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INSTITUTO POLITÉCNICO MAKHETELE

ENSINO MÉDIO TÉCNICO PROFISSIONAL


CV5 EM EXTENSÃO E FOMENTO AGRÁRIO

CONTRIBUTO DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO


AGRÁRIA
Caso do estudo da localidade de Padza, distrito de Caia

Formando
Keldmirson Luís Manuel

Caia, Novembro de 2023


INSTITUTO POLITÉCNICO MAKHETELE
ENSINO MÉDIO TÉCNICO PROFISSIONAL
CV5 EM EXTENSÃO E FOMENTO AGRÁRIO

CONTRIBUTO DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO


AGRÁRIA
Caso do estudo da localidade de Padza, distrito de Caia

Formando
Keldmirson Luís Manuel

Trabalho de pesquisa científica a ser submetido


ao Instituto Politécnico Makhetele como
requisito para obtenção do grau técnico em
Extensão e Fomento Agrário.

Supervisor: Engº. João conde Jossefa

Caia, Novembro de 2023


DECLARAÇÃO

Eu, Keldmirson Luís Manuel, declaro que este trabalho é resultado da minha investigação
pessoal e da orientação do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Caia, ______ de Novembro de 2023

______________________________________
(Keldmirson Luís Manuel)

iii
AGRADECIMENTOS

À Deus, por sempre indicar os melhores caminhos na minha vida.

Aos meus pais agradeço pela vida, pelo amor, pela educação, pelas oportunidades, pela
estabilidade do lar, pelos sacrifícios que nunca mediram por mim e por sempre me apoiarem
em tudo incondicionalmente. Muitíssimo obrigado, eu os amo muito.

À um amigo que me disse: “eu confio em você, não desista”, agradeço o apoio e carinho.

Aos meus amigos, colegas, companheiros de longa data Rocha, Doca, Cireneu, que com eles
saímos de longe e até agora estamos juntos nessa caminhada.

Ao Instituto Politécnico Makhetele (IPM) pela oportunidade que me deu a me formar.

Ao senhor director do IPM, Orácio Pedro Chaúque, pela bondade de me acolher e ter me
dado a força para não desistir no momento de crise.

À todos aqueles que, de forma directa ou indirecta, ajudaram-me na realização deste trabalho

Muito obrigado!

iv
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa do Distrito de Caia……………………………………………….……….19


Figura 2: Caracterização dos produtores por sexo e idade...................................................22
Figura 3: Nível de cobertura dos serviços de extensão agrária............................................23
Figura 4: Tipo de assistência prestado aos produtores.........................................................24
Figura 5: Frequência do extensionista no campo do produtor.............................................24
Figura 6: Variação da produção face aos serviços de extensão agrária...............................25

v
LISTA DE APÊNDICES

Apêndice 1: Declaração de Consentimento Livre e Esclarecido.........................................30


Apêndice 2: Questionário dirigido ao produtor...................................................................31
Apêndice 3: Cronograma de actividades (2023).................................................................33
Apêndice 4: Orçamentação................................................................................................. 33
Apêndice 5: Recolha de dados por meio de entrevista........................................................33

vi
ÍNDICE

DECLARAÇÃO ................................................................................................................... iii


AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... iv
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................... v
LISTA DE APÊNDICES ..................................................................................................... vi
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9
1.1. Problema do estudo ................................................................................................... 10
1.2. Justificativa ............................................................................................................... 11
1.3. Hipóteses ................................................................................................................... 11
1.3.1. Hipótese primária ............................................................................................... 11
1.3.2. Hipótese secundária............................................................................................ 11
1.4. Objectivos ................................................................................................................. 12
1.4.1. Objectivo geral ................................................................................................... 12
1.4.2. Específicos ......................................................................................................... 12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 13
2.1. Conceitos gerais ........................................................................................................ 13
2.1.1. Extensão Agrária ................................................................................................ 13
2.1.2. Assistência técnica ............................................................................................. 13
2.1.3. Pacote Tecnológico ............................................................................................ 13
2.1.4. Tecnologia Agrária ............................................................................................. 13
2.1.5. Transferência de tecnologias .............................................................................. 13
2.1.6. Pequeno Agricultor ............................................................................................ 14
2.2. Agricultura familiar .................................................................................................. 14
2.2.1. Importância da agricultura familiar .................................................................... 14
2.3. Características do Sistema de Produção Agrária em Moçambique .......................... 14
2.4. Extensão Agrária....................................................................................................... 15
2.4.1. Actividades prestadas pelos Extensionistas ....................................................... 15
2.4.2. Constrangimentos dos Extensionistas Agrários ................................................. 16
2.4.3. O papel do extensionista na transferência de tecnologias .................................. 16
2.4.4. Tarefas e funções do extensionista ..................................................................... 16
2.5. Métodos de extensão ................................................................................................. 17
2.5.1. Métodos Individuais ........................................................................................... 17
2.5.2. Métodos de Grupos ............................................................................................ 18

