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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICA, ESTRATÉGIA E DOUTRINA
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS ADM/ESPECIALISTA

Cap. QOBM/Cond. HUMBERTO HONORIO SILVA

VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE


ÁGUA DE CHUVA NO 2º GBM E SEU RESULTADO NO
ORÇAMENTO COM DESPESAS DE CUSTEIO DO CBMDF.

BRASÍLIA
2017
Cap. QOBM/Cond. HUMBERTO HONORIO SILVA

VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE


ÁGUA DE CHUVA NO 2º GBM E SEU RESULTADO NO
ORÇAMENTO COM DESPESAS DE CUSTEIO DO CBMDF.

Trabalho Monográfico apresentado ao Centro de


Estudos de Política, Estratégia e Doutrina como
requisito para conclusão do Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais Adm/Especialistas do
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

Orientador: TC. QOBM/Comb ÁLVARO ALEXANDRE ALBUQUERQUE MARQUES

BRASÍLIA
2017
Cap. QOBM/Cond. HUMBERTO HONORIO SILVA

VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE


CHUVA NO 2º GBM E SEU RESULTADO NO ORÇAMENTO COM DESPESAS DE
CUSTEIO DO CBMDF.

Trabalho monográfico apresentado ao Centro de Estudos de


Política, Estratégia e Doutrina como requisito para
conclusão do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais
Adm./Esp./2017 do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal.

Aprovado em: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________
Sueli Bomfim de Matos Pereira – Ten. Cel QOBM/Comb.
Presidente

______________________________________________________
Mickéyas Pereira de Paula Leite – Maj. QOBM/Comb.
Membro

______________________________________________________
Zilta Diaz Penna Marinho – Professora
Membro

______________________________________________________
Álvaro Alexandre Albuquerque Marques - Ten. Cel. QOBM/Comb.
Orientador
CESSÃO DE DIREITOS

AUTOR: HUMBERTO HONORIO SILVA – Cap. QOBM/Cond.


TEMA: Viabilidade de Implantação de Sistemas de Captação de Água de Chuva
no 2º GBM e seu Resultado no Orçamento com Despesas de Custeio do
CBMDF.
ANO: 2017.

São concedidas ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal as


seguintes permissões referentes a este trabalho acadêmico:

 Reprodução de cópias;
 Empréstimo ou comercialização de tais cópias somente para
propósitos acadêmicos e científicos;
 Disponibilização nos sites do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal.

O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desse


trabalho acadêmico pode ser reproduzida sem autorização por escrito do autor.

_________________________________________
Humberto Honorio Silva – Cap. QOBM/Cond.
Dedico este trabalho ao meu Deus,
supremo criador do universo, por seus
grandes feitos.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a meu Deus, a quem louvo eternamente, por


ter permitido realizar meu sonho de ser bombeiro e me sustentado a cada dia
debaixo de sua forte mão.

Ao meu orientador Coronel Albuquerque por ter aceitado essa árdua


empreitada, por ter interrompido seus afazeres diários por diversas vezes para me
orientar no desenvolvimento deste trabalho, inclusive nos finais de semana; pelo
auxílio nos momentos que me encontrava perdido e sem saber por onde seguir, e
que certamente sem este apoio não seria possível atingir a conclusão desta
pesquisa.

Ao corpo docente do CAO/Adm/2017 pelos ensinamentos, em especial


a Professora Zilta Marinho, instrutora da disciplina que durante todo o decorrer da
matéria esteve pronta para tirar dúvidas e prestar informações, inclusive nos finais
de semana, além de fornecer material de estudo.

Ao corpo administrativo do CEPED pela colaboração, dedicação e


atenção dispensada a todos do CAO/ADM/2017, em especial a coordenação que em
vários momentos esteve em sala de aula para dizer palavras de motivação a turma.

Aos colegas de turma do CAO/ADM/2017/CBMDF que durante todo o


transcorrer do curso se disponibilizaram em ajudar uns aos outros, seja nas
matérias, confecções de trabalhos ou nos momentos difíceis.

Ao Maj. QOBM/Cond. Leone Alves dos Santos pela ajuda e atenção


dispensadas, inclusive com fontes de pesquisa e na escolha do orientador que foi
determinante para o sucesso dessa caminhada.

Ao 1º SGT. Afrânio, lotado no 2º GBM, que me ajudou na coleta de


dados junto ao almoxarifado da OBM.

Ao Maj. QOBM/Comb. Ivan, Comandante do 2º GBM, que me atendeu


prontamente para ceder uma entrevista que foi de grande importância para a
validação de minha pesquisa.
Ao Maj. QOBM/Intd. Laelson que fez as correções de formatação do
trabalho de pesquisa.

A minha querida amiga Tânia Pasqualini que da mesma forma fez as


correções de formatação do trabalho de pesquisa com muita boa vontade.

À minha esposa Maria do Socorro, sustentáculo diário do nosso lar,


pelo companheirismo e dedicação.

Aos meus filhos Vinícius e Rafael, fonte permanente de minha vida.

Por fim, a todos meus familiares, em especial ao meu Pai por ter me
ensinado a trilhar o caminho do bem e minha mãe que mesmo estando fragilizada
devido ao seu estado de saúde, entendeu a minha falta.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
ninguém vem ao pai a não ser por mim”.

Jesus Cristo
RESUMO

A partir da preocupação global com o consumo de água potável, surgem as


propostas de captação e armazenamento da água da chuva. Esse trabalho parte
dos gastos com consumo de água no 2º GBM para verificar a viabilidade de
construção de sistema de captação e reservatório de água pluvial, com a finalidade
de gerar economia no consumo, diminuição de custos à unidade e contribuir para
uma maior conscientização sobre preservação e reuso de fontes naturais. Ao longo
da pesquisa foram verificados diversos sistemas de captação de água para reuso e
diferentes métodos de análise do processo bem como, aferida a área de captação
de água na unidade do 2º GBM, além de orçamento visando quantificar os custos
para a implantação do referido sistema. Os resultados obtidos no processo
demonstram que é viável a construção do sistema.

Palavras-chave: Viabilidade, captação de água pluvial, 2º GBM.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Modelo de sistema de captação de água de chuva ................................. 23


Figura 2 - Sistemas de reaproveitamento de água de chuva .................................... 24
Figura 3 - 5R´s ......................................................................................................... 28
Figura 4 - Gráfico de Consumo de água das OBM´s estudadas no ano de 2014 ..... 32
Figura 5 - Gráfico de Consumo de água das OBM´s estudadas no ano de 2015 .... 33
Figura 6 - Gráfico de Consumo de água das OBM´s propostas no ano de 2016 ...... 33
Figura 7 - Gráfico de Consumo de água das OBM´s propostas no ano de 2017 ...... 34
Figura 8 - Gráfico da Precipitação em milímetros nos 12 meses do ano .................. 35
Figura 9 - Vista do 2º GBM........................................................................................ 37
Figura 10 - Vista panorâmica do 2º GBM .................................................................. 37
Figura 11 - Telhado do 2º GBM ................................................................................. 38
Figura 12 - Calha do telhado do 2º GBM................................................................... 38
Figura 13 - Planta baixa do 2º GBM .......................................................................... 39
Figura 14 – Planta hidráulica do 2º GBM .................................................................. 40
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valor m³ de água. ..................................................................................... 31


Tabela 2 - Consumo de água das OBM´s pesquisadas nos anos de 2014 a 2017, em
Reais (R$) ................................................................................................................. 32
Tabela 3 - Climatografia de Brasília do ano de 2016 ................................................ 34
Tabela 4 - Consumo de água do 2º GBM nos anos de 2014 a 2017 em m³. ............ 36
Tabela 5 – Investimento e Tempo de Retorno. ......................................................... 42
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

