode ser empregado para suprir a necessidade
requerida por diversos tipos de plantas, por ser rico em nutrientes, tais como cálcio, magnésio,
fósforo, enxofre, potássio e principalmente nitrogênio. Alguns casos demonstraram os
benefícios do emprego deste artifício para melhorar a produção vegetal, principalmente em
pequenas propriedades rurais, o que potencialmente diminui a necessidade da utilização de
adubação química sintética, minimizando o gasto do agricultor na compra de insumos
(FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL, 2010).
Um ensaio realizado por Souza et al. (2004) com milho foi conduzido na Unicamp,
durante quatro anos, usando efluente sanitário tratado em lagoa anaeróbia e em reator
anaeróbio de bambu. Avaliou-se a presença de nitrogênio, patógenos e metais pesados no
57
solo, na água coletada no perfil do solo e na água subterrânea coletada de poços de
monitoramento. A irrigação com efluente não alterou a fertilidade do solo, havendo
necessidade de adubação completa de fósforo e potássio. Houve pequeno incremento de P,
Ca, S, Cu e Zn com a aplicação de efluentes. O teor de matéria orgânica permaneceu
constante, pois sua natureza proporciona rápida degradação em solos sob condições tropicais.
Houve redução de 99% nos valores de carbono orgânico total e de DQO e DBO na água
coletada no solo, indicando que solos são bons depuradores da carga orgânica. A
produtividade da safra de inverno foi maior que a das safras de verão, indicando que o
fornecimento de água via efluente pode ser benéfico à cultura em épocas secas. A absorção de
metais pesados pelas plantas não foi significativo.
Segundo Novaes et al. (2002), em uma pesquisa utilizando uma fossa séptica
biodigestora para melhoria do Saneamento Rural e desenvolvimento da Agricultura Orgânica,
os resultados apresentaram baixo custo para confecção e grande eficiência na biodigestão dos
excrementos humanos e consequente eliminação de agentes patogênicos. Com isso, esse
modelo de fossa séptica pode ser indicado para substituir a tradicional “fossa negra”,
normalmente utilizada na área rural, e que é a principal responsável pela contaminação das
águas subterrâneas. Quanto a reutilização do efluente, o mesmo mostrou-se ser uma fonte de
macro e micronutrientes para as plantas, além de matéria orgânica para o solo.
Leonel et al. (2013) realizaram um trabalho que o principal objetivo foi a avaliação da
qualidade do efluente produzido em unidades de Fossa Séptica Biodigestora e de Jardim
Filtrante instaladas no Sítio São João (São Carlos, SP), bem como a análise qualitativa do
funcionamento de tais sistemas. Com base nos resultados apresentados, pode-se concluir que
a Fossa Séptica Biodigestora é um sistema bastante eficiente na remoção tanto de sólidos
como de coliformes, fornecendo um efluente clarificado e com reduzida contaminação
biológica. O Jardim Filtrante ainda se encontra em fase de aprimoramento e, apesar de
contribuir para a melhora da qualidade da água cinza, ainda necessita de ajustes no seu
sistema de filtração. Sendo assim, ambos os sistemas se mostram adequados para a resolução
da falta de saneamento básico na área rural.
58
deste estudo foi semelhante ao da população rural do Brasil, do Nordeste e total de Vitória da
Conquista (IBGE 2011).
Vicq e Leite (2014), buscaram avaliar as condições dos corpos d’água na bacia
hidrográfica do córrego Pau Grande, Ouro Branco, Minas Gerais, antes e depois da instalação
de 20 fossas sépticas na comunidade de Castiliano, construídas em 2006. O monitoramento da
bacia foi realizado entre 2005 e 2009, em 6 pontos amostrais, onde foram medidos vazão,
oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, fósforo total, coliformes fecais totais,
turbidez e pH. Os pontos a jusante das fossas apresentaram um aumento de mais de 100% nos
valores de oxigênio dissolvido e redução em mais de 800% na quantidade de coliformes
fecais. Investimentos relativamente baixos, como a construção das fossas, podem trazer
melhorias à qualidade dos recursos hídricos em áreas rurais.
59
5.4 Análise de Custo
A composição de custos das fossas sépticas e das fossas sépticas biodigestoras foram
realizados somando-o os custos de implantação e operação do sistema.
Desta maneira, pode-se comparar os orçamentos, visto que, foram utilizados dois
modelos de fossa (fossa séptica e a fossa biodigestora) e diferentes condições para a
implantação da mesma, como o número de pessoas por domicilio, afim de analisar o menor
custo de implantação do sistema, como descrito na Tabela 5.
