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UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITECTURA


CURSO DE ENGENHARIA MECATRÓNICA

ERNESTO M.A.B GARCIA


GALIA E. LAURINDO

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO PARA RESIDÊNCIA

Luanda, setembro de 2022


ERNESTO M.A.B GARCIA 27177
GÁLIA E. LAURINDO 29784

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO PARA RESIDÊNCIA

Monografia apresentada a Faculdade de


Engenharia e Arquitetura da Universidade
Metodista de Angola, como requisito parcial
para obtenção do grau de licenciatura no curso
de Engenharia Mecatrônica

Orientador: Prof. Eng. João Lourenço


Cussondama

Luanda, setembro de 2022


ERNESTO M.A.B GARCIA
GALIA E. LAURINDO

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO PARA RESIDÊNCIA

Monografia apresentada a Faculdade de


Engenharia e Arquitetura da Universidade
Metodista de Angola, como requisito parcial
para obtenção do grau de licenciatura no curso
de Engenharia Mecatrônica

Aprovada em: ___/___/______

CORPO DO JURADO

Presidente: Prof. _____________________________________________________________


Instituição: ____________________________ Assinatura: ___________________________

1º Vogal: Prof. _______________________________________________________________


Instituição: ____________________________ Assinatura: ___________________________

2ª Vogal: Prof. _______________________________________________________________


Instituição: ____________________________ Assinatura: ___________________________

Secretário: Prof. _____________________________________________________________


Instituição: ____________________________ Assinatura: ___________________________
Dedicamos esse trabalho aos nossos pais, e a todos que direta ou indiretamente nos têm apoiado
nesta trajetória estudantil.

1
AGRADECIMENTOS

Em primeira instância gostaríamos de agradecer a Deus, pelo dom da vida e por


ter nos iluminado o caminho durante os anos de formação.

Agradecer profundamente aos nossos pais, pelo apoio moral e sobretudo


financeiro para a conclusão da nossa formação. Aos nossos familiares pelo apoio
incondicional.

Um profundo agradecimento aos nossos professores por todo o conhecimento


passado durante os anos de formação, em especial o nosso orientador João
Lourenço Cussondama pela incansável disponibilidade em nos auxiliar tão logo
solicitado. Ao professor Felizardo Rocha que para muitos estudantes de
engenharia mecatrónica é considerado como um pai, o nosso muito obrigado pela
forma como sempre resolveu os nossos problemas durante a formação.

Agradecemos aos nossos colegas, amigos que trilharam essa caminhada connosco
e sempre acreditaram no nosso potencial.

Á todos, muito obrigado.

2
“É estupidez pedir aos deuses aquilo que se pode conseguir sozinho”

Epicuro.

3
RESUMO

A rápida evolução tecnológica da eletrônica, telecomunicação e informática dos últimos anos,


possibilitou a sociedade controle e monitoramento remoto do seu lar por meio da domótica,
proporcionando ambientes mais inteligentes, confortáveis e seguros. Porém, os custos elevados
tornam a domótica inacessível para a maioria da população. A proposta desse trabalho é o
desenvolvimento de um sistema de baixo custo, utilizando o Arduino. Neste contexto, o
presente trabalho aborda tópicos como o comprometimento em automatizar uma residência. No
que diz respeito ao consumo, o usuário, para não desperdiçar energia, terá um controle de
iluminação e obterá informações pelo smartphone através de uma página web. Já no contexto
de segurança, o sistema permite, com essa abordagem automática, a abertura do portão da
residência por meio de um cartão que só o usuário da casa terá acesso. Foi feita a criação de
uma bigdata para o registo de dados dos equipamentos da residência. Assim, este trabalho
apresenta um projeto de automatização residencial sem a necessidade de uma reestruturação
total da casa. Essa automatização é controlada por um ambiente que permite tudo isso de forma
remota ou com rede local. O sistema foi desenvolvido utilizando componentes, como servo
motor, protoboard, LDR, leitor de cartão magnético, e Ethernet shield. Foi feita uma maquete
simulando uma casa para este projeto.

Palavras chaves: Domótica. Arduíno. Automação.

4
ABSTRACT

The rapid technological evolution of electronics, telecommunications and


information technology in recent years has made it possible for society to control
and remotely monitor its home through home automation, providing smarter,
more comfortable and safer environments. However, the high costs make home
automation inaccessible to the majority of the population. The purpose of this
work is the development of a low cost system, using Arduino. In this context, the
present work addresses topics such as the commitment to automating a residence.
With regard to consumption, the user, in order not to waste energy, will have a
lighting control and obtain information by smartphone through a web page. In the
context of security, the system allows, with this automatic approach, the opening
of the residence's gate by means of a card that only the user of the house will have
access to. A bigdata was created to record data from the equipment of the
residence. Thus, this work presents a residential automation project without the
need for a house restructuring. This automation is controlled by an environment
that allows all this remotely or with a local network. The system was developed
using components such as servo motor, breadboard, LDR, magnetic card reader,
and Ethernet shield. A mockup was made simulating a house for this project.

Keywords: Home automation. Arduino. Automation.

5
INDICE DE FIGURAS

Figura 1. 1-Definição de domótica. .......................................................................................... 17


Figura 1. 2-Divisão planificada das responsabilidades na domótica. ....................................... 19
Figura 1. 3-Exemplo da Comunicação dos Elementos Básicos na Automação Residencial. .. 20
Figura 1. 4-Sistema de Controlo de malha aberta. ................................................................... 23
Figura 1. 5-Sistema de Controlo de malha fechada. ................................................................. 23
Figura 1. 6-Exemplo de instalação do protocolo X10 .............................................................. 25
Figura 1. 7-Funcionamento da tecnologia INSTEON. ............................................................. 26
Figura 1. 8-Esquema de funcionamento da tecnologia LonWorks. ......................................... 26
Figura 1. 9-Comunicação através do protocolo Z-Wave. ......................................................... 27
Figura 1. 10-ZiggBee Home Automation. ................................................................................ 27
Figura 1. 11: Lâmpada inteligente ............................................................................................ 29
Figura 1. 12: Tomadas inteligentes........................................................................................... 30
Figura 1. 13: Interruptor inteligente ......................................................................................... 31
Fonte: Figura 1. 12: Tomadas inteligentes (2020) .................................................................... 31
Figura 1. 14- Arduíno Mega ..................................................................................................... 37
Figura 1. 15-Módulo Ethernet Shield- W5100 ......................................................................... 38
Figura 1. 16:Módulo Relé 5V e 4 canais .................................................................................. 40
Figura 1. 17-Roteador Wi-Fi .................................................................................................... 42
Figura 1. 18-Resistor ................................................................................................................ 42
Figura 1. 19-Servomotor SG90 ................................................................................................ 43
Figura 1. 20-LDR ..................................................................................................................... 44
Figura 1. 21-: O Módulo RFID ................................................................................................. 45
Figura 1. 22-Sensor de Temperatura e umidade DHT22.......................................................... 48
Figura 1. 23-Sensor de Corrente Não Invasivo 100A SCT013 ................................................ 50
Figura 1. 24-Linhas de campo geradas pela corrente elétrica .................................................. 51
Figura 1. 25-Corrente Alternada ............................................................................................... 51
Figura 1. 26-Lei de Faraday ..................................................................................................... 52
Figura 1. 27-Bobina do Sensor de corrente não invasivo SCT013 .......................................... 53
Figura 1. 28-Circuito interno do SCT-013 ............................................................................... 53
Figura 1. 29-Lâmpadas LED .................................................................................................... 56
Figura 1. 30-Comutador de escada ........................................................................................... 57
Figura 1. 31-Sensor de movimento PIR ................................................................................... 58
Figura 1. 32-Pinos do Sensor PIR. ........................................................................................... 60
Figura 1. 33: Disjuntor ............................................................................................................. 61

Figura 2. 2: Circuito eletrónico com as tomadas e lâmpadas. .................................................. 65


Figura 2. 3: Circuito eletrónico com os sensores...................................................................... 66
Figura 2. 4: Planta baixa com o esquema elétrico réus do chão. .............................................. 68
Figura 2. 5- Planta baixa com esquema Elétrico, no primeiro piso .......................................... 68
Figura 2. 6: Circuito eletrónico e eléctrico na planta. .............................................................. 70
6
Figura 2. 7: Circuito com a instalação da residência ................................................................ 71
Figura 2. 8: Planta cotada em cm ............................................................................................. 71
Figura 2. 9: Planta cotada 1 piso, em cm .................................................................................. 72
Figura 2. 10: Vista de frente da maquete, já com a respetiva instalação. ................................. 72
Figura 2. 11: Vista de cima da maquete. .................................................................................. 73
Figura 2. 12- Diagrama em bloco. ............................................................................................ 74
Figura 2. 13-Fluxograma. ......................................................................................................... 76

Figura 3. 1: Localização do LDR. ............................................................................................ 77


Figura 3. 2: Localização do sensor PIR. ................................................................................... 78
Figura 3. 3:Localização do botão que desativa o sensor PIR. .................................................. 78

7
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: especificações técnicas do Arduino. ......................................................................... 36


Tabela 2: Especificações técnicas do Módulo relé. .................................................................. 41
Tabela 3: Características do RFID............................................................................................ 46
Tabela 4: Tabela com os diferentes modelos do sensor de corrente não-invasivo. .................. 54
Tabela 5: Pinagem do PIR. ....................................................................................................... 60
Tabela 6: Simbologia dos componentes ................................................................................... 69

8
LISTA DE SIGLAS
RFID- radio frequency identification
CNC- Controle Numérico Computadorizado
PLC- programmable logic controller
TCP/IP- Transmission Control Protocol
PWM- Pulse Width Modulation
SPI- Serial Peripheral Interface
UDP - Protocolo de datagrama do usuário
NA- Normalmente aberto
NF- Normalmente fechado
GND - filtro graduado de densidade neutra

9
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 12
CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................................... 12
PROBLEMÁTICA ............................................................................................................... 13
HIPÓTESE............................................................................................................................ 13
OBJECTIVOS ...................................................................................................................... 13
OBJECTIVO GERAL .......................................................................................................... 13
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 13
DELIMITAÇÃO ................................................................................................................... 14
JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 14
ESTRUTURA DO TRABALHO ......................................................................................... 14
CAPÍTULO 1 – Fundamentação Teórica ................................................................................. 16
1.1. DOMOTICA .............................................................................................................. 16
1.1.1. CLASSIFICAÇÃO DA DOMÓTICA ............................................................... 18
1.1.2. Comunicação dos Elementos Básicos na Automação Residencial .................... 20
1.1.3. ILUMINAÇÃO .................................................................................................. 20
1.1.4. CARGAS ELÉCTRICAS ................................................................................... 21
1.1.5. RESIDÊNCIAIS ................................................................................................. 21
1.1.5.1. SENSORES ................................................................................................. 21
1.1.5.2. ACTUADORES .......................................................................................... 21
1.1.6. SISTEMA DE SUPERVISÃO ........................................................................... 22
1.1.6.1. CONTROLO ............................................................................................... 22
1.1.6.2. CONTROLO DE MALHA ABERTA ........................................................ 22
1.1.6.3. CONTROLO DE MALHA FECHADA ..................................................... 23
1.1.7. Comunicação em sistemas de domótica ............................................................. 24
1.1.7.1. Protocolos de comunicação em sistemas de domótica ................................ 24
1.1.7.2. Vantagens e Desvantagens da Automação Residencial .............................. 28
1.1.8. ESTADO ACTUAL DA TECNOLOGIA .......................................................... 29
2. CAPÍTULO 2 –METODOLOGIA DO ESTUDO ........................................................... 33
2.1. ASPECTOS METODOLÓGICOS ............................................................................ 33
2.2. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES ..................................................................... 36
2.2.1. Arduíno Mega 2560 ............................................................................................ 36
2.2.2. Ethernet Shield ................................................................................................... 37
10
2.2.3. Modulo relé ........................................................................................................ 38
2.2.4. ROTEADOR ...................................................................................................... 41
2.2.5. Resistor ............................................................................................................... 42
2.2.6. Servomotor ......................................................................................................... 43
2.2.7. LDR .................................................................................................................... 44
2.2.8. RFID Módulo RC522 ......................................................................................... 45
2.2.9. Sensor de temperatura e umidade DHT22 .......................................................... 48
2.2.10. Sensor de Corrente Não Invasivo 100A SCT013 ........................................... 49
2.2.11. Os Modelos de SCT-013................................................................................. 54
2.2.12. Lâmpada.......................................................................................................... 55
2.2.13. Comutador de escada ...................................................................................... 56
2.2.14. Sensor de movimento PIR .............................................................................. 57
2.2.15. Disjuntor ......................................................................................................... 61
CAPÍTULO 3- ANÁLISES E DISCUÇOES DE RESULTADOS .......................................... 62
REQUISITOS DO SISTEMA .............................................................................................. 62
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ................................................................................. 62
DIMENSIONAMENTO ....................................................................................................... 63
2.2.16. CIRCUITO ELETRÓNICO ............................................................................... 65
2.3. DIAGRAMAS ........................................................................................................... 74
2.5.1. Diagrama em bloco ............................................................................................. 74
2.5.2. Fluxograma ......................................................................................................... 76
3.1. Resultados .................................................................................................................. 77
3.2. ANALISES DE RESULTADOS ............................................................................... 77
3.2.1. Ensaios ................................................................................................................ 77
3.2.2. Viabilidade técnica ............................................................................................. 79
3.2.3. Viabilidade económica ....................................................................................... 79
3.2.4. Impacto Ambiental ............................................................................................. 79
3.2.5. Importância Tecno-social ................................................................................... 79
3.3. DIFICULDADES ...................................................................................................... 79
3.4. Tabela de preçários dos materiais utilizados ............................................................. 80
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 81
RECOMENDAÇÕES............................................................................................................... 82
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 83
ANEXO .................................................................................................................................... 85
11
INTRODUÇÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO

Desde a antiguidade, a humanidade sempre procurou utilizar os recursos a sua volta


para facilitar a sua vida. Hoje em dia, a tecnologia está presente no cotidiano das pessoas,
realizando tarefas, simples ou complexas, para facilitar a vida das pessoas. Com o avanço da
tecnologia, tarefas repetitivas e cansativas passaram a ser realizadas por máquinas que
substituem a mão de obra. O emprego da tecnologia para substituir o trabalho humano é
conhecido como automação.

“A automação há muito tempo é utilizada em indústrias, onde a introdução de técnicas


computadorizadas ou mecânicas auxiliam no processo produtivo, diminuindo os custos e
aumentando a produção.” Lacombe (2004),

Com o intuito de utilizar a automação para ajudar o ser humano nas tarefas do dia-a-
dia, a automação começou a ser aplicada nas residências, criando um novo tipo de automação,
a automação residencial também chamada de domótica.
A domótica tem como objetivo otimizar os processos do cotidiano humano em
ambiente doméstico, utilizando equipamentos que trabalham em conjunto para tomar decisões
pelo usuário, de modo a assegurar seu conforto, segurança e bem-estar, melhorando a qualidade
de vida a partir da ideia de que a residência faça “sozinha” o que o morador deveria fazer.
Assim, pode-se dizer que a automação residencial é uma tecnologia que visa controlar
todos os equipamentos de uma residência. É possível automatizar todo dispositivo que possua
um comando de funcionamento, criando inúmeras possibilidades para a utilização residencial
para simplificar a vida das pessoas.
Entre as possíveis aplicações destacam-se: a automação da iluminação do ambiente
(criando diversas cenas para determinadas situações), de aparelhos de ar condicionado
(controlando a temperatura do ambiente até mesmo à distância), de áudio e vídeo (como em
home theaters), além do controle de cortinas, janelas, irrigação de jardins, motores de piscina
ou outros, controle de presença para segurança, e diversas outras aplicações.

