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EFEITO DE DIFERENTES VELOCIDADES DE SEMENTEIRA NO

RENDIMENTO DA CULTURA DE MILHO NO DISTRITO DE CAIA

Ivaniel João Saize Duarte


UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONOMICA E FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONOMICA

EFEITO DE DIFERENTES VELOCIDADES DE SEMENTEIRA NO


RENDIMENTO DA CULTURA DE MILHO NO DISTRITO DE CAIA

Ivaniel João Saize Duarte

Mocuba

2020
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONOMICA E FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONOMICA

EFEITO DE DIFERENTES VELOCIDADES NO SEMENTEIRA NO


RENDIMENTO DA CULTURA DE MILHO NO DISTRITO DE CAIA

Autor: Ivaniel João Saize Duarte

Supervisor: Engº. Mestre Fernando Nortor Hilario Chare

7
Monografia submetida a Faculdade de Engenharia
Agronómica e Florestal, Departamento de Engenharia
Agronómica, Universidade Zambeze de Mocuba, em
cumprimento dos requisitos para obtenção do nível de
Licenciatura em Engenharia Agronómica
DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Eu, Ivaniel João Saize Duarte, declaro que esta dissertação é resultado do meu próprio
trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de Licenciatura na Universidade
Zambeze, Mocuba. A mesma não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou
para avaliação em nenhuma outra Universidade.

______________________________________________ (Ivaniel João Saize Duarte)

Mocuba, ______/______________/ 2020


INDICE

Conteúdo
DEDICATORIA ............................................................................................................... 6
AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... 7
EPIGRAFE ....................................................................................................................... 8
LISTA DE FIGURAS, TABELAS E EQUAÇOES......................................................... 9
LISTA DE APENDICES ............................................................................................... 10
LISTA DE SIMBOLOS E UNIDADES DE MEDIÇAO, SIGLAS, ACRONIMOS E
ABREVIATURAS ......................................................................................................... 11
RESUMO ....................................................................................................................... 12
ABSTRACT ................................................................................................................... 13
I.INTRODUÇAO ........................................................................................................... 14
1.2 Objectivos ................................................................................................................. 18
1.2.1 Gerais ..................................................................................................................... 18
1.2.2 Especifico .............................................................................................................. 18
1.4 Problema de Estudo .................................................................................................. 15
1.5 Justificativa ............................................................................................................... 16
II.REVISAO BIBLIOGRAFICA ................................................................................... 19
2.2.Classificação Botânica .......................................................................................... 20
2.3 Descrição da cultura.............................................................................................. 20
2.4 Condições edafo-climáticas .................................................................................. 20
2.5 Pragas e doenças do Milho ................................................................................... 21
2.6 Doenças .................................................................................................................... 21
2.7 Importância do Milho ............................................................................................... 22
2.7.1 Económica ......................................................................................................... 22
2.7.2 Forragem ............................................................................................................ 22
2.7.3 Alimentar ........................................................................................................... 22
2.7.4 Produção do Milho de Moçambique .................................................................. 22
III.MATERIAL E METODOS ....................................................................................... 28
Análise estatisticas dos dados ..................................................................................... 32
5.2. Recomendações ................................................................................................... 41
DEDICATORIA

Dedico esta trabalho aos meus pais João Saize Duarte e Ernestina Maria Braga Saize,
aos meus irmãos Saize João Duarte, Eunice Joaquina Saize e Eucleusia Saize pelo apoio
moral, pois sem eles não haveria de chegar onde eu cheguei e de alcançar os objectivos
pelos quais me esforcei…
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida.

Aos meus pais Joao Saize Duarte e Ernestina Maria Braga Saize pela educação, carinho
e pela ajuda financeira nos meus estudos e que acreditaram e apoiaram-me durante toda
jornada e na realização deste trabalho, palavras não chegam para agradecer muito
obrigado por tudo

Ao meu supervisor Engº Fernando Hilario Nortor Chare pela ajuda conselhos, dicas,
paciência, pela valiosa orientação académica e acompanhamentos para a realização
deste trabalho, muito obrigado

Aos meus colegas Joao David Raposo, Abdulcadre Ossumane, Constantino Agostinho
pelo apoio muito obrigado

Aos Engºs.(Msc) Antonio Matabeira, Eng. Anibal Gundana, Engº Analia Campira pelo
apoio, pela disponibilidade de transporte para o campo para que eu pudesse realizar
minhas actividades, bem como da área para a montagem do ensaio, o meu obrigado.

Ao senhor Mateus, pela ajuda e pratica no campo.

A todos os docentes do DEA obrigado pelos conhecimentos transmitidos durante toda a


formação do curso. Aos meus colegas de turma, da Faculdade e amigos, muito
obrigado.

A todas a pessoas que de uma forma directa e indirecta ajudaram e que não foram aqui
citados, muito obrigado.

O meu MUITO OBRIGADO…


EPIGRAFE

``Corremos tanto para sobreviver e agora para viver temos que parar. Nunca tínhamos
tempo para nada, e agora temos tempo e não podemos fazer nada …´´

Autor Desconhecido
LISTA DE FIGURAS, TABELAS E EQUAÇOES
LISTA DE APENDICES
LISTA DE SIMBOLOS E UNIDADES DE MEDIÇAO, SIGLAS, ACRONIMOS E
ABREVIATURAS
RESUMO
As máquinas e implementos desempenham papel fundamental na agricultura, num
contexto especifico, através das semeadoras-adubadoras são criadas as condições para
que a sementeira do milho seja feita de maneira adequada, alem a maioria das operações
empregadas na produção agrícola podem ser mecanizadas, resultando eficiência das
actividades e retorno financeiro ao produtor, desde que bem conduzidas, empregando
tecnologia e maquinaria adequada. O milho alem de Cereal é uma cultura de importante
valor económico, cultural e alimentar no mundo bem como no caso concreto de
Moçambique, sendo responsável por garantir a segurança alimentar para diversos níveis
sociais, numa altura em que o pais desdobra-se com o objectivo de modernizar a
agricultura de modo que a actividade garanta maior produtividade é de carácter
prioritário definir estratégias de modo a que tal aconteça de forma sustentável, Assim o
trabalho tem como objectivo avaliar diferentes tipos de velocidades de sementeira no
rendimento do milho no distrito de Caia, velocidade 1 (realizado no bloco 1),
velocidade 2 (realizado no bloco 2) e velocidade 3 (realizado no bloco 3), mediante as
seguintes velocidades 3km/h, 6km/h e 9km/h respectivamente, sendo que cada bloco era
composto por uma área experimental de 25m x 100m, esta operação foi realizada com
base numa Semeadora-adubadora, trabalhando a uma profundidade de 3cm. Os dados
foram analisados com base no pacote Microsoft office (excel 2010). Os indicadores de
qualidade de consumo de combustível do conjunto mecanizado, mobilização do solo, e
características agronômicas da cultura do milho proporcionaram maior qualidade de
semeadura para o mecanismo pneumático na menor velocidade de deslocamento. A
velocidade de 3 km foi a mais adequada para a operação de semeadura por ter
rendimento de campo de 94,03%.

Palavra-Chave: Zea Mays ,Mecanização, velocidade, Rendimento.


ABSTRACT
I.INTRODUÇAO
Os efeitos de diferentes sistemas de maneio têm sido estudados por diversos autores,
destacando-se sementeira directa e preparo do solo (Silva & Silveira, 2002). Segundo
Possamai et al. (2001) avaliaram os efeitos dos sistemas de maneio (sementeira directa,
preparo do solo com arado de aivecas, arado de discos, grade pesada e enxada rotativa),
sobre as características agronómicas do milho, segundo (Carvalho filho et al., 2007).o
solo deve ser preparado com o mínimo de mobilização, não implicando com isso
diminuição da profundidade de operação, mas sim redução do número de operações

A utilização de máquinas agrícolas para promoção da melhoria nos sistemas gerências e


para o aproveitamento dos recursos produtivos torna a mecanização da agricultura, um
dos principais elementos, na modernização da agricultura, principalmente na produção
de grãos (MATOS, 2007; VIEIRA; BRIZOLLA, 2007; SANTOS; VALE, 2012).