5R`s Repensar, Reduzir, Reaproveitar, Reciclar e Recusar


A3P Agenda Ambiental na Administração Pública
ABNT Associação Brasileira de Normas técnicas
ADASA Agência Reguladora de Águas
Art. Artigo
CAESB Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal
CAO Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais
Cap. Capitão
CBMDF Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
CEPED Centro de Estudos de Política, Estratégia e Doutrina
CMT Comandante
Comb. Combatente
Cond. Condutor
DF Distrito Federal
DIMAT Diretoria de Materiais
Etc. Et cetera
et. al. " e outros"
GBM Grupamento de Bombeiro Militar
Intd. Intendente
Idib. “no mesmo lugar”
Maj. Major
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
OBM Organização Bombeiro Militar
Sgt. Sargento
Ten. Cel.: Tenente Coronel
Ten. Tenente
LISTA DE SÍMBOLOS

p. Página
º Indicativo de Numeral Ordinal
% Porcentagem
? Sinal de Interrogação
°C Graus Celsius
m² Metros Quadrado
m³ Metros Cúbicos
mm Milímetro
R$ Reais
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
1.1 Definição do problema ........................................................................................ 17
1.2 Justificativa .......................................................................................................... 17
1.3 Objetivos ............................................................................................................. 18
1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 18
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 18
1.4 Hipóteses ............................................................................................................ 18
1.5 Definição de termos ............................................................................................ 18
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 20
2.1 A água ................................................................................................................. 20
2.2 Técnicas de captação de água ............................................................................ 21
2.3 Sistemas de reaproveitamento ............................................................................ 23
2.3.1 Recalque mais gravidade ................................................................................. 23
2.3.2 Rede pressurizada ........................................................................................... 24
2.3.3 Rede que utiliza a gravidade ............................................................................ 24
2.3.4 Cálculo para dimensionamento dos reservatórios para água de chuva ........... 24
2.4 O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL ...................... 25
2.5 O 2º Grupamento de Bombeiros Militar - 2º GBM ............................................... 26
2.6 Agenda A3P ........................................................................................................ 27
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 29
3.1 A Pesquisa .......................................................................................................... 29
3.2 Tipos de Pesquisa ............................................................................................... 29

3.3 Universo da amostra............................................................................................ 30

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 31


4.1 Gastos com consumo de água das OBM´s pesquisadas .................................... 31
4.2 Calculando a área de reservatório de água de chuva no 2º GBM ...................... 34
4.3 Custos para implantação do sistema de captação de água de chuva no 2º GBM
.................................................................................................................................. 36
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 44
6 RECOMENDAÇÕES .............................................................................................. 46
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47
APÊNDICES ............................................................................................................. 49
APÊNDICE A ............................................................................................................ 50
Entrevista realizada com o Comandante do 2º GBM. ............................................... 50
ANEXOS ................................................................................................................... 52
ANEXO A ................................................................................................................. 53
Orçamento para implantação do Sistema de captação da água de chuva no .......... 53
2º GBM ...................................................................................................................... 53
ANEXO B ................................................................................................................. 55
Projeto para implantação do Sistema de captação da água de chuva no ................. 55
2º GBM ...................................................................................................................... 55
ANEXO C ................................................................................................................. 57
Planta Baixa do ......................................................................................................... 57
2º GBM ...................................................................................................................... 57
16

1 INTRODUÇÃO

A água é considerada um recurso essencial à vida, porém, finito.


Também importante para reações bioquímicas e como meio de subsistência de
várias espécies, possui importância cultural e na produção de diversas atividades.

Neste contexto, a água, vital a existência humana e manutenção do


meio ambiente, é um dos recursos mais ameaçados. Isso indica que algo deve ser
feito por meio da redução do consumo e de práticas auto-suficientes, seja pela
mudança de atitudes ou pelo emprego de tecnologias inteligentes.

A Agenda 21 (2001) sugere a gestão do uso da água e a procura por


alternativas de abastecimento, tais como o aproveitamento das águas pluviais, a
dessalinização da água do mar, a reposição das águas subterrâneas e o reuso da
água como práticas que favorecem o desenvolvimento sustentável. Diante disso,
surge como uma das principais e melhores soluções para gestão do uso da água, o
sistema de aproveitamento de água da chuva.

Como medida para controle da atual crise hídrica, o Distrito Federal


passa por um racionamento nunca visto antes onde o Governo impõe um rodízio
semanal de forma que o abastecimento de água é suspenso em determinados
grupos de cidades, alternadamente.

O racionamento de água em sistema de rodízio é uma medida que visa


reduzir o consumo em uma rede de abastecimento. A ADASA autoriza a Caesb a
realizar tais medidas nos Sistemas Descoberto e Santa Maria.

Não alheio a esse problema, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito


Federal - CBMDF tem se empenhado na busca por tecnologias e atividades que
diminuam sobremaneira os efeitos danosos, causados pela inusitada crise que
acomete o meio ambiente.

Desta forma, o CBMDF tem sido um aliado às orientações da Agenda


A3P - Agenda Ambiental na Administração Pública, no que diz respeito ao uso
racional dos recursos naturais e bens públicos.
17

1.1 Definição do problema

Diante deste cenário apresentado e na busca por soluções que


promovam a diminuição desse consumo e consecutiva economia dos gastos
referentes às despesas com custeio, surge a seguinte questão:

 A criação de sistemas de captação e reuso de água de chuva no 2º GBM


seria capaz de promover uma economia para a Corporação?

1.2 Justificativa

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal - CBMDF é uma


instituição pública que tem, dentre outras, a responsabilidade para com a proteção
de vidas e patrimônios. Para a realização de suas atividades, necessita de quartéis
para alocar o pessoal de serviço bem como viaturas destinadas ao transporte de
tropas e materiais, sendo que sua manutenção demanda uma grande quantidade
diária de água em suas OBM´s.

Dentre as unidades operacionais, destaca-se o 2º GBM que, por sua


data de criação e dimensões expressivas acaba exercendo impacto nas despesas
de custeio do CBMDF. Outro fator que devemos levar em consideração é a crise
hídrica que os estados e o Distrito Federal têm enfrentado ao longo dos anos,
surgindo assim a necessidade de um consumo consciente da água.

Na busca por uma solução que minimize os efeitos dessa crise, bem
como diminuir os gastos relativos ao consumo de água, esse Oficial Aluno se propõe
estudar as técnicas de reaproveitamento e reuso da água da chuva para consumo
não humano e sua implementação no 2º GBM.

Para a Corporação, o desenvolvimento do sistema de captação da


água da chuva e do reuso dessa água poderá gerar uma economia, além da
diminuição dos efeitos danosos causados na natureza.

Espera-se ainda, com esse estudo, estimular novas pesquisas sobre o


tema, buscando a economicidade almejada pela administração pública.
18

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral


 Avaliar as novas tecnologias de captação de água de chuva e seu reuso para
instalação de um sistema de captação de água de chuva no 2º GBM.

1.3.2 Objetivos Específicos

 Identificar qual tipo de técnica é possível ser implantada no prédio do 2º GBM;


 Pesquisar os valores gastos com o consumo de água para fins de consumo
não humano no 2º GBM;
 Orçar o valor médio de gastos para a implantação do sistema de captação de
água no 2º GBM;
 Averiguar se existe Unidade com sistema de captação de água e comparar
seus resultados com o 2º GBM;
 Verificar se as Unidades Operacionais que possuem o sistema de captação
de água apresentam contas com valores menores em seu consumo.

