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Beira
2020
Gil Gabriel Muanido
Orientadora:
Beira
2020
DECLARAÇÃO
Eu, Gil Gabriel Muanido, declaro que esta Monografia é resultado do meu próprio
trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de licenciatura em Engenharia
Mecatrónica na Universidade Zambeze, Beira.
Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau académico ou para avaliação,
em nenhuma outra Universidade.
_______________________________________
II
AVALIAÇÃO FINAL - PARECER DO ORIENTADOR
__________________________________________
(Beatriz Reyes Collado)
(Orientadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Zambeze)
III
DEDICATÓRIA
IV
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradecer a Deus pela vida, em seguida a minha família Muanido que
sempre cuidou, cuida e sempre cuidará de mim, me deu apoio na minha escolha do curso
e mi deu suporte sempre que eu precisei. Agradecer aos meus amigos, colegas e docentes
que sempre acreditaram em mim e me deram força para seguir em frente, coragem para
vencer e nunca desistir e incentivaram a acreditar nos sonhos.
Um agradecimento especial vai para a minha orientadora a MSc. Enga Beatriz Reyes
Collado, por ter tido a paciência de mi acompanhar em toda minha jornada da realização
deste presente trabalho.
Agradecimento especial também a minha amiga de longa data Ilda Sande, que mi ajudou
bastante para a realização deste mi dando hospedagem e alimentação a quando a minha
visita ao distrito de Machanga para a recolha de dados. Agradecer igualmente ao senhor
Francisco Guguba, ele que abriu as portas das Salina para que eu pudesse explorar para o
meu relatório do inquérito para execução deste trabalho.
V
RESUMO
VI
ABSTRAT
In recent years, saline production in Maropanhe has registered a sharp growth, an example
of this growth is Saline 1º de Maio, which produced around two thousand tons in the
period 2018/19, showing an increase of about 70% in relation to the same 2017/18 period.
With this increase in production, Saline faces several problems, one of which in the
bagging sector since the bagging process is done manually and it is not satisfactory for
the current demand, requiring improvements, it was thinking about this improvement that
designed a bagging system for Salina. In addition to addressing bagging problems, the
same system will also address other problems such as ergonomics, minimizing downtime
and minimizing human dependence in this process. The system will consist of two
hoppers one for loading and one for unloading, a helical conveyor for transporting salt
from the loading hopper to the unloading, a guillotine valve to control the filling gate, a
weighing platform for controlling the weight in real time via an LCD. System is controlled
by Arduino for being cheap and open source in relation to the PLC that is used in other
systems of the kind existing in the market and it was dimensioned to use most of the
material of easy access in the national market, making the system low cost.
VII
ÍNDICE
RESUMO ....................................................................................................................... VI
ABSTRAT ..................................................................................................................... VII
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................X
LISTA DE TABELAS .................................................................................................. XII
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..................................................................XIII
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 14
OBJECTIVOS ................................................................................................................ 16
Geral ........................................................................................................................... 16
Específicos .................................................................................................................. 16
METODOLOGIA........................................................................................................... 17
Estrutura geral do trabalho ......................................................................................... 18
CAPITULO 1: ESTADO ATUAL DO PROCESSO DE ENSACAMENTO NA
SALINA 1º DE MAIO ................................................................................................... 19
1.1 Breve historial da Salina 1º de Maio de Maropanhe........................................ 19
1.2 Análise do inquérito ......................................................................................... 21
1.2.1 Resultados do inquérito ............................................................................ 22
CAPITULO 2: REVISÃO LITERÁRIA ................................................................... 29
2.1 Salinas .............................................................................................................. 29
2.2 Produção do sal ................................................................................................ 30
2.3 Transportador helicoidal .................................................................................. 30
2.4 Alimentação em silos ou tremonhas ................................................................ 34
2.5 Ensacadeira existentes ..................................................................................... 35
2.5.1 Ensacadeira do tipo valvulada. ................................................................. 35
2.5.2 Ensacadeira do tipo boca aberta ............................................................... 38
2.6 Escoamento de sólidos a granel ....................................................................... 39
2.7 Componentes elétricos e eletrónicos ................................................................ 39
2.8 Metodologia para a escolha do sistema de ensacamento adequado ................. 45
2.8.1 Antropometria e Ergonomia. .................................................................... 45
2.8.2 Estação de trabalho ................................................................................... 46
CAPITULO 3: DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ENSACAMENTO ..... 48
3.1 Projeto de componentes e estrutura mecânica ................................................. 48
3.1.1 Projeto da tremonha .................................................................................. 48
3.2 Dimensões do bico de enchimento .................................................................. 55
VIII
3.3 Cálculo do peso da tremonha ........................................................................... 55
3.3.1 Dimensionamento da estrutura de suporte................................................ 56
3.4 Cálculo de perfiles para a estrutura .................................................................. 58
3.5 Dimensionamento do Transportador Helicoidal .............................................. 59
3.5.1 Motor e redutor de velocidade .................................................................. 62
3.6 Dimensionamento e seleção de componentes elétricos e eletrónicos .............. 62
3.6.1 Dimensionamento e escolha de proteção para o motor ............................ 63
3.6.2 Controle da saída ...................................................................................... 64
3.6.3 Escolha de microcontrolador .................................................................... 65
3.7 Monitoramento de nível ................................................................................... 66
3.8 Controlo de peso para o sistema ...................................................................... 66
3.9 Capacidade do sistema ..................................................................................... 67
3.10 Custo do projeto ........................................................................................... 68
Considerações finais ....................................................................................................... 70
Conclusão ................................................................................................................... 70
Recomendações .......................................................................................................... 71
Bibliografias ................................................................................................................... 72
ANEXO A Perguntas do inquérito .............................................................................. 75
ANEXO B Caraterísticas dos materiais escolhido para o projeto.............................. 76
ANEXO C Tabelas para dimensionamento do TH ..................................................... 77
ANEXO D Dimensões dos atuadores escolhidos........................................................ 79
ANEXO E Componentes eletrónicos escolhidos ........................................................ 80
ANEXO F Esquema elétrico do sistema..................................................................... 81
ANEXO G Firmware do sistema ................................................................................ 82
ANEXO H Desenhos técnico do sistema .................................................................... 85
IX
LISTA DE FIGURAS
X
Figura 32: Relé ......................................................................................................................... 42
Figura 33: Efeitos em células de carga .................................................................................... 43
Figura 34: Princípio de funcionamento do sensor ultrassom. .................................................. 44
Figura 35: Esquema do pré-projecto ........................................................................................ 48
Figura 36: Volume de um funil ................................................................................................ 50
Figura 37: Dimensões para a tremonha de carregamento ........................................................ 50
Figura 38: Idealização das paredes trapezoidais ...................................................................... 53
Figura 39: Esquema da tremonha de armazenamento ............................................................. 54
Figura 40: Tremonha de carregamento .................................................................................... 55
Figura 41: Altura ideal de trabalho em indústrias .................................................................... 57
Figura 42: Diagrama de altura ótima de trabalho .................................................................... 57
Figura 43: Diagrama de forcas e dimensões do perfil ............................................................. 58
Figura 44: Diagrama de corpo livre viga de suporte................................................................ 59
Figura 45: Diagrama para seleção do diâmetro do eixo do parafuso ....................................... 61
Figura 46: Alguns componentes elétricos do sistema .............................................................. 63
Figura 47: Circuito de potência e de comando da partida direta do motor .............................. 63
Figura 48: Arduino MEGA 2560 ............................................................................................. 65
Figura 49: Sensor ultrassom HC-SR04 para Arduíno.............................................................. 66
Figura 50: Módulo HX 711...................................................................................................... 67
Figura 51: Módulo HX711....................................................................................................... 80
XI
LISTA DE TABELAS
XII
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
TH – Transportador Helicoidal
XIII
INTRODUÇÃO
O distrito de Machanga está situado a Sul da província de Sofala, tendo como limites, a Sul o
rio Búzi que o separa da província de Inhambane, a Este o Oceano Índico, a Norte os distritos
de Chibabava e Búzi e a Oeste o distrito de Machaze na província de Manica. Ao nível da
província de Sofala, o distrito de Machanga é o maior produtor de sal (MAE 2015).