60
que, a implantação da fossa séptica biodigestora é economicamente viável, visto que a
população que reside naquela comunidade é de baixa renda e conteria gastos na implantação
de um sistema de tratamento de esgoto.
Segundo Junior (2012), a busca por novas tecnologias alternativas e que tem se
mostrado bastante eficaz é o tratamento de esgoto por zona de raízes também pela
simplicidade construtiva sendo de baixo custo para o tratamento desses efluentes torna-se
imprescindível. Esse sistema baseia-se em princípios físicos (filtração) e biológicos, com
parte do filtro constituído de plantas, sendo colocado à jusante de um tratamento primário
(fossa séptica). As plantas utilizadas nesse sistema têm que ter raízes do tipo cabeleira com
61
aerênquimas bem desenvolvidos, como o Lírio do Brejo, planta utilizada na ETE (estação de
tratamento de efluentes) proposta nesse trabalho, que teve como objetivo implantar uma
estação por zona de raízes fluxo vertical afogado na comunidade da Ilha do Mel (PR). A ETE
proposta conteve volume de 16 m3, foi impermeabilizada com lona plástica e composta por
um filtro físico contendo brita e areia de granulometria pré-definida. Verificou-se que a maior
parte dos custos dessa ETE (totalizado em R$ 11.184,20) foi para o transporte dos materiais
até a ilha e das fossas sépticas de PVC o que seria mais adequado já que as fossas construídas
ou de concreto, que são permeáveis. Esse valor pode ficar ainda mais barato caso utilize outro
tipo de material para as fossas.
O trabalho desenvolvido por Trevisan (2017) teve como objetivo analisar a viabilidade
de uma moradia pensada voltada para o contexto da sustentabilidade, a partir de um estudo de
caso adotando a implantação de soluções sustentáveis mais eficientes aplicadas à construção,
analisando a viabilidade econômica em custos iniciais e de vida útil da obra, de modo a
reduzir as despesas mensais de seus usuários, através de sistemas que permitam a eficiência
energética, racionalização do consumo de água e tratamento de efluentes gerado pelos
moradores. Afim de buscar um equilíbrio entre três aspectos: economicamente viável;
socialmente justa e ecologicamente correta, o ideal da sustentabilidade, e assim incentivar o
uso racional de recursos naturais e a melhoria da qualidade da habitação e de seu entorno,
bem como promover a conscientização de empreendedores e moradores sobre as vantagens
das construções sustentáveis. Na análise do empreendimento foi demonstrado, que os
investimentos iniciais realizados para a implantação dos sistemas adotados chegam a
incorporar um acréscimo de até 24% a mais na concepção da obra, gerando um retorno
financeiro em média até nove anos após sua utilização. Em um primeiro momento, os
benefícios são provenientes da economia no consumo dos recursos de energia elétrica e
principalmente água.
62
O custo da fossa séptica biodigestora em 2007 foi 50% menor que o de uma fossa
séptica tradicional, usada no meio urbano (DE BRITO, 2009). Não tem custo de manutenção,
enquanto a fossa séptica tradicional requer coleta por caminhão especializado, com custo ao
agricultor, sendo que em certas regiões este serviço é inexistente (DE BRITO, 2009).
