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INSTITUTO POLITÉCNICO MAKHETELE

ENSINO MÉDIO TÉCNICO PROFISSIONAL


CV5 EM EXTENSÃO E FOMENTO AGRÁRIO

PLANO ANUAL DE OPERAÇÕES PARA O MELHORAMENTO DA QUALIDADE


DE MUDAS ATRAVÉS DE USO DE BANDEJAS DE ISOPOR NA LOCALIDADE DE
SOMBREIRO, DISTRITO DE CAIA

Formando
Keldmirson Luis Manuel

Caia, Novembro de 2023


INSTITUTO POLITÉCNICO MAKHETELE
ENSINO MÉDIO TÉCNICO PROFISSIONAL
CV5 EM EXTENSÃO E FOMENTO AGRÁRIO

PLANO ANUAL DE OPERAÇÕES PARA O MELHORAMENTO DA QUALIDADE


DE MUDAS ATRAVÉS DE USO DE BANDEJAS DE ISOPOR NA LOCALIDADE DE
SOMBREIRO, DISTRITO DE CAIA

Formando
Keldmirson Luís Manuel

Plano anual de operações de rede de extensão


a ser submetido ao Instituto Politécnico
Makhetele como requisito para obtenção do
grau técnico em Extensão e Fomento Agrário.

Supervisor: Engº. Orácio Pedro Chaúque

Caia, Novembro de 2023


DECLARAÇÃO

Eu, Keldmirson Luís Manuel, declaro que este trabalho é resultado da minha investigação
pessoal e da orientação do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Caia, ______ de Novembro de 2023

______________________________________
(Keldmirson Luís Manuel)

iii
AGRADECIMENTOS

À Deus, por sempre indicar os melhores caminhos na minha vida.

Aos meus pais agradeço pela vida, pelo amor, pela educação, pelas oportunidades, pela
estabilidade do lar, pelos sacrifícios que nunca mediram por mim e por sempre me
apoiarem em tudo incondicionalmente. Muitíssimo obrigado, eu os amo muito.

À um amigo que me disse: “eu confio em você, não desista”, agradeço o apoio e carinho.

Aos meus amigos, colegas, companheiros de longa data Rocha, Doca, Cireneu, que com
eles saímos de longe e até agora estamos juntos nessa caminhada.

Ao Instituto Politécnico Makhetele (IPM) pela oportunidade que me deu a me formar.

Ao senhor director do IPM, Orácio Pedro Chaúque, pela bondade de me acolher e ter me
dado a força para não desistir no momento de crise.

À todos aqueles que, de forma directa ou indirecta, ajudaram-me na realização deste


trabalho

Muito obrigado!

iv
LISTA DE TABELAS

Tabela-1: Plano de acção para objectivo específico 1…………………….………………18


Tabela-2: Plano de acção para objectivo específico 2……………………….……………19
Tabela-3: Plano de acção para objectivo específico 3……………………….……………20
Tabela-4: Custos totais para cada objectivo específico…………………………..……….20
Tabela-5: Cronograma das actividades para objectivo específico 1………………..…….21
Tabela-6: Cronograma das actividades para objectivo específico 2……………...………21
Tabela-7: Cronograma das actividades para objectivo específico 3…………………..….21
Tabela-8: Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 1…..…….…..22
Tabela-9: Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 2……...…..…22
Tabela-10: Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 3…...………23

v
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa da Província de Sofala ilustrando o Distrito de Caia…………………….16

vi
LISTA DE ABREVIATURAS

COAE………….……Coordenação de Agricultura e Extensão


IPM………….………Instituto Politécnico Makhetele
MAPA……………….Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
PPMBI………………Programa de Produção de Mudas em Bandejas de Isopor

vii
ÍNDICE

DECLARAÇÃO ................................................................................................................... iii


AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... iv
LISTA DE TABELAS .......................................................................................................... v
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... vi
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................ vii
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9
1.1. Problematização............................................................................................................ 10
1.2. Justificativa ................................................................................................................... 10
1.4. Objectivos ..................................................................................................................... 11
1.4.1. Objectivo Geral.......................................................................................................... 11
1.4.2. Objectivos específicos ............................................................................................... 11
3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL ................................................................................ 16
3.1. Clima e solos do distrito ............................................................................................... 16
3.2. Potencialidades agropecuária do distrito ...................................................................... 17
4. PLANO DE ACÇÃO ...................................................................................................... 18
4.1. Objectivo específico 1 .................................................................................................. 18
4.1.1. Resultados esperados do objectivo específico 1 ........................................................ 18
4.2. Objectivo específico 2 .................................................................................................. 19
4.2.1. Resultados esperados do objectivo específico 2 ........................................................ 19
4.3. Objectivo específico 3 .................................................................................................. 19
4.3.1. Resultados esperados do objectivo específico 3 ........................................................ 19
V. CRONOGRAMA ........................................................................................................... 21
5.1. Cronograma das actividades do objectivo específico 1 ................................................ 21
5.2. Cronograma das actividades do Ojectivo específico 2 ................................................. 21
5.3. Cronograma das actividades do objectivo específico 3 ................................................ 21
VI. PLANO DE MONITORIA ........................................................................................... 22
6.1. Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 1 ............................... 22
6.2. Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 2 ............................... 22
6.3. Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 3 ............................... 23
VI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 24

8
1. INTRODUÇÃO

A produção de mudas é factor primordial para o sucesso da actividade agrícola. No entanto,


verifica-se muitas vezes, que os produtores rurais não tem dado a devida importância. Esta
atitude, porém, influencia directa e negativamente sobre a produção final e,
consequentemente sobre a rentabilidade económica (JUNIOR, 1996). A produção de
mudas de qualidade de acordo com SOUZA, (1995), é essencial para o desenvolvimento
da agricultura, garantindo a produtividade, a diversidade vegetal e a sustentabilidade do
setor. Nesse sentido, capacitar os agricultores na produção de mudas em bandejas de isopor
se apresenta como uma alternativa viável e acessível, promovendo o aproveitamento
eficiente dos recursos disponíveis.

Isto, segundo JUNIOR, (1996), somente poderá mudar quando os produtores perceberem
que a produção de mudas é uma sequência de passos que devem ser seguidos e receberem
a mesma atenção, pois se um dos passos (irigação, protecção contra insectos, tratamento
fitossanitário do substrato, etc.) não receber a devida atenção, os resultados não
corresponderão às expectativas. A melhor maneira de fazer-se este trabalho de
conscientização é, através da assistência técnica, que precisa ser feita por profissionais que
tenham bom conhecimento sobre as boas práticas de produção de mudas em bandejas de
isopor.

A execução deste plano, irá fazer com que os produtores de mudas na localidade de
sombreiro, tenham habilidades técnicos para a produção de mudas de diversas hortícolas,
sendo assim, o presente plano de operações objectiva-se em promover aos agricultores da
localidade acima citada, as boas práticas de produção de mudas de hortícolas em bandejas
de isopor.

Para o melhor seguimento, este plano anual de operações de extensão está estruturado da
seguinte maneira: Introdução (problematização, justificativa, relevância do plano e
objectivos estratégicos), Revisão bibliográfica, Caracterização do local onde será
implementado o plano, Descrição do plano de acção, Cronogramas de atividades e
Descrição do plano de monitoria.

9
1.1. Problematização
Segundo DE SOUZA e FRACARO (2016), a utilização do sistema para a produção de
mudas em bandeja não é apenas uma questão de custo, o produtor de mudas necessita de
conhecimento. Hoje em dia são produzidas aproximadamente cerca de 80 milhões de
mudas de hortaliças das mais diversas espécies. RODRIGUES (2016), diz que a utilização
de mudas de qualidade é um passo importante para garantir maior produtividade e melhor
uniformidade. A aquisição de mudas de viveiro especializado é cada vez mais viável, pois
apresenta vantagens como a possibilidade do produtor planejar sua produção e, oferecer
qualidade em seu produto na comercialização final.

Muitas vezes, a qualidade das mudas produzidas na localidade de Sombreiro, é


comprometida, afectando a produtividade e a rentabilidade das culturas. Isso deve-se à
falta de conhecimento de técnicas adequadas por parte desses produtores, sobre a produção
de mudas de hortícolas.

1.2. Justificativa
A capacitação dos agricultores na produção de mudas em bandejas de isopor possui
relevância tanto do ponto de vista econômico quanto social e ambiental. Com a adoção de
técnicas adequadas, é possível melhorar a qualidade das mudas, aumentar a produtividade
das culturas e reduzir os custos de produção. Além disso, a utilização de bandejas de isopor
contribui para a redução do uso de recursos naturais, como a terra e a água.