1.4 Hipóteses

A pesquisa será norteada pelas seguintes questões no que diz respeito


ao gasto com consumo de água do 2º GBM:

 Existe a viabilidade de implantação do sistema de captação de água de chuva


nesta Organização Bombeiro Militar - OBM?

 Não existe a viabilidade de implantação do sistema de captação de água de


chuva nesta Organização Bombeiro Militar - OBM?

1.5 Definição de termos

 Calha: Cano de zinco, ou cobre aberto em cima, o qual recebe águas


pluviais.
 Captação: Ato ou efeito de captar;
19

 Dimensionar (VTD) calcular ou preestabelecer as dimensões ou proporções


de algo.
 Filtragem: Método utilizado para separar sólido de líquido.
 Galvanizado: Submetido ao processo de tratamento de superfície que
consiste em cobrir um metal ferroso com uma camada de zinco,para protegê-
lo da oxidação.
 Pluvial: Referente a chuva. Água oriunda da chuva;
 Policarbonato: é um termoplástico, ou seja, um plástico que amolece ao ser
aquecido e endurece quando resfriado, possibilitando se fazer curvas ou
outros formatos sem emendas.É muito usado na fabricação de telhas.
 Reservatório: (adj.) O que é próprio para reservar; (s.m.) lugar destinado a
reservar coisas; depósito de água, como uma caixa d água; recipiente no qual
se acumulam coisas. Qualquer local destinado a ser depósito de algo é um
reservatório.
 Reuso de água: Usar a água de forma mais eficiente pode proporcionar uma
maior disponibilidade deste recurso para outros fins.
20

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A água

Ao longo da história, os povos mais antigos sempre se acomodavam


em locais próximos a rios e lagos. A água é um bem natural e dela dependem a
maioria das atividades exercidas pelos povos, bem como, quase todas as
necessidades fisiológicas do homem.

O uso desordenado da água vem trazendo um transtorno de


proporções mundiais conforme Campos e Azevedo (2013, p. 2).

É inegável no cenário atual a crescente demanda por água devido às suas


mais diversas aplicações: abastecimento público, abastecimento industrial,
preservação da flora e da fauna, atividades agropastoris, geração de energia
elétrica, navegação, etc. Sabendo-se que este recurso natural é um bem finito
o aproveitamento de águas pluviais para consumo humano surge como um
importante instrumento de gestão e de conservação dos recursos hídricos.
(CAMPOS E AZEVEDO, 2013, p.2).

Neste mesmo contexto, Lemos et. al. (2009, p. 1), destacam a crise
ambiental global com efeitos tais como as “mudanças climáticas, a diminuição dos
recursos naturais, a poluição das águas, dos solos e do ar”. Seguem os autores
afirmando que “a participação da indústria da construção civil agrava este panorama,
uma vez que em todo seu processo consome recursos naturais e energéticos e gera
poluição e resíduos que são lançados na natureza” (ibid.).

A crise hídrica se difundiu através dos tempos e hoje, a preocupação


com a escassez atinge ao planeta como um todo e, mais fortemente, países do
continente africano onde a falta de água para consumo humano é alarmante. Isso
tudo faz com que, cada vez mais, pessoas e governos se preocupem com o
consumo consciente da água mundial conforme Campos e Azevedo (2013):

Existem em alguns países como Alemanha, Austrália, Estados Unidos e


Japão sistemas de aproveitamento de água de chuva que geram economia
superior a 30%. Esse valor pode variar de acordo com a área da edificação,
tipo do telhado (cerâmica, fibrocimento e metálica) e precipitação.
(CAMPOS E AZEVEDO, 2013, p.2).

Para Lemos et. al. (2009, p. 3) o recurso mais importante a ser


preservado é a água, “levando em consideração a total dependência que existe para
a continuidade da vida no planeta”, afirmam que
21

[...] conceitos, técnicas e práticas que resultem no ato de conservar água


são muito importantes e devem ser empregados a toda edificação, com o
intuito de preservar os suprimentos existentes e minimizar os volumes de
efluentes gerados (ibid).

Ainda no contexto de reaproveitamento de água de chuva, Fernandes


et. al. (2007), afirmam que a discussão relacionada a novas formas de captação,
armazenamento e aproveitamento da água ganha mais importância a cada dia
devido ao grande problema da escassez da água de boa qualidade que vem
afetando o planeta.

Diante disso, emerge no cenário mundial o sistema de coleta e


aproveitamento de água da chuva como uma das principais soluções para melhoria
da gestão do uso da água, inclusive trazendo benefícios sociais.

2.2 Técnicas de captação de água

Para Lemos et. al. (2009, p. 1), o cenário atual do planeta revela uma
crise ambiental preocupante resultado dos efeitos globais tais como, as mudanças
climáticas, a diminuição dos recursos naturais e a poluição das águas, dos solos e
do ar.
Sabe-se que a participação da indústria da construção civil agrava este
panorama, uma vez que, em todo seu processo, consome recursos naturais e
energéticos, além de gerar poluição e resíduos que são lançados na natureza.

Marinoski et. al. (2004) citam a busca crescente por novas tecnologias
com o intuito de preservar o meio ambiente e de obter mais economia no que diz
respeito ao consumo da água.

Empresas, organizações e especialistas no assunto estão investindo cada


vez mais em pesquisas para descobrir formas de reaproveitar e economizar
a água doce. Usar a água de forma mais eficiente pode proporcionar uma
maior disponibilidade deste recurso para outros fins, tal como crescimento
populacional, industrial e a preservação do meio ambiente. Desta forma,
tem se tornado urgente a necessidade de desenvolver uma nova cultura de
utilização da água e dos demais recursos naturais existentes. (MARINOSKI,
et. al. 2004, p. 2).

Para Lemos (2009, p. 2)

Atualmente, na maioria das edificações a água potável é utilizada para a


realização de quase todas as atividades sem uma análise prévia da
qualidade da água necessária. O conceito do uso racional para a
conservação da água consiste na associação da gestão, não somente da
22

demanda, mas também da oferta de água, de forma que usos menos


nobres possam ser supridos, sempre que possível, por água de qualidade
inferior. (LEMOS, 2009, p. 2).

Segundo Marinosk et. al. (2004, p. 2,3), "Os sistemas de coleta de


água de chuva apresentam sempre alguns componentes primários tais como:
superfície de captação, reservatórios, mecanismos de filtragem e distribuição". Para
os autores, cada projeto deve ser previamente estudado, pois "dependendo do
objetivo e do projeto do sistema, estes componentes podem apresentar
modificações", variando “em função do uso e finalidade da água, confiabilidade,
custo, materiais disponíveis, clima local e outros parâmetros".

Em seu estudo, Marinoski et. al. (2004, p.3) citam que "em áreas
residenciais, a captação geralmente é realizada através do telhado, sendo a água
transportada por sistemas de calhas”, enquanto que o tamanho “dos tanques de
armazenagem depende do espaço disponível e do volume de água a ser recolhido”.

Para Macomber, (2001) citado por Marinoski et. al. (2004, p.3):

Os materiais mais comuns utilizados em telhados para captação de água de


chuva são: telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas não
tóxicas, superfície de concreto, cerâmicas, policarbonato e fibra de vidro. As
calhas também devem ser fabricadas com materiais inertes como PVC ou
outros tipos de plásticos, evitando assim, que partículas tóxicas
provenientes destes dispositivos venham a ser levadas para os tanques de
armazenagem (MACOMBER, 2001).