12
Neste trabalho, serão tratados especificamente, o controlo da iluminação do ambiente,
através de uma página web, controle de temperatura, abertura e fecho de portão.

PROBLEMÁTICA

É notável o desejo das pessoas em tornarem melhor o seu estilo de vida, principalmente
dentro das suas residências. Mas por causa do custo de um sistema automatizado, muitas delas
não conseguem realizar esse desejo.

Com base a esta situação surge a pergunta: Como instalar um sistema de automação
residencial de baixo custo, sem a necessidade de reestruturação total da instalação electrica da
casa?

HIPÓTESE

Pretende-se desenvolver um sistema de automação residencial de baixo custo e sem


reestruturação total da casa, portanto para chegarmos a este objectivo temos a seguinte hipótese:

Conceber um sistema automático com ajuda de componentes eletrónicos,


interligando com a instalação elétrica já existente numa residência

OBJECTIVOS

OBJECTIVO GERAL

Desenvolver um protótipo que integra vários dispositivos que podem conter numa
residência automatizada, buscando assim a solução dos impasses ao alto custo da
implementação do mesmo.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

1. Realizar um estudo sobre a automação residencial;


2. Desenvolver a programação para o controlador;

13
3. Configurar uma página web para PC’s, tabletes, smartphones para controlar o
protótipo;
4. Integrar os dispositivos eletrónicos e elétricos.

DELIMITAÇÃO

O sistema foi desenvolvido para a automatização de uma residência com 5


compartimentos, para assim controlarmos alguns equipamentos instalados neles.

Equipamentos esses que são: lâmpadas, tomadas, sensor de movimento, sensor de


temperatura, RFID.

JUSTIFICATIVA

Com o sistema de controlo inteligente das residências é possível proporcionar o


conforto as pessoas através do menor esforço físico. Com o sistema de instalação de sensores
de movimento e o controlo da casa através de um smartphone essa tecnologia visa facilitar a
vida de pessoas portadoras de deficiências físicas.

Além disso, com este projeto podemos mostrar que é possível automatizarmos uma
residência sem custos elevados.

ESTRUTURA DO TRABALHO

Introdução: Neste capítulo serão abordados a contextualização, problemática,


objetivos, justificativas e a organização do trabalho.

Metodologia de estudo: Capítulo destinado a conceitos, definições e características


fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho.

Resultados e analise: Neste capítulo serão abordados conceitos das tecnologias


agregadas e o detalhamento das etapas envolvidas no desenvolvimento do projeto proposto,

e as conclusões a respeito do desenvolvimento do sistema domótico e as sugestões para


trabalhos futuros.

14
Referências: Neste capítulo serão encontradas todas as referências consultadas para a
elaboração do projeto.

15
CAPÍTULO 1 – Fundamentação Teórica
No presente capítulo abordaremos sobre um breve historial sobre domótica e conceitos
teóricos de todos equipamentos elétricos e eletrónicos que foram implementados na maquete
da casa. Desde o seu funcionamento e as respetivas figuras.

1.1. DOMOTICA

Cada vez mais surge a necessidade de integração de dispositivos, para que possam
centralizar todo o controle e monitoramento de um determinado ambiente, visando não só
comodidade, mas também a praticidade. Através da domótica, composta de uma rede de
comunicação entre diversos equipamentos e outros sistemas, é possível gerenciar os ambientes
residenciais a qualquer distância.

Messias (2007) afirma que, a Domótica é uma tecnologia responsável pela gestão dos
elementos presentes na residência, no qual o termo “Domótica” resulta da junção das
palavras “Domus” (casa) juntamente com “Telemática”. A telemática é a combinação das
tecnologias associadas à informática e telecomunicações, aplicados ao sistema de
comunicação. Essa junção torna o sistema mais rentável, gerando maior comodidade,
conforto e segurança aos seus usuários.

A Domótica toma como alvo a automatização de ambientes como casas, apartamentos,


entre outros residenciais, surgiu com a promessa de poupar o tempo das pessoas executando
tarefas rotineiras do lar, mas por motivos econômicos, sua utilização não obtinha o retorno de
seus investimentos, tendo suas primeiras utilizações no final da década de 70 nos Estados
Unidos. Atualmente com a evolução da informática e de equipamentos eletrônicos pode se obter
um sistema totalmente controlado e com investimento muito baixo.

O conceito “Domótica” deriva da junção da palavra “Domus” (casa em Latim) com a


palavra “robótica” (realização de uma ação sem intervenção humana).

Em suma, a domótica tem como principal objetivo melhorar o conforto, a segurança,


a comunicação e a gestão de energia de uma habitação, como se pode observar pelo esquema
apresentado na Figura a baixo.

16
Figura 1. 1-Definição de domótica.

Fonte: Pedro Teza (2018, p. 1)

De acordo com Teza (2002

Ainda afirma que, os custos de um projeto de automação podem variar ente 1% e 7% do valor
total da obra, desconsiderando os novos equipamentos, integrando iluminação, segurança,
áudio, vídeo, alarmes, entre outras utilidades.

As casas inteligentes possibilitam ao usuário gerenciar sua residência de qualquer lugar,


basta utilizar a internet através de um notebook, tablet ou smartphone. Além de obter um
ambiente confortável e seguro, devem atender aos quesitos ambientais de preservação,
colaborando na eficiência energética, e contribuindo para um consumo mais consciente de
recursos naturais.

Visando a estruturação de um sistema de qualidade e soluções de baixo custo de


hardware e software presentes no mercado, as casas inteligentes contêm uma diversidade de
sensores, atuadores e dispositivos que quando conectados, possibilitam o desenvolvimento de
inúmeros, serviços, sistemas e métodos de gerenciamento da residência. Tais dispositivos
trocam informações entre si e com outros grupos inseridos nos vários ambientes.

Deve-se levar também em consideração uma plataforma interativa e de fácil utilização


de todos os usuários envolvidos.
17
1.1.1. CLASSIFICAÇÃO DA DOMÓTICA

Toda proposta de implantação da domótica executa uma série de funções que podem
estar integradas ou não a outras funções de outros dispositivos envolvidos no sistema. O modo
como ocorre à execução dessas funções define a classificação da domótica em sistemas:
autônomos, integrados ou complexos:

• Autônomos: possuem funcionalidades somente de acionar ou desligar dispositivo ou


subsistemas. Nessa classificação nenhum dispositivo ou subsistema tem relação um com
o outro;
• Integrados: possuem múltiplos subsistemas integrados a um único controlador. A
limitação deste sistema está no fato que cada subsistema deve ainda funcionar
unicamente na forma a qual seu fabricante pretendia. Basicamente trata-se apenas de
controle remoto estendido a diferentes locais. O processamento pode ser centralizado
na central de automação ou distribuído pela rede;
• Complexos: possuem como grande diferencial a possibilidade da personalização de
produtos manufaturados de modo que atenda as necessidades do proprietário. É
dependente de comunicação de mão dupla e realimentação de status entre todos os
subsistemas.

Como escrevem Accardi e Dodonov (2012, p.157) as várias atividades da automação


residencial podem ser divididas, inicialmente, em três grandes grupos: setor de controlo, setor
de dados e setor de multimídia.

O Setor de Controlo é responsável pelo gerenciamento dos elementos básicos da


automação, normalmente possuem baixo volume de transmissão. Por este fato, a maioria dessas
tecnologias utiliza arquitetura distribuída, onde cada dispositivo tem autonomia para tomada de
decisões sem a necessidade de um gerenciador central. Com isso, reduz-se o tráfego e evita-se
uma paralisação total do sistema em caso de pane (BOLZANI, 2007 apud ACCARDI;
DODONOV, 2012, p.158).

O setor de dados é o encarregado pelo transporte, compartilhamento, etc. das


informações, tendo ethernet e padrões de rede derivados como o padrão de comunicação.

18
Contempla também wi-fi, PLC, entre outras tecnologias utilizadas em escritório doméstico
telefonia, etc. (BOLZANI, 2007 apud ACCARDI; DODONOV, 2012, p.158).

Accardi e Dodonov (2012, p.158) definem o setor de multimídia como sendo o


responsável principalmente pelo áudio e vídeo da residência. As centrais de multimídia
permitem a distribuição de áudio e vídeo por zonas. A aquisição de conteúdo sob demanda
(VoD) também pode ser explorado. (ACCARDI; DODONOV, 2012).

A Figura a baixo mostra como Bolzani (2007) dividiu as responsabilidades na


automação residencial. No centro da figura está o usuário, que através das interfaces, vai
interagir e controlar os sistemas domóticos, divididos em três setores: controlo, dados e
multimídia (BOLZANI, 2007 apud ACCARDI; DODONOV, 2012, p.158).

Figura 1. 2-Divisão planificada das responsabilidades na domótica.

Fonte: Adaptado de Bolzani (2007, p.23).

Essa divisão auxilia o integrador no desenvolvimento dos projetos de domótica, pois


facilita o entendimento das responsabilidades herdadas por cada sistema e aumenta a velocidade
de deteção de problemas.

19
1.1.2. Comunicação dos Elementos Básicos na Automação Residencial

A Figura a baixo mostra exemplo da comunicação entre os elementos básicos da


automação residencial. À esquerda estão os sensores, que encaminham aos controladores (que
estão ao centro da figura) as informações sobre a ocorrência de algum evento (chuva, vento
etc.) e então, os controladores acionam os ativadores (que estão à direita) para o acionamento
da tarefa programada para aquele evento, como por exemplo, abrir a persiana.

Segundo Casadomo (2010 apud ACCARDI; DODONOV, 2012, p.157)


as “interfaces (interruptores, celular etc.) se conectam diretamente aos controladores de
forma a permitir que o usuário visualize as informações e interaja com o sistema de
automação”. E para estas ações, “diversos barramentos podem ser utilizados na comunicação
entre os elementos básicos” tais como rede elétrica, telefônica etc.

Figura 1. 3-Exemplo da Comunicação dos Elementos Básicos na Automação Residencial.

Fonte: Casadomo (2010 apud ACCARDI; DODONOV, 2012, p.157).

1.1.3. ILUMINAÇÃO

Iluminação é o uso deliberado de luz para obter efeitos práticos ou estáticos. A


iluminação inclui o uso de fontes de luz artificiais, como lâmpadas e luminárias, bem como a
iluminação natural a luz do dia.

20
1.1.4. CARGAS ELÉCTRICAS

É um elemento do circuito elétrico que consome energia elétrica e transforma em


energia reutilizada. Como a lâmpada que transforma em energia luminosa.

1.1.5. RESIDÊNCIAIS

Residencial é um termo que vem da palavra residência que se denominado como um


local onde habitam pessoas com intuito permanente, ou é um conjunto de paredes cómodos e
teto construído pelo o ser humano com a finalidade de contruir um espaço de habitação para
um indivíduo ou conjunto de indivíduos para que estejam protegidos dos fenómenos naturais
exteriores como (chuva, o vento, calor e frio etc.).

1.1.5.1. SENSORES

É de real maneira dizer que existem várias definições para estes componentes, citado
por vários cientistas, mas sem haver discrepâncias no raciocínio. Entre as quais. A mais simples
define-os sendo um dispositivo que tem a função de detetar e responder com eficiência alguns
estímulos. Existem vários tipos de sensores que responde aos estímulos diferentes como por
exemplo: calor, pressão, movimento, luz e outros. De um modo geral os sensores podem ser:
indutivos, capacitivos, fotoelétricos, óticos, Lasers, magnéticos, etc.

1.1.5.2. ACTUADORES

O atuador atua como o sensor, pode ser descrito também como um dispositivo conversor
de energia. Contudo, e ao contrário do primeiro, um atuador converte energia elétrica em
energia mecânica, o atuador executa a operação inversa de um sensor. De modo geral, são
componentes que convertem energia elétrica, hidráulica ou pneumática em energia mecânica.
Através dos sistemas de transmissão, a energia mecânica gerada pelos atuadores é enviada aos
links do manipulador para que se movimentem. Pois eles podem ser classificados em:

• Acuares hidráulicos e pneumáticos (cilindros ou motores);


• Atuadores eletromagnéticos (motores).

21
1.1.6. SISTEMA DE SUPERVISÃO

O sistema de supervisão são softwares que têm por finalidade de monitorar e rastrear
informações de um processo produtivo ou de uma instalação física. Essas mesmas informações
são coletadas através de equipamentos de aquisição de dados e, em seguida, manipuladas,
analisadas, armazenadas e, posteriormente, apresentadas ao usuário. Devido a sua importância
prática, os sistemas de supervisão ocupam papel de destaque no terceiro nível da pirâmide de
automação. A maioria dos sistemas de supervisão tem em comum o fato de as entradas serem
fornecidas pelos seus operadores, como, por exemplo, receitas, dosagens, parâmetros empíricos
de correção, entre outros.

1.1.6.1. CONTROLO

De um modo geral o controlo pode ser dito que é uma das funções que compõem o
processo administrativo, tem como função controlar, e consiste em averiguar as atividades
efetivas. Trata-se da intervenção de meios informáticos no controlo de mecanismos e processos
industriais. Também automatizam processos que lidam com dados, alguns processos podem ser
não controláveis ou apresentar não-linearidades de operação. Como por exemplo da aplicação
desses sistemas, podem ser mencionados, controle de ferramenta nas máquinas CNC,
estabilidades de voo em aeronaves, controle de servomecanismos, sistemas robotizados, etc. O
controlo podem ser malha aberta e malha fechada. Existe um processo a ser controlado e uma
relação entre entrada e saída do sistema em representação de digrama em bloco.

1.1.6.2. CONTROLO DE MALHA ABERTA

Controlador de malha aberta consiste em um sistema que não possui realimentação,


sendo claro o controle em malha aberta consiste em aplicar um sinal de controle na entrada de
um sistema, esperando-se na saída a variável controlada fazendo que esta mesma variável
consiga atingir um determinado valor ou apresente um determinado comportamento desejado.
Nesse tipo de sistema de controle não observamos a evolução do processo para determinar o
sinal de controle. A entrada não depende da saída, espera-se que a saída tenha o sinal desejado
sem que possamos tirar informações dela para modificarmos a entrada. Nesse sistema só
teremos a saída desejada se não ocorrerem perturbações tanto de ordem externa como interna
22
(modificação dos parâmetros), e o controlador atuará como se não estivesse ocorrido qualquer
perturbação e a resposta não terá valor para as novas características do sistema.

Figura 1. 4-Sistema de Controlo de malha aberta.

