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ESCOLA SENAI “ROBERTO SIMONSEN”

CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA

ANDRÉ LUIZ DESTRO


ARTHUR MIRIANI PEREIRA MARTINS
DANIEL ABRANCHES DOS REIS BARROS
EDUARDO OLIVEIRA COSTA PRADO
HENRIQUE DOS SANTOS CHAGAS
IRINEU RODRIGUES VIANNA JUNIOR
JEFERSON FERNANDO DE MELO LOPES
RAUNNY JARDIM GASPAROTTI
WESLLEY DE LIMA BARRETO

ROUTER CNC

SÃO PAULO
2018
ANDRÉ LUIZ DESTRO
ARTHUR MIRIANI PEREIRA MARTINS
DANIEL ABRANCHES DOS REIS BARROS
EDUARDO OLIVEIRA COSTA PRADO
HENRIQUE DOS SANTOS CHAGAS
IRINEU RODRIGUES VIANNA JUNIOR
JEFERSON FERNANDO DE MELO LOPES
RAUNNY JARDIM GASPAROTTI
WESLLEY DE LIMA BARRETO

ROUTER CNC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como exigência parcial para obtenção do
Diploma do Curso Técnico de Mecânica da
Escola SENAI “Roberto Simonsen”.

Professor Orientador: Joaquim Richter Brólio


e Renan da Silva Vieira.

SÃO PAULO
2018
ROUTER CNC

Data: ___________________________________ Resultado: ________________

BANCA EXAMINADORA

Prof. Joaquim Richter Brólio – ORIENTADOR

Assinatura _________________________________________________________________

Prof. Renan da Silva Vieira – ORIENTADOR

Assinatura _________________________________________________________________

Prof. Antônio Carlos Lemos Carvalho

Assinatura _________________________________________________________________

SÃO PAULO
2018
AGRADECIMENTOS

Decerto estes parágrafos não iram acolher a todas as pessoas que fizeram parte desta
importante fase de nossas vidas. Portanto, desde já peço desculpa àquelas que não estão
presentes entre estas palavras, mas elas podem estar certas que fazem parte dos nossos
pensamentos e nossa eterna gratidão.
Primeiramente agradecemos esta escola, seu corpo docente, direção e administração
que oportunizaram a janela que hoje vislumbramos um horizonte superior, ao qual pudemos
fazer parte desta história.
Aos nossos familiares por todo apoio financeiro e emocional que nos proporcionam
durante essa trajetória e nossos infindáveis reconhecimentos pela compreensão da necessidade
de nos ausentarmos em diversas ocasiões.
Por fim, nossas eternas gratidões a todos participantes deste grupo, que se
empenharam e não mediram esforços para o desenvolvimento deste trabalho, em decorrência
disso foi possível à entrega do projeto.
Esse trabalho é dedicado aos nossos familiares
por tudo o que representam para nós. Em
especial, aos professores do SENAI – Roberto
Simonsen por tudo o que fizeram para nos
ajudar na realização do trabalho, pelo incentivo,
paciência e por acreditar em nosso potencial.
“Todas as vitórias ocultam uma abdicação”.

(Simone de Beauvoir)
RESUMO

DESTRO, André; MARTINS, Arthur; ABRANCHES, Daniel; PRADO, Eduardo; CHAGAS,


Henrique; RODRIGUES, Irineu; LOPES, Jeferson; GASPAROTTI, Raunny; BARRETO,
Weslley. Router CNC. 2018. (quantidade de folhas do TCC) f. Trabalho de Conclusão de
Curso (Técnico em Mecânica) – Escola SENAI “Roberto Simonsen”, São Paulo, 2018.

O presente trabalho de conclusão de curso busca expor o projeto e a fabricação de um Router


CNC, com ênfase na confecção de produtos derivado de chapas da fibra de madeira mais
conhecido como MDF, podendo ser utilizado também na fabricação de produtos oriundos de
materiais cuja resistência não ultrapasse a tensão de ruptura de σtr 180 Mpa. Para tanto a
máquina será capaz de confeccionar letras, formas, brindes, brinquedos, placas entre outros
formatos. Portanto, o objetivo é utilizar conceitos e fundamentos teóricos e práticos vistos em
sala de aula e laboratórios, podendo assim produzir uma maquina ferramenteira com precisão
decimal que usine a maior quantidade de perfis possíveis. Nesta perspectiva, é possível
observa-lo divido entre a fundamentação teórica que busca colocar em evidência a estrutura
da máquina e quais os tipos de sistema que são utilizados na Router CNC. Os procedimentos
metodológicos foram organizados a partir de pesquisas para assim poder-se desenvolver o
memorial de calculo. Em seguida foi incluído um breve resumo das normas
regulamentadoras sobre segurança, manutenção e operacional. Por fim estão expostos os
planos de execução juntamente com os desenhos da parte mecânica da máquina.

Palavras-chave: Router CNC; Procedimentos metodológicos; Mecânica; MDF.


ABSTRACT

DESTRO, André; MARTINS, Arthur; ABRANCHES, Daniel; PRADO, Eduardo; CHAGAS,


Henrique; RODRIGUES, Irineu; LOPES, Jeferson; GASPAROTTI, Raunny; BARRETO,
Weslley. Router CNC. 2018. (quantidade de folhas do TCC) f. Trabalho de Conclusão de
Curso (Técnico em Mecânica) – Escola SENAI “Roberto Simonsen”, São Paulo, 2018.

