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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE RÁDIO

SISTEMA DE MONITORIA AUTOMÁTICA DE ESTAÇÕES


DE PROCESSAMENTO DE GÁS DA ENH

IVAN ALBANO AMISSE

LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTRÓNICA E DE


TELECOMUNICAÇÕES

Maputo, Setembro de 2020


ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE RÁDIO

SISTEMA DE MONITORIA AUTOMÁTICA DE ESTAÇÕES


DE PROCESSAMENTO DE GÁS DA ENH

SUPERVISOR:

ENGº LUCAS SÁBADO

REALIZADO POR:

IVAN ALBANO AMISSE

LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTRÓNICA E DE


TELECOMUNICAÇÕES

Maputo, Setembro de 2020


DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Eu, Ivan Albano Amisse, declaro por minha honra que o presente trabalho é da minha autoria
e nele observei os requisitos e recomendações da Escola Superior de Ciências Náuticas,
concernentes à elaboração de trabalhos de investigação científica.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obter
qualquer grau académico.

Maputo, Setembro de 2020

O Estudante

______________________________________
Ivan Albano Amisse

i
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus e toda minha família em especial aos meus Pais Victorino
Amisse e Amália Albano da Silva e Irmãos Toninho, Elisabeth, Leonilde e Crimilde.

ii
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço à Deus por sempre me fortalecer em todos momentos.


Aos meus Irmãos Toninho, Elisabeth, Leonilde e Crimilde pelo apoio incondicional.
Aos meus Colegas e Amigos em especial Jacinto Manuel Mutongue, Geraldo Malone
Cruzado e Edson Victor Chipanda pela ajuda durante o percurso.
Ao meu Supervisor Engenheiro Lúcas Sábado Lima pelo empenho, dedicação e toda a
assistência em prol do desenvolvimento e concretização deste projecto.

iii
RESUMO
O projecto consiste no sistema de monitoria automática de estações de processamento de gás
da ENH. Para a concepção do sistema, o autor teve em consideração a redução dos acidentes
que ocorrem devido ao vazamento de gás, o trabalho baseou-se na seguinte pergunta de
pesquisa: Como pode, o sistema de monitoria automática das estações de processamento gás
da ENH minimizar o risco de vazamentos? Para responder a pergunta de pesquisa, foi
traçado o seguinte objectivo: Conceber um sistema de monitoria automática de estações de
processamento de gás da ENH. Na metodologia de investigação, quanto a natureza de
pesquisa é aplicada, quanto a abordagem é quantitativa, quanto aos objectivos a pesquisa é
de carácter descritiva e exploratória. A amostra a ser analisada para o desenvolvimento deste
projecto constituiu da avaliação das respostas de um número de técnicos da instalação,
operacionalização e manutenção de sistemas de gasodutos de gás da Empresa ENH. Quanto
a análise de dados fez-se o uso do protótipo virtual para a simulação do protótipo real para a
respectiva montagem. O programa simulador proteus de laboratório electrónico, foi usado
para demostrar o funcionamento do circuito. São abordados aspectos relacionados ao
Arduíno (microcontroladores da ATmega360), sensor de gás, sensor de temperatura, buzzer,
relé, módulo GSM e Display. O projecto demostrou que com a concepção do sistema de
monitoria automática pode-se minimizar o risco de vazamentos. Com os testes realizados, o
sistema mostrou-se capaz de responder ao problema de pesquisa, foi possível verificar que
o sensor de gás, sensor de temperatura, cooler, relé, módulo GSM, respondiam eficazmente
a exposição do gás informando ao usuário móvel no instante do vazamento.

Palavras-chave: Vazamento de gás, GSM, Arduino Microcontrolador Atmega360,


Sensores, buzzer.

iv
ABSTRACT
The project consists of the automatic monitoring system of ENH gas processing stations. For
the design of the system, the author took into account the reduction of accidents that occur
due to gas leak, the work was based on the following research question: How can ENH's
automatic monitoring system for gas processing stations minimize the risk of leaks? To
answer the research question, the following objective was outlined: To design an automatic
monitoring system for ENH gas processing stations. In the research methodology, when the
nature of the research is applied, how much the approach is quantitative, regarding the
objectives the research is of a descriptive and exploratory nature, based on the context of
quantitative research, the sample to be analyzed for the development of this project it
consisted of evaluating the responses of a number of technicians for the installation,
operation and maintenance of ENH gas pipeline systems. As for data analysis, the virtual
prototype was used to simulate the real prototype for the respective assembly. The electronic
laboratory proteus simulator program was used to demonstrate the circuit's functioning.
Aspects related to Arduino (ATmega360 microcontrollers), gas sensor, temperature sensor,
buzzer, relay, GSM module and Display are discussed. The project demonstrated that with
the design of the automatic monitoring system, the risk of leaks can be minimized. With the
tests carried out, the system was able to respond to the research problem, it was possible to
verify that the gas sensor, temperature sensor, cooler, relay, GSM module, responded
effectively to the gas exposure informing the mobile user at the time the leak.

Keywords: Gas leak, GSM, Arduino Microcontroller Atmega360, Sensors, buzzer.

v
ÍNDICE

DECLARAÇÃO DE AUTORIA ........................................................................................... i

DEDICATÓRIA .................................................................................................................... ii

AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... iii

RESUMO ............................................................................................................................. iv

ÍNDICE DE FIGURAS ......................................................................................................... x

ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................ x

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ......................................................................... xii

UNIDADES DE MEDIDA ................................................................................................ xiii

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO............................................................................................. 1

I.1. Contextualização ......................................................................................................... 2

I.2. Problematização .......................................................................................................... 2

I.2.1. Problema de pesquisa ............................................................................................ 3

I.2.2. Pergunta de Pesquisa............................................................................................. 3

I.3. Hipóteses ..................................................................................................................... 3

I.4. Justificativa .................................................................................................................. 3

I.4.1. Enquadramento do tema ....................................................................................... 3

I.4.2. Contributo da pesquisa .......................................................................................... 4

I.5. Objectivos .................................................................................................................... 5

I.5.1. Objectivo geral ...................................................................................................... 5

I.5.2. Objectivos específicos .......................................................................................... 5

I.6. Metodologia ................................................................................................................. 6

I.6.1. Procedimentos e Material ..................................................................................... 6

I.6.2. Tipo de Pesquisa ................................................................................................... 6

I.6.2.1. Quanto à natureza .............................................................................................. 6

I.6.2.2. Quanto aos bjectivos .......................................................................................... 6

vi
I.6.2.3. Quanto à forma de abordagem ........................................................................... 7

I.6.2.4. Quanto aos procedimentos técnicos ................................................................... 7

I.6.2.5. Amostra .............................................................................................................. 7

I.6.2.6. Quanto a técnica de colecta e análise de dados.................................................. 7

I.6.2.7. Limitações .......................................................................................................... 8

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................. 10

II.1. Sistema de monitoria automática de estações de processamento de gás.................. 10

II.2. Sensores ................................................................................................................ 10

II.2.1. Sensores mecânicos ........................................................................................... 11

II.2.2. Sensor de Gás Inflamável e de fumaça MQ-2 ................................................... 12

II.2.3. Características Técnicas .................................................................................... 12

II.2.4. Características gerais do Sensor de fumaça MQ2 ............................................. 13

II.2.5. Sensor DHT 11 .................................................................................................. 13

II.2.6. Buzzer ou Beeper de 5V .................................................................................... 14

II.2.6.2. Definição e Funcionamento do Buzzer ........................................................... 15

II.3. Rede GSM ............................................................................................................ 16

II.4. Chip de celular ...................................................................................................... 19

II.4.1. Especificações Técnicas .................................................................................... 19

II.5. Light Emitter Diodes (LEDs) ............................................................................... 20

II.5.1. Display LCD ...................................................................................................... 20

II.6. Funcionamento da placa de um sistema de monitoria automática ........................... 21

II.6.1. Software Arduino Development Environment ................................................... 21

II.6.2. Placa do arduino ................................................................................................ 22

II.6.3. Diagrama de pinagem ........................................................................................ 23

II.6.4. Descrição de pinagem ........................................................................................ 23

II.6.5. Especificações ................................................................................................... 24

II.6.6. Componentes ..................................................................................................... 24

vii
II.6.7. Linguagem C ..................................................................................................... 25

II.6.8. (Universal Serial Bus) USB ............................................................................... 26

II.7. Local de estudo ........................................................................................................ 26

II.7.1. Localização geográfica ...................................................................................... 27

II.7.2. Clima e hidrografia ............................................................................................ 28

II.7.3. Relevo e Solos ................................................................................................... 28

II.7.4. Empresas Participadas ....................................................................................... 28

II.7.4.1. MGC ............................................................................................................... 28

II.7.4.2. ENH-Kogas .................................................................................................... 29

II.7.4.3. RBLL .............................................................................................................. 29

II.7.5. Visão .................................................................................................................. 29

II.7.6. Missão ................................................................................................................ 29

II.7.7. Estrutura Organizacional ................................................................................... 30

CAPÍTULO III. SISTEMA DE MONITORIA AUTOMÁTICA DE ESTAÇÕES DE


PROCESSAMENTO ........................................................................................................... 31

III.1. Descrição do actual sistema da ENH ...................................................................... 31

III.2. Desenvolvimento do sistema proposto ................................................................... 31

II.2.1. Definição do fluxograma do sistema ................................................................. 32

III.2.2. Funcionamento do sistema ............................................................................... 33

III.2.2.1. Circuito de potência ...................................................................................... 34

III.2.2.3. LCD ............................................................................................................... 35

III.3. Funcionamento dos sensores ............................................................................... 35

III.4. Funcionamento do módulo GSM IOT- GA6-B no Circuito ............................... 36

