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Formando
Keldmirson Luís Manuel
Formando
Keldmirson Luís Manuel
Eu, Keldmirson Luís Manuel, declaro que este trabalho é resultado da minha investigação
pessoal e da orientação do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
______________________________________
(Keldmirson Luís Manuel)
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais agradeço pela vida, pelo amor, pela educação, pelas oportunidades, pela
estabilidade do lar, pelos sacrifícios que nunca mediram por mim e por sempre me apoiarem
em tudo incondicionalmente. Muitíssimo obrigado, eu os amo muito.
À um amigo que me disse: “eu confio em você, não desista”, agradeço o apoio e carinho.
Aos meus amigos, colegas, companheiros de longa data Rocha, Doca, Cireneu, que com eles
saímos de longe e até agora estamos juntos nessa caminhada.
Ao senhor director do IPM, Orácio Pedro Chaúque, pela bondade de me acolher e ter me
dado a força para não desistir no momento de crise.
À todos aqueles que, de forma directa ou indirecta, ajudaram-me na realização deste trabalho
Muito obrigado!
iv
LISTA DE FIGURAS
v
LISTA DE APÊNDICES
vi
ÍNDICE
7
2.5.3. Métodos de massas ............................................................................................. 18
3. METODOLOGIA............................................................................................................ 19
3.1. Localização do local de estudo ................................................................................. 19
3.2. Superfície e população do distrito de Caia ............................................................... 20
3.3. Segurança alimentar no distrito de Caia ................................................................... 20
3.4. Condução da pesquisa ............................................................................................... 20
3.4.1. Amostragem da pesquisa .................................................................................... 20
3.4.2. Técnicas de recolha de dados ............................................................................. 21
3.6. Variáveis analisadas .................................................................................................. 21
3.5. Questões Éticas da pesquisa...................................................................................... 21
3.6. Análise Estatística ..................................................................................................... 21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 22
4.1. Caracterização dos produtores por sexo e idade ....................................................... 22
4.2. Nível de cobertura dos serviços de extensão agrária ................................................ 22
4.3. Tipo de assistência prestado aos produtores ............................................................. 23
4.4. Frequência do extensionista no campo do produtor ................................................. 24
4.5. Variação da produção face aos serviços de extensão agrária ................................... 25
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 26
6. RECOMENDAÇÕES...................................................................................................... 27
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 28
8. APÊNDICES ................................................................................................................... 30
8
1. INTRODUÇÃO
A assistência técnica e extensão agrária vem sendo, nos últimos anos, objecto de intensos
debates entre especialistas agro-pecuários, portanto, todos os debates travados sobre o
desenvolvimento agrário, a extensão agrária tem ocupado um espaço crescente devido à
percepção de seus impactos no desenvolvimento rural. Segundo DIESEL e DIAS (2010) a
Extensão agrária trata essencialmente de aspectos relacionados à eficácia técnica e
económica dos processos de produção agro-pecuária, cuja dimensão da análise é a
penetração de tecnologias agrícolas no meio rural.
Diante do exposto, pretende-se com este estudo, avaliar o contributo dos serviços de
assistência técnica e extensão agrária na localidade de Padza, posto administrativo de Caia-
sede.
9
1.1. Problema do estudo
De acordo coma FAO (1995), a extensão agrária é um sistema ou serviço que mediante os
processos educativos, ajuda a população rural a melhorar os métodos, as técnicas agrícolas,
aumentar a produtividade, melhorar o seu nível de vida e levar normas educativas para a
vida rural. Para MDA (2012) citado por PETARLY (2013), a extensão agrária tem como
principal papel melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias rurais, por meio do
aperfeiçoamento dos sistemas de produção, de mecanismo de acesso a recursos, serviços e
renda de forma sustentável.