Prosseguem Marinoski et. al. (2004, p.3) afirmando que telas são um
bom recurso para conter detritos maiores, mas sem dispensar o uso de filtros para
partículas e microorganismos. Segundo os autores, um fator importante na
construção de um sistema de captação de água de chuva é a elaboração de um
recurso de filtração desta água, pois "o fluxo inicial de água pelo telhado e calha
normalmente apresenta diferentes tipos de impurezas, tais como fezes de pássaros
e poeira" (ibid).

Conforme citam Marinoski et. al. (2004, p. 3), os materiais mais comuns
na confecção dos telhados para a captação de água de chuva são: “telhas
galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas não tóxicas, superfície de concreto,
cerâmicas, policarbonato e fibra de vidro”.
23

Outro fator importante a ser observado, segundo Macomber, (2001)


citado por Marinoski et. al. (2004, p.3) é que “as calhas devem ser fabricadas com
materiais inertes como PVC ou outros tipos de plásticos, para que se evite que
partículas tóxicas e outras sujidades provenientes destes dispositivos contaminem
os tanques de armazenagem”.

Desta forma, o fluxo inicial da chuva é coletado pelo telhado, escoa em


direção às calhas, por onde escorre e se acumula em um reservatório. Em cada fase
desse processo existe um sistema de tela responsável pela filtração da água.

Figura 1 - Modelo de sistema de captação de água de chuva

Fonte: Friburgo filtros

2.3 Sistemas de reaproveitamento

Quanto ao método de reaproveitamento, Friburgos (2017) classifica os


meios de utilização em métodos com Bomba de recalque, rede pressurizada e pela
gravidade.

2.3.1 Recalque mais gravidade

Nesse método, o sistema de reaproveitamento ocorre de uma forma


mista onde se tem uma bomba de recalque para dar pressão na rede, bem como,
uma caixa de água suspensa para que sua utilização ocorra através da gravidade.
24

2.3.2 Rede pressurizada

Sistema mais simples, onde a água da chuva é armazenada em um


reservatório subterrâneo que contém, em seu interior, uma bomba responsável pela
pressurização da rede. Estando cheio o reservatório, a água é projetada, pela
bomba, para as saídas que lhe são destinadas.

2.3.3 Rede que utiliza a gravidade

Nesse último caso, a água colhida é armazenada em uma caixa


localizada na parte alta da edificação, entretanto, abaixo das calhas de captação.
Sendo assim, toda a água da chuva permanece armazenada e pronta para uso.

Figura 2 - Sistemas de reaproveitamento de água de chuva

Fonte: friburgofiltros

2.3.4 Cálculo para dimensionamento dos reservatórios para água de


chuva

Segundo a NBR 15527:2007 – os métodos de cálculo para o


dimensionamento dos reservatórios para as águas de chuva são:
 Método de Rippl;
 Método da simulação;
 Método Azevedo Neto;
 Método prático alemão;
 Método prático.
25

Neste estudo, adotaremos o Método Azevedo Neto definido como


volume ideal do reservatório, 4,2% do produto entre o volume de chuva coletada
pelo telhado e o número de meses com pouca chuva ou seca. Desta forma, o
método indica o volume de água aproveitável como sendo o volume de água do
reservatório, conforme equação: V= 0042 x P x A x T

Onde:
P = precipitação média anual, em milímetros (mm);
T = número de meses de pouca chuva ou seca;
A = área de coleta em metros quadrados (m²).
V = volume de água aproveitável e o volume de água do reservatório, em litros (L);

2.4 O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

De acordo com o Decreto 7.163 de 29 de abril de 2010, a organização


básica do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal compreende o Comando-
Geral e os órgãos de direção-geral e setorial, dispondo também sobre a organização
básica dos órgãos de direção do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal,
mencionando, ainda, que tais órgãos são compreendidos por Órgão de Direção
Geral e Órgãos de Direção Setorial.

Seguindo essa cadeia, em sua seção VII, Artigo 22, distribui os


membros que compõem o alto comando da seguinte forma:
Art. 22. O Alto Comando da Corporação é constituído dos seguintes
membros:
I - Comandante-Geral, na qualidade de Presidente;
II - Subcomandante-Geral, na qualidade de Vice-Presidente;
III - Chefe do Estado-Maior-Geral;
IV - Controlador;
V - Chefe de Gabinete do Comandante-Geral;
VI - chefes de departamento;
VII - diretores;
VIII - Comandante Operacional;
IX - Ajudante-Geral; e
X - ex-comandantes-gerais e ex-subcomandantes gerais da Corporação,
enquanto não passarem para a inatividade.Grifo nosso (BRASIL, 2010).

O Comando Operacional do CBMDF é o órgão de execução de mais


alto escalão, dotado de Estado-Maior próprio e diretamente subordinado ao
Comandante-Geral, incumbido de realizar as atividades-fim e cumprir as missões e
as destinações da Corporação mediante a execução de diretrizes e ordens
26

emanadas dos órgãos de direção. Compete também ao Comando Operacional do


CBMDF:
I – realizar o planejamento estratégico setorial, a coordenação e o emprego
das Unidades que lhe forem subordinadas;
II – manter a tropa permanentemente treinada para pronto emprego;
III – executar atividades de prevenção e combate a incêndio, busca,
salvamento e resgate, atendimento pré-hospitalar, proteção civil, proteção
ambiental, operações aéreas, guarda e segurança em suas Unidades
operacionais, além de outras atividades que lhe forem delegadas. (BRASIL,
2010).

2.5 O 2º Grupamento de Bombeiros Militar - 2º GBM

Em 1966, por meio do Decreto-Lei nº 9, de 25 de junho de 1966, o


Corpo de Bombeiros do Distrito Federal - CBDF passou a ser subordinado ao
Prefeito do Distrito Federal, tendo fixado seu efetivo em 1.238 homens. Em 16 de
janeiro do ano seguinte, chega a Brasília o último contingente oriundo da cidade do
Rio de Janeiro, findando assim, por definitivo, a transferência para a nova capital.

O primeiro Quartel de Bombeiros em Brasília, inaugurado em 28 de


março de 1987, construído em alvenaria e denominado "Quartel da Asa Sul", teve
como seu primeiro Comandante o então Major Gilberto Baptista de Almeida.
Posteriormente, foi chamado de "Quartel Central Provisório", entre 31 de janeiro de
1968 até 27 de março de 1969, data em que passou a ser o "Quartel Sede do 1º
Grupamento de Incêndio, mais tarde, renomeado como "Quartel do 1º
Subgrupamento de Incêndio do 1º Grupamento de Incêndio".

Em 25 de junho de 1968, inauguraram-se as instalações do Quartel do


2º Grupamento de Incêndio, localizado no Eixo Monumental Leste, Vila Planalto,
tendo sido destinado a guarnecer a área de maior importância - o complexo político-
administrativo da União - em virtude de sua localização.

Em razão do crescimento de Brasília, e das necessidades de expansão


de suas instalações, no dia 20 de agosto de 1968, ocorreu a inauguração do 3º
Grupamento de Incêndio, que se localiza na cidade de Taguatinga. Nesse
Grupamento, funcionavam o Hospital da Corporação (depois transferido para a
Policlínica) e a Sala da Banda de Música. Passados alguns anos, recebeu a
denominação de 2º Batalhão de Incêndio e, por fim, 2º Grupamento de Bombeiros
Militar - 2º GBM.
27

2.6 Agenda A3P

A Administração Pública detêm sobre si uma grande responsabilidade


no que diz respeito à gestão de bens públicos e, com isso, atua como uma fiel
cumpridora e responsável por políticas públicas de preservação e conservação
socioambiental.