7
2.5.3. Métodos de massas ............................................................................................. 18
3. METODOLOGIA............................................................................................................ 19
3.1. Localização do local de estudo ................................................................................. 19
3.2. Superfície e população do distrito de Caia ............................................................... 20
3.3. Segurança alimentar no distrito de Caia ................................................................... 20
3.4. Condução da pesquisa ............................................................................................... 20
3.4.1. Amostragem da pesquisa .................................................................................... 20
3.4.2. Técnicas de recolha de dados ............................................................................. 21
3.6. Variáveis analisadas .................................................................................................. 21
3.5. Questões Éticas da pesquisa...................................................................................... 21
3.6. Análise Estatística ..................................................................................................... 21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 22
4.1. Caracterização dos produtores por sexo e idade ....................................................... 22
4.2. Nível de cobertura dos serviços de extensão agrária ................................................ 22
4.3. Tipo de assistência prestado aos produtores ............................................................. 23
4.4. Frequência do extensionista no campo do produtor ................................................. 24
4.5. Variação da produção face aos serviços de extensão agrária ................................... 25
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 26
6. RECOMENDAÇÕES...................................................................................................... 27
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 28
8. APÊNDICES ................................................................................................................... 30

8
1. INTRODUÇÃO

A assistência técnica e extensão agrária vem sendo, nos últimos anos, objecto de intensos
debates entre especialistas agro-pecuários, portanto, todos os debates travados sobre o
desenvolvimento agrário, a extensão agrária tem ocupado um espaço crescente devido à
percepção de seus impactos no desenvolvimento rural. Segundo DIESEL e DIAS (2010) a
Extensão agrária trata essencialmente de aspectos relacionados à eficácia técnica e
económica dos processos de produção agro-pecuária, cuja dimensão da análise é a
penetração de tecnologias agrícolas no meio rural.

O sector agrário em Moçambique é caracterizado por uma baixa produção e um baixo


rendimento das culturas alimentares e das actividades pecuárias. Visando a inverter o
cenário, o MINAG tem desenvolvido estratégias que passam pelo aumento da melhoria do
acesso dos produtores às tecnologias melhoradas, através de melhoria da cobertura dos
serviços agrários e da coordenação entre os diferentes provedores de serviços de extensão.
Assim, a extensão rural tem o papel de garantir a provisão de serviços de assistência técnica
aos pequenos agricultores, assegurando a transferência e o uso de tecnologias apropriadas e
promover o fortalecimento das associações de produtores agrários (MINAG, 2007).

O impacto de assistência técnica e serviços de extensão agrária nas actividades de pequenos


agricultores tem suscitado vários debates. Contudo, o número de estudos sobre o contributo
de assistência técnica e serviços de extensão em Moçambique e em particular no distrito de
Caia são reduzidos. Portanto, o presente estudo pode construir uma percepção dos
contributos de assistência e auxiliar na elaboração de estratégias de desenvolvimento local.

Diante do exposto, pretende-se com este estudo, avaliar o contributo dos serviços de
assistência técnica e extensão agrária na localidade de Padza, posto administrativo de Caia-
sede.

O presente trabalho está estruturado da seguinte forma: Introdução (que inclui a


problematização, hipóteses, objectivos gerais e específicos da pesquisa), Revisão da
bibliográfica, Metodologia (população, amostra, técnicas e instrumentos de recolha e análise
de dados), Resultados e discussão, Conclusão e Recomendações.

9
1.1. Problema do estudo

A extensão agrária é uma das áreas chave do Plano Estratégico de Desenvolvimento do


Sector Agrário (PEDSA, 2011-2020) vocacionada a difundir tecnologias geradas ou
adaptadas pela investigação agrária para o aumento da produção e produtividade agrária
(MINAG, 2011). Nesse processo a busca de formas apropriadas de difusão dessas
tecnologias é fundamental para aumentar os níveis de adopção das mesmas pelo sector
produtivo e aumento consequente da produção e da produtividade. MODIBO et al. (2010)
sublinha que pelo facto de a maioria dos produtores terem baixo nível educacional e alguns
com idade avançada, deve ser prestada maior atenção a maneira como lida-se com eles, em
geral, e particularmente em relação a disseminação de tecnologias.

De acordo coma FAO (1995), a extensão agrária é um sistema ou serviço que mediante os
processos educativos, ajuda a população rural a melhorar os métodos, as técnicas agrícolas,
aumentar a produtividade, melhorar o seu nível de vida e levar normas educativas para a
vida rural. Para MDA (2012) citado por PETARLY (2013), a extensão agrária tem como
principal papel melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias rurais, por meio do
aperfeiçoamento dos sistemas de produção, de mecanismo de acesso a recursos, serviços e
renda de forma sustentável.

Baixa produção e produtividade, suscita o governo a necessidade de implementação de


políticas que visam capacitar as comunidades na disseminação de novas tecnologias para
melhoria de desempenho do sector agrário. Mas por sua vez, segundo GUSSUL, (2017)
actualmente tem havido diversos questionamentos sobre o papel da extensão agrária no
sector público e privado, pois, quando se analisa o desenvolvimento da agricultura, depara-
se com a falta de informações sistematizadas sobre eficiência e a eficácia destes serviços.

Diante disso, coloca-se a seguinte questão de partida:


• Qual é o contributo dos serviços de assistência técnica e extensão agrária para a
comunidade da localidade de Padza, no distrito de Caia?

10
1.2. Justificativa

A extensão agrária consta nas grandes prioridades do sector agrário (MINAG, 2011) pelo
seu papel na segurança alimentar, renda familiar dos produtores agrários incluindo o
incentivo e apoio destes noutras intervenções de desenvolvimento local (VUMA e PIRES,
2009). Entretanto, o sector depara com limitações que ainda constituem grandes desafios
merecedoras de atenção a destacar os seguintes: Baixos índices de produtividade e de
produção agrária; Baixo índice de uso de insumos e de tecnologias melhoradas; Baixa
cobertura dos serviços de extensão agrária, exigindo-se por isso a sua eficiência e
fortalecimento dos produtores (MINAG, 2011).