10
1.2. Justificativa
A extensão agrária consta nas grandes prioridades do sector agrário (MINAG, 2011) pelo
seu papel na segurança alimentar, renda familiar dos produtores agrários incluindo o
incentivo e apoio destes noutras intervenções de desenvolvimento local (VUMA e PIRES,
2009). Entretanto, o sector depara com limitações que ainda constituem grandes desafios
merecedoras de atenção a destacar os seguintes: Baixos índices de produtividade e de
produção agrária; Baixo índice de uso de insumos e de tecnologias melhoradas; Baixa
cobertura dos serviços de extensão agrária, exigindo-se por isso a sua eficiência e
fortalecimento dos produtores (MINAG, 2011).
1.3. Hipóteses
11
1.4. Objectivos
1.4.2. Específicos
• Identificar os tipos de assistências prestados aos produtores familiares pelos serviços
de extensão agrária;
• Avaliar a frequência dos extensionistas nos trabalhos de extensão agrária;
• Avaliar a produção com ou sem os serviços de extensão agrária.
12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
13
2.1.6. Pequeno Agricultor
Agricultor pequeno é caracterizado como aquele que tem menos de 10 hectares de terra
arável menos de10 cabeças de gado, ou menos de 50 ruminantes de pequena espécie ou 5000
galinhas (MINAG 2007).
14
• A produção destina-se maioritariamente ao auto consumo, sendo limitada a
integração no mercado;
• Culturas alimentares diversificadas ao longo do ano;
• Criação de animais domésticos;
• Conservação e transformação de produtos agrícolas;
• Pesca, caça, recolha de lenha, apicultura (recolha de mel), carvão e caniço,
artesanato.
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2.4.2. Constrangimentos dos Extensionistas Agrários
Segundo o MINAG (2012), os principais constrangimentos dos serviços de extensão agrária
são a reduzida capacidade técnica e exiguidade de fundos disponíveis para o seu
funcionamento. Estes constrangimentos são maiores a nível do distrito, pois alguns distritos
são actualmente servidos por um único 1 extensionista, quando o ideal estima-se de 3-8
extensionistas e um supervisor por equipa. Os constrangimentos acima traduzem-se em:
• Reduzido número de extensionistas;
• Reduzidos e/ou obsoletos meios de transporte (motorizadas);
• Falta de residências para os extensionistas;
• Reduzidas acções contínuas de capacitação dos extensionistas;
• Cortes orçamentais que originam o não cumprimento das metas anuais.
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2.5. Métodos de extensão
Conforme OAKLEY (1992) existe um número significativo de métodos de extensão, que ao
mesmo tempo são métodos de comunicação. Entre estes métodos o extensionista de campo
escolhe aqueles que lhe permite realizar melhor o seu trabalho de transmissão de informação
capacitação dos camponeses. Convencionalmente, a classificação considerava esta divisão
literal dos métodos em três grupos:
• No método individual, o extensionista relaciona-se com os camponeses numa base de
um para um;
• No método de grupo, o extensionista faz com que os camponeses se juntem, de uma ou
de outra maneira, com vista a realizar o seu trabalho
• Método de massas, a informação é veiculada para muitos receptores.
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2.5.2. Métodos de Grupos
Os métodos de grupo oferecem a possibilidade de uma maior cobertura da extensão rural.
Algumas características destes métodos são segundo NHANCALE, (2011):
• O extensionista envolve mais camponeses;
• As questões são articuladas em conjunto;
• Há possibilidade de discutir as mensagens em conjunto.
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3. METODOLOGIA
Com a finalidade de alcançar os objectivos traçados no presente estudo, foi avaliado o
contributo dos serviços de assistência técnica e extensão agrária na localidade de Padza,
distrito de Caia, para isso, foi usada uma pesquisa do tipo exploratória, explicativa e
descritiva. Segundo GIL (2002), afirma que a pesquisa exploratória tem como objectivo
proporcionar maior familiaridade com o problema com vista a torna-lo mais explicativo.