Fonte: João Manoel (2004)

Vantagens
➢ São relativamente simples;
➢ Baixo custo;
Desvantagens
➢ São imprecisos;

1.1.6.3. CONTROLO DE MALHA FECHADA

O sistema de malha fechada consiste em que o sinal de saída possui efeito direto no
sinal de controle. Eles são denominados como sistema de controle realimentado ou com
retroação. E utilizado para enviar o sinal de erro para o controlador de modo a elimina-lo.

Figura 1. 5-Sistema de Controlo de malha fechada.

Fonte: João Manoel (2004)

23
Vantagens
➢ Combinam valores reais com valores desejados;

Desvantagens
➢ São mais complexos;
➢ Maior custo;
➢ Atrasos de tempo podem ocasionar oscilações na saída e instabilidade.

1.1.7. Comunicação em sistemas de domótica

Com a massificação dos sistemas de automação residencial na sociedade, levou-se


também ao desenvolvimento duma área fundamental que é a comunicação entre controladores
e dispositivos de campo. Nessa evolução, surgiram três tipos de comunicação para sistemas de
domótica com a seguinte designação:

➢ Powerline (Rede elétrica): Tipo de comunicação que reutiliza a instalação da habitação


para o funcionamento do sistema de automação residencial. De referir que sistemas
baseados neste tipo de comunicação trazem impactos mínimos aquando da sua
instalação, no que diz respeito a alterações físicas na habitação;
➢ Cable (Cabo): Como o seu nome indica é necessário recorrer à instalação de cabos na
habitação para o funcionamento dos sistemas de domótica. A instalação de sistemas
com base neste tipo de comunicação em habitações já existentes, pode provocar uma
instalação mais dispendiosa;
➢ Wireless (Sem fios): Tipo de comunicação que recorre ao meio ambiente para transferir
informação entre pontos. Assim como o powerline, também este modo de comunicação
traz um impacto mínimo aquando da instalação dum sistema de domótica que o utilize.

1.1.7.1. Protocolos de comunicação em sistemas de domótica

Com a evolução das redes de comunicação nas suas diversas vertentes e com a alta
taxa de aceitação do conceito de domótica por parte da sociedade, surgiram com o passar das
décadas diversos protocolos que podem ser implementados nos sistemas de automação
residencial. É de referir que já existem protocolos que conseguem combinar dois tipos de
comunicação, com o intuito de se alargar o número de habitações onde se pode implementar o
sistema de domótica.

24
Tendo em conta os tipos de comunicação já apresentados, de seguida apresentam-se
os protocolos mais relevantes em cada um dos tipos:

➢ X10: Protocolo mais antigo criado para a domótica, no entanto ainda em utilização.
Trata-se dum protocolo que opera sobre a instalação elétrica existente, utilizando uma
frequência específica para transmitir a informação. Na Figura a baixo encontra-se
exemplificado este protocolo.

Figura 1. 6-Exemplo de instalação do protocolo X10

Fonte: adaptado de (Eletronica PT, 2014).

➢ INSTEON: Protocolo que foi disponibilizado no ano de 2005 após anos de


desenvolvimento. Este protocolo cria uma rede residencial automatizada que combina
a comunicação entre os diversos equipamentos por via da instalação elétrica e/ou sem
fios (radiofrequência) como se pode visualizar na Figura 7.

25
Figura 1. 7-Funcionamento da tecnologia INSTEON.

Fonte: adaptado de (INSTEON, 2013).

➢ LonWorks: Protocolo criado na década de 90 pela Echelon Corporation. É também um


protocolo que combina dois modos de funcionamento dedicados que é por via da rede
elétrica ou por via par entrançado (cabo). Também possui a capacidade de ser adaptado
a uma rede TCP/IP já existente podendo estabelecer ligação à internet.

Figura 1. 8-Esquema de funcionamento da tecnologia LonWorks.

Fonte: (Echelon Corporation, 2009).

➢ Z-Wave: O protocolo Z-Wave foi originalmente desenvolvido pela empresa Zensys,


mas que devido à sua grande aceitação na área da automação, agora é tutelado pela Z-
Wave Alliance. No que diz respeito ao seu funcionamento assenta na comunicação sem
26
fios, não necessitando de nenhum tipo de cablagem para que os equipamentos
comuniquem entre si.

Figura 1. 9-Comunicação através do protocolo Z-Wave.

Fonte: (Z-Wave Alliance, 2014).

➢ ZigBee: O protocolo ZigBee, desenvolvido pela ZigBee Alliance (ZigBee Alliance,


2014), é caracterizado por ser um protocolo de muito baixo consumo energético, com
comunicação sem fios. O exemplo de uma possível implementação deste protocolo
encontra-se representado na Figura a baixo.

Figura 1. 10-ZiggBee Home Automation.

Fonte: (Kubismus, 2014).

27
1.1.7.2. Vantagens e Desvantagens da Automação Residencial

Automação residencial é fazer com que todos os sistemas eletrônicos funcionem como um só,
sob o nosso total controle e de acordo com nossos hábitos, necessidades e gostos. Para isso
listamos algumas vantagens e desvantagens das casas inteligentes:

Vantagens Desvantagens
✓ A segurança talvez seja um dos ✓ A principal desvantagem é o custo
maiores benefícios, pois sair de casa financeiro, já que alguns projetos de
com tranquilidade e mesmo de longe alto padrão podem ser considerados
saber o que está acontecendo por caros. Porém, é um grande mito que a
meios de aplicativos é ótimo. automatização de casas não está
acessível à todos, pois com o
✓ Conforto e comodidade, porque desenvolvimento da tecnologia, os
diminui tarefas domésticas e valores para comprar recursos de
ganha tempo, trazendo praticidade automação estão cada vez mais
para a nossa rotina diária. atrativos.
✓ Economia de energia elétrica e água.
Usando um dispositivo de ✓ Outra desvantagem é a preocupação
gerenciamento de consumo elétrico e sobre as questões de segurança de
de água, é possível detetar onde está ataques cibernéticos, onde hackers
concentrada a maior demanda e podem acessar dados digitais ligados
reduzir de forma equilibrada os aos sistemas de automação. Pois com
gastos desnecessários, que a instalação de novos recursos, a casa
proporcionam uma redução de até se torna cada vez mais conectada a
30% do total gasto. internet, ou seja, com o uso de
aplicativos e interfaces comuns, esse
cuidado vem sendo estudado para que
o usuário não fique vulnerável.

28
1.1.8. ESTADO ACTUAL DA TECNOLOGIA

Atualmente o mercado da domótica está muito evoluído, com dispositivos mais


inteligentes capaz de executarem algumas tarefas diárias de uma casa. Dispositivos como
lâmpadas inteligentes, tomadas, sensores de presenças, interruptores, diversos assistentes
virtuais. Muitos desses componentes não precisam invadir a instalação elétrica da residência, o
usuário compra e está pronto a usar.

A seguir mostraremos alguns desses dispositivos e a sua funcionalidade:

➢ Lâmpadas inteligentes: as lâmpadas smart, podem ser controladas pelo celular ou pela
assistente virtual. Com simples e rápidos comandos, suas funções vão além do desligar
e ligar habitual, sendo possível ajustar a intensidade da luz e até alterar a cor da
iluminação. As lâmpadas inteligentes, inclusive, podem ser gerenciadas a distância.

Apesar do avanço tecnológico, as lâmpadas smart herdaram o formato dos modelos


tradicionais. Assim, a instalação se torna simples: basta desenroscar a lâmpada tradicional,
enroscar o dispositivo inteligente e realizar a configuração no celular a partir do aplicativo
compatível. Então, a lâmpada smart estará pronta para uso.

Figura 1. 11: Lâmpada inteligente

Fonte: clicoutelecom (2020)

29
➢ Tomadas inteligentes: As tomadas inteligentes são eletrônicos smart conectados ao
Wi-Fi do local onde são instalados e que possibilitam o controlo da energia por meio de
aplicativos que são instalados diretamente nos smartphones, tablets ou computadores.

Por meio desses aplicativos é possível ligar ou desligar aparelhos de forma remota e até
mesmo programar um horário para que a cafeteira comece a passar o café ou ligar o ar-
condicionado para encontrar a casa gelada ao chegar, por exemplo. Os modelos têm diferentes
funções, como a criação de escalas com horários de utilização para controlar o uso da televisão
pelas crianças ou funções de segurança que monitoram o calor gerado pelo dispositivo e podem
cortar o fornecimento de energia para evitar curtos e superaquecimento.

Figura 1. 12: Tomadas inteligentes

Fonte: clicoutelecom(2020)

➢ Interruptores inteligentes: O interruptor inteligente é um dispositivo que permite


acionar lâmpadas pelas suas teclas ou remotamente. Quando conectado à internet ele
oferece mais facilidade para os usuários, que podem controlar a iluminação a distância,
por aplicativo ou comando de voz com um smart speaker.

A tecnologia permite unificar interruptores, oferece controle compartilhado com outros


usuários e dá liberdade para que sejam programadas rotinas de iluminação.

Seu funcionamento é extremamente simples, o usuário deverá fazer a instalação dele


como um interruptor padrão e a partir daí todas as lâmpadas que esse interruptor controla terão
funções mais inteligentes. Após instala-lo está na hora de conectá-lo ao wi-fi, o que torna ela

30
inteligente é a conexão com a internet e o aplicativo que o usuário terá em seu smartphone
(sistema operacional varia de fabricante para fabricante).

Figura 1. 13: Interruptor inteligente

Fonte: Figura 1. 14: Tomadas inteligentes (2020)

➢ Assistentes virtuais: O assistente virtual será o item mais importante no processo de


automatização da uma residência. Afinal, é através dele que todos os produtos
inteligentes irão se comunicar e que o usuário conseguirá programar comandos. Existem
atualmente diversas opções no mercado, alguns sendo apenas softwares e outros
produtos físicos.

Os principais assistentes virtuais existentes são:

➢ A Siri: A assistente virtual da Apple, carrega diversas funções legais que os usuários da
marca podem aproveitar. A lista de possibilidade é vasta e conta com várias tarefas úteis,
como chamar um táxi, ler e responder e-mails etc.

O programa utiliza uma linguagem bastante natural para comunicar-se com o usuário e
não necessita de comandos específicos para compreender o que o usuário deseja fazer. Para
aproveitar as diversas funcionalidades, é preciso contar com qualquer aparelho da lista:

iPhone 4s ou modelos superiores a essa versão;


iPad mini;

31
iPod touch 5ª geração;
iPad 3ª geração ou modelos mais atuais.
➢ Google Assistente: Disponível em smartphones de sistema Android e em celulares iOs,
para acossá-lo, é necessário baixar a app, o Google Assistente tem como principal
função ajudar o usuário enquanto ele estiver utilizando o smartphone ou outros
acessórios, como o Google Home ou o Chromecast.

Nesse sentido, é possível fazer diversas ações com a ferramenta no celular, como
gerenciar tarefas, organizar a agenda, controlar músicas de apps específicos e até configurar o
telefone sem tocar na tela, por meio de comando de voz.

➢ Google Home: Lançado em 2016, o Google Home é um acessório que se parece muito
com uma caixa sonora elíptica. Nele, roda o sistema assistente da marca, que serve para
ajudar em algumas funções rotineiras, controlando certos aspetos da vida do usuário e
alguns equipamentos. Estas são as ações que o usuário pode fazer com o acessório:
controlar o Chromecast e, portanto, a TV;
sincronizar uma música para todos os ambientes da casa;
realizar chamadas apenas com o comando de voz;
utilizá-lo como um interfone.

Alexa: Responsável pelo título de “assistente virtual da Amazon”. Um dos pontos que mais
chamam a atenção é que ela, assim como a Siri, é uma assistente conversacional, ou seja, vocês
podem bater papo, enquanto a execução das tarefas acontece. Estas são as ações que podem
contar com a ajuda da Alexa:

controlar a sua casa inteligente (acender as luzes, configurar o ar-condicionado


etc.);
ter uma auxiliar na cozinha (pergunte à Alexa qual é o passo a passo de uma
lasanha a bolonhesa e ela vai dizer!);
ouvir as notícias do dia;
controlar apps, como o Spotify e a Netflix.

32
2. CAPÍTULO 2 –METODOLOGIA DO ESTUDO

2.1. ASPECTOS METODOLÓGICOS

Metodologia científica é o estudo dos métodos ou dos instrumentos necessários para a


elaboração de um trabalho científico.

A Metodologia científica aborda as principais regras para uma produção científica, fornecendo
as técnicas, os instrumentos e os objetivos para um melhor desempenho e qualidade de um
trabalho científico.

A pesquisa é uma das atividades primordiais para a elaboração dos trabalhos realizados com
base na metodologia científica. É a fase da investigação e da coleta de dados sobre o tema a ser
estudado.

Pesquisa bibliográfica, exploratória e explicativa são os métodos de pesquisas que utilizamos


para o desenvolvimento do nosso projecto.

As três utilizam métodos de pesquisa diferentes para atender os objetivos da pesquisa e podem
ser realizadas de maneira combinada, para se obter uma melhor análise dos dados coletados.

➢ Explicativa

A pesquisa explicativa pretende justificar os fatores que motivam a realização do objeto ou do


fenômeno estudado. Ela é a pesquisa que relaciona teoria e prática no processo da pesquisa
científica. Nas ciências naturais, por exemplo, é usado o método experimental, enquanto nas
ciências sociais recorre-se ao método observacional. A pesquisa descritiva, combinada com a
pesquisa exploratória são as mais realizadas pelos pesquisadores sociais.

33
Principais características da pesquisa explicativa

Explicar os motivos / causas do tema abordado (seu funcionamento);

Aprofundamento das pesquisas descritivas e exploratórias;

Uso de pesquisa experimental (análise mais subjetiva do estudo sobre o tema).

➢ Pesquisa exploratória

A pesquisa exploratória consiste em ter uma maior proximidade com o universo do objeto de
estudo pesquisado. Ela é a pesquisa que visa, através dos métodos e dos critérios, oferecer
informações e orientar a formulação das hipóteses do estudo.

Ela visa a descoberta dos fenômenos ou a explicação daqueles que não eram aceitos, mesmo
com as evidências apresentadas. Um bom exemplo de pesquisa exploratória são os estudos de
caso, pois eles evidenciam a constatação de fenômenos ocorridos nos experimentos em
laboratório.

Principais características da pesquisa exploratória

Explorar um tema pouco conhecido;

Extenso trabalho de levantamento de dados, bibliográfico, exemplos e observações;

Muito usada em pesquisas científicas e em laboratórios, por exemplo.

➢ Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica consiste na coleta de informações a partir de textos, livros, artigos e


demais materiais de caráter científico. Esses dados são usados no estudo sob forma de citações
e referências, e servem de embasamento para o desenvolvimento do assunto pesquisado.

Partindo do ponto de vista dos procedimentos técnicos, a pesquisa bibliográfica é uma das mais
comuns. E é considerada obrigatória em quase todos os moldes de trabalhos científicos.
34
Trata-se de um método teórico focado em analisar os ângulos distintos que um mesmo problema
pode ter, e onde são consultados autores com diferentes pontos de vista sobre um mesmo
assunto.

