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REGIÃO ACADÉMICA III

UNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO
ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA DO ZAIRE/SOYO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO EM ENGENHARIA DE
ORGANIZAÇĀO E MANUTENÇĀO INDUSTRIAL

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA SERRA


INDUSTRIAL HORIZONTAL MODELO RF-1018B NO CENTRO DE FORMAÇÃO
MAPTSS DO ZAIRE/SOYO

Trabalho apresentado para obtenção do título de Licenciatura em


Engenharia de Organização e Manutenção Industrial

Autor: Casimiro Mavungo

SOYO, NOVEMBRO DE 2020


REGIÃO ACADÉMICA III
UNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO
ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA DO ZAIRE/ SOYO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO EM ENGENHARIA DE
ORGANIZAÇĀO E MANUTENÇĀO INDUSTRIAL

Trabalho de Fim de Curso apresentado à Escola Superior Politécnica do


Zaire/Soyo, como parte das exigências do curso de Engenharia de
Organização e Manutenção Industrial, para a obtenção do título de
Licenciatura.

Autor: Casimiro Mavungo


Tutor: MSc. Rafael Hechavarria Duany

No de Registro: _______ 2020

SOYO, NOVEMBRO DE 2020


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, primeiramente ao único supremo e soberano Deus, Jesus


Cristo por todas as maravilhas que tem operado na minha vida, aos meus pais
Agostinho Macaia (em memória) e Maria De Fátima Simba, com todo o meu
amor e gratidão, mesmo não podendo estar presente nesta data tão incrível e
único da minha vida, mas devo tudo a eles por terem sido a base no início da
minha formação, meus profundos agradecimentos à Deus por eles.

Aos meus irmãos e familiares, pelo apoio incondicional, à Imculada Da


Conceição Barros minha parceira querida e grande companheira por toda
paciência, compreensão, carinho e amor, aos meus amigos e colegas, que
sempre estiveram ao meu lado durante esta longa caminhada.

À Alfredo Duda Macaia, meu irmão responsável pela minha formação,aos


irmãos Afonso Luemba, Bernadino Lelo,Henrique Chicaia, à minha irmá
Josefina Kulungo, à Carlos Luemba meu Sobrinho e grande amigo que sempre
partilhou a cama comigo, às minhas sobrinhas Mimi, Isamália Pena (Tânia), oS
meus Putos Kaka, Fredinho,Shakur, Tonilson, à Irene e a Tílcia, à minha
amada Cunhada e amiga Maria de Fátima (Meury) que sempre me tratou como
irmão e por fim aos meus amigos do bairro Almeida Kuabi Ngó (Kaka) e Filomão
Muendo Martins (Don Fiston)

i
AGRADECIMENTOS

Em primeira instância, agradeço ao Altíssimo, por me ter dado o fôlego de vida e


o devido acompanhamento nesta difícil caminhada.Aos meus pais que me deram
esta linda esposa chamada escola

Ao meu orientador, Msc. Rafael Hechavarria Duany, pela sábia orientação,


paciência e disponibilidade, resultando no sucesso desta obra. A todos os
professores pelos ensinamentos durante os 5 anos de formação.

Corpulentos agradecimentos aos meus familiares, minha Mãe Maria De Fátima


Simba, minha irmã e meus irmãos especialmente aos irmãos Alfredo Duda
Macaia, João Macosso e Henrique Chicaia, a minha namorada Imaculada da
Conceição Barros por terem estado sempre presentes nos momentos que mais
precisei, apoiando em tudo que tivesse ao seu alcance.

Um especial agradecimentos aos colegas Dilo Bernardo, José A.Diolo,


Bernadeth Da Costa por diferentes e incríveis actos que nunca vou esquecer

E por último, mas não menos importante, agradeço os meus colegas de turma,
melhor turma da O.M.I, os meus amigos e colegas do lar dos estudantes, E a
todos que, directa ou indirectamente, contribuíram para que este sonho se
tornasse um facto.

ii
PENSAMENTO

“ Nem todos os optimistas são profissionais de sucesso. Mas todos os


profissionais de sucesso são optimistas.”

Sérgio Silbel Reis,publicado, citado por Joelmir Beting

iii
ÍNDICE

RESUMO................................................................................................................ vi

ABSTRACT ........................................................................................................... vii

INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1

CAPITULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA MANUTENÇÃO, MÉTODO


5W2H E A SERRA MECÂNICA ............................................................................. 6

1.1 História da manutenção ................................................................................ 6

1.2-Evolução da manutenção ............................................................................. 6

1.3-Manutenção estratégica ................................................................................ 8

1.4- Definição de manutenção ............................................................................ 9

1.5- Tipos de manutenção ................................................................................ 10

CAPÍTULO 2. ANÁLISES DOS RESULTADOS DOS INSTRUMENTOS


APLICADOS AOS DIRECTIVOS E PROFESSORES INSTRUTORES NO
CENTRO INTEGRADO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO
ZAIRE/SOYO. ...................................................................................................... 26

2.1. Enfoque metodológico utilizado ................................................................. 26

2.2- Caracterização do Centro Integrado de Emprego e Formação Profissional


do Zaire/Soyo. ................................................................................................... 28

2.3 População e Amostra .................................................................................. 29

2.4- Entrevista Feita na Direcção do Centro ..................................................... 33

CAPÍTULO III. PROPOSTA DO PLANO DE ACÇÃO PARA A MANUTENÇÃO


PREVENTIVA DA SERRA FITA HORIZONTAL NO CENTRO INTEGRADO DE
EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ZAIRE/SOYO ......................... 35

3.1 - Fundamentação Teórica do Plano de Acção ............................................ 35

3.2-Plano de Manutenção Preventiva ............................................................... 35

3.2 - Plano de acção 5W2H .............................................................................. 36

3.3 - Aplicação de 5W2H .................................................................................. 37

3.4 - Materiais e métodos.................................................................................. 38

3.5- Procedimentos de pré-operação CHECK LIST .......................................... 40


iv
3.6 - Manutenção preventiva dos itens da serra fita-2 ...................................... 46

3.6.1 - Nivelamento ........................................................................................... 46

3.6.2 - Limpeza e lubrificação ........................................................................... 46

3.6.3 - Barramentos e morsas ........................................................................... 47

3.6.4 - Mecanismo de tracção ........................................................................... 48

3.6.3.3 - Equipamentos eléctricos ..................................................................... 50

CONCLUSÃO....................................................................................................... 58

RECOMENDAÇÕES ............................................................................................ 60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 61

v
RESUMO
A manutenção aplicada nos activos de uma empresa é de vital importância para
que todo o processo ocorra nas melhores condições possíveis, garantindo,
segurança, qualidade e produtividade. E para que a manutenção aconteça de
forma correcta, são utilizados planos e controles de manutenção, que iram auxiliar
o sector e seus trabalhadores. Este trabalho buscou elaborar um plano de
manutenção baseado em 5W2H focado em manutenção preventiva, sobre a Serra
Fita Horizontais do Centro de Formação Profissional MAPTSS Zaire/Soyo. Para o
qual se desenvolvierom lhas tarefas seguintes: Pesquisa bibliográfica, preparação
do projecto, relatórios intermédios (estado da arte e tecnologias relevantes),
elaboração de ordens de execução; elaboração de planos de manutenção
preventiva; preparação e programação de paragens; companhamento dos
trabalhos de manutenção, tanto em paragem programada como de carácter
correctivo; elaboração de fichas técnicas de equipamentos e peças de reserva,
para atribuição de código de armazém; definição de stocks mínimos dos
equipamentos e peças de reserva, e identificação de equipamentos obsoletos e
elaboracao do plano. Com a utilização deste plano, pretende-se obter controlo
sobre todas as acções que acontecem ou aconteceram sobre o equipamento.
Junto disto, também elaborar um Check-List sobre a serra, a fim de obter um
feedback diário do equipamento e auxiliar na segurança do operador. Por fim,
será mostrado os danos provenientes da falta de cuidados com os equipamentos
e o custo que isso pode gerar a Centro.

Palavras-chave: Manutenção preventiva, plano de manutenção 5W2H,


manutenção em Serra Fita Horizontal, planeamento e controle de manutenção

vi
ABSTRACT
Maintenance applied in the assets of a company is vital vital importance for the
whole process in the best possible conditions, guaranteeing, security, and for
maintenance to happen correctly, plans and maintenance controls are used, which
will assist the sector and their workers. This work sought to elaborate maintenance
Based at 5w2h focused on preventive maintenance, on the horizontal ribbon of the
MAPTSS vocational training center for which they deserved as the following tasks:
bibliographic research, project preparation, Preparation and stop program;
Maintenance work, both in a scheduled stop and race; Elaboration of equipment
technical equipment and book parts, for assignment of warehouse code; Definition
of minimum stocks of equipment and parts of the Reset, and identification of
obsolete equipment and elaboration of the plan. With an use descent plan, a
promption is intended to control all as actions that accomplish or accomplish
surgery will survive. Next to this, also draw up a check of over a saw, a feedback
daily of equipment and assist in operator safety. Finally, damage comes from the
lack of equipment and the cost that provides a center.

Keywords: Preventive Maintenance, maintenance plan 5w2h, maintenance in


horizontal tape, plannely and Maintenance control.

vii
INTRODUÇÃO
Com o objectivo de desenvolver uma formação integral para seus alunos, o
Centro de Formação Profissional MAPTSS Zaire/Soyo procura repartir actividades
práticas aonde se apliquem os conhecimentos aprendidos, é por esta razão que o
centro conta com 2 oficinas mecânico, 2 de informática, 2 de electricidade e 1 de
solda.
Especificamente as Oficinas de mecânica, é uma convocação onde se
desenvolvem actividades práticas por parte dos alunos próprias de uma Oficina
de artilharia, quer dizer, simulam-se processos produtivos de mecanizado por
arranque de apara e de ensamble metálico, para isto se conta com equipas e
máquinas ferramentas essenciais para realizar certos trabalhos. Para isso é
fundamental definir um plano de trabalho que envolva o estudo das máquinas e,
posteriormente investigar temas relacionados com tipos e tácticas de manutenção
e modelos de hierarquização de activos. Logo se deve determinar o contexto
operacional da oficina, por isso é necessário definir o marco interno e externo no
que se desenvolvem as actividades e além se estabelece a situação em que se
encontram actualmente as máquinas. Esta informação se utiliza para seleccionar
a táctica de manutenção adequada, mediante a avaliação de diferentes aspectos
entregues pelo contexto operacional e a seguir se selecciona o modelo de
definição de criticidade dos activos nas oficinas finalmente, uma vez
hierarquizados os activos, entrega-se uma base para administrar a manutenção
sobre os activos definidos como críticos e semicríticos.

