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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA


INSTITUTO MÉDIO PRIVADO DE TECNOLOGIA
CURSO MÉDIO TÉCNICO DE ELECTRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES
PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL

ACIONAMENTO DE LÂMPADA COM O SENSOR DE MOVIMENTO

LUANDA
2021/2022
Hermenegildo do Rosário Barroso Chombo
Job Figueiredo Gomes
Nazaré Amorim Armindo Sant’Ana
Nelson de Oliveira Chimuco Capitamolo

ACIONAMENTO DE LÂMPADA COM O SENSOR DE MOVIMENTO

Projecto de conclusão do curso apresentado ao Instituto Médio Privado de Tecnologia-


(IMPTEL), como requisito parcial de avaliação na obtenção do grau de Técnico Médio de
Eletrônica e Telecomunicações.
Curso: electrónica e telecomunicações

Orientador: Fonseca Pedro António

LUANDA
2021/2022
I
INSTITUTO MÉDIO PRIVADO DE TECNOLOGIA-IMPTEL

ACIONAMENTO DE LÂMPADA COM O SENSOR DE MOVIMENTO

Hermenegildo do Rosário Barroso Chombo


Job Figueiredo Gomes
Nazaré Amorim Armindo Sant’Ana
Nelson de Oliveira Chimuco Capitamolo

Nota: __________
Este projecto de conclusão de curso foi aurtogrado adequado e aprovado na sua
versão final pela direcção do Instituto Médio Privado de Tecnologia no dia .............
de .......................................20….

Bancada examinadora
Presidente da banca: __________________________________________
Pertencente ao: _______________________________________________

Primeiro vogal: _______________________________________________


Pertencente ao: _______________________________________________

Segundo vogal: _______________________________________________


Pertencente ao: _______________________________________________

LUANDA
2021/2022

II
Dedicamos este trabalho as nossas famílias, amigos, professores, colegas de curso e a todos
que de uma forma especial têm nos apoiado no percurso da nossa formação.

III
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradecemos a Deus todo-poderoso, pela vida e por permitir com
que este trabalho fosse uma realidade.
Agradecemos ao Instituto Médio Privado de Tecnologias, instituição na qual deu-nos
a oportunidade de fazer a nossa formação.
Ao nosso Orientador, professor, pelos conhecimentos transmitidos ao longo da
formação, pelos valores éticos e morais ao longo deste período, pelo seu apoio incondicional
para a realização deste trabalho e tudo que tem feito por nós.
Aos nossos professores do ensino médios que contribuíram para nossa formação:
(vossos ensinamentos nos farão um profissional competente).
Agradecer aos nossos pais pelo apoio psicológico e financeiro, por facultarem-nos
asas para voar e conhecer mais sobre aquilo que é tecnologia, por terem confiado e acreditado
que somos capazes de realizar este trabalho e colocar nossos cérebros a trabalhar para a
execução do mesmo.
Obrigado!

IV
“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que
o melhor fosse feito não sou o que deveria ser, mas Graças a
Deus, não sou o que era antes”.
Marthin Luther King

V
RESUMO

A automação está presente em nosso cotidiano não só pela praticidade ou status, mas
está aliada na redução do consumo de recursos como água e energia, assim como na
segurança e no conforto a seus usuários. A domótica está relacionada a utilização de
processos automatizados em casas, apartamentos e escritórios, principalmente voltados para o
bem-estar social e conforto residencial, como a automação da climatização, iluminação e
segurança. O objetivo deste trabalho é apresentar para a população que essa tecnologia pode
ser desenvolvida com Arduino. Utilizando o microcontrolador Arduino nano e seus
componentes criamos um projeto que pode ser de muita ajuda para a população que é a luz
ativada pelo movimento e vai facilitar a vida de muitas pessoas.
Palavras chaves: automação, arduino, luz, domótica, movimento

VI
ABSTRACT

Automation is present in our daily lives not only for its practicality or status, but it is
allied to reducing the consumption of resources such as water and energy, as well as the safety
and comfort of its users. Home automation is related to the use of automated processes in
homes, apartments and offices, mainly aimed at social well-being and residential comfort,
such as the automation of air conditioning, lighting and security. The objective of this work is
to present to the population that this technology can be developed with Arduino. Using the
Arduino nano microcontroller and its components we created a project that can be of great
help to the population that is light activated by movement and will make life easier for many
people.
Keywords: automation, arduino, light, home automation, movement

VII
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Especificações do Arduino nano.........................................................25


Tabela 2- Preçário dos materiais.........................................................................37

VIII
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Wafer e cilindro de silício puro.......................................................................15


Figura 2- Tipos de sensores..............................................................................................16
Figura 3- Lentes de Fresnel..............................................................................................17
Figura 4- Sensor de movimento PIR...............................................................................19
Figura 5- Arduino uno......................................................................................................23
Figura 6- Gráfico tensão x tempo mostrando a saída da porta PWM.........................24
Figura 7- Arduino Nano...................................................................................................28
Figura 8- Módulo relé.......................................................................................................30
Figura 9-Esquema de simulação.....................................................................................32
Figura 10- IDE do Arduíno..............................................................................................33

IX
Sumário

INTRODUÇÃO........................................................................................................................11
JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................12
PROBLEMÁTICA...................................................................................................................12
HIPÓTESE................................................................................................................................12
OBJECTIVOS...........................................................................................................................13
Objetivo geral........................................................................................................................13
Objetivo específico...............................................................................................................13
METODOLOGIA.....................................................................................................................13
1-FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA........................................................................................14
1.1-BREVE HISTORIAL.....................................................................................................14
1.2-SENSORES....................................................................................................................15
1.2.1-SENSOR DE MOVIMENTO PIR..........................................................................17
1.3-MICROCONTROLADORES........................................................................................20
1.3.1-Microcontrolador Arduino.......................................................................................21
1.4-Módulo relé.....................................................................................................................30
2-IMPLEMENTAÇÃO PRÁTICA..........................................................................................31
2.1-Esquema em blocos........................................................................................................31
2.3-Esquema de simulação....................................................................................................32
2.4- IDE do Arduíno.............................................................................................................33
3-CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................34
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................35
5-ANEXO.................................................................................................................................36
Anexo A- Programação.........................................................................................................36
Anexo B- Preçário dos materiais..........................................................................................37