Para reverter as limitações acima mencionadas, é fundamental adequar os métodos de


extensão e o perfil das tecnologias difundidas. Neste contexto, a presente pesquisa é
considerada oportuna para o progresso da extensão agrária na sua missão de identificar e
analisar o contributo dos serviços de assistência técnica e extensão agrária na localidade de
Padza, distrito de Caia.

1.3. Hipóteses

1.3.1. Hipótese primária


• Os serviços de assistência técnica e extensão agrária, podem não estarem a contribuir
de forma significativa no aumento da produção e renda dos produtores familiares da
localidade de Padza, distrito de Caia.

1.3.2. Hipótese secundária


• Os serviços de assistência técnica e extensão agrária, contribuem de forma
significativa no aumento da produção e renda dos produtores familiares da localidade
de Padza, distrito de Caia.

11
1.4. Objectivos

1.4.1. Objectivo geral


• Analisar o contributo dos serviços de assistência técnica e extensão agrária na
localidade de Padza, distrito de Caia.

1.4.2. Específicos
• Identificar os tipos de assistências prestados aos produtores familiares pelos serviços
de extensão agrária;
• Avaliar a frequência dos extensionistas nos trabalhos de extensão agrária;
• Avaliar a produção com ou sem os serviços de extensão agrária.

12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Conceitos gerais

2.1.1. Extensão Agrária


A extensão agrária é um dos mecanismos que o governo adopta para prover serviços de
capacitação aos produtores agrícolas do sector informal para melhorarem a sua produção e
produtividade (ALEGRE, 2012)

2.1.2. Assistência técnica


É o conjunto de actividades de comunicação, capacitação e prestação de serviços aos
produtores rurais, visando a difusão de tecnologia de produção, de gerenciamento das
actividades rurais, e de preservação/recuperação dos recursos naturais, objectivando o
aumento da produção e produtividade dos produtores assim como a elevação da
lucratividade de suas actividades (SANTANA, 2014).

2.1.3. Pacote Tecnológico


Conjunto sistematizado de tecnologias que interagem de uma forma dinâmica no uso eficaz
dos recursos disponíveis para a produção de um determinado bem, preservação de recursos
naturais e maximização dos rendimentos agrários num contexto edafo-climático específico
como por exemplo a preparação da terra; sementeira, adubação, irrigação, controle de
pragas, doenças e infestantes na cultura de milho. O pacote tecnológico deve contemplar os
seguintes requisitos: Época de sementeira; compassos e densidades adequadas, realização
atempadas das práticas culturais; e uso de semente melhorada (MINAG, 2008).

2.1.4. Tecnologia Agrária


Conjunto de técnicas, métodos ou procedimentos agrários que concorrem para a produção
de um determinado bem e/ou serviço. A sua aplicação adequada pode trazer benefícios
económicos, sociais e ambientais. Por exemplo: controlo de pestes, enxertia, adubação,
preparação da terra, vacinação, inseminação artificial (MINAG, 2008).

2.1.5. Transferência de tecnologias


Processo de disseminar e/ou difundir as tecnologias testadas e aprovadas nas estações de
investigação aos públicos interessados. A Transferência de tecnologias consiste em ensinar
ou mostrar ao camponês de contacto, como é que devem ser usadas as sementes, como é que
devem evitar as pragas, etc (MINAG, 2008):

13
2.1.6. Pequeno Agricultor
Agricultor pequeno é caracterizado como aquele que tem menos de 10 hectares de terra
arável menos de10 cabeças de gado, ou menos de 50 ruminantes de pequena espécie ou 5000
galinhas (MINAG 2007).

2.2. Agricultura familiar


A agricultura é uma actividade impactante ao meio ambiente, no entanto, o segmento
familiar é considerado mais propício para se desenvolver modelos de produção mais
sustentáveis, principalmente, pelo facto de as propriedades serem menores. A Agricultura
Familiar (AF) consiste em um meio de organização das produções agrícola, florestal,
pesqueira, pastoril e aquícola que são gerenciadas e operadas por uma família e
predominantemente dependente da mão-de-obra familiar, tanto de mulheres quanto de
homens (EMBRAPA 2008).

2.2.1. Importância da agricultura familiar


A Agricultura Familiar (AF) apresenta-se como a forma de organização mais adequada para
potencializar o desenvolvimento agrícola e rural. Nesse sentido, os elementos fundamentais
no processo de desenvolvimento rural são a valorização e o fortalecimento da agricultura
familiar, a diversificação das economias dos territórios (sobretudo por meio do estímulo aos
sectores de serviços e à pluriactividade), o estímulo ao empreendedorismo local e a
participação do Estado para a formação de arranjos institucionais locais. A Agricultura
Familiar desempenha um papel fundamental na manutenção da paisagem natural,
conservação do património genético das plantas e defesa do património cultural das
comunidades locais (EMBRAPA 2008).