Em conseqüência dessas atividades, o Ministério do Meio Ambiente


criou o Programa da Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P, tendo como
objetivo:
A A3P tem como objetivo estimular os gestores públicos a incorporar
princípios e critérios de gestão socioambiental em suas atividades
rotineiras, levando à economia de recursos naturais e à redução de gastos
institucionais por meio do uso racional dos bens públicos, da gestão
adequada dos resíduos, da licitação sustentável e da promoção da
sensibilização, capacitação e qualidade de vida no ambiente de trabalho.
(BRASIL, 2009, p. 7).

Ainda no mesmo texto, a referida agenda cita que:


A sustentabilidade no âmbito governamental tem sido cada vez mais um
diferencial da nova gestão pública, onde os administradores passam a ser
os principais agentes de mudança. Simples e pequenas ações realizadas
diariamente, como por exemplo, o uso eficiente da água e da energia, a
coleta seletiva, o consumo responsável de produtos e serviços, entre outros,
contribuem para este processo. (BRASIL, 2009, p. 7).

Para o Comandante do 2º GBM em exercício em 2017, a Agenda A3P


é “um programa do governo federal para tratar das questões ambientais junto aos
entes públicos da administração, tratando de assuntos referentes à gestão hídrica,
de energia e produção/recolhimento de rejeitos”.

Nesse contexto, não podendo se eximir da responsabilidade atribuída


com a implantação da Agenda A3P, o CBMDF também deve observar a prática dos
5 eixos temáticos - 5R´s da mesma agenda, a saber - Repensar, Reduzir,
Reaproveitar, Reciclar e Recusar consumir produtos que gerem impactos
socioambientais significativo.
28

Figura 3 - 5R´s

Fonte: Cartilha A3P


29

3 METODOLOGIA

3.1 A Pesquisa

Foi realizada uma pesquisa documental junto ao DIMAT/CBMDF, no


intuito de levantar informações sobre gastos com pagamentos efetuados junto à
CAESB, relativos ao consumo de água nas unidades do CBMDF.

Da mesma forma, serão produzidas avaliações orçamentárias com o


objetivo de estabelecer valores necessários para a implantação de um sistema de
captação de água, no quartel do 2º GBM

3.2 Tipos de Pesquisa

O estudo será baseado na utilização do método dedutivo que


pressupõe a razão capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio
dedutivo objetiva explicar o conteúdo das premissas e, por intermédio de uma
cadeia de raciocínio, em ordem decrescente de análise do geral para o particular,
chegar a uma conclusão.

Para a classificação deste trabalho, tomou-se como base a


tipificação de Vergara (2009), quanto aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, o trabalho se classifica em exploratório e descritivo:

 Exploratório, porque, embora na Organização exista tradição de


pesquisas diversas na área administrativa, não se verificou a existência
de estudos que abordem a análise e detecção de problemas, sob
o ponto de vista pelo o qual este trabalho teve a intenção de fazê-lo.

 Descritivo, porque visa levantar os componentes do processo


estudado, acerca da eficiência do 2º GBM do CBMDF.

Quanto aos meios, o trabalho é bibliográfico e documental:

 Bibliográfico porque, para a fundamentação teórico-metodológica, foi


realizada investigação em: artigos, periódicos e monografias, bem
30

como outras em literaturas que versam sobre instalações de sistemas


de captação de água da chuva.

 Documental, porque se baseará também em documentos internos à


Organização, com ênfase para fontes de informações ainda não
organizadas e analisadas, que dizem respeito ao objeto de estudo,
além de uma entrevista com o CMT do 2º GBM.

Gil (2002, p. 50), assegura que "a pesquisa bibliográfica é


desenvolvida por meio de material já elaborado", assim a principal vantagem é
permitir ao investigador a obtenção de informações de conteúdos de forma ampla.
No entanto, orienta que se deve tomar o devido cuidado em checar a fonte dos
dados para não reproduzir erros.

Ensina Gil (2002, p. 51), que a diferença da pesquisa bibliográfica


para a documental está na natureza dos dados, pois a pesquisa bibliográfica utiliza
fontes de diversos autores, enquanto a documental verifica materiais que ainda não
receberam tratamento analítico ou que podem ser reelaborados.

Quanto ao tratamento dos dados, a pesquisa será quantitativa e


qualitativa, uma vez que serão colhidos dados estatísticos e informações sobre o
assunto, para identificar uma nova perspectiva sobre o tema.

3.3 Universo da amostra

Este estudo, embora se limite ao 2º GBM para a construção da


proposta, levantou informações junto às demais OBMs com o intuito de comparar
dados, pois, conforme Lakatos e Marconi (2001, p. 223), "o universo ou
população corresponde ao conjunto de seres animados ou inanimados, que
apresentam pelo menos uma característica em comum".

No contexto desse trabalho, a característica em comum pode ser


apresentada no consumo de água em função da natureza das atividades realizadas.
31

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A base desse trabalho está, portanto, ancorada em dois pilares, quais


sejam: os custos atuais referentes ao consumo de água no 2º GBM e os valores
necessários para a implantação do sistema de captação de água de chuva.

4.1 Gastos com consumo de água das OBM´s pesquisadas

Para verificar os custos relativos ao consumo, realizou-se uma revisão


dos gastos ao longo dos últimos quatro anos, além de uma breve comparação com
os gastos de água das unidades que já possuem esse sistema. Foram comparados
os gastos com o consumo de água do quartel do 2º GBM, que não possui sistema
de captação e os quartéis do 7º GBM, 9º GBM, 10º GBM, 13º GBM e 18º GBM, que
já possuem sistema de captação de água, utilizando as tarifas dos serviços de
abastecimento de água do Distrito Federal válidas para o período de 1º de março de
2015 a 29 de fevereiro de 2016, conforme a Resolução ADASA nº 1, de 29/01/2015.

Tabela 1 - Valor m³ de água.

Fonte:CAESB.

A partir dos dados levantados foi possível elaborar uma tabela


demonstrativa do consumo, em reais, de água dos anos de 2014, 2015, 2016 e
2017, observando que para o ano de 2017 foram computados somente os meses de
janeiro, fevereiro e março, em função do prazo desta pesquisa, incluindo as
unidades que já possuem sistema de captação de água de chuva para efeitos
comparativos.
32

Tabela 2 - Consumo de água das OBM´s pesquisadas nos anos de 2014 a 2017,
em Reais (R$)

2014/R$ (total) 2015/R$ (total) 2016/R$ (total) 2017/R$ (parcial)1


2º GBM 103.874,90 118.097,00 135.754,64 28.304,76
7º GBM 23.185,14 15.581,00 12.325,82 2.089,56
9º GBM 69.990,36 56.607,00 56.198,72 2.859,60
10º GBM 20.669,03 32.682,03 32.695,46 5.917,56
13º GBM 46.963,98 49.886,04 54.072,74 10.880,76
18º GBM 21.859,54 20.485,98 33.115,24 5.574,36
Fonte: CAESB

Analisando as informações elencadas, percebe-se que o 2º GBM é


responsável pelo consumo equivalente a pelo menos a 4 OBM´s, sendo que, nos
três primeiros meses do ano de 2017, seu gasto foi praticamente a soma das 5
outras OBM´s que, relembrando, já possuem o sistema de captação de água.

Esses resultados, transformados em gráficos permitem melhor


visualizar os diferentes valores e suas disparidades.