The present work of conclusion of course seeks to expose the design and manufacture of a
CNC router, with emphasis on the production of products derived from sheets of wood fiber
better known as MDF, and can also be used in the manufacture of products from materials
whose resistance do not exceed the rupture stress of σtr 180 MPa. For this the machine will be
able to make letters, shapes, gifts, toys, plates among other formats. Therefore, the objective
is to use concepts and theoretical and practical foundations seen in the classroom and
laboratories, thus producing a machine tool with decimal precision that uses as many profiles
as possible. In this perspective, it is possible to observe it divided between the theoretical
foundation that seeks to highlight the structure of the machine and which types of system are
used in the CNC Router. The methodological procedures were organized based on research to
be able to develop the calculation memorial. A brief summary of safety, maintenance, and
operational regulatory standards was then included. Finally, the drawings are presented
together with the drawings of the mechanical part of the machine.

Key-words: Router CNC; Methodological procedures; Mechanical; MDF.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Cronograma ......................................................................................................... 12


Figura 2 - Diagrama de Processos ........................................................................................ 13
Figura 3 - Primeiro CN da história ....................................................................................... 15
Figura 4 - CNC Router ......................................................................................................... 16
Figura 5 - Guia Linear Patim ................................................................................................ 17
Figura 6 - Guia Linear com Pillow Block ............................................................................. 17
Figura 7 - Cremalheira ......................................................................................................... 18
Figura 8 - Fuso de Esferas .................................................................................................... 19
Figura 9 - Correia Sincronizada ............................................................................................ 19
Figura 10 - Servo Motores e Drivers .................................................................................... 21
Figura 11 - Tipos de Servo Motores ..................................................................................... 21
Figura 12 - Motor de Passo .................................................................................................. 22
Figura 13 - Especificação do Motor de Passo ....................................................................... 23
Figura 14 - Tela Inicial Programa Artsoft Mach3 ................................................................. 24
Figura 15 - Conexão Pc-Drivers-Servo Motores ................................................................... 25
Figura 16 - Placa Driver ....................................................................................................... 25
Figura 17 - Exemplo de fonte de Alimentação para CNC ..................................................... 26
Figura 18 - Eixos da Router CNC......................................................................................... 27
Figura 19 - Esforço Eixo Z ................................................................................................... 30
Figura 20 - Eixo Y ............................................................................................................... 31
Figura 21 - Esforços Eixo Y ................................................................................................. 31
Figura 22 - Eixo X ............................................................................................................... 33
Figura 23 - Esforços Eixo X ................................................................................................. 33
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Potencia dos Servos Motores ............................................................................... 22


Tabela 2 - Requisitos Mínimos para o PC............................................................................. 24
Tabela 3 - Fusos da NKS...................................................................................................... 30
Tabela 4 - Contaminant Transport Velocities ....................................................................... 35
Tabela 5 - Velocidades de transporte de contaminantes ........................................................ 35
Tabela 6 - Custo ................................................................................................................... 37
Tabela 7 - Manutenção Preventiva ....................................................................................... 41
Tabela 8 - Analise Preliminar de Risco................................................................................. 43
Tabela 9 - Plano de Execução Chapa Central ....................................................................... 44
Tabela 10 - Plano de Execução Chapa Lateral ...................................................................... 45
Tabela 11 - Plano de Execução Chapa Dianteira e Traseira .................................................. 46
Tabela 12 - Plano de Execução Eixo X ................................................................................. 47
Tabela 13 - Plano de Execução Eixo Y ................................................................................. 48
Tabela 14 - Fuso do Eixo X.................................................................................................. 49
Tabela 15 - Plano de Execução Fuso do Eixo Y ................................................................... 50
Tabela 16 - Plano de Execução Pórtico................................................................................. 51
Tabela 17 - Plano de Execução Reforço Inferior................................................................... 52
Tabela 18 - Plano de Execução Reforço Traseiro do Eixo Y ................................................. 53
Tabela 19 - Plano de Execução Suporte Pórtico .................................................................... 54
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

(1-mc) = expoente de Kienzle


3D - Três Dimensões
ACM - Aluminum Composite Material (Material Composto De Alumínio)
ae - largura do corte (diâmetro da ferramenta) [mm]
ap - profundidade de corte (espessura da chapa usinada) [mm]
ASTM - American Society for Testing and Materials (Sociedade Americana de Testes e
Materiais)
C - Comprimento
CAD – Computer-aided Design (Design assistido por computador)
CAM - Computer-aided Manufacturing (Fabricação Assistida por Computador)
CN - Controle Numérico
CNC – Comando Numérico Computadorizado
CPU - Central Processing Unit (Unidade central de processamento)
D - diâmetro da ferramenta [mm]
Fc - força de corte [N]
FND – Fundição.
Fz - avanço por dente [mm]
GHz - Giga-Hertz
h - espessura do cavaco [mm]
ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional para
Padronização)
Kc - pressão específica de corte [MPa]
L - Largura
MB - Megabyte
MDF – Medium Density Fiberboard (Painel de Fibra de Média Densidade)
MFmáx - Momento fletor máximo [N.mm]
MIT - Massachusetts Institute of Technology
n - velocidade de rotação [rpm]
NEMA - National Electrical Manufacturers Association (Associação Nacional de Fabricantes
Elétricos)
NS - Coeficiente de segurança
PC – Personal Computer (Computador Pessoal)
Pc - potência de corte [KW]
PVC - Polyvinyl chloride (Policloreto De Vinila)
Q = vazão [m3]
RAM - Random Access Memory (Memória de Aceso Aleatório)
RPM – Rotações por minuto.
V = velocidade de transporte [m/s]
Vc - velocidade de corte [m/min]
Vf - avanço da mesa [mm/min]
Z - número de facas da ferramenta
Zc - número de dentes em contato com a peça no momento do corte
η - coeficiente de eficiência da máquina [%]
Σ - Somatória