CAPÍTULO IV: MONTAGEM E TESTE DO PROTÓTIPO ............................................ 37

IV.1. Passos para montagem................................................................................................ 37

IV.1.1. Conexão e teste do módulo GSM ........................................................................ 37

IV.1.2. Conexão e teste do LCD ...................................................................................... 38

viii
IV.1.3. Conexão e teste do sensor de gás ......................................................................... 38

IV.1.4. Conexão e teste do sensor de temperatura ........................................................... 39

IV.2. Requisitos funcionais e Não-Funcionais .................................................................... 39

CAPÍTULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .................................................. 41

V.1. Conclusão ................................................................................................................. 41

V.2. Recomendações ........................................................................................................ 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 43

APÊNDICE A ..................................................................................................................... 46

APÊNDICE B ...................................................................................................................... 47

APÊNDICE C ...................................................................................................................... 48

APÊNDICE D ..................................................................................................................... 52

APÊNDICE E ...................................................................................................................... 53

APÊNDICE F ...................................................................................................................... 53

APÊNDICE G ..................................................................................................................... 54

ANEXO A ........................................................................................................................... 55

ANEXO B ........................................................................................................................... 56

ix
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Sensor mecânico................................................................................................... 11


Figura 2. Arquitectura física do Sensor de fumaça MQ2 .................................................... 12
Figura 3. Descrição dos pinos e funções dos LED’s do sensor MQ2 ................................. 13
Figura 4. Sensor DHT11 ...................................................................................................... 14
Figura 5. Buzzer ou campainha de corrente contínua ......................................................... 15
Figura 6. Diagrama de construção de um Buzzer com as dimensões em milímetros ......... 16
Figura 7. Módulo GSM ....................................................................................................... 18
Figura 8. Comunicação serial GSM shield .......................................................................... 18
Figura 9. Esquema de um LED ........................................................................................... 20
Figura 10. Display LCD ...................................................................................................... 21
Figura 11. Placa Arduino ..................................................................................................... 22
Figura 12. Diagrama de pinagem ........................................................................................ 23
Figura 13. Localização da estação ENH-Kogas .................................................................. 27
Figura 14. Organograma da ENH ........................................................................................ 30
Figura 15. Diagrama em blocos do sistema......................................................................... 31
Figura 16 Fluxograma do sistema ....................................................................................... 32
Figura 17. Diagrama esquemático do projecto .................................................................... 34
Figura 18. Circuito de potência ........................................................................................... 35
Figura 19. LCD .................................................................................................................... 35
Figura 20. Módulo GSM ..................................................................................................... 36
Figura 21. Conexão do módulo GSM ao arduino ................................................................ 37
Figura 22. Teste do LCD ..................................................................................................... 38
Figura 23. Conexão do sensor de gás .................................................................................. 38
Figura 24. Conexão Sensor de temperatura ......................................................................... 39
Figura 25. Circuito do sistema............................................................................................. 52
Figura 26. Circuito de temperatura ...................................................................................... 53
Figura 27. Circuito de gás ................................................................................................... 53
Figura 28. Posição dos componentes................................................................................... 54
Figura 29. Dimensões do sensor DHT11 ............................................................................ 55
Figura 30. Esquema eléctrico do sensor DHT11 ................................................................. 55
Figura 31. Dimensões do sensor de gás e fumaça MQ2...................................................... 56

x
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Características de operação do buzzer ................................................................. 16


Tabela 2. Principais características da placa Arduino Uno ................................................. 24
Tabela 3. Questionário ......................................................................................................... 46
Tabela 4. Lista do material utilizado no projecto ................................................................ 47

xi
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CI - Circuito integrado
E/S - Entrada e Saida

EN – Enable

ENH - Empresa Nacional de Hidrocarbonetos


EPROM - Memória Exclusiva de Leitura Programável e Apagável Electricamente

GLP - Gás liquefeito de petróleo


GSM - Global System for Mobile Communications
LED - Light Emitting Diode
PWM - Pulse Widith Modulation

R - Resistência

RS - Register Select

SIM - Subscriber Identification Module


SMS - Short Message Service
TTL - Transistor Transistor Logic
UART - Transmissor e Receptor Universal assíncrono

USB - Universal Serial Bus

VCA - Tensão de Corrente Alternada

VCC - Tensão de Corrente Continua

xii
UNIDADES DE MEDIDA
A- Ampére, unidade de corrente eléctrica
Hz- Hertz, unidade de frequência
V- Volts, unidade de tensão elétrica
W- Watt, unidade de potência
Ω- Ohm, unidade de resistência elétrica

xiii
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

Os sistemas de monitoria automática são essenciais para o desenvolvimento tecnológico da


Sociedade. A monitoria automática pode ser aplicada em sistemas de natureza mecânica,
eléctrica e hidráulicos.

Os sistemas de monitoria automática tiveram o pulsar na década de 1950, quando o


desenvolvimento da electrónica estava a todo vapor. Posteriormente, a informática foi
ganhando espaço e a indústria precisou adaptar-se às novas tecnologias, dando assim origem
a automação industrial. A instalação de sistemas de monitoria automática é, hoje em dia, um
facto generalizado, motivado por um lado, pela necessidade de proceder a protecção de
pessoas e bens materiais.

Um sistema de monitoria automática de estações de processamento de gás é um equipamento


ou conjunto de equipamentos integrados, com o intuito de vigiar determinado espaço e que
em caso de vazamento de gás, sejam accionados meios sonoros (Sirene), luminosos (Flash)
ou ainda electrónicos (Comunicadores Telefónicos, ligados ou não a Centrais de Recepção
de Alarmes).

Neste âmbito, o presente projecto tem como objectivo, conceber um sistema de monitoria
automática em estações de processamento de gás da ENH, usando o microcontrolador
Atmega 360 para o controlo de variáveis importantes como o caso de gás.

Em caso de o sistema detectar alguma ocorrência (gás ou incêndio), notifica-se a central da


ENH e ao responsável de segurança das estações de processamento de gás, o tipo e o local
de ocorrência, accionará o alarme para o fecho dos ductos de gás.

O projecto integra um módulo GSM, arduino uno, sensor detector de gás e fumaça que pode
indicar a presença de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo ou gás de cozinha), Propano, Metano,
Hidrogénio e outros tipos de gases, sensor detector de fogo infravermelho. O sistema acciona
uma sirene para dar o aviso local em caso de vazamento de gás detectado pelo sensor de gás
e fumaça, sensor detector de chama, e por um sensor de temperatura dando mais eficiência
na detecção de incêndio e envio de uma mensagem (SMS) padrão para o usuário previamente
cadastrado.

1
I.1. Contextualização

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) foi estabelecida pela Lei n.º 3/81, de 3 de
Outubro, como Empresa Estatal e na altura com a designação de Secretaria do Estado do
Carvão e Hidrocarbonetos. Em 1997, a ENH foi transformada em Empresa Pública através
do Decreto n.º 39/97, de 12 de Dezembro.

A História da ENH está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da indústria de


hidrocarbonetos em Moçambique e a empresa foi pioneira na distribuição de gás natural em
Moçambique; foi o primeiro operador do Programa Appraisal dos Campos de Pande e
Temane (1988/1995); detém uma vasta gama de base de dados geológicos sobre
Moçambique.

As estações de processamento de gás da ENH são usadas para purificar as matérias-primas


de gás natural produzido a partir de extração de campos de gás subterrâneos ou na superfície
dos líquidos produzidos a partir de poços de petróleo. Uma estação em pleno funcionamento
vai entregar aos gasodutos gás natural de qualidade que pode ser usado
como combustível pelos consumidores residênciais, comerciais e industriais. Contaminantes
são removidos e hidrocarbonetos mais pesados são capturados para outros usos comerciais.
Por razões económicas, no entanto, algumas plantas podem ser projectadas para produzir um
produto intermediário, geralmente contendo mais de 90% de metano puro e menores
quantidades de nitrogénio, dióxido de carbono e, por vezes etano que em casos de
vazamento pode perigar a vida dos trabalhadores. Isso pode ser processado em estações
jusante ou utilizados como matéria-prima para fabricação de produtos químicos.

I.2. Problematização
O sistema de monitoria automática das estações de processamento de gás da ENH, centra-se
nos mecanismos de detecção do gás, através de leituras de dados dos níveis a partir de
sensores.
A falta de um sistema de monitoria automática das estações de processamento de gás da
ENH causa um impacto negativo no que tange ao controlo de processos industriais, pois, a
central de processamento enfrenta dificuldades na gestão dos vazamentos, uma vez que não
se sabe ao certo quais dos ductos de gás estão em estado crítico.

2
Os riscos potenciais de acidentes envolvendo pontos de libertação de gás como incêndios e
explosões ocasionadas por vazamentos podem ocorrer por falta de sistemas de monitoria
automática. O sistema de monitoria automática permite com que o gás natural seja
manuseado com devido cuidado pela sua alta capacidade de formar mistura explosiva com
o ar. Conhecer e identificar os perigos relacionados ao gás natural é de fundamental
importância para estabelecer as medidas de segurança que devem ser adoptadas em todas as
fases do processo. Com vista a promover um incremento na disponibilidade de gás natural
ao consumidor final, constroem-se gasodutos, porém em caso de vazamento de gás perigaria
a saúde ou vidas humanas, neste âmbito, surge a necessidade de concepção do sistema de
monitoria para a redução do risco de acidentes na ENH.

I.2.1. Problema de pesquisa


Vazamentos de gás nas estações de processamento da Empresa ENH.

I.2.2. Pergunta de Pesquisa


Como pode, o sistema de monitoria automática das estações de processamento gás da ENH
minimizar o risco de vazamentos?

I.3. Hipóteses
Com o sistema de monitoria automática das estações de processamento de gás da ENH, serão
feitas medições da concentração do gás a partir de dispositivos sensores de baixo custo e de
fácil aquisição, contribuindo significativamente na redução do risco de acidentes durante o
processamento do gás nas estações.