Figura 4 - Gráfico de Consumo de água das OBM´s estudadas no ano de 2014

R$ 28.304,76
R$ 30.000,00

R$ 25.000,00

R$ 20.000,00

R$ 15.000,00 Série1
R$ 10.880,76
R$ 10.000,00
R$ 5.917,56 R$ 5.574,36
R$ 5.000,00 R$ 2.089,56R$ 2.859,60

R$ -
2º GBM 7º GBM 9º GBM 10º GBM 13º GBM 18º GBM

Fonte: Dados/CAESB

1
Correspondente aos meses de Janeiro, Fevereiro e Março/2017 – período abrangido pela pesquisa.
33

Figura 5 - Gráfico de Consumo de água das OBM´s estudadas no ano de 2015

R$ 118.097,00
R$ 120.000,00

R$ 100.000,00

R$ 80.000,00
R$ 56.607,00
R$ 60.000,00 R$ 49.886,04
Série1
R$ 40.000,00 R$ 32.682,03
R$ 20.485,98
R$ 15.581,00
R$ 20.000,00

R$ -
2º GBM 7ºGBM 9º GBM 10º GBM 13º GBM 18º GBM

Fonte: Dados/CAESB

Figura 6 - Gráfico de Consumo de água das OBM´s propostas no ano de 2016

R$ 135.754,64
R$ 140.000,00

R$ 120.000,00

R$ 100.000,00

R$ 80.000,00
R$ 56.198,72 R$ 54.072,74 Série1
R$ 60.000,00

R$ 40.000,00 R$ 32.695,46 R$ 33.115,24

R$ 20.000,00 R$ 12.325,82

R$ -
2º GBM 7ºGBM 9º GBM 10º GBM 13º GBM 18º GBM

Fonte: Dados/CAESB
34

Figura 7 - Gráfico de Consumo de água das OBM´s propostas no ano de 2017

R$ 30.000,00 R$ 28.304,76

R$ 25.000,00

R$ 20.000,00

R$ 15.000,00 Série1
R$ 10.880,76
R$ 10.000,00
R$ 5.917,56 R$ 5.574,36
R$ 5.000,00 R$ 2.089,56R$ 2.859,60

R$ -
2º GBM 7ºGBM 9º GBM 10º GBM 13º GBM 18º GBM

Fonte: Dados/CAESB

4.2 Calculando a área de reservatório de água de chuva no 2º GBM

Para calcular a área necessária à construção do reservatório de água


pluvial no 2º GBM, buscou-se, inicialmente a Climatografia de Brasília, no ano de
2016, para determinar o índice pluviométrico médio e os meses de pouca chuva.

Tabela 3 - Climatografia de Brasília do ano de 2016

Máxima
Mês Minima (°C) Precipitação (mm)
(°C)
Janeiro 17° 27° 247
Fevereiro 17° 27° 218
Março 18° 27° 181
Abril 17° 27° 124
Maio 15° 26° 39
Junho 13° 25° 9
Julho 13° 25° 11
Agosto 15° 27° 14
Setembro 16° 28° 55
Outubro 17° 28° 167
Novembro 18° 27° 231
Dezembro 18° 26° 246
Fonte: Climatempo
35

Transformando a tabela em gráfico, obtivemos a demonstração visual


dos meses com menor precipitação pluviométrica:

Figura 8: Gráfico da Precipitação em milímetros nos 12 meses do ano

Fonte: Climatempo
Precipitação (mm)
300
250
200
150
100
50
0

Fonte: Climatempo

Os meses de menor chuva a serem considerados são, portanto, junho,


julho e agosto.

O passo seguinte foi buscar a área do telhado do 2º GBM onde


estamos propondo construir o reservatório e, chegamos a 1223,41 m².

Com esses dados em mãos, passamos a calcular o volume de água


aproveitável e o volume de água do reservatório, em litros, de acordo com o Método
Azevedo Neto. Lembrando que V= 0042 x P x A x T, teremos:

P = precipitação média anual, em milímetros (mm): 1542 mm


T = número de meses de pouca chuva ou seca: 03 (jun., jul., ago.)
A = área de coleta em metros quadrados (m²): 1223,41 m².

Dessa forma, V = 0,042 x 1542 x 1223,41 x 03


V= 237. 698 l ou aproximadamente 238m³

Tomando como base a climatografia de Brasília, usamos o índice


pluviométrico anual dividido por 12, para estimar a quantidade mensal de água de
chuva em cada reservatório subterrâneo. Assim, dividindo o Índice anual 1542 mm
por 12 (meses), chegamos a 128,5 mm, que é o valor médio mensal de chuva.
36

Sabendo que a área do telhado, para o reservatório do 2º GBM, é de


1223,41 m² e que 1mm de chuva equivale a 1m² da área do telhado, basta
multiplicar 128,5 mm x 1223,41m² para se chegar ao número de litros de água
possíveis de armazenar em um mês - 157.208 mil litros de água ou 157,2m³. Por
dia, seriam 5.240L ou 5,24m³.

Retomando o consumo de água do 2º GBM, nos anos pesquisados, é


possível calcular o consumo dia, em metros cúbicos (m³), conforme tabela:

Tabela 4 - Consumo de água do 2º GBM nos anos de 2014 a 2017 em m³.

2014 2015 2016 2017


m³ ano 5680 5639 5817 1084
m³ dia 15,7 15,6 16,1 11,7
Fonte: Dados/CAESB

De acordo com os valores apresentados, o consumo de água não


potável, no 2º GBM, teria uma redução de quase 50% dia (11,7 – 5,2 = 6,5 m³/dia), o
que, considerando o valor de R$ 10, 93 cobrados pela CAESB por metro cúbico,
geraria uma economia de R$ 56,83 (cinquenta e seis reais e oitenta e três centavos)
por dia, chegando a R$ 20.458,80 (vinte mil quatrocentos e cinqüenta e oito reais e
oitenta centavos) por ano.

Estes dados por si só, já justificariam a implantação do sistema,


todavia, ainda é preciso acrescentar o custo da implantação para, então, confirmar
ou não, a viabilidade do projeto.

4.3 Custos para implantação do sistema de captação de água de chuva no


2º GBM

O 2º GBM, situado na cidade satélite de Taguatinga, possui uma


estrutura composta por dois prédios unidos lateralmente em suas extremidades,
possuindo térreo, primeiro e segundo pavimento cada um, conforme pode ser
observado nas fotos:
37

Figura 9 - Vista do 2º GBM

Fonte: Sgt Afrânio - 2º GBM

Figura 10 - Vista panorâmica do 2º GBM

Fonte: https://www.google.com.br/maps/@-15.8328808,-48.0600651,95m/data=!3m1!1e3
38

Figura 11 - Telhado do 2º GBM

Fonte: Sgt Afrânio - 2º GBM

Figura 12 - Calha do telhado do 2º GBM

Fonte: Sgt Afrânio - 2º GBM

A área proposta para captação de água de chuva seria disposta sobre


os dois prédios e encontra-se destacada em verde conforme figura 13 compondo
uma área de captação de 829,23 m² na lateral mais larga e 392,48 m² na lateral
mais estreita respectivamente.
39

Figura 13 - Planta baixa do 2º GBM

Fonte: Arquivo Sgt Afrânio - 2º GBM


40

Na figura 13 é identificada a área dos telhados que servirá de captação


de água de chuva, como citado acima, demarcadas em verde, uma das áreas
corresponde à área mais larga e possui 829,93 m² de área impermeável, já a outra
área, de menor tamanho, possui um telhado de 392,48 m² de área impermeável.
Somando as partes citadas a área de captação resulta em 1223,41 m², conforme
demonstrado na Planta Hidráulica do Projeto de Reaproveitamento da Água da
Chuva, abaixo.