Descrição do Problema
Da inauguração do centro até a data as maquinas ferramentas, não se
administrou a Manutenção integral, por falta de pessoal especializado para esta
actividade, deficiências de peças de reposição, ferramentas e equipes
especializados para esta actividade assim como por falta de estratégia de
manutenção e pressuposto para ajudar estes gastos. É assim como em quase a
totalidade de ocasiões se repara quando um elemento falha e isto gera um
enguiço de tipo funcional da equipe, quer dizer se realiza uma manutenção
correctiva, o qual não assegura disponibilidade das equipes, aumenta os custos
de manutenção e aumenta o risco para os alunos e funcionários da oficina.
1
Apesar da baixa ocupação semanal que possui a oficina, não se revisa a estado
das equipes, assim como tampouco se realizam inspecções periódicas de
componentes críticos das máquinas, pelo qual se desconhece a condição actual
das máquinas, apesar disto. Em ocasiões os professores instrutores de acordo a
suas experiências e possibilidades realizam manutenção correctiva, mas de
maneira bastante elementar, quando notam algum sintoma de anomalia na
máquina, já sejam ruídos, vibrações, desbalanceo na rotação do eixo, etc. Um
segundo problema que se identifica no estabelecimento, é que a Oficina não
conta com um registro formal dos enguiços de suas equipes. O professor instrutor
tem a noção de quando ocorreu um evento em sua área em particular, mas não
se realiza nenhum registro nem se informa ao director do centro. Finalmente se
identifica um problema de gestão da manutenção, já que não se conta com um
sistema de administração do trabalho, assim como tampouco se utilizam ordens
de trabalho para registrar as tarefas de manutenção que foram desenvolvidas por
agentes externos contratados, por isso se reconhece por parte dos trabalhadores
do lugar, que existe certa confusão ao momento de realizar tarefas preventivas
básicas, já que se desconhece em qual máquina foi realizado um trabalho e em
qual não.
É por estas três razões, que mediante a proposta de um plano de manutenção
preventiva se pretende minimizar as ocorrências de falhas e as avarias.
Justificativa
O Centro de Formação MAPTSS do Zaire/Soyo, não possui um planeamento com
relação a manutenção preventiva da serra fita horizontal e muito menos um
check-list, utilizado antes de iniciar as actividades. Toda falha ou defeito que
acontece, cria contratempos, que de forma lógica, atrapalham muito o processo
de instrução, já que diminuem a disponibilidade do equipamento para um eficiente
desempenho. Segundo Oliveira (2008), a redução das perdas e dos custos nos
processos produtivos é essencial para que as organizações se mantenham
competitivas. Dessa forma, a indisponibilidade dos equipamentos e as perdas de
produtividade devem ser minimizadas ao extremo, para que as indústrias
produzam com flexibilidade e atendam as demandas do mercado. É fácil vermos
então que este ponto necessita de estudo imediato, a menor das melhorias já
poderá provocar um ganho de produção, qualidade e agilidade.
2
A serra do Centro de Formação Profissional e utilizada com muita frequência, e a
manutenção acaba sendo esquecida, devido a necessidade de produção.
Problemas derivados desse esquecimento, acarretam em processos
problemáticos, o que diminui a confiabilidade do equipamento, e conforme esses
problemas se agravam, a disponibilidade também é afectada, tudo isso devido à
falta de organização e de um planeamento de manutenção. Acorde com a
observação e conversação com lhos professores instrutores conhecemos que as
avarias que acontecem com maior frequência são:
1- Sobrecarga do motor da serra:
2- A fita de serra para quando esta serrando, mas o motor da serra
funciona
3- Ruptura de dentes – Ruptura da fita serra
A implementação correcta da manutenção preventiva na máquina serra de cinta
do Centro de Formação MAPTSS do Zaire/Soyo, é uma das formas, se não a
melhor, para manter o equipamento funcional, prolongar a sua vida útil, e garantir
a conservação do meio ambiente, que é uma das maiores exigências actual para
o mundo industrial.
Apresentação
O presente trabalho tem como finalidade o estudo de uma Proposta de plano de
manutenção preventiva BASADO NAS 5S para diminuição de falhas na serra
industrial de cinta do centro de formação MAPTSS do Zaire/Soyo
Contribuição prática:
O trabalho que se apresenta é uma contribuição modesta para a melhoria dos
serviços de manutenção deste equipamento de alto custo financeiro e de capital
importância para o desenvolvimento do centro de formação, e muito mais.
Problema científico
De acordo com esta problemática surge a seguinte problema: Como contribuir a
diminuição das falhas na Serra Industrial Horizontal de cinta do Centro de
Formação Profissional MAPTSS do Zaire/Soyo?
Objecto de estudo
Serra Industrial Horizontal de cinta do Centro de Formação MAPTSS do
Zaire/Soyo
Objectivo geral
3
Elaboração de um plano de manutenção preventiva baseado no método 5W2H,
da Serra Industrial de cinta do Centro de Formação MAPTSS do Zaire/Soyo
Objectivos específicos
1-Estudo sobre manutenções e método 5W2H.
2-Levantamento de informações procedimentos de manutenção preventiva e
estado actual da serra fita horizontais.
3-Elaboração de um check-list, a partir de pré-procedimentos de operação.
4-Criação de um plano de manutenção utilizando 5W2H.
5-Implantação do check-list.

Campo de ação
Plano de manutenção preventiva da Serra Industrial de cinta do Centro de
Formação Profissional MAPTSS do Zaire/Soyo
Hipóteses
Se se fazer um Plano de Manutenção preventiva baseado no método 5W2H, se
pode prevenir as falhas e estender a vida útil da Serra Industrial de cinta do
Centro de Formação Profissional MAPTSS do Zaire/Soyo
Métodos empegados na pesquisa
Em função de dar cumprimento ao objectivo geral proposto utilizou-se como
métodos científicos de investigação os seguintes:

De Nível Teórico
Análises e sínteses: Para decompor em parte e qualidades o processo de
manutenção, revelando às possível causa das falhas.
Indução - dedução: Para o estudo dos casos particulares, para conhecer o grau
de falhas ocorridos na serra industrial de cinta do Centro de Formação MAPTSS
do Zaire/Soyo
Hipotético dedutivo: Para a partir de uma hipótese, e seguindo regras lógicas de
em dedução, chegar a novas manutenções, conclusões e predições empíricas, a
que a sua vez, serão verificadas.
Histórico lógico: Para estudar a trajectória de manutenção fundamentalmente
serra industrial de cinta do Centro de Formação MAPTSS do Zaire/Soyo, tendo
em conta os tipos de manutenção estabelecidos.
Modelação: Para a elaboração do plano de acção de manutenção preventiva serra

4
industrial de cinta do Centro de Formação MAPTSS do Zaire/Soyo
De Nível Empíricos

Observação: Para às observações do estado da Serra Industrial de Cinta do


Centro de Formação MAPTSS do Zaire/Soyo, assim como o tratamento que
recebem.
Pesquisa aos trabalhadores: Para determinar seus conhecimentos sobre os
diferentes tratamentos que se realizam na empresa, assim como o tipo de
manutenção que executam.
Entrevista: Realiza-se o director do centro sobre a Serra Industrial de Cinta do
Centro de Formação Profissional MAPTSS do Zaire/Soyo, para nos actualizarmos
sobre o regime de trabalho e seu rendimento, assim como das principais falha
que possa ter durante o processo de corte.
Estrutura do trabalho

O Capítulo 1 abordará a Marco teórico do objecto e campo da investigação


do ponto de vista histórico e tecnológico, aprofundando na importância do
conhecimento do tema de sistema de gestão de manutenção da serra. Analisar se
as características do sistema de gestão de manutenção da serra de acordo a
orientação do fabricante, o diagnóstico do estado da Serra Industrial Horizontal de
cinta do Centro de Formação MAPTSS do Zaire/Soyo e determinar-se a relação
de funcionalidade da serra.

O Capítulo 2 tratará sobre a projecção, elaboração e utilização de plano de


manutenção da serra industrial horizontal do Centro de Formação MAPTSS do
Zaire/Soyo.

O Capítulo 3 tratará sobre a utilização de plano de manutenção e avaliação da


eficiência e confiabilidade na exploração e operação da serra industrial horizontal
com a elaboração do plano de manutenção preventiva baseado no método 5W2H

5
CAPITULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA MANUTENÇÃO, MÉTODO
5W2H E A SERRA MECÂNICA

1.1 História da manutenção


A conservação de instrumentos e ferramentas é uma prática observada,
historicamente, desde os primórdios da civilização, mas, efectivamente, foi somente
após a invenção das primeiras máquinas têxteis, a vapor, no século XVI, que a
função da manutenção emergiu.
Naquela época, aquele que projectava as máquinas, treinava as pessoas para
operarem e consertarem, intervindo apenas em casos mais complexos. Até então, o
operador era o responsável pela manutenção. Somente no século passado, quando
as máquinas passam a ser movidas, também, por motores eléctricos, é que surgiu a
figura do electricista de manutenção.
Assim, com a necessidade de se manter em bom funcionamento todo e qualquer
equipamento, ferramenta ou dispositivo para uso no trabalho, em épocas de paz, ou
em cenários bélicos em tempos de guerra, houve a consequente evolução das
formas de manutenção.
Na era moderna, após a Revolução Industrial, Fayol propõe seis funções básicas na
empresa, destacando a função técnica, relacionada com a produção de bens ou
serviços, da qual a manutenção é parte integrante.
Segundo Monchy, "o termo "manutenção" tem a sua origem no vocabulário militar,
cujo sentido era "manter, nas unidades de combate, o efectivo e o material num nível
constante". É evidente que as unidades que nos interessam no presente trabalho
são as unidades de produção, e o combate é antes de tudo económico. O
aparecimento do termo "manutenção" na indústria ocorreu por volta do ano 1950 nos
Estados Unidos da América. Em França, esse termo sobrepõe-se progressivamente
à palavra "conservação".

1.2-Evolução da manutenção
Moubray (1997) e Siqueira (2009) dividem a evolução da manutenção em três
gerações distintas, onde cada geração corresponde a um período tecnológico de
produção, resultando em novos conceitos, filosofias e atividades de manutenção.
A figura 1 apresenta as três gerações da manutenção e o enfoque de cada uma.

6
Figura 1: Evolução temporal da manutenção
Fonte: MOUBRAY, John (1997)
 Primeira Geração
O desenvolvimento técnico da manutenção é acompanhado pela história da
humanidade, tendo seu início com a invenção da máquina a vapor de James Watt
(1736-1819), quando houve a necessidade de reparo das primeiras máquinas
industriais (DHILLON, 2006; TAVARES, 1999). A primeira geração estende-se até
a Segunda Guerra Mundial, caracterizada por uma indústria altamente
mecanizada, com sistemas simples e de capacidade superdimensionada, onde o
desempenho não era um factor crucial, permitindo tempos inactivos do sistema.
Como consequência, as actividades de manutenção se resumiam a correctivas
executadas após uma falha ou defeito e rotinas operacionais como actividades de
limpeza, controle e lubrificação (MOUBRAY, 1997; SIQUEIRA, 2009).
 Segunda Geração
O ponto de partida para a segunda geração foi o período pós-guerra, final dos
anos 50, marcado pela grande demanda de produtos, serviços e pela escassez
de mão-de-obra especializada. Isso acarretou uma mecanização ainda maior do
processo de produção, que com a disseminação da linha de produção contínua,
apresentava máquinas mais numerosas e complexas, aumentando os custos
relacionados à manutenção (MOUBRAY, 1997; SIQUEIRA, 2009). Estes factores
criaram uma expectativa em relação ao desempenho das máquinas, evidenciando
a necessidade de garantir sua confiabilidade e disponibilidade, visando atender a
demanda de produção e diminuir os custos operacionais decorrente das falhas
(KARDEC e NASFIC, 2009).

7
Terceira Geração
A partir da década de 70, as técnicas de manutenção oriundas da primeira e
segunda geração, mostram-se pouco eficientes frente às novas exigências dos
processos de produção, e da automação ocorrida nas indústrias. A utilização do
sistema “just-in-time”, onde se trabalha sempre com o menor estoque possível,
agravou as consequências que uma falha poderia causar sobre toda a produção
(KARDEC e NASFIC, 2009; MOUBRAY, 1997; SIQUEIRA, 2009). Conforme
Moubray (1997) nessa geração os sistemas começaram a ser projetados para
trabalhar com uma maior precisão, sendo dimensionados nos limites
operacionais, aumentando a importância da disponibilidade e confiabilidade,
visando elevar o padrão de produtividade e de qualidade. Siqueira (2009)
observa que com a automação, aumentou-se a possibilidade de ocorrer uma falha
ou defeito, em razão à introdução de novas tecnologias. Shenoy e Bhadury (2005)
afirmam que para fazer jus a essas expectativas, exigiu-se da manutenção um
desenvolvimento visando garantir que os equipamentos continuarão a
desempenhar as suas funções a um gasto mínimo de recursos.