Na operação de sementeira ,o estande adequado e a uniformidade de distribuição de


sementes são apontados como fatores de grande influência na produtividade do milho
(DELAFOSSE, 1986). Esses fatores podem ser afetados por inúmeras variáveis, sendo a
velocidade de sementeira uma das mais importantes. (KURACHI et al., 1989).
DAMBRÓS (1998) concluiu que a uniformidade de distribuição de plantas foi reduzida
com o aumento da velocidade na operação de sementeira e verificou que a semeadora-
adubadora pneumática apresentou maior percentual de espaçamentos aceitáveis e menor
coeficiente de variação na menor velocidade testada (5,0 km). SILVA(2000) assevera
que a uniformidade de distribuição de sementes não foi influenciada pela velocidade de
deslocamento na implantação de culturas de milho e soja. REIS & ALONÇO(2001)

O milho (Zea mays L.) é um cereal originário da América Central (México) e


domesticado por volta dos anos 7500 a 12000, cultivado em grande parte do mundo. É
um dos alimentos mais nutritivos que existem, contendo quase todos os aminoácidos
conhecidos, excepto a lisina e triptofano, tem alto potencial produtivo e responde
bastante a tecnologia (Cancellieret al.,2011).

Em Moçambique é considerada cultura tradicional semeada em todas Províncias por ser


um cereal de vital importância na alimentação e na geração de emprego nas indústrias
de maiores tecnologias garantindo a segurança alimentar da população em geral por
conter ao redor de 10% de proteína (para a construção de músculos e cicatrização), de
70 até 73% de amido (para energia), vitamina A que ajuda manter boa visão ,e
qualidades significantes de zinco e ferro que são necessários para o funcionamento de
vários processos no corpo humano. Este cereal pode ser cozido, assado, frito, pilado
para ser farinha, e muito mais(Alvarez et al, 2006).
1.2 Problema de Estudo
O grande desafio enfrentado actualmente na mecanização no mundo e no caso concreto
de Moçambique esta relacionado com o maneio inadequado e por vezes desnecessários
de equipamentos por falta de técnicas apropriadas. Para Fessel (2003), o desempenho
operacional das máquinas agrícolas é um complexo conjunto de informações que
determinam suas características ao executarem operações sob determinadas condições
de trabalho, como na interacção directa com o solo. Essas informações podem ser
relativas à qualidade e quantidade de trabalho bem como dinâmicas relativas à potência
e a velocidade de trabalho.

Segundo Garcia et al. (2011) durante o uso da sementeira mecanizada, diversos factores
interferem no estabelecimento do estande, ou seja, uniformidade de plantas e na
produtividade da cultura, sendo a velocidade de operação da máquina no campo, um
deles. O parâmetro anterior pode influenciar, no deslizamento dos rodados, capacidade
de campo operacional, velocidade do mecanismo dosador, distância entre sementes,
profundidade e exposição de sementes, ocorrência de espaçamentos duplos ou falhos ,e
danos mecânicos

Sendo assim:

Qual seria o efeito de diferentes velocidades de sementeira mecanizada no rendimento


da cultura de Milho no distrito de Caia?

1.3 Justificativa
Moçambique é considerado a nível internacional como pais possuidor de terras aráveis
com cerca de 35 milhões de hectares com estas características no entanto apenas 5
milhões de hectares encontram-se ocupadas representando uma taxa de aproveitamento
de apenas18%.

A modernização dos sectores económicos e, em particular, o da agricultura tem sido


apontada como uma das prioridades do Governo de Moçambique. Pode-se dizer mesmo
que as intervenções promovidas pelo Governo através da MASA, que compreende a
definição de política agrária, mobilização de recursos param sua concretização.
A velocidade de deslocamento é um dos factores de extrema importância no
planeamento das operações agrícolas, influenciando directamente no desempenho dos
tractores. A correcta escolha da velocidade de deslocamento é fundamental para a
qualidade das operações, monitoramento do requerimento de potência, desligamento das
rodoras motrizes e eficiência de tracção (Molin et al., 2014). Contudo a mesma também
tem influência directa no campo, tais como: a qualidade do preparo do solo, no plantio e
consumo de combustível. Portanto, velocidade, rotação, tipo de terreno e tipo de
implemento são relações que optimizam o trabalho em campo.

O uso inadequado dos tractores e os seus implementos são uns dos factores que
contribuem negativamente para o baixo rendimento das culturas, sobre tudo na cultura
do milho. Esta cultura para alem de ser o terceiro cereal mais produzido a nível
mundial, e uma cultura que no caso concreto de Moçambique é o cereal mais produzido
com uma produtividade de 1tononelada por hectare, este cereal garante a segurança
alimentar, e sua produtividade esta abaixo da média dos países da África Austral que e
de 4.9 toneladas por hectare (IAM, 2013).

Ao realizar-se o estudo com o intuito de que no fim possa se obter uma linha de
produção ideal que garanta a aplicação de maneio adequado, factor este que ira
contribuir para minimizar os custos operacionais e que ira maximizar a produtividade.
1.3 Objectivos

1.3.1 Gerais
 Avaliar o efeito de diferentes velocidades de sementeira no rendimento da
cultura de Milho

1.3.2 Especifico
 Avaliar Emergência em campo;
 Determinar Consumo Horário de Combustível;
 Determinar: altura média da planta, diâmetro médio do colmo, peso de 100
sementes, e a produtividade dos grãos.

1.4 Hipóteses

 Dentre as três velocidades usadas, pelo menos uma ira garantir melhor
rendimento
II.REVISAO BIBLIOGRAFICA
2.1 Milho

O milho (Zea mays L.) é um cereal originário da América Central (México) e


domesticado por volta dos anos 7500 a 12000, cultivado em grande parte do mundo. É
um dos alimentos mais nutritivos que existem, contendo quase todos os aminoácidos
conhecidos, excepto a lisina e triptofano, tem alto potencial produtivo e responde
bastante a tecnologia (Cancellier et al., 2011).

Em Moçambique é considerada cultura tradicional semeada em todas Províncias por ser


um cereal de vital importância na alimentação e na geração de emprego nas indústrias
de maiores tecnologias garantindo a segurança alimentar da população em geral por
conter ao redor de 10% de proteína (para a construção de músculos e cicatrização), de
70 até 73% de amido (para energia), vitamina A que ajuda manter boa visão ,e
qualidades significantes de zinco e ferro que são necessários para o funcionamento de
vários processos no corpo humano. Este cereal pode ser cozido, assado, frito, pilado
para ser farinha, e muito mais(Alvarez et al, 2006).

Depois de trigo e arroz, o milho é o cereal mais importante do Mundo, em termos de


área cultivada e produção total. Mais de 300 milhões de toneladas de milho são
produzidos por ano mundialmente (Hassane, 2002).

Mais há sérios problemas para quem quer cultivar esta cultura: há secas periodicamente,
a maioria dos solos têm baixa fertilidade, e existem pragas como brocas e os gorgulhose
até doenças como míldio e vírus. É por isso que o rendimento médio actual da variedade
pan 67 produzido a sequeiro é de 1,0 toneladas (1000kg) por hectare, em quanto a
estimativa do rendimento potencial é de 5 até 6,5 toneladas por hectare (João et al,
2012).
2.2.Classificação Botânica
Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida
Ordem: Poales

Família: Poaceae

Gênero: Zea
Espécie: Z. mays

2.3 Descrição da cultura


O milho possui dois sistemas radiculares: seminal ou provisório e coronário ou
definitivo, com caule formado por nós e entre nós, variando o número de nós entre 8 e
48. Ao nível de cada nó está inserida uma folha e um gomo axilar, folhas com
dimensões diferentes, tipicamente com 9 á 10 cm de largura e 80cm de comprimento
(McSween et al., 2006).
O milho é uma planta monóica, com flores estaminadas (macho) e pistiladas (fêmea) em
inflorescência separada, na mesma planta. Geralmente de polinização cruzada (aberta),
5 semanas depois da inicialização da bandeira, os entre nós alongam rapidamente e a
bandeira emerge (Bisognin et al., 1996).