X
INTRODUÇÃO

Domótica é uma área da engenharia voltada para a automação de residências,


escritórios e comércios em geral. O termo domótica é formado pela palavra latina “domus”
que significa casa e também da palavra “robótica”. Pode ser definida como um conjunto de
serviços integrados em um sistema para satisfazer necessidades básicas dos ocupantes do
ambiente.
Diante da atualidade que se encontra o país, se torna vital conservar os recursos que
as nossas residências dispõem e como o mais rentável e alicerce das actividades é a energia
eléctrica, tendo isso em mente cabe o uso de um meio barato e de fácil encontro como o
Arduino com sensor de presença PIR para economizar o uso desta energia usando tecnologias
simples ao nosso dispor.
Devido aos avanços tecnológicos nos ramos da comunicação sem fio, da electrónica
digital e dos sistemas micro-eletro-mecânicos, o mundo atravessa uma revolução no
sensoriamento remoto.
A aplicação mais comum de sensores é na medição de condições ambientais, como
temperatura, pressão, humidade e condições do clima ou do solo, mas eles também são
bastante utilizados para monitorar movimentos, controlar velocidades e detectar materiais
perigosos.

11
JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento de um sistema de acionamento de lâmpada com o sensor de


movimento, será de grande utilidade, pois além da facilidade de utilização e acesso a essa
tecnologia, possibilita também o desenvolvimento de um sistema preciso e de baixo custo,
possibilitando aos usuários de pequeno e médio porte, a oportunidade de usufruir dos
benefícios do sistema.
A criação de um sistema de acionamento de lâmpada com o sensor de movimento de
baixo custo não visa somente automatizar a iluminação das nossas residências, como também
ajudar na redução do consumo de energia. Dessa forma os proprietários das casas não terão
mais a necessidade de preocupar com em ligar a lâmpada, pois elas serão ligadas
automaticamente por meio do acionamento de lâmpada com o sensor de movimento.

PROBLEMÁTICA

Devido a evolução e implementação da tecnologia, surgiu a necessidade de olhar em


factores como: Consumo desnecessário de energia, o tempo que a lâmpada vai ficar ligada, o
alcance do sensor de movimento. E então criamos um sistema de acionamento de lâmpada
com o sensor de movimento capaz de acender as lâmpadas de uma forma mais economica e
eficaz, evitando gastos desnecessários de energia.

HIPÓTESE

Visando melhorar os aspetos citados, foi desenvolvindo um sistema de acionamento


de lâmpada com o sensor de movimento que vai permitir evitar gastos desnecessários de
ernegias. O projecto está fundamentado na solução dos problemas de acionamento de
lâmpadas e consumo de energia em residências por meio de sistema de acionamento de
lâmpada com o sensor de movimento utilizando o arduino como cérebro do sistema.

12
OBJECTIVOS

Objetivo geral

Implementar uma solução de baixo custo e desenvolver um protótipo que visa


automatizar a iluminação das nossas residências. Este procedimento se dará através de um
sensor de movimento ligado a um microcontrolador Arduino. Com um sensor de movimento
PIR integrado com uma placa Arduino, poder-se-á detectar o movimento de uma pessoa no
interior da casa e programar o Arduino para ligar a luz do cômodo onde a pessoa se encontra
por um certo período de tempo, uma vez que o movimento ou a presença de alguém seja
detectada.

Objetivo específico

 Mostrar as vantagens da utilização da automação desse protótipo para alavancar a


economia, a comodidade e, principalmente, a segurança, e descrever o funcionamento
da solução proposta.
 Implementar no Arduino, de forma correta, das lâmpadas que representam as luzes,
ligando-as nas saídas analógicas e digitais do microcontrolador, e a programação do
hardware microcontrolador Arduino, ou seja, o desenvolvimento do código de
programação na linguagem própria do microcontrolador Arduino.

METODOLOGIA

O método utilizado para o desenvolvimento do projeto, foi baseado em:


 Levantamento bibliográfico sobre a domótica, onde foi procurado livros de eletrônica
e de automação entre outros.
 Estudo teórico analisando as diversas aplicações do acionamento de lâmpada com o
sensor de movimento, onde foi observado seus pontos negativos e positivos.

13
1-FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

1.1-BREVE HISTORIAL

Electrónica é o campo da ciência e da engenharia que estuda a forma de controlar a


energia elétrica através de dispositivos e meios condutores ou semicondutores. A
compreensão dos conceitos fundamentais da electrónica, dos principais dispositivos e
circuitos edifica a base técnica necessária à formação do técnico de electrónica. A seguir
elencaremos uma série de fatos que contribuíram para o atual estágio da electrónica.

A electrónica tem como um dos marcos iniciais a descoberta dos raios catódicos por
Hittorf em 1869 e, com a verificação, em 1886, da existência dos raios positivos cujo estudo
logo revelou a sua natureza corpuscular. A teoria eletromagnética de Maxwell previa, por
meio de cálculos, a existência de ondas eletromagnéticas. Hertz as detectou e estudou em
1888. A detecção dessas ondas tornou-se fácil graças ao chamado coerenciador de Branly. Em
1895, Popov inventou a antena, o que permitiu a Marconi a realização, no mesmo ano, de uma
transmissão de sinais de telegrafia sem fio (TSF) através de uma distância de várias dezenas
de quilômetros. Pode-se dizer que essa foi a primeira aplicação prática da eletrônica. A
invenção das válvulas eletrônicas, o diodo (Fleming, 1904) e o tríodo (Lee De Forest, 1906)
permitiram a produção permanente de ondas, sua amplificação, sua modulação e sua
recepção, tornando possível a radiodifusão. O emprego de células fotoelétricas e o oscilógrafo
de raios catódicos, inventado em 1897 por Braun, permitiram a criação do cinema falado, da
televisão, do microscópio eletrônico, do radar e de outros.