σesc - Limite de tensão ao escoamento [MPa]


Φ - ângulo da ferramenta em contato no momento do corte [graus]
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 11

2. CRONOGRAMA ......................................................................................................... 12

3. DIAGRAMA DE PROCESSOS ................................................................................... 13

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................. 14

4.1 Introdução.............................................................................................................. 14
4.2 História do CNC .................................................................................................... 14
4.3 CNC Router ........................................................................................................... 15
4.3.1 Estrutura ......................................................................................................... 16

4.3.1.1 Guias ........................................................................................................... 16

4.3.1.2 Tração ......................................................................................................... 18

4.3.1.3 Controle da CNC ......................................................................................... 20

4.3.1.4 Programas ................................................................................................... 23

4.3.1.5 Placa controladora (hadware) ...................................................................... 25

4.3.1.6 Fonte de alimentação ................................................................................... 26

5. MEMORIAL DE CALCULO ....................................................................................... 27

5.1 Dados .................................................................................................................... 27


5.2 Diagrama de Esforços ............................................................................................ 27
5.3 Cálculos ................................................................................................................. 28
5.3.1 Cálculo da velocidade de rotação (n) ............................................................... 28

5.3.2 Cálculo da potência de corte (Pc) .................................................................... 28

5.3.3 Cálculo da força de corte (Fc) e Eixo Z ........................................................... 29

5.3.4 Cálculos para dimensionamento dos eixos ...................................................... 31

5.3.4.1 Eixo “Y” ..................................................................................................... 31

5.3.4.2 Eixo “X” ..................................................................................................... 33

5.3.5 Cálculo para dimensionamento do exaustor..................................................... 35

6. CUSTO DO PROJETO................................................................................................. 37
7. MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTE, REPARO E LIMPEZA. ... 38

7.1 NR 12 .................................................................................................................... 38
7.2 Manutenção Preventiva .......................................................................................... 41
8. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA ............................................. 42

8.1 Analise Preliminar de Risco ................................................................................... 43


9. PLANO DE EXECUÇÃO DAS TAREFAS .................................................................. 44

10. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 55

11. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 56

12. APÊNDICE ............................................................................................................... 57


1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho acadêmico será apresentada uma breve pesquisa sobre o CNC Router e
seu respectivo projeto. Assim, desta forma expõe a fundamentação prática e teórica da
funcionalidade desta maquina de fabricação, que tem como principal foco a usinagem de
materiais tais como madeiras, plásticos, borrachas, metais não ferrosos, espumas, entre outros.
Desse modo buscou-se o dimensionamento de uma fresadora Router voltada para a
fabricação de peças em MDF de pequeno porte, com precisão decimal e que utilizasse um
sistema exaustor para a retirada dos resíduos causado pela usinagem. Assim, o trabalho foi
divido em quatro etapas: fundamentação teórica, procedimentos metodológicos, projeto
mecânico e eletroeletrônico, e a parte de registro de todos os dados em forma de trabalho de
diplomação.
Almeja-se assim, atingir um proposito, que a maquina tenha uma tolerância decimal de
0,1 mm, com baixo custo, baixo preço e que seja capaz de confeccionar letras, formas,
brindes, brinquedos, placas entre outros formatos.

11
2. CRONOGRAMA

Após a definição do projeto, foi elaborado o seguinte cronograma, do qual tem como
função mostrar através de uma tabela o tempo que será gasto na realização do projeto, de
acordo com as atividades a serem cumpridas.

Figura 1 - Cronograma

12
3. DIAGRAMA DE PROCESSOS

Desta forma foi desenvolvido um diagrama de processos que tem como propósito
fazer a análise inicial do processo, para definir o estado atual do fluxo de tarefas e entender se
estão de acordo com os objetivos e o planejamento estratégico, utilizando como base o Router
CNC.

Figura 2 - Diagrama de Processos


13
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 Introdução

A partir da segunda guerra mundial, as mudanças de demanda, o desenvolvimento


tecnológico e a concorrência internacional conduziram à produção de novos produtos em
ritmo mais acelerado. Um produto não podia sobreviver durante um longo período sem
melhoramentos na qualidade, nas suas propriedades e na sua eficiência; em outras palavras,
sem mudanças no projeto. Na maioria dos casos, o antigo processo de produção automatizada,
que somente aceitava pequenas mudanças no projeto, tornou-se inviável. As máquinas
automáticas, controladas por cames e limitadores mecânicos de difíceis ajustes, precisavam de
um novo tipo de sistema de controle, baseado em novo princípio, de fácil adaptação às
variações no projeto das peças e às exigências de produção.