I.4. Justificativa
I.4.1. Enquadramento do tema
Uma das principais dificuldades no processamento de gás nas estações da ENH é o
vazamento, que afecta directamente a segurança assim como a produtividade da Empresa.
Verificou-se aquecimento excessivo nas centrais e níveis de deterioração dos ductos de gás,
ineficiência no informe a quem de direito caso haja um vazamento, neste contexto, o sistema
de monitoria automática das estações de processamento de gás da ENH será desenvolvido
na tentativa de suprir essas dificuldades.

3
O sistema que se pretende desenvolver tem como base as comunicações e o uso de
dispositivos sensores. O curso de Engenharia electrónica e de Telecomunicações da Escola
Superior de Ciências Náuticas é constituído por disciplinas que abordam as comunicações
móveis, sistemas de telecomunicações entre outras que estudam sensores (leitura de dados
digitais ou analógicos), actuadores (execução dos valores lidos ou captados pelos sensores),
conversores (analógico-digital, digital-analógico) e microcontroladores (processamento).
Estas ferramentas foram fulcrais para o estudo do sistema de monitoria automática,
enquadra-se especificamente no curso ministrado na mesma instituição e foi a base para o
seu desenvolvimento.
Quanto aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) possui um plano e metas a
serem cumpridas até 2030, fazem parte da erradicação da pobreza, melhorando diversas
áreas como a tecnologia, a energia e a industrialização. Desta forma, este projecto enquadra-
se neste plano, contribuindo assim para o crescimento da economia dos países do terceiro
mundo através da aquisição de módulos para electrónica a baixo custo que contribuem de
forma directa criando benefícios com vista a cumprir com plano da ODS.

I.4.2. Contributo da pesquisa


A realização deste projecto é oportuna e bastante importante para as estações de
processamento de gás da ENH. Este tema tem como finalidade resolver um problema
enfrentado nas centrais de processamento de gás da ENH. Após a sua conclusão, o mesmo
poderá ser usado como base para a aquisição de conhecimento no avanço das comunicações,
exigindo um estudo da tecnologia electrónica (sensores).
O desenvolvimento deste sistema de monitoria automática, poderá contribuir para inovações
nos projectos de electrónica, telecomunicações e informática, sobretudo para suprir as
dificuldades no controlo de vazamento de gás.
A indústria de hidrocarbonetos (gás natural) apresenta um acentuado crescimento, factor
este, que leva a desenvolver sistemas de segurança para prevenir acidentes durante o
manuseio do gás e maximizar a produção com o menor consumo de energia.
No âmbito social, este projecto poderá contribuir para a industrialização, dado que este,
proporcionará uma melhoria significativa na gestão das actividades do controlo de
vazamento de gás, é pertinente a aplicação de sensores na detecção e envio de dados de gás
para um usuário móvel, optimizando assim custos, tempo e desgastes no cumprimento de
inúmeras tarefas.

4
Os componentes do sistema de monitoria automática consomem menos energia, reduzindo
assim a factura energética. Quanto às áreas de engenharia e energia, o sistema apresenta
benefícios energéticos como o aumento da produtividade.
O sistema de monitoria automática vem minimizar os danos em casos de vazamento de gás
e notificar a central ou o técnico responsável para situações de um acidente ainda na fase
inicial, evitando deste modo grandes prejuízos.

I.5. Objectivos
I.5.1. Objectivo geral
Conceber um sistema de monitoria automática de estações de processamento de gás da ENH.

I.5.2. Objectivos específicos


 Identificar as técnicas e os componentes do sistema de monitoria automática das
estações de processamento de gás na ENH;

 Projectar o circuito do sistema de monitoria automática de estações de processamento


de gás da ENH;
 Apresentar o protótipo do sistema;
 Testar o protótipo do sistema;
 Analisar os resultados alcançados.

5
I.6. Metodologia
No âmbito desta metodologia (investigação cientifica), recorreu-se à recolha de dados na
empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH). Foi classificada, fundamentada a pesquisa
quanto à sua natureza, objectivos, forma de abordagem e procedimentos técnicos.

I.6.1. Procedimentos e Material


No desenvolvimento deste projecto, foram utilizados recursos electrónicos como os
microcontroladores, actuadores e sensores. Foi usado o simulador proteus (8 professional)
para o desenho do circuito eléctrico e folhas de especificações técnicas. Para a construção
do fluxograma foi usado o ArchiCAD 18 (um recurso de construção gráfica). Para avaliar o
desempenho do sistema proposto neste trabalho, foram efectuados ensaios durante a
montagem, onde a partir de instrumentos de medida, fizeram-se medições de parâmetros
como corrente, tensão e potência eléctrica.
Os procedimentos usados seguiram fases distintas, a primeira constitui a instalação e
configuração do software (Arduíno IDE). Através da instalação das bibliotecas do módulo,
são feitos testes de cada biblioteca instalada e o desenvolvimento código do sistema. A
segunda fase constitui a comunicação serial via USB, de modo a permitir o envio do código
do sistema para o chip (processador). A terceira fase constitui a montagem do protótipo, e é
usado módulo GSM (responsável pelo envio e recepção de mensagem), sensor de
temperatura DHT11 (responsável pela leitura dos níveis de temperatura) e sensor de gás
(responsável pela leitura dos níveis de gás).
De seguida, são estabelecidas as conexões dos sensores de gás, Temperatura-DHT11,
módulo GSM, relé térmico Shield com o módulo Arduino ATmega 360 em uma protoboard.

I.6.2. Tipo de Pesquisa


I.6.2.1. Quanto à natureza
Quanto à natureza, a pesquisa é aplicada, porque dedicou-se a solução de um problema
específico, que é a fuga de gás nas estações da ENH.

I.6.2.2. Quanto aos objectivos


Quanto aos objectivos a pesquisa é de carácter descritiva e exploratória. Descritiva porque o
trabalho consistiu da fundamentaçãoo teórica de várias bibliografias no que tange aos
sistemas de monitoria automática.
6
Pesquisa exploratória - Como o nome sugere, esta é efectivamente a pesquisa apropriada
para este projecto, pois, é aplicada quando se pretende explorar uma nova área de
conhecimento. Desta forma, através de recursos bibliográficos já disponíveis, foi aplicada
este tipo pesquisa para obter dados que conduziram a solução do problema observado.

I.6.2.3. Quanto à forma de abordagem


Para a realização deste projecto, foi usada a forma quantitativa, por testar e analisar teorias
relacionadas aos sistemas de monitoria automática.

I.6.2.4. Quanto aos procedimentos técnicos


Pesquisa bibliográfica - ao aplicar este tipo de pesquisa, procurar-se-á explicar o problema
de pesquisa a partir de referências teóricas publicadas na internet tais como manuais, vídeos
aulas, revistas científicas, paginas Web, artigos científicos e entre outras ferramentas
relacionadas com fenómeno observado.

Pesquisa laboratorial – Pretendendo-se construir um protótipo com base nos componentes


electrónicos, onde estes devem ser submetidos a testes e análise de modo a avaliar o seu
comportamento.

I.6.2.5. Amostra
Baseando-se no contexto de pesquisa quantitativa, a amostra a ser analisada para o
desenvolvimento deste projecto constitui da avaliação das respostas de um pequeno número
de técnicos da instalação, operacionalização e manutenção de sistemas de gasodutos de gás
da Empresa ENH correspondente a 2% dos trabalhadores da central de processamento,
colhendo as suas opiniões em relação ao problema observado pelo pesquisador.

I.6.2.6. Quanto a técnica de colecta e análise de dados


Sendo esta pesquisa quantitativa, convém aplicar as técnicas de análise de dados da pesquisa
quantitativa:
Entrevista estruturada – consistiu em perguntas abertas não padronizadas e foi realizada pelo
próprio pesquisador na Empresa ENH.

Observação sistemática - esta técnica foi uma forma de obtenção de informações sobre
alguns aspectos da realidade, e ajudou o pesquisador a identificar e obter provas do problema
em questão.
7
I.6.2.7. Limitações
A pesquisa bibliográfica a ser aplicada para este trabalho relaciona-se com a pesquisa
exploratória. Tratando-se de uma nova tecnologia, enfrentou-se alguma dificuldade na
aquisição do material pelas plataformas de pesquisa (Google Académico, Youtube).

8
Estrutura do trabalho

O presente trabalho encontra-se organizado em 5 capítulos a saber:

Capítulo I – Introdução: Aqui são apresentados os elementos introdutórios do trabalho que


são: os objectivos do trabalho, justificativa, problematização e metodologia usada na
realização do trabalho.

Capítulo II – Revisão da Literatura: Foram abordadas as teorias científicas sobre a


importância do sistema de monitoria automática de estacões de processamento de gás da
ENH.

Capítulo III – Sistema de monitoria automática de estações de processamento:


Caracteriza a descrição do actual sistema de monitoria da empresa Nacional da
Hidrocarbonetos (ENH) e do sistema proposto neste projecto, é demostrada a projecção
virtual do projecto e é explicado funcionamento do mesmo.

Capítulo IV – Montagem e teste do protótipo: Neste capítulo serão detalhados todos


passos para alcançar o protótipo final.

Capítulo V - Conclusão: Este capítulo é dedicado as conclusões alcançadas com o presente


trabalho e a recomendações para futuros trabalhos relacionados aos sistemas de monitoria
automática de estações de processamento de gás.

9
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo estão dispostos os principais temas envolvidos no desenvolvimento deste


trabalho. São apresentadas as definições e aplicações de sensores (responsáveis por informar
ao dispositivo qual o estado de cada conexão de entrada), microcontroladores (componentes
eletrônicos que recebem o firmware e controlam as entradas e saídas do dispositivo),
ambiente de prototipagem Arduino (ambiente onde os testes e as validações foram
executadas).