Atualmente, são as novas invenções da tecnologia as condicionantes do


desenvolvimento da eletrônica. As fases da miniaturização dos equipamentos começaram
após a descoberta do transistor por Bardeen, Brattain e Shockley em 1947 e a utilização dos
semicondutores (Figura 1). Nos anos 60, desenvolveu-se a fabricação de vários transistores
em um mesmo substrato de silício, os chamados wafers (Figura 1). Surge, então, a integração

14
de componentes electrónicos em larga escala, diminuindo o tamanho e o custo dos
equipamentos, e aumentando consideravelmente a sua confiabilidade.

O desenvolvimento da integração permitiu a implantação, sobre uma só peça de


silício, de sistemas mais complexos, assim como a diminuição dos custos. Isso explica a
revolução tecnológica iniciada ao longo dos anos 70, com o aparecimento dos
microprocessadores. No início dos anos 80, desenvolvesse uma nova fase com o tratamento
automático da palavra, que confere às máquinas voz (síntese automática) e audição
(reconhecimento automático), ao passo que os avanços realizados nos reconhecimentos de
formas levam à feitura de máquinas de capacidade análoga à do olho humano.
A aplicação da eletrônica estende-se a numerosas técnicas e campos: áudio, vídeo,
informática, telecomunicações, tratamento de sinais, eletrônica médica, automação,
eletrodomésticos, entretenimento, etc.

Fig.1- Wafer e cilindro de silício puro


Fonte: http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_ctrl_proc_indust/
tec_autom_ind/eletronica/161012_eletronica.pdf

1.2-SENSORES

Um sensor pode ser definido como um componente eletrônico capaz de converter


energia de uma forma em outra forma de energia. O sensor tem a vantagem de captar várias
formas de energia – luz, calor, movimento – e transformá-las em energia elétrica. Pode- se
pensar num sensor como sendo um tipo de transdutor, que é um componente eletrônico que
converte formas de energia em energia elétrica.
O sinal de saída de um sensor pode ser na forma de tensão, corrente ou carga, e pode
ser descrito na forma de amplitude, frequência, fase, ou como um código digital. A este
conjunto de características dá-se o nome de “formato do sinal de saída”. Assim, um sensor
possui propriedades de entrada e propriedades elétricas de saída.

15
Os sensores são classificados como sensores ativo e passivo. A diferença entre eles é
que um sensor passivo não precisa de fonte de energia adicional, gerando diretamente um
sinal eléctrico em resposta a um estímulo externo. A energia de entrada (estímulo externo) é
convertida diretamente em sinal elétrico de saída. Por outro lado, um sensor ativo é um tipo
de sensor que exige uma fonte externa para sua operação, chamado de “sinal de excitação”.
Este sinal é utilizado pelo sensor para produzir o sinal de saída.
São vários os tipos de sensores existentes no mercado. Existem os sensores internos
que fornecem informações sobre os parâmetros do próprio agente ou ambiente que controlam
como por exemplo: posição, velocidade, aceleração, temperatura, pressão; e os sensores
externos, que lidam com a observação de aspectos do mundo exterior, ou seja, ao redor do
agente ou ambiente que controlam. Por exemplo: proximidade, força, visão, distância.

Um sensor analógico pode assumir qualquer valor no seu sinal de saída ao longo do
tempo, desde que esteja dentro da sua área de atuação. As variáveis controladas por esse tipo
de sensor são medidas por elementos sensíveis com circuitos eletrônicos não digitais, dando
informações em forma de um sinal elétrico proporcional à grandeza medida. O sensor digital
só pode assumir apenas dois valores no seu sinal de saída ao longo do tempo, que são
interpretados como zero ou um. As grandezas físicas medidas por esse tipo de sensor
logicamente não assumem tais valores, porém são assim mostrados ao sistema de controle
após serem convertidos por um circuito eletrônico, dando informações em forma de pulsos
elétricos.

Deve-se levar em consideração uma série de características relacionadas aos sensores


na hora da seleção para uma determinada aplicação. A descrição de tais características não é
foco do objeto de estudo deste trabalho, porém pode-se relacionar cada uma dessas
características que são de fundamental importância para a automação no âmbito industrial.
São elas: tipos de saída, linearidade, alcance, velocidade de resposta, etc.

16
Fig.2- Tipos de sensores.
Fonte: https://pt.slideshare.net/luisvaroli/sensores-na-automao-industrial-o-completo
1.2.1-SENSOR DE MOVIMENTO PIR

Para a aplicação deste trabalho em questão será utilizado o sensor de movimento


Passive Infra Red Motion Sensor (PIR) que é um detector de movimento por infravermelho.
Os sensores infravermelhos são sensores passivos que operam dentro da faixa ótica de
radiação térmica e se sensibilizam ao calor irradiado entre o sensor e o objeto em movimento.
O princípio da detecção de movimento por calor é baseado na teoria da emissão de radiação
eletromagnética de qualquer objeto que tenha temperatura acima do zero absoluto, que
corresponde a zero grau Kelvin (0 K).
Nesse sensor existe uma substância que se polariza na presença de radiação
infravermelha, gerando assim uma tensão que pode ser amplificada e empregada para efeitos
de controle. Desse modo, o calor do corpo de uma pessoa é suficiente para produzir uma
emissão infravermelha detectável por esse tipo de sensor. Para aumentar sua sensibilidade e
dirigir as ondas de infravermelho diretamente para o sensor, são usadas lentes especiais
denominadas Lentes de Fresnel, que têm o padrão exibido na figura 3.

Fig,3- Lentes de Fresnel.