O distrito de Machanga possui varias salinas artesanais que na sua maioria estão situadas ao
longo da costa, aproximadamente a 2 km do litoral, empregando cerca de 30 pessoas em
período permanente e cerca de 10 trabalhadores em período sazonal principalmente durante as
campanhas de produção que têm lugar entre os meses de agosto e novembro, na época seca.
Algumas dessas salinas, que não está registada no Ministério da Industria e Comércio, são
operadas por famílias ou pescadores numa área de 40 a 50 hectares cada, sendo o sal usado
para o consumo e também para comercialização nos mercados locais (IMPACTO LDA, 2011
citado por (MICOA 2014)).
No distrito existem algumas empresas salineiras registadas dedicadas à produção de sal, das se
destaca a Salina 1º de Maio de Maropanhe (Antiga Sociedade Mercantil de Maropanhe),
localizada na localidade de Maropanhe no posto administrativo de Devinhe a 40 km da Vila
Sede do distrito de Machanga, funciona atualmente com uma motobomba e emprega mais de
25 trabalhadores efetivos e 19 sazonais que produz sal para comercialização local e para
exportação. Também existem outras duas associações salineiras que são a Sociedade Mercantil
de Chiloane, com duas salinas na zona de Manaze, e a Salina Samurai/Machuri, localizada em
Chingune (MICOA 2014).
A Salina 1º de Maio de Maropanhe é uma cooperativa comunitária que já existe desde o período
colonial português em Moçambique, a mesma possui atualmente um universo de 37
colaboradores efetivos. A salina 1º de Maio de Maropanhe é uma das maiores produtoras de
sal grosso e tendo produzido cerca de 1300 toneladas de sal na época de 2017/2018 e na época
2018/2019, a produção foi crescendo atingindo uma quantidade de 2200 toneladas e as
perspetivas para a nova época eram de mais incremento porem poderá não alcançar as metas
que foram traçadas de atingir 3000 toneladas devido a pandemia da Covid-19 que assola o
mundo e o país (Guguba 2020).
14
As salinas artesanais no distrito de Machanga enfrentam vários problemas, um dos quais no
sector de ensacamento, assim sendo a Salina 1º de Maio de Maropanhe, também enfrenta os
mesmos problemas. Isto porque o método usado neste processo de ensacamento é um método
manual tradicional, pois não é um processo mecanizado ou automatizado.
Atualmente esse processo de ensacamento é feito de forma manual, com apoio a pás manuais
ou também usando outros materiais que auxiliam no processo de ensacamento manual na
empresa. O problema inicia no momento de enchimento dos sacos até depois de enchidos,
porque não é sempre que se poder determinar mentalmente o peso do mesmo. E isso faz com
que os operários da área sejam obrigados a diminuir ou acrescentar o sal, dependendo do
resultado mostrado na balança. Com esse problema no setor de ensacamento, concretamente
na falha da pesagem, faz com que haja muitos erros na quantidade exata que esteja nos sacos e
tais erros ocorrem por vários motivos dentre eles o cansaço, falha na leitura dos valores na
balança e nalgum momento negligência do operário.
Portanto, esse processo exige esforço físico dos colaboradores, logo capacidade produtiva está
muito abaixo da demanda, devido à ineficiência deste setor. A produção diária fica restrita ao
rendimento dos colaboradores e as salineiras arcam com um custo desnecessário de horas
extras. Para além dos problemas ergonómicos, há também os problemas de não padronização
na pesagem, visto que tudo depende inteiramente da capacidade dos homens que estão
envolvidos no setor de ensacamento.
Após identificado o problema no setor do ensacamento, surge a seguinte questão: de que forma
se pode melhorar o processo de ensacamento do Sal Marinho na Salina 1° de Maio de
Maropanhe?
A pesquisa irá apenas ser feita na salina 1º de Maio de Maropanhe, distrito de Machanga,
província de Sofala. Sobre os serviços prestados/exercidos na Salina, destaca-se o ensacamento
de sal em sacos de 10 quilogramas, os demais processos e serviços prestados pelas salineiras,
como receção, armazenamento, comercialização, coleta, tratamento do sal, não serão estudados
nesta pesquisa.
15
Justificativa: A contribuição da Engenharia Mecatrónica na divulgação da importância da
Mecanização e Automatização em processos específicos e outros fatores que afetam a
produtividade e eficiência dos processos nas industrias de produção. Visto que o processo de
ensacamento é uns dos fundamentais, o uso de um sistema para auxiliar nesse processo, a
empresa terá eficiência e segurança e sem muitos desperdícios de tempo. A mudança no setor
de ensacamento, além de gerar um ganho considerável para a produção, pode agregar certo
valor devido à qualidade externa do produto final e a sua conservação no período de escassez.
Com a implantação do sistema em proposta, a Salina poderá ensacar os sacos usando normas
e padrões do INNQ (Instituto Nacional de Normalização e Qualidade) com o sistema
automatizado, deixando de usar as técnicas rudimentares, tais como o volume do saco por
exemplo.
OBJECTIVOS
Geral
Específicos
16
METODOLOGIA
Por ter abrangido diversas áreas do conhecimento, no mesmo foram colocados em prática as
aptidões teóricas adquiridas no decorrer do curso de licenciatura em Engenharia Mecatrônica.
Conceitos mecânicos, eletroeletrônicos e computacionais foram utilizados para o
desenvolvimento e alcance dos objetivos do projecto proposto. Foram utilizados conceitos
básicos de Mecânica dos Sólidos, Elementos de Máquinas, Projeto Mecatrónico, para
desenvolvimento dos mecanismos da maquina e de apoio para a entrada do produto e para
desenvolvimento o transportador do produto. Os conhecimentos em Desenho Técnico e
Desenho Assistido por Computador foram necessários para o desenho do sistema, para tal
contou-se com ajuda dos softwares AutoCAD 2016 e Microsoft Visio 2016. Alem das áreas
acimas, também se fez o uso dos softwares Microsoft Office (Excel, Word) e Microsoft Project
para auxiliarem nos cálculos, na organização e no planeamento/organização do orçamento do
projecto respetivamente. No que se refere a automação e simulação do sistema, foram usados
os softwares Proteus 8.9 da LabCenter para simulação e programação do microcontrolador
Arduíno e o esquema elétrico e de conexão foi desenvolvido usando o software Fritzing.
17
Estrutura geral do trabalho
O projeto está dividido em introdução, conclusão e mais três capítulos que são: Estado atual
do processo de ensacamento na Salina 1º de Maio, revisão bibliográfica e dimensionamento do
sistema de ensacamento.
18
CAPITULO 1: ESTADO ATUAL DO PROCESSO DE
ENSACAMENTO NA SALINA 1º DE MAIO
O sal é um produto muito utilizado no mundo todo. Há muito tempo que a humanidade o utiliza
para diversos fins, dentre eles pode-se citar o uso para a conservação de alimentos,
principalmente da carne. Além disso, o corpo humano necessita de sal. Essa substância é
responsável por auxiliar no transporte de oxigênio pelo corpo e na manutenção dos impulsos
nervosos.
Assim que os portugueses chegaram a Moçambique, eles ainda não tinham o conhecimento de
que nestas terras era possível encontrar sal, dessa forma todo o sal consumido em Moçambique
era trazido pelos portugueses de outras partes do mundo (Guguba 2020).
Devido à limitação do transporte de sal, esse alimento era utilizado apenas para conservação
de carnes e de animais.
Após um tempo de estudos e exploração das terras moçambicanas, foram descobrindo que
principalmente em quase todo litoral do país, formavam-se salinas naturais devido ao depósito
da água marinha em certas localidades e a consequente precipitação do sal.
Com essa descoberta e devido à importância do sal na época, deu-se início a exploração com
fins de produção do sal marinho, tendo como iniciativa principalmente os habitantes da região
das salinas, principalmente até a década de 60, mas ainda em baixa escala e foi nessa altura que
também surgiu a cooperativa da Sociedade Mercantil de Maropanhe (Guguba 2020), na figura
1 pode-se observar alguns dos edifícios da salina.