2.3. Características do Sistema de Produção Agrária em Moçambique


O agregado familiar é a unidade de produção e de consumo, e as seguintes características,
de acordo com MINAG, (2008):
• A tecnologia usada é simples, na base do trabalho manual apoiado por vezes na
tracção animal;
• Raramente se utilizam insumos comprados, tais como: sementes melhoradas,
fertilizantes, pesticidas;
• Os recursos disponíveis são limitados;

14
• A produção destina-se maioritariamente ao auto consumo, sendo limitada a
integração no mercado;
• Culturas alimentares diversificadas ao longo do ano;
• Criação de animais domésticos;
• Conservação e transformação de produtos agrícolas;
• Pesca, caça, recolha de lenha, apicultura (recolha de mel), carvão e caniço,
artesanato.

2.4. Extensão Agrária


Para o MINAG (2007), a extensão Agrária contempla as funções nucleares mínimas como a
transmissão de tecnologias, a promoção das organizações de produtores, a estratégia de
desenvolvimento, coordenação e vacinações obrigatórias. Outras funções estratégicas
incluem a capacitação das organizações dos produtores (na planificação, provisão de
serviços, e na cadeia de valores) e em aptidões empresariais e de gestão.

2.4.1. Actividades prestadas pelos Extensionistas


O extensionista é o ponto de contacto com os agricultores e actuará como o
catalizador/facilitador dentro da abordagem da extensão participativa. A sua principal
responsabilidade será a de trabalhar com os grupos de agricultores, formar os agricultores,
realizar visitas regulares, apoiar na identificação dos seus problemas, organizar
demonstrações no terreno, e dias de campo, explicar as novas opções tecnológicas, práticas
de cultivo, e dar informação sobre os mercados, encorajar os agricultores a testar e comparar
essas opções com as suas práticas actuais, e promover a troca e a disseminação da informação
no seio dos agricultores (MINAG, 2007).

As principais actividades desenvolvidas pelos extensionistas em Moçambique no apoio aos


produtores, consistem em demonstração de tecnologias, acções de ligação extensão e
investigação, promoção de mercado, produção e divulgação de material técnico, programas
radiofónicos, apoio na elaboração e implementação de projectos e acções de coordenação
com os intervenientes de extensão a todos os níveis (MUCAVEL, 2002).

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2.4.2. Constrangimentos dos Extensionistas Agrários
Segundo o MINAG (2012), os principais constrangimentos dos serviços de extensão agrária
são a reduzida capacidade técnica e exiguidade de fundos disponíveis para o seu
funcionamento. Estes constrangimentos são maiores a nível do distrito, pois alguns distritos
são actualmente servidos por um único 1 extensionista, quando o ideal estima-se de 3-8
extensionistas e um supervisor por equipa. Os constrangimentos acima traduzem-se em:
• Reduzido número de extensionistas;
• Reduzidos e/ou obsoletos meios de transporte (motorizadas);
• Falta de residências para os extensionistas;
• Reduzidas acções contínuas de capacitação dos extensionistas;
• Cortes orçamentais que originam o não cumprimento das metas anuais.

2.4.3. O papel do extensionista na transferência de tecnologias


De acordo com NHANCALE, (2011), há tendência incorrecta da parte de alguns pensar que
a extensão agrária equipara-se ao termo transferência de tecnologia. A transferência de
tecnologia inclui também:
• Desenvolver/ programar as necessidades para a mudança;
• Estabelecer uma relação de troca de informações;
• Diagnosticar os problemas dos produtores;
• Criar desejo/intenções/ vontade para uma mudança no seio dos produtores;
• Traduzir intenções em acções reais.

2.4.4. Tarefas e funções do extensionista


As tarefas e funções essenciais do extensionista são: (i) motivar/animar o produtor; (ii)
educar adulto/ jovem; (iii) disseminar informações úteis (tecnologias, mercados); (iv)
formular métodos e conteúdos da extensão; (v) apoiar produtores na solução dos seus
problemas; (vi) planificar programas/ actividades de extensão; (vii) avaliar programas de
extensão (NHANCALE, 2011).

As tarefas e funções complementares são: (i) fornecer insumos; (ii) apoiar na


comercialização e conservação de excedentes agrícolas; (iii) coordenar com a investigação,
implementar experimentações agrárias; (iv) expandir infra - estruturas de interesse para os
produtores (NHANCALE, 2011).

16
2.5. Métodos de extensão
Conforme OAKLEY (1992) existe um número significativo de métodos de extensão, que ao
mesmo tempo são métodos de comunicação. Entre estes métodos o extensionista de campo
escolhe aqueles que lhe permite realizar melhor o seu trabalho de transmissão de informação
capacitação dos camponeses. Convencionalmente, a classificação considerava esta divisão
literal dos métodos em três grupos:
• No método individual, o extensionista relaciona-se com os camponeses numa base de
um para um;
• No método de grupo, o extensionista faz com que os camponeses se juntem, de uma ou
de outra maneira, com vista a realizar o seu trabalho
• Método de massas, a informação é veiculada para muitos receptores.

No entanto, com o evoluir da ciência, um método considerado tradicionalmente de massa,


também pode ser usado como de grupo e consequentemente tem a possibilidade de produzir
os mesmos resultados e com a mesma eficácia, como por exemplo, a rádio e a televisão. Isto
prova que, em extensão não existe um método que seja melhor que o outro (OAKLEY,
1992).