1.3-Manutenção estratégica
Kardec e Nascif (1999) mencionam que a manutenção, para ser estratégica,
precisa estar voltada para os resultados empresariais da organização e que a
manutenção deve se tornar eficaz, ao invés de ser apenas eficiente. A estratégia
actual é fazer com que o trabalho dos funcionários da manutenção se restrinja a
programações, e não mais a reparos emergenciais, que o equipamento não pare
durante um processo, que ele pare apenas nas programações, e nesse intervalo
de tempo ele opere em perfeitas condições. Mirshawka (1991) defende ainda que
a produtividade de 365 dias ao ano somente ocorrerá em máquinas onde a
actividade directa do homem da produção, no conceito actual, praticamente será
nula.
Takahashi (1993) comenta que a inovação simplificou os processos de
manufactura, aprimorou o projecto e a qualidade de produção e diminuiu o nível
de especialização necessário às operações ainda executadas manualmente. O
autor afirma ainda que com essa mesma inovação, as máquinas e equipamentos

8
tornaram-se mais avançados, aumentando o número de peças, dificultando a
eficiência das manutenções correctivas e a prevenção de avarias. Sendo assim, é
imprescindível garantir não apenas que as peças sejam projectadas garantindo
confiabilidade, assim as actividades de Manutenção são essenciais para manter
essa sistematização (TOYODA apud TAKAHASHI, 1993).

1.4- Definição de manutenção


Pode-se definir a manutenção como o conjunto das acções destinadas a assegurar o
bom funcionamento das máquinas e das instalações, garantindo que são
intervencionadas nas oportunidades e com alcance certo, de forma a evitar que
avariem ou baixem o seu rendimento e, no caso de tal acontecer, que sejam
repostas em boas condições de operacionalidade com a maior brevidade, tudo a um
custo optimizado.
A manutenção é a combinação das acções de gestão, técnicas e económicas,
aplicadas aos bens para a optimização dos seus ciclos de vida, entendendo-se por
bem o produto concebido para assegurar uma determinada função. A manutenção
traduz-se, portanto, no conjunto das reparações e reacondicionamentos necessários
para compensar a deterioração e desgaste provocados pelo movimento relativo das
peças, pela oxidação ou perda de função dos equipamentos, matérias ou seus
elementos protectores. A boa manutenção consiste em assegurar todas estas
operações a um custo global optimizado.
Reconhece-se, hoje, na manutenção uma das áreas mais importantes e actuantes
da actividade industrial através do seu contributo para o bom desempenho produtivo,
a segurança, a qualidade do produto, as boas relações interpessoais, a imagem da
empresa, a rentabilidade económica do processo produtivo e a preservação dos
investimentos
As acções de manutenção têm sofrido grandes mudanças nos últimos tempos. O
aumento de complexidade e a grande inserção da automação para os mais diversos
sistemas de produção, enfatizam a grande importância da manutenção para os mais
diversos sistemas, a fim de mantê-los em níveis de desempenho desejados, reduzir
paralisações não planeadas e os altos custos provenientes destas.

9
1.5- Tipos de manutenção

Figura 2:: Evolução temporal da manutenção


Fonte: MOUBRAY, John (1997)

Algumas práticas básicas definem os principais tipos de manutenção que são:


(KARDEC e NASCIF, 1999)

- Manutenção correctiva não-planejada;


- Manutenção correctiva planejada;
- Manutenção preventiva;
- Manutenção preditiva;
- Manutenção detectiva;
- Engenharia de Manutenção.

1.5.1- Manutenção Correctiva não Planejada

Ao actuar em um equipamento que apresenta um defeito ou um desempenho


diferente do esperado, estamos fazendo manutenção correctiva. Assim, a
manutenção correctiva não é necessariamente, a manutenção de emergência.
Convém observar que existem duas condições específicas que levam à manutenção
correctiva (KARDEC e NASCIF, 1999):

1-Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis


operacionais;
2-Ocorrência da falha.
Manutenção correctiva caracteriza-se pela actuação em fato já ocorrido, seja este
uma falha ou um desempenho menor do que o esperado. Não há tempo para
10
preparação do serviço. Infelizmente, ainda é mais praticada do que deveria
(KARDEC e NASCIF, 1999).

1.5.2- Manutenção Correctiva Planejada

A Manutenção Correctiva Planejada é a correcção do desempenho menor do que o


esperado ou da falha, por decisão gerencial, isto é, pela actuação em função de
acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a quebra. Um trabalho
planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do que um trabalho não
planejado. E será sempre de melhor qualidade (KARDEC e NASCIF, 1999). A
adopção de uma política de manutenção correctiva planejada pode advir de vários
factores (KARDEC e NASCIF, 1999):

- Possibilidade de compartilhar a necessidade da intervenção com os interesses da


produção;
- Aspectos relacionados com a segurança. A falha não provoca qualquer situação de
risco para o pessoal ou para a instalação;
- Melhor planeamento de serviços;
- Garantia de existência de sobressalentes, equipamentos e ferramental;
- Existência de recursos humanos com a tecnologia necessária para a execução dos
serviços

1.5.3- Manutenção Preventiva

Kardec e Nascif (1999) tratam a manutenção preventiva como uma actuação


realizada que visa reduzir ou evitar, tanto a falha quanto a queda de desempenho,
obedecendo a um plano estratégico previamente elaborado, e baseado em
intervalos de tempo definidos. Ratificando a definição anterior, Mirshawka (1991)
define manutenção preventiva como sendo a ação efectuada segundo critérios
predeterminados, com a intenção de se reduzir a probabilidade de falha de um bem.
Nela a intervenção é feita em intervalos fixos, baseada em uma expectativa de vida
mínima dos componentes. Estes intervalos são frequentemente determinados pela
estatística e pela teoria da Probabilidade.

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A manutenção preventiva será mais conveniente quanto maior for a simplicidade na
reposição; quanto mais altos forem os custos de falhas; quanto mais as falhas
prejudicarem a produção e quanto maiores forem as implicações das falhas na
segurança das pessoas e no sistema operacional (KARDEC e NASCIF, 1999). Para
Black (1991), a manutenção preventiva é uma tarefa que projecta e aumenta a
confiabilidade do equipamento. Sua programação deve ser designada ao engenheiro
de produção, mantendo um alto nível de flexibilidade em blocos de tempo ou nos
finais de semana, para não interferir na produtividade da empresa. O autor comenta
alguns inconvenientes que podem surgir caso não haja uma manutenção preventiva
eficiente, tais como:

- Perder tempo da produção devido a quebras de equipamento;


- Redução da vida útil do equipamento;
- Acidentes relacionados com segurança devido ao mau funcionamento do
equipamento;
- Variação da qualidade do produto.

1.5.3.1 Objectivos de manutenção preventiva

Os objectivos visados pela manutenção preventiva são:

1-Aumentar a fiabilidade de um equipamento, reduzindo as avarias em serviço:


redução de custos devido a avarias, aumento da disponibilidade
2-Aumentar a duração de vida eficaz de um equipamento
3-Melhorar o planeamento dos trabalhos, logo as relações com a produção
4-Reduzir e regularizar a carga de trabalho
5-Facilitar a gestão de stocks (consumos previstos)
6-Assegurar a segurança das intervenções (menos improvisos)
7-Reduzir os acontecimentos fortuitos, melhorar o clima de relações humanas
(uma avaria imprevista é sempre causa de tensões).

1.5.3.2 Importância da manutenção preventiva

A importância de manutenção preventiva, como plano de substituição dos


equipamentos, reside no facto de que todos os equipamentos falham e estas
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falhas geram consequências nos processos produtivos; consequências estas, que
nem sempre são da mesma gravidade. Nos sistemas de produção de bens, as
falhas significam: atraso de produção, trabalho extra, ineficiência, desperdício de
investimento, horas extras; uma série de prejuízos que podem ser traduzidos em
unidades monetárias, através do custo que, na maioria das vezes não atinge os
clientes. Por outro lado, principalmente em sistemas de produção de serviços, a
falha tem uma conotação bastante negativa e é de percepção imediata por parte
do cliente. Neste sentido, a elevada fiabilidade não é unicamente desejável; é
essencial. Passa a ser um objectivo necessário que reduz a probabilidade de uma
falha ocorrer numa determinada duração de tempo e sobre condições
predeterminadas. Contudo, nos sistemas de produção de bens e, principalmente,
nos sistemas de produção de serviços, deseja-se antecipar as falhas, uma vez
que os prejuízos advindos destas são diversos e muitas vezes difíceis de serem
mensurados.

1.5.3.3 Vantagens da manutenção preventiva

Pode-se afirmar que existem muitas vantagens em aplicar uma manutenção


preventiva e as vantagens são:

1-Redução da perda de produção, o que equivale à redução dos custos de fabrico

2-Mudança de manutenção de reparações por avarias para manutenção planeada


mais económica e eficaz, com um melhor controlo de trabalho e que reduz as
horas extraordinárias devido à urgência

3-Conhecimento do custo da conservação de cada equipamento de trabalho, pelo


que é fácil detectar as actividades com elevados custos de manutenção, o que
leva à investigação e correcção das causas (más condições, condições de
trabalho anormais)

4-Redução do pessoal de manutenção. É o resultado da ordem e máxima


utilização da capacidade de trabalho do pessoal durante o ano de trabalho

5-A redução do custo das reparações por simples reparações levadas a cabo
antes de uma avaria, necessitando de menos tempo de trabalho menos

13
sobressalentes e interrupções mais curtas, visto que as paralisações planeadas
substituem aquelas que têm de se fazer forçosamente devido a avarias

1.5.3.4 Fases para implementação da manutenção preventiva

Pôr a funcionar a manutenção pressupõe desenvolver esforço em duas áreas


distintas:

Primeira fase: Construir a informação base de manutenção.

Segunda fase: Implementar os processos de gestão do dia-a-dia.

Na primeira fase, organiza-se, pesquisa-se, registam-se elementos, ajustam-se,


fazem-se planos de manutenção, mas tudo se mantém estático.

Na segunda fase, põe-se a gestão a funcionar: passam-se as ordens de trabalho


para a área de intervenção técnica, registam-se as realizações, apontando-se a
mão-de-obra e os materiais, analisam-se os programas de trabalho, decide-se as
datas da sua realização. É a fase de adaptação das pessoas a novos
procedimentos e a uma nova disciplina de trabalho. É também a fase de
adaptação do estilo de gestão idealizado na primeira fase à realidade concreta da
empresa.

É essencial para pôr a funcionar um sistema de gestão de manutenção:

• Estabelecer um plano de realização realista;

• Incumbir um responsável da empresa pela sua concretização;

• Perseguir o plano e avaliar periodicamente o progresso.

A manutenção preventiva deve ser programada de forma cíclica, com


inspecções preventivas. A manutenção deve ser organizada antes da intervenção
pois só desta forma obteremos a vantagem que nos dá uma manutenção
preventiva.

Os programas de manutenção devem incluir sempre as seguintes actividades


básicas:

14
• Inspecção periódica de máquinas e instalações, para revelar as condições que
possam causar paralisações da produção ou utilização de peças;

• Manter a maquinaria e as instalações de modo a evitar estas condições,


reparando-se enquanto os dados são pouco importantes;

Para finalizar, para que qualquer plano de manutenção preventivo tenha êxito,
deve ser bem planificado e deve ser sempre actualizado, também deve incluir
outras funções de manutenção como trabalho de oficina bem organizado,
planificação do trabalho e sua medição, formação do pessoal, entre outros.

1.5.4- Manutenção Preditiva

A manutenção preditiva visa realizar manutenção somente quando as instalações


precisarem dela. Essa manutenção pode incluir monitoramentos contínuos que
serviriam de base para uma eventual programação (SLACK; CHAMBERS;
JOHNSTON, 2002). Neste tipo de manutenção, há a necessidade do
comprometimento dos operadores, que serão os responsáveis pelo
monitoramento do desempenho do equipamento, e é baseado nas informações
do operador que será dado o sinal para a necessidade de uma intervenção.
Assim, Kardec e Nascif (1999) afirmam que a manutenção preditiva é feita pelo
acompanhamento das funções do equipamento, sendo esta a primeira grande
quebra de paradigma na manutenção. Com esse acompanhamento é possível
predizer as condições dos equipamentos e assim decidir o período correcto para
a realização de uma manutenção correctiva planejada.