Posteriormente, o investigador deverá comparar as informações levantadas e, a partir de então,


construir as suas observações e conclusões.

A escolha desses métodos tem como objetivo desenvolver uma automação residencial de baixo
custo, utilizando o microcontrolador Arduíno. Dessa forma o projeto permite que o usuário
tenha o controle de sua residência através de seu smartphone.

O resultado desse acervo didático ocasionou em uma melhor seleção dos materiais
utilizados, visando maior economia na aquisição de equipamentos e facilidade na elaboração
do projeto. A escolha do Arduino proporcionou uma programação de forma simples, com baixo
custo de equipamentos e uma plataforma open-source, além da facilidade de informações que
se encontra sobre o mesmo em publicações na internet. Fez-se uma comparação entre modelos
de comunicação sem fio existentes no mercado, ajudando na escolha via wireless, através da
ETHERNET SHIELD do Arduino que proporcionou maior extensão e comodidade na
transmissão de dados, obtendo o monitoramento e controlo do lar na rede local. Desenvolveu-
se, um algoritmo no software do IDE através da linguagem C e uma interface agradável, de
fácil manuseio do usuário, proporcionando maior comodidade e agilidade. Essa interface é uma
página web.

O trabalho foi desenvolvido da seguinte forma:

1. Levantamento bibliográfico sobre a domótica, onde foi procurado em livros, artigos,


publicações, internet e outros referenciais de eletrônica, automação e eletricidade.
2. Estudo teórico analisando as diversas aplicações da automação residencial, onde foi
observado seus pontos negativos e positivos.
3. Um protótipo de automação residencial, onde pode-se controlar a residência através do
celular utilizando o Arduíno.

35
2.2. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES

2.2.1. Arduíno Mega 2560

A placa Arduíno Mega 2560 é mais uma placa da plataforma Arduíno que possui
recursos bem interessantes para prototipagem e projetos mais elaborados. Baseada no
microcontrolador ATmega2560, possui 54 pinos de entradas e saídas digitais onde 15 destes
podem ser utilizados como saídas PWM. Possui 16 entradas analógicas, 4 portas de
comunicação serial. Além da 60 quantidade de pinos, ela conta com maior quantidade de
memória que Arduíno UNO, sendo uma ótima opção para projetos que necessitem de muitos
pinos de entradas e saídas além de memória de programa com maior capacidade.

O Arduíno tem as seguintes especificações técnicas:

Tabela 1: especificações técnicas do Arduino.

• Microcontrolador ATmega 2560 com • 16 portas analógicas do conversor


clock de 16 MHz; ADC (A0 até A15);
• Regulador de 5 V (AMS1117 – 1 A); • 12 portas PWM de 16 bits (D2 a
• Regulador de 3,3 V (LpP2985 com D13);
apenas 150 mA); • 32 portas Digitais multifunção;
• 4 portas seriais de hardware; • Um Led para TX0 e um para RX0
• Uma porta I2C; (interface serial 0);
• Uma porta SPI; • Um Led conectado ao pino D13;

Fonte: arduino.cc (2021)

36
Figura 1. 15- Arduíno Mega

Fonte: Arduino Mega 2560 Rev3 — Arduino Official Store (2021)

2.2.2. Ethernet Shield

O Módulo Ethernet Shield W5100 é uma placa baseada no chip Ethernet W5100 da
WIZnet, esse módulo fornece acesso à rede nos protocolos UDP ou TCP, conectando o seu
Arduino à Internet de forma fácil e rápida. Seu formato de shield facilita a conexão com a placa
Arduino Uno, Arduino Mega e com outras placas da família Arduino, sua configuração para
acesso a internet é bem simples, bastando apenas conectar a placa à sua rede através de um cabo
de rede RJ45, além de seguir algumas instruções de uso da biblioteca ethernet.

O Ethernet Shield W5100 possui um slot para cartão micro-SD com a intenção de
armazenar dados e arquivos. Para a utilização do slot do Cartão Micro-SD é necessário que a
comunicação da rede esteja em Standby, tendo em vista que a comunicação entre o Arduino, a
Ethernet Shield W5100 e o Cartão Micro-SD é feita através do protocolo BUS SPI, podendo
haver conflito de dados se estiverem ativos simultaneamente. Ele trabalha com uma tensão de
3,3V e sua comunicação é feita via SPI, além de suportar os protocolos TCP/IP, TCP, UDP,
ICMP, ARP IPv4, IGMP, PPPoE e Ethernet.

Principais Características:

• Tensão de Alimentação: 3 a 5VDC;


• Comunicação: SPI;
37
• Temperatura de operação: -40°C a 85°C;
• Indicadores: TX, RX, COL, FEX, SPD, LNK
• Corrente: 100mA;
• Suporte: Full-duplex e half-duplex, Auto MDI / MDIX, Conexão ADSL;
• Trabalha diretamente com a biblioteca oficial do arduino;
• TX / RX RAM Buffer: 16kBytes.
• Dimensões: 55,8mm x 68,58mm, 1,6mm;

Figura 1. 16-Módulo Ethernet Shield- W5100

Fonte: (filipeflop.com).(2021)

2.2.3. Modulo relé

Relés são componente eletromecânicos que utilizam do princípio eletromagnético para


fechar ou abrir contatos a partir de uma bobina em seu interior.

Podemos assimilar seu funcionamento ao de uma chave, o ligamos quando queremos


fechar o circuito e o desligamos quando desejamos abrir o circuito, impedindo o fluxo de
corrente.

Existe uma infinidade de modelos e tipos de relés no mercado, como de tensão


contínua, tensão alternada, várias faixas de corrente suportada por ele e vários valores de tensão
máxima, diferentes números de contatos e formas de acionamento.

38
No entanto, podemos diferenciar os relés em dois tipos diferentes:

1. Normais abertos (NO – Normal Open), ou seja, quando o relé for ligado, seus contatos
serão fechados, e;

2. Normais fechados (NC – Normal Closed) pois, ao ser acionado, ele fará o papel de
abrir o circuito.

O Módulo Relé nada mais é do que um conjunto de relés acionados por sinais digitais
de 5V. Esse componente é indicado para acionar cargas que utilizam correntes maiores do que
a fornecida pelo Arduino. Em geral, liga-se um contato do relé a uma fonte externa de energia,
que pode ser o terminal de uma tomada por exemplo, e o outro terminal é ligado a um dos pólos
da carga. O terminal de controle do relé (bobina) é ligado a um dos pinos digitais do Arduino.
O outro terminal da carga é ligado ao outro terminal da tomada (ou ao outro terminal da bateria).

Pinagem e funcionamento

Uma das aplicações mais comuns dos módulos relés para arduino é no acendimento de
lâmpadas em sistemas de automação residencial. O módulo funciona exatamente da mesma
forma que uma chave ou interruptor. No borne de cada relé existem três conexões:

• NA -Normalmente Aberto;

• C – Comum;

• NF – Normalmente Fechado;

O terminal C – Comum geralmente é ligado ao GND. E os outros dois são os contatos


que usamos para ligar ou acender a lâmpada. Se ligamos a carga no terminal NA, a carga será
acionada setando o pino de controle do relé para nível alto. Se ligarmos a carga no pino NF, ela
será ativada setando o pino de controle do arduino para nível baixo, e desligada setando o pino
de controle para nível alto.

No mercado podemos encontrar módulos de 1, 2, 4 e 8 canais. Cada canal nada mais é


do que um relé embutido no conjunto. Ou seja, um módulo relé de 5V e 8 canais, é um conjunto
de 8 relés acionados por sinais de 5V. Um módulo relé de 12V e 4 canais, nada mais do que um
conjunto de 4 relés, cada qual acionado por sinais de 12V.

39
Figura 1. 17:Módulo Relé 5V e 4 canais

Fonte: (filipeflop.com).(2021)

Nota-se que cada relé possui os três terminais que explicamos mais acima. Além deles,
há outros 6 pinos usados para interfacear o módulo com o Arduíno. São eles:

• GND;
• In1;
• In2;
• In3;
• In4;
• Vcc.

Cada pino Inx serve para fechar e abrir um dos relés. Vcc e GND são os sinais de
alimentação da bobina do relé. O sinal de controle aplicado aos pinos Inx devem possuir a
mesma referência (o mesmo GND) que a alimentação da bobina do relé.

➢ Aplicações

Os módulos relés são aplicados em várias funcionalidades. Algumas delas são:

• Ativação de eletroíman;

• Ativação de motores DC;

• Ativação de motores CA;

• Ligar/desligar lâmpadas;

40
Entrando no detalhamento técnico dos módulos relés podemos encontrar estas
informações específicas direto no datasheet do fabricante, porém traremos as principais
e mais importantes informações na tabela a seguir:

Tabela 2: Especificações técnicas do Módulo relé.

Tensão da bobina 3 – 48 VDC

Potência máxima da bobina 0.45W

Estimativa de acionamentos 100000

Carga AC 10A – 250VAC / 10A – 125VAC

Carga DC 10A – 30VDC

2.2.4. ROTEADOR

O Roteador é um aparelho usado em redes de computadores para o encaminhamento


das informações acondicionadas em pacotes de dados, proporcionando conectividade entre os
dispositivos como computadores, smartphones e tablets, em redes LAN com a internet. Além
disso, o Roteador possui uma característica específicas em buscar as melhores rotas para enviar
e receber dados, podendo priorizar não só as transmissões mais curtas, como também as menos
congestionadas.

Roteador Wi-Fi

Para conectar aparelhos que utilizam transmissão de dados via wireless e eliminar a
necessidade de um computador estar conectado a um computador principal, a maior parte dos
modernos Roteadores possui potentes antenas para enviar e receber suas 20 transmissões de
pacotes de dados por redes sem fio e se conectam directamente ao modem da internet de banda
larga. Os roteadores mais modernos funcionam conectados ao cabo de banda larga e possuem
mais quatro saídas de cabos para computadores e uma antena, que é a parte fundamental para
fazer funcionar a transmissão do sinal para a conectividade sem fio, alcançando assim
dispositivos com conexão via wireless, como smartphones, tablets e note-books.

41
Figura 1. 18-Roteador Wi-Fi

Fonte:Xiaomi.com (2022)

2.2.5. Resistor

São componentes que têm por finalidade oferecer uma oposição à passagem de
corrente eléctrica, através de seu material. A sua oposição damos nome de resistência eléctrica
ou impedância, que possui como unidade o Ohm. Os resistores podem ser fixos ou variáveis.
Neste caso são chamados de potenciómetros ou reóstatos. O valor nominal é alterado ao girar
um eixo ou deslizar uma alavanca. Um resistor ideal é um componente com uma resistência
eléctrica que permanece constante independentemente da tensão ou corrente eléctrica que
circula pelo dispositivo. O valor de um resistor de carbono pode ser facilmente identificado de
acordo com as cores que apresenta na cápsula que envolve o material resistivo, ou então usando
um ohmímetro. Os resistores têm como finalidade reduzir o nível de intensidade em diversos
componentes que não suportam uma tensão muito elevada como LDR.

Figura 1. 19-Resistor

Fonte: Mundo Educação (2017).

42
2.2.6. Servomotor

Um servomotor é um dispositivo eletromecânico que, a partir de um sinal elétrico em


sua entrada, pode ter seu eixo posicionado em uma determinada posição angular. Por serem
pequenos e compactos, além de permitir um posicionamento preciso de seu eixo, os
servomotores são largamente utilizados em robótica e modelismo.

Figura 1. 20-Servomotor SG90

Fonte: SG90 Datasheet PDF - Datasheet4U.com(2017)

Funcionamento

Um servomotor possui um sistema eletrónico de controle e potenciómetro que esta


ligado ao eixo de saída. Este potenciómetro possibilita ao circuito de controle monitorar o
ângulo do eixo do servomotor. Se o eixo estiver no ângulo correto, o motor para. Se o circuito
deteta que o ângulo esta incorreto, o motor é ativado até que o ângulo seja o desejado. Nas
engrenagens de um servomotor existe um limitador que atua no ângulo giro do eixo, fazendo
com que este varie de 0º a 180º.

Especificações:

• Voltagem de Operação: 4,8 – 6,0v;


• Modulação: Analógica;
• Velocidade: 0,17 seg/60° (4,8v) e 0,14 seg/60° (6,0v);
• Torque máximo: 8,0 kg.cm (4,8v) e 11,0 kg.cm (6,0v);
• Temperatura de Operação: -20°C ~ 60°C;
• Dimensões: 40,1×20,3×43,2 mm;

43
• Peso: 38g;
• Faixa de Rotação: 180°;
• Tamanho cabo: 30 cm;

2.2.7. LDR

LDR (Light Dependent Resistor), ou Resistor Dependente de Luz, é, basicamente, um


resistor que varia sua resistência conforme a intensidade de luz que incide sobre ele. Os tipos
mais comuns possuem maior sensibilidade à luz visível. Porém, existem variações que
permitem maior sensibilidade à luz infravermelha.

Figura 1. 21-LDR

Fonte: Mundo Educação (2017)

Como mostra a imagem acima, ele possui apenas duas pernas e não tem polaridade.
Além disso, um dos materiais presentes nele é um semicondutor de alta resistência. Uma
informação importante, é que o LDR pode apresentar certos atrasos para variar a resistência.
Podendo demorar cerca de 10ms para detetar a mudança de um ambiente escuro para um claro.

Especificações:

• Modelo: GL5528 (datasheet);


• Diâmetro: 5mm;
• Tensão máxima: 150VDC;
• Potência máxima: 100mW;
• Tensão de operação: -30°C a 70°C;
• Espectro: 540nm;
44
• Comprimento com terminais: 32mm;
• Resistência no escuro: 1 MΩ (Lux 0);
• Resistência na luz: 10-20 KΩ (Lux 10);

2.2.8. RFID Módulo RC522

O RC522 é um Circuito Integrado (CI) capaz de ler e escrever em “cartões de


proximidade” segundo a norma ISO/IEC 14443. O significado disso tudo é que o CI pode ler
ou escrever informações em cartões especiais sem precisar do contato direto, utilizando ondas
eletromagnéticas (“rádio frequência”).

Este tipo de aplicação é conhecido como RFID, que significa “Radio Frequency
Identification” ou Identificação por Rádio Frequência. Entretanto, a identificação por rádio
frequência, de forma genérica, pode ter muitos ‘formatos’ e o RC522 trabalha apenas com um
deles.

Neste caso, o RC522 trabalha seguindo a norma ISO/IEC 14443, que normalmente é
focada para tags RFID para sistemas de pagamento. Tags são dispositivos que armazenam
certas informações e que se comunicam com os leitores de RFID. Um exemplo de tag são os
cartões de alguns sistemas de transporte, que permitem o pagamento da passagem apenas
aproximando o cartão.

Figura 1. 22-: O Módulo RFID

Fonte: mundo projetado (2021).

45
O Módulo RFID é baseado no chip MFRC522 e é utilizado na comunicação sem fios
a uma frequência de 13,56MHz. Este chip, de baixo consumo e pequeno tamanho, permite ler
e escrever sem contacto em cartões que seguem o padrão Mifare, muito utilizado no mercado.