2.5.1. Métodos Individuais


Quando actua-se sobre um camponês ou uma família camponesa. Algumas características
destes métodos são de acordo com NHANCALE, (2011):
• O contacto, é feito pessoa por pessoa em casa ou na machamba do camponês ou ainda
no escritório do extensionista;
• Facilita a discussão de questões de interesse mútuo, dando aos camponeses
informações e assistência técnica;
• Os encontros individuais criam confiança entre o extensionista e o agricultor.

Entre as formas de contacto destacam-se:


• Visitas à machamba do camponês;
• Audiências no escritório do extensionista;
• Chamadas telefónicas;
• Cartas pessoais e correio electrónico;
• Contactos informais de entre outros.

17
2.5.2. Métodos de Grupos
Os métodos de grupo oferecem a possibilidade de uma maior cobertura da extensão rural.
Algumas características destes métodos são segundo NHANCALE, (2011):
• O extensionista envolve mais camponeses;
• As questões são articuladas em conjunto;
• Há possibilidade de discutir as mensagens em conjunto.

Entre as formas de contacto destacam-se:


• Reunioes;
• Demonstracao de resultados;
• Escola na machamba do campones;
• Excursões e visitas de estudo;
• Dias de campo;
• Dias do agricultor;
• Conferencias ou seminarios.

2.5.3. Métodos de massas


Visam a atingir ou influenciar um grande número de camponeses segundo NHANCALE,
(2011):
• TV, Vídeo, Rádio;
• Campanhas multimídia;
• Material escrito (Jornais, Revistas, Cartazes, brochuras);
• quadros e exposições;
• Fotografias;
• Material projectado (cinemas, slides)
• Feitas e outros.

18
3. METODOLOGIA
Com a finalidade de alcançar os objectivos traçados no presente estudo, foi avaliado o
contributo dos serviços de assistência técnica e extensão agrária na localidade de Padza,
distrito de Caia, para isso, foi usada uma pesquisa do tipo exploratória, explicativa e
descritiva. Segundo GIL (2002), afirma que a pesquisa exploratória tem como objectivo
proporcionar maior familiaridade com o problema com vista a torna-lo mais explicativo.
Pode envolver o levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas experiente no problema
pesquisado, geralmente assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso”.

Segundo Brito (2014), este tipo de pesquisa permite uso de várias técnicas e fontes de
informação como entrevistas e observações ao longo de tempo e permite ilustração mais
completa possível de uma dada situação, proporcionando uma imagem precisa dos
fenómenos actuais e constitui para compreensão das suas causas.

3.1. Localização do local de estudo


O estudo foi desenvolvido na localidade de Padza, posto administrativo de Caia-Sede, na
Província de Sofala. O Distrito de Caia é limitado ao Norte e Nordeste pelo Rio Zambeze,
Noroeste pelo Distrito de Chemba, Sul Distrito de Cheringoma, Sudeste Distrito de
Marromeu e Sudoeste/Oeste Marínguè (MAE, 2014). O Distrito de Caia é constituído por
em três postos administrativos (Caia, Murraça e Sena), compostos por
localidades/autoridades comunitárias.

Figura 1: Mapa do distrito de Caia


Fonte: Gussul, (2017)

19
3.2. Superfície e população do distrito de Caia
A superfície do distrito é de 3.596 km2 e a sua população está estimada em 136 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 37,8
hab/km2, previa-se que, o distrito, em 2020 viria atingir os 168 mil habitantes (MAE, 2014).

3.3. Segurança alimentar no distrito de Caia


O Distrito de Caia é propenso a várias calamidades naturais, com maior destaque as cheias,
inundações que assolam a zona baixa, contrariamente à zona alta que é afectada pela
estiagem. Estes desastres, associados à fraca produtividade agrícola, conduzem a níveis de
Segurança Alimentar de risco, sobretudo os camponeses de menos posses, idosos e famílias
chefiadas por mulheres, numa situação potencialmente vulnerável. Efectivamente, dadas as
tecnologias primárias utilizadas e, consequentemente, os baixos rendimentos das culturas, a
colheita principal é, em geral, insuficiente para cobrir as necessidades de alimentos básicos,
que só são satisfeitas com a ajuda alimentar, a segunda colheita, rendimentos não agrícolas
ou outros mecanismos de sobrevivência (MAE, 2014).

As principais organizações que apoiam o distrito, sobretudo aquando de calamidades, são o


PMA, o Departamento de Prevenção e Combate às Calamidades Naturais o Programa de
Emergência de Sementes e Utensílios, a Save the Children e a Organização Rural de Ajuda
Mútua, cuja actuação inclui a entrega de alimentos e a distribuição de sementes e de
instrumentos agrícolas, no quadro de programas “comida por trabalho” (MAE, 2014).

3.4. Condução da pesquisa

3.4.1. Amostragem da pesquisa


Recorreu-se para a presente pesquisa, a amostragem não-probabilística, como forma de
incluir os participantes no estudo e no momento de recolha de dados, a escolha da população
(características internas capazes de responder aos objectivos), pois de acordo com FORTIN
(2003) citado por SITOE (2005), este método é formado por sujeitos que são facilmente
acessíveis e estão presentes num local determinado e no momento preciso. No caso concreto
recorreu-se aos produtores que mostrarem disponibilidade para participar ao inquérito.
Foram inqueridos no total 18 produtores familiares.