1.5.5- Manutenção Detectiva

Esse conceito surgiu com as inovações produtivas realizadas pelos japoneses.


Sua ideia está baseada no princípio de que os erros humanos são inevitáveis até
certo grau, e que antes da falha, dispositivos alertem uma operação incorrecta.
Esses dispositivos incorporados ao sistema são chamados Poka-yoke, que
podem ser sensores, interruptores, gabaritos, contadores digitais, listas de
verificação, etc. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).

15
Segundo Kardec e Nascif (1999), a manutenção detectiva é a actuação feita com
sistemas de protecção para detectar falhas ocultas ou não perceptíveis. Sistemas
projectados para actuar automaticamente na iminência de desvios que possam
comprometer as máquinas ou a produção.

1.5.6- Engenharia de Manutenção

Kardec e Nascif (1999) definem engenharia de manutenção como um processo


de mudança cultural, onde é preciso deixar de ficar consertando continuamente,
tentar alterar situações de mau desempenho e melhorar padrões e sistemática.
Nesta técnica desenvolvem-se métodos de manutenção baseados em técnicas
usadas em empresas de Primeiro Mundo, visando aumentar a competitividade.
Contrariando Kardec e Nascif (1999), Black (1991) defende que copiar técnicas
de outras empresas não é uma boa estratégia. Este menciona que a empresa
deve fazer pesquisas e desenvolver tecnologia de manufactura, considerando
desde o projecto até a selecção do equipamento a ser comprado.

 Plano de trabalho
O presente trabalho seguiu um plano previamente definido pelo orientador do
trabalho de fim de carreira que define o seguinte conjunto de tarefas:

1. Pesquisa bibliográfica, preparação do projecto, relatórios intermédios (estado


da arte e tecnologias relevantes).

2. Tarefas a desenvolver no âmbito do estágio do curso no Departamento de


Ensinamento Prático no Centro de Formação Professional, nomeadamente a
colaboração nas seguintes áreas:

a. Elaboração de ordens de execução;

b. Elaboração de planos de manutenção preventiva;

c. Preparação e programação de paragens;

d. Acompanhamento dos trabalhos de manutenção, tanto em paragem


programada como de carácter correctivo;

16
e. Elaboração de fichas técnicas de equipamentos e peças de reserva, para
atribuição de código de armazém;

f. Definição de stocks mínimos dos equipamentos e peças de reserva, e


identificação de equipamentos obsoletos;

3. Resultados experimentais relativo às soluções implementadas.

4. Relatório final definitivo do projecto.

 Modelo TPM

O modelo TPM surgiu na década de 1970 na indústria japonesa, introduzida por


Seiici Nakajima, trazendo um impacto positivo na economia do país (Cardoso,
1999).

Este modelo de gestão de manutenção tem por objectivo a procura da máxima


eficiência do sistema de produção, com a participação de toda a estrutura da
empresa.

Segundo Ferreira (1998), um dos pressupostos do modelo TPM é a colaboração


de todos os elementos, desde a gestão de topo até aos operadores, tendo como
ponto-chave a motivação e formação dos funcionários.

Esta metodologia baseia-se na manutenção preventiva, e tem como principal


objectivo a redução de tempos de paragem relacionadas com intervenções
programadas e não programadas, bem como do número de avarias nos
equipamentos. (Nakajima 1988)

. Segundo Cardoso (1999) e Cabrita e Silva (2002), este modelo é caracterizado


pelos seguintes princípios:

 Envolvimento e participação de todo o pessoal, desde o topo da hierarquia


até à base, com o objectivo de melhorar de uma forma contínua a eficiência
global, ao procurar as causas de perda mais significativas;

 Envolvimento de toda a estrutura no processo, em particular dos


departamentos com maior participação no ciclo de vida dos equipamentos;

17
 Estabelecimento de planos de manutenção preventiva, abrangendo o ciclo
de vida dos equipamentos, promovendo melhorias nos mesmos;

 Promoção do estudo e análise das avarias e procura de soluções que as


evitem, através de grupos de actividade autónoma;

Promoção da execução de operações de manutenção e limpeza, não só por


chefias ou técnicos mais qualificados, mas também pelos operadores dos
equipamentos, promovendo a formação de todo o pessoal.

Este método pretende que as organizações alcancem a maior disponibilidade


possível dos equipamentos, através da redução ou eliminação de perdas
originadas por:

- Avarias;

- Mudanças e ajustes nas linhas de produção para alteração do produto;

- Redução da cadência dos equipamentos em relação ao seu valor nominal;

- Perdas resultantes dos períodos de arranque.

Assim, a Função Manutenção deixa de ser vista como uma acção não produtiva,
passando a assumir um papel fundamental na organização (Cabrita e Silva,
2002).

Consideram-se seis grandes perdas que diminuem o desempenho global dos


processos produtivos e que o modelo TPM procura eliminar, dividindo-se estas
em três grandes grupos (Cabrita, 2003):

- Tempos de paragem: o Paragens com origem em avarias do equipamento; o


Paragens para reposição dos valores de origem, afinações e regulações;

- Perdas de velocidade: o Reduções na velocidade da linha de produção,


através da redução da cadência dos equipamentos; o Operações em vazio e
pequenas paragens;

18
- Defeitos: o Defeitos inerentes ao processo, devido ao fabrico de produtos
defeituosos; o Redução do processo produtivo, motivada pelo arranque dos
equipamentos.

Segundo Cabrita e Silva (2002), os oito pilares do modelo TPM podem ser
caracterizados da seguinte forma:

- Manutenção autónoma;

- Manutenção planeada;

- Melhorias individualizadas;

Controlo inicial;

- Manutenção e qualidade;

- Formação e treino;

- Higiene, segurança e ambiente;

- TPM nos escritórios.

A figura 3 apresenta os oito pilares do modelo TPM:

Figura 3:Oito pilares de modelo TPM.


Fonte: MOUBRAY, John (1997)

No que respeita à manutenção autónoma, esta deve ser efectuada através


de uma estruturação de um sistema em oito passos:
19
1-Limpezas;
2-Localização das fontes de sujidade;
3-Tornar o equipamento mais fácil de limpar;
4-Padronização das actividades de manutenção;
5-Aprendizagem das práticas de inspecção-geral;
6-Condução da inspecção autónoma;
7-Organização das áreas de trabalho;
8-Início da verdadeira autogestão diária.

No que respeita à manutenção planeada, devem ter-se em consideração os


seguintes aspectos:

1-Manutenção diária;
2-Manutenção baseada na condição;
3-Manutenção Planeada
4-Melhorias individualizadas
5-Controlo das peças de reposição e de reserva;
6-Análise de falhas e prevenção da reincidência;
7-Controlo da lubrificação.

O pilar referente às melhorias individualizadas nos equipamentos, tem por


objectivo o aumento da eficiência, destacando-se as seguintes:

1-Reconhecimento e identificação das perdas de produção;


2-Cálculo da eficiência do equipamento e determinação dos objectivos;
3-Análise dos fenómenos e revisão dos factores associados;
4-Procura do perfil ideal do equipamento e da produção.

Em relação ao controlo inicial, entende-se como sendo o controlo de


determinado equipamento em fase de projecto e comissionamento, devendo
ter-se em consideração os seguintes pontos:

1-Determinação dos objectivos de projecto e de desenvolvimento: o Fácil de


produzir; o Fácil de garantir qualidade; o Fácil de manter;
2-Estudo do ciclo de vida;
3-Controlo inicial de equipamentos e produtos.
20
No que concerne ao pilar manutenção e qualidade, considerem-se os
seguintes aspectos:

1-Confirmação do padrão para as características da qualidade, reconhecimento


das causas e dos defeitos, bem como a avaliação dos seus valores reais;
2-Garantia de qualidade do produto;
3-Análise do processo e da sua influência na qualidade;
4-Investigação e análise das situações de inconformidade;
5-Determinação da influência da mão-de-obra, do material e máquinas na
qualidade

A formação e o treino visam a melhoria das competências dos


colaboradores da produção e da manutenção, dando-se ênfase aos
seguintes aspectos:

1-Passos para a manutenção de primeira linha;


2-Utilização de ferramentas;
3-Manutenção de transmissões;
4-Prevenção de fugas;
5-Manutenção dos equipamentos pneumáticos e hidráulicos;
6-Manutenção de sistemas eléctricos.

O pilar referente à higiene, segurança e ambiente constitui a implementação


de medidas de segurança para a protecção dos colaboradores no que
respeita aos acidentes de trabalho, a promoção de um ambiente de trabalho
saudável, bem como os cuidados com a higiene e saúde dos colaboradores.

A implementação do modelo TPM nos escritórios, traduz-se em actividades de


manutenção autónoma e implementação de medidas de melhoria individual e
contínua.

Segundo os mesmos autores, o sucesso da implementação da metodologia TPM


depende da valorização dos recursos humanos da organização, o que exige
níveis de formação distintos, tanto em intensidade como em conteúdo, consoante
o nível técnico e hierárquico a que se destina.

21
1.5.6.1Tipos de Serras Mecânicas

- Serra alternativa de folha (figura 4): São máquinas que simulam a operação
de serrado manual. Constam de uma bancada partidária sobre a que descansa
um arco articulado de grandes dimensione que sujeita uma folha de serra e que
está dotado de movimento alternativo graças a um mecanismo biela-manivela
impulsionado por um motor eléctrico. Sobre a bancada partidária se dispõem
umas mordaças para sujeitar a barra de material que vai se cortar. A altura do
arco se pode ajustar ao início do corte, e dispõe de um mecanismo automático de
te trinque que faz descender ligeiramente a serra em cada carreira de avanço,
para que possa encontrar novo material que cortar.

Figura 4: Serra alternativa


Fonte: Revista sobre a serra Industrial. Vol.4, n.2, 2008.

– Serras de vaivém (figura 5): São ferramentas com uma folha, similar a da
serra manual, que se acopla ao corpo da máquina mediante uniões atarraxadas.
O serrado se realiza graças ao movimento de vaivém de sua folha, e podem ser
eléctricas ou pneumáticas.

Figura 5: Serra vaivém


Fonte: Revista sobre a serra Industrial. Vol.4, n.2, 2008

22
– Serras de cinta (figura 6): São máquinas constituídas por uma bancada
partidária dividida em duas partes: a parte superior tem forma de bandeja e
recolhe o líquido lhe refrigerem, e a parte inferior conta com uma mesa com
mordaças para a sujeição das peças e a articulação do braço sobre o que se
dispõe o mecanismo de corte, formado por duas polias de garganta plaina nas
que se aloja a cinta de corte..

Figura 6: Serra de cinta


Fonte: Revista sobre a serra Industrial. Vol.4, n.2, 2008

– Serras circulares de disco: São ferramentas geralmente eléctricas que


realizam cortes mediante um disco de serra accionado por um motor (figura 7).
Revistam-se empregar para praticar corte em materiais metálicos de dimensões
importantes.

Figura 7: Serra Circular


Fonte: Revista sobre s serra Industrial. Vol.4, n.2, 2008

Radiais ou amoladoras: As radiais ou amoladoras cortam o material por


abrasão, ao submetê-lo a desgaste mediante discos que giram a grande
velocidade; por isso, seu principal inconveniente som as elevadas temperaturas
que alcança o material, que pode chegar a deteriorar-se por esta causa.
Este tipo de ferramentas se utiliza principalmente em materiais metálicos de
grande dureza. Constam de um motor que pode ser de accionamento eléctrico ou

23
pneumático, e de um sistema para a sujeição de um disco, que pode ser de
abrasão, se se utilizar para desbastamentos de material, ou de corte, que é mais
fino que os anteriores (figura 8).

Figura 8: Disco para corte em amoladoras


Fonte: Revista sobre a serra Industrial. Vol.4, n.2, 2008

Equipes de corte por plasma


O corte por plasma é um procedimento que se apoia em elevar a temperatura da
zona que quer cortar a perto de 20.000 °C de uma forma muito localizada, o que
produz que o material se seccione mediante um corrente refrigerante denominada
plasma que flui a grande velocidade.