4.2 História do CNC

O controle numérico (CN) é um método de controle dos movimentos de máquinas pela


interpretação direta de instruções codificadas na forma de números e letras. O sistema
interpreta os dados e gera o sinal de saída que controla os componentes da máquina. O
primeiro protótipo de máquina CN foi construído em 1952 no Massachusetts Institute of
Technology, era uma fresadora vertical copiadora, retrabalhada via “retrofitting” com
servomotores, utilizada no fresamento frontal de alumínio. Os dados de entrada foram
fornecidos através de fita perfurada, nos experimentos as peças foram fabricadas com sucesso,
precisas e de forma repetitiva sem intervenção do operador.
Com base neste equipamento, a indústria de máquinas ferramenta passou a projetar e
construir e vender máquinas CN. Posteriormente, estas máquinas foram equipadas com
controle numérico computadorizado (CNC) aumentando a flexibilidade, precisão e
versatilidade. O controle numérico computadorizado é uma evolução do controle numérico,
ele substituiu o controle por hardware por controle por software. Foram desenvolvidos dois
tipos de sistemas: o controle numérico direto e o controle numérico computadorizado. A
diferença reside no fato que no primeiro um único computador central controla várias
máquinas e no segundo cada máquina é equipada com o seu próprio processador.

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Figura 3 - Primeiro CN da história

A ordem cronológica do CNC:

 1947 - Parsons Corporation: Desenvolveu um sistema de controle que direciona um


cabeçote para vários pontos em sequência;
 1951 - Servomecanismo (MIT): Sistema de Parson mais computador;
 1952 - Cincinnati Milicron: Primeira fresadora vertical CN com 3GDL;
 1954 - Apresentação do 1º CN em público;
 1957 - Primeira produção de máquinas CN entregue e instalada;
 1960 - Máquinas CN disponíveis em larga escala;
 1970s-1980s - Centros de maquinagem;
 1990s-2000 - Programação à distância, Internet, CAM.

4.3 CNC Router

É um equipamento CNC controlado por computador, construído em estrutura metálica


e que é movimentado em vários eixos por fusos de esferas ou cremalheiras através de motores
de passo ou servo motores sobre guias lineares que executa trabalhos de gravação e corte 2D e
usinagem 3D com precisão decimal através de um Spindle com vários tipos de fresas em
substratos como Madeira, Acrílico, MDF, ACM, PVC expandido, Policarbonato, Chapas
metálicas, entre outros.

15
Figura 4 - CNC Router

4.3.1 Estrutura

A estrutura de uma Router CNC é uma das principais características, que define os
materiais que ela poderá trabalhar e o máximo de esforço que ela poderá exercer.
As máquinas Router de alta produção, onde seja necessário a execução de trabalhos
por um longo período, e que os materiais usinados sejam de alta resistência e com peso
considerável, provavelmente ela terá estrutura em ferro fundido ou em aço estrutural com
paredes de no mínimo 6 mm de espessura. No entanto o desenvolvimento de uma Router para
trabalhos moderados, sem esforços excessivos, a máquina provavelmente, será construída
com tubo de aço estrutural ASTM-A36 com paredes no máximo 4 mm de espessura e
alumínio.

4.3.1.1 Guias

O sistema de guia é utilizado para guiar de forma linear os eixos de sua Router CNC.
É onde os eixos da Router CNC se deslizaram para realizar os movimentos. Seu uso se deve
ao grande ângulo de contato, que reduz a folga, fornecendo capacidade de carga elevada feita
em movimentos bem suaves. Além é claro de oferecer um ótimo posicionamento das esferas
nos trilhos e patins. Existem diversos tipos de guias lineares, entre as principais estão:

16
4.3.1.1.1 Guia Linear Patim

Este tipo de guia linear é utilizado tanto em fabricação de Router CNC, quanto em
Fresadores e Centro de Usinagem, pois oferecem maior precisão, movimentos suaves e alta
capacidade de carga. Um bloco do guia linear de 15 mm (um dos menores da categoria), pode
suportar até 1 tonelada sobre ele, variando conforme o fabricante e o modelo. Para aplicar as
guias lineares tipo trilho de forma correta em uma Router CNC, a base do guia linear, deve ser
usinada e deve possuir um canal com a mesma largura do trilho. Desta forma, quando o trilho
for encaixado neste canal durante a montagem, não haverá possibilidade de torções e
desalinhamento do guia, garantindo que sua Router CNC execute movimentos preciso e
linear, sem variações de medidas das peças usinadas.

Figura 5 - Guia Linear Patim

4.3.1.1.2 Guia Linear com Pillow Block

Este tipo de guia oferece menor precisão se comparado com o tipo Patim, menor
resistência, menos capacidade de carga e não é indicado para trabalhar em ambiente com
excesso de pó, porém, relativamente, tem um custo inferior e é muito bem aceito em Router
CNC que executa trabalhos moderados e com pouca precisão.

Figura 6 - Guia Linear com Pillow Block


17
4.3.1.1.3 Guia Linear Adotado pelo Grupo

Foi adotado pelo grupo o guia linear com pillow block, pois além de oferecer um
preço mais acessível em relação ao guia linear tipo Patim, ele é ideal para locais que possuem
pouco pó e a máquina foi projetada para possuir um exaustor, exatamente para que não aja
tanta sujeira.