1.3. Relevância
A execução deste plano, irá trazer à comunidade local, benefícios sociais (aumento da
produção de mudas e consequentemente de alimentos de qualidade), económicos (aumento
dos rendimentos e lucratividade) e ambiental (pela reutilização de resíduos sólidos para a
produção de substratos), que permitirá, mais tarde, tornar a localidade de sombreiro numa
referência a nível do distrito no que diz respeito a produção de mudas de qualidade.

10
1.4. Objectivos

1.4.1. Objectivo Geral


➢ Promover as boas práticas de produção de mudas de hortícolas em bandejas de
isopor.

1.4.2. Objectivos específicos


➢ Demonstrar as técnicas de preparo do substrato;
➢ Implementar a produção de mudas de hortícolas em bandejas de isopor;
➢ Fazer o acompanhamento aos agricultores locais na produção de mudas em
bandejas de isopor.

11
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Produção de mudas de hortaliças


O sucesso da produção agrícola começa pela obtenção de mudas de boa qualidade, pois
aquelas malformadas darão origem a plantas com a produção abaixo do seu potencial
genético, sendo a produção de mudas de hortaliças uma das etapas mais importantes do
processo produtivo. A qualidade da muda influencia o desempenho final das plantas nos
ambientes de cultivo, tanto do ponto de vista nutricional, quanto do tempo necessário para
a colheita e, consequentemente, do número de ciclos possíveis por ano (ANDRIOLO et al.,
2003).

2.2. Classificação das mudas


segundo SILVA e GIORDANO (2000), com relação à forma, as mudas podem ser de:

➢ Mudas de raiz nua: Quando não leva terra e substrato junto das raízes (mudas
produzidas em canteiros, com as raízes expostas no momento de transplante).
➢ Mudas de raiz protegida: Quando leva terra e substrato junto das raízes (mudas
produzidas em bandejas, tubetes e copos confeccionados de jornal).

2.3. Vantagens e desvantagens dos meios de produção de mudas

2.3.1. Muda de raízes nuas


➢ Apresenta a vantagem de já estar aclimatada, pois é preparada directamente no
canteiro a campo.
➢ Como desvantagem, apresenta uma maior dificuldade de pegamento, pois leva
pouco ou quase nenhuma terra aderida à raiz.

2.3.2. Mudas de raízes protegidas


➢ Apresentam a vantagem de um pegamento mais fácil, pois já levam terra aderida à
raiz e não ocorre ferimento nas raízes;
➢ Maior facilidade no plantio;
➢ Transporte das mudas também é facilitado, principalmente em bandejas;
➢ Como desvantagem, precisam de um período de aclimatação e maneio quando
produzidas em estufas, e posteriormente transplantadas para o campo.

12
2.4. Principais formas de produção de mudas de hortaliças

Existem várias formas de produzir mudas de hortaliças, sendo as principais de acordo com
SILVA e GIORDANO (2000):
➢ Mudas em canteiros;
➢ Mudas em bandejas.

2.4.1. Produção de mudas em canteiros


A produção de mudas em canteiros pode ser feita para a maioria das hortaliças, como a
alface, brócolis, repolho, tomate, berinjela etc., não sendo recomendada para cucurbitáceas
(abóbora, melancia, pepino etc.), ervilhas e vagens (SILVA e GIORDANO, 2000).

2.4.2. Procedimentos para a produção de mudas em canteiros


➢ Preparar o canteiro de produção de mudas;
➢ Definir a dimensão do canteiro (1,2 m de largura e comprimento variável, de
acordo com a quantidade de mudas necessárias;
➢ Adubar o canteiro com 3 a 4 kg de composto orgânico ou com 2 a 3 kg de húmus
de minhoca + 200g de farinha de osso por m² de canteiro;
➢ Semear: Definir o espaçamento de sementeira, normalmente recomenda-se o
espaçamento de 10 a 15 cm de entrelinhas por 1 a 1,5 cm entre plantas;
➢ Cobrir o canteiro com matéria vegetal seco;
➢ Irrigar o canteiro.

2.4.3. Produção de mudas em bandejas


Neste caso, a produção de mudas deve ser realizada em estufas ou locais apropriados.
Pode-se usar bandejas de 128, 200 e 288 células, que podem ser de isopor ou de plástico,
devendo ficar ano mínimo 30 cm do chão (SILVA e GIORDANO, 2000).

2.4.4. Procedimentos para a produção de mudas em bandejas

1° Passo: Enchimento da bandeja com substrato


➢ Utilizando, como o exemplo bandejas de 200 células, serão gastos de 10 a 15 g de
substrato por célula da bandeja.