Figura 9: Máquina de corte por plasma


Fonte: Revista sobre a serra Industrial. Vol.4, n.2, 2008

Figura 10: Operações de oxicorte


Fonte: Revista sobre a serra Industrial. Vol.4, n.2, 2008
24
-Serras: A serra é uma ferramenta de corte para metal ou ossos. Algumas levam
sujeições que mantêm a serra firme e a voltam fácil de manipular. A cuchilla é de
dentes finos e está tensionada sobre uns arreios.
Estas serras, desenhadas para cortar principalmente metal, estão categorizadas
pelo número de dentes por polegada. A folha de serra padrão tem entre 14 e 32
dentes por polegada. As serras de metal cortam muitas coisas desde tubos
magros de cobre até parafusos oxidados, passando por mangueiras de jardim,
tubeiras, plásticos, reja velhas, etc.
O corte por serrado mecânico constitui o meio mais eficaz para cortar em frio
metais de qualquer classe, e se executa por meio dos seguintes métodos:
• Serras alternativas de folha (horizontais)
• Serra alternativas de impregnar (verticais)
• Serra sem fim ou de cinta (horizontais e verticais)
• Serras circulares de disco (verticais)
• Serras de molar (verticals’)

25
CAPÍTULO 2. ANÁLISES DOS RESULTADOS DOS INSTRUMENTOS
APLICADOS AOS DIRECTIVOS E PROFESSORES INSTRUTORES NO
CENTRO INTEGRADO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO
ZAIRE/SOYO.

Neste capitulo se realiza uma abordagem metodológico, faz-se uma análise dos
resultados dos instrumentos aplicados aos professores instrutores, no Centro
Integrado de Emprego e Formação Profissional do Zaire/Soyo.

2.1. Enfoque metodológico utilizado


Neste trabalho foi utilizada a metodológica qualitativa. Utilizou-se porque existe
claridade entre os elementos do problema de investigação que conformam o
problema, é possível defini-lo, limitá-los e saber exactamente onde se inicia o
problema, em qual direcção vai e que tipo de incidência existe entre seus
elementos.
Nessa metodologia, a ênfase não é dada à representatividade numérica e
aleatória para a generalização da amostra na população, mas à colecta de
informações suficientes para a reconstrução do discurso, que permita uma análise
aprofundado da questão central do tema pesquisado.
Se utilizará uma investigação de tipo qualitativa descritiva, seguindo um enfoque
interpretativo que usa métodos de nível teórico, empírico e matemático -
estatísticos.
Pesquisas

A pesquisa é o instrumento principal de colecta de dados, em uma pesquisa,


desenvolvem um importante papel tanto nas actividades científicas (pesquisa)
quanto em diversas actividades humanas.
Para (Gil, 1999), a pesquisa tem um caráter pragmático sendo um processo
sistemático e formal de desenvolvimento do método científico. Objectiva,
fundamentalmente, descobrir respostas para problemas, através do emprego de
procedimentos científicos.
 Tipos de Pesquisa
A pesquisa poderá ser classificada em dois tipos:
26
Pesquisa quantitativa: é tudo aquilo que se pode traduzir em números, utilizando
métodos estatísticos, as opiniões e informações obtidas através de pesquisa de
campo ou boletins de informações, a fim de facilitar a análise dos dados
encontrados.
Pesquisa qualitativa: pode ser considerada tudo aquilo onde se encontra
afinidade ativa entre o mundo em que vivemos (real) e o sujeito, criando um
vínculo entre ambas as partes e que não pode ser mensurado ou transformado
em números.
Outra pesquisa utilizada foi a observação que vem a ser a efetiva observância de
factos pelo estudante, após ter seus objectivos previamente definidos,
promovendo a colecta de dados.
O estudo feito, utilizou-se de pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo para
colectar dados e análises das informações. Inicialmente, foi feita uma análise
bibliográfica sobre o tema manutenção industrial, abordando, inclusive, a parte
histórica e conceitual, com intuito de esclarecer melhor sobre o assunto. Em
seguida, procedeu-se à colecta de dados através da observação do
funcionamento do maquinário da fábrica e do emprego das manutenções e seus
custos.
Por fim, foram analisados estes dados visando demonstrar que um emprego
maior da manutenção preventiva é benéfico para empresa, diminuindo seus
gastos, aumentando sua lucratividade e, consequentemente, sua competitividade
no mercado.

27
2.2- Caracterização do Centro Integrado de Emprego e Formação
Profissional do Zaire/Soyo.

Figura 11:Centro Integrado de Emprego e Formação Profissional


Fonte: Elaboração própria

O Centro Integrado de Emprego e Formação Profissional do Soyo pertencesse ao


Ministério da Administração Pública de Trabalho e Segurança Social, está situado
no bairro do Kintambi. No mesmo centro trabalham 19 trabalhadores distribuídos
de seguinte forma: 2 directivos, 10 professores formadores, 4 técnicos e 3 de
serviços de limpeza. No mesmo centro se desenvolve os seguintes cursos:
1. Electricidade Residencial;
2. Electricidade Industrial;
3. Frio e Climatização,
4. Serralharia;
5. Soldadura,
6. Manutenção e Prevenção Mecânica;
7. Automatização Hidráulica;
8. Electrónica Hidráulica e Industrial;
9. Informática.
Os cursos são desenvolvidos durante o período de 9 meses excepto a informática
que se desenvolve em 3, o centro funciona em dois períodos e conta com 2 salas
de mecânica, 2 de informática, 2 de electricidade e 1 de soldadura. É alegado que
no centro possuí apenas 4 máquinas ferramentas, (um torno mecânico, uma
furadeira, uma serra mecânica e uma prensa), No centro se desenvolvem os
cursos de Manutenção e Prevenção Mecânica e por tanto os professores

28
instrutores destas especialidade e igualmente aos de outras especialidades têm
que dar manutenção das máquinas com que trabalham e que envolvem aos
estudantes.

2.3 População e Amostra

 População
É conjunto de elementos que têm características similares. A cada integrante
chama-se elemento da população. Ao total da população, chamamos tamanho da
população, e neste trabalho trabalharemos com lha única Serra Fita Horizontal
que tem do centro
Do centro pousei uma população de trabalhadores como aparece na seguinte
tabela.

Tabela 1. Representação da população dos trabalhadores do centro

População por género


Itens
Masculino Feminino Total
Directivos 2 0 2
Profesores 7 3 10
Técnicos 4 0 4
Total geral: 13 3 16
Fonte: Elaboração própria

2.3.1- Características das Amostras para a pesquisa

Tabela 2. Representação das Amostras

População por género


Itens
Masculino Feminino Total
Director 1 0 1
Profesores 6 1 7
Técnicos 2 0 2

29
Total geral: 9 1 10
Fonte: Elaboração própria
2.3.2 - Análise e Discussão dos Resultados

No processo de coleta de dados foi utilizada, sobretudo, a observação do


procedimento do Centro, desde a observações do funcionamento da Serra Fita
Horizontal, até a existência de quebras e defeitos, bem como das manutenções
utilizadas. Além disto, no decorrer da pesquisa, também foram feitos
questionários, envolvendo, aproximadamente, 10 trabalhadores entre funcionários
professores orientadores e técnicos do centro, assim como uma entrevista ao
Director do Centro.
Os dados a serem coletados serão analisados com base no referencial teórico
adotado, visando confirmar os benefícios da manutenção preventiva para uma
empresa e, consequentemente, seus clientes.

Para a realização dos instrumentos são tidos em conta os seguintes indicadores:


1-Existência de uma estructura para a gestão de manutenção

2-Estructuração, organização e implantação do sistema de manutencao,


establecido nas indicações do manual emitido pelo orgão superior;

3-Elaboração e implantação dos procedimentos no centro que garantem a


correcta aplicaçãoo e controlo das diferentes actividades do Sistema de
Manutenção;
4-Preparação dos professores, orientadores de manutenção qualificados para
fazer a manutenção das máquinas ferramentas existentes;

5-Existência do controlo de as avarias que sofre a máquina

6-Existência de peças no estoque do centro;

7-Existência de equipamentos de manutenção no Centro.

2.3.3- Discussão dos Resultados


A análise realizou-se tendo em conta os métodos do nível empírico e os
instrumentos utilizados e assim organizaram-se também para descrever os
resultados:

30
As perguntas aplicadas

Tabela 3. Perguntas Questionadas ao Centrote

No Perguntas Sim Não Total


1 Existe plano de manutenção em do centro? 0 10 10
Existe pessoal assinado para dar manutenção nas falhas de máquinas
2 0 10 10
ferramentas?
3 Os professores instrutores recebem preparações para fazer manutenção? 0 10 10
O centro possuí peças no stock para as máquinas
4 0 10 10
Ferramentas?

No centro possuí a documentação técnica das máquinas ferramentas


5 0 10 10
elaborada pelo fabricante?

6 Existem as paralisações das máquinas em desenvolvimento dos cursos 10 0 10

As avarias seguintes quais soa lhas que mais frequência acontecem e


quais som lhas causas mais frequentes:

a)Sobrecarga do motor da serra:


x-Sucção do ar de refrigeração do motor impedida
x-O motor não esta correctamente fixado
x-A unidade de potencia da fita de serra não esta correctamente fixada
7
b)A fita de serra para quando esta serrando, mas el motor da serra
funciona
x-Tensão insuficiente da fita de serra
x-Tensão na correia em V

c) Vida útil corta da fita de serra (dentes cegos)


x-Qualidade da fita de serra não apropriada para este materiais

31
-Um escarpamento de dente incorrecto causa a ruptura de dentes 8º dente
quebrado), na peca cega os outros dentes
x-Falta de refrigeração
x-Velocidade de corte muito alta
x-Avanço muito alto

d)Ruptura de dentes – Ruptura da fita serra


x- Espaço cavaco na fita de serra esta cheio, escarpamento entre dentes
incorrecto
x-A tensão na fita de serra esta muito baixa
x-Fita de serra com defeito
x-O guia da fita de serra esta ajustado incorrectamente

e)Corte não rectangular, mas paralelo


x-O material não se apoia sobre ambos os trilhos da prensa de fixação
x-Os mordentes da prensa de fixação não estão ajustados em 90°
Fonte: Elaboração própria

Foram colhidos dados a partir dos funcionários, professores formadores de


manutenção e técnicos, a fim de que todas as etapas da aquisição, uso e
desgaste das máquinas ferramentas.
Os dados que foram cole coletados são analisados com base no referencial
teórico adotado, visando confirmar os benefícios da manutenção preventiva para
o centro de formação e, consequentemente, para os estudantes.

2.3.4- Resultados e Discusão

Tendo em conta o propósito pelo qual foram traçados para este trabalho,
aprosentou-se, categoria, de uma análise dos resultados obtidos. Iniciou-se pela
delimitação do perfil dos pesquisadores que colaboraram para a concretização
dos referentes dados, pasando em segundo lugar, para discusão de cada uma
das questões levantadas acerca do objeto estudado.

32
Finalmente depois de uma valoração de todo o material colhido, tirou-se algumas
conclusões a respeito do tema, notavelmente no que se refere ao tipo de
manutenção utilizada no centro formação.

2.4- Entrevista Feita na Direcção do Centro

Tabela 4. Entrevista na direcção do Centro

N° Questionário Respostas
1 O centro possuí pessoal qualificado e preparado Quando acontecem as avarias do primeiro e
para fazer manutenção nas máquinas ferramentas, segundo nível, os professores instrutores sempre
e dar soluções nas máquinas mediante as avarias conseguem as peças, resolvem alguns problemas,
que apresentam? outras vezes pedem ajuda a equipa de
manutenção do Instituto Médio Politécnico dos
Petróleo, os quais ajudam e em ocasiões põem as
peças, quando não se resolve por essa via se
solicita na mesma instância o superior do centro,
que por sua vez compra as peças e contratam o
pessoal especializado e qualificado que registam
as avarias e dão as possíveis soluções.