Com altura média entre 1,70 e 2,50 m no florescimento e que pode ser cultivada desde o
nível do mar até 3.600 m de altitude e onde a temperatura se apresente entre uma média
noturna acima de 12,8o C e média diurna superior a 19o C. Em relação às necessidades
hídricas, são necessários 500 a 800 mm de lâmina d’agua, bem distribuídos, desde a
semeadura até o ponto de maturação fisiológica dos grãos. As fases mais sensíveis à
deficiência de água são a iniciação floral e o desenvolvimento da inflorescência além do
período de fertilização e enchimento dos grãos.

2.4 Condições edafo-climáticas


Quando as condições de temperatura e humidade são favoráveis, a semente do
milho germina em 5 ou 6 dias. Para a germinação das sementes, a temperatura do solo
deve ser superior a 10ºC, sendo a óptima de 15ºC. Na fase de desenvolvimento
vegetativo e floração as temperaturas ótimas variam de 24 a 30 ºC, sendo as superiores a
40 ºC, prejudiciais à cultura.

2.5 Pragas e doenças do Milho


As pragas ocorrentes em uma lavoura - aqui conceituadas como insetos prejudiciais à
cultura podem afectar significativamente o seu potencial produtivo. Quando atacam a
planta em sua fase inicial, reduzem a população de uma área, danificando e/ou matando
a semente logo após a sementeira ou a plântula antes ou após a emergência. Esses
insectos são de hábitos subterrâneos ou superficiais e na maioria das vezes passam
despercebidos. Os danos causados pelas pragas da fase vegetativa e/ou reprodutiva do
milho variam de acordo com o estádio fenológico da planta, condições edafoclimáticas,
sistemas de cultivo e factores bióticos localizados. (MRTCM,2015 ).

Citam-se como principais pragas para a cultura do milho:

1) Pragas subterrâneas: larva-alfinete ou vaquinha Diabrotica speciosa;

2) Pragas de superfície: broca-do-colo Elasmopalpus lignosellus, lagarta-rosca Agrotis


ipsilon;

3) Pragas da parte aérea: lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda, lagarta-das-


panículas Pseudaletia sequax, curuquerê-dos-capinzais, Mocis latipes, cigarrinhas-das-
pastagens Deois spp, cigarrinha-do-milho Dalbulus maidis;

4) Pragas-da-espiga: lagarta-daespiga Helicoverpa zea.

2.6 Doenças
Diversas são as doenças ocorrentes na cultura do milho. Dentre elas, destacam-se
ferrugens e manchas foliares; podridões do colmo e das raízes e doenças de espigas e
grãos. Os agentes causadores são fungos, bactérias e vírus. A incidência e a severidade
de cada doença variam de acordo com o genótipo utilizado, o sistema de produção
utilizado e as condições ambientais, principalmente temperatura e humidade.

Actualmente, as doenças mais comuns à cultura do milho são a mancha branca


(Phaeosphaeria maydis), a cercosporiose (Cercospora zeae-maydis), a ferrugem comum
(Puccinia sorghi), a ferrugem polissora (Puccinia polysora), a helmintosporiose
(Exserohilum turcicum) e os enfezamentos pálido (corn stunt) e vermelho.
(MRTCM,2015 )
2.7 Importância do Milho

2.7.1 Económica
O milho é um cereal que vêm assumindo a nível mundial uma difusão e uma
importância sempre crescente. O aumento das superfícies devotadas a cultura está sem
dúvida directamente relacionada com a utilização deste cereal no sector zootécnico para
produção de forragem embora, continue a constituir em muitos países em via de
desenvolvimento, um dos principais recursos de alimentação humana (Balbinot e Fleck,
2005).

2.7.2 Forragem
Nos países desenvolvidos o milho tornou-se um líder na alimentação animal,
fornecendo mais forragem do que qualquer outro cereal. O milho é altamente rico em
energia têm baixo teor de fibra e facilmente digerido pela maioria das espécies
domésticas. Nos EUA usa-se o milho principalmente como forragem, o grão é fornecido
aos suinos, bovinos, aves e ovinos para produzirem carne, ovos e leite (Balbinot et al,
2005).

2.7.3 Alimentar
Em Moçambique, o milho é um dos cereais mais apreciados sendo usado tanto para
alimentação humana e animal bem como para matéria-prima para as indústrias. Este
cereal é preparado e consumido sob uma multiplicidade de formas sendo pilado que se
transforma em farinha e esta têm vários destinos, fresco que pode ser cozido ou assado
(Sitoe, 2005).

2.7.4 Produção do Milho de Moçambique


O milho em Moçambique, cultiva-se quase em todas as regiões e por todos camponeses
nas várias condições agro-ecológicas e em diferentes condições de produção, este cereal
é cultivado mesmo em áreas geralmente menos apropriadas (Sitoe, 2005). Considera-se
as regiões Norte e Centro do país os maiores produtores deste cereal.
O milho é a cultura agrícola de maior importância em Moçambique, ocupando cerca de
1/3 da área total cultivada no país. Esta cultura tanto pode ser considerada uma cultura
alimentar básica assim como uma cultura de rendimento, sendo produzida na região
centro, norte e sul do país principalmente para a subsistência (João et al, 2012).
2.8 Tractores agrícolas

São máquinas auto-propelidas projectadas para tracionar, transportar e fornecer potência


para máquinas e implementos agrícolas. O desenvolvimento de tractores agrícolas veio
da necessidade de se cultivar grandes áreas para produzir alimentos. MIALHE, (1980)

2.8.1 Importância

 Aumentar a produtividade agrícola;


 Tornar o trabalho menos árduo e mais agradável;
 Melhorar a qualidade das operações agrícolas;

2.9 Evolução

Inicialmente foi um substituto da força animal e actualmente é utilizado para diversos


fins, apresenta tracção, serve para o accionamento de outras máquinas, transporte de
produtos, Irrigação e Sistemas remotos de controlo hidráulico.

Funções Básicas de um Tractor

Segundo (BARGER,1966) são:

BT: Barra de Tracção

TDP: Tomada de Potência

SLH: Sistema de Levantamento Hidráulico:

 Traccionar máquinas e implementos de arrasto (BT) (arados, grades, carretas...);


 Accionar máquinas estacionárias (TDP) (trilhadoras, geradores);
 Traccionar e accionar simultaneamente (BT e TDP) ou (SLH e TDP)
(colhedoras, roçadeiras, enxadas rotativas, pulverizadores);
 Traccionar e carregar máquinas e implementos (SLH e 3º ponto) (arados, grades,
cultivadores).

2.10 Semeadora –Adubadora

São denominadas semeadoras de precisão as máquinas que realizam a semeadura e


adubação de culturas de sementes graúdas, como o milho, cujas sementes são
depositadas, uma a uma. A distância entre as sementes é teoricamente uniforme, sendo
resultante do mecanismo dosador-distribuidor e do deslocamento da máquina. A
variação do número de sementes na linha deve ser pequena. No entanto, não existe uma
precisão na colocação, ocorrendo variações nas posições das sementes na linha.
(CASÃO JR, R.& SIQUEIRA,e tal.)

2.11 Mecanismos dosadores

A ABNT (1996) define mecanismo dosador como: mecanismo que transfere o material,
semente ou fertilizante, do reservatório para o componente de deposição, atendendo
requisitos de densidade de sementeira ou razão de distribuição, em ambos os casos, pre
estabelecida.