A Salina 1º de Maio de Maropanhe opera desde a época colonial, apos a nacionalização passou
para a gestão nacional e começou a ser gerido como uma cooperativa denominada Sociedade
Mercantil de Maropanhe e em 2015 passou a ser designada de Salina 1º de Maio de Maropanhe.
19
Em uma breve conversa com um dos responsáveis, disse que atualmente a Salina possui um
total de 37 funcionários a tempo inteiro e que todos esses funcionários trabalham em várias
áreas de atividades da salina, desde a escoação do sal até ao ensacamento e armazenamento do
mesmo. Nos últimos anos a Salina tem vindo a incrementar a sua produção anual, como por
exemplo na época de 2017/2018 a Salina produziu cerca de 1300 T e na época 2018/2019 a
produção foi crescendo quase 70% atingindo uma quantidade de 2200 T e as perspetivas para
a nova época são de mais incremento para alcançar 3000 T/ano.
Como esses tanques são abertos propositalmente, a lâmina de água fica exposta ao sol e aos
ventos fortes presentes na região. As altas temperaturas e as correntes de ar corroboram
significativamente para a evaporação da água. Com a evaporação da água, os tanques possuem
aproximadamente 10% de quantidade de água captada, fazendo com que haja uma grande
concentração de sal.
O processo de evaporação funciona também como uma forma natural de purificação do sal.
Devido à água salgada permanecer estática nos tanques, ocorre a precipitação de algumas
substâncias como sulfato de cálcio. Devido a alta salinidade, também há a purificação em
20
relação a eliminação de matéria orgânica como os micro crustáceos, que são afetados devido a
alta salinidade ocasionada pela evaporação da água.
Após a solução de água e sal atingir a concentração desejada pela indústria, a água presente
nos evaporadores juntamente com o sal é bombeada para os tanques cristalizadores. Novamente
ocorre a evaporação devido a exposição da água ao sol e aos fortes ventos. Como a quantidade
de água é baixa, devido a grande parte ter sido evaporada nos tanques evaporadores, o sal inicia
o processo de cristalização, formando um piso chamado de “laje”. Após a formação desse piso
a água restante é eliminada para o mar a fim de evitar que compostos de magnésio cristalizem
juntamente com o sal. Com o sal cristalizado e a água restante totalmente drenada, inicia o
processo de colheita. A Figura a seguir apresenta o cristalizador e a armazenagem do sal em
montes.
Após a lavagem o sal é empilhado e exposto ao ar livre, sendo esse processo determinado de
cura a fim de extrair a umidade presente no mesmo e purificá-lo ainda mais. Após o processo
de cura o sal pode ser vendido com sal grosso, sem adição de elementos como iodo, enriquecido
com substâncias determinadas pelo ministério da saúde (Guguba 2020).
O inquérito realizado serviu para analisar o estado atual do processo de ensacamento e o mesmo
serviu para decidir qual seria melhor sistema ou tecnologia a ser aplicada no sistema em estudo
21
na Salina 1º de Maio de Maropanhe. Para a análise dos dados obtido através do inquérito, foi
usado o software IBM SPSS versão 25.0 e Python 3.7, tendo sido possível processar os dados
colhido no inquérito realizado, onde foi também possível achar todos parâmetros estatísticos
necessários que serão utilizados para analisar o processo atual de ensacamento na Salina 1º de
Maio de Maropanhe. Se fez uma tabela de dados obtidos no inquérito realizado aos operadores
que participam no processo de ensacamento, para tal se usou o Software Estatístico IBM SPSS
versão 25.0. Primeiro se lançou as informações de cada pergunta com os respetivos valores ou
alternativas, os tipos de medida da variável, assim como as etiquetas e os nomes das variáveis,
posteriormente, se lançam as respostas obtidas no inquérito, como mostra a Figura 6 abaixo.
Após o lançamento das questões, vai-se lançar os dados colhidos no inquérito, como mostrado
na Figura 7, abaixo
22
Maropanhe, cujo questionário está em Error! Reference source not found., dos quais 21
foram homens e 9 mulheres, como ilustra a tabela 1 de frequência a seguir.
Através do software IBM SPSS, também foi possível gerar o gráfico de piza relacionado com
a tabela anterior, em que a cor rosa mostra a percentagem dos funcionários do género feminino
que é de 30% e a cor azul foi adotada para representar a quantidade e a percentagem do género
masculino que ocupa 70% da mão-de-obra da Salina, como pode ser visto no gráfico da Figura
8 a seguir.
Quanto a faixa etária dos funcionários, o resultado do inquérito mostrou que mais da metade
dos funcionários são jovens com díade abaixo dos 35 anos, conforme mostra o gráfico da
Figura 9 a seguir.
23
A Salina apresenta 43,3% operários estão na faixa que varia de 15 a 25 anos, como mostram
os dados colhidos no inquérito, na Tabela 2, a seguir.
O perfil do nível de escolaridade dos operários da Salina, também foi um ponto a ser analisado,
para melhor escolher o sistema a ser implementado, e dos resultados do inquérito, conclui-se
que, a maior parte dos operadores tem um mínimo de escolaridade, na sua maioria possui o
nível de básico, como mostra a figura 10 seguinte.
Como mostra a Tabela 3 seguinte, a maior parte dos operários tem um mínimo de escolaridade,
isto mostra que têm noções básicas do alfabeto e dos números este dado é muito fundamental
para escolha da tecnologia a ser aplicada no sistema em causa.
24
Tabela 4: Tempo trabalhando na salina 1 de Maio
Percentagem Percentagem
Frequência Percentagem válida acumulativa
Válido Menos de 1 ano? 7 23.3 23.3 23.3
Entre 1 a 5 anos? 17 56.7 56.7 80.0
Entre 5 a 10 anos? 4 13.3 13.3 93.3
Mais de 10 anos? 2 6.7 6.7 100.0
Total 30 100.0 100.0
Fonte: Autor, 2020
No mesmo inquérito foi possível saber que mais da metade dos funcionários da salina tem a
atividade salineira como a principal fonte de renda e a tempo inteiro, realizam essa atividade
na salina, variando entre o escoamento do sal até ao seu armazenamento, o gráfico da figura 11
abaixo, mostram claramente o ponto levantado acima.
Este ponto de atividade salineira como principal fonte de renda, deve ser levado em conta para
que no âmbito da implementação do sistema de ensacamento ninguém possa perder seu posto
ou seja o seu “ganha pão”.
Tabela 5: Dependência da atividade salineira
Percentagem Percentagem
Frequência Percentagem
válida acumulativa
SIM 19 63.3 63.3 63.3
Válido Não 11 36.7 36.7 100.0
Total 30 100.0 100.0
Fonte: Autor, 2020
Em relação ao tempo que levam para encher um saco de 10 kg, a maior dos operários demora
ente 1 a 2 minutos, como mostram a Tabela 6 seguinte e o gráfico a seguir.
25
Figura 12: Tempo medio para encher 10 Kg
Fonte: Autor, 2020
Pode-se concluir que a maioria demora mais de 1 minuto para encher um saco de 10 kg.
Da Tabela 6 anterior, pode se concluir que, se os funcionários trabalham 8 horas ao dia e sem
interrupção apenas no ensacamento, cada um iria encher cerca de 240 sacos ao dia e perfazendo
um total de 7200 sacos ao dia, isto usando como base 2 minutos para cada saco. Segundo os
dados colhidos, todos os funcionários entrevistados trabalham em praticamente todas áreas do
processo de produção do sal, desde o escoamento do sal até ao armazenamento, passando pelo
ensacamento, ou seja, são polivalentes. Daí que por serem polivalentes e por não serem
maquinas, nem sempre eles estão aptos para realizarem o ensacamento, por isso que o
rendimento das atividades depende dos colaboradores, assim sendo, para o processo de
ensacamento, sobre a quantidade de sacos que podem ensacar diariamente, num horário normal
de atividade de 8 horas, a maior dos inqueridos responderam que diariamente é possível ensacar
entre 20 a 30 sacos, isto dando uma media de 25 sacos ao dia útil, como mostra a tabela a
seguir.