Fonte: http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000003/0000036c.pdf

17
Uma Lente de Fresnel é um tipo de lente que foi inventada pelo físico francês
Augustin-Jean Fresnel, no ano de 1822. Originalmente essa lente foi criada para uso em faróis
de sinalização marítima. Elas são mais finas e mais leves que as lentes convencionais
permitindo a passagem de mais luz e possibilitando um desenho de construção de lentes de
grande abertura e curta distância focal, fazendo com que os faróis equipados com essas lentes
sejam visíveis a distâncias maiores.
Em física, um corpo negro é um corpo que absorve toda a radiação que nele incide:
nenhuma luz o atravessa nem é refletida. Corpos negros produzem radiação eletromagnética,
tal como a luz. Um corpo negro é um corpo que emite ou absorve radiação eletromagnética
em todos os comprimentos de onda, absorvendo completamente toda radiação incidente. Nele,
a máxima radiação possível para a temperatura do corpo é emitida em todos os comprimentos
de onda e em todas as direções.

Segundo Glauber Luciano Kitor,


“Todo corpo emite e absorve radiação. Quando a temperatura do corpo é maior que
a do ambiente onde ele está inserido, a taxa de emissão é maior que a taxa de absorção.
Quando a temperatura do corpo é menor que a do ambiente onde ele se encontra, a taxa de
emissão é menor que a taxa de absorção. Um corpo só não emite radiação térmica se sua
temperatura for zero absoluto, ou seja, 0 K (zero kelvin). ” (www.infoescola.com).

Ainda de acordo com Glauber,


“Quando um corpo se encontra à temperatura ambiente, ele é visto pela radiação
que ele reflete na faixa de frequência da luz visível. Se estiver a temperaturas altíssimas, em
torno de mil kelvins, ele emite luz visível própria em intensidade suficiente para ser detectada
pela visão humana”. “É definido como corpo negro todo aquele que emite um espectro de
radiação universal que depende apenas de sua temperatura, não de sua composição. Este
tipo de corpo absorve toda a radiação que incide sobre eles. Daí a denominação corpo
negro. ” (www.infoescola.com).
Assim, para que haja detecção de movimento pelo sensor PIR, é necessário que a
temperatura da superfície do objeto ou do corpo a ser detectado seja diferente da temperatura
dos objetos ao redor, de forma que possa existir um contraste térmico.

18
O elemento sensor PIR é responsável por captar radiação infravermelha de médio e
longo alcance dentro de uma distância espectral de aproximadamente 4 a 20 µm, onde grande
parte da energia termal do ser humano está concentrada (para temperaturas superficiais em
torno de 28 a 37oC). O material piroelétrico de que é feito gera uma carga elétrica em reação
à energia térmica emanada do corpo. Essa carga elétrica se manifesta como tensão elétrica
através dos eletrodos montados no lado oposto do material. Portanto, devido às suas
características peculiares e por seu baixo custo, o sensor de movimento PIR é o sensor que
será utilizado na confecção do protótipo deste trabalho. Ele será usado para captar o
movimento de qualquer pessoa que adentrar no ambiente onde estiver instalado o sensor, de
modo a gerar uma tensão elétrica em seus terminais.

Este sensor foi escolhido para esta aplicação pelo fato de ele monitorar uma área de
tamanho razoável, além de ser pequeno e leve. Porém, para este trabalho, isso é tudo do que
será preciso.
“Os sensores PIR são simplesmente gatilhos. Eles normalmente apenas reportam
movimento, não as informações do movimento, o local desse movimento ou qualquer
informação acerca da quantidade de tempo que o movimento durou” (Arduino em Ação).

O sensor utilizado no protótipo é fabricado pela Parallax e contém três pinos


conectores: alimentação, terra e o pino de sinal. Sua ilustração pode ser visualizada na figura
4.

19
Fig.4- Sensor de movimento PIR
Fonte: http://www.bosontreinamentos.com

1.3-MICROCONTROLADORES

Em 1969, a BUSICOM, uma empresa japonesa, solicitou à INTEL a criação de um


circuito integrado para sua nova linha de calculadoras programáveis. Assim, uma equipe de
engenheiros, sob a regência do engenheiro Marcian Hoff, recebeu a missão de criar
calculadoras com circuitos integrados. Hoff então propôs uma idéia revolucionária: ele
afirmou que seria possível construir uma máquina com um circuito integrado programável,
através de programas armazenados em uma memória. Desta idéia, surgiu o primeiro
microprocessador da INTEL a ser comercializado: o Intel 4004. Desde então, os
microprocessadores só fizeram evoluir até os dias atuais.

Um microcontrolador é um computador miniaturizado capaz de controlar funções ou


ações de outros dispositivos. É um microprocessador que pode ser programado para realizar
funções específicas, embarcado em algum outro dispositivo. Isto quer dizer que os
microcontroladores são dispositivos que possuem seus recursos computacionais projetados
exclusivamente para controlar um ou outro dispositivo com um propósito especial,
interagindo continuamente com o ambiente através de sensores e atuadores, gerenciado por
um software programável. Um microcontrolador é um “computador-num-chip, contendo um
processador, memória e periféricos de entrada/saída”. (www.pt.wikipedia.org).

A aplicabilidade dos microcontroladores está intrinsecamente ligada à sua


programação, sem a qual é impossível desenvolver projetos ou sistemas capazes de executar
20
tarefas para uma determinada aplicação ou de exercer função de controle. Um
microcontrolador sem uma programação é como um cego sem bengala; um carro sem motor.
E a programação é dependente de uma linguagem em código, linguagem esta que servirá de
elo de comunicação entre a máquina e os projetistas ou o programador.

A linguagem de programação é o caminho através do qual o sistema interpreta e


executa uma lista de comandos que são escritos pelo programador. Estes comandos são um
conjunto de palavras e símbolos, ou melhor, um conjunto de instruções que mudam o estado
de uma máquina ou um sistema. Isto equivale dizer que uma máquina computadorizada só
entende instruções exatas do que deverá ser executado e que deverá mudar o seu estado de
ligado para desligado ou vice-versa.