2.12 Composição

Segundo (Siqueira & Casão Jr, 2004) uma semeadora adubadora e composta por:
Chassis, sistema de engate e acoplamento ao tractor, sistema de transporte, reservatórios
para sementes e fertilizante(adubos), sistema de acionamento e transmissão, sistemas de
dosagem e distribuição de sementes e fertilizante, unidades de semeadura, marcadores
de linha e estribos.

2.13 Funções

Siqueira & Casão Jr, 2004 dizem que independentemente do tipo, número de linhas,
força de tracção ou potência utilizada, uma semeadora-adubadora de plantio direto,
deve:

 Cortar a palha
Os discos cortam a palha e abrem um sulco, sobre o qual os outros componentes
trabalharão. Os mais utilizados são os lisos, com diâmetro entre 18” e 20”.
 Abrir sulco com pequena remoção de solo e palhas
A abertura de sulcos é realizada através dos sulcadores, que podem ser discos
duplos e por hastes. As hastes, também chamadas de facas ou facões, são
ferramentas planas com superfícies de formatos variados (reto, inclinado ou
parabólico), possuindo na extremidade ponteiras, geralmente em forma de
"cunha", cuja função é cortar e penetrar o solo e possuindo, na sua parte
posterior, tubos condutores, geralmente de fertilizante, que são depositados a
maiores profundidades que as sementes.
 Dosar fertilizante e sementes
Os dosadores de sementes são responsáveis pela população de plantas e pela
distribuição das mesmas na linha de sementeira, Os mecanismos distribuidores
de sementes mais frequentes são os discos horizontais e os pneumáticos. O tipo
de dosador utilizado, além de afectar a distribuição de sementes, pode interferir
na qualidade de sementeira, em função de danos mecânicos ocasionados às
sementes.
 Depositar fertilizante e sementes em profundidades adequadas
A profundidade de sementeira é um dos factores que mais influenciam a
emergência e o desenvolvimento da cultura do milho (Silva et al., 2004).
O controlo da profundidade de deposição das sementes é feito na maioria das
semeadoras-adubadoras de precisão através de articulação com furos ou entalhes
de regulagem.
 Cobrir sementes com solo e palha
O aterramento é essencial para dar condições de germinação às sementes, no
entanto, o mecanismo cobridor de sulcos normalmente composto por dois discos
aterradores côncavos ou planos com a parte traseira convergente é o que tem
apresentado melhores resultados na devolução ao sulco do solo e resíduos
vegetais.
 Compactar solo lateralmente à semente.
Na parte posterior da semeadora-adubadora fica a roda compactadora,
responsável pelo pressionamento do solo ao redor da semente, restabelecendo o
fluxo de água solo-semente necessário à germinação e emergência da cultura e
eliminando bolsões de ar. A roda compactadora pode ser de borracha ou de
ferro, lisa ou ranhura, com saliência ou alívio na parte central. Um bom contacto
entre a semente e o solo auxilia a transferência de água para a semente.
Uma boa cobertura e compactação das sementes dependem da quantidade de
solo mobilizado pelo mecanismo sulcador, da profundidade de deposição das
sementes no sulco, do tipo de mecanismo de cobertura e compactação e da
humidade do solo.
2.13 Velocidade

A velocidade de trabalho é muito importante na semeadura, pois influi na distribuição


das sementes e nas possíveis quebras ou danos sofridos pelas mesmas, principalmente
nos dosadores mecânicos para sementes. A velocidade de operação deve, portanto levar
em conta o tipo de semente e de dosador utilizado. Para dosadores de sementes
mecânicos, as velocidades, na maioria das espécies cultivadas está compreendida entre
4,5 e 6,0km/h. Em velocidades superiores o preenchimento das células dos discos
dosadores é problemático, podendo ocasionar sérios danos mecânicos às sementes.
(Siqueira & Casão Jr, 2004)

2.14 Rendimento

2.14.1 Eficiência de produção


A contínua criação/introdução de novas tecnologias tem sido usada como padrão para
distinguir a agricultura moderna da agricultura tradicional” (Schultz, 1964).
Diante do sistema de produção capitalista, a actividade produtiva está fortemente
relacionada com a obtenção de lucros, ou seja, o retorno sobre o capital investido. Isso
propõe que a actividade produtiva deve buscar a eficiência económica (Zilli, 2003).
Na opinião de Martin et al. (1994), a utilização de estimativas de custos de produção na
administração de empresas agrícolas e propriedades rurais tem assumido importância
crescente, tanto na analise da eficiência da produção de determinada actividade quanto
na análise de processos específicos de produção os quais indicam o sucesso que
determinadas empresas no seu esforço de produzir.
Entretanto, a maioria dos agricultores não faz controlo de custos e despesas e nem
análise de custos, e nesse caso, não conhecem as margens brutas, lucros e as relações
custo/beneficio. E os agricultores notam que estão empobrecendo ou apenas se
mantendo na actividade, mas não conseguem detectar a fonte dos seus problemas, não
tem conhecimento de quais são as actividades mais lucrativas e que deverão ser
incentivadas e quais são as deficitárias no qual deverão ser reduzidas e até eliminadas
(Blum, 2001, p.89).
Além disso, considera-se que a análise dos custos de produção agrícola proporciona
muitos benefícios para a actividade rural agrícola, já que a maioria dos agricultores está
na actividade, mas, não têm conhecimento de quais são seus custos e se estão
apresentando lucro, se compensa eles se manterem na actividade ou se procuram outras
alternativas (Zilli & Da Rosa, 2006).
2.14.2 Custos de produção
Para fins de análise económica, o custo segundo Hoffmann et al. (1987), significa a
compensação que os donos dos factores de produção, utilizados por uma firma para
produzir determinado bem, devem receber para que eles continuem fornecendo esses
factores à mesma.
Tataki (1999), comenta que o custo de produção tem como principal finalidade servir à
análise da rentabilidade dos recursos empregados numa actividade produtiva. Sua
realização é útil no processo de tomada de decisão e fornece ao empresário rural um
indicativo económico que influência na escolha da tecnologia mais viável para o
empreendimento.
2.14.3 Custos Variaveis
Os custos variáveis são todos aqueles que variam exactamente em função do volume
produzido na área plantada. Pela facilidade de serem manipulados, os custos variáveis
dão ao administrador a possibilidade de tomadas de decisões rápidas para melhoria das
actividades produtivas. Na maioria das vezes, as decisões tomadas possibilitarão
correcções no fluxo de caixa e alterações com pequenos reflexos na estrutura da
empresa como um todo (Antunes & Ries, 2001).
2.14.4 Custos Fixos
Os custos fixos são aqueles recursos que possuem: duração superior ao curto prazo; sua
renovação só se verifica em longo prazo; não são incorporados totalmente no produto e
não são facilmente alteráveis no curto prazo; e o seu conjunto determina a capacidade
de produção da actividade (escala de produção). Geralmente enquadram-se nessa
categoria as terras, benfeitorias, máquinas, equipamentos, depreciação, impostos e taxas
fixas (Reis, 1999; Tataki, 1999).
III.MATERIAL E METODOS
3.1 Descrição e Localização da área em estudo

O estudo foi realizado na província de Sofala no distrito de Caia, no Centro De


Investigação E Transferência De Tecnologias localizada nas seguintes coordenadas:
17º49´49´´S e 35º20´19´´ que é limitado pelo distrito de Chemba a Nordeste e rio
Zambeze a Este, a Noroeste e Oeste faz limite com o distrito de Maringue, e a Sul
limitado pelos distritos de Cheringoma e Marromeu. A superfície do distrito é de 3.596
km2.