As etiquetas RFID podem conter vários dados sobre o proprietário do cartão, como o
nome e o endereço e, no caso de produtos, informações sobre o fornecedor e data de validade.

Características

Tabela 3: Características do RFID.

Alimentação de 2,5 a 4,0V: A tensão típica é de 3,3V.


Interface SPI: É a interface utilizada no módulo;
Velocidade de até 10 Mbits/s.
Interface I2C: Pode operar no modo “Fast mode” (400
kbit/s) ou no modo “High-speed” (3400
kbits/s).
Interface UART (RS-232): Velocidade de até 1228,8 kbits/s.
Consumo de corrente: Operação normal: 13 a 26mA.
Modo de baixo consumo: 10uA.
Alcance de alguns centímetros (3 cm).

46
Pinos do módulo RFID

O módulo RFID possui 8 pinos

3.3V Pino de alimentação do módulo (2,5 a 4V).


RST Pino reset que serve para colocar o RC522 no
modo de baixo consumo (“power-down”).
Nível alto Funcionamento normal.
Nível baixo Modo “power-down”.
GND Terra da alimentação
IRQ Pino de interrupção. Pode ser utilizado para
indicar certos eventos.
MISO Pino de entrada do mestre da comunicação SPI.
MOSI Pino de saída do mestre da comunicação SPI.
SCK Pino de clock da comunicação SPI.
SDA Pino SS ou NSS da comunicação SPI

Aplicações do RFID

As aplicações são bem similares, pois todas envolvem a identificação de uma ‘tag’ única.

• Controle de acesso:

Executa uma determinada função apenas se passar a tag certa. Por exemplo, logar em um
computador, ligar uma máquina restrita, abrir uma porta etc.

• Sistema de pagamento:

Utiliza a tag como uma forma de carteira digital.

• Sistema de cadastro:

Utiliza a tag como uma forma de acessar o cadastro de uma pessoa em um determinado lugar.

• Catalogar itens de um estoque:

Talvez não seja a forma mais barata de se fazer isto, mas é possível vincular uma ‘tag’ a
cada item de um estoque para identificá-los facilmente.

Existem muitas outras aplicações e o limite é a imaginação.

47
Especificações:

• Consumo: 13-26mA / DC 3.3V;


• Consumo em Stand-By: 10-13mA / 3.3V;
• Consumo em Sleep: - Pico de corrente: <30mA;
• Frequência da operação: 13,56MHz;
• Tipos de cartões suportados: Mifare1 S50, S70 Mifare1, Mifare UltraLight, Mifare Pro,
Mifare Desfire;
• Temperatura operacional: -20ºC a 80ºC;
• Temperatura de armazenamento: -40ºC a 85ºC;
• Taxa de transferência: 10 Mbit/s;
• Dimensões: 8,5 x 5,5 x 1,0cm;
• Peso: 21g.

2.2.9. Sensor de temperatura e umidade DHT22

O DHT22 é um sensor de temperatura e umidade que permite fazer leituras de


temperaturas entre -40 a +80 graus Celsius e umidade entre 0 a 100%, sendo muito fácil de usar
com Arduino, Raspberry e outros microcontroladores pois possui apenas 1 pino com saída
digital.

Figura 1. 23-Sensor de Temperatura e umidade DHT22

Fonte: Componentes 101 (2021).

O DHT22 é um sensor de temperatura e umidade que permite fazer leituras de


temperaturas entre -40 a +80 graus Celsius e umidade entre 0 a 100%. É muito fácil de usar

48
com Arduino, Raspberry Pi e outros microcontroladores, pois possui apenas 1 pino com saída
digital.

Este sensor AM2302 é compatível com os modelos DHT22/AM2303 e é formado por


um sensor de umidade capacitivo e um termistor para medir o ar ao redor, enviando no pino de
dados um sinal digital (não é necessário pinos analógicos aqui).

Especificações:

• Modelo: AM2302 (datasheet)


• Tensão de operação: 3-5VDC (5,5VDC máximo)
• Faixa de medição de umidade: 0 a 100% UR
• Faixa de medição de temperatura: -40º a +80ºC
• Corrente: 2,5mA max durante uso, em stand by de 100uA a 150 uA
• Precisão de umidade de medição: ± 2,0% UR
• Precisão de medição de temperatura: ± 0,5 ºC
• Resolução: 0,1
• Tempo de resposta: 2s
• Dimensões: 25 x 15 7mm (sem terminais)

2.2.10. Sensor de Corrente Não Invasivo 100A SCT013

O Sensor de Corrente SCT013 é um componente eletrônico desenvolvido para


aplicação em diversos circuitos elétricos. Por meio do Arduino, AVR, PIC, Raspberry PI, ou
outras plataformas de prototipagem é uma opção de qualidade e eficiência quando se fala em
medir correntes de até 100A sem ser invasivo. Utilizado comumente por hobistas e projetistas
para o desenvolvimento de projetos, o Sensor de Corrente é capaz de realizar o monitoramento
de corrente, proteção de motores AC, iluminação e diversos outros sistemas elétricos.

Através do sensor é possível a criação de sistemas de medição e monitoramento para


correntes elétricas ou até mesmo a montagem de circuitos de proteção contra sobrecarga e
eventuais problemas que possam vir a ocorrer com sua rede. Para conexão e usabilidade do
Sensor de Corrente, o mesmo possui dois fios que saem do sensor e estão ligados diretamente
à um plug P2 que pode ser facilmente retirado e utilizado de forma direta em um projeto.

49
Por que medir o consumo de um componente elétrico? A medição desta corrente é
necessária para calcular o consumo de determinado eletrônico e consequentemente calcular o
tempo de duração da carga de uma bateria, por exemplo, ou para ao final do mês calcular o
consumo de um eletrodoméstico. É uma informação importante que pode servir para
diagnosticar se determinado circuito anda consumindo mais energia do que deveria, entre outros
fins.O sensor de corrente SCT-013 é muito versátil e tem como principal vantagem o fato de
não precisar de contato elétrico com o circuito para medir a corrente elétrica alternada. Ou seja,
não precisamos abrir o circuito para ligá-lo em série com a carga, basta apenas “abraçar” um
dos fios ligados ao equipamento a ser monitorado.

Figura 1. 24-Sensor de Corrente Não Invasivo 100A SCT013

Fonte: SCT-013 - Sensor de Corrente Alternada | Portal Vida de Silício (2022)

Para fazer a medição da corrente sem a necessidade de contato elétrico com o circuito
esse sensor de corrente alternada utiliza as propriedades magnéticas da corrente elétrica.

Lei de Ampère

A Lei de Ampère diz que todo condutor por onde flui uma corrente elétrica induz ao
seu redor um campo magnético proporcional à corrente.

50
Figura 1. 25-Linhas de campo geradas pela corrente elétrica

Fonte: SCT-013 - Sensor de Corrente Alternada | Portal Vida de Silício (2022)

Corrente Alternada

A corrente alternada tem uma peculiaridade de se comportar como uma senoide, sendo
assim sua intensidade varia ao longo do tempo indo do máximo positivo ao máximo
negativo. Esse comportamento oscilatório tem uma frequência que pode ser de 50Hz ou de
60Hz conforme o país ou região. Em Angola é adotado a frequência de 50Hz, ou seja: a corrente
elétrica varia entre positivo e negativo 50 vezes em 1 segundo.

Figura 1. 26-Corrente Alternada

Fonte: SCT-013 - Sensor de Corrente Alternada | Portal Vida de Silício (2022)

51
Como o campo magnético é proporcional ao valor de corrente, o campo magnético
gerado ao redor do condutor percorrido por uma corrente alternada irá variar ao logo do tempo
conforme a variação da mesma.

Lei de Faraday – lei da indução eletromagnética

A lei de Faraday diz que um campo magnético que varia ao longo do tempo induz em
uma espira uma força eletromotriz que gera uma corrente elétrica proporcional a intensidade do
campo magnético.

Figura 1. 27-Lei de Faraday

Fonte: SCT-013 - Sensor de Corrente Alternada | Portal Vida de Silício (2022)

Na figura acima podemos entender essa lei na prática. Vejamos que ao aproximar o
imã das espiras estamos variando o campo magnético e está sendo indicado uma tensão no
voltímetro (força eletromotriz) chegando quase a 20V. Depois, ao afastar o imã temos a tensão
indo quase a 20V no sentido contrário.

Transformador de corrente SCT-013

SCT é a sigla para Split-core Current Transformer, ou seja, transformador de corrente


de núcleo dividido. Para fazer a medição da corrente elétrica o SCT-013 possui uma bobina
interna em sua estrutura, como podemos ver na figura abaixo.

52
Figura 1. 28-Bobina do Sensor de corrente não invasivo SCT013

Fonte: SCT-013 - Sensor de Corrente Alternada | Portal Vida de Silício (2022)

Figura 1. 29-Circuito interno do SCT-013

Fonte: SCT-013 - Sensor de Corrente Alternada | Portal Vida de Silício (2022)

53
2.2.11. Os Modelos de SCT-013

Com base nesse princípio de funcionamento, foram criados diferentes tipos de sensores
não-invasivos, como pode ser observado em seu datasheet, com o objetivo de atenderem os
mais diversos cenários, de forma que não exista um “melhor”, mas sim o mais recomendado
para a aplicação recorrente.

Tabela 4: Tabela com os diferentes modelos do sensor de corrente não-invasivo.

Fonte: SCT-013 - Sensor de Corrente Alternada | Portal Vida de Silício (2022)

As duas principais diferenças são a Corrente eficaz máxima a ser medida (Input
current) – e o Tipo de saída do sensor (Output type).

É possível observar que somente o modelo SCT-013-000 apresenta uma variação de


corrente em sua saída de 0-50mA, já os outros modelos apresentam uma variação tensão de 0-
1V, onde por meio destas variações é possível mensurar a corrente elétrica.

Para sabermos qual será a taxa variação tanto de corrente quanto de tensão basta
dividirmos o valor máximo da saída pelo valor máximo a ser medido. Abaixo temos alguns
exemplos deste cálculo:

SCT-013-000:

0,05 / 100 = 0,5mA. A cada um Ampere a mais ou a menos, sua saída será de 0,5mA
para mais ou a menos;

SCT-013-005:

54
1 / 5 = 0,2V. A cada um Ampere a mais ou a menos, sua saída será de 0,2V para mais
ou a menos;

SCT-013-050:

1 / 50 = 0,02V. A cada um Ampere a mais ou a menos, sua saída será de 0,02V para
mais ou a menos.

Especificações:

• Modelo: SCT013;
• Material do Núcleo: Ferrite;
• Rigidez dielétrica: 6000 VAC /1 Min;
• Corrente máxima: 100A;
• Sinal de saída: 0 a 1V;
• Temperatura de trabalho: -25°C a 70°C;
• Comprimento do Cabo: 1m;
• Conector P2;
• Dimensões (CxLxA): 57x32x21mm;
• Peso: 66g.

2.2.12. Lâmpada

Primeiramente, a lâmpada é um artefato utilizado para a emissão de luz. A quantidade


de luz que emite só pode ser obtida através de um procedimento em condições específicas. A
unidade de medida é Lumens ou Fluxo Luminoso.

Antes de tudo, é importante conhecer sua eficiência luminosa, a relação entre o fluxo
luminoso emitido pela fonte (a lâmpada) e a potência por ela absorvida. As lâmpadas elétricas
têm grande variedade de tecnologias e formas.

55
Lâmpada LED (Light Emitting Diot – Diodo Emissor de Luz)

Figura 1. 30-Lâmpadas LED

Fonte: Casamelhor (2021)

O LED é uma fonte que produz luz por fotoluminescência. Dessa maneira, se fôssemos
comparar com a natureza seria como se o Led imitasse a luz do vaga-lume. Servindo apenas
como sinalizador devido à sua baixa intensidade luminosa. Além disso, com o desenvolvimento
científico e tecnológico foi possível melhorar seu rendimento luminoso passando-se a utilizá-
lo até para iluminação geral.

Desse modo, consome em média um watt e pode durar mais de 50 mil horas. Portanto,
é a mais econômica fonte de luz artificial atualmente. Devido à variedade de cores e à redução
drástica na necessidade de manutenção, permite instalação em locais de difícil acesso, e assim,
proporciona novas possibilidades de design.

Por fim, em termos de inovação na construção, é a tecnologia que inovou o mercado


de trabalho, após anos de pesquisa, desde 1907 à aplicação para a utilização atual.

2.2.13. Comutador de escada

O interruptor de escada é um dispositivo de comando e manobra, que permite acender


e apagar uma lâmpada (ou conjunto de lâmpadas) a partir de dois ou mais pontos diferentes. É
um interruptor com um botão basculante, e que a sua diferença com o interruptor simples
consiste na disposição dos contactos de ligação (ou bornes), em que, o de escada possui três,
uma entrada e duas saídas, enquanto que o simples possui apenas uma entrada e uma saída.

56
Figura 1. 31-Comutador de escada

Fonte: Casamelhor (2021)

2.2.14. Sensor de movimento PIR

Um sensor de movimento PIR é, basicamente, uma câmera infravermelha que detecta


a radiação IR (“radiação de corpo negro”) que é irradiada por objetos que penetram em seu
campo de visão. No geral, esse tipo de sensor capta radiação infravermelha com comprimento
de onda em torno de 10μm (10 micrômetros, equivalente a 10.000nm), que equivale
aproximadamente à temperatura corporal de animais de sangue quente em geral, como os seres
humanos.

Esse tipo de sensor é pequeno, consome pouca energia e possui um custo baixo, além
de ser fácil de conectar e ter uma grande durabilidade. Assim, são amplamente utilizados em
diversas aplicações domésticas ou comerciais, como sensores de presença (“luz do banheiro”),
abertura automática de portas e alarmes, por exemplo.

57
Figura 1. 32-Sensor de movimento PIR

Fonte: Treinamentos em Ciência e Tecnologia (bosontreinamentos.com.br) (2021)

Funcionamento do sensor PIR

Todos os objetos que possuam temperatura acima do zero absoluto emitem energia
térmica na forma de radiação. Essa radiação, no geral, é invisível ao olho humano, pois é
emitida em comprimentos de onda na faixa do infravermelho, porém essa radiação pode ser
detetada por sensores especiais – como o PIR.

O “P” da sigla PIR significa passive (passivo), indicando que o dispositivo não gera
nem irradia energia IR em seu processo de deteção, operando exclusivamente por meio da
deteção de energia infravermelha emitida pelos objetos.

Sensores infravermelhos, no geral, funcionam baseados em um efeito denominado de


Efeito Piroelétrico, no qual uma mudança na temperatura causa expansão térmica, fazendo
surgir uma carga elétrica, por meio de efeito piezoelétrico. No geral, materiais piezoelétricos
também são piroelétricos.

Fisicamente, o sensor PIR é composto de duas partes construídas com material sensível
à radiação infravermelha. Cada metade consegue detetar (“enxergar”) a radiação IR até uma
distância específica, que basicamente dita a sensibilidade do sensor.