1.3.1-Microcontrolador Arduino

Em 2005, na cidade de Ivrea, a cidade da “batalha das laranjas”, na Itália, um grupo


de alunos da Interaction Design Institute costumava sair para beber em um bar local. Estes
alunos eram estudantes de arte deste Instituto cujo professor, Massimo Banzi, procurava uma
solução que fosse barata para tornar mais fácil o aprendizado de seus estudantes de design
para trabalharem com tecnologia. O professor Banzi discutiu, então, o problema com David
Cuartielles, um pesquisador da Universidade de Malmö, na Suécia, que estava de visita no
Instituto de Arte. Na época, os produtos existentes no mercado eram caros, difíceis de
manusear e, portanto, inviáveis para o intento deles. Assim, Banzi e Cuartielles entraram num
consenso e decidiram desenvolver um microcontrolador que pudesse ser utilizado pelos
estudantes em seus projetos de arte e design.

David Cuartielles fez o desenho da placa e um aluno de Massimo, David Mellis,


programou o software para executar a placa. Havia um engenheiro que trabalhara no Instituto,
Gianluca Martino, que, contratado por Massimo Banzi, produziu um lote inicial de duzentas
placas. Ora, todo objeto que nasce e que é projetado deve ser batizado com um nome. Como
os alunos de Banzi e os membros do corpo docente do Instituto gostavam muito do bar que
eles costumavam frequentar, eles resolveram batizar a nova placa com o nome deste referido
bar: Caffeteria Arduino. Assim nasceu o microcontrolador Arduino.

21
As duzentas placas iniciais foram rapidamente vendidas e mais placas foram
produzidas. Sua popularidade rapidamente se expandiu, e designers e artistas de outras áreas
resolveram experimentar e utilizar o Arduino também em seus projetos. Outros profissionais
de outros ramos perceberam que o Arduino era de fácil utilização e barato, e decidiram
utilizá-lo também em seus projetos. As vendas atingiram um número tão expressivo que
alcançaram mercados de outros países. O projeto original foi melhorado e novas versões
foram produzidas. Atualmente existem várias versões de placas Arduino.
Mas afinal, o que é exatamente um Arduino? Segundo a Wikipédia,
“Arduino é um microcontrolador de placa única e um conjunto de software para
programá-lo. O hardware consiste em um projeto simples de hardware livre para o
controlador, com um processador Atmel AVR e suporte embutido de entrada/saída. O
software consiste de uma linguagem padrão e do bootloader que roda na placa”.
(www.pt.wikipedia.org.)
O conceito é relativamente novo. O Arduino é uma plataforma de computação física
ou embarcada, um pequeno computador que possui um software programável para processar
entradas e saídas entre o microcontrolador e os componentes externos conectados a ele, ou
seja, o sistema interage com o ambiente por meio do hardware e do software.

A placa Arduino é composta de um microprocessador de 8 bits Atmel AVR, um


cristal ou oscilador e um regulador linear de 5V. Além disso, há um botão de reset e uma série
de outras funcionalidades instaladas em seu bojo, cuja explicação foge do contexto deste
tópico. As placas possuem pinos de entrada e saída a fim de que se possa conectá-los a outros
circuitos e dispositivos. O hardware e o software do Arduino são de fonte aberta, podendo ser
utilizado livremente por qualquer pessoa ou empresa. Por isso, há muitas placas-clones
baseadas no Arduino disponíveis no mercado.

Um oscilador de cristal é um circuito eletrônico que utiliza a ressonância de um


cristal em vibração de um material piezoeletrônico, para criar um sinal elétrico com uma
frequência bastante precisa. Esta frequência é comumente usada para medir precisamente o
tempo, tais como em relógios de quartzo, bem como para estabilizar frequências de
transmissores de rádio. O cristal piezoeléctrico mais utilizado é o quartzo.

22
Um regulador de tensão é um dispositivo, geralmente formado por semicondutores,
que tem por finalidade a manutenção da tensão de saída de um circuito elétrico. Sua função
principal é manter a tensão produzida pelo gerador ou alternador dentro dos limites exigidos
pela bateria ou pelo sistema elétrico que está alimentando e para tanto, é necessário que a
tensão de entrada seja superior à tensão de saída. O regulador de tensão mantém a tensão de
saída constante, estabilizada, mesmo havendo variações na tensão de entrada ou na corrente
de saída.

Até o momento da confecção deste trabalho existe uma série de versões do Arduino
em comercialização. O Arduino Uno é a mais versátil e a mais popular dentre as versões
existentes. Esta versão do Arduino anunciou sua chegada ao mercado no dia 25 de setembro
de 2010. Possui um chip padrão de 28 pinos ligado a um soquete de circuito integrado
compatível com as versões anteriores, incluindo a Duemilanove, a versão anterior mais
popular de Arduinos. Trabalha com memória de 32kb, tensão de operação de 5 V, corrente
máxima para as portas de entrada/saída de 40 mA, 14 portas digitais, 6 portas PWM, 6 portas
analógicas, alimentação por USB e conector para fonte externa de 7 a 12 Vdc. A principal
diferença entre o Arduino Uno e seus predecessores é a exclusão do chip FTDI, que servia
como condutor da porta USB para serial, e a inclusão de um microcontrolador programado
Atmega8U2 como um conversor USB para serial. Quando comparada à sua predecessora
Duemilanove, em termos de custos, a placa Uno sai mais em conta pois o chip Atmega é
muito mais barato que o chip FTDI. Mais ainda, o chip Atmega pode ser reprogramado,
permitindo que o chip USB tenha seu firmware atualizado, de modo que o Arduino possa ser
visualizado pelo PC como outro dispositivo USB, tal como mouse, teclado, joystick, etc.