II.1. Sistema de monitoria automática de estações de processamento de gás


Sistema de monitoria automática de estações de processamento de gás é um conjunto de
mecanismos que verificam seu próprio funcionamento, efectuando medições e introduzindo
correcções, sem necessidade de interferência do Homem (Araújo and Bayer 2011).

Um sistema de monitoria automática de estações de processamento de gás é definido como


um conjunto de instalações destinadas ao controlo, injecção e escoamento do gás produzido
e/ou movimentados em um campo natural (Oliveira 1999).

Automatizar e controlar um processo significa actuar sobre às condições pelo qual processo
está sujeito, de modo a manter variáveis e quantidades estáveis com o passar do tempo,
mesmo que interferências externas tentem desviá-lo desta condição (Alves 2005).

A utilização de sistemas de controlo automático de estações de processamento de gás


encontra-se difundida no dia-á-dia de todas as sociedades desenvolvidas. Tais sistemas agem
como elementos decisivos na tentativa de se obterem progresso e desenvolvimento (Capelli
2004).

O Autor considera que os sistemas de monitoria constituem um conjunto de componentes


interligados entre si a partir de um comando principal, com o objectivo de sanar um
determinado problema, neste contexto, a fuga de gás nas estações da ENH.

II.2. Sensores
Um sensor, segundo Tooley (2007)“é um tipo especial de transdutor utilizado para gerar um
sinal de entrada para um sistema de medição, instrumentação ou controle”. Com a utilização
de transdutores em circuitos electrónicos obtêm-se leituras de diversas grandezas, tais como:
velocidade, pressão, temperatura, luminosidade, nível, fluxo, peso e vibração.

10
Através de sensores é possível obter, de forma quantitativa, informações sobre o processo
que se deseja monitorar. Os sensores podem ser divididos em duas categorias: ativos e
passivos. Os sensores ativos são aqueles que possuem um circuito eletrônico que, desta
forma, permite a emissão de um determinado sinal (transmissor) e faz com que o receptor
converta esta informação numa grandeza mensurável para o dispositivo conectado ao sensor.
Diversos dispositivos eletrónicos necessitam de sensores para interagir com o ambiente
externo. Os sensores vão desde simples chaves ou dispositivos de acionamento momentâneo
do tipo mecânico, até transdutores especiais que convertem alguma grandeza física em uma
grandeza elétrica. Dentre os principais tipos de sensores, cita-se: mecânicos, térmicos, reed-
switchs, ópticos, ultrassônicos, entre outros, porém apenas os sensores mecânicos e térmicos
serão apresentados neste trabalho evitando uma abrangência desnecessária.

II.2.1. Sensores mecânicos


Segundo Braga (2014), esses sensores, como o nome sugere, são interruptores ou mesmo
chaves comutadoras que atuam sobre um circuito no modo liga/desliga quando uma ação mecânica
acontece no seu elemento atuador. Quando a haste mecânica é pressionada o sensor sai da
posição de repouso (Comum “C” conectado a Repouso “R”) e assume a posição de ativo
(Comum “C” conectado a Ativo “A”).

Figura 1. Sensor mecânico


Braga (2014)

11
II.2.2. Sensor de Gás Inflamável e de fumaça MQ-2

O Módulo Sensor de gás e fumaça MQ-2 possibilita criar dispositivos para monitorar gases
no ambiente, como gás de petróleo liquefeito, butano, propano, e tem uma sensibilidade mais
baixa para detectar também metano, etanol, e pode detectar outros tipos de gases. Possui
duas saídas, uma analógica que retorna o nível do gás no ambiente e outra digital que indica
a presença de gás (Rodrigues 2013).

Figura 2. Arquitectura física do Sensor de fumaça MQ2


Fonte: Rodrigues (2013)

Segundo Rodrigues (2013), este sensor de gases inflamáveis e fumaça detecta concentrações
de gases combustíveis no ar e dá saída de sua leitura como uma voltagem analógica. O sensor
pode medir concentrações de gases inflamáveis na faixa de 300 a 10.000ppm (partes por
milhão), que pode ser ajustado por um trimpot na parte traseira do sensor. Um chip
comparador LM393 é responsável por ler as informações do sensor e converter essas
informações em sinais para o microcontrolador. Opera em temperaturas de -20 a 50ºC e
consome menos de 150mA a 5V. A tensão de alimentação do módulo é de 5V e a
comunicação com o microcontrolador pode ser feita de duas maneiras: pela saída digital D0
ou pela saída analógica A0.

II.2.3. Características Técnicas


 Dimensões: 32mmX22mmX27mm
 Chip: LM393, ZYMQ-2 sensor de gás
 Tensão de Operação: DC 5V

12
 Dupla saída de sinal (saída analógica, e um nível TTL de saída);
 Saída TTL (digital);
 0 ~ 5V tensão de saída analógica, quanto maior a concentração, maior a tensão.

Figura 3. Descrição dos pinos e funções dos LED’s do sensor MQ2


Fonte: Arduino (2013)

II.2.4. Características gerais do Sensor de fumaça MQ2

 Sensibilidade ao gás metano, butano, LPG (gás de petróleo liquefeito) e fumaça;


 Este sensor é sensível a gases inflamáveis e combustíveis;
 Com uma longa vida útil e estabilidade confiável;
 Características de resposta e recuperação rápidas.

II.2.5. Sensor DHT 11


O sensor DHT 11 é um medidor de temperatura e umidade muito utilizado em Arduíno. Ele
possui uma faixa de medição de 0° a 50° Celsius e de 20% a 90% de umidade, e uma faixa
de alimentação de 3V a 5V, podendo, no máximo, chegar a 5,5V (Pinto, 2011).

As ligações com o Arduíno:

 O primeiro pino (VCC) é conectado ao +5V do Arduíno;


 O segundo pino (Dados) é conectado ao pino de dados definido em seu Arduíno;

13
 O terceiro pino (N.C) não será usado;O quarto pino (GND) é conectado ao GND do
Arduíno

Figura 4. Sensor DHT11


Fonte: Pinto (2011)

O hardware do sensor é constituído por um termistor e um sensor de humidade que se


encontram na parte de dentro de um envoltório e quatro (4) pinos, os pinos têm como
finalidade conectar o sensor ao Arduíno.

II.2.6. Buzzer ou Beeper de 5V

Transdutores são dispositivos que convertem uma forma de energia em outra. Existe um tipo
de transdutor que se chama transdutor piezoeléctrico. “piezoeletricidade é a capacidade de
alguns cristais gerarem tensão eléctrica em resposta a uma pressão mecânica”. Dessa forma,
alguns materiais são capazes de gerar tensão eléctrica quando submetidos a uma força. O
fluxo contrário também acontece, uma vez que aplicando tensão eléctrica sobre o elemento,
este transforma energia eléctrica em energia mecânica, mexendo-se de acordo com
(Piezoeletricidade, 2016).
Segundo Mota (2015). O som é a propagação de uma vibração acústica em algum meio. Essa
vibração movimenta as partículas presentes neste meio, ocorrendo assim a transmissão da
vibração e consequentemente gerando som. Nesse sentido, o aparelho auditivo humano é
capaz e ouvir sons de frequência de aproximadamente 20Hz a 20.000Hz.
Assim sendo, pode-se usar esse comportamento do transdutor piezoeléctrico se mexer ao se
aplicar tensão elétrica para gerar sons. “podemos colocar uma onda de tensão na faixa de

14
frequência audível, assim o transdutor vibrará na mesma frequência, emitindo um som
audível.

II.2.6.1. Descrição Geral


Um Buzzer ou um Beeper é um dipositivo de sinalização sonora, com estrutura de construção
mecânica, electromecânica ou piezoeléctrica. Os Buzzers e Beepers são muita das vezes
usados como alarmes, temporizadores e confirmadores de de entrada de usuário num
sistema, tal como a pressão de um mouse ou tecla (Nelson et al, 1995).

Figura 5. Buzzer ou campainha de corrente contínua


Fonte: Thomsen (2013)

Segundo Thomsen (2013), o buzzer é uma estrutura integrada de transdutores electrónicos,


alimentados por tensão contínua, maioritariamente usado em computadores, impressoras,
fotocopiadoras, alarmes, brinquedos electrónicos, equipamentos electrónicos e automóveis,
telefones, temporizadores e outros produtos electrónicos sonoros.

II.2.6.2. Definição e Funcionamento do Buzzer

Buzzer é um componente electrónico que é composto por duas camadas de metal e uma
terceira camada interna de cristal piezoelétrico, este componente recebe uma fonte de energia
e através dela emite uma frequência sonora.
Buzzer está presente em diversos tipos de aparelhos, como despertador, Carros e até em
computadores, que quando ligado emite um Beep informando que a memória foi reconhecida
(Thomsen, 2013).

15
Tabela 1. Características de operação do buzzer

Tensão Nominal 6V DC

Tensão operação 4 à 8 DC

Corrente Nominal ≤300mA

Intensidade de som a 10 cm ≥85dB

Frequência de ressonância 2300 ±300 Hz

Tom Contínuo

Temperatura de operação -25C a +80C

Temperatura de armazenamento -30C até +85C

Peso 2g

Fonte: Thomsen (2013)

II.2.6.3. Dimensões de construção de um buzzer

Figura 6. Diagrama de construção de um Buzzer com as dimensões em milímetros


Fonte: Rashid (1999)

II.3. Rede GSM


Criada em 1982, a rede GSM é uma tecnologia digital para celulares usadas para transmissão
móvel de voz e dados. A rede GSM permite que indivíduos sejam contactados através no
mesmo número de celular em até 219 países. As redes GSM terrestres cobrem mais de 90%
da população mundial, a tecnologia roamin GSM de satélites estende essa cobertura para

16
áreas em que a rede terrestre não alcança. Hoje, as conexões móveis globais superam 6
bilhões (GSM, 2012).