Quando não há movimento na área de visão do sensor, as duas metades detetam a


mesma quantidade de radiação presente no ambiente. Porém, quando um objeto quente (como
uma pessoa ou animal) passa na frente do sensor, a radiação emitida por esse corpo é detectada
primeiramente por uma das metades do PIR, causando o que chamamos de mudança diferencial
58
positiva entre as duas metades. Quando o corpo aquecido sai da área de detecção, ocorre o
inverso – mudança diferencial negativa.

E é justamente isso que o sensor detecta – essas mudanças nos níveis de radiação entre
as duas partes do sensor.

O sensor em si é apenas um pequeno retângulo de material sensível posicionado sobre


um substrato plástico, possuindo uma área de cobertura (campo de visão) limitado. Por conta
disso, ele é recoberto com um domo plástico composto por lentes especiais, do tipo Lentes de
Fresnel, que permitem aumentar seu campo de visão consideravelmente e focalizar a luz
infravermelha. A lente condensa uma grande área em uma área pequena, adequada para
sensibilizar o material sensível.

Na prática, diferentes tipos de sensores PIR podem combinar lentes de fresnel de várias
formas, de acordo com o padrão de detecção desejado: objetos que passem na frente do sensor,
objetos que passem pelas laterais, e assim por diante.

Quando a quantidade de radiação infravermelha muda repentinamente, o sensor é


acionado, o que ocorre quando m objeto se move em frente ao campo de visão do sensor,
causando um transiente no sinal. Quanto mais quente o objeto, mais radiação ele emite, e mais
facilmente é detectado.

O que o sensor detecta na verdade é movimento, representado por uma mudança nos
níveis de IR detectados, porém não os níveis absolutos em si (não serve para medir níveis de
radiação infravermelha).

Alguns sensores PIR mudam o estado de seu pino de saída para HIGH (alto) quando é
detectado movimento, enquanto outros modelos de PIR mudam o estado no pino de saída para
LOW (nível baixo). Sempre consulte o datasheet de seu modelo de PIR antes de montar o
circuito.

Os sensores PIR também são sensíveis em distâncias e ângulos diferentes, por isso a
importância de consultar seus datasheets, para que seja possível escolher o modelo mais
apropriado à aplicação desejada.

59
Características

Um sensor PIR típico, como o HC-SR501 (que usamos em nossos projetos), possui as
seguintes características:

• Alimentação (tensão de entrada) variável, entre 4V e 20V – recomenda-se usar 5V.


• Baixo consumo de energia, cerca de 65mA
• Campo de visão: 120º, até 7m de distância
• Tensão de saída (pino de disparo): 3,3V TTL (níveis altos / baixo)
• Temperatura de operação: -20 a +70ºC
• Modos de operação: Repeatable e Non-Repeatable (para nível alto apenas)

Pinagem do PIR

A pinagem do sensor PIR HC-SR501 pode ser consultada na tabela a seguir

Tabela 5: Pinagem do PIR.

Pino Nome Descrição


1 VCC Tensão de entrada, tipicamente 5V para aplicações comuns

2 DOUT Pulso de saída digital, geralmente 3,3V, gerado quando movimento é


detectado pelo sensor. Quando não há movimento, seu valor permanece em
0V (alguns modelos de PIR invertem esse comportamento).
3 GND Terra do circuito

Figura 1. 33-Pinos do Sensor PIR.

Fonte: Treinamentos em Ciência e Tecnologia (bosontreinamentos.com.br) (2021)


60
2.2.15. Disjuntor

O disjuntor é um dispositivo elétrico que tem a função de proteger a instalação


elétrica quando acontece uma sobrecarga, um pico de energia ou um curto circuito.
Disjuntor monopolar
O disjuntor unipolar, também conhecido como disjuntor monopolar ou disjuntor
monofásico, é geralmente utilizado em circuitos de iluminação e tomadas alimentados com
fase e neutro, onde liga e desliga apenas a fase, pois o neutro não representa perigo.

Figura 1. 34: Disjuntor

Fonte: .infoescola.com (2021)


.

61
CAPÍTULO 3- ANÁLISES E DISCUÇOES DE RESULTADOS

REQUISITOS DO SISTEMA

Este sistema foi desenvolvido com intuito de ser aplicado em residências para
proporcionar conforto, comodidade e segurança. O mesmo tem a capacidade de acionar alguns
equipamentos ou cargas a partir de uma página web, e mandando a informação do estado dos
mesmos.

Dentro do sistema temos também a função de monitorar a temperatura de modo a


acionar um alarme quando este ultrapassar os padrões implementados pelo usuário. Alem disso,
possui também um sensor de corrente que nos ajudará na verificação da corrente das cargas da
residência. E para a iluminação externa, utilizou-se um sensor dependente de luz que na sua
ausência aciona o relé que posteriormente acionará a lâmpada.

Para a segurança da residência, utilizou-se um RFID que através de um cartão


magnético acionará um servo motor fazendo assim a abertura da porta.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Inicialmente o sistema quando é alimentado, isto é, a parte elétrica ela energiza as


lâmpadas, elas podem ser acionadas manualmente a partir dos interruptores.

Já a parte eletrónica o Arduíno quando alimentado pela fonte, por sua vez alimenta
todo o circuito eletrónico, juntamente com o ethernet shield que o coloca na rede.

Tão logo o Arduíno esteja na rede o usuário terá acesso a tela de login que pedirá as
suas credenciais caso estejam corretas então o usuário terá acesso a página web. A partir dela o
usuário poderá então controlar alguns componentes da casa como lâmpadas e tomadas.

Na tela de controlo são demostrados os dados das lâmpadas e tomadas e os seus


estados, desligado ou ligado.

Demostra-se também os dados da temperatura e humidade da cozinha, no caso da


temperatura estabeleceu-se um parâmetro em que quando ultrapassa um dado limite aciona o
buzzer, avisando assim uma alta temperatura neste compartimento e para a humidade acionará
o cooler quando está estiver fora dos padrões estabelecidos.
62
A partir da página web também temos os dados medidos pelo sensor de corrente,
mostrando assim os valores de corrente e potencia de alguns equipamentos.

Para o nosso projeto usamos o SCT-013-000. Ele pode medir valores de 0 até 100A de
corrente alternada. Em sua saída teremos valores entre 0 a 50mA proporcionais ao valor de
corrente percorrido no condutor principal.

Como nosso Arduíno só lê valores de tensão, iremos precisar montar um circuito


auxiliar para que essa corrente percorra um resistor e assim possamos converter os valores de
correntes gerado pelo sensor em valores de tensão.

O resistor de 330Ω foi dimensionado por meio de uma sequência de cálculos com o
propósito de aumentar a precisão das medidas deste sensor de corrente.

Para a iluminação da casa de banho instalou-se o sensor de movimento PIR que aciona
sempre que detetar um movimento.

Na iluminação do quintal usou-se um LDR que quando escurece aciona a lâmpada.

Para o acesso a entrada da casa o portão é aberto por um cartão a partir de um RFID,
este cartão funciona com uma distância máxima 3cm, o RC522 capta o sinal e manda o sinal
para o servo motor que por sua vez fará abertura do portão.

DIMENSIONAMENTO

No dimensionamento do nosso projeto, fizemos a escolha dos componentes elétricos


e eletrónicos com base as nossas necessidades.

Para o circuito elétrico usou-se disjuntor bipolar de 10A, que tem a função de proteger
o circuito, usou-se este disjuntor com base as cargas que comportam a maquete.

As lâmpadas usadas são lâmpadas LED de 9W, pretendemos ter um consumo menor
da energia e essas lâmpadas são ideais visto que consomem apenas uma corrente de 0,040A.

A secção dos condutores usados é de 1,5mm2 para o circuito todo. Usou-se tomadas
exteriores simples.

Para o controlo manual das lâmpadas usou-se o comutador de escada simples.

63
No circuito eletrónico usou-se um Arduíno mega que comporta 54 portas de entradas
e saídas, essa escolha foi com base a quantidade de componentes que foram conectados neles e
considerando-se a memoria que ele comporta que é de 256kB flash e 8kB de SRAM.

A escolha do sensor de temperatura DTH22, por medir a temperatura entre os


intervalos de -40 a +80º celsius e a humidade numa faixa de 0 a 100%, ele tem uma resolução
de 0,1 e um tempo de resposta de 2s ideal para o nosso protótipo.

O sensor de movimento PIR que foi instalado no WC, a escolha foi feita pelo seu
ângulo de captura do sinal que é de 120º numa distância mínima de 3m e máxima de 7m, a sua
tensão de entrada varia de 4 a 20VDC.

Os resistores usados para criar queda de tensão no circuito de LDR foram de 220Ω,
ideal para um circuito onde circula uma tensão de 5VDC.

A escolha do sensor de corrente não invasivo foi feita com base alguns passos:

Como o Arduíno não recebe corrente alternada então foi necessário fazermos um
pequeno circuito que criasse uma queda de tensão e posteriormente transformar a corrente AC
para corrente DC, usou-se então um capacitor de 100µF, e dois resistores de 10kΩ, e um resistor
que será conectado diretamente com o sensor que foi calculado da seguinte forma:

i (sensor) = i (medido) / numero_de_espiras = 14,14A / 2000 = 0,00707A

R(carga) = U(sensor)/I(sensor) = 2,5V / 0,00707A = 354Ω

Portanto, para nosso projeto adotamos o resistor de 330Ω.

64
2.2.16.CIRCUITO ELETRÓNICO

Figura 2. 1: Circuito eletrónico com as tomadas e lâmpadas.

Fonte: Autoria Própria (2022).

65
Figura 2. 2: Circuito eletrónico com os sensores.

Fonte: Autoria Própria (2022).

66
Para a elaboração do circuito eletrónico utilizamos a ferramenta Proteus, em que para as
conexões entre os componentes utilizamos algumas ligações para facilitar a compreensão e
interpretação dos mesmos.
Na figura 2.2 temos a representação do circuito eletrónico ligando apenas as bobinas,
lâmpadas e tomadas. Os componentes nomeados em V1, V2, V3, V4 e V5 são as fontes de
alimentação de CA.
Na figura 2.3 temos a representação dos sensores ligado ao circuito eletrónico em que:
O sensor de temperatura DHT22 foi nomeado como temperatura, ele que fará a leitura da
temperatura e humidade na cozinha da residência;
Temos o RFID que nos dará acesso a residência em que quando passado o cartão magnético
registado pelo proprietário da residência acenderá um led “verde” e o buzzer emitirá um sinal
sonoro acionando assim o servomotor permitindo a abertura do portão da residência;
Temos alguns LDR’s que mostrarão os estados das lâmpadas na página web em que quando
uma lâmpada for acesa na interface mudará o estado e OFF pra ON ou vice-versa;
E por fim temos um sensor PIR que foi instalado no WC da residência.

67
Planta baixa da maquete com circuito elétrico

Temos a representação da nossa maquete já instalada com os devidos componentes


elétricos.

Figura 2. 3: Planta baixa com o esquema elétrico réus do chão.

Fonte: Autoria Própria (2022).

Figura 2. 4- Planta baixa com esquema Elétrico, no primeiro piso

68
Fonte: Autoria Própria (2022).

Tabela 6: Simbologia dos componentes

Fonte: Autoria Própria (2022).

69
Figura 2. 5: Circuito eletrónico e eléctrico na planta.

Fonte: Autoria Própria (2022).


70
Figura 2. 6: Circuito com a instalação da residência

Fonte: Autoria própria (2022).

Planta baixa da maquete cotada utilizando o aplicativo AUTOCAD.

Figura 2. 7: Planta cotada em cm

Fonte: Autoria Própria (2022).

71
Figura 2. 8: Planta cotada 1 piso, em cm

Fonte: Autoria Própria (2022).

Figura 2. 9: Vista de frente da maquete, já com a respetiva instalação.

Fonte: Autoria própria (2022).

72
Figura 2. 10: Vista de cima da maquete.

Fonte: Autoria própria (2022).

73
2.3. DIAGRAMAS

2.5.1. Diagrama em bloco

O diagrama em bloco visa demostrar de modo geral os componentes usados para a


realização das funções desejadas e também elucidar de uma forma simplificada o fluxo de dados
entre os diferentes elementos do sistema.

Figura 2. 11- Diagrama em bloco.

Fonte: Autoria Própria (2022).

Inicialmente o Arduíno fará a leitura do cartão SD posto no módulo Ethernet Shield,


caso o cartão SD esteja correto então avançará para a página web, pedindo assim algumas
credências para o usuário, como nome de registo e uma palavra passe.

Temos um Arduíno que esta acoplado com um módulo Ethernet Shield que fara toda
operação automática ou através de uma página web no computador ou smartphone. Para a porta
temos um RFID que fará a leitura do cartão magnético acionando assim o servo motor (SM),
quando o servo for acionado um buzzer colocado emitirá um alarme e acenderá um led azul

74
avisando assim a abertura do mesmo, caso o cartão magnético não se encontra registado emitirá
um alarme e acenderá um led verde indicado assim que acesso a residência foi negado.

O controlo das lâmpadas pode ser feito tanto na página web, como através de um
interruptor, em que quando uma das lâmpadas estiver acesa na página de controlo podemos
verificar o estado do mesmo, se acesa então o estado da lâmpada será ON, se desligada o estado
será OFF, para a mudança de estado utilizamos LDR’s que mudarão de estado a medida que as
luzes das lâmpadas irão incidir sobre eles.

Para o quarto de banho utilizamos um sensor PIR que detetará movimentos logo na
entrada acionando assim a lâmpada o referido sensor PIR só funcionará se o interruptor estiver
ligado. Colocou-se um botão com retenção para desativar o PIR caso o usuário queira usar o
interruptor ou em caso do sensor danificar.

Temos também um sensor de temperatura que fará a leitura da temperado na cozinha,


colocamos também um buzzer para sinalizar quando a temperatura estiver acima de um valor
pré-estabelecido pelo usuário, emitirá um som.

Para a iluminação externa utilizamos também um LDR, em que acionará uma lâmpada
externa quando a intensidade da luz for baixa, ou seja, assim que escurecer o LDR acionará a
lâmpada. O acionamento das tomadas é feito através da página web, em que assim que uma
tomada for acionada irá acender um led indicado assim que a mesma foi ligada. Temos também
um sensor de corrente para a verificação da corrente e potencia.

75
2.5.2. Fluxograma

Figura 2. 12-Fluxograma.

Fonte: Autoria Própria (2022).

76
3.1. Resultados

Com base os resultados dos objetivos, para a verificação da corrente e potencia das
cargas da residência foi possível faze-lo a partir da página web. Tendo também o sensor de
temperatura que demostra a temperatura e a humidade do ar da casa.
A implementação da maquete, que comporta um 1º andar que foi instalada nela
componentes básicos que podem conter numa residência inteligente.
Foi possível demostrar que se pode automatizar uma casa com componentes de baixo
custo, disponíveis no nosso mercado.