Fonte: Feaf-2020

3.2 Dados do clima

O clima em geral e sub-árido moderado ao longo do vale e para norte, a subhúmido no


interior e para sul. A precipitação média anual é de 987 mm sendo o regime de chuvas
constante na região, de Novembro a Março, durante os quais ocorrem normalmente 80 a
95% das chuvas, nas áreas mais secas podendo ser mais concentradas. Os meses do
tempo seco vão de Maio a Outubro. (MAEFP 2019)
400

350

300

250
t. Max
200
T.Min
150 precip
100

50

0
Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro

Fonte: Inam-2020

3.3 Solos predominantes

Ocorrem principalmente solos hidromórficos arenosos acinzentados (Sul), aluvionares


arenosos avermelhados (Norte Interior) e solos argilosos vermelhos (zona centro)
(PEDD,2010)

3.4 Geologia

No que diz respeito a geologia regional, o distrito e influenciado pelo sistema do vale do
Rift, e pelo sistema de planalto de Inhaminga, representado pelas bacias dos rios zangue
primeiro, afluente da margem direita do Zambeze, e Mucua depois, que, atravessam
logintudinalmente no sentido NE-SW(no mesmo sentido das falhas do Graden Urema,
enquanto que a parte Este e denominada pelo sistema de planícies de inundação do rio
Zambeze e seus afluentes, e parcialmente pelas terras húmidas do Delta. (MAEFP,2005)

3.5 Descrição da variedade

A variedade usada no ensaio foi Matuba cujas principais características são: Cilco 100 a
120 dias, com potencial produtivo estimado em 1-6 ton/há, Resistente ao Downy
mildew e tolerante ao visrus do listrado da folha. Grão duro. Maturação Precoce-
Intermédia. Recomendada para cultivo sob condições de baixos insumos.

Fonte: IIAM,2016
3.6 Características técnicas do tractor

Marca Sonalika
Modelo DI-60
Motor Sonalika
Rotação Nominal 2100 rpm
Aspiração Natural
Número de cilindros 3
Tomada de Força/accionamento Electro-hidraulico
Tomada de força/velocidade 1050 rpm
Sistema hidráulico/bomba Engrenagem

3.7 Características tecnicas do implemento

Marca Sonalika
Nº de depósitos de sementes 11
Nº de linhas 11
Largura do trabalho

3.8 Descrição do ensaio e tratamentos

O modelo experimental que foi utilizado para a realização do estudo é de Delineamento


de Blocos Completamente Casualizados (DBCC). Com o objectivo de análise e
comparação dos resultados do efeito das diferentes velocidades foram realizadas
sementeiras com base em 3 velocidades de operação: velocidade1 (realizado no bloco
1), velocidade 2 (realizado no bloco 2), velocidade 3 (realizado no bloco 3), mediante as
seguintes velocidades 3km/h, 6km/h, 9km/h, respectivamente, sendo que cada bloco era
composto por uma área experimental de 25 x 100m, a área total do experimento foi de
100m². Esta operação foi constituída por uma semeadora-adubadora, trabalhando a uma
profundidade de 3 cm, os dados foram processados pelo pacote Microsoft office (excel
2007).

O preparo do solo no campo foi mecanizado, por tractor da marca Sonalika


Nivel de Confiança Valor de `Z´
99% 2.58
95% 1.96
90% 1.64
85% 1.44

3.9 Variáveis analisadas

Altura média da planta (m)


Para análise da variável altura da planta, foi determinada aos 84 dias com ajuda de uma
fita-métrica, considerando a altura a partir da superfície do solo (base da planta) até o
ápice da última folha, usando-se oito plantas representativas (centrais), escolhidas ao
acaso em cada parcela.
Diâmetro médio do colmo (cm)
O diâmetro médio do colmo determinou-se aos 80 dias, com ajuda de um paquímetro
electrónico, considerando o diâmetro do segundo entrenó a partir do solo, tendo sindo
usada oito plantas centrais (representativas) de cada parcela em cada tratamento.

Peso de 100 sementes


Peso de 100 sementes foi determinado em gramas por semente, obtido de uma amostra
de 100 sementes por parcela

Rendimento dos grãos (kg/ha)


Para análise da variável rendimento de cada variedade, foram colhidas todas espigas
secas de cada tratamento em diferentes repetições aos 130 dias e debulhado. Depois da
debulha foi feita a peneiração e posterior pesagem com ajuda de uma balança analítica,
e por fim os rendimentos foram determinados em função do peso dos grãos por unidade
de área útil, correspondente a este peso em quilograma por hectare que depois foram
convertidos para toneladas por hectare usada para o cálculo de rendimento médio:

Profundidade da semente
Após a operação de semeadura, realizou-se a abertura do sulco de forma manual
cuidadosamente até encontrar a semente. Sendo aferida com auxilio de duas réguas
graduadas, uma colocada até a semente no sulco de semeadura e outra em paralelo com
a anterior no nível do solo. As avaliações foram realizadas na área útil de cada parcela.

Consumo horário de combustível


Com base no volume consumido de combustível (descrito no item 4.5) e no tempo de
percurso em cada parcela, foi determinado o consumo horário de combustível (Equação
2): em que:

Ch = consumo horário de combustível (L );


Va = volume de alimentação de combustível na entrada da bomba injetora (mL);
Vr = volume total retornado dos bicos e da bomba injetora (mL);
t = tempo de percurso na parcela (s); e 3,6 = fator de conversão.

Análise estatisticas dos dados

Depois da recolha dos dados, seguiu-se a análise de variância conjunta realizado sob
condições de homogeneidade de variançias pelo teste de bartlett usando o pacote
Statistix versão 10. Através do mesmo pacote, os dados foram submetidos ao teste de
normalidade de residuos, usando o teste de Shapiro-Wilk a 5% de probabilidade. Para
ANOVA foi usada o teste de F (Fisher) a 5% de probabilidade, e a comparação de
médias foi usado o teste de Tukey a 5% de probabilidade. No entanto a análise de
correlação foi feita usando o correlacão de Pearson a 5% de probabilidade.
IV.RESULTADOS E DISCUSSAO

4.1 Emergência em campo

De acordo com o teste de tukey a 5% de probabilidade os resultados mostraram haver


diferença significativa entre os tratamentos, onde a velocidade de 3km/h foi o
tratamento que apresentou maior emergência de plantas e a velocidade 9km/h foi o
tratamento que apresentou menor número de emergência de plantas em campo devido a
elevados números de falhas ocasionados por aumento de velocidade. Os resultados são
observados na tabela abaixo:

EMERGENCIA EM CAMPO
Emergencia em campo

31

30

29

28

27

26

25

24

23
3km/h 6km/h 9km/h

Observa-se que elevando a velocidade de sementeira há aumento na percentagem de


falhas e consequentemente a produtividade e influenciada. Um dos fatores que pode ter
favorecido esses valores de velocidade de emergência esta relacionado a qualidade de
germinação do hibrido e a profundidade de semeadura. A relação entre a profundidade
de semeadura e o índice de velocidade de emergência, ocorre, pois, as maiores
profundidades poderão causar prejuízos a emergência das plântulas, decorrente do
maior gasto de energia da plântula na emergência, com reflexos no vigor inicial da
cultura. Entretanto os resultados variaram em função das condições da topografia do
terreno, humidade e textura do solo que possibilitaram ou não o implemento operar com
esta velocidade, sendo que, elevando a velocidade de deslocamento.
Resultados que são concordados poe SILVA et al. (2000) conduziram trabalho em solo
com sistema de plantio direto para verificar o estabelecimento da cultura do milho com
semeadora-adubadora equipada com dosador de sementes do tipo disco horizontal
perfurado, nas velocidades de deslocamento de 3,0; 6,0; 9,0 e 11,2 km . O número de
plantas de milho na linha de semeadura foi menor nas maiores velocidades de operação
da máquina. A uniformidade dos espaçamentos entre as sementes de milho na linha de
semeadura foi considerada excelente para a velocidade de 3,0 km , regular para 6,0 e 9,0
km e insatisfatória para 11,2 km . As velocidades da semeadora-adubadora de até 6,0
km propiciaram maiores estandes de plantas e número de espigas por metro e foram
responsáveis pelos maiores rendimentos de grãos.
Ainda corrobora com esses resultados FURLANI et al. (1999) concluiu que, quando a
velocidade de semeadura passou de 3 para 5 km , o estande final e a produtividade de
grãos foram reduzidos. FEY et al. (2000) afirmou que o aumento da velocidade na
operação de semeadura de milho influenciou na uniformidade de distribuição
longitudinal de plantas, porém não afetou a população de plantas e a produtividade de
grãos.
4.2 Consumo Horário de Combustível