Fig.5- Arduino uno


Fonte: http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000003/0000036c.pdf

23
A porta Pulse Width Modulation (PWM), ou modulação de largura de pulso, é uma
técnica que fornece um sinal analógico através de meios digitais. Num gráfico tensão x
tempo, a forma de onda do sinal digital expressa-se sob a forma de uma onda quadrada que
alterna seu estado de nível lógico em nível alto e nível baixo, representado pelo sistema
binário ligado/desligado, zero/um. A razão entre o período de pico e o período total da onda é
chamado de Duty Cycle. Pode-se, então, entender que para que exista uma onda quadrada real
(Que possui picos e vales iguais) é necessário que o Duty Cycle seja de 50%, ou seja,
50% de pico e 50% de vale. O controle digital cria ondas quadradas com pulsos de largura
variável, podendo assim dar uma tensão média à carga. No Arduino Uno, as portas digitais
que possuem modulação de largura de pulso, PWM, são as portas numeradas 3, 5, 6, 9, 10 e
11. Essas portas são identificadas na placa pelo símbolo “~” na direção de cada uma das
portas. Como foi citado, a tensão de saída de uma porta digital da placa Arduino Uno é de 5V.
Assim, esse mesmo valor de tensão pode ser obtido da porta digital ao enviá-lo a uma saída
analógica de valor 255, ou seja, duty cycle de 100%, conforme mostrado na figura 5.

Fig.6 – Gráfico tensão x tempo mostrando a saída da porta PWM


Fonte: http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000003/0000036c.pdf

Além das versões já citadas, ainda existem outras versões de placas Arduino. O
Arduino Mega2560 utiliza o microprocessador Atmega2560, tem 54 portas digitais, 15 portas
PWM, 16 portas analógicas, 256Kb de memória, tensão de operação de 5V, corrente
Máxima das portas de entrada/saída de 40 mA e alimentação por USB, contendo
conector para alimentação externa de 7 a 12Vdc.

24
O Arduino Leonardo é uma versão do Arduino que emprega o microprocessador
Atmega32U4, usufrui de 20 portas digitais, 7 portas PWM, 12 portas analógicas, 32 Kb de
memória, tensão de operação de 5V, corrente máxima para as portas de entrada/saída de 40
mA, conexão microUSB e conexão para alimentação externa de 7 a 12 Vdc.
O Arduino DUO dispõe do microprocessador AT91SAM3X8E, contendo 54 portas
digitais, 12 portas PWM, 12 portas analógicas, 512Kb de memória, tensão de operação de
3.3V, corrente máxima das portas de entrada/saída de 130 mA, possuindo conexão microUSB
e conexão para alimentação externa de 7 a 12 Vdc.
Arduino ADK tem em sua placa o microprocessador Atmega2560, 54 portas
digitais, 15 portas PWM, 16 portas analógicas, memória de 256Kb, tensão de operação de 5V,
portas de entrada/saída com corrente máxima de 40 mA, conexão USB e conexão para
alimentação externa de 7 a 12 Vdc.

1.3.1.1-Arduino Nano

O Arduino Nano possui duas versões: a versão 2.x utiliza o microprocessador


Atmega168 e a versão 3.x usa o microprocessador Atmega328; tem 14 portas digitais, 6
portas PWM, 8 portas analógicas, memória de 16Kb (para a versão 2.x) e de 32Kb (na versão
3.x), tensão de operação de 5V, corrente máxima das portas de entrada/saída 40 mA; não
possui conector para alimentação externa, mas tem conexão USB Mini-B; alimentação
externa de 7 a 12 Vdc.
O Arduino Nano é uma placa compacta semelhante à UNO. O Arduino Nano é uma
placa pequena, completa e compatível com a placa de ensaio baseada no Atmega328 (Arduino
Nano 3.x). Possui mais ou menos a mesma funcionalidade do Arduino Duemilanove, mas em
um pacote diferente. Ele não possui apenas um conector de alimentação DC e funciona com
um cabo USB Mini-B em vez do padrão.

Microcontrolador Atmega328
Arquitetura AVR
Tensão operacional 5V
Memória Flash 32 KB, dos quais 2 KB usados pelo

25
bootloader
SRAM 2 KB
Velocidade do relógio 16 MHz
Pinos de E / S analógicos 8
EEPROM 1 KB
Corrente CC por Pinos de E / S 40 mA
(Pinos de E / S) Tensão de entrada 7‐12 V
Pinos de E / S digital 22
PWM Saída 6
Consumo de energia 19 mA
PCB Tamanho 18 x 45 mm
Peso 7g
Tab.1-Especificações do Arduino nano

Power
O Arduino Nano pode ser alimentado por meio da conexão USB Mini-B, fonte de
alimentação externa não regulada de 6-20 V (pino 30) ou fonte de alimentação externa
regulada de 5 V (pino 27). A fonte de alimentação é selecionada automaticamente para a fonte
de tensão mais alta.
Memória
O Atmega328 tem 32 KB, (também com 2 KB usados para o bootloader. O
Atmega328 tem 2 KB de SRAM e 1 KB de EEPROM.
Entrada e saída
Cada um dos 14 pinos digitais no Nano pode ser usado como entrada ou saída,
usando as funções pinMode (), digitalWrite () e digitalRead (). Eles operam a 5 volts. Cada
pino pode fornecer ou receber no máximo 40 mA e tem um resistor pull-up interno
(desconectado por padrão) de 20-50 kOhms. Além disso, alguns pinos possuem funções
especializadas:
 Serial: 0 (RX) e 1 (TX). Usado para receber (RX) e transmitir (TX) dados
seriais TTL. Esses pinos são conectados aos pinos correspondentes do chip FTDI USB-to-
TTL Serial.

26
 Interrupções externas: 2 e 3. Esses pinos podem ser configurados para
disparar uma interrupção em um valor baixo, uma borda de subida ou descida ou uma
mudança no valor. Consulte a função attachInterrupt () para obter detalhes.