A rede GSM foi criada com o objectivo de padronizar o sistema de telefonia móvel acabando
com a incompatibilidade de redes. Que ocorreu devido ao crescimento desenfreado da
produção dos celulares analógicos durante os anos 80 onde cada país tinha seu próprio
sistema de envio de dados, protocolos e frequência de comunicação. Um grupo de estudos
Europeu foi criado para desenvolver um sistema móvel padrão o Group Special Mobile
(GSM) (Zanco, 2010).

A rede GSM é uma tecnologia digital para celulares usadas para transmissão de voz e
serviços de dados móveis. Suporta chamadas de voz e dados como o envio de SMS, com
velocidade de transferência de até 9,6 Kbps. (delatorre, 2009).
O sistema GSM 900 utiliza dois conjuntos de frequência na banda dos 900 MHz: o primeiro
nos 890-915 MHz, utilizado para transmissões de terminal, e o segundo nos 935-960 MHz.

Este dispositivo trata-se de um módulo sem fio compacto, compatível com todas as placas
que possuem uma pinagem semelhante à do Arduino UNO. Projetado para o mercado global,
este módulo permite ao Arduino conectar-se à internet, enviar e receber mensagens de texto
(SMS) e realizar chamadas por voz usando a biblioteca do módulo.

Global System for Mobile Communications (GSM) é um padrão internacional de


comunicação para telefones celulares, e é comumente chamado de 2G, por se tratar da
segunda geração de redes para celulares. A tecnologia de General Packet Radio Service
(GPRS) surgiu há alguns anos e proporcionou a transmissão de dados em alta de velocidade
pela rede GSM, alcançando taxas entre 56 e 114 kbits por segundo (Lima, 2009).
Segundo Rodrigues (2013), a comunicação entre o Arduino, computador e módulo é feita
serialmente. O Arduino já possui porta serial implementada via hardware, que são os pinos
0 (RX) e 1 (TX), que também funcionam como entrada e saída digitais, tudo isso graças ao
microcontrolador Atmega328.

17
Figura 7. Módulo GSM
Fonte: Acione (2015)
A comunicação com o arduino é feita de forma serial, podendo ser executada utilizando a
porta serial implementada por hardware ou criada via software. O arduino possui uma porta
serial implementada por hardware contida nos pinos 0 (RX) e 1 (TX), mas também é
possível utilizar-se a biblioteca “Software Serial” que simula a porta serial em outros pinos
do arduino, facilitando assim o arranjo dos dispositivos na placa (Rodrigues, 2013).

Figura 8. Comunicação serial GSM shield

Fonte: Rodrigues (2013)

18
II.4. Chip de celular

Segundo GSM (2012), para utilizar o módulo GSM SIM900, é necessário um chip de celular
válido. Este chip representa o contrato de serviços entre o usuário e a companhia telefônica.
Grande parte dos chips é protegida por uma senha chamada de número PIN. É necessário
que se guarde este número uma vez que ele é necessário para se conectar à rede da operadora.
Entretanto, recomenda-se que se desative a opção “bloqueio de PIN” do chip de celular,
liberando seu uso e eliminando a necessidade de se fornecer o número PIN a cada utilização
do chip. Portanto, deve-se primeiramente ativar o chip de celular para habilita-lo ao uso no
módulo. O shield não será capaz de realizar nenhuma função caso o chip de celular esteja
bloqueado. Atualmente existem três tamanhos diferentes de chips para celular: o Mini-SIM,
o Micro-SIM e o Nano-SIM. O shield GSM SIM900 aceita apenas o tamanho mini-SIM, que
possui dimensões de aproximadamente 25 mm x 15 mm.

II.4.1. Especificações Técnicas


O módulo é capaz de enviar serviços GSM/GPRS em Quad-Band (850/900/1800/1900MHz)
como SMS, voz (ligações), dados via Internet e fax em uma placa muito pequena e com
baixo consumo de energia.
 Tensão de operação: 5V;
 Alimentação externa de 6V a 12V;
 Total compatibilidade com Arduino UNO;
 Porta serial selecionável;
 Suporte para fone de ouvido, alto falante e microfone;
 Botões de “Ligar” e “Reset” na placa;
 Quad-Band: 850/ 900/ 1800/ 1900 MHz;
 Controle via comandos AT;
 Baixo consumo de energia;
 Dimensões: 69 mm x 53 mm.

19
II.5. Light Emitter Diodes (LEDs)
O Light Emitter Diode (LED) é um componente eletrônico semicondutor, que se trata se um
diodo emissor de luz, capaz de transformar energia elétrica em energia luminosa. O LED é
composto por um terminal chamado ânodo e outro chamado cátodo. Por ser um diodo, permite
ou não a passagem de corrente eléctrica dependendo da forma que for é possível ver o
esquemático de um LED bem como uma representação simbólica contendo as indicações dos
terminais ânodo e cátodo (Nicoleti, 2011).

Segundo Braga (2013), os LEDs são bastante utilizados em toda a área de engenharia e
eletrónica, por seu baixo custo e efetividade de funcionamento. Trata-se de uma excelente
forma de sinalização visual em aplicações electrónicas. É recomendado que todo LED em
um circuito electrónico seja acompanhado por uma resistência de proteção, evitando dano
ao mesmo. Um correcto dimensionamento dessa resistência deve ser feito, pois um
superdimensionamento pode prejudicar a luminosidade do LED, ao passo que um
subdimensionamento não cumprirá o papel de proteger o LED.

Figura 9. Esquema de um LED


Fonte: Nicoleti (2011)

II.5.1. Display LCD


Displays LCD são dispositivos de comunicação visual largamente utilizados numa
infinidade de aparelhos eletrónicos existentes.

20
Encontram-se em aparelhos domésticos, automóveis, por ser uma tecnologia altamente
padronizada, seu custo é baixo (Electrónica, 2017).

Figura 10. Display LCD


Fonte: Fritzen (2016)

II.6. Funcionamento da placa de um sistema de monitoria automática

A placa de um sistema de monitoria automática funciona a partir de acoplamentos com um


microcontrolador e estrutura integrada para entrada analógica e entrada/saída digital. Todos
esses recursos de hardware podem ser controlados por meio de uma linguagem de
programação fundamentada em C/C++ (Filipe & Harbor, 1997).

A utilização de um Arduino envolve basicamente controle dos pinos disponíveis na placa,


cuja quantidade depende da versão em uso (Sighier & Nishiari, 2008).

Os pinos digitais podem ser configurados como entrada ou saída digital na placa de monitoria
automática, operando em um nível lógico alto ou baixo, correspondendo a 5 e 0 volts. A
configuração de um pino digital como entrada é útil quando deseja-se registar alguma
informação externa, o pino deve ser montado com um resistor de pull-down, que define o
pino como baixo; ou com um resistor de pull-up, que define o pino como alto na placa
(Silveira & Santos, 1999).

II.6.1. Software Arduino Development Environment


Para viabilizar o desenvolvimento e o upload do código no microcontrolador arduino, fez-
se necessário a utilização do software livre da plataforma. A plataforma já vem com várias
bibliotecas específicas inseridas, mais há possibilidade de inserir ou criar novas bibliotecas.
É necessário utilizar a linguagem Wiring. O arduino IDE é capaz de reconhecer todas as

21
estruturas da linguagem C e alguns recursos do C++, após o código desenvolvido é possível
realizar o “upload” para a placa arduino (Meyer, 2004).

II.6.2. Placa do arduino

Bastante difundido no mundo académico, em virtude do seu baixo custo e da sua vasta
aplicabilidade em projectos electrónicos, o Arduino é uma plataforma de prototipagem
electrónica baseada no conceito de hardware e softwares livres, sendo aplicado em projectos
de automação, e podendo ser adaptado de acordo com as necessidades de quem o utiliza.
(Arduino, 2013).

Figura 11. Placa Arduino


Fonte: Arduino (2013)

O Arduino é denominado como plataforma de computação física ou embarcada, ou seja, um


sistema capaz comunicar-se com seu ambiente por meio de software e hardware. (Arduino,
2013).
O Arduino UNO é o modelo mais vendido no mundo e muito desse sucesso se deve pelo
baixo custo e excelente funcionalidade.
Uno em italiano significa um, que é versão 1.0 do Arduino, em outras palavras, é a partir
dessa placa que as sucessoras serão baseadas. Contém um chip Atmega8U2, onde sua
principal vantagem dentre suas antepassadas é que seja suportada a actualização do firmware
do USB (Embarcados, 2013).

22
II.6.3. Diagrama de pinagem

Figura 12. Diagrama de pinagem


Fonte: Embarcados (2013)

II.6.4. Descrição de pinagem


VCC: Alimentação do Microcontrolador;
GND: Terra;

AREF: entrada da tensão de referência do conversor A/D;


AVCC: Entrada da Tensão do Conversor A/D, devendo ser conectado externamente a Vcc.
Se o ADC é usado deve ser conectado a Vcc via filtro passa-baixas;
PORTAS B, C, e D (PCINT0…PCINT22): todos os 23 pinos de E/S das Portas B, C e D
possuem a função alternativa de activar uma interrupção na mudança de estado do respectivo
pino, servindo assim como uma interrupção externa;
PORTB (PB0…PB7): porta de 8 bits bidireccional de E/S, cada pino desta porta possui uma
função alternativa.

Portas de Entrada e Saída


O microcontrolador da ATmega328 possui 3 portas de entrada e saída de dados, designadas
PORT B, PORT C e PORT D. Sendo que o PORT B possui 8 bits, o PORT C possui 7 bits
e o PORT D 8 bits. As 23 linhas de entrada e saída podem ser usadas como pinos de
Entrada/Saída Digital de uso geral.