De acordo com o teste de tukey a 5% de probabilidade os resultados mostraram haver


diferenca significativa entre se, à variável consumo horário de combustível, nota-se que
todos os tratamentos, que ao aumentar a velocidade do trator-semeadora, elevou-se a
média de consumo horário de combustível em aproximadamente dois litros por hora os
resultados encontram-se no gráfico abaixo:

CONSUMO HORARIO DE
COMBUSTIVEL
Consumo Horario de Combustivel

2
2,93 3,37
1
1,56
0
3km/h 6km/h 9km/h
Observou-se que o consumo horário de combustível, em todos os tratamentos
apresentaram-se fora de controlo para a variável de consumo horário de combustível do
conjunto mecanizado trator-semeadora. No presente trabalho, verificou-se aumento
gradativo do consumo horário de combustível, próximo de 9%, com o aumento da
velocidade para os dois mecanismos de pressão da roda do disco duplo da semente, com
médias respetivas para as velocidades testadas de 23 e 25 L.
Não obstante do consumo horário de combustível, o consumo operacional de
combustível apresentou comportamento semelhante às observações verificadas. A única
diferença é verificada quando aumenta-se a velocidade diminuiu-se o consumo efetivo
de combustível em torno de 10%, pois aumenta-se a capacidade operacional por
unidade de área trabalhada.
Resultados similares foram encontrados por Garcia (2008) o aumento da velocidade de
deslocamento o consumo horário de combustível, capacidade de campo efetiva e
consequentemente o consumo efetivo de combustível (L ha-1) são afetos
significativamente, contatando a relação entres estas variáveis.

Oliveira et al. (2000) observaram diferença significativa no consumo horário de


combustível ao variar a velocidade de deslocamento. Também houve diferença
significativa para o consumo operacional, em que o maior foi verificado na velocidade
de 5 km . Esse valor na menor velocidade justifica-se pela redução da capacidade
operacional do conjunto trator-semeadora em relação à maior velocidade.
Comportamento semelhante também foi encontrado por Mahl e Gamero (2003).
Para Borsatto (2005), a velocidade (6,3 km ) foi maior quando a semeadora esteve
equipada com quatro fileiras espaçadas de 0,9 m, comparada com as sete fileiras de 0,45
m (5,8 km ). O espaçamento de 0,9 m proporcionou o menor consumo horário (12,9 L )
e o menor consumo por área (5,66 L ha-1). O consumo horário e consumo por área para
o sistema plantio direto foi de (13,35 e 6,62 L ha-1).

Mahl (2006) encontrou 12% de aumento no consumo horário de combustível para cada
km de aumento na velocidade de deslocamento, na operação de semeadura. Resultado
semelhante foi encontrado por Furlani et al. (2007) que, estudando o desempenho
operacional de semeadora-adubadora em manejos da cobertura e velocidade,
constataram aumento do consumo horário de combustível de 6,8%, da velocidade de
deslocamento 4 para 5 km , e 11,5% de 5 para 6 km .

4.3 Diâmetro do Colmo


De acordo com o teste de tukey a 5% de probabilidade os resultados mostraram haver
diferenca significativa entre se, os resultados encontram-se no gráfico abaixo:

DIAMETRO DO COLMO
Diametro do Colmo

12

10

6 10,275
8,875
7,375
4

0
3km/h 6km/h 9km/h

Observou-se que a velocidade de 3km/h foi o tratamento que apresentou maiores


resultados para esta variável, estes resultados mostram que a velocidade teve uma
influência direta nos valores do diâmetro do colmo visto que o diâmetro do colmo é
uma das características de grande importância, pois plantas com maior diâmetro do
colmo são menos sujeitas ao tombamento, quebramento e facilitam a colheita do milho.
Resultado semelhante ao encontrado nessa pesquisa foi observado por SANTOS et al.
(2012) que ao avaliar a produtividade e adaptabilidade de milho na região de Cascavel-
PR, obteve diâmetro do colmo variando de 2.38 à 2.70 cm. Assemelhando-se a
resultados encontrado por DOURADO NETO et al. (2003), onde verificaram que
independentemente do genótipo, o diâmetro do colmo aumentou com a redução do
espaçamento. POSSAMAI et al. (2001) encontraram relação entre maior
desenvolvimento de colmo em diâmetro em plantas de milho submetidas ao sistema de
sementeira directa, proporcionando uma planta mais rústica e com maior capacidade
produtiva.
Trabalhando com sorgo ZAGO (1991) e CORRÊA et al. (1996) afirmaram que a
produtividade do sorgo (Sorghum bicolor L.) geralmente se correlaciona com o
diâmetro do colmo.
Este facto pode ser explicado por FANCELLI e DOURADO NETO (2000), em que o
crescimento do colmo das plantas de milho é destinado ao armazenamento de sólidos
solúveis que serão utilizados na formação dos grãos. Destrate o diâmetro do colmo é
muito importante para a obtenção de alta produtividade de grãos, pois quanto maior o
DC, maior a capacidade da planta em armazenar fotoassimilados que contribuirão para
o enchimento dos grãos.
Resultados similares foram obtidos por Hanashiro et al. (2013), avaliando o
desempenho fenológico, morfológico e agronómico de cultivares de milho em
Jaboticabal.

4.4 Altura de Planta


De acordo com o teste de tukey a 5% de probabilidade os resultados mostraram haver
diferenca significativa entre se, os resultados encontram-se no gráfico abaixo:

ALTURA DE PLANTA
Altura de Planta Linear (Altura de Planta)

2,5 2,37
2,13
1,96
2

1,5

0,5

0
3km/h 6km/h 9km/h

De acordo com o gráfico observou-se que houve diferença no primeiro tratamento


3km/h e para os demais tratamentos os resultados não houveram diferença significativa,
isto pode ter ocorrido porque a altura da planta é uma característica relacionada com a
tendência ao acamamento devido ao vento e chuvas fortes. No entanto plantas altas
gastam grande porção de fotoassimilados com a formação de estruturas de crescimento
vegetativo, geralmente em detrimento da formação dos produtos económicos, como o
grão , A altura de planta é característica fundamental na determinação da cultivar a ser
introduzida em uma região, uma vez que se relaciona com o rendimento de grãos,
controle de infestantes e com as perdas durante a colheita mecanizada. As variações na
altura das plantas podem ser influenciadas por épocas de sementeira, espaçamento entre
e dentro das fileiras, suprimento de humidade, temperatura, fertilidade do solo, resposta
fotoperiódica da cultivar e outras condições do ambiente.
Resultados contraditórios foram encontrados por PINTO et al. (2010) onde obtiveram
valores superiores aos descritos nessa pesquisa, com altura de planta variando de 1.82 a
2.47 m. FARINELLI et al. (2003) também encontrou resultados superiores aos descritos
neste trabalho para o genótipo AG9010, com altura média de 1.86 m.
ALMEIDA et al. (2000) afirma que a menor altura de planta, tem sido um caracter
desejável entre os produtores de milho por permitir cultivos em maiores densidades
(MUNDSTOCK, 1977) e maior eficiência na colheita mecânica, ao mesmo tempo em
que reduz problemas relacionados ao acamamento e quebramento de plantas antes do
ponto de colheita, comumente evidenciado com plantas de porte elevado.
Além disso, a menor altura de planta tem permitido maior penetração de luz no dossel
(mesmo com alto índice de área foliar) e diminuição da competição intra-específica por
recursos naturais sob altas populações de plantas (KAPPES, 2010).