 PWM: 3, 5, 6, 9, 10 e 11. Fornece saída PWM de 8 bits com a função


analogWrite ().

 SPI: 10 (SS), 11 (MOSI), 12 (MISO), 13 (SCK). Esses pinos suportam


comunicação SPI, que, embora fornecida pelo hardware subjacente, não está incluída
atualmente na linguagem Arduino.

 LED: 13. Há um LED embutido conectado ao pino digital 13. Quando o pino
está com o valor ALTO, o LED está ligado, quando o pino está BAIXO, ele está desligado.
O Nano tem 8 entradas analógicas, cada uma das quais fornece 10 bits de resolução
(ou seja, 1024 valores diferentes). Por padrão, eles medem do aterramento a 5 volts, embora
seja possível alterar a extremidade superior de sua faixa usando a função analogReference ().
Os pinos analógicos 6 e 7 não podem ser usados como pinos digitais. Além disso, alguns
pinos têm funcionalidade especializada:
 I2C: 4 (DAS) e 5 (SCL). Suporte a comunicação I2C (TWI) usando a
biblioteca Wire (documentação no site Wiring).
Existem alguns outros pinos na placa:

 AREF. Tensão de referência para as entradas analógicas. Usado com


analogReference ().

 Reinicializar. Traga esta linha LOW para reiniciar o microcontrolador.


Normalmente usado para adicionar um botão de reinicialização aos escudos que bloqueiam o
botão da placa.

Comunicação

O Arduino Nano possui vários recursos para se comunicar com um computador,


outro Arduino ou outros microcontroladores. O Atmega328 fornece comunicação serial
UART TTL (5V), que está disponível nos pinos digitais 0 (RX) e 1 (TX). Um FTDI FT232RL
na placa canaliza essa comunicação serial por USB e os drivers FTDI (incluídos com o
27
software Arduino) fornecem uma porta de comunicação virtual para o software no
computador. O software Arduino inclui um monitor serial que permite que dados textuais
simples sejam enviados de e para a placa Arduino. Os LEDs RX e TX na placa piscarão
quando os dados estiverem sendo transmitidos através do chip FTDI e conexão USB para o
computador (mas não para comunicação serial nos pinos 0 e 1). Uma biblioteca
SoftwareSerial permite a comunicação serial em qualquer um dos pinos digitais do Nano. O
Atmega328 também suporta comunicação I2C (TWI) e SPI. O software Arduino inclui uma
biblioteca Wire para simplificar o uso do barramento I2C. Para usar a comunicação SPI,
consulte a ficha técnica do Atmega328.

Programação

O Arduino Nano pode ser programado com o software Arduino (download).


Selecione “Arduino Duemilanove ou Nano com Atmega328” no menu Ferramentas> Placa
(de acordo com o microcontrolador em sua placa). O Atmega328 no Arduino Nano vem pré-
queimado com um bootloader que permite que você carregue um novo código sem o uso de
um programador de hardware externo. Ele se comunica usando o protocolo STK500 original.

Reinicialização automática (software)

Em vez de exigir um pressionamento físico do botão de reinicialização antes de fazer


o upload, o Arduino Nano foi projetado de forma a permitir que ele seja reinicializado por um
software executado em um computador conectado. Uma das linhas de controle de fluxo de
hardware (DTR) do FT232RL é conectada à linha de reinicialização do Atmega328 por meio
de um capacitor de 100 nanofarad. Quando esta linha é afirmada (baixada), a linha de reset cai
por tempo suficiente para resetar o chip. O software Arduino usa esse recurso para permitir
que você carregue o código simplesmente pressionando o botão de upload no ambiente
Arduino. Isso significa que o bootloader pode ter um tempo limite mais curto, pois a redução
do DTR pode ser bem coordenada com o início do upload. Essa configuração tem outras
implicações. Quando o Nano é conectado a um computador com Mac OS X ou Linux, ele é
redefinido sempre que uma conexão é feita a partir do software (via USB). No meio segundo
seguinte ou mais, o bootloader está rodando no Nano. Embora esteja programado para ignorar

28
dados malformados (ou seja, qualquer coisa além do upload de um novo código), ele
interceptará os primeiros bytes de dados enviados para a placa depois que uma conexão for
aberta. Se um esboço em execução na placa receber uma configuração única ou outros dados
quando for iniciado pela primeira vez, certifique-se de que o software com o qual ele se
comunica aguarde um segundo após abrir a conexão e antes de enviar esses dados.

Fig.7-Arduino Nano
Fonte: Arduino.cc

Como já citado, o Arduino é um hardware de código aberto (open-source). Isto


levou à geração de um número de cópias de Arduino com vários fabricantes clones usando a
especificação original. O nome Arduino é o único item que não pode ser copiado por ser uma
marca registrada. Mas isso não impede que exista um certo número de clones do Arduino. São
eles: Seeduino, Seeduino Film, BoArduino, Sippino, Freeduino, Illuminato, Metaboard,
Wiseduino, Brasuino, entre outros.

Para a programação do Arduino utiliza-se o Integrated Development Environment


(IDE), ambiente de desenvolvimento integrado, no qual é escrito o código na linguagem
compreendida pelo Arduino. O IDE é o software que fornece as ferramentas necessárias para
programar o Arduino, incluindo exemplos de programas ou sketchs que mostram como
conectá-lo e comunicar-se com alguns dispositivos e sensores.
O Arduino usa sua própria linguagem de programação que é basicamente um dialeto
da linguagem C. Ela utiliza um conjunto de funções das linguagens C e C++ em seu código de
programação. É possível usar um ambiente diferente para programar o Arduino, bem como
também é possível programar uma placa Arduino sem utilizar o software próprio do Arduino.

29
Shields são placas de circuito contendo outros dispositivos que são plugadas no topo
da placa Arduino estendendo suas funcionalidades. Existem diferentes tipos de shields. Os
shields que adicionam novas funcionalidades à placa Arduino exigem bibliotecas
especializadas, normalmente fornecidas e mantidas pelos desenvolvedores dos Shields.