13
2° Passo: Fazer a sementeira nas bandejas
➢ Após colocar o substrato na célula, fazer um buraquinho no centro da grossura de
um lápis de grafite, com 0,5 a 1 cm de profundidade;
➢ Colocar de 1 a 2 sementes dentro do buraquinho e, após isso, cobrir com substrato;
➢ Após 15 dias depois da emergência, deixa-se apenas uma planta por célula (a mais
vigorosa e sadia).

3° Passo: Fazer a irrigação das bandejas


➢ Irrigar a suficiente da bandeja, sem encharcar e repetir de duas a três vezes por dia.

2.5. Tipos de substratos


A composição dos substratos varia de acordo com a necessidade da espécie propagada.
entre os substratos mais usados para a produção de mudas, destacam-se, de acordo com
FILGUEIRA, (2000):

➢ O solo: Fácil obtenção, baixo custo, possui uma composição variável de acordo
com a classe (latosolo, argisolo, etc.). Pode gerar retenção excessiva de umidade e
proporcionar pouca aeração as sementes.

➢ Areia: É de fácil obtenção, com boa capacidade de drenagem, muito utilizado em


mistura com outros substratos atuando como condicionador das características
físicas. Por ser inerte, não possui nutrientes.

➢ Turfa: Este substrato é composto por resíduos de vegetais, resultante de uma lenta
decomposição bacteriana e química do material vegetal. Pode apresentar
dificuldade para o umedecimento

➢ Vermiculita: É um mineral, com elevada CTC relativa, possui grãos de até 8 mm


de diâmetro. É poroso e estéril. É utilizado em mistura com outros substratos. Tem
elevado custo. Melhora a CTC e retenção de água no substrato.

➢ Perlita: É um mineral silicácea, de origem vulcânica. Possui partículas granulosas


e esponjosas de 1,6 a 3 mm de diâmetro. Difere da vermiculita por ter baixa CTC.
Utilizado para aumentar a aeração do substrato.

➢ Composto orgânico: Fornece nutrientes para a futura muda, boa retenção de


umidade, baixo custo;

➢ Casca de arroz carbonizada: Fácil obtenção, baixo custo

14
A associação ou mistura desses tipos de substratos, proporciona boas condições para o
desenvolvimento das mudas. No geral, SOUZA e FERREIRA (1997), explicam que o
substrato tem a função de proporcionar as condições adequadas a germinação e
crescimento inicial das plantas. O substrato deve atender as necessidades de germinação
das sementes e desenvolvimento do sistema radicular, possuindo as seguintes
características:

➢ Possuir boa capacidade de drenagem, para evitar o acúmulo de umidade que pode
proporcionar o surgimento de doenças fúngicas;

➢ Ter boa aeração para o fornecimento de oxigênio ao embrião das sementes e


proporcionar as trocas gasosas do sistema radicular com o meio.

➢ Proporcionar um ambiente escuro, pois o sistema radicular das espécies frutíferas


possuem fototropismo negativo.

➢ Boa composição química, possuindo nutrientes essenciais para o desenvolvimento


das mudas.

➢ Ser isento de patógenos os quais podem prejudicar o processo de germinação e


crescimento das mudas.

➢ Ausência de propágulos ou sementes de plantas invasoras.

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3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL

Este plano anual de operações será implantado no distrito de Caia, na localidade de


Sombreiro, distrito de Caia. Segundo MAE, (2014), O Distrito de Caia é limitado pelo
Distrito de Chemba a Nordeste e rio Zambeze a Este, a Noroeste e Oeste faz limite com o
Distrito de Maríngue, e a Sul limitado pelos Distritos de Cheringoma e Marromeu.

Figura 1: Mapa da Província de Sofala ilustrando o Distrito de Caia.


Fonte: MAE, (2014)

3.1. Clima e solos do distrito


O clima do distrito é em geral sub-árido moderado ao longo do vale e para norte, a
subhúmido no interior e para sul. A precipitação média anual é de 987 mm sendo o regime
de chuvas constante na região, de Novembro a Março, durante os quais ocorrem
normalmente 80 a 95% das chuvas, nas áreas mais secas podendo ser mais concentradas.
Os meses do tempo seco vão de Maio a Outubro (MAE, 2014).