Pode envolver o levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas experiente no problema
pesquisado, geralmente assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso”.
Segundo Brito (2014), este tipo de pesquisa permite uso de várias técnicas e fontes de
informação como entrevistas e observações ao longo de tempo e permite ilustração mais
completa possível de uma dada situação, proporcionando uma imagem precisa dos
fenómenos actuais e constitui para compreensão das suas causas.
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3.2. Superfície e população do distrito de Caia
A superfície do distrito é de 3.596 km2 e a sua população está estimada em 136 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 37,8
hab/km2, previa-se que, o distrito, em 2020 viria atingir os 168 mil habitantes (MAE, 2014).
20
3.4.2. Técnicas de recolha de dados
A entrevista é considerada por YIN (2005) citado por MONTEIRO (2009) como uma das
mais importantes fontes de informação, desde que o entrevistador siga sua linha de
investigação a partir de um protocolo e elabore questões reais que atendam às necessidades
de sua investigação. Para a efetivação desta pesquisa, foi utilizada a entrevista como técnica
de recolha de dados por meio de um questionário (apêndice 2).
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Homem Mulher
8
7
7
6
5
4
3 3
3
2 2
2
1
1
0 0
0
0-20 Anos 21-40 Anos 41-60 Anos Maior de 60 Anos
REIS (2011) no seu estudo sobre práticas agroflorestais tradicionais nas aldeias da localidade
de Penhalonga, no distrito de Manica, verificou que a idade dos agricultores entrevistados
variou entre 11 a 55 anos, sendo que a faixa etária de maior incidência foi de 41-50 anos de
idade, correspondente a 61,3%. Estes resultados são contraditórios aos encontrados no
presente estudo, provavelmente por se tratar aos costumes e culturas de vida diferentes aos
produtores de Caia.
22
Sim Não
90,0% 83,3%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0% 16,7%
10,0%
0,0%
Recebem assistência técnica
SILVA (2011) no seu estudo sobre a Política Nacional de Assistência técnica e extensão
rural no assentamento António conselheiro. Este autor, verificou no seu estudo que apenas
36.9% beneficiavam-se de assistência técnica e a maioria (63.1%) não se beneficiavam de
nenhum tipo de assistência técnica na propriedade. Estes resultados se assemelham com os
encontrados na presente pesquisa.
Resultados contrários foram encontrados por GUSSUL (2017) no seu estudo sobre Análise
dos serviços de assistência técnica de extensão rural público e privado no posto
administrativo de Caia-Sede. Este autor, verificou no seu estudo que a maiores dos
produtores (85.0%) beneficiavam-se de assistência técnica. A contradição nos resultados
desta pesquisa com os encontrados por GUSSUL (2017), pode ser justificada pela diferença
do período da realização da pesquisa, podendo assim significar que, 10 anos atrás, os
serviços de assistência técnica e extensão agrária, tinham impacto positivo na propriedade
do agricultor em relação a actualidade.
23
90,0% 83,3%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0% 11,1%
10,0% 5,6%
0,0%
Equipamentos Capacitação Nada
Resultados encontrados por GUSSUL (2017) no seu estudo sobre Análise dos serviços de
assistência técnica de extensão rural público e privado no posto administrativo de Caia-Sede,
indicam que para além de equipamentos e capacitação, os produtores beneficiavam-se
também de insumos e crédito agrícola, este último, fornecido pelo sector privado.
100,0%
83,3%
80,0%
60,0%
40,0%
20,0% 11,1%
5,6%
0,0%
Uma vez por mês Uma vez por ano Nunca
24
Segundo SITOE (2010), ausências frequentes dos extensionistas podem comprometer o
seguimento de algumas operações agrícolas subsequentes, o que, por sua vez, pode alimentar
o vício de os produtores as realizarem sem seguir as recomendações dos extensionistas. A
pouca frequência de assistência aos produtores pode dever-se ao número reduzido dos
extensionistas, pois MADUELE (2014) no seu estudo sobre o Perfil e Papel do extensionista
no do Distrito de Matutuine, indica que a fraca presença dos extensionista influencia na
eficiência dos serviços prestados.