3.2. ANALISES DE RESULTADOS

3.2.1. Ensaios

Durante os ensaios começou-se a verificar o funcionamento dos diversos sensores. No


caso do sensor PIR foi necessário regularmos o tempo e a sensibilidade para então funcionar de
modo á termos uma boa visualização da lâmpada acesa.
Inicialmente pretendíamos medir a corrente dos equipamentos da residência com um
sensor de corrente invasivo, mas nos testes o sensor apresentava dificuldades na medição. Então
trocou-se pelo sensor de corrente não invasivo e conseguimos ter resultados mais precisos.
Com a criação da página web podemos controlar também as luzes bem como as
tomadas da residência, monitorar a temperatura, humidade, corrente e a potencia consumida.
Fizemos alguns ensaios também para a iluminação externa de modo que quando
escurecer automaticamente a luz será acionada, e quando amanhecer e o sensor (LDR) detetar
luz solar ira automaticamente apagar a lâmpada externa.
Figura 3. 1: Localização do LDR.

Fonte: Autoria Própria (2022).

O sensor PIR foi colocado no WC de modo que quando deteta alguma presença
acionará a lâmpada permanecendo acesa enquanto houver movimento, se não detetar
77
movimento permanecera ativa por 5 segundos e desligará. Foi colocado um botão também para
ativar/desativar o sensor PIR, para o caso de o sensor PIR deixar de funcionar.

Figura 3. 2: Localização do sensor PIR.

Fonte: Autoria Própria (2022).

Figura 3. 3:Localização do botão que desativa o sensor PIR.

Fonte: Autoria Própria (2022).

78
3.2.2. Viabilidade técnica

Tecnicamente este projeto apresenta várias vantagens, em relação a automação


residencial.
Diminuição do esforço físico do usuário, controlando assim a residência a partir da
página web. Ajudando assim no controlo sobre tudo do consumo dos equipamentos da
residência.

3.2.3. Viabilidade económica

Este projeto é bastante económico e está no alcance de qualquer pessoa com


capacidade de instalar um sistema de automação residencial adequado a sua residência que faz
funcionar alguns componentes, pois para sua montagem a pessoa não precisa se preocupar com
o alto custo dos dispositivos. Pois estes encontram-se no mercado nacional a preços razoáveis.

3.2.4. Impacto Ambiental

O projeto em causa quanto aos impactos ambientais não constitui nenhum perigo ao
ambiente.

Ter dispositivos que ajudam a medir quanto a pessoa gasta em recursos e encerrar um
serviço sem perceber que está sendo desperdiçado são vantagens das casas inteligentes. Desta
forma, ajudam-nos a tirar o máximo partido de todos os recursos e a ser mais gentis com o
ambiente, para não falar do benefício em poupanças económicas que isso significa.

3.2.5. Importância Tecno-social

Este sistema vem trazer um incremento na segurança, comodidade e conforto das pessoas.
Em especial as pessoas portadoras de deficiências físicas.

3.3. DIFICULDADES

Durante a execução do projeto, surgiram algumas dificuldades com respeito aos sensores.

Por serem dispositivos que captam e enviam sinais ao microcontrolador, houve vários
conflitos durante a elaboração do código.

79
3.4. Tabela de preçários dos materiais utilizados

Quantidade Descrição Preço Total (Kz)

1 Router 12768
4 Cartão branco 8539
1 Cola universal 3800
UHU
2 Buzzer passivo 1040
1 Sensor de presença 5900

1 Sensor de corrente 2300

1 Servomotor 6000
6 LDR 4320
1 Sensor de 5000
temperatura
2 Modulo Relé 7985
6 Lâmpadas 3500
4 tomadas 2000
6 suporte 2000
2 Disjuntor 3000
1 fita isoladora 200
2 fios condutores 600
(2m)
1 Fita Cola 500
5 Cartolina 4500
TOTAL: 73952 Kzs

80
CONCLUSÃO

Por tanto, apos a realização do projeto podemos constatar que a Automação


Residencial está em franca expansão, apesar de já existirem muitos acessórios inteligentes para
facilitar o cotidiano das pessoas, só que tais acessórios acabam sendo caros de mais.

Com o projeto apresentado por nós, podemos demostrar que é possível automatizar
sim uma residência com baixo custo.

Com a utilização de componentes facilmente encontrados no nosso mercado


projetamos uma maquete funcional, juntamente com a criação de uma página web de fácil
acesso.

A automação residencial ainda é motivo de estudos com adição incessante de


melhorias, novas ideias ou novas técnicas de aperfeiçoamento dos produtos já existentes.
Porém, podemos alavancar alguns dos principais sistemas de Automação Residencial que estão
em evidência e estão efetivamente sendo estudados e utilizados em diversas regiões do mundo.

Podemos verificar que com automação residências é possível ter mais segurança em
uma residência: alarmes, monitoramento, circuito fechado de TV, controle de acesso,
reconhecimento facial, alarme de vazamentos e incêndio.

81
RECOMENDAÇÕES
Para futuros projetos ou melhorias recomenda-se ao uso do ESP, para evitar o uso de
mais dispositivos, como o router e o ethernet shield.
Recomenda-se a construção de um elevador para facilitar a locomoção dos
residentes;
Recomenda-se também a construção de um alarme para maior segurança, bem como
o uso de um sensor de chuva, detetor de fumaça, e detetor de gás.

82
REFERÊNCIAS

(s.d.). Obtido de Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Célula_solar


Araujo, J. B. (2015). Rastreador Solar baseado em um microcontrolador. Brasil- Rio Grande
do Norte.
Arduino. (22 de Julho de 2022). Obtido de https://docs.arduino.cc/hardware/ethernet-shield-
rev2
broh, H. t. (24 de Agosto de 2018). YouTube. Obtido de
https://www.youtube.com/watch?v=wHEwZ1uJExM
Domingues, R. G. (2019). A importância da domótica para a sustentabilidade das cidades.
Brazil: Brazilian Journal of Development 5.
Elsa, C. e. (2021-2022). SUPERVISÃO E CONTROLO DE CARGAS RESIDÊNCIAIS.
Univercidade Metodista de Angola, Luanda, Angola.
Emanuel. (2009). Sistema de Rastreamento. Portugal- Lisboa.
Energia solar fotovoltaica. (2 de Outubro de 2019). Obtido de Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_Solar_Fotovoltaica
Felipe. (s.d.). Obtido de https://www.filipeflop.com/produto/placa-mega-2560-r3-cabo-usb-
para-arduino/
Julio André Sgarbi, F. T. (s.d.). Domótica Inteligente: Automação Residencial baseada. São
Bernardo do Campo – SP - Brasil. Obtido de
https://fei.edu.br/~flaviot/pub_arquivos/wtdia06.pdf
Loschi, H. J. (2018). Conceitos fundamentais sobre sistemas de rastreamento solar e
predição da geração solar fotovoltaica. Brasil-Campinas.
Martins, F. O. (2016). Seguidor solar de dois eixos. Portugal-Lisboa.
Nascimento, R. L. (2017). Energia Solar: Situação e Prespectivas. Brasil- São Paulo.
Pulcinelli, M. (29 de Novembro de 2019). Obtido de tiespecialistas:
https://www.tiespecialistas.com.br/arduino-pra-que-te-quero/
Resistor. (26 de Setembro de 2019). Obtido de Wikipedia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resistor
Silveira, C. B. (16 de Outubro de 2019). PWM. Obtido de Citisystems:
https://www.citisystems.com.br/pwm/
Som, L. e. (s.d.). Domotica. Obtido de Historial, vantagens:
https://www.luzesom.pt/pt/instalacao-de-equipamentos/domotica/

83
thediylife. (16 de Outubro de 2019). Arduino Solar Tracker (single or dual axis). Obtido de
Instructables circuits: https://www.instructables.com/id/Arduino-Solar-Tracker-
Single-or-Dual-Axix/
Thomsen, A. (10 de Outubro de 2019). Arduino. Obtido de FILIPEFLOP:
https://www.filipeflop.com/blog/o-que-e-arduino/
Valim, E. R. (s.d.). Domótica: Controle de Automação Residencial.
Wikipédia, a. e. (11 de Maio de 2022). Wikipedia. Obtido de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dom%C3%B3tica

84
ANEXO
Etapas da construção da maquete:
Inicialmente desenhamos a planta feita no autoCAD em uma madeira, e colocamos
alguns palitos de picolé para ajudarem a sustentação das paredes (papel cinza).

Colocamos os suportes para as lâmpadas para delimitarmos a planta

85
Colocamos as paredes (papel cinza) do rés do chão.

Colocamos as paredes do primeiro piso.

86
Posicionamos as tomadas e interruptores que farão o acionamento das cargas na residência.

Fizemos a instalação elétrica, eletrónica e automação dos equipamentos da residência.

87
Este foi o resultado final de todas as etapas da maquete concluída.

Maquete concluída vista de cima.

88
PROGRAMAÇAO DO SISTEMA
A programação para o sistema foi desenvolvida utilizando o software Arduíno IDE cuja
programação basea-se na linguagem C++.
#include "DHT.h"
#include "ACS712.h" //biblioteca do sensor de corrente
#include <SPI.h>
#include <Wire.h>
#include <ACS712.h>
#include <Ethernet.h>
#include <SD.h>
#include "EmonLib.h"

#define SS_PIN 53
#define RST_PIN 5
#define LED_G 23 //define green LED pin
#define LED_R 22 //define red LED
#define BUZZER 21 //buzzer pin
#define DHTPIN A0 //sensor
#define DHTTYPE DHT22

int por,gar,qui,gala,sal,wc,
apor=0,agar=0,aqui=0,agala=0,asal=0,awc=0,
xpor=1,xgar=1,xqui=1,xgala=1,xsal=1,xwc=1;

// size of buffer used to capture HTTP requests


#define REQ_BUF_SZ 120

// MAC address from Eth ernet shield sticker under board


byte mac[] = { 0xDE, 0xAD, 0xBE, 0xEF, 0xFE, 0xED };
IPAddress ip(192, 168, 31, 2); // IP address, may need to change depending on network
EthernetServer server(80); // create a server at port 80

File webFile; // the web page file on the SD card


char HTTP_req[REQ_BUF_SZ] = {0}; // buffered HTTP request stored as null terminated
string
char req_index = 0; // index into HTTP_req buffer
boolean LED_state[14] = {0}; // stores the states of the LEDs

// Portas dos LDRs


#define L1 A10
#define L2 A9
#define L3 A14
#define L4 A13
#define L5 A4
#define L6 A11
#define L7 12
EnergyMonitor SCT013;
int pinSCT = A1;
int tensao = 220;
int potencia;

#define DHTPIN A0 // Sensor de Temperatura e Humidade


#define DHTTYPE DHT22 // DHT 11
DHT dht(DHTPIN, DHTTYPE); //

const int pinoRELE = 39;


89
const int pinoPIR = 7;
int buzzer1=8;
int tpr,hmd,aux=0,aux1=0,aux2=0,pos1=0,pos2=5,aj1=0,aj2=0,cerca;
int s1,s2,s3,s4,s5,s6,s7,det;
float con, conb;
void setup()
{
dht.begin();
pinMode(50, OUTPUT);
digitalWrite(50, HIGH);
SCT013.current(pinSCT, 6.0606);
Serial.begin(115200); // for debugging

// initialize SD card
Serial.println("Initializing SD card...");
if (!SD.begin(4)) {
Serial.println("ERROR - SD card initialization failed!");
return; // init failed
}
Serial.println("SUCCESS - SD card initialized.");
// check for index.htm file
if (!SD.exists("index.htm")) {
Serial.println("ERROR - Can't find index.htm file!");
return; // can't find index file
}
Serial.println("SUCCESS - Found index.htm file.");
SPI.begin(); // Initiate SPI bus

//LDRs
pinMode(L1, INPUT);
pinMode(L2, INPUT);
pinMode(L3, INPUT);
pinMode(L4, INPUT);
pinMode(L5, INPUT);
pinMode(L6, INPUT);
pinMode(L7, INPUT);
//Feedback
pinMode(2, OUTPUT);//para L1 sai 1 e conecta no 14
pinMode(3, OUTPUT);//para L2 sai 1 e conecta no 15
pinMode(5, OUTPUT);//para L3 sai 1 e conecta no 16
pinMode(6, OUTPUT);//para L4 sai 1 e conecta no 17
pinMode(7, OUTPUT);//para L5 sai 1 e conecta no 18
pinMode(8, OUTPUT);//para L6 sai 1 e conecta no 19
pinMode(9, OUTPUT);//para L7 sai 1 e conecta no 20

// Cargas e Lampadas
pinMode(30, OUTPUT);//Tomada 1
pinMode(31, OUTPUT);//Tomada 2
pinMode(32, OUTPUT);//Tomada 3
pinMode(33, OUTPUT);//Tomada 4
pinMode(34, OUTPUT);//Tomada 5
pinMode(25, OUTPUT);//Portão
pinMode(36, OUTPUT);//L Quintal
pinMode(37, OUTPUT);//L Sala
pinMode(38, OUTPUT);//L Quarto 1
pinMode(39, OUTPUT);//L WC Quarto 1
pinMode(40, OUTPUT);//L Quarto 2
pinMode(41, OUTPUT);//L Cozinha
90
pinMode(42, OUTPUT);//L WC Geral
//buzzer cozinja//
pinMode(buzzer1, OUTPUT);
// Leds das Tomadas
pinMode(44, OUTPUT);//Led Tomada 1
pinMode(45, OUTPUT);//Led Tomada 2
pinMode(46, OUTPUT);//Led Tomada 3
pinMode(47, OUTPUT);//Led Tomada 4
pinMode(48, OUTPUT);//Led Tomada 5

// pinMode(BUZZER, OUTPUT);
//Estados Iniciais
digitalWrite(30, LOW);//Tomada 1
digitalWrite(31, LOW);//Tomada 2
digitalWrite(32, HIGH);//Tomada 3
digitalWrite(33, HIGH);//Tomada 4
digitalWrite(34, HIGH);//Tomada 5

digitalWrite(36, HIGH);//L Quintal


digitalWrite(37, HIGH);//L Sala
digitalWrite(38, HIGH);//L Quarto 1
digitalWrite(39, HIGH);//L WC Quarto 1
digitalWrite(40, HIGH);//L Quarto 2
digitalWrite(41, HIGH);//L Cozinha
digitalWrite(42, HIGH);//L WC Geral

pinMode(pinoRELE, OUTPUT);
pinMode(pinoPIR, INPUT);

Ethernet.begin(mac, ip); // initialize Ethernet device


server.begin(); // start to listen for clients
}

void loop()
{
Serial.println(s1);
EthernetClient client = server.available(); // try to get client

if (client) { // got client?