4.5 Peso de 100 Sementes


De acordo com o teste de tukey a 5% de robabilidade os resultados mostraram haver
diferenca significativa si, os resultados encontram-se na tabela abaixo:
PESO DE 1000 SEMENTE
Peso de 1000 Semente Linear (Peso de 1000 Semente)

32
30,75
31

30
29,2
29

28

27
26,22
26

25

24

23
3km/h 6km/h 9km/h

Durante as avaliações observou-se que a velocidade 3km/h foi o tratamento que


apresentou melhores pesos de dementes isto porque a formação de legumes pode ser
prejudicada em razão da competição por assimilados com os legumes formados mais
cedo, e pode limitar fisicamente o tamanho potencial do grão.

ARGENTA et al. (2001) encontraram redução no número de espigas por planta, número
de grãos por espiga e na massa de 1.000 grãos em função do aumento da população de
plantas, de 50 para 65 mil plantas por hectare, para dois híbridos de milho estudados,
porém tais reduções foram compensadas pelo aumento do número de plantas, pois não
foi afetado o rendimento de grãos por hectare.

4.8 Rendimento

Os resultados mostram haver diferenças significativas entre as variedades , destaque vai


para a velocidade 3km/h que apresentou o maior rendimento em relação as demais
variedades, com cerca de 3903.0 kg de grãos em relação aos menores rendimentos, que
foram observados para as velocidades .6km/h e 9km/h com os rendimentos de 3619.8 e
3329.5kg/há.
RENDIMENTO
Rendimento Linear (Rendimento)

4000
3903
3900
3800
3700 3619,8
3600
3500
3400 3329,5
3300
3200
3100
3000
3km/h 6km/h Categoria 3

FURLANI et al. (1999), trabalhando com o híbrido AGN 2012 (duplo) e velocidades do
conjunto trator-semeadora-adubadora de 3 e 5 km , encontraram o maior valor de
produtividade para a menor velocidade estudada. No entanto, LOPES et al. (2001),
trabalhando com o AGN 2012, não encontraram diferenças nos valores de produtividade
para as velocidades de semeadura de 3 e 5 km . KLEIN et al. (2002) trabalharam com
soja e velocidades de semeadura que variaram de 3,62 a 10,77 km , e também não
encontraram diferenças para os componentes de produção (massa de 100 grãos, número
de vagens por planta, número de grãos por vagem) e o rendimento de grãos por hectare
em função do aumento na velocidade de semeadura.

RIZZARDI et al. (1994) não encontraram influência da distribuição de sementes na


semeadura e população de plantas sobre a produtividade do milho híbrido precoce
Pioneer 3230 (simples) e concluíram que o milho foi capaz de compensar espaços
deixados pela desuniformidade de semeadura, desde que mantida a mesma população.
V. CONCLUSÕES

5.1 Com base os resultados observados no presente estudo, conclui-se que:


 Os indicadores de qualidade de consumo de combustível do conjunto mecanizado,
mobilização do solo, e características agronômicas da cultura do milho
proporcionaram maior qualidade de semeadura para o mecanismo pneumático na
menor velocidade de deslocamento.
 A velocidade de 3 km foi a mais adequada para a operação de semeadura por ter
rendimento de campo de 94,03%.
 Os sistemas de manejo não afetaram a produtividade. Velocidades menores
favorecem maiores produtividades, por melhorarem outros atributos agronômicos,
como vagens por planta e estande de plantas.

5.2. Recomendações
Aos agricultores:

Recomendo o uso da velocidade 3km/h porque de acordo com o estudo proporcionou


melhores rendimentos.

Aos investigadores:

Recomendo que repitam a mesma pesquisa em diferentes regiões e épocas para avaliar o
seu efeito, assim como divulgação dos resultados, poís existe pouca informação
disponível referente ao uso de diferentes velocidades de trator na cultura de Milho.
VI. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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mecanismos dosadores estudados no Brasil entre os anos de 1989 e 2000. In:
 CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 30., 2001, Foz
do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola,
2001. 1 CD-ROM.
 REIS, R.P. (1999). Introdução à teoria económica. Lavras: UFLA/FAEPE. 108
p
 SILVA, J.G.; KLUTHCOUSKI, J.; SILVEIRA, P.M. Desempenho de uma
semeadora-adubadora no estabelecimento e na produtividade da cultura do
milho sob plantio direto. Scientia Agrícola, Piracicaba, v.57, n.1, p.7-12, 2000.
 SILVA, S.L. Avaliação de semeadoras para plantio direto: demanda energética,
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velocidades de deslocamento. 2000. 123 f. Tese (Doutorado em Energia na
Agricultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual
Paulista, Botucatu, 2000.
 SILVA,B. A., OLIVEIRA, C. A. O., LIMA, L. P., GUIMARÃES, E. C.,
TAVARES,M. Avaliação de uma semeadora-adubadora durante a implantação
da cultura do milho. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA
AGRÍCOLA, 39, 2010, Vitória. Anais... Vitória: Sociedade Brasileira de
Engenharia Agrícola, 2010. CD
 SILVA,M. C.; GAMERO, C. A. Qualidade da operação de semeadura de uma
semeadora-adubadora de Plantio direto em função do tipo de martelete e
velocidade de deslocamento. Revista Energia na Agricultura, v. 25, n. 01, p. 85-
102, 2010.
 SILVA,R. P.; CASSIA, M. T.; VOLTARELLI,M. A.; COMPAGNON, A. M.;
 FURLANI, C. E. A. Qualidade da colheita mecanizada de feijão (Phaseolus
vulgaris)em dois sistemas de preparo do solo. Revista Ciência Agronômica,
Fortaleza, v. 44, n.1, p. 61-69, 2013.
 SITOE, T (2005). Agricultura familiar em Moçambique: Estratégias de
desenvolvimento sustentável.Relatório de pesquisa. Maputo. Moçambique
 SOLDATELLI, D, (1991). Margem bruta, lucro e outros índices. In: Semana de
actualização em administração rural. Lages, SC. Anais...Florianópolis: EPAGRI.
1992. p. 27-47.
 ZILLI, J.B, (2003). Os factores determinantes para a eficiência económica dos
produtores de frango de corte: uma análise estocástica. Dissertação
(Mestrado).Piracicaba. Estado de São Paulo.
APENDICES
Apêndice 1 Fotos do ensaio

A B

C D

E F
G H

I J
U

K L
Apendice ANOVA
Statistix 10.0
11/7/2020, 14:32:23

Shapiro-Wilk Normality Test

Variable N W P
peso 12 0.9198 0.2844
diameatro 12 0.8917 0.1239
altura 12 0.8946 0.1351
Rendiment 12 0.8711 0.0675
Emergenci 12 0.9198 0.2844
Prof sem 12 0.9198 0.2844
Con Comb 12 0.9198 0.2844
Quant Se 12 0.9198 0.2844

Statistix 10.0
11/7/2020, 14:43:42

Randomized Complete Block AOV Table for Emergenci

Source DF SS MS F P
bloco 3 2.0092 0.6697
tratament 2 42.3050 21.1525 71.77 0.0001
Error 6 1.7683 0.2947
Total 11 46.0825

Grand Mean 28.725


CV 1.89

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


Source DF SS MS F P
Nonadditivity 1 0.10779 0.10779 0.32 0.5935
Remainder 5 1.66054 0.33211

Relative Efficiency, RCB 1.26

Means of Emerg for tratament

tratament Mean
1 30.750
2 29.200
3 26.225
Observations per Mean 4
Standard Error of a Mean 0.2714
Std Error (Diff of 2 Means) 0.3839

Randomized Complete Block AOV Table for diameatro

Source DF SS MS F P
bloco 3 1.7692 0.58972
tratament 2 16.8267 8.41333 10.15 0.0119
Error 6 4.9733 0.82889
Total 11 23.5692