20
3.4.2. Técnicas de recolha de dados
A entrevista é considerada por YIN (2005) citado por MONTEIRO (2009) como uma das
mais importantes fontes de informação, desde que o entrevistador siga sua linha de
investigação a partir de um protocolo e elabore questões reais que atendam às necessidades
de sua investigação. Para a efetivação desta pesquisa, foi utilizada a entrevista como técnica
de recolha de dados por meio de um questionário (apêndice 2).

3.6. Variáveis analisadas


Foram analisadas na presente pesquisa as seguintes variáveis de acordo com o SILVA
(2016):
• Caracterização dos produtores por sexo e idade;
• Nível de cobertura dos serviços de extensão agrária;
• Tipo de assistência prestado aos produtores;
• Frequência do extensionista no campo do produtor;
• Variação da produção face aos serviços de extensão agrária.

3.5. Questões Éticas da pesquisa


Os objectivos da pesquisa foram explicados aos participantes em linguagem clara e
acessível, antes do começo do processo de recolha de dados. Após isso, todos os produtores
que concordarem em participar do inquérito assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido (Apêndice 1.), sendo garantido o anonimato e a desistência a qualquer tempo,
sem prejuízo ao participante.

3.6. Análise Estatística


As informações obtidas das fichas de recolha de dados, foram digitalizadas no pacote
Microsoft Office Excel 2019 e posteriormente analisadas através de tabelas e gráficos para
a interpretação das mesmas.

21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Caracterização dos produtores por sexo e idade


para responder os objetivos propostos na presente pesquisa, foram inqueridas no total 18
agricultores familiares, dos quais, 10 foram mulheres e 8 homens, de várias faixas etárias. a
figura 2, mostra que na localidade de Padza, as actividades agrícolas são realizadas na sua
maioria por mulheres na faixa etária dos 21 a 40 anos de idade.

Homem Mulher
8
7
7
6
5
4
3 3
3
2 2
2
1
1
0 0
0
0-20 Anos 21-40 Anos 41-60 Anos Maior de 60 Anos

Figura 2: Caracterização dos produtores por sexo e idade.


Fonte: Autor, (2023)

REIS (2011) no seu estudo sobre práticas agroflorestais tradicionais nas aldeias da localidade
de Penhalonga, no distrito de Manica, verificou que a idade dos agricultores entrevistados
variou entre 11 a 55 anos, sendo que a faixa etária de maior incidência foi de 41-50 anos de
idade, correspondente a 61,3%. Estes resultados são contraditórios aos encontrados no
presente estudo, provavelmente por se tratar aos costumes e culturas de vida diferentes aos
produtores de Caia.

4.2. Nível de cobertura dos serviços de extensão agrária


Os resultados da pesquisa (figura 3), mostram que na localidade de Padza, há pouca
cobertura dos serviços de extensão agrária. Dos 18 produtores inqueridos, apenas 16.7%
beneficiam-se da assistência técnica e os restantes 83.3% não se beneficiam destes serviços.

22
Sim Não
90,0% 83,3%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0% 16,7%
10,0%
0,0%
Recebem assistência técnica

Figura 3: Nível de cobertura dos serviços de extensão agrária.


Fonte: Autor, (2023)

SILVA (2011) no seu estudo sobre a Política Nacional de Assistência técnica e extensão
rural no assentamento António conselheiro. Este autor, verificou no seu estudo que apenas
36.9% beneficiavam-se de assistência técnica e a maioria (63.1%) não se beneficiavam de
nenhum tipo de assistência técnica na propriedade. Estes resultados se assemelham com os
encontrados na presente pesquisa.

Resultados contrários foram encontrados por GUSSUL (2017) no seu estudo sobre Análise
dos serviços de assistência técnica de extensão rural público e privado no posto
administrativo de Caia-Sede. Este autor, verificou no seu estudo que a maiores dos
produtores (85.0%) beneficiavam-se de assistência técnica. A contradição nos resultados
desta pesquisa com os encontrados por GUSSUL (2017), pode ser justificada pela diferença
do período da realização da pesquisa, podendo assim significar que, 10 anos atrás, os
serviços de assistência técnica e extensão agrária, tinham impacto positivo na propriedade
do agricultor em relação a actualidade.

4.3. Tipo de assistência prestado aos produtores


Dos 16.7% de produtores que se beneficiam dos serviços de extensão agrária, na localidade
de Padza, 11.1% são beneficiados em equipamentos agrícolas e 5,6% apenas na capacitação.

23
90,0% 83,3%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0% 11,1%
10,0% 5,6%
0,0%
Equipamentos Capacitação Nada

Figura 4: Tipo de assistência prestado aos produtores.


Fonte: Autor, (2023)

Resultados encontrados por GUSSUL (2017) no seu estudo sobre Análise dos serviços de
assistência técnica de extensão rural público e privado no posto administrativo de Caia-Sede,
indicam que para além de equipamentos e capacitação, os produtores beneficiavam-se
também de insumos e crédito agrícola, este último, fornecido pelo sector privado.

4.4. Frequência do extensionista no campo do produtor


A figura 5 adiante, mostra que os serviços de extensão agraria, na localidade de Padza, são
desenvolvidos de forma irregular, ou seja, segundo as informações colhidas ao nível dos
produtores locais, a assistência técnica prestada pelos extensionistas não seguem um
cronograma definido e, são feitas por vezes, com intervalos mensais e, por outra, com
intervalos anuais.