63
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
64
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72
APÊNDICE
73
APÊNDICE 2: ORÇAMENTO DO SUMIDOURO E HIDRÁULICA PARA 5 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
2. Sumidouro
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 10,89 0,00 59,45 647,41 647,41
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 5,85 0,00 36,05 210,89 210,89
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 6,55 0,50 3,26 0,38 2,51 5,77
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 2,54 0,16 0,41 2,96 7,52 7,92
83667/SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,13 71,50 9,08 36,82 4,68 13,76
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 11,21 26,22 293,87 33,66 377,33 671,20
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 21,74 17,97 390,67 12,81 278,49 669,16
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,14 262,23 35,40 51,81 6,99 42,40
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73902/SINAPI CAMADA DRENANTE COM BRITA NUM 3 M3 0,53 60,91 32,28 37,57 19,91 52,19
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UN 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 817,27 1.563,89 2.381,16
3. Hidráulica - -
36365/SINAPI TUBO COLETOR DE ESGOTO PVC, JEI, DN 100 MM M 10,00 16,49 164,90 1,09 10,88 175,78
20095/SINAPI CURVA PVC, PB, JE, 90°,DN 100 MM UN 1,00 18,04 18,04 7,20 7,20 25,24
20078/SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS E CONEXOES,400G UN 1,00 19,35 19,35 7,20 7,20 26,55
7091/SINAPI TE SANITARIO, PVC, DN 100 X 100 MM UN 2,00 12,29 24,58 7,20 14,40 38,98
Total do Item 226,87 39,68 266,55
Sub-Total 1.812,42 2.863,71
Total Geral 4.676,13
74
APÊNDICE 3: ORÇAMENTO DO TANQUE SÉPTICO PARA 7 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT
Unitario Total Unitario Total TOTAL DO SERVIÇO
1. Tanque Séptico
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 8,84 0,00 59,45 525,54 525,54
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 5,06 0,00 36,05 182,41 182,41
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 4,91 0,50 2,45 0,38 1,88 4,33
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 3,03 0,16 0,48 2,96 8,97 9,45
95241/SINAPI LASTRO DE CONCRETO MAGRO E= 5 CM M2 0,14 14,69 2,10 7,04 1,01 3,11
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 8,30 26,22 217,69 33,66 279,51 497,20
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 17,84 17,97 320,58 12,81 228,53 549,12
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,43 262,23 111,45 51,81 22,02 133,47
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73676/SINAPI PISO CIMENTADO TRAÇO 1:3 M2 2,26 13,60 30,74 39,08 88,32 119,06
10567/SINAPI TÁBUA 2,5 X 23,0CM (1 X 9") NAO APARELHADA M 7,32 11,85 86,74 4,20 30,74 117,49
4417/SINAPI SARRAFO *2,5 X 7* CM M 7,20 5,44 39,17 4,20 30,24 69,41
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UNID. 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 863,69 1.407,33 2.271,02
75
APÊNDICE 4: ORÇAMENTO DO SUMIDOURO E HIDRÁULICA PARA 7 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
2. Sumidouro
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 15,06 0,00 59,45 895,32 895,32
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 8,09 0,00 36,05 291,64 291,64
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 9,05 0,50 4,51 0,38 3,47 7,98
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 2,54 0,16 0,41 2,96 7,52 7,92
83667/SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,13 71,50 9,08 36,82 4,68 13,76
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 15,75 26,22 412,89 33,66 530,15 943,03
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 30,29 17,97 544,31 12,81 388,01 932,33
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,14 262,23 35,40 51,81 6,99 42,40
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73902/SINAPI CAMADA DRENANTE COM BRITA NUM 3 M3 0,53 60,91 32,28 37,57 19,91 52,19
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UN 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 1.091,17 2.155,85 3.247,02
3. Hidráulica - -