4.3.1.2 Tração

O sistema de tração é o mecanismo utilizado para movimentar os eixos da Router


CNC. Este sistema converte a rotação dos motores de tração (servo motor ou motor de passo)
em movimento dos eixos moveis. Temos dois principais tipos de sistema de tração:

4.3.1.2.1 Cremalheira

As cremalheiras são barras de aço dentado e engrenagens com o mesmo encaixe,


podendo ser estes encaixes retos ou helicoidais. As cremalheiras helicoidais oferecem
precisão superior quando comparada com as cremalheiras retas, além de menor ruído e
movimentos mais suaves. Para serem bem aplicadas às cremalheiras em uma Router CNC, ela
deve ser instalada com os dentes para baixo ou para o lado, para que não haja acúmulo de
sujeira sobre eles.

Figura 7 - Cremalheira

18
4.3.1.2.2 Fuso de Esfera

O fuso de esfera segue o conceito de rosca e porca para fazer o deslocamento. É


utilizada principalmente em Fresadoras CNC, pois oferece maior precisão, podendo executar
trabalhos de maiores tolerâncias. Para as máquinas Routers, são utilizados principalmente em
máquinas de menor tamanho, pois eleva o custo da Router CNC e exige maiores cuidados e
mais manutenção quando mal utilizado. Para serem bem utilizados em uma Router CNC, os
fusos devem ser sempre bem lubrificados.

Figura 8 - Fuso de Esferas

4.3.1.2.3 Correia Sincronizada

As correias sincronizadas geralmente são evitadas na fabricação de máquinas Routers


CNC, pois além de exigir muita manutenção, não é tão resistente se comparado ao fuso e
cremalheira, além de não oferecer precisão em longas distâncias quando sofre esforço
contrário do movimento do eixo.

Figura 9 - Correia Sincronizada

19
4.3.1.2.4 Sistema de tração adotado pelo grupo

O grupo optou pelo uso do sistema de tração que utiliza fuso de esferas, pois oferece
maior precisão, podendo executar trabalhos de maiores tolerâncias. E também por ser
empregadas principalmente em máquinas de menor tamanho.

4.3.1.3 Controle da CNC

Os movimentos da máquina CNC são controlados através de um software de


computador. Este envia sinais ao sistema elétrico que após serem devidamente tratados, são
amplificados e enviados aos motores, para o controle dos movimentos da máquina. Estes
softwares utilizam a porta paralela para enviar os dados de controle para o circuito, dentre os
sinais estão o controle de velocidade, direção, habilitação e o posicionamento de referência de
cada eixo.

4.3.1.3.1 Motor

Os dois tipos de motores que geralmente são usados em máquinas CNC são o de passo
e servo. São bem similares quanto à construção e alguns princípios básicos de funcionamento:
Ambos os motores incorporam um rotor com ima permanente, um estator com bobinas e não
possuem escovas ou comutadores, fato que permite uma vida útil bem longa. A vida útil de
um motor de passo ou servo motor, operando em condições normais de trabalho é de
aproximadamente 12 anos, período que pode ocorrer enfraquecimento do magnetismo do
rotor de ima permanente.

4.3.1.3.2 Servo Motor

Servos Motores são utilizados principalmente em máquinas Routers CNC que


realizam trabalhos de precisão e com alta velocidade, pois além de potentes, os Drivers dos
Servos Motores oferecem diversos recursos, que possibilitam garantir através de parâmetros,
o perfeito funcionamento e sincronia dos Motores de tração, além de garantir também, a
20
segurança dos motores através de alarmes de erros em caso de anomalias, como por exemplo,
excesso de esforço, variação de energia, excesso de rotação, entre outros.

Figura 10 - Servo Motores e Drivers

Basicamente, os servo motores são classificados em CA (corrente alternada) e CC


(corrente contínua), dependendo da natureza da alimentação de energia necessária para sua
operação. Os servo motores CC são de imã permanente com escova e é empregado em
projetos menores devido ao seu custo, eficiência e simplicidade. Já os servos CA são mais
frequentemente utilizados na indústria por suportar aplicações que demandam maior potência
e fornecer exatidão elevada no seu controle e baixíssima manutenção.
Os servos CA podem ser divididos em 2 categorias: Os síncronos e os de indução. Temos
ainda um terceiro tipo que por sua vez é mais empregado em aplicações menores (o motor de
passo). Veja na Figura abaixo os tipos de servo acionamento que podem ser encontrados
atualmente no mercado:

Figura 11 - Tipos de Servo Motores

Abaixo, temos uma tabela onde é possível visualizar as potências suportadas por cada tipo,
bem como vantagens de desvantagens de cada tipo de servo acionamento:

21
Tabela 1 - Potencia dos Servos Motores

Servo motor Servo motor


Característica Motor de Passo Servo motor cc
ca Síncrono ca Indução

Capacidade
– Menor de 100W – Menor do que 500W – De 100 a 3,5 KW – Acima de 3,5 KW
(watts)

– Alta Velocidade
– Alta Velocidade – Altos picos de
– Pequena dimensão externa
– Alto torque torque
– Compacto – Alto torque
Vantagens – Boa eficiência – Boa eficiência
– Custo reduzido – Boa eficiência e controle
operacional operacional
Custo acessível
– Baixa manutenção – Baixa manutenção
– Durabilidade