O PORTB possui 8 linhas bidirecionais, o que significa que podem ser configuradas como
entrada e saída de dados.

23
II.6.5. Especificações
A placa Arduino UNO é baseada no microcontrolador ATmega360, com produção
pela Atmel.
As principais características do Arduino UNO são representadas na tabela abaixo
Abaixo.

Tabela 2. Principais características da placa Arduino Uno

Nome Descrição

Microcontrolador ATmega360

Voltagem de operação 5V

Alimentação (recomendada) 7 – 12V

Alimentação (limite) 6 – 20V

Pinos de E/S digitais 14 (de 0 a 13, dos quais 6 podem prover


saída PWM)

Pinos de entrada analógica 6 (de A0 até A5)

Corrente contínua por pino de E/S 40mA

Corrente contínua para pino 3,3V 50mA

Memória Flash 32Kb (ATmega360)

SRAM 2Kb (ATmega360)

EEPROM 1Kb (ATmega360)

Frequência de clock 16MHz

Fonte: Maya (2004)

II.6.6. Componentes
1. Microcontrolador: O “cérebro” do Arduíno. Um computador inteiro dentro de um
pequeno chip. Este é o dispositivo programável que roda o código que enviamos à placa.

24
2. Conector USB: Conecta o Arduíno ao computador. É por onde o computador e o Arduíno
se comunicam com o auxílio de um cabo USB, além de ser uma opção de alimentação da
placa.
3. Pinos de Entrada e Saída: Pinos que podem ser programados para agir como entradas
ou saídas fazendo com que o Arduíno interaja com o meio externo. O Arduíno UNO possui
14 portas digitais (I/O), 6 pinos de entrada analógica e 6 saídas analógicas (PWM).
4. Pinos de Alimentação: Fornecem diversos valores de tensão que podem ser utilizados
para energizar os componentes do seu projecto. Devem ser usados com cuidado, para que
não sejam forçados a fornecer valores de correntes superiores ao suportado pela placa. A
placa pode ser alimentada pela conexão USB ou por uma fonte de alimentação externa.
5. Botão de Reset: Botão que reinicia a placa Arduíno.

6. Conversor Serial-USB e LED’s TX/RX: Para que o computador e o microcontrolador


“conversem” ou troquem informação, é necessário que exista um chip que traduza as
informações vindas de um para o outro. Os LED’s TX e RX acendem quando o arduíno está
transmitindo e recebendo dados pela porta serial respectivamente.
7. Conector de Alimentação: Responsável por receber a energia de alimentação externa.
8. LED de Alimentação: Indica se a placa está energizada. A placa possui 3 pinos GND
(terra), dois pinos que fornecem voltagem regulada de 3,3V e 5V cada, um pino Vin que
fornece voltagem advinda directamente da alimentação seja por USB ou por fonte externa e
um pino de entrada para referência analógica (AREF).

II.6.7. Linguagem C
A linguagem de programação C foi criada nos laboratórios Bell por Dennis Ritchie por Kem
Thompsom em 1972 para operar junto ao sistema operacional Unix do computador (Pinho
2005).
A linguagem C iniciou com a linguagem Algol 60, linguagem de alto nível, que permitia
realizar os trabalhos longe da máquina, ou seja, permitia a programação a distância.
Inicialmente não fez muito sucesso após a sua criação, o seu uso ficou restrito a alguns
laboratórios C é uma linguagem de programação compilada de propósito geral, estruturada
imperativa, procedural padronizada pela ISO. Atualmente a linguagem C é uma das mais
populares e existem poucas arquiteturas para as quais não existem compiladores para ela. O

25
C tem influenciado muitas outras linguagens de programação, mais notavelmente C++, que
começou como uma extensão C (Pinho, 2005).
Abaixo algumas vantagens e desvantagens desta linguagem de programação.

Vantagens:
 É uma linguagem simples que permite trabalhar com funções matemáticas;
 Tipos de dados simples;
 Acessa diretamente memória;
 Declara e define facilmente as variáveis.
Desvantagens:
 Não permite o uso de classes e objetos;
 Os programas criados em C não são muitos seguros, pois o código é restrito e
sequencial;
 Inicialmente não foi desenvolvida com foco em redes.

II.6.8. (Universal Serial Bus) USB


Faz-se necessário a utilização do USB, uma vez que, é por meio dela que se processa a
conexão entre o microcontrolador Arduino e o computador, permitindo o envio dos códigos
e a recepção de dados. É pela USB que o microcontrolador recebe tensão e corrente para sua
alimentação e para a alimentação dos dispositivos externos a ele conectados (Monteiro,
2004).

A simplicidade de configuração e do manuseio constituem motivos que viabilizam esse tipo


de conexão, além do facto de tratar-se de uma conexão confiável que utiliza protocolos
próprios, e possuir compatibilidade com a maioria dos sistemas operacionais, estando
presente na grande maioria dos computadores actuais (Monteiro, 2004).

USB (Universal Serial Bus) tem uma particular função de permitir a conexão de muitos
periféricos simultaneamente (pode-se conectar até 127 dispositivos em um barramento USB)
ao barramento e este, por uma única tomada, se conecta a placa-mãe (Monteiro, 2004).

II.7. Local de estudo


A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) foi estabelecida pela Lei n.º 3/81, de 3 de
Outubro, como Empresa Estatal e na altura com a designação de Secretaria do Estado do

26
Carvão e Hidrocarbonetos. Em 1997, a ENH foi transformada em Empresa Pública através
do Decreto n.º 39/97, de 12 de Dezembro.

A História da ENH está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da indústria de


hidrocarbonetos em Moçambique e a Empresa foi pioneira na distribuição de gás natural em
Moçambique, foi o primeiro operador do Programa Appraisal dos Campos de Pande e
Temane (1988/1995); detém uma vasta gama de base de dados geológicos sobre
Moçambique.

II.7.1. Localização geográfica


O Distrito de Marracuene onde se encontra a estação, situa-se na parte oriental da Provincia
de maputo, est”a localizado a 30km a norte da cidade de Maputo, entre a latitude de 25º
41’20’’ sul e longitude de 32º40’30’’ este.

É limitado a norte pelo Distrito da Manhiça, a sul pela Cidade de Maputo, a Oeste pelo
Distrito de Moamba e Cidade da Matola, e a Este é banhado pelo Oceano índico. Com uma
superfície de 703km2 e uma população, a relação de dependência económica potencial é de
aproximadamente 1:1, isto é1 por cada criança ou ancião existe uma Pessoa em idade
inscrita.

Figura 13. Localização da estação ENH-Kogas


Fonte: Google Earth (2019)

27
II.7.2. Clima e hidrografia
O clima do Distrito é tropical chuvoso de savana, influenciado pela proximidade do mar.
Caracteriza-se por temperaturas quentes com um valor médio anual superior a 20ºC e uma
amplitude de variação anual inferior de 10ºC.

A humidade relativa varia entre 55 a 77% e a precipitação é inferior a 1.000 mm no litoral.


A estação chuvosa vai de Outubro a Abril, com 60% a 80% da pluviosidade concentrada nos
meses de Dezembro e Fevereiro.

II.7.3. Relevo e Solos


A zona alta do Distrito é constituída principalmente por sedimentos arenosos eólicos (a
ocidente ao longo da costa) com ocorrência de areias siliciosas. A planície aluvionar, ao
longo do rio Incomatí é de solos argilosos, estratificados e tufosos.

A faixa litoral de dunas de arreia na separação entre o mar e o rio Incomatí na zona de
Maçaneta corre o risco de desaparecimento, que teria consequências ecológicas graves para
os Distritos de Marracuene, Manhiça e Magude. Com propensão a períodos de seca, a sua
vegetação é constituída por savana de gramíneas e arbustos, sendo o solo recomendado para
a criação do gado bovino e pequenos ruminantes.

II.7.4. Empresas Participadas


A ENH também tem para além das Empresas Afiliadas, as Empresas Participadas, através
das quais opera na cadeia e que também fazem parte da família ENH. As Empresas
participadas são:

II.7.4.1. MGC
É uma empresa moçambicana que se dedica ao transporte, distribuição e comercialização de
gás natural produzido em Moçambique e que é usado como fonte de energia para o
funcionamento de diversas unidades industriais na província de Maputo. A MGC é uma
empresa que opera um gasoduto de cerca de 70 quilómetros que transporta gás de Ressano
Garcia, onde se liga ao gasoduto Pande-Secunda, até a Matola. Nesta sociedade, a ENH tem
a participação de 25% do capital.

28
II.7.4.2. ENH-Kogas
Tem como objecto a construção, instalação, operacionalização, e manutenção de sistemas de
gasodutos de gás natural bem como compra, armazenamento, transporte, distribuição e
venda de gás natural. Esta é a empresa constituída pela ENH e pela empresa coreana do gás
Kogas e que está a implementar o Projecto de Distribuição de Gás de Maputo e Marracuene
(PDGM).Nesta sociedade, a ENH tem uma participação de 30% do capital.

II.7.4.3. RBLL
Tem o DUAT para desenvolvimento de um projecto de gás natural liquefeito (GNL), no
Cabo Afungi na província de Cabo Delgado. AENH possui uma participação de 33.3%.

II.7.5. Visão
Ser uma empresa petrolífera proeminente e integrada, a operar em Moçambique e noutros
países. Concorrer para que em 2021 a importação de combustíveis seja superada pela
Produção de Hidrocarbonetos em Moçambique.

II.7.6. Missão
Acrescentar valor aos recursos naturais através da participação comercial na pesquisa,
produção, processamento, bem como no transporte, distribuição e comercialização de
hidrocarbonetos de forma sustentável.