36365/SINAPI TUBO COLETOR DE ESGOTO PVC, JEI, DN 100 MM M 10,00 16,49 164,90 1,09 10,88 175,78
20095/SINAPI CURVA PVC, PB, JE, 90°,DN 100 MM UN 1,00 18,04 18,04 7,20 7,20 25,24
20078/SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS E CONEXOES,400G UN 1,00 19,35 19,35 7,20 7,20 26,55
7091/SINAPI TE SANITARIO, PVC, DN 100 X 100 MM UN 2,00 12,29 24,58 7,20 14,40 38,98
Total do Item 226,87 39,68 266,55
Sub-Total 1.318,04 2.195,53
Total Geral 3.513,57
76
APÊNDICE 5: ORÇAMENTO DO TANQUE SÉPTICO PARA 14 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT
Unitario Total Unitario Total TOTAL DO SERVIÇO
1. Tanque Séptico
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 11,96 0,00 59,45 711,02 711,02
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 6,16 0,00 36,05 222,07 222,07
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 7,53 0,50 3,75 0,38 2,89 6,64
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 4,60 0,16 0,74 2,96 13,62 14,35
95241/SINAPI LASTRO DE CONCRETO MAGRO E= 5 CM M2 0,23 14,69 3,36 7,04 1,61 4,98
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 11,71 26,22 307,03 33,66 394,23 701,26
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 23,23 17,97 417,44 12,81 297,58 715,02
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,67 262,23 175,17 51,81 34,61 209,78
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 4,08 12,75 52,02 2,50 10,20 62,22
73676/SINAPI PISO CIMENTADO TRAÇO 1:3 M2 4,08 13,60 55,49 39,08 159,45 214,93
10567/SINAPI TÁBUA 2,5 X 23,0CM (1 X 9") NAO APARELHADA M 10,16 11,85 120,40 4,20 42,67 163,07
4417/SINAPI SARRAFO *2,5 X 7* CM M 10,16 5,44 55,27 4,20 42,67 97,94
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UNID. 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 1.214,15 1.935,11 3.149,26
77
APÊNDICE 6: ORÇAMENTO DO SUMIDOURO E HIDRÁULICA PARA 14 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
2. Sumidouro
93358/SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 29,55 0,00 59,45 1.756,75 1.756,75
96995/SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 15,88 0,00 36,05 572,47 572,47
83344/SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 17,76 0,50 8,84 0,38 6,81 15,65
94100/SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 2,54 0,16 0,41 2,96 7,52 7,92
83667/SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,13 71,50 9,08 36,82 4,68 13,76
72132/SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO,E= 10CM M2 31,51 26,22 826,03 33,66 1.060,63 1.886,66
87529/SINAPI MASSA ÚNICA, EM ARGAMASSA TRAÇO 1:2:8 M2 59,95 17,97 1.077,30 12,81 767,96 1.845,26
94970/SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA M3 0,14 262,23 35,40 51,81 6,99 42,40
7155/SINAPI TELA DE ACO SOLDADA NERVURADA CA-60, Q-138 M2 2,26 12,75 28,82 2,50 5,65 34,47
73902/SINAPI CAMADA DRENANTE COM BRITA NUM 3 M3 0,53 60,91 32,28 37,57 19,91 52,19
6087/SINAPI TAMPA EM CONCRETO ARMADO 60X60X5CM UN 1,00 23,48 23,48 2,51 2,51 25,99
Total do Item 2.041,65 4.211,88 6.253,52
3. Hidráulica - -
41936/SINAPI TUBO COLETOR DE ESGOTO, PVC, JEI, DN 150 MM (NBR 7362) M 10,00 35,47 354,70 1,09 10,88 365,58
1865/SINAPI CURVA LONGA PVC, PB, JE, 90 GRAUS, DN 150 MM UN 1,00 87,99 87,99 7,20 7,20 95,19
20078/SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS E CONEXOES,400G UN 1,00 19,35 19,35 7,20 7,20 26,55
7069/SINAPI TE, PVC, 90 GRAUS, BBB, JE, DN 150 MM UN 2,00 106,25 212,50 7,20 14,40 226,90
Total do Item 674,54 39,68 714,22
Sub-Total 3.930,33 6.186,67
Total Geral 10.117,00
78
APÊNDICE 7: ORÇAMENTO DA´FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA PARA 5 PESSOAS.
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO SINAPI DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
1 FOSSA BIODIGESTORA
93358-C SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 6,39 - 59,45 379,89 379,89
96995-C SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 2,58 - 36,05 92,90 92,90
83344-C SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 4,95 0,50 2,47 0,38 1,90 4,36
11868-I SINAPI CAIXA D'AGUA FIBRA DE VIDRO PARA 1000 L UN 3,00 221,13 663,39 5,01 15,03 678,42