– Baixa eficiência
– Ruído
– Limite na retificação em
magnético
Desvantagens – Baixa confiabilidade – Custo alto capacidades menores
– Baixa
– Maior manutenção – Controle complexo
velocidade
– Custo elevado

4.3.1.3.3 Motor de Passo

Os motores de passo são os mais utilizados e os mais conhecidos, porém não oferecem
a mesma segurança e precisão que os Servos Motores oferecem. São utilizados principalmente
em máquinas Router CNC que não necessitam de trabalhos com precisão e alta velocidade.
Os motores que foram adotados e utilizados pelo grupo, são classificados quanto ao
tamanho pela norma NEMA (National Electrical Manufacturers Association). Os modelos
vêm disponíveis em diversos tamanhos e os que são geralmente usados em CNC são NEMA
17, NEMA 23, NEMA 34 e NEMA 42.

Figura 12 - Motor de Passo

22
Figura 13 - Especificação do Motor de Passo

4.3.1.4 Programas

Existem centenas de diferentes softwares usados para se trabalhar com uma máquina
CNC. No mínimo é necessário um programa de CAD que realize extensões “.dxf”, um CAM,
e por último, o controlador da máquina.
O CAD, Desenho Assistido por Computador (do inglês: Computer Aided Design) é
um nome genérico para programas utilizados para desenhos e projetos. Com estes programas
pode-se realizar o desenho / projeto que deseja produzir com sua máquina.
O CAM, Manufatura Auxiliada por Computador (do inglês: Computer Aided
Manufacturing) é um nome genérico para programas que podem definir a trajetória e rotinas
que a máquina CNC irá executar. Basicamente necessita-se da utilização de programas de
CAM para converter o seu desenho criado com um programa CAD, em linhas de comandos
que irão operar a máquina. Estes comandos são chamados de Código G, ou simplesmente G-
code.
Por fim o controlador CNC. Ele pode ser via software, instalado em um computador,
ou por hardware. O controlador é responsável por traduzir os códigos G gerados por um
programa CAM em movimentos e rotinas que a máquina CNC irá realizar.

23
4.3.1.4.1 Programa controlador da máquina

Figura 14 - Tela Inicial Programa Artsoft Mach3

O controlador de máquina CNC é um computador comum com o programa que realize


tal função, assim é possível economizar custos.
O grupo optou por usar o Artsoft Mach3 CNC, que possui diversos recursos de
controle, além de poder ser personalizado e usado para vários tipos de hardwares, como
Tornos, Lasers, “Routers” e Plamas, e possuir funcionalidade para telas touchscreen.
Funciona com a maioria dos PCs Desktop (não é compatível com notebooks) com Windows
para controlar os movimentos dos motores a partir do G-Code (código G), ou de forma
resumida, comunicar os motores com o computador.

Tabela 2 - Requisitos Mínimos para o PC

Requisitos Mínimos Recomendados:


Obs.: Requisitos se estiverem usando a porta paralela para controle de máquina.

PC Desktop (laptops não são suportados) com pelo menos uma porta paralela;

Versão de 32 bits do Windows 2000, Windows XP, Windows Vista ou Windows 7


(versões de 64 bits não funcionará);

CPU de 1 GHz;
512MB de RAM;

Placa de Vídeo não integrada com 32MB de RAM (arquivos de código G grandes,
especialmente arquivos 3D, exigirão uma placa de vídeo com 512MB de RAM ou mais).

24
4.3.1.5 Placa controladora (hadware)

A placa controladora faz a ligação de todos os componentes da CNC, como


exemplificado na imagem. É responsável por conectar o computador à placa e os motores.

Figura 15 - Conexão Pc-Drivers-Servo Motores

Figura 16 - Placa Driver

É responsável por comunicar o sistema operacional de computador e os motores.

25
4.3.1.6 Fonte de alimentação

Todas as placas controladoras terão alguma forma de fonte de alimentação


incorporada (autônoma ou integrada às mesmas) que fornecem a voltagem e a corrente
elétrica necessárias para acionar os motores.

Figura 17 - Exemplo de fonte de Alimentação para CNC

26
5. MEMORIAL DE CALCULO

5.1 Dados

Uma máquina-ferramenta do tipo fresadora requer uma estrutura rígida, que forneça
sustentação e elementos de máquina que proporcionem transmissão e conversão de potência
mecânica em uma movimentação precisa, com a menor folga possível.
Foram traçados os dados básicos dos requisitos que a máquina deverá atender:
 Área útil de usinagem: 1000 x 700 mm;
 Menor preço possível;
 Usinagem em materiais tais como: Alumínio, MDF com tensão máxima
σ
suportada: tr 180 MPa
 Espessura mínima da chapa: 3 mm (menor valor encontrado no mercado)
 Espessura máxima da chapa: 5 mm.
 Fresa máxima a ser utilizada na máquina: ∅ 10 mm
 Velocidade de corte: 250 mm/min
 A máquina deverá ser capaz de confeccionar letras, formas, brindes,
brinquedos, placas entre outros formatos.