Figura 14: Planta Hidráulica do 2º GBM

Fonte: Elaborado por Sandoval Pereira de Jesus Eng Civil CREA n° 21391/D-DF

Apesar de o consumo de água potável na unidade dos bombeiros ser


elevado devido a quantidade de militares de serviço e atividades exercidas,
cotidianamente como cozinhar, tomar banho, descarga em vaso sanitário, lavagem
de viaturas, abastecimento de viaturas, limpeza interna, etc., este estudo visa tão
41

somente a diminuição do consumo de água em atividades que não necessitem de


água potável como em descargas de vaso sanitário, lavagem de viaturas,
treinamento, lavagem interna e abastecimento de viaturas de combate a incêndios
urbano e florestal.

Vale ressaltar que a água que abastece as viaturas de combate a


incêndio vem dos hidrantes, ou seja, ela não é cobrada para o corpo de bombeiros,
pois não passa pelo hidrômetro. No entanto, a economia que se propõe não está
restrita apenas à redução do custo financeiro para o 2º GBM e sim pensando na
cidade/meio ambiente como um todo, razão pela qual avaliar a viabilidade do
projeto, em relação aos custos e retorno do investimento, adquire maior relevância.

A partir do aprofundamento do debate mundial acerca da sustentabilidade, a


avaliação de projetos sociais e ambientais ganha notoriedade e destaque.
Nesse contexto, ganha também relevância a avaliação econômica,
instrumento importante para subsidiar a gestão e aprimoramento dos
projetos, otimizar a alocação dos recursos e propiciar a prestação de contas
a financiadores, participantes e sociedade em geral. (MORAIS et al, 2011,
p. 6)

Qualquer projeto que envolva custos possui de início, um período de


despesas (investimento) a que se segue um período de retorno (ou diminuição do
valor das contas de água, no nosso caso) que recupera o capital investido.

Ainda no intuito de avaliar a viabilidade da implantação do sistema de


captação de água no 2º GBM, buscamos informações especializadas junto a uma
empresa envolvida em criação de sistemas de captação obtendo as informações
conforme descritas abaixo:
 Planejamento (projeto) = R$ 2500,00

 Equipamentos= R$ 37.000,00

 Instalação= R$ 8.000,00

O que somaria um investimento inicial de R$ 47.500,00 aos quais seriam


acrescidos os valores anuais de manutenção, de aproximadamente R$ 1.425,00.

Nesse ponto, surgem algumas questões, tais como: O investimento vai


se pagar? Em quanto tempo? Para responder, utilizamos o Método Payback que é
um cálculo simples do tempo que levará para um investimento se pagar2.

2
https://www.treasy.com.br/blog/payback-tempo-de-retorno-do-investimentos
42

A opção por esse método se deveu ao fato de que ele pode ser
utilizado tanto por empreendedores ao iniciarem um negócio, quanto por gestores
que querem implementar uma idéia e precisam saber o tempo de retorno do
investimento, que é exatamente o caso desse estudo.

Sendo assim, a tabela abaixo traz as informações, com os valores


informados pela empresa e os demais dados coletados durante a pesquisa, de modo
a avaliar a viabilidade da construção do reservatório:

Tabela 5 – Investimento e Tempo de Retorno.

Área de Consumo Economia anual Retorno


Investimento Oper/Manut.
Telhado anual de Água na conta de (Payback)
(R$) Anual (R$)
(m2) da Chuva (m3) água (R$) (anos)
1224 1886* 20.458,80** 47.500,00 1.425,00 +/- 3 anos
3
Fonte: Simulação feita pelo autor
* 5,24m³ x 360 dias ** R$ 56,83 x 360 dias.

4.4 Entrevista com o Cmt do 2º GBM

Em uma última fase deste trabalho monográfico, este oficial aluno


buscou junto ao Cmt do 2º GBM, Maj. QOBM/Comb. Ivan, informações que
avaliassem seu conhecimento sobre a Agenda A3P, bem como sua opinião sobre a
implantação do sistema de captação de água de chuva, tendo como respostas o
exposto abaixo:

Questão 1 - No intuito de realizar um levantamento de dados para fins


acadêmicos sobre gastos com o consumo de água e possível implantação de
um sistema de captação de água de chuva no 2º GBM, gostaria que o senhor
respondesse se já ouviu falar sobre a agenda A3P? Caso tenha ouvido falar,
poderia descrever de forma sucinta do que se trata?

Resposta: Sim. Se trata de um programa do governo federal para tratar das


questões ambientais junto aos entes públicos da administração, tratando de
assuntos referentes à gestão hídrica, de energia e produção/recolhimento de
rejeitos.

3
Simulação a partir dos dados colhidos no site: http://www.acquacon.com.br/aguadechuva/marcos.pdf
43

Questão 2 - O senhor tem ciência do valor anual pago por despesas de água,
pelo CBMDF, oriundo do consumo do 2º GBM?

Resposta: Não, porém acredito que seja um valor bem exorbitante e que com a
adoção de algumas medidas tanto de conscientização do público interno (usuários
do complexo do 2º GBM) como medidas de ordem estruturais e que envolvem
decisões do alto escalão da corporação esse valor poderia ser substancialmente
reduzido.

Questão 3 - O senhor conhece os sistemas de captação de água de chuva


existentes?

Resposta: Sim, tive a oportunidade de ler sobre o assunto como também de ver a
sua aplicabilidade em algumas residências no DF e em outros estados.

Questão 4 - O senhor acha que seria viável uma diminuição em torno de 30% a
40% dos valores gastos com consumo de água do 2º GBM?

Resposta: Sim, certamente. Como mencionado anteriormente esta redução estaria


ligada a maior conscientização da tropa e demais usuários da edificação do 2º GBM,
reforma da rede hidráulica que data da década de 60, da reforma do telhado, bem
como da implementação de novas tecnologias, como a captação de água da chuva
e/ou implementação de sistema de reuso de água.

As ações e medidas implementadas pelo comando do 2º GBM, quartel operacional,


surtem pouco efeito ao considerarmos que a edificação 2º GBM se trata na verdade
de um complexo, que abriga várias seções e unidades operacionais/administrativas
do CBMDF, cada qual com sua chefia e comandante próprios, restando ao
comandante do 2º GBM emitir suas ordens e implementar suas ações aos seus
comandados e solicitando às outras chefias, que em quase sua maioria são
hierarquicamente superiores ao comando da unidade, não sendo possível impor
suas decisões e medidas à todo o público usuário deste complexo.
44

5 CONCLUSÃO

Essa pesquisa foi realizada buscando analisar a viabilidade, ou não, da


implantação de sistemas de captação de água no quartel do 2º GBM, com o intuito
de diminuir os gastos financeiros oriundos do consumo de água naquela Unidade,
bem como contribuir para o processo de preservação desse recurso natural,
essencial a todas as formas de vida.

Há uma expectativa em torno desse trabalho, dada a relevância do


tema, inclusive contribuindo para a conscientização dos demais bombeiros.