Assim, o Arduino, como um projeto que aglomera software e hardware para uma
plataforma de fácil interação para prototipagem de projetos iterativos, utilizando um
microprocessador, é uma ferramenta bastante apropriada, de código aberto e de fácil
utilização, capaz de processar sinais analógicos e digitais, tornando possível a integração com
dispositivos eletrônicos, através de suas entradas e saídas e interagindo direta ou
indiretamente com o ambiente. O Arduino possui fonte de alimentação externa AC/DC ou
pode ser alimentado pela própria conexão USB. Qualquer uma delas é automaticamente
selecionada pelo Arduino quando em uso. E ainda existe uma proteção extra, um polifusível,
que evita que a porta USB do PC seja danificada por um curto-circuito ou sobrecorrente.
Para o escopo desta aplicação, a versão escolhida foi o Arduino Nano, cujos dados
técnicos já foram expressamente detalhados. Baseou-se essa escolha no fato de ser o Arduino
Uno um circuito integrado simples, barato e de fácil manuseio para este protótipo, além de ser
compacto e ser compatível com vários outros dispositivos, em especial, com o sensor de
movimento PIR.

1.4-Módulo relé

É um dispositivo muito utilizado para o acionamento de cargas maiores do que a


tensão do microcontrolador. É um módulo que torna realmente fácil conectar um relé a um
Arduíno. Ele já tem todos os componentes necessários para tal conexão, fazendo só com que
necessite conectar os cabos corretamente ao Arduíno. É através do módulo relé que será
possível acionar uma lâmpada de 220v.

30
Fig.8-Módulo
relé
Fonte: https://www.filipeflop.com/produto/modulo-rele-5v-1-canal/

2-IMPLEMENTAÇÃO PRÁTICA

2.1-Esquema em blocos

Sensor Arduíno Relé

31
Lâmpada

2.3-Esquema de simulação

Fig.9-Esquema de simulação
Fonte: Autoria
Funcionamento
Passo 1: O sensor de movimento PIR captura o movimento do corpo que estiver no alcance
de suas lentes e envia prara a placa do arduino com um intervelo de tempo de 1 segundo.

32
Passo 2: Ao receber a informação do sensor o microcontrolador do Arduíno realiza as
funções estabelecidas na programação.

Passo 3: De acordo com as regras pré-estabelecidas na programação, se for detetado um sinal


alto, é disparado um sinal para o relé que aciona a lâmpada.

2.4- IDE do Arduíno

O IDE é um ambiente de desenvolmento integral utilizado por programadores.Um IDE


apresenta um editor, um compilador, um vinculador e um depurador em um só lugar,
juntamente com ferramentas de geranciamento em projetos para aumentar a produtividade do
programador.

É através do aplicativo IDE do Arduíno, que será possível definir parâmetros por meio
de programação utilizando a linguagem C.

33
Fig.10-IDE do Arduíno
Fonte: Autoria

3-CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresentou uma proposta de aplicação da automação visando o


acionamento de lâmpada com o Arduino, que é uma plataforma de prototipagem eletrônica de
hardware e software livres.
Ao final deste projecto percebeu-se a importância da automação para a optimizaçao
dos mais variados tipos de processos, como neste caso, o acionamento de lâmpada com sensor
de movimento, que é efetuado de maneira eficiente, contribuindo significativamente na
redução de custos de consumo de energia.

34
A utilização do Arduino foi bastante satisfatória uma vez que preencheu todos os
requisitos necessários para desenvolvimento do protótipo proposto. Por ser um hardware livre
possibilita uma gama de aplicações e desenvolvimento de novas ideias. O fácil acesso e a
disponibilidade de componentes que são compatíveis com o Arduino foi outro ponto
importante não sendo necessária a criação de muitas interfaces de comunicação.

4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARDUINO, disponível em: <www.arduino.cc>

AUTOR DESCONHECIDO, automação para controle da iluminação de uma praça.


Disponível em: <http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000003/0000036c.pdf>.
Acessado em: fevereiro.2022.

BOLZANI, Caio Augustus Morais. Residências Inteligentes: Domótica; Redes


Domésticas; Automação Residencial. 4. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2004.
35
LENTES de Fresnel. Disponível em: <www.infoescola.com> . Acesso em: dezembro. 2020

MCROBERTS, Michael. Arduino básico. Editora Novatec, São Paulo, 2011.

NETO, Reinaldo Oliveira. Automação de iluminação residencial utilizando


microcontrolador Arduino e tablet ipad via wi-fi. Brasília, 2011.

PEREIRA, Fábio. Microcontroladores PIC: Programação em C. Primeira edição.


Editora Érica, 2003.

REIS, Fábio. Acender Lâmpada com Sensor de Movimento, Relé e Arduino. Como acionar
uma Lâmpada com Sensor de Movimento, Relé e Arduino. Postado em 8/12/2018.
Disponível em: <http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/arduino/como-acionar-
uma-lampada-com-sensor-de-movimento-rele-e-arduino/>. Acessado em: Março.2022.

5-ANEXO

Anexo A- Programação

const int pinoRELE = 10;


const int pinoPIR = 4;

void setup() {
pinMode(pinoRELE,OUTPUT);
pinMode(pinoPIR,INPUT);

36
}

void loop() {
int valor = digitalRead(pinoPIR);
if(valor == HIGH){
digitalWrite(pinoRELE,HIGH);
delay(5000);
digitalWrite(pinoRELE,LOW);
}
}

Anexo B- Preçário dos materiais

Matérias Quantidade Preço

Arduino nano 1 11.000kz


Sensor de movimento PIR 1 4.500kz
Lâmpada 1 400kz
Contraplacado 1 3000kz
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Módulo rele 1 1500kz
Cabos 5m 4000kz
Suporte para lâmpada 1 300kz
Tab.2- Preçário dos materiais

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