Contudo, devido à sua natureza plana, é a faixa a norte de Caia e em direcção a Sena
aquela que maior potencial representa para o desenvolvimento da agricultura irrigada,
caracterizada pela planície aluvionar do Zambeze e terraços baixos do mesmo rio. Esta
região representa uma paisagem bastante plana e horizontal, frequentemente com pequenas
baixas resultantes da erosão provocada pelo vento. Este terraço baixo está geralmente
ocupado por depósitos argilosos não consolidados, associados na maioria dos casos, a uma
camada de coluvião arenosa (MAE, 2014).

16
3.2. Potencialidades agropecuária do distrito
Segundo o MAE, (2014), de um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em
pequenas explorações familiares em regime de consociação de culturas com base em
variedades locais. O sistema de produção mais dominante compreende mapira/mexoeira.
Observa-se ainda o domínio de criação do gado caprino bovino e aves.

A produção de Mudas no distrito de Caia, é feita predominantemente em alfobres


(canteiros), e nem sempre bem-sucedida. O fomento agrícola, de acordo com MAE, (2014)
no distrito tem sido fraco. As doenças e a falta de fundos e de serviços de extensão são os
principais obstáculos ao seu desenvolvimento.

17
4. PLANO DE ACÇÃO
Este plano de acção, irá descrever as actividades que serão realizadas. As actividades que
serão realizadas são: Criar grupos de agricultores interessados, seleccionar os materiais
para a produção de substrato, orientar a produção de substrato, fazer o enchimento das
bandejas com substrato, a sementeira, a irrigação das bandejas, monitorar as irrigações
regulares, o controlo fitossanitário e fazer o desbaste.

4.1. Objectivo específico 1


➢ Demonstrar as técnicas de preparo do substrato.

4.1.1. Resultados esperados do objectivo específico 1


➢ Demonstradas as técnicas de preparo do substrato.

Tabela-1: Plano de acção para objectivo específico 1

Custo Custo Respon


Nr Actividade Meta Local Necessidades Quantidades
unitário Total sável
Criar 3 Grupos
grupos de de 10 Plano 150 450
1 3
agricultores elementos operacional MT MT
Localidade de Sombreiro

interessados cada

Seleccionar

Keldmirson
os materiais Solo, esterco
1
2 para a bovino 1 tonelada - -
tonelada
produção curtido,
de substrato Areia e
Orientar a fibras de
1 coco
3 produção 1 tonelada - -
tonelada
de substrato

# Sub-total 450 MT

18
4.2. Objectivo específico 2
➢ Implementar a produção de mudas de hortícolas em bandejas de isopor.

4.2.1. Resultados esperados do objectivo específico 2


➢ Implementada a produção de mudas de hortícolas em bandejas de isopor.

Tabela-2: Plano de acção para objectivo específico 2


Quant Custo Custo Respo
Nr Actividade Meta Local Necessidades
idades unitário Total nsável
Fazer o
30 450 13500
enchimento das
1 Band Bandejas 30
bandejas com MT MT
ejas
Localidade de Sombreiro

substrato

Semente de 500

Keldmirson
100g 5MT
Couve MT
Fazer a Semente de 1200
2 sementeira nas 1 ton 200g 6MT
Tomate MT
bandejas
Semente de 750
100g 7.5MT
Cebola MT
Fazer a irrigação 350 2100
3 1 ton Regadores 6
das bandejas MT MT

# Sub-total 18 050 MT

4.3. Objectivo específico 3


➢ Fazer o acompanhamento aos agricultores locais na produção de mudas em
bandejas de isopor.

4.3.1. Resultados esperados do objectivo específico 3


➢ Feito o acompanhamento aos agricultores locais na produção de mudas em
bandejas de isopor.

19
Tabela-3: Plano de acção para objectivo específico 3

Custo Custo Respon


Nr Actividade Meta Local Necessidades Quantidades
unitário Total sável
Monitorar as
30
1 irrigações Regadores 6 - -
Bandejas

Localidade de Sombreiro
regulares

Agriciper 450

Keldmirson
250ml 1.8 MT
Monitorar o (Cipermetrina) MT
30 Belt 450
2 Controlo 250ml 1.8 MT
Bandejas (Flubendiamida) MT
fitossanitário
Agrizeb 250g 450
1.8 MT
(Mancozeb) MT
3 Fazer o 30 Calendário de -
-
desbaste Bandejas controlo
# Sub-total 1350 MT

Tabela-4: Custos totais para cada objectivo específico

Descrição Valor (Mt)


1. Demonstrar as técnicas de preparo do substrato 450,00
2. Implementar a produção de mudas de hortícolas em bandejas de 18 050,00
isopor
3. Fazer o acompanhamento aos agricultores locais na produção de 1 350,00
mudas em bandejas de isopor
Total 19 850,00

20
V. CRONOGRAMA
A Execução do presente plano operacional está agendada para dar início a partir do mês de
Janeiro de 2024. A seguir serão apresentados os cronogramas de actividades para cada
objectivo estratégico.