2 Para a manutenção das máquinas no centro a O centro não tem técnicos especializados para a
direcção do mesmo tem pago os outros manutenção. Quando há uma avaria em uma das
especialistas de fora para a manutenção das máquinas, segundo as necesidades compram
referidas máquinas? peças e contratam especialistas que são pagos ao
realizar o seu trabalho.

3 O centro recebe peças de reserva, equipamento e O centro recebe pouca assistência como peças de
ferramentas para assumir a manutenção? reserva, equipamentos e ferramentas para assumir
a manutenção.

4 O centro tem como estratégias o registou das O centro tem necessidades de equipamentos,
avarias e formas de soluções e recursos ferramentas e peças de reserva para as máquinas
implementados assim como o custo de mão-de- e para o desenvolvimento dos diferentes cursos.
obra? Se recebe muito pouco embora solicitarem
constantemente.

5 Quando algumas máquinas se paralisam como se Quando uma máquina se paralisa e não tem

33
desenvolvem os cursos que tem relações com soluções de imediato as actividades de ensino se
elas? dão na teoria e com auxílio de vídeo para
demonstrar a prática.

6 Considera você importante a existência de um A manutenção é essencial para ganhar o


plano de manutenção? desenvolvimento eficaz das máquinas e o
desenvolvimento eficaz dos cursos que se dão no
Centro.

Fonte: Elaboração própria

34
CAPÍTULO III. PROPOSTA DO PLANO DE ACÇÃO PARA A MANUTENÇÃO
PREVENTIVA DA SERRA FITA HORIZONTAL NO CENTRO INTEGRADO DE
EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ZAIRE/SOYO

Neste capítulo se realizará uma proposta de um plano de acção que vai


implementar no Centro Integrado de Emprego e Formação Profissional do
Zaire/Soyo.

3.1 - Fundamentação Teórica do Plano de Acção


O plano de acção é uma ferramenta de planeamento empregada para a gestão e
controlo de tarefas ou projectos. Como tal, funciona como uma folha de rota que
estabelece a maneira em que se organizará, orientará e implementará o conjunto
de tarefas necessárias para a consecução de objectivos e metas. Para Muriel e
Rota (1980): “o plano de acções deve estar enfocado em programas e fazer
efectivos todos os contactos dos públicos com a instituição, sem deixar nada à
espontaneidade, pois destes dependerá em grande medida a imagem favorável
ou não, que formem a entidade”. Segundo Cardoso (2008), o plano de acções
constitui o componente prático e operativo mais importante de toda estratégia,
pois, nele se definem o conjunto de acções e meios de comunicação que terão
que ficar em execução para poder cumprir com os objectivos previstos, com as
precisões de tempo, espaço, responsabilidades e demais elementos a especificar
para cada um deles. A finalidade do plano de acção a partir de um marco de
correcto planeamento, é optimizar a gestão de projectos economizando tempo,
esforço e melhorando o rendimento para a consecução dos objectivos expostos.
Os planos de acções são muito úteis na hora de coordenar e comprometer a um
conjunto de pessoas, organizações ou inclusivel nações, a envolver-se e trabalhar
juntas com a finalidade de conseguir determinadas metas. Como tal, o plano de
acção é regulável às mais diversas áreas de gestão de projectos: educativa,
empresarial, organizacional, administrativa, comercial de marketing, etc.

3.2-Plano de Manutenção Preventiva: Um plano de manutenção preventiva: É


um documento (ou série de documentos) que registam todas as actividades de

35
manutenção preventiva, bem como a sua frequência, periodicidade, localização
do equipamento, materiais e peças que deverão ser utilizados e quem são os
profissionais responsáveis pela execução das actividades.
O plano de manutenção preventiva deve ser elaborado em forma de roteiro, em
que servirá de apoio para que todos os profissionais envolvidos com a
manutenção possam realizar as tarefas de forma padronizada, segura e com alto
índice de qualidade.
No plano de manutenção preventiva deve constar todas as informações que
instruam os colaboradores de forma intuitiva e sirvam de base para tomada de
decisões em tempo hábil.

3.2 - Plano de acção 5W2H


Os planos de acção visam remediar as causas principais e resolver o problema.
Para se chegar ao objectivo, são criados dentro do plano de ação, métodos,
técnicas, cronogramas, organogramas e são utilizadas ferramentas como 5W2H
(OLIVEIRA 1996). Um plano de ação, deve possuir: • Objectivo geral a ser
alcançando com o plano de acções;

1-Lista de acções e actividades a serem executadas;

2-Data de início e fim previsto para cada ação ou actividade;

3-Orçamento alocado para cada ação ou actividade;

4-Responsável pela execução de cada ação;

5-Objectivos de cada ação ou actividade a ser executada;

6-Riscos previstos na execução e os seus respectivos planos de contingência.

Isso significa que o plano de ação deve possuir o máximo de informações


possíveis, não só sobre o objectivo a ser alcançado, mas também sobre as
etapas e meios para se chegar até ele. O principal objectivo do plano de ação,
além de remediar um problema, é dar controlo e organização a esse processo, o
plano de ação optimiza o tempo e garante foco total nas tarefas a serem feitas
(OLIVEIRA 1996). Como o plano de ação se divide em processos e acções, é
normal acontecer de serem criados planos de ação dentro de planos de ação com
36
o intuito de se ganhar tempo e organização. Por ser uma ferramenta de fácil
acesso, manipulação, implementação e conhecimento pode ser utilizada de
diversas formas e em diversos sectores, tanto profissional quanto pessoal, ou
seja, podemos utilizar planos de ação para alcançarmos metas pessoais, a
compra de um carro por exemplo. A ferramenta 5W2H é um método amplamente
utilizado em empresas, projectos e negócios. Ela fornece informações valiosas
que optimizam o tempo e melhoram a qualidade, sem contar que auxiliam os
funcionários delegando tarefas e prazos (OLIVEIRA 1996). A sigla deriva dos
termos em inglês:

• What: O que será feito? (Contramedida);

• Who: Quem realizara a tarefa? (Responsável, Sector);


• When: Quando cada tarefa será feita? (Tempo e prazos para a realização);
• Where: Onde cada tarefa será realizada? (Local de execução);
• Why: Por que a tarefa deverá ser executada? (Justificativa);
• How: Como a tarefa será executada? (Métodos);
• How Much/How Many: Quanto custara cada tarefa? (Custos).

Não necessariamente o método irá seguir essa ordem. Tanto a ordem quanto as
etapas e questionamentos podem variar de acordo com a necessidade.

Tabela 5. Plano de ação 5W2H

Contramedidas Responsável Prazo Local Justificativa Procedimento Investimento


O quê? Quem ? Quando? Onde? Porque? Como? Quanto?
What? Who? When? Where? Why? How? How Much?
... ... ... ... ... ... ...

Fonte: Engenharia Exercícios

3.3 - Aplicação de 5W2H


Para o estudo de caso tivemos como base o trabalho de DI DOMENICO; DI
DOMENICO (2014), no ramo metal mecânico, com o título de MELHORIA DA
PONTUALIDADE NAS ENTREGAS DAS OBRAS, os mesmos estavam com uma

37
grande dificuldade no atraso da entrega do seu produto, pois a falta de
organização na área de trabalho, falta de estoque, funcionários desmotivados e a
falta de manutenção preventiva, faziam com que o seu produto não fosse
entregue na data combinada para seu cliente ou até mesmo tendo que voltar para
linha de produção para retrabalhos, assim gerando um custo inesperado e fora de
orçamento, gerando horas extras, pois este tipo de trabalho era feito após o
encerramento do expediente. Com esses atrasos a empresa estava perdendo
muito de seus clientes, e até mesmo não conseguindo se introduzir no mercado,
por estes motivos a empresa resolveu primeiramente aplicar gráfico de Ishikawa
para observar onde estavam os seus maiores problemas, e um deles estava na
falta de manutenção preventiva dos equipamentos, com esse resultado a
empresa organizou um dia e um horário determinado para poder fazer as devidas
manutenções dos equipamentos. Após 1 ano melhoraram em 50%, e cada vez
mais foram investindo em manutenções preventivas e em outros sectores da
empresa.

3.4 - Materiais e métodos

Serra Fita Horizontal RF-1018B

Serra fita com controlo hidráulico de avanço (descida), capacidade de corte de até
Ø400mm. A primeira serra foi adquirida no ano de 2008, com a intenção de
melhorar a velocidade e a qualidade da produção, com o passar do tempo foi
observado a importância deste equipamento, para do asseguramento das pecas
semielaboradas para ser utilizadas em distintas maquinas ferramentas ou outras
actividades

38
Figura 12: Serra Fita Horizontal
Fonte: Elaboração própria

Este equipamento é montado em uma estrutura metálica, onde basicamente


existe um motor que transmite força usando polias e correrias para o volante,
neste volante é fixado a serra fita dentada. Um pistão e uma válvula hidráulica são
responsáveis pela regulagem da velocidade de descida da serra, conforme a
válvula é aberta, mais rápida é a velocidade de descida e de corte da serra. Para
alterar a velocidade de giro da serra, muda-se posição do motor, e a posição da
correia (a polia de movimento por onde passa a correia, possui três canais, cada
um representa uma velocidade diferente, conforme a correia muda de canal, a
velocidade também muda). Logo abaixo da serra há uma bacia e uma bomba,
responsável por forçar um óleo refrigerante, que auxilia no resfriamento do corte,
diminuindo o atrito e dando uma maior vida útil para a serra.

Tabela 6. Características Serra RF-1018B

Características

Motor de serra CV 2.0

Velocidade de corte m/min 30 - 55- 80

Dimensões da fita Mm 4460x22x0,9

39
Dimensões da máquina C. L. A Mm 2240x1480x510

Peso aproximado Kg 518

Fonte: Elaboração Própria

3.5- Procedimentos de pré-operação CHECK LIST


3.5.1. Análise de nível do líquido refrigerante

Uma bomba de sucção (figura 13), envia o óleo de corte até um “bico” que se
encontra no braço esquerdo. A quantia de óleo é regulada através de uma válvula
que é fixada na estrutura da máquina (figura 14). São usados de 5% a 8% de óleo
Castrol Syntilo RX diluído em água. Abaixo da máquina, há uma bandeja que
recebe todo o cavaco e o óleo utilizado durante o corte, essa bandeja separa o
líquido do sólido por decantação, assim somente o liquido volta para o tanque de
óleo refrigerante. Todos os dias é necessário efectuar a limpeza desta
bandeja, para que o excesso de cavaco não impeça a passagem de óleo
refrigerante. Nunca se deve operar a máquina com o reservatório vazio, pois
isto danificará a bomba.

Figura 13: Bomba de sucção


Fonte: Elaboração Própria

40
Figura 14: Bico e regulador de fluido refrigerante
Fonte: Elaboração Própria
3.5.2 - Tensão da fita de serra

A regulagem da tensão da fita de serra, é feita a partir de um dispositivo


tensionador, fixado próximo ao eixo do volante movido (figura 15). A tensão da
serra tem muita importância na precisão do corte da fita, por este motivo deve-se
mantê-la na tensão correcta de uso. O tensionador, possui uma mola que é
responsável em manter a fita tensionada e calibrada. A tensão é alcançada
girando uma alavanca até o ponto onde será limitada por um parafuso, logo, ao
atingir o limite de giro, a tensão correcta também é atingida. Nunca devemos
operar o equipamento se o tensionador não estiver na posição correcta
(encostado no limitador), isto faz com que os cortes fiquem desalinhados.