Após o enchimento dos sacos, segue-se a fase da medição do produto, na Salina 1º de Maio
usam dois métodos de medição o peso do produto, porem todos métodos são manuais, um por
meio de uma balança mecânica e outro por meio de um saco graduado. Nesses dois, o método
de saco graduando é o menos usado devido a sua morosidade, isto é, deve-se encher primeiro
o saco graduando até a medida necessária depois virar para o saco final e isso leva mais tempo
para a atividade. E sobre o método da balança mecânica, os inqueridos na sua maioria, disseram
26
que nem sempre que depois de encher os sacos conseguem acertar no valor do peso desejado
isso pode ser observado na tabela abaixo. E por conta do cansaço/negligência, alguns sacos são
deixados assim mesmo, uns com pesos acima do desejado e outros abaixo do peso desejado.
Após a análise de todos os dados colhidos e em conversa com um dos colaboradores da salina
1º de Maio de Maropanhe, viu-se que em um processo de produção de sal, envolve vários
fatores para a sua implementação e que esses fatores no processo atual dependem meramente
dos colaboradores e ou funcionários, dai que a produção poderá não ser daquela esperada.
Os inqueridos também comungam a ideia dos colaboradores, como mostra o gráfico da Figura
13.
27
Início
Encher o saco
Manualmente, com
ajuda de prato
Não
Aumentar a
Não Peso>10? Não Peso = 10 Kg Sim Ir Costurar
quantidade
Sim
Diminuir a
quantidade do sal
Fim
28
CAPITULO 2: REVISÃO LITERÁRIA
2.1 Salinas
As salinas têm sido utilizadas pelo homem há milênios, onde as primeiras referências sobre a
extração de sal a partir da água do mar foram da China, durante a dinastia do Imperador Huang,
há 2.500 A.C. O procedimento usado era o mesmo utilizado nas salinas tradicionais de algumas
partes da África, América do Sul e Oceânia, consistindo em represar a água do mar em diques
de argila e aguardar a precipitação de sal, com uma predominância de NaCl e alto conteúdo de
sais de cálcio, magnésio, etc. (COSTA 2013)
Ao longo desse circuito, esta água vai evaporando gradativamente, o que aumenta a saturação
de sais até se atingir uma salmoura com saturação de 240 g/l de sal, já no estágio final de
cristalização do cloreto de sódio (COSTA 2013)
As salinas solares têm sido estudadas extensivamente ao longo do globo, com ênfase na
Austrália, França, Grécia, Índia, Itália, Israel, México, Espanha e outros países. Todavia, as
salinas moçambicanas são muito pouco estudadas em nível de dinâmica dos processos
ecológicos e mesmo as características hidrogeo-químicas das salmouras ainda não foram
suficientemente caracterizadas.
29
2.2 Produção do sal
Atualmente, a água do mar é a principal fonte de produção de sal em pontos situados na área
litorânea e que tenham condições climáticas e topográficas favoráveis e economicamente
rentáveis (Silva 2016).
O sal para consumo humano tem que ser extraído de fontes naturais, sendo obrigatório a
iodação. Para garantia de uma boa produção, a matéria-prima, o sal bruto, não pode ter passado
por nenhum outro processo senão o de lavagem, e também deve ser protegida de contaminantes
químicos, físicos, microbiológicos e de qualquer tipo de praga que venha agir como
contaminante. Desde a obtenção de matéria-prima até a distribuição do produto final devem se
seguir todos os padrões higiênicos sanitários, para garantir a boa qualidade do sal para consumo
humano.
Segundo ISAL (2012) apud (Silva 2016), o sal pode ser produzido de três formas:
Mineração por solução: Com o movimento das placas tectônicas alguns depósitos de sal são
empurrados para fora, facilitando assim o trabalho das mineradoras que não precisam extraí-
lo, apenas iram dissolver esse sal em água para transportar até a indústria, onde essa solução
passará pelo processo de evaporação para extração do sal e assim estará pronto para ser
refinado.
Evaporação solar: É feita através de presas, onde a água fica exposta ao sol durante dias para
completa evaporação, restando apenas sal para ser lavado, seco e refinado.
30
Comumente, a rosca transportadora é oriunda da união de um eixo soldado com vários
helicoides. O eixo não deve apresentar nenhum desalinhamento, pois isso compromete o
transporte de grãos, a partir do momento em que haverá pontos de transporte efetivo, pontos
em que o helicoide deixará material acumulado e pontos de atrito extremo entre a calha e a
rosca. Já a rosca normalmente é constituída de seções que têm comprimentos entre 3 m e 4 m.
Para o transporte horizontal, as distâncias entre as cristas mais próximas se equivalem ao
diâmetro do helicoide (GUALBERTO 2019).
Para um transporte eficiente, o nível do produto dentro de uma calha em U não deve ultrapassar
o nível do eixo, como mostrado na figura 15 abaixo.
Logo, recomenda-se que o material ocupe cerca de 45% da área da seção transversal da calha.
Com essas configurações de rosca a inclinação máxima que o transportador pode atuar é 20°.
Caso a inclinação a ser utilizada seja maior do que os 20º, a capacidade de carga do
transportador deve ser reduzida e a rosca deve ter um espaço menor, para evitar retorno de
material e excesso de peso em cada seção do helicoide, tendo em vista que terá uma
componente da força peso agindo no parafuso (Continental 1986)
Para que não haja danos ao produto transportado, a folga entre a rosca e a calha em U deve ser
maior do que o diâmetro do grão, pois dessa forma evita-se quebra ou esmagamento do grão,
garantido a integridade do produto (GUALBERTO 2019).
Em uma análise estática, o transportador helicoidal funciona como uma viga V apoiada. No
caso dos transportadores helicoidais, esse apoio é feito por mancais de rolamento. Mesmo que
não haja nenhuma força perpendicular ou que tenha uma componente perpendicular ao eixo do
transportador, devido ao seu próprio peso o eixo está sujeito há flexão. Para evitar deformações
excessivas e tensões de flexão elevadas, é aconselhado instalar em um espaçamento de 3 m a
4 m um mancal de rolamento, como mostrado na Figura 16, a seguir.
31
Figura 16: Mancal de sustentação para evitar deflexão excessiva
Fonte: (GUALBERTO 2019)
Em relação ao selamento superior, pode-se usar uma chapa para tampar a parte aberta da calha
em U ou uma chapa convexa, quando utilizada em ambientes externos para permitir o
escoamento da água.
A utilização de uma tampa é aconselhada, pois protege o produto contra poeiras, contaminação
por outras substâncias, insetos e até mesmo acidentes de trabalho (Continental 1986).
I. Vantagens:
✓ Mesmo com a folga estabelecida, há risco de danos aos materiais, pois como o diâmetro
de alguns caroços varia bastante a depender da produção, alguns grãos podem sofrer quebras e
esmagamentos.
✓ Alto valor de potência consumida, variando de 3 vezes em relação a um transportador
de esteira e 2,5 vezes em relação a um transportador de correias;
✓ Mesmo com a utilização de calha em U, há dificuldades na limpeza do sistema de
transporte, dificultando a higienização e aumentando as possibilidades de contaminação do
produto com o tempo de uso da máquina.
32
Os parâmetros e condições de transporte de produtos são de alta importância para garantir um
transporte eficiente e qualidade do produto.
Em uma indústria, o movimento do produto pode ser classificado em três grupos. São eles
transportes verticais, horizontais e por deslizamento ou inclinados.
Sete parâmetros são básicos para a descrição de um helicoide de qualquer tipo. São eles o passo,
diâmetro da calha ou duto, diâmetro do helicoide, exposição, diâmetro do eixo, diâmetro da
descarga, comprimento do helicoide (J. d. SILVA, et al. 2018). A Figura 18 a seguir, monstra
melhor a disposição e a representação desses parâmetros.