[...] esta redução estaria ligada a maior conscientização da tropa e demais


usuários da edificação do 2º GBM, reforma da rede hidráulica que data da
década de 60, da reforma do telhado, bem como da implementação de
novas tecnologias, como a captação de água da chuva e/ou implementação
4
de sistema de reuso de água. (Comandante do 2º GBM)

Como resposta aos objetivos propostos, restou bem definido que os


valores gastos com o consumo de água no 2º GBM, em comparação com unidades
operacionais que possuem sistema de captação de água de chuva encontram-se
consideravelmente discrepantes, apresentando o 2º GBM, portanto, gastos muito
mais elevados que as demais unidades. Tal discrepância tornou-se bem
demonstrada nas figuras 4, 5, 6 e 7 deste trabalho.

Apesar da implantação da Agenda A3P no âmbito do CBMDF, ainda


faz-se necessário uma maior divulgação de seu conteúdo nas unidades com a
finalidade de esclarecer suas peculiaridades.

Assim, ao longo do trabalho buscamos produzir informações que


fornecessem respostas aos objetivos e às hipóteses propostas, de modo que
comprovamos a hipótese nº 1, ou seja, é viável a implantação do sistema de
captação de água de chuva no quartel do 2º GBM. De acordo com o exposto,
estamos convictos de que os recursos a serem dispendidos são até razoáveis,
especialmente se comparados aos valores das contas de água. O tempo de retorno

4
Entrevista concedida pelo Comandante do 2º GBM - Maj. QOBM/Comb. Ivan. Entrevistador: Cap.
QOBM/Cond. HUMBERTO HONORIO SILVA (2017)
45

é relativamente curto, o que o torna bastante atrativo. Também os custos de


manutenção são bem menores que o valor a ser economizado a cada ano, ou seja,
serão absorvidos por essa redução na conta de água.
46

6 RECOMENDAÇÕES

Diante de todas as informações adquiridas ao longo da elaboração


deste trabalho monográfico as recomendações a serem feitas são as que se
seguem:

 Estudo preliminar no âmbito do CBMDF, com vistas a promover


a implantação do sistema de captação de água de chuva no 2º
GBM;
 Realizar orçamentos diversos dentre empresas que se prestam
à criação e implantação do sistema para verificar os valores
praticados e assim dar início à efetivação da proposta;
 Criação de grupo técnico para realização de uma análise técnica
nas demais OBM,s do CBMDF que não possuem o sistema de
captação de água de chuva com vistas à viabilidade e vantagens
da implantação do referido sistema;
 Prever reunião com a Secretaria de Meio Ambiente para
apresentar o projeto.
47

REFERÊNCIAS

BRASIL. DECRETO Nº 7.163, DE 29 DE ABRIL DE 2010. Regulamenta o inciso I do


art. 10-B da Lei no 8.255, de 20 de novembro de 1991, que dispõe sobre a
organização básica do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Disponível:
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2010/decreto-7163-29-abril-2010-606110-
norma-pe.html. Acesso: 12 de maio de 2017.

_______. Agenda A 3 P - Agenda Ambiental na Administração Pública.


Ministério do Meio Ambiente. Brasil. Governo Federal. 2009. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p>. Acesso em 23 de
junho de 2017.

CAESB. Companhia de Água e Esgoto de Brasília. Tarifas e Preços. Disponível


em:< www.caesb.df.gov.br/tarifas-e-precos.html >.Acesso em 23 de junho de 2017.

CAMPOS, Mônica Maria; AZEVEDO, Flávio Rocha. Aproveitamento de águas


pluviais para consumo humano direto. Jornal Eletrônico. Faculdades Integradas
Viana Júnior. Ano 5. Edição I. Maio de 2013. Juiz de Fora. Minas Gerais. MG.
Disponível:https://pt.scribd.com/document/259731106/01-Aproveitamento-de-
u00C1guas-Pluviais-para-o-Consumo-Humano-Direto-1-pdf Acesso: 18 de maio de
2017.

CBMDF. Estrutura do Comando Operacional. Disponível em:<


https://www.cbm.df.gov.br/institucional/comando-operacional>. Acesso em 10
demaio de 2017.

FERNANDES, Diogo Robson Monte et.al. Viabilidade econômica do uso da água


da chuva: um estudo de caso da implantação de cisterna na UFRN / RN. XXVII
Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu, PR. 2007.
Disponível:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR650479_0552.pdf
Acesso: 15 de maio de 2017.

FILTROS, Friburgo. Coleta de água de chuva. Reaproveitamento de água de


chuva. Disponível em:< http://www.friburgofiltros.com.br/coleta_agua_chuva.html>.
Acesso em 20 de maio de 2017.

LEMOS, Paulo Rogério et. al. Reaproveitamento de água para fins não potáveis
em habitações de interesse social. X Salão de Iniciação Científica da PUCRS.
2009. Disponível:http://www.edipucrs.com.br/XSalaoIC/Ciencias_Sociais_Aplicadas/
Arquitetura_e_Urbanismo/70444-PAULO_ROGERIO_LEMOS.pdf Acesso: 18 de
maio de 2017.

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dimensionamento de reservatório para fins não potáveis: estudo de caso em
um conjunto residencial localizado em Florianópolis-SC. I Conferência Latino-
Americana De Construção Sustentável. X Encontro Nacional De Tecnologia Do
Ambiente Construído. São Paulo. 2004.
48

MORAIS, Nathália Macedo de; TELÉSFORO, Ana Cristina de O; ALVES, Marcos


Aurélio; FONTENELE, Madalena Medeiros e FONTENELE, Raimundo Eduardo
Silveira. Estudos de Viabilidade de Projetos de MDL numa Empresa Pública de
Saneamento Ambiental, VIII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia -
SEGet, Rezende-RJ, 2011.

PEREIRA. Cleber Rogério. Manual Para Normatização de Trabalhos Acadêmicos


do CBMDF. CBMDF. Brasília. 2013.
49

APÊNDICES
50

APÊNDICE A
Entrevista realizada com o Comandante do 2º GBM.
51

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA, CIÊNCIA E


TECNOLOGIA

DIRETORIA DE ENSINO

CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICA, ESTRATÉGIA E DOUTRINA

Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais Adm/Esp. 2017

Entrevista com o Comandante do 2º GBM:

1. No intuito de realizar um levantamento de dados para fins acadêmicos sobre


gastos com o consumo de água e possível implantação de um sistema de captação
de água de chuva no 2º GBM, gostaria que o senhor respondesse se já ouviu falar
sobre a agenda A3P? Caso tenha ouvido falar, poderia descrever de forma sucinta
do que se trata?

2 - O senhor tem ciência do valor anual pago por despesas de água, pelo CBMDF,
oriundo do consumo do 2º GBM?

3 - O senhor conhece os sistemas de captação de água de chuva existentes?

4 - O senhor acha que seria viável uma diminuição em torno de 30% a 40% dos
valores gastos com consumo de água do 2º GBM?
52

ANEXOS
53

ANEXO A
Orçamento para implantação do Sistema de captação da água de chuva no
2º GBM
54

Área de Consumo Economia Investimentos Oper/Manut. Retorno


Telhado Anual de na conta de
Água da água (R$) Anual(R$) (Payback)
(m2) Chuva (m3)
(R$) (anos)

1224 1886 20.458,80 47.500,00 1.425,00 +/- 3 anos

Planejamento (projeto) = 2500,00

Equipamentos= 37000.00

Instalação= 8000.00

Sandoval Pereira de Jesus – Eng Civil CREA n° 21391/D-DF

Os cálculos são baseados no estudo contido no endereço abaixo.

http://www.acquacon.com.br/aguadechuva/marcos.pdf
55

ANEXO B
Projeto para implantação do Sistema de captação da água de chuva no
2º GBM
56
57

ANEXO C
Planta Baixa do
2º GBM

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