5.1. Cronograma das actividades do objectivo específico 1

Tabela-5: Cronograma das actividades para objectivo específico 1

Nr 2024 Janeiro Fevereiro


Actividade I II III IV I II III IV
1 Criar grupos de agricultores interessados

2 Seleccionar os materiais para a produção


de substrato
3 Orientar a produção de substrato

5.2. Cronograma das actividades do Ojectivo específico 2

Tabela-6: Cronograma das actividades para objectivo específico 2

Nr 2024 Março Abril


Actividade I II III IV I II III IV
1 Fazer o enchimento das bandejas com
substrato
2 Fazer a sementeira nas bandejas
3 Fazer a irrigação das bandejas

5.3. Cronograma das actividades do objectivo específico 3

Tabela-7: Cronograma das actividades para objectivo específico 3

2024 Março Abril Maio


Nr
Actividade I II III IV I II III IV I II III IV
Monitorar as irrigações
1
regulares
Monitorar o Controlo
2
fitossanitário
3 Fazer o desbaste

21
VI. PLANO DE MONITORIA

As actividades serão calendarizadas por forma a dar melhor seguimento e monitoria das
actividades. Avaliações calendarizadas e periódicas das estratégias serão obrigatórias para
garantir uma avaliação mais rigorosa da escolha, qualidade da execução e impacto das
intervenções resultantes sobre o plano. A equipa de monitoria e avaliação será constituída
por cada um dos representantes dos grupos de produtores e do coordenador das actividades.

6.1. Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 1

➢ Demonstrar as técnicas de preparo do substrato.

Tabela-8: Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 1


Período (2024) Respon
Actividades Indicadores
Janeiro Fevereiro Março Abril sável
Criar grupos de Grupos de agricultores
agricultores interessados interessados criados

Keldmirson
Seleccionar os materiais Quantidade do
para a produção de material seleccionado
substrato
Orientar a produção de Quantidade de mudas
substrato produzidas

6.2. Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 2

➢ Implementar a produção de mudas de hortícolas em bandejas de isopor.

Tabela-9: Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 2


Período (2024) Respon
Actividades Indicadores
Janeiro Fevereiro Março Abril sável
Quantidade de
Fazer o enchimento das
bandejas enchidas de
bandejas com substrato
Keldmirson

substrato
Fazer a sementeira nas Quantidade de
bandejas bandejas semeadas
Fazer a irrigação das Quantidade de
bandejas bandejas irrigadas

22
6.3. Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 3

➢ Fazer o acompanhamento aos agricultores locais na produção de mudas em


bandejas de isopor.

Tabela-10: Plano de Monitoria das actividades para o objectivo específico 3


Período (2024) Respo
Actividades Indicadores
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio nsável
Quantidade de
Monitorar as
bandejas enchidas
irrigações regulares
de substrato

Keldmirson
Monitorar o
Quantidade de
Controlo
bandejas semeadas
fitossanitário
Quantidade de
Fazer o desbaste
bandejas irrigadas

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VI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ANDRIOLO et al., (2003). Influência da protecção ambiental com estufa de polietileno


transparente sobre o crescimento e desenvolvimento de pimentão. Ciência Rural, Santa
Maria.

DE SOUZA, D. E.; FRACARO, A. A. (2016). Análise das perdas na produção de mudas


de alface no município de Jales. Brasil.

FILGUEIRA, F.A.R. (2000). Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na


produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV.

JUNIOR, A. F. (1996). Produção de mudas de tomateiro com diferentes substratos em


cultivo protegido e produção tradicional. Departamento de Fitotecnia. UFSC.

RODRIGUES, P. (2016). Capacitação aborda produção de mudas de hortaliças.


EMBRAPA.

SILVA, J. B. C., GIORDANO, L. B. (2000). Tomate para processamento industrial-


Brasília: Embrapa Hortaliças.

SOUZA, R. J.; FERREIRA, A. (1997). Produção de mudas de hortaliças em bandejas:


economia de sementes e defensivos. A Lavoura, Rio de Janeiro.

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