Para o tipo de aplicação e transporte é possível utilizar diferentes tipos de roscas. Existem
roscas específicas para transporte com mistura de materiais (c), transporte horizontal (a),
inclinado (b) e para transporte de produtos picados. A Figura 19 a seguir mostra os quatro tipos
de roscas.
33
Figura 19: Tipos de roscas mais utilizadas em transportadores helicoidais
Fonte: (J. d. SILVA, et al. 2017)
2.4 Alimentação em silos ou tremonhas
I. Alimentação direta.
34
2.5 Ensacadeira existentes
Para cada estilo e tamanho de saco de papel existe uma gama variada de tipos de equipamentos
apropriados para pesagem e ensacamento do produto. Os principais tipos de equipamento de
ensacamento para saco de papel são: ensacadeira do tipo valvulado e ensacadeira do tipo boca
aberta
A ensacadeira por gravidade é adequada para produtos de fácil escoamento e quando não há
necessidade de alta capacidade. É considerado como o mais simples sistema de ensacamento,
o qual, utiliza o princípio da aceleração da gravidade para enchimento do saco. Através de uma
comporta doseadora, o fluxo do produto para o interior do saco é controlado, dependendo da
densidade e do nível de escoamento do produto, conforme ilustra a Figura 22 seguinte.
35
A ensacadeira centrífuga é adequada para produtos granulados frágeis que podem vir a ser
danificados quando utilizados nas ensacadeiras do tipo Rosca ou Turbina, como pode ser
observado na figura 23.
36
A ensacadeira por rosca é adequada para produtos em pó de difícil escoamento. A operação de
ensacamento é obtida através de uma rosca sem-fim que transfere o produto para o interior do
saco, conforme ilustra a figura 25Error! Reference source not found.. Este sistema comprime
o produto quando a caminho do saco, reduzindo a quantidade de ar no interior do mesmo. Um
suporte vibrador se ocupa em sustentar o saco durante a fase de enchimento, assegurando a
acomodação e compactação do produto.
V. Ensacadeira pneumática
O produto a ser ensacado é transferido por gravidade para dentro da câmara da ensacadeira,
onde então, é fluidizado com ar gerado em um soprador, e introduzido pelos poros na base da
câmara da ensacadeira. Após o posicionamento do saco, o ar pressurizado contido no interior
da câmara tende a sair, levando consigo o produto, através do bico de enchimento da
ensacadeira, para dentro da embalagem. Quando o produto, no caso, atinge o peso pré-
determinado, a balança é acionada e consequentemente, um sistema automático de corte
interrompe o fluxo do produto. O saco, é então, retirado automaticamente do bico de
enchimento e inicia-se novamente o ciclo.
37
Figura 26: Exemplo de ensacadora pneumática
Fonte: (EMBRAPAC 2018)
Na ensacadeira por Gravidade, utilizada para produtos de fácil escoamento, o material cai por
gravidade para dentro do saco utilizando seu próprio peso. Este equipamento normalmente é
de baixa capacidade de produção. Na ensacadeira por Rosca, utilizada para produtos em pó de
difícil escoamento, o material é empurrado através de um sistema de rosca sem-fim para dentro
do saco. O ensacamento inicia-se com o posicionamento do saco no tubo de enchimento, que
pode ser manual ou automático. Posicionado o saco, um sistema de braçadeira fixa-o no tubo
de enchimento, suportando-o para transferência total do produto via tubo de enchimento, para
o interior da embalagem. A pesagem do produto é feita tanto pelo sistema de pré-pesagem,
como pelo sistema de pesagem direta. Após o enchimento o saco cai em uma esteira
transportadora que transfere a embalagem para uma estação de fechamento.
38
2.6 Escoamento de sólidos a granel
Segundo Janike (1964) citado por (Pires 2015), “o escoamento de um qualquer material
realiza-se quando as pressões presentes são tais que o corte ocorre sem destruir as propriedades
do produto armazenado.” As pressões presentes em silos são muito diferentes das encontradas
num tanque que contém um fluido, e são dominadas por fenómenos de atrito. “No escoamento
de materiais sólidos a granel poucas analogias podem ser feitas sobre o armazenamento de
materiais líquidos. As pressões que se desenvolvem num sólido armazenado podem ter um
impacto importante sobre o escoamento livre por gravidade a partir de um silo”.
A descarga por gravidade de um produto armazenado pode realizar-se mediante dois tipos de
escoamento: escoamento de massa e escoamento de funil figura 28. A diferença entre o
escoamento ocorre devido a diferenças entre as propriedades físicas do produto, a geometria, e
as características da superfície da tremonha.
39
refletia as necessidades de muitos usuários de circuitos à reles, não somente na indústria
automobilística, como de toda a indústria manufatureira. Desde o seu aparecimento muita coisa
evoluiu nos controladores lógicos, como a variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento
da velocidade de processamento, a inclusão de blocos lógicos complexos para tratamento das
entradas e saídas e principalmente o modo de programação e a interface com o usuário
(MORGADO 2008).
40
Figura 30: Placa de desenvolvimento Arduíno MEGA 2560
Fonte: Autor, 2020 (Através de Fritzing 1.09)
O display LCD, nada mais é que um painel onde é possível mostrar informações como texto e
imagens. Neste projeto será utilizado o LCD para apresentar o peso em tempo real. Essa
informação no LCD é muito importante para o sistema, visto que atualmente para obter essas
informações eles se deslocam de um ponto (de enchimento) ao outro (balança mecânica) para
analisar. O código de interface é simples e se encontra gratuitamente na internet.
41
Figura 31: Display de cristal líquido I2C 16x2
Fonte: (ARDUINO 2017)
IV. Módulo de relé
O módulo de relé nada mais é que um switch eletrônico, e quando conectado a um Arduíno é
utilizado para diversas tarefas como acionar lâmpadas, equipamentos eletrônicos, entre outros.
Suas principais características são:
V. Célula de carga
Uma célula de carga é um transdutor que converte energia mecânica em energia elétrica, ou
seja, é um dispositivo que produz um sinal elétrico de saída proporcional à força aplicada em
sua superfície de carga. Os sensores utilizados em uma célula de carga utilizam-se dos pontos
de deformação dos materiais podem ser vistos na figura abaixo, para medir o quanto o material
está se deformando. As células de carga mais comuns são baseadas nos princípios de
deformação por compressão e tração, porém podem também ser encontradas células de carga
para medição de torção e flexão (DUARTE 2012).
42
é aplicado para medição de deformação em qualquer corpo rígido. Seu princípio de
funcionamento baseia-se na variação da resistência elétrica de um fio ou lâmina condutora
devido à variação de suas dimensões. A resistência elétrica de um material condutor é
determinada por três fatores básicos: tipo de material utilizado para fabricação do condutor
(cobre, alumínio, níquel etc.), seção transversal (espessura do fio) e comprimento (em metros).
As células de carga são dispositivos com vasta aplicação em diversos ramos. Dentre as
principais razões para a sua utilização estão a resposta confiável, baixo custo e dimensões
reduzidas. Sendo assim, este dispositivo pode ser utilizado na medição dos produtos que serão
dosados no sistema proposto neste trabalho.
Para tanto, utiliza-se uma Ponte de Wheathstone que é considerado o meio de medição de
resistência simples e preciso. O dispositivo é composto por três resistores padrões, com valores
fixos ligados em paralelo. O quarto e último resistor por sua vez é variável de acordo com o
dispositivo conectado, podendo ser um sensor resistivo ou um potenciômetro. A resultante
dessa variação em um único ponto desequilibra o sistema, como consequência, gerando uma
diferença de potencial elétrico entre os terminais de saída.
VI. Sensores
43
Segundo Pires (2007), um sensor é um dispositivo que recebe um sinal ou estímulo e o converte
em um sinal elétrico que seja compatível com circuitos eletrônicos. O sinal de entrada pode ser
uma quantidade, uma propriedade ou um estado, a qual o sensor converte em tensão ou
corrente, podendo ser amplificada e modificada por circuitos eletrônicos de aquisição.