Figura 15: Dispositivo tensionador


Fonte: Elaboração própria

3.5.3- Guias da fita de serra

As guias da fita da serra são responsáveis por guiar correctamente e proporcionar


uma maior precisão no corte (figura 16). São responsáveis também por torcer a
fita e deixar ela perpendicular à base da mesa. Os dois lados da fita são guiados
pelos “insertos” (guias da fita de serra), tirando toda a vibração. Existem dois tipos
41
de insertos, os fixos, no nosso caso, e o móvel, guiados por rolamentos laterais. A
fita é forçada a passar pelos insertos embutidos na guia, ao passar por eles,
a mesma é flexionada durante o processo, a flutuação do dorso (peça
localizada a cima dos insertos laterais) compensará a flexão. Está flexão
controlada diminui as possibilidades de quebra da fita, aumentando sua vida
útil.

Figura 16: Insertos laterais e dorso


Fonte: Elaboração própria

3.5.4 - Posicionamento dos braços das guias

A serra fita possui dois braços reguláveis (figura 17) que fixam os guias da fita.
Conforme a dimensão do material a ser cortado, os braços devem ser ajustados,
a fim de evitar a colisão com a morsa da mesa e diminuir a vibração. Para regular
a distância entre os braços das guias, deve-se afrouxar dois manípulos (um
em cada braço), após isso, regula-se a distância, e os manípulos são
reapertados. Guias muito afastadas do material em corte, geram a vibração
que pode causar a danificação ou quebra da fita de serra, já guias muito
próximas, colidem contra o material em corte, danificando serra e o material.

Figura 17: Braços guias de serra

42
Fonte: Elaboração própria

3.5.5- Painel de comando

O painel de operação (figura 18) é responsável por controlar todo o equipamento,


abaixo citaremos todos itens que se encontram no mesmo:

1-Sinalizador de painel energizado


2-Botão de ligar a serra
3-Botão de parada de emergência
4-Chave liga/desliga da bomba de refrigeração
5-Botão desliga
6-Válvula de avanço de corte

Este itens devem ser observados antes de qualquer operação, caso algum
destes não esteja de acordo, deve-se notificar a equipe de manutenção,
caso contrário, a segurança do operador estará em risco.

Figura 18: Painel de comando


Fonte: Elaboração própria

3.5.6- Análise da serra fita

Deve-se analisar se a serra não tem nenhum tipo de trinca ou uma grande perca
de dentição (figura 19). Para cada tipo de material à um tipo de serra, em nossa
área de actuação, utilizamos somente serras para carbono e inox. As serras para

43
carbono (figura 20) possuem uma dentição maior do que as serras para
inox.

Figura 19: Serras com perca de dentição


Fonte: Elaboração própria

Figura 20: Serra fita nova (aço carbono)


Fonte: Elaboração própria

3.5.7- Análise de velocidade da serra fita


Em nossos equipamentos existem 3 velocidades de operação. Para cada
espessura de material, existe uma velocidade de corte adequada. Para se
regular a velocidade, a correia deve ter seu canal trocado, conforme
indicação (Figura 21), e o motor deve ser movido até o ponto onde a correia
fique alinhada e tensionada, o bastante para que não se solte do conjunto.

44
Figura 21: Polias e indicador para posicionamento de correias
Fonte: Elaboração própria

3.5.8 - ELABORAÇÃO DO CHECK LIST-1

Utilizando os procedimentos de pré-operação citados o check list foi elaborado


para auxiliar o colaborador a operar o equipamento com qualidade e segurança.
Se algum dos itens não estiver conforme, deverá ser tomada uma atitude sobre o
defeito, na maioria dos casos o operador intervirá, mas na situação, “O painel de
comando está funcionando normalmente? ”, quem intervirá será a equipe de
manutenção, devido ao risco de choque eléctrico. Para a utilização do check list
deve-se informar os seguintes itens:
• Informar o número do equipamento
• Preencher a Data da operação e quem irá usa-lo
• Informar as Condição da serra com SIM, se ela estiver conforme, não, se estiver
com algo irregular.
• Caso seja encontrado algum cenário que não esteja nos itens listados, deve-se
utilizar outras opções.
• Se o equipamento apresentar alguma não conformidade, temos que utilizar o
verso do check list para informar que irregularidade foi encontrada e qual acção
foi tomada. Para o preenchimento deve-se seguir os seguintes passos: Na coluna
item, é inserido o número da irregularidade encontrada. O próximo passo é
descrever a situação encontrada. Em seguida a data e pôr fim a acção
recomendada.

45
3.6 - Manutenção preventiva dos itens da serra fita-2

3.6.1 - Nivelamento
O nivelamento do equipamento (figura 22) é importante para que todo o óleo
refrigerante escoe por gravidade para o tubo de retorno à bacia, a cada 6 meses
deve-se certificar-se se o nível do equipamento está na posição correcta. Com
um nível fixado na mesa da serra, regula-se os parafusos de sustentação do
equipamento, estes parafusos são encontrados na base inferior, abaixo do
tanque de retenção de óleo.

Figura 22: Nivel correcto da serra


Fonte: Elaboração própria

3.6.2 - Limpeza e lubrificação


Deve-se ser feito para manter o equipamento em boas condições. A limpeza é
responsável por eliminar qualquer anomalia que a sujeira possa estar
escondendo, é importante limpar as partes deslizantes (figura 23) com
desengraxantes e roscas sem fim (figura 24), removendo a ferrugem e a graxa
velha de projecção, lubrificando com um novo óleo. Este procedimento deve ser
feito a cada 5 dias. No cilindro hidráulico (figura 25) responsável pela descida
da serra é importante manter o nível correcto de óleo, pois poderá ocorrer à
entrada de “ar” no sistema, fazendo com que o cilindro não funcione
correctamente, a cada 3 meses é recomendado verificar este nível e caso
estiver baixo, abre-se o bujão do cilindro e completa-se com óleo
lubrificante Castrol AWS-

46
Figura 23: Deslizantes
Fonte: Elaboração própria

Figura 24: Rosca sem fim


Fonte: Elaboração própria

Figura 25: Cilindro hidráulico


Fonte: Elaboração própria

3.6.3 - Barramentos e morsas


O barramento forma um conjunto com a morsa, sendo que a da direita é
considerada morsa fixa, e o da esquerda morsa móvel (figura 26), as mesmas são
responsáveis por fixar as matérias na mesa. O material é fixado manualmente,
através de uma alavanca que se encaixa na cremalheira, para a aproximação é
feito um aperto por um fuso roscado (figura 27). Elas também podem ser
alteradas para cortes em 45º. O sistema não pode apresentar folgas, pois
assim poderá fazer com que a peça se solte das morsas, se este conjunto

47
estiver com folgas é necessário fazer um embuçamento e reaberto de
parafusos com folgas, por isto deve-se analisar todos esses itens a cada 6
meses.

Figura 26: Morsa


Fonte: Elaboração própria

Figura 27: Fuso roscado


Fonte: Elaboração Própria

3.6.4 - Mecanismo de tracção


A fita de serra é accionada por um motor e uma correia em V (figura 28) onde
sofre desgastes devido ao excesso de trabalho, a mesma força o volante de
tracção por polias. Está correia é o principal componente para transmitir
força, sendo assim é necessário verificar a cada 6 meses para analisar se a
mesma não está soltando arames. Para verificar deve-se tirar a protecção da
correia e analisar o aspecto da mesma. Caso esteja dissecada e soltando
arames, é afrouxado o motor e com a folga criada, a correia é substituída.
~

48
Figura 28: Correia em V
Fonte: Elaboração própria

3.6.3.1- Fim de corte

O fim de corte (figura 29) é responsável em desligar o equipamento no momento


em que o corte chega ao fim, se o mesmo não estiver regulado correctamente
poderá acontecer as seguintes situações:
Não terminar o corte
• Terminar o corte e não desligar
• Não terminar o corte e não desligar Para resolver está situação deve-se
regular o parafuso de descanso mecânico, até que a peça tenha sido
cortada totalmente, e depois regular o parafuso do fim de curso até o ponto
em que a serra se desliga, a cada 2 meses é necessário fazer um ajuste
deste item.

Figura 29: Localização dos fins de curso


Fonte: Elaboração própria

49
3.6.3.2 - Limpa cavacos

A máquina possui um sistema que limpa os cavacos da serra (figura 30), é


constituído por uma escova de aço cilíndrica e uma engrenagem de nylon,
situadas no lado direito da máquina (volante do motor), a mesma tem a função de
fazer o sistema de limpeza da serra. O sistema é accionado pelo volante da serra
que está em contacto com a engrenagem de nylon, ao girar o volante o conjunto
de limpeza também gira. Com o desgaste da escova cilíndrica, pode ser feito
uma regulagem, aproximando mais a escova da serra fita. Sem uma
manutenção correcta, a mesma pode fazer com que a serra se desgaste
muito cedo, a cada 3 meses é necessário fazer um ajuste deste item.

Figura 30: Limpa cavacos


Fonte: Elaboração própria

3.6.3.3 - Equipamentos eléctricos


O equipamento funciona com tensão de 380 volts, como o operador trabalha
directamente em contacto com a serra, este equipamento deve estar aterrado
adequadamente. Os parafusos que fixam cabos eléctricos com o passar do tempo
e as vibrações diárias, perdem o aperto, assim fazendo com que ocorra o risco de
um cabo se desconectar e entrar em contacto com a carcaça do equipamento,
criando o risco de choques eléctricos. A cada 6 meses deve-se fazer um
reaperto de todos os componentes e uma limpeza nos mesmos. Para este
procedimento é necessário abrir o painel e refazer o aperto de todos os
componentes.

50
Figura 31: Painel de comando
Fonte: Elaboração própria

3.6.3.4 - Planeamento 5w2h de manutenção preventiva - 3

Estas tabelas são responsáveis por organizar as ações de manutenções. Sua


utilização garante que os procedimentos aconteçam nas datas certas, e o
preenchimento da tabela garante o controle dos custos.

 Execução do plano de manutenção

Com o plano elaborado, será feita uma reunião com os responsáveis da


manutenção e operação, apresentando o programa de check-list e planeamento
de manutenção, será explicado a importância dos procedimentos e como cada um
deve ser executado. A utilização do 5W2H já é alto explicativo auxiliando os
técnicos de manutenção e operadores, facilitando no momento das intervenções.
O check-list deverá ser preenchido diariamente e recolhido semanalmente pela
manutenção. O plano de manutenção 5W2H deverá ser analisado diariamente
para a verificação da necessidade de intervenção por parte da equipe técnica de
manutenção.

 Segurança do operador e do equipamento

Com a utilização do check list antes da operação, perigos como, choque eléctrico
não afectaram o operador. Já em relação ao equipamento, riscos como: Peças se
soltarem da morsa devido à falta de enbuchamento; queima da bomba por falta
de fluido refrigerante; rompimento da fita de serra por falta de óleo no pistão

51
hidráulico; parada do volante da fita de serra pelo rompimento da correia; a serra
não desligar pela falta de ajuste do parafuso fim de curso.

 Feedback do estado do equipamento3

O check list garante que sempre saberemos em quais situações o equipamento


se encontra. Com a colecta diária de informações, feita pelo operador, podemos
analisar como o equipamento se encontra dia a dia. Exemplos que aconteceram
durante a implementação do programa: falta de óleo refrigerante; luz indicadora
de serra ligada; ruído no motor do volante. O feedback do check list foi
responsável por relatar estes defeitos a equipe de manutenção, o combate a
essas causas foi essencial para que erros mais graves não acontecessem.

 Controle de manutenção-4

Com o plano de ação 5W2H modificado para manutenção, temos um maior


controlo da mão-de-obra, períodos de manutenção e organização dos
procedimentos de manutenção. Temos o controlo do que será feito (What?),
quem fará a manutenção (Who?), quando será feito (When?), o equipamento que
recebera manutenção (Where?), por que será feita a manutenção (Why?), como
será feito o procedimento (How?), quanto custará (How much?). Respondendo
todas essas perguntas, obtemos diversas informações extremamente relevantes
para o controle de manutenção, e geração de relatórios quando for necessário.

 Custo de manutenção

O controlo de custos garante confiabilidade ao sector de manutenção, sabendo


quanto custa cada manutenção, o sector consegue provar a receita necessária
para a manutenção do equipamento.