29
II.7.7. Estrutura Organizacional

Figura 14. Organograma da ENH


Fonte: ENH (2010)

30
CAPÍTULO III. SISTEMA DE MONITORIA AUTOMÁTICA DE ESTAÇÕES DE
PROCESSAMENTO

III.1. Descrição do actual sistema da ENH


Os sistemas de detecção de gases são fundamentalmente constituídos por: central de
detecção, detectores automáticos, analógicos e/ou digitais, módulos de interface e de
comando (entrada/saída), sirenes de alarme.
As centrais de detecção são normalmente do tipo microprocessado, para uma, duas, quatro
ou mais zonas de detecção, apresentam teclado de comando e programação, botões de
comando, sinalizadores do tipo led e fonte de alimentação constituída por baterias estanques
sem manutenção e respectivo sistema de carga, com autonomia para habitualmente 72
horas em funcionamento normal. O gás em temperaturas altas pode ocasionar explosão, o
sistema detecta o gás, não atingindo a leitura da temperatura ambiente do local.
Os equipamentos de medição e alarme contra vazamentos existentes cumprem seu papel de
forma eficiente, mas pecam ao não fornecer uma maneira de sanar o vazamento quando este
ocorre. Outra deficiência destes equipamentos é a não possibilidade de se alertar pessoas que
estejam longe do local do vazamento, característica vital nos dias hoje.

III.2. Desenvolvimento do sistema proposto


A figura 15 ilustra o digrama em bloco do projecto, o microcontrolador é o cérebro do
sistema, todas as decisões partem do microcontrolador, e o mesmo é alimentado por 5V. O
relé é responsável por comutar a energia do sistema caso seja detectada alguma ocorrência,
o display e o módulo GSM servem de interface com o usuário.

Figura 15. Diagrama em blocos do sistema


Fonte: O autor (2019)

31
II.2.1. Definição do fluxograma do sistema
Após a finalização do trabalho, um fluxograma foi criado a fim de que se torne mais claro
possível as funções que o sistema de monitoria irá desempenhar com o objectivo de
descrever simplificadamente cada passo da natureza e fluxo desse processo.

Figura 16. Fluxograma do sistema


Fonte: O autor (2019)

32
O fluxograma do programa da figura 16 facilita a compreensão do funcionamento do sistema
de monitoria automática das estações de processamento de gás. O primeiro passo do
fluxograma é a inicialização dos periféricos (Sensor de gás, sensor de temperatura, buzzer,
LCD, relé, Módulo GSM), depois o microcontrolador executa a restantes actividades a
destacar:
 Leitura de dados do sensor de gás, caso seja detectado é activado o sinal sonoro pelo
buzzer, activa o sinal luminoso, corta o fornecimento de energia e envia uma
mensagem ao usuário móvel.
 Leitura de dados do sensor de temperatura, caso seja detectado é activado o cooler e
o sinal sonoro pelo buzzer, activa o sinal luminoso, corta o fornecimento de energia
e envia uma mensagem ao usuário móvel.

III.2.2. Funcionamento do sistema

O projecto foi simulado virtualmente no simulador proteus 8 professional, para descrição do


funcionamento, o projecto foi dividido da seguinte forma: circuito de potência, controlo de
gás, controlo da temperatura, envio e recepção de mensagem, sinalização e controlo de
energia.
Para alimentar os demais componentes do circuito, houve necessidade de projeção de uma
fonte de alimentação de 5V. Foram usados para alimentar componentes como arduino,
sensor de gás, sensor de temperatura DHT11, cooler e relé, led, Módulo GSM.

A seguir, é mostrado o diagrama esquemático do projecto:

33
Figura 17. Diagrama esquemático do projecto
Fonte: O autor (2019)

III.2.2.1. Circuito de potência


O circuito de potência é constituído por 4 etapas, a destacar: transformação, rectificação,
filtragem e regulação.
Na primeira, é a redução da tensão da fonte por meio de um transformador abaixador de tensão
eléctrica onde a tensão de entrada do transformador são 220V. Na rectificação, convertemos a
corrente alternada para contínua pela acção dos díodos, o que significa que na saída deste estágio
a corrente é contínua pulsante.
Na saída dos díodos, a corrente ainda não é puramente contínua.
Passando para o estágio da filtragem onde são eliminadas pequenas espúrias de corrente
alternada que tenha escapado do estágio de retificação.

Tendo no entanto uma corrente DC puramente DC, não sendo estável essa corrente, ela é
regulada com o objectivo de ter uma tensão de saída desejada para alimentar os componentes do

34
sistema, neste âmbito escolheu-se o regulador de tensão da família 78XX, 7805, o que significa
que na sua saída há uma tensão de 5V.

Figura 18. Circuito de potência


Fonte: O autor (2019)

III.2.2.3. LCD
O LCD constituído por 16 pinos, que constituem o RS (register select), EN (Enable) e Pinos de
dados (D0 a D7).
O pino 2 VDD é usado para alimentar o display LCD, o RS para seleção de registos, conectado
ao microcontrolador a partir do pino 24 - PC1, o EN (Anable) para habilitar o sistema e os pinos
de dados conectados aos pinos PB2, PB3, PB4 e PB5 do microcontrolador para a comunicação
serial (UART).

Figura 19. LCD


Fonte: O autor (2019)

III.3. Funcionamento dos sensores

O sensor de gás, conectado aos pinos A1 e alimentação de 5V do microcontrolador, caso


detecte alguma ocorrência, o microcontrolador envia um sinal de tensão ao buzzer e notifica
ao usuário móvel a partir do módulo GSM conectado ao pino A2 do microcontrolador,
imprimindo uma mensagem de vazamento no display LCD. E a partir do relé, é cortada a
energia fornecida ao sistema para garantir a segurança da estação de processamento.

35
Assim acontece com o sensor de temperatura DHT11, conectado ao pino 8 do
microcontrolador, ao atingir uma certa temperatura, acciona o cooler na tentativa de
estabilizar a temperatura, envia uma mensagem ao usuário móvel a partir do módulo GSM
e imprime a mensagem de temperatura no display LCD.

III.4. Funcionamento do módulo GSM IOT- GA6-B no Circuito

Esta versão suporta dual-band rede GSM/GPRS, disponível para GPRS e transmissão
remota de dados de mensagem SMS. A comunicação é feita com o microcontrolador
através da porta UART e suporta comandos incluindo GSM 07.07, GSM 07.05 e Ai-
pensador reforçada comandos AT.

Apresenta frequência de trabalho quad-band de 1900MHz, tensão de funcionamento de


4.5V DC, corrente de trabalho de 5mA, abordo o cartão Micro SIM para o envio e recepção
de mensagem, interface de comunicação na porta serial TTL, onde a sua taxa de
transmissão é de 115200bps e também pode ser definido pelo comando AT, tensão lógica
Interface de 3.3V, envia e recebe mensagens SMS, envia e recebe dados GPRS (TCP / IP,
http) e a frequência da antena é de 780MHz a 960MHz, apresentando um ganho de 0,7 dBi
e impedância de saída de 50 Ohm no sistema.

GSM IOT- GA6-B

Figura 20. Módulo GSM


Fonte: O autor (2019)

36
CAPÍTULO IV: MONTAGEM E TESTE DO PROTÓTIPO

IV.1. Passos para montagem


A montagem do protótipo consistiu conexão dos diferentes blocos do sistema com o arduino
e testes de verificação do mesmo.

IV.1.1. Conexão e teste do módulo GSM

Figura 21. Conexão do módulo GSM ao arduino


Fonte: O autor (2019)

Conectou-se o módulo GSM ao arduino, para verificar o seu funcionamento, para a


realização do teste criou-se um programa (IDE do Arduíno), carregado para plataforma do
Arduíno, com o objectivo de verificar se o módulo respondia aos comandos AT enviados
pelo microcontrolador através dos pinos PD0 (1) e PD1(2) do microcontrolador.

Verificou-se que o módulo GSM respondia devidamente aos comandos, enviando a


mensagem de vazamento de gás e temperatura.

37
IV.1.2. Conexão e teste do LCD
O display LCD constitui o principal meio de ligação entre o usuário e o sistema.
Fornece a informção de inicicialização do sistema e deteccção das variáveis em
estudo do sistema.

Figura 22. Teste do LCD


Fonte: O autor (2019)

IV.1.3. Conexão e teste do sensor de gás


O sensor de gás constitui uma das variáveis em estudo do sistema, a conexão consistiu na
ligação do sensor de gás com a placa arduino, display LCD e o relé térmico. Quando o
sistema é alimentado, o sensor gás faz a leitura dos níveis de gás da estação e caso seja
detectado, é enviado um sinal de tensão que corta a energia do sistema pelo rele e é
apresentada uma informação de detecção no display LCD.

Figura 23. Conexão do sensor de gás


Fonte: O autor (2019)

38
Para verificar o seu funcionamento e para a realização do teste criou-se um programa (IDE
do Arduíno), carregado para plataforma do Arduíno, com o objectivo de verificar se o sensor
de gás respondia aos comandos AT enviados pelo microcontrolador através dos pinos
PC3(27) e PC4(28). Verificou-se que o sensor de gás respondia devidamente aos comandos.

IV.1.4. Conexão e teste do sensor de temperatura


A conexão consistiu na ligação do sensor de temperatura com a placa arduino, motor DC e
o relé térmico, tendo a resposta do mesmo a partir do display LCD, o teste consistiu na
avaliação do funcionamento do sensor de temperatura DHT11 conectado ao pino A8 do
microcontrolador, o sensor controla a temperatura ambiente da estação de processamento de
gás, a temperatura é lida constantemente pelo sensor e quando atinge 30 graus, o
microcontrolador com a saída alta (high) envia um sinal de tensão ao buzzer (sinal sonoro),
liga o motor, informa ao usuário móvel a partir do módulo GSM e a energia do sistema é
cortada através do relé conectado ao pino A15 do Arduíno.