94100-C SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 1,47 0,16 0,24 2,96 4,35 4,59
83667-C SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,07 71,50 5,29 36,82 2,72 8,02
01863-I SINAPI CURVA LONGA PVC, PB, JE, 90 GRAUS, DN 100 MM UN 2,00 19,59 39,18 3,62 7,24 46,42
00099-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 50 MM X 1 1/2" UN 1,00 28,75 28,75 5,44 5,44 34,19
9836-I SINAPI TUBO PVC SERIE NORMAL, DN 100 MM M 6,00 7,38 44,28 1,09 6,54 50,82
3899-I SINAPI LUVA SIMPLES, PVC, SOLDAVEL, DN 100 MM UN 3,00 4,24 12,72 3,62 10,86 23,58
7105-I SINAPI TE DE INSPECAO, PVC, 100 X 75 MM UN 2,00 30,47 60,94 5,44 10,88 71,82
9868-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 25 MM, AGUA FRIA M 2,00 2,64 5,28 3,62 7,24 12,52
1185-I SINAPI CAP PVC, SOLDAVEL, 25 MM, PARA AGUA FRIA UN 2,00 1,00 2,00 3,62 7,24 9,24
00096-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 25 MM X 3/4" UN 2,00 12,20 24,40 5,44 10,88 35,28
9875-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 50 MM, PARA AGUA FRIA M 1,00 10,25 10,25 1,09 1,09 11,34
11677-I SINAPI REGISTRO DE ESFERA, SOLDAVEL, DN 50 MM UN 1,00 19,39 19,39 5,44 5,44 24,83
COTAÇÃO COTAÇÃO VÁLVULA DE RETENÇÃO, PVC 100 MM UN 1,00 58,99 58,99 - 58,99
00301-I SINAPI ANEL BORRACHA, DN 100 MM (NBR 5688) UN 10,00 1,65 16,50 1,09 10,90 27,40
00122-I SINAPI ADESIVO PLASTICO PARA PVC, FRASCO COM 850 GR UN 1,00 52,84 52,84 7,25 7,25 60,09
20259-I SINAPI PERFIL DE BORRACHA EPDM MACICO *12 X 15* MM M 25,00 8,70 217,50 0,87 21,75 239,25
20078-I SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS *400* G UN 1,00 19,35 19,35 7,25 7,25 26,60
38383-I SINAPI LIXA D'AGUA EM FOLHA, GRAO 100 UN 5,00 1,37 6,85 1,81 9,05 15,90
Total do Item 1.290,60 625,84 1.916,44
Total Geral 1.916,44
80
MATERIAL/ EQUIPA. MÃO OBRA
CÓDIGO SINAPI DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT TOTAL DO
Unitario Total Unitario Total SERVIÇO
1 FOSSA BIODIGESTORA
93358-C SINAPI ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS. AF_03/2016 M3 13,60 - 59,45 808,52 808,52
96995-C SINAPI REATERRO MANUAL APILOADO COM SOQUETE. M3 5,85 - 36,05 210,89 210,89
83344-C SINAPI ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM BOTA FORA M3 10,00 0,50 4,98 0,38 3,83 8,81
11868-I SINAPI CAIXA D'AGUA FIBRA DE VIDRO PARA 1000 L UN 5,00 358,78 1.793,90 5,01 25,05 1.818,95
94100-C SINAPI REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 11,50 0,16 1,84 2,96 34,04 35,88
83667-C SINAPI CAMADA DRENANTE COM AREIA MEDIA M3 0,57 71,50 40,76 36,82 20,99 61,74
01863-I SINAPI CURVA LONGA PVC, PB, JE, 90 GRAUS, DN 100 MM UN 3,00 46,77 140,31 3,62 10,86 151,17
00099-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 50 MM X 1 1/2" UN 1,00 28,75 28,75 5,44 5,44 34,19
9836-I SINAPI TUBO PVC SERIE NORMAL, DN 100 MM M 10,00 17,50 175,00 1,09 10,90 185,90
3899-I SINAPI LUVA SIMPLES, PVC, SOLDAVEL, DN 100 MM UN 5,00 18,58 92,90 3,62 18,10 111,00
7105-I SINAPI TE DE INSPECAO, PVC, 100 X 75 MM UN 4,00 143,31 573,24 5,44 21,76 595,00
9868-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 25 MM, AGUA FRIA M 4,00 2,64 10,56 3,62 14,48 25,04
1185-I SINAPI CAP PVC, SOLDAVEL, 25 MM, PARA AGUA FRIA UN 4,00 1,00 4,00 3,62 14,48 18,48
00096-I SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL, 25 MM X 3/4" UN 4,00 12,20 48,80 5,44 21,76 70,56
9875-I SINAPI TUBO PVC, SOLDAVEL, DN 50 MM, PARA AGUA FRIA M 1,00 10,25 10,25 1,09 1,09 11,34
11677-I SINAPI REGISTRO DE ESFERA, SOLDAVEL, DN 50 MM UN 1,00 19,39 19,39 5,44 5,44 24,83
COTAÇÃO COTAÇÃO VÁLVULA DE RETENÇÃO, PVC 100 MM UN 1,00 139,00 139,00 5,44 5,44 144,44
00301-I SINAPI ANEL BORRACHA, DN 100 MM (NBR 5688) UN 16,00 6,93 110,88 1,09 17,44 128,32
00122-I SINAPI ADESIVO PLASTICO PARA PVC, FRASCO COM 850 GR UN 2,00 52,84 105,68 7,25 14,50 120,18
20259-I SINAPI PERFIL DE BORRACHA EPDM MACICO *12 X 15* MM M 42,00 8,70 365,40 0,87 36,54 401,94
20078-I SINAPI PASTA LUBRIFICANTE PARA TUBOS *400* G UN 2,00 19,35 38,70 7,25 14,50 53,20
38383-I SINAPI LIXA D'AGUA EM FOLHA, GRAO 100 UN 10,00 1,37 13,70 1,81 18,10 31,80
Total do Item 3.718,04 1.334,15 5.052,19
Total Geral 5.052,19
81