120,0%
100,0%
100,0%
80,0%
60,0%
40,0%
20,0%
0,0% 0,0%
0,0%
Reduziu Não alterou Aumentou
GUSSUL (2017) no seu estudo sobre Análise dos serviços de assistência técnica de extensão
rural público e privado no posto administrativo de Caia-Sede, verificou melhoria nas
condições de vida dos produtores por conta dos serviços de extensão agrária. Estes resultados
são contraditórios aos encontrados na presente pesquisa. isso pode significar que desde 2017
para a actualidade, os serviços de extensão agrária na localidade de Padza, posto
administrativo de Caia-Sede, vem perdendo impacto no seio dos produtores rurais, fazendo
com que haja baixa produção agrícola em comparação com aos anos anteriores.
25
5. CONCLUSÃO
A frequência dos extensionistas no campo dos produtores tem sido uma vez ao mês e por
vezes, uma vez ao ano e de forma irregular, ou seja, as actividades não são agendadas.
26
6. RECOMENDAÇÕES
27
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FAO. (1995). Agrucultural extension and farm women in the 1980s. Roma.
GIL, A. C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas.
GUSSUL, N. A. (2017). Análise dos serviços de assistência técnica de extensão rural público
e privado (Estudo de caso: posto administrativo de Caia-sede, distrito de Caia, província de
Sofala).
28
MODIBO, K., NTHOIWA, G.P & TSELAESALE, N.M. (2010). An Evaluatin of Factors
that Hinder Subsistence Farmers from Diverting to Profitable Farming in Botswana: A
Lesson for Extension Officers.
OAKLEY, P.; GARFOTH. (1992). Guia de formação para a extensão, Centro de Extensão
e Desenvolvimento Rural, Universidade de Reading do Reino Unido-Roma.
PETARLY, R. (2013). (2013). Assistência técnica e extensão rural para qué? O caso da
cooperativa Agro-pecuário de patrocínio.
29
8. APÊNDICES
DECLARAÇÃO
Assinatura
__________________________________
30
Apêndice 2: Questionário dirigido ao produtor
Caro Inquerido!
O presente inquérito, tem por finalidade recolher dados sobre o contributo dos serviços de
assistência técnica e extensão agrária na localidade de Padza, distrito de Caia. Pretende-se
com estes dados, desenvolver uma pesquisa que possa contribuir assim na melhoria da
percepção dos serviços de assistência técnica e extensão agrária, em benefício das
comunidades rurais.
Secção II: Secção referente ao tipo de assistência prestado aos produtores familiares
1. Recebe apoio dos serviços de extensão? Sim (….) Não (....)
1.1. Se sim, há quanto tempo recebe o apoio da extensão?
_________________________________________________________________________
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2. Como avalia a assistência prestada a si pelo extensionista?
Péssima (….) Razoável (….) Bom (....) Excelente (….)
Secção IV: Secção referente análise da produção face aos serviços de extensão
1. Como avalias a sua produção com o apoio da extensão?
Reduziu (....) Aumentou (....) Continua na mesma (....) Não sabe (....)
2. Seria possível produzir sem o apoio da extensão? (….) Sim (….) Não
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Apêndice 3: Cronograma de actividades (2023)
Apêndice 4: Orçamentação
Item Quantidade Unidade Preço/Item Unidade Total
Bloco de Notas 1 - 75,00 Mt 75,00
Canetas 2 - 10,00 Mt 20,00
Digitação 35 Pág 20,00 Mt 700,00
Impressão 75 Pág 5,00 Mt 375,00
Encadernação 3 - 50,00 Mt 150,00
Total 1 320,00
Fonte: Autor (2023)
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