100,0%
83,3%
80,0%

60,0%

40,0%

20,0% 11,1%
5,6%
0,0%
Uma vez por mês Uma vez por ano Nunca

Figura 5: Frequência do extensionista no campo do produtor.


Fonte: Autor, (2023)

24
Segundo SITOE (2010), ausências frequentes dos extensionistas podem comprometer o
seguimento de algumas operações agrícolas subsequentes, o que, por sua vez, pode alimentar
o vício de os produtores as realizarem sem seguir as recomendações dos extensionistas. A
pouca frequência de assistência aos produtores pode dever-se ao número reduzido dos
extensionistas, pois MADUELE (2014) no seu estudo sobre o Perfil e Papel do extensionista
no do Distrito de Matutuine, indica que a fraca presença dos extensionista influencia na
eficiência dos serviços prestados.

4.5. Variação da produção face aos serviços de extensão agrária


Os resultados da figura 6 mostram que os serviços de extensão agrária, na localidade de
Padza, não apresenta nenhum impacto, ou seja, os produtores, não conseguem ver a diferença
na sua produção com ou sem assistência técnica prestada pelos extensionistas naquela
localidade agrícola.

120,0%
100,0%
100,0%
80,0%
60,0%
40,0%
20,0%
0,0% 0,0%
0,0%
Reduziu Não alterou Aumentou

Figura 6: Variação da produção face aos serviços de extensão agrária.


Fonte: Autor, (2023)

GUSSUL (2017) no seu estudo sobre Análise dos serviços de assistência técnica de extensão
rural público e privado no posto administrativo de Caia-Sede, verificou melhoria nas
condições de vida dos produtores por conta dos serviços de extensão agrária. Estes resultados
são contraditórios aos encontrados na presente pesquisa. isso pode significar que desde 2017
para a actualidade, os serviços de extensão agrária na localidade de Padza, posto
administrativo de Caia-Sede, vem perdendo impacto no seio dos produtores rurais, fazendo
com que haja baixa produção agrícola em comparação com aos anos anteriores.

25
5. CONCLUSÃO

Os resultados mostraram poucos produtores (16,7%) beneficiam-se de assistência técnica


pelos serviços de extensão agrária e, destes, 11,1% são assistidos em equipamento e 5.6 %
em capacitação.

A frequência dos extensionistas no campo dos produtores tem sido uma vez ao mês e por
vezes, uma vez ao ano e de forma irregular, ou seja, as actividades não são agendadas.

Não é notável um contributo significativo dos serviços de assistência técnica e extensão


agrária no aumento da produção e renda dos produtores familiares da localidade de Padza,
pois, a maior parte (83,3%) destes produtores não se beneficiam da assistência técnica.

26
6. RECOMENDAÇÕES

Aos agricultores da localidade de Padza:


• Estejam sempre disponíveis para receber qualquer apoio técnico por prate dos
extensionistas;

Aos extensionistas do distrito de Caia:


• Esforcem-se mais por forma a cobrir maior número de produtores na transferência
de tecnologias agrárias;

Ao governo do distrito de Caia (SDAE):


• Sensibilizem aos extensionistas a serem dinâmicos e maiores transmissores de
informação referente as tecnologias agrárias.

Aos futuros investigadores:


• Que realizem mais estudos do género, não só na localidade de Padza, como em outros
pontos do país visando obtenção de mais informação
• Elaborem projectos de extensão que promovam tecnologia e que haja ligação entre o
conhecimento científico e a difusão do mesmo.

27
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALEGRE, Telma V. N. G. (2012). Cooperativas Agrícolas e Desenvolvimento Comunitário


no Distrito de Boane: O Caso das Cooperativas 25 de Setembro e Agro-Pecuária de
Campoane. Universidade Eduardo Mondlane.

BRITO, D. (2014). Avaliação do Impacto Socioeconómico do Amarelecimento Letal do


Coqueiro no Distrito de Nicoadala. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia e Protecção de
Plantas).

DIESEL.V.; MARCELO.M. D. (2010). Fundamentos teórico-metodológicos da extensão


rural –quais fundamentos.

EMBRAPA. (2008). Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Sistema Nacional de


Pesquisa Agropecuária – SNPA.

FAO. (1995). Agrucultural extension and farm women in the 1980s. Roma.

GIL, A. C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas.

GUSSUL, N. A. (2017). Análise dos serviços de assistência técnica de extensão rural público
e privado (Estudo de caso: posto administrativo de Caia-sede, distrito de Caia, província de
Sofala).

MINAG. (2007). Estratégia da Revolução Verde. Aprovado pelo Conselho de Ministros.

MINAG. (2008). Análise da Renda e Dinâmica de Pobreza nas Zonas Rurais de


Moçambique 2002-2005. Namaacha.

MINAG. (2012). Plano Nacional de Investimento do Sector Agrário 2013 -2017.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. (2011). Plano Estratégico de Desenvolvimento do


Sector Agrário (PEDSA). Moçambique.

MINISTÉRIO DE ADMINISTRAÇÃO ESTATAL. (2014). Perfil do Distrito de Caia.


Maputo-Moçambique.

28
MODIBO, K., NTHOIWA, G.P & TSELAESALE, N.M. (2010). An Evaluatin of Factors
that Hinder Subsistence Farmers from Diverting to Profitable Farming in Botswana: A
Lesson for Extension Officers.