O controlo também demonstra quanto do equipamento custa à centro,


dependendo da situação, equipamentos com altos ou frequentes custos de
manutenção, serão averiguados, a fim de levantar informações sobre o
comportamento do operador (se o mesmo está agindo correctamente conforme
procedimentos de operação) e o estado do equipamento. Este “Pente Fino” auxilia
ao centro no controle de custos e desperdícios em equipamento, mão-de-obra e
matéria-prima.
52
3.6.3.5 - Reforma de Serra RF-1018B

Para fins de conhecimento e analise do que a falta de manutenção e cuidado é


capaz de fazer, com o estágio em andamento foi efectuado a reforma da serra, a
mesma estava em uma situação muito desfavorável por falta de manutenção. A
seguir os itens que tiveram que ser reparados e o custo que tivemos com o
equipamento.

Tabela 7.Controle de custo e manutenção

Itens que necessitavam manutenção Custo de cada manutenção


(Kwanza)
Bacia de refrigeração furada 21000
Tinta desgastada 280000
Serra quebrada 87500
Eléctrica toda refeita 150500
Reparo do regulador de pistão hidráulico 21000
Rolamento do volante 28000
Correia em “V” 19250
Limpeza total 3150
Lubrificação das partes deslizantes e 26250
roscas
Bomba de refrigeração 276500
Adicionar óleo refrigerante diluído com 17500
água
Custo total da manutenção 930650
Fonte: Elaboração Própria

Por relaxamento, este equipamento que custa em torno de 10500.000,00 Kz


estava limitado a sua utilização por deficiências em seu funcionamento. O custo
de sua manutenção não foi tão alto, se levarmos em conta o valor do
equipamento. Abaixo temos as fotos do antes e depois do equipamento,
mostrando como uma manutenção faz grande diferença.

53
Figura 32: Estado anterior a reforma
Fonte: Elaboração própria

Figura 33: Estado após a reforma


Fonte: Elaboração própria

Após este caso, podemos perceber o que a falta de manutenção pode fazer com
um equipamento, se desde o início a serra tivesse recebido os devidos cuidados,
provavelmente não teria acontecido tantas avarias e insuficiências em seu
funcionamento. E agora devido a necessidade de uso do Centro precisou gastar
com a reforma do equipamento.

54
Tabela 8 :Plano de manutencao preventiva da Serra Fita

Planeamento 5W2H de Manutenção Preventiva da Serra Mecânica Horizontal

Contramedida Responsável Prazo Local Justific Procedime Investimento


ativa nto

Oque? Quem? Quando? Onde? Porque Como? Quanto?


What? Who? Whem? Where? ? How ? How Much?
Why?

Nivelamento da Mecânico Semestra Oficina Para Com auxílio


serra l melhora de nível e
r o ferramentas
escoam fazer ajuste
ento de dos
fluido parafusos
refrigera de base
nte
Limpeza e Mecânico Semanal Oficina Manter Em pontos
lubrificação o de
equipa movimentaç
mento ão Efectua-
em se uma
boas limpeza
condiçõ com
es e desengraxa
encontr nte, estopas
ar e
anomali raspadores
as
escondi
das
Verificação do Mecânico Trimensal Oficina Evitar a Abrindo o
nível de óleo no entrada bujão do

55
cilindro de ar cilindro e
hidráulico que verificando
acabari o nível
a
fazendo
com
que a
serra
sofra
uma
queda
brusca
Completar óleo Mecânico Trimensal Oficina Para Abrindo o
do cilindro que o bujão e
cilindro completand
não o com óleo
provoqu hidráulico
e uma
queda
brusca
e
danifiqu
e a
serra
Verificação de Mecânico Quatriena Oficina Com as Verificando-
embuçamentos l vibraçõ se a folgas
e roscas es o nos eixos
material ou
pudera- vibrações
se excessivas
soltar
da

56
morsa e
danifica
r a serra
Realização de Mecânico Semestra Oficina Com o Fazendo do
embuçamento e l ajuste torno e
apertos das reapertando
folgas o os
equipa parafusos
mento
apresen
ta
melhor
estabilid
ade
Análise do Mecânico Quatriena Oficina Evitar a Abrir a
mecanismo de l parada protecção
tracção do da corria e
equipa analisar a
mento mesma
Troca de Mecânico Semestra Oficina Fazer Flouxar o
correia l com motor e
que o trocar a
equipa corria por
mento uma nova
se
desligue
no
moment
o certo
Fim de corte Mecânico Bimensal Oficina Fazer Regulament
com o a altura
que o dos penes

57
equipa de curso
mento
se
deslize
no
moment
o certo
Limpeza da Mecânico Trimensal Oficina Evitar Analisar se
serra que a a esta em
serra contacto
desgast com a serra
e mais
rápido
Ruído do motor Electricista Oficina Evitar Abrir o
se motor e
queime trocar do
do rolamento
motor
Nível de Mecânico Oficina Para Completar a
refrigerante não fim de curso
baixo queimar não está
a actuando
bomba bacia com
do óleo
refrigera refrigerante
nte
Luz indicadora Electricista Oficina Evitar Trocar a
da serra ligada lâmpada
não está queimada
funcionando

Fonte: Elaboração própria

58
CONCLUSÃO
1-A partir da necessidade do controle de manutenção, a utilização de um plano de
manutenção se viu necessária. Estudando o cenário encontrado, foi possível
elaborar um plano de manutenção baseado em 5W2H, esse tipo de plano
possibilita o controlo de várias informações, como custos das manutenções,
períodos e os técnicos envolvidos no procedimento.

2-Para o acompanhamento dos equipamentos, além do plano de manutenção, foi


criado um Check list, essa checagem diária fornece informações que auxiliam o
sector de manutenção no combate a pequenos defeitos, que se não combatidos,
podem gerar defeitos maiores.

3-A checagem diária do equipamento também garante uma maior segurança do


operador, já que se algum dos itens do Check List não estiver conforme, o
equipamento não será ligado até que o mesmo seja remediado. Ao optarmos pela
manutenção preventiva, conseguimos combater falhas antes mesmo que
aconteçam, impedindo que o equipamento pare a produção e gere custos não
planejados.

4-No decorrer curso do estágio, foi possível acompanhar a reforma da serra fita
horizontal, essa reforma foi solicitada devido ao aumento no fluxo de serviços. Se
houvesse planos de manutenção, quando a mesma começou a ser encostada e
esquecida, provavelmente o cenário seria diferente, e o centro não iria gastar com
uma reforma completa, apenas com leves ajustes, pintura e visual.

5-O trabalho teve um curto período de aplicação, mas acredita-se no potencial do


mesmo, principalmente pelo fato de que anteriormente o centro não contava com
nenhum tipo de controle e checagem sobre seus equipamentos, logo, não
conseguia visualizar os benefícios provenientes do cuidado com os
equipamentos.

59
RECOMENDAÇÕES
1-Elaborar um estudo para a reforma das furadeira, fresadora, torno e prensa que
posei ele centro.
2-Criar um plano de manutenção geral do centro, incluindo todos os
equipamentos da mesma.

60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. T. Manutenção Preditiva: Confiabilidade e Qualidade. 2000.
DI DOMENICO, André Luís; DI DOMENICO, Camila Nicola Boeri. Melhoria da
pontualidade nas entregas das obras: Um estudo de caso no setor metal-
mecânico. Revista de Administração, v. 12, n. 22, p. 32-46, 2014.
FRANHO Maquinas e Equipamentos S/A. Serra de Fita Horizontal Franho –
Manual Linha FM. (data desconhecida). 32 p.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Lingua Portuguesa.
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira,1O EDIÇÃO, 1975.
KARDEC, Alan; NASCIF Júlio. Manutenção: função estratégica. 3.ed. Rio de
Janeiro: Ed. Qualitymark, 2009. 384 p
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OLIVEIRA, Rodrigo J. et al. Planejamento e controle da produção. Rio de
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OLIVEIRA, S.T. Ferramentas para o aprimoramento da qualidade. 2 ed. São
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OTANI, M.; MACHADO, W. V. A proposta de desenvolvimento de gestão da
manutenção industrial na busca da excelência ou classe mundial. Revista Gestão
Industrial. Vol.4, n.2, 2008.
SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da
Produção. Tradução de Maria Teresa Corrêa de Oliveira e Fábio Alher. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
SELLITO, Miguel Afonso. Análise estratégica da manutenção de uma linha de
fabricação metal-mecânica baseada em cálculos de confiabilidade de
equipamentos. Revista GEPROS (Gestão da Produção, Operações e Sistemas.
Ano 2, vol.3, 2007. Disponível em: <
http://revista.feb.unesp.br/index.php/gepros/article/view/157/142 Acesso em: 20
mar. 2019

61
ANEXOS
Anexo 1: Guia de observação da Serra Industrial de cinta do centro de
formação MAPTSS do Zaire/Soyo
Objectivo: Identificar da Serra Industrial de cinta do centro de formação MAPTSS
do Zaire/Soyo assim como a manuseamento que recebem por partes dos
cursistas e professores instrutores
Aspectos gerais
Data: -
Hora: -

Indicadores a ter em conta na observação


1-Marca o modelo das equipas da Serra Industrial de cinta
2-Habilidades que desenvolvem os professores que trabalham com a Serra
Industrial de cinta
3-Partes da Serra Industrial de cinta que mais se avariam
4-Principais avarias da Serra Industrial de cinta
5-Uso, cuidado e conservação da Serra Industrial de cinta
Anexo- 2: Check para a Serra Fita 1
-3: Check para lha Serra Fita 2
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Evolução temporal da manutenção ......................................................... 7

Figura 2:: Evolução temporal da manutenção .......................................................10

Figura 3:Oito pilares de modelo TPM. ...................................................................19

Figura 4: Serra alternativa .....................................................................................22

Figura 5: Serra vaivém ..........................................................................................22

Figura 6: Serra de cinta .........................................................................................23

Figura 7: Serra Circular .........................................................................................23

Figura 8: Disco para corte em amoladoras............................................................24

Figura 9: Máquina de corte por plasma .................................................................24

Figura 10: Operações de oxicorte .........................................................................24

Figura 11:Centro Integrado de Emprego e Formação Profissional .......................28

Figura 12: Serra Fita Horizontal ............................................................................39

Figura 13: Bomba de sucção.................................................................................40

Figura 14: Bico e regulador de fluido refrigerante .................................................41

Figura 15: Dispositivo tensionador ........................................................................41

Figura 16: Insertos laterais e dorso .......................................................................42

Figura 17: Braços guias de serra ..........................................................................42

Figura 18: Painel de comando...............................................................................43

Figura 19: Serras com perca de dentição .............................................................44

Figura 20: Serra fita nova (aço carbono) ...............................................................44

Figura 21: Polias e indicador para posicionamento de correias ............................45

Figura 22: Nivel correcto da serra .........................................................................46

Figura 23: Deslizantes...........................................................................................47

Figura 24: Rosca sem fim......................................................................................47

Figura 25: Cilindro hidráulico .................................................................................47


Figura 26: Morsa ...................................................................................................48

Figura 27: Fuso roscado .......................................................................................48

Figura 28: Correia em V ........................................................................................49

Figura 29: Localização dos fins de curso ..............................................................49

Figura 30: Limpa cavacos .....................................................................................50

Figura 31: Painel de comando...............................................................................51

Figura 32: Estado anterior a reforma .....................................................................54

Figura 33: Estado após a reforma .........................................................................54


LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Representação da população dos trabalhadores do centro ..................29

Tabela 2. Representação das Amostras ...............................................................29

Tabela 3. Perguntas Questionadas ao Centrote ...................................................31

Tabela 4. Entrevista na direcção do Centro ..........................................................33

Tabela 5. Plano de ação 5W2H.............................................................................37

Tabela 6. Características Serra RF-1018B ...........................................................39

Tabela 7.Controle de custo e manutenção ............................................................53

Tabela 8 :Plano de manutencao preventiva da Serra Fita ....................................55

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