VII. Ultrassom
44
Conforme Bega (2011) apud Garcia (2016), além da medição de nível em reservatórios, os
sensores ultrassônicos podem assumir várias outras funcionalidades, como medições de
distâncias e detecção de objetos ou obstáculos. Sendo assim, os sensores ultrassônicos podem
ser utilizados para medição do nível de ração em silos, como proposto neste trabalho.
Antropometria é a ciência que lida com medidas do corpo humano, como peso, volume e
dimensões. As medidas antropométricas são classificadas em:
Estático: são as medidas feitas ao homem quando ele está em uma posição fixa, sem movimento
como peso, altura, entre outros.
Estes aspectos ergonómicos e antropometria, irão ajudar a determinar melhor como deverá ser
o novo sistema de ensacamento, para garantir que sejam minimizados os problemas
relacionados com a ergonomia, ou seja, um sistema que envolva o trabalho do homem porem
sem muitos riscos ergonómicos (GARCÍA VILCHEZ 2016).
45
As medidas obtidas pela antropometria são muito úteis para o estudo de ergonomia e redesenho
de uma estação de trabalho.
Um individuo de estatura relativamente pequena deve ser capaz de alcançar o topo da área de
trabalho, isso se refere ao redesenho do trabalho que pode ser ajustado a qualquer
funcionário/operário da empresa (Melo 2011).
A seguir se presenta uma ponderação para a seleção de um tipo de sistema que será adequado
para a salina, cabe ressaltar os aspetos a tomar em conta para a seleção já que são de vital
importância no ensacamento de material, estes aspetos são:
Velocidade: Este é um fator essencial a considerar nas ensacadoras de qualquer que seja o tipo,
é o valor pelo qual se mede a produtividade da máquina, visto que para uma empresa produtora,
quanto mais produto for ensacado, maior é a sua eficiência, não obstante, o projeto realizado
tem outro propósito que não é apenas de gerar uma produção industrial de sacos embalados,
mas sim de um fator importante para dar confiabilidade o processo de ensacamento.
46
Montagem: Baseando-se, basicamente na complexidade das partes do transportador este fator
tem una importância media, considerando tecnologias que descrevem uma montagem e
condições de operação específicas.
Assim sendo, a empresa requer uma máquina de movimentação fácil e funcionamento simples,
porém eficaz.
Custo: Um aspeto não menos importante que os mencionados, esclarecendo que a empresa
arcará com os custos necessários para o projeto, compra de elementos, e montagem da máquina
serão recursos económicos a serem levado em conta neste projeto.
Tecnologia aplicada: visto anteriormente que na salina, a maior parte dos operários têm um
nível de escolaridade básico, que os possibilita ter noção do alfabeto e dos números, isso faz
com que eles também com apenas umas simples capacitações possam operar um sistema
elétrico do tipo ligar e desligar através de um botão.
47
CAPITULO 3: DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE
ENSACAMENTO
O processo começa com o enchimento manual do sal na tremonha de carregamento (1), daí
através do painel de controle (5) é acionado o motor elétrico (2) que por sua vez produz a força
motriz para o eixo da transportadora helicoidal (3) que transporta o sal para a tremonha de
descarga/ensacamento (4). Após armazenado o sal na tremonha de ensacamento (4), através do
controle de ensacamento (válvula guilhotina) (8) é aberta a saída por meio do atuador linear,
feito isso, o sal por gravidade caí no saco (9), por meio do bico de saída (6), que será colocado
manualmente pelo operador, enquanto o sal enche o saco, a plataforma de pesagem (7) registra
o peso atual e quando atingir os 10 kg, ele mandará um sinal para o Arduíno fechar a saída.
48
material e pela geometria da tremonha, isso como também para determinar o material de
construção da tremonha, as dimensões gerais de espessura. Além disso, esses cálculos servirão
como um ponto iniciando no projeto do parafuso sem-fim, também contribuirá para o projeto
final do suporte que constituirá a estrutura mecânica da máquina.
A densidade aparente do material a ensacar é de 2165 𝑘𝑔/𝑚3, e sabe-se que o volume é dado
por:
m
δ= (1)
v
m
v= v = 0,230947 m3
δ
Uma geometria de forma de pirâmide truncada invertida é escolhida, porque, dada a requisitos
está mais de acordo com os pedidos mencionados, se é verdade que a tremonha cilíndrica é
mais eficiente que o tipo prismático em quanto mais frágil é o seu fluxo, sua elaboração é mais
complicada e seu custo é maior, comparado com o prismático para esses volumes. Para uma
pirâmide truncada invertida, a equação do volume armazenado é descrita por:
h
v = 3 × (A1 + A2 + √A1 × A2 ) (2)
Se tomam estas medidas nos lados da tremonha pensando para que seja fácil a sua transladação,
razão pela qual se optou por 1 metro e 0.5 metros respetivamente.
𝐴1 = 0.5𝑚 × 1 𝑚 = 0.5𝑚2
49
Figura 36: Volume de um funil
Fonte: (ITEA 2012)
Com os resultados anteriores, pode se determinar a altura necessária para o volume requerido.
Assim sendo da equação 2, tem-se: ℎ = 1.031013393 ≅ 1 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
Para o cálculo destas pressões se utilizou como referencia os dados colhidos na revisão literária
sobre o sal marinho e sobre cálculo de tremonhas.
50
Se procede com a determinação da constante de Janssen, para poder determinar-se os esforços
nas paredes da tremonha como sugere (ITEA 2012, 30).
1−sen (∅ )
k j = 1+sen (∅i ) × tan(∅w ) (3)
i
1 − sen 30
k j1 = × tan 27
1 + sen 30
Logo, 𝑘𝑗1 = 0,1698
1 − sen 30
k j2 = × tan 38
1 + sen 30
Logo, 𝑘𝑗2 = 0,2604
μU
δ×A
t (−h×kj × )
Pv = U×μ×k × [(1 − e At )] (4)
j
𝑘𝑔 𝑘𝑁
Convertendo, 𝛿 = 2165 𝑚3 = 21,23 𝑚3
Pressão horizontal:
Ph = k j × Pv (5)
Ph = 4,11 kN/m2
Pressão normal:
Neste caso, como a tremonha tem uma secção retangular, irá tomar-se as paredes de maior área
para efeitos de cálculos.
51
At ×δ×kj
Pn3 = 3 × (8)
U×√μ
𝑘𝑁
0,5 𝑚2 × 21,23 × 0,2604
𝑃𝑛3 = 3 × 𝑚3
3 𝑚 × √0,4
x
Pn = Pn3 + Pn2 + (Pn1 − Pn2 × lh) (9)
𝑘𝑁 𝑘𝑁 𝑘𝑁 𝑘𝑁 0,5345 𝑚
𝑃𝑛 = 4,37 + 16,56 + (19,55 − 16,56 × )
𝑚2 𝑚2 𝑚2 𝑚2 1,069 𝑚
𝑃𝑛 = 32,20 𝑘𝑁/𝑚2
O material selecionado é uma lâmina HR (Hot Rolled) - ASTM – A36, cujas propriedades se
podem ser encontradas em Error! Reference source not found..
Para o cálculo da espessura da lâmina se deve achar os momentos gerados pelo peso do material
sobre as paredes, e junto com as características do aço selecionado se calcula uma espessura
mínima necessária para suportar essas forças.
52
Tabela 11.
Tabela 11. Relação dos lados das paredes da tremonha com arestas fixas
Então tem-se:
𝑏𝑒𝑞 0,897
𝑎𝑒𝑞 = 1,33 e 𝑏𝑒𝑞 = 0,897 Daí que a relação 𝑎 = = 0,69
𝑒𝑞 1,33
Tabela 11, anterior, escolheu-se o valor aproximado a relação que é de 0,0513, assim sendo,
tem-se: 𝜑 = 0,0513 e da Tabela 12, tem-se a pressão normal média que é de 32,6843 𝑘𝑁/𝑚2.