Grand Mean 8.8417


CV 10.30

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


Source DF SS MS F P
Nonadditivity 1 0.52010 0.52010 0.58 0.4793
Remainder 5 4.45323 0.89065

Relative Efficiency, RCB 0.86

Means of diameatro for tratament

tratament Mean
1 10.275
2 8.875
3 7.375
Observations per Mean 4
Standard Error of a Mean 0.4552
Std Error (Diff of 2 Means) 0.6438

Randomized Complete Block AOV Table for Prof sem

Source DF SS MS F P
bloco 3 0.32409 0.10803
tratament 2 0.33045 0.16522 14.69 0.0049
Error 6 0.06748 0.01125
Total 11 0.72202

Grand Mean 2.1575


CV 4.92

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


Source DF SS MS F P
Nonadditivity 1 0.04738 0.04738 11.79 0.0186
Remainder 5 0.02010 0.00402

Relative Efficiency, RCB 3.12

Means of Prof sem for tratament

tratament Mean
1 2.3700
2 2.1375
3 1.9650
Observations per Mean 4
Standard Error of a Mean 0.0530
Std Error (Diff of 2 Means) 0.0750

Randomized Complete Block AOV Table for Quant Se

Source DF SS MS F P
bloco 3 23168 7723
tratament 2 657837 328919 122.58 0.0000
Error 6 16100 2683
Total 11 697105

Grand Mean 3617.4


CV 1.43

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


Source DF SS MS F P
Nonadditivity 1 5572.6 5572.60 2.65 0.1647
Remainder 5 10526.9 2105.38

Relative Efficiency, RCB 1.41


Means of Quant Se for tratament

tratament Mean
1 3903.0
2 3619.8
3 3329.5
Observations per Mean 4
Standard Error of a Mean 25.900
Std Error (Diff of 2 Means) 36.628

Statistix 10.0
11/7/2020, 14:40:56

LSD All-Pairwise Comparisons Test of peso for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 30.750 A
2 29.200 B
3 26.225 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.3839


Critical T Value 2.447 Critical Value for Comparison 0.9393
All 3 means are significantly different from one another.

LSD All-Pairwise Comparisons Test of diameatro for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 10.275 A
2 8.875 AB
3 7.375 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.6438


Critical T Value 2.447 Critical Value for Comparison 1.5753
There are 2 groups (A and B) in which the means
are not significantly different from one another.

LSD All-Pairwise Comparisons Test of altura for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 2.3700 A
2 2.1375 B
3 1.9650 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.0750


Critical T Value 2.447 Critical Value for Comparison 0.1835
There are 2 groups (A and B) in which the means
are not significantly different from one another.

LSD All-Pairwise Comparisons Test of Rendiment for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 3903.0 A
2 3619.8 B
3 3329.5 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 36.628


Critical T Value 2.447 Critical Value for Comparison 89.626
0All 3 means are significantly different from one another.
Peso de 100 sementes
Teste normalidade SW

peso 12 0.9198 0.2844

Randomized Complete Block AOV Table for peso

Source DF SS MS F P
bloco 3 2.0092 0.6697
tratament 2 42.3050 21.1525 71.77 0.0001
Error 6 1.7683 0.2947
Total 11 46.0825

Grand Mean 28.725


CV 1.89

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


Source DF SS MS F P
Nonadditivity 1 0.10779 0.10779 0.32 0.5935
Remainder 5 1.66054 0.33211

Relative Efficiency, RCB 1.26

Means of peso for tratament

tratament Mean
1 30.750
2 29.200
3 26.225
Observations per Mean 4
Standard Error of a Mean 0.2714
Std Error (Diff of 2 Means) 0.3839

LSD All-Pairwise Comparisons Test of peso for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 30.750 A
2 29.200 B
3 26.225 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.3839


Critical T Value 2.447 Critical Value for Comparison 0.9393
All 3 means are significantly different from one another.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of peso for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 30.750 A
2 29.200 B
3 26.225 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.3839


Critical Q Value 4.341 Critical Value for Comparison 1.1784
All 3 means are significantly different from one another.
Diametro

diameatro 12 0.8917 0.1239


Randomized Complete Block AOV Table for diameatro

Source DF SS MS F P
bloco 3 1.7692 0.58972
tratament 2 16.8267 8.41333 10.15 0.0119
Error 6 4.9733 0.82889
Total 11 23.5692

Grand Mean 8.8417


CV 10.30

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


Source DF SS MS F P
Nonadditivity 1 0.52010 0.52010 0.58 0.4793
Remainder 5 4.45323 0.89065

Relative Efficiency, RCB 0.86

Means of diameatro for tratament

tratament Mean
1 10.275
2 8.875
3 7.375
Observations per Mean 4
Standard Error of a Mean 0.4552
Std Error (Diff of 2 Means) 0.6438
LSD All-Pairwise Comparisons Test of diameatro for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 10.275 A
2 8.875 AB
3 7.375 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.6438


Critical T Value 2.447 Critical Value for Comparison 1.5753
There are 2 groups (A and B) in which the means are not significantly
different from one another.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of diameatro for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 10.275 A
2 8.875 AB
3 7.375 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.6438


Critical Q Value 4.341 Critical Value for Comparison 1.9763
There are 2 groups (A and B) in which the means
are not significantly different from one another.

Altura 12 0.8946 0.1351


Randomized Complete Block AOV Table for Con Comb

Source DF SS MS F P
bloco 3 0.32409 0.10803
tratament 2 0.33045 0.16522 14.69 0.0049
Error 6 0.06748 0.01125
Total 11 0.72202

Grand Mean 2.1575


CV 4.92

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


Source DF SS MS F P
Nonadditivity 1 0.04738 0.04738 11.79 0.0186
Remainder 5 0.02010 0.00402

Relative Efficiency, RCB 3.12

Means of Con Comb for tratament

tratament Mean
1 3.3700
2 2.9375
3 1.5650
Observations per Mean 4
Standard Error of a Mean 0.0530
Std Error (Diff of 2 Means) 0.0750
LSD All-Pairwise Comparisons Test of altura for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 2.3700 A
2 2.1375 B
3 1.9650 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.0750


Critical T Value 2.447 Critical Value for Comparison 0.1835
There are 2 groups (A and B) in which the means
are not significantly different from one another.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of altura for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 2.3700 A
2 2.1375 B
3 1.9650 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.0750


Critical Q Value 4.341 Critical Value for Comparison 0.2302
There are 2 groups (A and B) in which the means are not significantly
different from one another.

RENDIMENTO
TESTE NORMALIDA SW
Rendiment 12 0.8711 0.0675
Randomized Complete Block AOV Table for Rendiment

Source DF SS MS F P
bloco 3 23168 7723
tratament 2 657837 328919 122.58 0.0000
Error 6 16100 2683
Total 11 697105

Grand Mean 3617.4


CV 1.43

Tukey's 1 Degree of Freedom Test for Nonadditivity


Source DF SS MS F P
Nonadditivity 1 5572.6 5572.60 2.65 0.1647
Remainder 5 10526.9 2105.38

Relative Efficiency, RCB 1.41

Means of Rendiment for tratament

tratament Mean
1 3903.0
2 3619.8
3 3329.5
Observations per Mean 4
Standard Error of a Mean 25.900
Std Error (Diff of 2 Means) 36.628

LSD All-Pairwise Comparisons Test of Rendiment for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 3903.0 A
2 3619.8 B
3 3329.5 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 36.628


Critical T Value 2.447 Critical Value for Comparison 89.626
All 3 means are significantly different from one another.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Rendiment for tratament

tratament Mean Homogeneous Groups


1 3903.0 A
2 3619.8 B
3 3329.5 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 36.628


Critical Q Value 4.341 Critical Value for Comparison 112.44
All 3 means are significantly different from one another.

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