Figura 24. Conexão Sensor de temperatura


Fonte: O autor (2019)

IV.2. Requisitos funcionais e Não-Funcionais

IV.2.1. Requisitos funcionais


RF1: Para qualquer input (níveis de gás e temperatura), o sistema efectuará o pedido do
código fonte para o respectivo output;
RF2: O envio e recepção de mensagens é feito numa frequência de 1900MHz.
RF3: O sistema deverá ser alimentado por uma tensão de 5V
39
RF4: o Sistema actuará, se os níveis de gás e temperatura forem detectados.

IV.2.2. Requisitos Não-funcionais


RnF1: O sensor de temperatura (DHT11), deverá estar definido a uma temperatura maior ou
igual a 35º C;
RnF2: Apenas terá acesso ao sistema, quem estiver devidamente credênciado (desde que
tenha o cartão SIM previamente cadastrado).
RnF3: O módulo de comunicação deverá ser instalado alguns metros sala de processamento
de gás.

40
CAPÍTULO V: CONCLUSÃO

V.1. Conclusão
O presente trabalho teve como principal objectivo conceber um sistema de monitoria
automática das estações de processamento de gás da empresa ENH, foram associados
conhecimentos relacionados ao curso de Engenharia Electrónica e de Telecomunicações,
Informática e Geografia.

Em função dos factos apresentados, o projecto desenvolveu a transmissão de mensagem,


através do módulo GSM, usando o arduino ATmega 360. O Arduino executou
completamente o propósito da montagem do protótipo. O circuito do sistema de monitoria
foi projectado com sucesso e o funcionamento atendeu as expectativas definidas no projecto.

O sistema desenvolvido foi capaz de atender aos objectivos para ele estabelecidos,
conseguindo detectar os níveis de gás em um ambiente, e em caso de vazamento, actuar
sobre este vazamento alertando às pessoas e evitando acidentes desligando a energia no
local. Esta tecnologia por sinal oferece uma segurança maior as estações de processamento
de gás, garantindo que nenhum vazamento de gás passe por despercebido e devidas medidas
preventivas e correctivas possam ser tomadas para sanar o problema.

Sensor de gás funcionou bem, obtendo os níveis e gás no ambiente e fornecendo essa
informação de forma constante e precisa. Por sua vez, o arduino cumpriu sua função em ser
a central de processamento de dados do sistema. O sensor de gás envia os dados ao arduino,
que os processa e determina se haverá ou não actuação sobre a situação. Da mesma forma,
o módulo GSM cumpriu bem seu papel, enviando as mensagens de texto em caso de
vazamentos de gás e temperatura.

A partir da avaliação do seu desempenho e medições dos níveis de gás e temperatura, o


projecto demostra que com a concepção do sistema de monitoria automática pode-se reduzir
o risco de acidentes durante o processamento do gás.

41
V.2. Recomendações

Para assegurar o funcionamento correcto e contínuo do sistema, este deve ser regularmente
inspecionado e assistido. As providências adequadas para o efeito devem ser tomadas
imediatamente após a conclusão da instalação nas estações de processamento de gás.

Executar a inspeção e rotinas de testes recomendadas (diárias, mensais, trimestrais e


semestrais), verificar o correto funcionamento de cada sensor e comando manual de acordo
com as recomendações do fabricante, efectuar uma inspeção visual para confirmar que todos
os cabos, e se equipamentos estão ajustados e seguros, não danificados e adequadamente
protegidos. Examinar se o sistema esta devidamente alimentado.

V.3. Trabalhos futuros


O projecto visou a construção de um protótipo de um sistema de monitoria automática de
gás. O objectivo foi alcançado, mas ainda há bastante espaço para melhorias e
aprimoramentos ao projecto.

O arduino poder ser utilizado para monitorar outros elementos, através de sensores
conectados a ele, como umidade ou intrusão.

Para trabalhos futuros recomenda-se a adição de um mecanismo que fechasse o fluxo de gás
assim que o vazamento fosse detectado. Somente desta forma haveria a certeza de que o gás
não iria se concentrar mais. Deve-se entretanto escolher com cuidado a forma de actuação
desse mecanismo, evitando circuitos eléctricos que possam gerar faísca causadora da
explosão de gás.

42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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43
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44
Zanco, W D. Microcontroladores PIC com base no PIC16F877A de Software e Hardware
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45
APÊNDICE A
Questionário da visita de estudo

Da visita efectuada a ENH, onde entrevistou-se a Engenheira Tatiana Furtado que ocupa
cargo de chefe de departamento de serviços de Engenharia constatou-se o seguinte:

Tabela 3. Questionário

Perguntas Respostas

A monitoria é feita na base de


equipamentos de medição e alarme
contra vazamentos existentes cumprem
Quais as técnicas usadas para a monitoria seu papel de forma eficiente, mas
de processamento de gás na ENH? pecam ao não fornecer uma maneira de
1
sanar o vazamento quando este ocorre.

Em caso de vazamento, como é feito o O sistema não possui mecanismos de


alerta ao operador distante do local de alerta de pessoas que estejam longe do
2
vazamento? local do vazamento.

O gás em temperaturas altas pode


ocasionar explosão, o nosso sistema
Como é feita a leitura da temperatura
detecta o gás, não atingindo a leitura da
ambiente das estações de processamento?
3 temperatura ambiente do local.

Fonte: O autor (2019)


(+258) 823362930: Tatiana Furtado

(+258) 846871968: Geraldo Luís

46
APÊNDICE B
Tabela 4. Lista do material utilizado no projecto

Orçamento do projecto

Designação Valor unitário Quantidade Valor Total

Arduino 1200 mt 1 1200 mt

Módulo GSM 900 mt 1 900 mt

Sensor de gás 180 mt 1 180 mt

Sensor de 100 mt 1 100 mt


Temperatura

Display LCD 16x2 200 mt 1 200 mt

Cooler 5V 150 mt 1 150 mt

Protobord 300 mt 1 300 mt

Jumpers 5 15 75 mt

Buzzer 50 mt 1 50 mt

Bush button 10 mt 4 40 mt

Resistores 15 mt 4 60 mt

Fios de ligação

(Macho-Macho e 10 mt 7 70 mt
macho-fêmea)

Total 3325 mt

Fonte: O autor (2019)

47
APÊNDICE C

Programa de controlo

#include <LiquidCrystal.h>
#include <MQ2.h>
#include "DHT.h"

#define DHTPIN 8 // what pin we're connected to

#define DHTTYPE DHT11 // DHT 11

#define BUZZER 7

#define LED 9

int sensorValue = 0;
int sensorPin = A0;

int pin = A1;


int lpg, co, smoke;
MQ2 mq2(pin);

DHT dht(DHTPIN, DHTTYPE);


LiquidCrystal lcd(12, 11, 5, 4, 3, 2);

void setup() {
lcd.begin(16, 2);
// Print a message to the LCD.
lcd.print("IVAN");
lcd.setCursor(0, 1);
lcd.print("PROJECTO FINAL");
mq2.begin();

48
dht.begin();

pinMode(LED,OUTPUT);
pinMode(BUZZER,OUTPUT);

void loop() {
// Wait a few seconds between measurements.
delay(2000);

float t = dht.readTemperature();

lcd.clear();
lcd.print("Temperatura: ");
lcd.setCursor(4, 1);
lcd.print(t);
lcd.print("*C");

if(t>30){

lcd.clear();
lcd.setCursor(2, 0);
lcd.print("Inc. DETECTADO");

digitalWrite(BUZZER,HIGH);
delay(200);
digitalWrite(LED,HIGH);

delay(5000);

49
}

else{
digitalWrite(BUZZER,LOW);
delay(200);
digitalWrite(LED,LOW);

delay(2000);

sensorValue = analogRead(sensorPin);
lcd.clear();
lcd.setCursor(4, 0);
lcd.print("CHAMAS:");
lcd.setCursor(3, 1);

if(sensorValue<1000){
//Enviar Mensagem
lcd.clear();
lcd.setCursor(4, 0);
lcd.print("CHAMAS:");
lcd.setCursor(3, 1);

lcd.print("DETECTADO");
digitalWrite(BUZZER,HIGH);
delay(200);
digitalWrite(LED,HIGH);

50
}

else {
lcd.clear();
lcd.setCursor(4, 0);
lcd.print("CHAMAS:");
lcd.setCursor(2, 1);
lcd.print("NAO DETECTADO");
digitalWrite(BUZZER,LOW);
delay(200);
digitalWrite(LED,LOW);

delay (2000);

//float* values= mq2.read(false); //set it false if you don't want to print the values in the
Serial

//lpg = values[0];
//lpg = mq2.readLPG();
//co = values[1];
//co = mq2.readCO();
//smoke = values[2];
smoke = mq2.readSmoke();

delay(1000);

lcd.clear();
delay(20);
lcd.setCursor(4, 0);
lcd.print("FUMACA:");

51
//lcd.print(smoke);
lcd.setCursor(2, 1);
lcd.print("NAO DETECTADO");

APÊNDICE D

Figura 25. Circuito do sistema


Fonte: O autor (2019)

52
APÊNDICE E

Figura 26. Circuito de temperatura


Fonte: O autor (2019)

APÊNDICE F

Figura 27. Circuito de gás


Fonte: O autor (2019)

53
APÊNDICE G

Figura 28. Posição dos componentes


Fonte: O autor (2019)

54
ANEXO A

Figura 29. Dimensões do sensor DHT11


Fonte: Sadra & Smith (2012)

Figura 30. Esquema eléctrico do sensor DHT11


Fonte: Aosong (2012)

55
ANEXO B

Figura 31. Dimensões do sensor de gás e fumaça MQ2


Fonte: Roberts (2011)

56

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