53
VI. Cálculo de espessura
O cálculo da espessura das lâminas da tremonha estará dado pela lâmina de maiores dimensões
como se havia mencionado anteriormente, dado que os esforços estão condicionados pela área
em que se aplica a força, agora dos dados anteriores achou-se o momento exercido sobre as
lâminas do aço escolhido para a construção da tremonha. A espessura é dada pela seguinte
fórmula:
6×Mmaxt
e2 = (13)
σfmat
Onde:
𝑒 − é a espessura a ser calculada
𝜎𝑓𝑚𝑎𝑡 − Resistencia a flexão do material
Esta última variável é o produto entre a resistência da tração (𝜎𝑡𝑚𝑎𝑡 ) e o fator de segurança. O
fator de segurança escolhido para esta análise será de 3, segundo as recomendações do ITAE
para este tipo de projeto e trabalho, depois da análise, elabora-se com o sistema aproximado as
condições reais.
6×Mmaxt
e2 = (15)
σfmat
𝑒 = 0,0033573𝑚 = 3,36 𝑚𝑚
54
Dimensões da tremonha de carregamento
𝑉𝑏𝑖𝑐𝑜 = 𝐶 × 𝐿 × ℎ = 0.0075 𝑚3
𝑚
𝛿= → 𝑚 = 𝛿 × 𝑉𝑏𝑖𝑐𝑜 = 16,24 𝑘𝑔
𝑉𝑏𝑖𝑐𝑜
O bico pode armazenar ate 16,24 kg do sal a cada abertura do controle.
55
Daí que:
Então:
𝑤 =𝑣×𝛿 (19)
𝑤𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑛ℎ𝑎 = 𝑣𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑛ℎ𝑎 × 𝛿𝑎𝑐𝑜 = 38,75 𝑘𝑔
As bordas superior e inferior: 𝑤 = 4,318 𝑘𝑔 e 𝑤 = 2,4697 𝑘𝑔
56
Figura 41: Altura ideal de trabalho em indústrias
Fonte: (Melo 2011)
A partir da figura 40 anterior vê-se que para o projeto atual, pode se considerar a altura ótima
de operação indicada pelo ponto D.
Dos dados do diagrama acima na Figura 42, se obtém que o intervalo de operação adequado
para uma pessoa de estatura media, é de [700 mm a 900 mm]; de onde pode se exercer desde
o levantamento de elementos pesados, até a realização de movimentos rápidos. Adicionalmente
se consideram dimensões que abrangem em sua totalidade os componentes da máquina.
57
3.4 Cálculo de perfiles para a estrutura
Para a construção da estrutura será necessário saber que tipo de perfil e material a ser usado
para tal, isto deverá suportar as cargas estáticas exercidas pelos pesos dos componentes, e, por
conseguinte se deve avaliar a flexão exercida pelas cargas estáticas e assim determinar o grau
de deflexão nos perfiles.
A parte da tremonha/tremonha e o bico de saída estarão suportados em quatro perfiles, para tal
será usado uma estrutura de aço estrutural ASTM-A36.
Levando em conta que a tremonha terá a capacidade de cerca de 500 kg do produto sal grosso,
e adicionando o peso da tremonha aproximado de 50kg do peso do material de que será feito a
tremonha, tem-se:
𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 = 5395,5 𝑁
𝐹 5395,5𝑁
𝐹𝐴 = 𝐹𝐵 = = = 2697.75 𝑁
2 2
𝑌 = 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = 720 𝑚𝑚
𝑌 = 0, 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = 0 𝑚𝑚
58
Figura 44: Diagrama de corpo livre viga de suporte
Fonte: Autor, 2020
Para a demanda de produção foi estipulado por uma quantidade de 200𝑓𝑡 3 /ℎ,
aproximadamente 5,66 𝑚3 /ℎ este valor foi na base de algumas pesquisas, análises e
recomendações de funcionários da Salina.
59
Em posse das características do material, a partir da característica moderada de abrasividade, é
selecionada a carta de número 7 do manual, fazendo com que seja selecionado um grupo de
transportadores helicoidais onde o nível do material não ultrapasse 30% do diâmetro da hélice.
Com o valor do diâmetro da hélice, é possível encontrar o tipo de hélice, segundo código da
empresa Continental®. O parafuso disponível pela Continental® para a demanda é o de código
6H304 como pode ser visto no anexo e a calha a ser utilizada deve possuir uma espessura de
16 ga1, que equivale a 0,163 polegadas conforme anexo C. Em posse desses valores é possível
calcular o valor da potência necessária para realizar o transporte desejado. A potência
necessária para realizar o transporte pode ser calculada pela Equação abaixo:
𝐿(𝐷𝑆+𝑄𝐹)
𝑃= (21)
1000000
Onde:
𝑃 − é a potenciaa [HP];
𝐿 − é o comprimento [pol] = 236, 22 pol;
𝐷 − é o fator de fricção devido ao tipo de rolamento utilizado = 18;
𝑆 − é a velocidade [RPM] = 60 rpm;
𝑄 − é a vazão [lbs/h] = 5600;
𝐹 − é o “Horse Power Factor” =1
Dai tem-se:
236,22 × (18 × 60 + 5600 × 1)
𝑃= = 1.58 𝐻𝑃
1000000
O valor da Potência calculada foi de 1,58 HP. Através da Tabela 9 do manual da Continental é
possível selecionar o motor necessário para suprir a potência necessária para a realização do
transporte.
1
ga – Gauge é uma unidade de medida de padronização da Continental que equivale 0,0102 pol
60
Tabela 16: Seleção da potência do motor acionador do transportador
Conversor HP Motor HP Conversor HP Motor HP
Até 0.45 1 9,1 a 13,5 15
0,46 a 0,67 1 ½’ 13,6 a 18,0 20
0,68 a 0,90 2 18,1 a 22,5 25
0,91 a 1,80 3 22,6 a 27,0 30
1,81 a 3,61 5 27,1 a 36,0 40
3,62 a 5,75 7 ½’ 36,1 a 45,0 50
6,76 a 9,0 10 45,1 a 54,0 60
Fonte: Adaptado de (Continental 1986, 22)
Como a potência resultou em 1,58 HP, o motor mais adequado para aplicação é o de 3 HP,
segundo a tabela 16 anterior. Como a potência é aplicada no eixo do transportador, as
dimensões e o material do eixo são fatores influenciados diretamente pelo torque, já que ele é
o elemento transmissor de potência e torque ao longo do transportador. Através do catálogo é
possível selecionar um eixo adequado. O Catálogo utiliza um diagrama, onde através da
potência do motor e da rotação, é possível encontrar o valor mais adequado do diâmetro do
eixo. A Figura a seguir apresenta esse diagrama disponível no manual da empresa
Continental®.
Com isso o diâmetro selecionado é o de 2 polegadas, tendo em vista que o objetivo deste
trabalho consiste no projeto de um sistema de ensacamento de sal e o transportador helicoidal
para o transporte de sal, é importante levar em consideração a oxidação de peças devido ao
contato do sal com os componentes de transporte, como eixo e helicoide.
61
Seria simples fabricar um tubo para o eixo motriz em material inoxidável, porém tal escolha
seria bastante onerosa para a Salina 1º de Maio de Maropanhe, e não atenderia um ponto crucial
na salineira, que seria utilização de materiais de baixo custo.
O transportador helicoidal também deve apresentar uma tampa, devido ao sal ser um material
higroscópico, ou seja, absorve umidade. Com o objetivo de não reduzir a qualidade do sal
fabricado, deve ser inserido, segundo as recomendações do manual, uma tampa de nylon ao
longo do transportador, a fim de reduzir o contato deste com a atmosfera onde o transportador
está instalado e também reduzir a umidade absorvida pelo mesmo.