5.2 Diagrama de Esforços

Figura 18 - Eixos da Router CNC

27
5.3 Cálculos

5.3.1 Cálculo da velocidade de rotação (n)

VC . 1000
n=
π.D

250 . 1000
n=
3,14 . 10

n = 7961 RPM

Onde:

n = velocidade de rotação [rpm]


Vc = velocidade de corte [m/min]
D = diâmetro da ferramenta [mm]

5.3.2 Cálculo da potência de corte (Pc)

Vf = Fz . Z . n
Vf = 0,07 . 3 . 7961
Vf = 1672 mm/min

ap . ae . Vf . Kc
Pc =
6

60 . 10 . η

6 . 10 . 1672 . 580
Pc =
6

60 . 10 . 0,8

Pc = 1.212 KW

Onde:

Pc = potência de corte [KW]


Vf = avanço da mesa [mm/min]
Fz = avanço por dente [mm]
Z = número de facas da ferramenta
28
n = velocidade de rotação [rpm]
ap = profundidade de corte (espessura da chapa usinada) [mm]
ae = largura do corte (diâmetro da ferramenta) [mm]
Kc = pressão específica de corte [MPa]
η = coeficiente de eficiência da máquina [%]

5.3.3 Cálculo da força de corte (Fc) e Eixo Z

360 . fz . ae
h=
Φ. π. D

360 . 0,07 . 10
h=
180 . 3,14 . 10

h = 0,0446mm

Ø
Zc = 3 .
360

180
Zc = 3 .
360

Zc = 1,5

Fc = Kc . ap . Zc . h(1-mc)

Fc = 580 . 6 . 1.5 . 0,0446(0,53)

Fc = 1004 N ≈ 104 Kgf

O eixo Z sofre diretamente o esforço da força de corte, pois não tem distância para ter
momento aplicado, portanto o diâmetro do eixo foi selecionado a partir da força de corte (Fc)
dada em “Kgf”. Assim baseado na capacidade de carga retirada do catalogo da NKS, foi
possível adotar o diâmetro do eixo a começar de 10 mm, sendo assim o grupo optou pelo uso
do diâmetro de 18 mm.

29
Tabela 3 - Fusos da NKS

Figura 19 - Esforço Eixo Z

Onde:

Fc = força de corte [N]


h = espessura do cavaco [mm]
Fz = avanço por dente [mm]
ae = largura do corte (diâmetro da ferramenta) [mm]
Φ = ângulo da ferramenta em contato no momento do corte [graus]
D = diâmetro da ferramenta [mm]
Zc = número de dentes em contato com a peça no momento do corte
Kc = pressão específica de corte [MPa]
ap = profundidade de corte (espessura da chapa usinada) [mm]
(1-mc) = expoente de Kienzle

30
5.3.4 Cálculos para dimensionamento dos eixos

5.3.4.1 Eixo “Y”

Figura 20 - Eixo Y

RVBy

350 350

RHAy

FC= 1004N

RVAy
Figura 21 - Esforços Eixo Y

31
ΣFv=0 +
RVA – RVB = 0

ΣFh = 0 +
1004N – RHA = 0
RHA = 1004N

ΣM(A) = 0 (sentido horário+)


- (1004N . 230mm) + (RVB . 700mm) = 0
(- 230920N.mm) + RVB . 700mm = 0
RVB = 230920N.mm / 700mm
RVB = 329,89N

RVA – 329,89N = 0
RVA = 329,89N

Dimensionamento da seção do eixo ”y” (Ø)

Ø 25,72
= 519,3 mm2
3 NS . MFmáx . 32
D= √
π . esc σ

Ø 19 Ø 19
3 6 . (329,89 . 350) . 32
D=√ = 566,77 mm2
3,14 . 415

D= 25,72mm (adotado 2 eixos de D = 19mm)

Onde:

D = diâmetro
NS = Coeficiente de segurança
MFmáx = Momento fletor máximo [N.mm]
σesc = Limite de tensão ao escoamento [MPa]

32
5.3.4.2 Eixo “X”

Figura 22 - Eixo X

RVBx

500 500

RHAx

RVAx FC= 1004N

Figura 23 - Esforços Eixo X

33
ΣFv = 0 +
RVA – RVB = 0

ΣFh = 0 +
1004N – RHA = 0
RHA = 1004N

ΣM(A) = 0 (sentido horário+)


- (1004N . 230mm) + (RVB . 1000mm) = 0
(- 230920N.mm) + RVB . 1000mm = 0
RVB = 230920N.mm / 1000mm
RVB = 230,92N

RVA – 230,92N = 0
RVA = 230,92N

Dimensionamento da seção do eixo ”x” (Ø)

3 NS . MFmáx . 32
D= √
σ
π . esc

3 6 . (329,89 . 500) . 32
D= √
3,14 . 415

D= 25,72 (adotado 2 eixos de D = 16mm)

Onde:

D = diâmetro
NS = Coeficiente de segurança
MFmáx = Momento fletor máximo [N.mm]
σesc = Limite de tensão ao escoamento [MPa]
34
Material selecionado para fabricação do eixo:
AISI C1045 Laminado sem tratamento térmico
Limite de tensão ao escoamento (σe) = 415MPa.
Coeficiente de segurança adotado (Ns) = 6.