boolean currentLineIsBlank = tru e;
while (client.connected()) {
if (client.available()) { // client data available to read
char c = client.read(); // read 1 byte (character) from client

if (req_index < (REQ_BUF_SZ - 1)) {


HTTP_req[req_index] = c; // save HTTP request character
req_index++;
}

if (c == '\n' && currentLineIsBlank) {


// send a standard http response header
client.println("HTTP/1.1 200 OK");
// remainder of header follows below, depending on if
// web page or XML page is requested
// Ajax request - send XML file
if (StrContains(HTTP_req, "ajax_inputs")) {
// send rest of HTTP header
client.println("Content -Type: text/xml");
91
client.println("Connection: keep -alive");
client.println();
SetLEDs();
// send XML file containing input states
XML_response(client);
}

else if (StrContains(HTTP_req, "GET / ")|| StrContains(HTTP_req, "GET


/index.htm")) {
client.println("HTTP/1.1 200 OK");
client.println("Content -Type: text/html");
client.println("Connnection: close");
client.println();
webFile = SD.open("index.htm"); // abre página principal
}

else if (StrContains(HTTP_req, "GET /main.htm")) {


client.println("HTTP/1.1 200 OK");
client.println("Content -Type: text/html");
client.println("Connnection: close");
client.println();
webFile = SD.open("main.htm"); // abre página 2
}

else if (StrContains(HTTP_req, "GET /info.htm")) {

client.println("HTTP/1.1 200 OK");


client.println("Content -Type: text/html");
client.println("Connnection : close");
client.println();
webFile = SD.open("info.htm"); // open web page file
}

else if (StrContains(HTTP_req, "GET /ajuda.htm")) {


client.println("HTTP/1.1 200 OK");
client.println("Content -Type: text/html");
client.println("Connnection: close");
client.println();
webFile = SD.open("ajuda.htm"); // open web page file
}

if (webFile) {
while(webFile.available()) {
client.write(webFile.read()); // send web page to client
}
webFile.close();
}
// display received HTTP request on ser ial port
Serial.print(HTTP_req);
// reset buffer index and all buffer elements to 0
req_index = 0;
StrClear(HTTP_req, REQ_BUF_SZ);
break;
}
// every line of text received from the client ends with \r\n
if (c == '\n') {
// last character on line of received text
// starting new l ine with next character read
92
currentLineIsBlank = true;
}
else if (c != '\r') {
// a text character was received from client
currentLineIsBlank = false;
}
} // end if (client.available())
} // end while (client.connected())
delay(1); // give the web browser time to receive the data
client.stop(); // close the connection
} // end if (client)
hmd = dht.readHumidity(); // Lê Humidade
tpr = dht.readTemperature(); // Lê Temperatura

double Irms = SCT013.calcIrms(1480); // Calcula o valor da Corrente


potencia = Irms * tensao;

con = Irms; //Mapeamento do Sensor de Corrente A


conb = potencia;//Mape amento do Sensor de Corrente B

int valor = digitalRead(pinoPIR);


if (valor == HIGH) {
digitalWrite(pinoRELE, HIGH);
}
if(valor== LOW){
digitalWrite(pinoRELE, LOW);
}

////////////////////////////////////////////////////
if (DHTPIN < 28) {//Para i, enquanto i for menor que 5, realize o código e incremente 1 em i
tone(buzzer1, 1500);//Ligando o buzzer com uma frequência de 1500 Hz.
delay(500);//Intervalo de 500 milissegundos
noTone(buzzer1);//Desligando o buzzer.
delay(500);//Intervalo de 500 milissegundos
}
//

//Leitura dos LDRs


s1=analogRead(L1);
s1=map(s1,0,1023,0,100);
if(s1>75){
digitalWrite(2,1);
}
else if(s1<75 ){
digitalWrite(2,0);
}

s2=analogRead(L2);
s2=map(s2,0,1023,0,100);
if(s2>77){
digitalWrite(3,1);
}
else if(s2<77){
digitalWrite(3,0);
}
s3=analogRead(L3);
s3=map(s3,0,1023,0,100);
if(s3>77){
93
digitalWrite(5,1);
}
else if(s3<77){
digitalWrite(5,0);
}
s4=analogRead(L4);
s4=map(s4,0,1023,0,100);
if(s4>77){
digitalWrite(6,1);
}
else if(s4<77){
digitalWrite(6,0);
}
s5=analogRead(L5);
s5=map(s5,0,1023,0,100);
if(s5>68){
digitalWrite(7,1);
}
else if(s5<68){
digitalWrite(7,0);
}
s6=analogRead(L6);
s6=map(s6,0,1023,0,100);
if(s6>77){
digitalWrite(8,1);
}
else if(s6<77){
digitalWrite(8,0);
}
s7=analogRead(L7);
s7=map(s7,0,1023,0,100);
if(s7>77){
digitalWrite(9,1);
}
else if(s7<77 ){
digitalWrite(9,0);

}
}
//////////// Acionamento das Tomadas
void SetLEDs(void)
{
// LED 1 (pin 30) Tomada 1
if (StrContains(HTTP_req, "LED1=1")){
LED_state[0] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(30, 0);
digitalWrite(44, 1);
}

else if (StrContains(HTTP_req, "LED1=0")) {


LED_state[0] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(30, 1);
digitalWrite(44, 0);
}

// LED 2 (pin 31) Tomada 2


if (StrContains(HTTP_req, "LED2=1")) {
LED_state[1] = 1; // Guarda o estado
94
digitalWrite(31, 0);
digitalWrite(45, 1);
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED2=0")) {
LED_state[1] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(31, 1);
digitalWrite(45, 0);
}
// LED 3 (pin 32) Tomada 3
if (StrContains(HTTP_req, "LED3=1")) {
LED_state[2] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(32, 0);
digitalWrite(46, 1);
}

else if (StrContains(HTTP_req, "LED3=0")) {


LED_state[2] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(32, 1);
digitalWrite(46, 0);
}
// LED 4 (pin 33) Tomada 4
if (StrContains(HTTP_req, "LED4=1")) {
LED_state[3] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(33, 0);
digitalWrite(47, 1);
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED4=0")) {
LED_state[3] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(33, 1);
digitalWrite(47, 0);
}
// LED 5 (pin 34) Tomada 5
if (StrContains(HTTP_req, "LED5=1")) {
LED_state[4] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(34, 0);
digitalWrite(48, 1);
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED5=0")) {
LED_state[4] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(34, 1);
digitalWrite(48, 0);
}
// LED 6 (pin 35) Portão
if (StrContains(HTTP_req, "LED6=1")) {
LED_state[5] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(25, 1);
aux=1;
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED6=0")) {
LED_state[5] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(25, 0);
aux=0;
}

//////// Acionamento das Lâmpadas

// LED 7 (pin 36) Quintal


if (StrContains(HTTP_req, "LED7=1")) {
95
LED_state[6] = 1; // Guarda o es tado
digitalWrite(36, 0);
aux=1;
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED7=0")) {
LED_state[6] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(36, 1);
aux=0;
}

// LED 8 (pin 37) Sala


if (StrContains(HTTP_req, "LED8=1")) {
LED_state[7] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(37, 0);
aux=1;
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED8=0")) {
LED_state[7] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(37, 1);
aux=0;
}
// LED 9 (pin 38) Quarto 1
if (StrContains(HTTP_req, "LED9=1")) {
LED_state[8] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(38, 0);
aux=1;
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED9=0")) {
LED_state[8] = 0; // Gu arda o estado
digitalWrite(38, 1);
aux=0;
}

// LED 10 (pin 39) WC Quarto 1


if (StrContains(HTTP_req, "LED10=1")) {
LED_state[9] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(39, 0);
aux=1;
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED10=0")) {
LED_state[9] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(39, 1);
aux=0;
}
// LED 11 (pin 40) Quarto 2
if (StrContains(HTTP_req, "LED11=1")) {
LED_state[10] = 1; // Guar da o estado
digitalWrite(40, 0);
aux=1;
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED11=0")) {
LED_state[10] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(40, 1);
aux=0;
}
// LED 12 (pin 41) Cozinha
if (StrContains(HTTP_req, "LED12=1")) {
LED_state[11] = 1; // Guarda o estado
96
digitalWrite(41, 0);
aux=1;
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED12=0")) {
LED_state[11] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(41, 1);
aux=0;
}
// LED 13 (pin 42) WC Geral
if (StrContains(HTTP_req, "LED13=1")) {
LED_state[12] = 1; // Guarda o estado
digitalWrite(42, 0);
aux=1;
}
else if (StrContains(HTTP_req, "LED13=0")) {
LED_state[12] = 0; // Guarda o estado
digitalWrite(42, 1);
aux=0;
}

} //Fim dos Equipamentos

/////////////////////////////////// Leitura de variaveis analogicas

void XML_response(EthernetClient cl)


{
int analog_val; // stores value read from analog inputs
int count; // used by 'for' loops
int sw_arr[] = {14, 15, 16, 17, 18,19,20}; // pins interfaced to switches
int tp1,tpx,tp2,tpy,nt,nx,cor,cx;

cl.print("<?xml version = \"1.0\" ?>");


cl.print("<inputs>");
// read analog inputs

for (count = 8; count <= 9; count++) { // A8 to A9

cl.print("<analog>");
cl.print(tpr);
cl.println("</analog>");
}
cl.print("<loga>");
cl.print(hmd);
cl.println("</loga>");

cl.print("<analo>");
cl.print(con);
cl.println("</analo>");

cl.print("<ana>");
cl.print(conb);
cl.println("</ana>");

for (count = 0; count < 7; count++) {


cl.print("<switch>");

97
if (digitalRead(sw_arr[count])) {
cl.print("ON");
}
else {
cl.print("OFF");
}
cl.println("</switch>");
}

/////////////////////////////////////////////// Estado dos Check Box na pagina web


// Tomada 1
cl.print("<LED>");
if (LED_state[0]) {
cl.print("checked");
}
else {
cl.print("unchecked");
}
cl.println("</LED>");
// Tomada 2
cl.print("<LED>");
if (LED_state[1]) {
cl.print("checked");
}
else {
cl.print("unchecked");
}
cl.println("</LED>");
// Tomada 3
cl.print("<LED>");
if (LED_state[2]) {
cl.print("checked");
}
else {
cl.print("unchecked");
}
cl.println("</LED>");
// Tomada 4
cl.print("<LED>");
if (LED_state[3]) {
cl.print("checked");
}
else {
cl.print("unchecked");
}
cl.println("</LED>");
// Tomada 5
cl.print("<LED>");
if (LED_state[4]) {
cl.print("checked");
}
else {
cl.print("unchecked");
}
cl.println("</LED>");
// Portão
cl.print("<LED>");
if (LED_state[5]) {
98
cl.print("checked");
}
else {
cl.print("unchecked");
}
cl.println("</LED>");

//////////////////////// //////////////////////////// Mudança de Estados


// Quintal
cl.print("<LED>");
if (LED_state[6]) {
cl.print("on");
}
else {
cl.print("off");
}
cl.println("</LED>");
// Sala
cl.print("<LED>");
if (LED_state[7]) {
cl.print("on");
}
else {
cl.print("off");
}
cl.println("</LED>");
// Quarto 1
cl.print("<LED>");
if (LED_state[8]) {
cl.print("on");
}
else {
cl.print("off");
}
cl.println("</LED>");

// WC Quarto 1
cl.print("<LED>");
if (LED_state[9]) {
cl.print("on");
}
else {
cl.print("off");
}
cl.println("</LED>");

// Quarto 2
cl.print("<LED>");
if (LED_state[10]) {
cl.print("on");
}
else {
cl.print("off");
}
cl.println("</LED>");

// Cozinha
cl.print("<LED>");
99
if (LED_state[11]) {
cl.print("on");
}
else {
cl.print("off");
}
cl.println("</LED>");

// WC Geral
cl.print("<LED>");
if (LED_state[12]) {
cl.print("on");
}
else {
cl.print("off");
}
cl.println("</LED>");
cl.print("</input s>");
}

// Funcao q limpa os campos da pagina web

void StrClear(char *str, char length)


{
for (int i = 0; i < length; i++) {
str[i] = 0;
}
}
char StrContains(char *str, char *sfind)
{
char found = 0;
char index = 0;
char len;

len = strlen(str);

if (strlen(sfind) > len) {


return 0;
}
while (index < len) {
if (str[index] == sfind[found]) {
found++;
if (strlen(sfind) == found) {
return 1;
}
}
else {
found = 0;
}
index++;
}
return 0;
}

100
#include <SPI.h>
#include <MFRC522.h>
#include <Servo.h>

#define SS_PIN 53
#define RST_PIN 5
#define LED_G 36 //define green LED pin
#define LED_R 37 //define red LED
#define BUZZER 7 //buzzer pin
MFRC522 mfrc522(SS_PIN, RST_PIN); // Create MFRC522 instance.
Servo myServo; //define servo name

int limiteDisparo = 600;

// Ligue o LED ao pino digital 9


int led = 43;

// O fotoresistor (LDR) é conectado ao pino analógico 0


int sensor = A0;

// Armazena o valor de leitura analógica


int sensorValue = 0;

void setup() {
Serial.begin(9600); // Initiate a serial communication
SPI.begin(); // Initiate SPI bus
mfrc522.PCD_Init(); // Initiate MFRC522
myServo.attach(6); //servo pin
myServo.write(0); //servo start position
pinMode(LED_G, OUTPUT);
pinMode(LED_R, OUTPUT);
pinMode(BUZZER, OUTPUT);
noTone(BUZZER);
Serial.println("Put your card to the reader...");
Serial.println();
// Define o LED como uma saída
pinMode(led, OUTPUT);

// Define o fotoresistor como uma entrada


pinMode(sensor, INPUT);

// Inicia a comunicação serial com uma taxa de transmissão de 96 00 boud rate


Serial.begin(9600);
}

void loop(){

// Lê o valor atual do fotoresistor


sensorValue = analogRead(sensor);

// Se o valor estiver abaixo de um determinado "limite de disparo", então o LED liga, caso
contrário o LED permanece desligado

if (sensorValue < limiteDisparo) {


digitalWrite(led, LOW);
}
else {
digitalWrite(led,HIGH
101
);
}

// Imprime as leituras atuais no monitor serial da IDE do Arduino


Serial.print ("Leitura atual do sensor: ");
Serial.println(sensorValue);
delay(130);

// Look for new cards


if ( ! mfrc522.PICC_IsNewCardPresent())
{
return;
}
// Select one of the cards
if ( ! mfrc522.PICC_ReadCardSerial())
{
return;
}
//Show UID on serial monitor
Serial.print("UID tag :");
String content= "";
byte letter;
for (byte i = 0; i < mfrc522.uid.size; i++)
{
Serial.print(mfrc522.uid.uidByte[i] < 0x10 ? " 0" : " ");
Serial.print(mfrc522.uid.uidByte[i], HEX);
content.concat(String(mfrc522.uid.uidByte[i] < 0x10 ? " 0" : " "));
content.concat(String(mfrc522.uid.uidByte[i], HEX));
}
Serial.println();
Serial.print("Message : ");
content.toUpperCase();
if (content.substring(1) == "F3 38 96A 1A" || content.substring(1) == "21 D6 4D 1A")
//change here the UID of the card/cards that you want to give access
{
Serial.println("Authorized acces s");
Serial.println();
delay(500);
digitalWrite(LED_G, HIGH);
tone(BUZZER, 500);
delay(300);
noTone(BUZZER);
myServo.write(180);
delay(5000);
myServo.write(0);
digitalWrite(LED_G, LOW);
}
else {
Serial.println(" Access denied");
digitalWrite(LED_R, HIGH);
tone(BUZZER, 300);
delay(1000);
digitalWrite(LED_R, LOW);
noTone(BUZZER);
}
}

102

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