Pesagem
Reles
Atuador
Motor
63
Dimensionamento do contactor
𝐶1 → 𝐼𝑁𝐶 ≥ 1,15 × 𝐼𝑁𝑀 (22)
Sendo,
𝐼𝑁𝐾 − Corrente nominal do contactor 𝐶1
𝐼𝑁𝑀 − Corrente nominal do Motor
Logo, 𝐼𝑁𝐶 ≥ 1,15 × 8,43 𝐴 = 𝟗, 𝟔𝟗 𝑨
Para especificação do atuador foi levada em conta a força que ele teria que exercer sobre a
correnteza do sal em gravidade no ato de encher o saco. É preciso percorrer cerca de 250 mm,
que é o trajeto a ser vencido pela bandeja até a outra parte da superfície. Estima-se um tempo
de 2s para realizar esse ciclo. Portanto, o atuador a ser escolhido deve possuir uma velocidade
máxima v exercida em um peso de 98,1 N:
0,250 𝑚
𝑣= = 0.125 𝑚/𝑠
2𝑠
64
Escolhe-se o atuador acima por ser muito leve e compacto, por possuir interruptores de limite
de fim de curso integrados, tem uma carcaça resistente à corrosão
Será utilizado o Arduíno Mega 2560, que é baseado no microprocessador ATMEL ATMEGA
2560 e possui 54 entradas/saídas digitais e 16 entradas analógicas (podem ser utilizadas
também como PWM). Alguns pinos possuem funções especializadas, especificadas a seguir:
✓ Interrupções externas (pinos 2, 3, 18, 19, 20 e 21): podem ser configurados para disparar
uma interrupção toda vez que ocorrer a mudança de estado nível alto (5V) para nível baixo
(0V), ou vice-versa, priorizando a execução de um determina função no código.
✓ Open hardware e open software: tanto o hardware quanto o software estão abertos na
internet para quem quiser utilizá-los ou modifica-los;
65
✓ Custo/benefício: o valor de aquisição é inferior quando comparado a outras plataformas
de desenvolvimento, e ainda pode ser montada pelo próprio usuário;
✓ Multiplataforma: o software foi elaborado para ser compatível com vários sistemas
operacionais (Windows, Macintosh, OSX e Linux);
Sendo assim, a placa Arduíno demonstra ser uma solução prática e viável para a implementação
do controle proposto neste trabalho, tendo em vista o baixo custo e a disseminação deste
produto no mercado, com a possibilidade de implementações futuras.
Para monitorar o nível de ração presente em cada compartimento dos silos de armazenagem,
foram instalados dois sensores ultrassônicos no topo de cada compartimento. Em aplicações
com Arduíno, o sensor ultrassônico HC-SR04 é uma solução viável.
Como o descrito nas secções anteriores sobre a metodologia adequada para o projeto, chegou-
se a conclusão de que o controle do sistema deverá ser prático, de fácil manejo para operários
e que permita a estes realizarem futuras mudanças se necessário. E diante disto, se determinou
que se deve usar um controlo de tipo sequencial alternativo, já que o processo de ensacamento
66
será linear unidirecional que usará um saco de cada vez, controlando a variável peso, por meio
de um sinal analógico gerado pelo transdutor de carga da célula de carga.
I. Indicador de peso
A seleção deste dispositivo se fez tendo em conta os requisitos do projeto planeado para a
Salina, anteriormente foi descrito o problema de não exatidão na medição, sendo que haverá
uma observação do valor do peso exato e em tempo real no ato de ensacamento, neste caso foi
proposto um LCD de 20X4 com módulo I2C.
Para determinar a capacidade do sistema, é importante salientar que descarga do material será
por gravidade do produto armazenado mediante escoamento de massa como mostra a figura
28, anterior. Uma vantagem deste tipo de escoamento é a renovação do material armazenado,
pois o tempo de permanência é idêntico para todas as partículas dentro do silo/tremonha,
anulando a probabilidade de deterioração do sólido a granel. A possibilidade da descarga ser
apenas executada devido à força gravítica, sem a ajuda de nenhum dispositivo externo, permite
a utilização de toda a capacidade de carga do silo/tremonha.
67
Recorre à função first-in first-out, dado que o material que entra no silo em primeiro lugar sai
em primeiro lugar.
𝑄 = ℎ×𝑙×𝑔×𝜌 (25)
Tendo dimensões do bico de descarga, largura 𝑙 = 150 𝑚𝑚, 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 ℎ = 100𝑚𝑚, e a
densidade aparente do material 𝜌 = 2165 𝑘𝑔/𝑚3, pode se determinar a vazão mássica para
determinar a quantidade que sera descarregada por minuto.
68
Da tabela 20 anterior pode ser visto que a maior parte dos materiais serão adquiridos no
mercado nacional, com excepção do fornecedor Allibaba.com.br.
O material do projeto está orçado em cerca de 50.000 MZN, salientar que os matérias a serem
importados, os seus preços seus foram encontrados em dólar americano e outros em real
brasileiro e foram convertido ao cambio do dia da pesquisa2.
Tabela 21: Orçamento de contrato de serviços
Serviço ou Equipamento Preço/unidade Duração Preço (MZN)
Mecânico de serrilharia civil 100 10 Horas 1000
Aluguel de Equipamentos
Maquina de solda 600 2 Dias 1200
Rebarbadora 250 3 Dias 750
Alojamento 200 10 Dias 2000
Transporte 2000 __ 1 2000
Corrente elétrica 1000 __ 1 1000
Imprevistos 20% __ 1350
Subtotal 9300
Fonte: Autor
2
Data 21 de Junho de 2020, R$1 = 12.83 MZN
69
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclusão
Chegado a esse ponto, dizer que foram alcançados os objetivos estabelecidos neste projeto. De
forma que se concluiu que, no que diz respeito a análise do processo de ensacamento existente
na salina 1º de Maio, é feito de forma manual, que o mesmo envolve todos os géneros e maior
parte dos funcionários da Salina são jovens e possuem um nível de escolaridade aceitável para
operar um sistema de liga/desliga. Pelo inquérito feito também se chegou a conclusão que todos
os funcionários são da opinião de que um sistema de ensacamento iria melhorar o processo
para a Salina e redução do tempo ocioso.
Fazendo-se uma revisão literária em vários tipos de fontes, concluiu-se que há vários tipos de
sistemas de ensacamento e fez-se análises da ergonomia, da tecnologia a aplicar para a escolha
de um sistema adequado para a Salina e escolheu-se um sistema de ensacamento por gravidade
e com alimentação indireta por meio de uma rosca transportadora.
Após o dimensionamento mecânico do sistema, para garantir a ergonomia, foi proposta uma
automação básica para que o sistema não dependesse totalmente do homem e para tal foi
escolhido o Arduino MEGA que foi tida como melhor alternativa em relação ao PLC. No que
diz respeito ao custo, foi levado em conta o preço acessível e a facilidade de encontrar os
materiais no mercado nacional e o custo total foi estimado em 72 mil meticais e este valor é
mais barato que a maioria das máquinas existentes no mercado.
70
Recomendações
71
BIBLIOGRAFIAS
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Técnico de Instalação, Operação e Manutenção - Transportador Helicoidal . São
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Jaraguá do Sul - SC: WEG, 2020.
74
ANEXO A Perguntas do inquérito
75
ANEXO B Caraterísticas dos materiais escolhido para o projeto
Tabela 22: Resistências determinísticas da ASTM para aços laminados a quente (HR)
76
ANEXO C Tabelas para dimensionamento do TH
77
78
ANEXO D Dimensões dos atuadores escolhidos
79
ANEXO E Componentes eletrónicos escolhidos
80
ANEXO F Esquema elétrico do sistema
81
ANEXO G Firmware do sistema
82
64 LCD2.clear(); 98 CRS1.relayOn(1);
65 chart_Nota(); 99 LCD2.print().arg("PESO
90 } 124 } else {
91 //Funcao encher 125 if(Menos()) {
93 if(var_NivelBaixo<var_NivelMedido) { 127 }
94 LED3.on(); 128 }
95 for (var_PesoMedido=0; 129 }
96 var_PesoMedido<=var_PesoDesejado; 130 //Funcao para ligar transporte
97 var_PesoMedido+=5) { 131 void chart_LigaTransport() {
83
132 if(LIGA()) { 152 LED2.on();
84
ANEXO H Desenhos técnico do sistema
85