MONTEIRO, A.S; SILVA, I. C.; LOMBA, R. M. (2009). Assistência técnica e extensão


rural na agricultura familiar do estado do amapá, amapá-brasil.

MPD. (2007). Estratégia de Desenvolvimento Rural. Ministério de Planificação e


Desenvolvimento. Moçambique.

MUCAVEL, C. (2002). Boletim Informativo do MADER. Maputo.

NHANCALE, I, T. (2011). Conceitos Básicos sobre Extensão Rural e Papel do


extensionista. DNEA-Maputo.

OAKLEY, P.; GARFOTH. (1992). Guia de formação para a extensão, Centro de Extensão
e Desenvolvimento Rural, Universidade de Reading do Reino Unido-Roma.

PETARLY, R. (2013). (2013). Assistência técnica e extensão rural para qué? O caso da
cooperativa Agro-pecuário de patrocínio.

REIS, S. J. C. (2011). Práticas agroflorestais tradicionais acima de 1000 m de altitude nas


aldeias de Nhamombe, Chua e Chinhamazizi na Localidade de Penhalonga, distrito de
Manica.

SANTANA, ANTÓNIO LÁZARO. (2014). Assistência Técnica e Extensão Rural: conceitos


e objectivos.

SILVA, J. J. (2016). A política Nacional de Assistência técnica e extensão rural no


assentamento António conselheiro.

SITOE, T. (2005). Agricultura Familiar em Moçambique- estratégias de desenvolvimento


sustentável, Maputo.

VUMA, SL E PIRES, MLLS. (2009). A Extensão Rural e seus Impactos sobre


Desenvolvimento Local: a Experiência do Outsourcing na Província de Gaza- Moçambique.

29
8. APÊNDICES

Apêndice 1: Declaração de Consentimento Livre e Esclarecido

DECLARAÇÃO

Eu, _________________________________________________________, fui esclarecido


sobre a pesquisa (Contributo dos serviços de assistência técnica e extensão agrária na
localidade de Padza, distrito de Caia) e ciente dos objectivos e compromissos do
pesquisador sobre a utilização das informações, concordo que meus dados sejam utilizados
na realização da mesma.

Padza, ______de_____________________de 2023.

Assinatura

__________________________________

30
Apêndice 2: Questionário dirigido ao produtor

Ficha de inquérito para análise do contributo dos serviços de assistência técnica e


extensão agrária na localidade de Padza

Caro Inquerido!

O presente inquérito, tem por finalidade recolher dados sobre o contributo dos serviços de
assistência técnica e extensão agrária na localidade de Padza, distrito de Caia. Pretende-se
com estes dados, desenvolver uma pesquisa que possa contribuir assim na melhoria da
percepção dos serviços de assistência técnica e extensão agrária, em benefício das
comunidades rurais.

Secção I: Identificação do respondente


1. Nome ________________________________________________________________
2. Idade: 0-20 anos (….) 21-40 anos (....) 41-60 anos (....) Mais de 60anos (....)
3. Género: Masculino (....) Feminino (….)
4. Contacto ______________________________________________________________

Secção II: Secção referente ao tipo de assistência prestado aos produtores familiares
1. Recebe apoio dos serviços de extensão? Sim (….) Não (....)
1.1. Se sim, há quanto tempo recebe o apoio da extensão?
_________________________________________________________________________

2. Que tipo de apoio recebe aos serviços de extensão rural?


Insumos (….) Crédito (….) Capacitação (….) Equipamentos (….)
Outro (….), qual?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Secção III: Secção referente frequência do extensionista no campo


1. Qual tem sido a frequência dos extensionistas na sua comunidade?
Todos os dias ( );
Semanalmente: 1vez ( ); 2vezes ( ) ; 3 vezes ( ) 4 vezes ( );
Mensalmente: 1 vezes ( ); 2 vezes ( ); 3 vezes ( ); 4 vezes ( );
Outra ( ), qual?
_________________________________________________________________________

31
2. Como avalia a assistência prestada a si pelo extensionista?
Péssima (….) Razoável (….) Bom (....) Excelente (….)

Secção IV: Secção referente análise da produção face aos serviços de extensão
1. Como avalias a sua produção com o apoio da extensão?
Reduziu (....) Aumentou (....) Continua na mesma (....) Não sabe (....)

2. Seria possível produzir sem o apoio da extensão? (….) Sim (….) Não

2.1. Se sim, porque?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2.2. Se não, porque?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Agradeço pela sua colaboração.

32
Apêndice 3: Cronograma de actividades (2023)

Semana/mês Novembro Dezembro


Actividades I II III IV I II III IV
Análise do problema e definição do tema da
pesquisa
Preparação do protocolo de pesquisa
Revisão bibliográfica e aspectos
metodológicos
Recolha, registro de dados e análise de dados
Processamento, compilação dos resultados de
pesquisa
Apresentação e defesa do trabalho final
Fonte: Autor (2023)

Apêndice 4: Orçamentação
Item Quantidade Unidade Preço/Item Unidade Total
Bloco de Notas 1 - 75,00 Mt 75,00
Canetas 2 - 10,00 Mt 20,00
Digitação 35 Pág 20,00 Mt 700,00
Impressão 75 Pág 5,00 Mt 375,00
Encadernação 3 - 50,00 Mt 150,00
Total 1 320,00
Fonte: Autor (2023)

Apêndice 5: Recolha de dados por meio de entrevista

Fonte: Autor (2023)

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