5.3.5 Cálculo para dimensionamento do exaustor

Q=V.S

Q = 15 m/s . (3,14 . 352 mm )


Q = 15 m/s . 3846,5mm2
Q = 15 m/s . 0,004m2

Q = 0,06m3/s

Onde:

Q = vazão [m3]
V = velocidade de transporte [m/s]
Q = [m3/s]

Obs.: Área indicada de acordo com seção do tubo adotado, e velocidade de transporte
conforme tabela em anexo.

Tabela 4 - Contaminant Transport Velocities

Tabela 5 - Velocidades de transporte de contaminantes


Velocidade mínima de
Natureza do contaminante Exemplos
transporte, m/s.
Fiapos de algodão, farinha de
Poeira clara muito fina Geralmente de 13 a 15
madeira, pó de lítio.
35
36
6. CUSTO DO PROJETO

Após o dimensionamento da estrutura da maquina foi possível identificar quais


componentes era necessário para a montagem do projeto, e assim foi elaborada uma tabela de
custo, a qual contém quantidade, descrição, tipo e o valor dos materiais que foram utilizados
no protótipo.

Tabela 6 - Custo

16 12 Parafusos Allen Aço 6x25 mm R$ 0,25 R$ 3,00


15 48 Parafusos Allen Aço 5x20 mm R$ 0,20 R$ 9,60
14 10 Parafusos Allen Aço M4x20 mm R$ 0,15 R$ 1,50
13 10 Parafusos Allen Aço M4x50 mm R$ 0,25 R$ 2,50
Parafusos Cabeça
12 12 Aço 3/16"x3" R$ 0,25 R$ 3,00
redonda
11 10 Arruelas Aço M6 R$ 0,10 R$ 1,00
10 100 Arruelas Aço M5 R$ 0,10 R$ 10,00
9 50 Arruelas Aço M4 R$ 0,10 R$ 5,00
Chapas de ½” para R$ 22,00
8 18 Kg Alumínio Kg R$ 396,00
usinagem Kg
7 1 Kit control. drive cnc ----- ----- R$ 490,00 R$ 490,00
6 1 Software ArtCam ----- ----- R$ 130,00 R$ 130,00
5 3 Acoplamento ----- ----- R$ 13,00 R$ 39,00
4 3 Motor de passo ----- ----- R$ 80,00 R$ 240,00
3 3 Fuso Trapezoidal Aço ----- R$ 100,00 R$ 300,00
Eixo Retificado 16
2 6 Aço ----- R$ 25,00 R$ 150,00
mm
1 12 Pillowblock Alumínio ----- R$ 30,75 R$ 369,00
Item Quant. Descrição Material Dimensões Preço Sub Total

Custo Total R$ 2.149,60

37
7. MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTE, REPARO E LIMPEZA.
(Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

7.1 NR 12

12.111. As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e corretiva, na


forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas técnicas oficiais nacionais
vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais.

12.111.1. As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho devem ser objeto
de planejamento e gerenciamento efetuado por profissional legalmente habilitado.

12.112. As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, ficha ou
sistema informatizado, com os seguintes dados:

a) cronograma de manutenção;
b) intervenções realizadas;
c) data da realização de cada intervenção;
d) serviço realizado;
e) peças reparadas ou substituídas;
f) condições de segurança do equipamento;
g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e h) nome do responsável pela
execução das intervenções.

12.112.1. O registro das manutenções deve ficar disponível aos trabalhadores envolvidos na operação,
manutenção e reparos, bem como à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, ao Serviço
de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e à fiscalização do Ministério do Trabalho e
Emprego.

12.113. A manutenção, inspeção, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenções que se fizerem
necessárias devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados ou legalmente
habilitados, formalmente autorizados pelo empregador, com as máquinas e equipamentos parados e
adoção dos seguintes procedimentos:

38
a) isolamento e descarga de todas as fontes de energia das máquinas e equipamentos, de modo visível
ou facilmente identificável por meio dos dispositivos de comando;
b) bloqueio mecânico e elétrico na posição “desligado” ou “fechado” de todos os dispositivos de corte
de fontes de energia, a fim de impedir a reenergização, e sinalização com cartão ou etiqueta de
bloqueio contendo o horário e a data do bloqueio, o motivo da manutenção e o nome do responsável;
c) medidas que garantam que à jusante dos pontos de corte de energia não exista possibilidade de gerar
risco de acidentes;
d) medidas adicionais de segurança, quando for realizada manutenção, inspeção e reparos de
equipamentos ou máquinas sustentados somente por sistemas hidráulicos e pneumáticos; e
e) sistemas de retenção com trava mecânica, para evitar o movimento de retorno acidental de partes
basculadas ou articuladas abertas das máquinas e equipamentos.

12.113.1. Para situações especiais de regulagem, ajuste, limpeza, pesquisa de defeitos e


inconformidades, em que não seja possível o cumprimento das condições estabelecidas no item
12.113, e em outras situações que impliquem a redução do nível de segurança das máquinas e
equipamentos e houver necessidade de acesso às zonas de perigo, deve ser possível selecionar um
modo de operação que:

a) torne inoperante o modo de comando automático;


b) permita a realização dos serviços com o uso de dispositivo de acionamento de ação continuada
associado à redução da velocidade, ou dispositivos de comando por movimento limitado;
c) impeça a mudança por trabalhadores não autorizados;
d) a seleção corresponda a um único modo de comando ou de funcionamento;
e) quando selecionado, tenha prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceção da
parada de emergência; e
f) torne a seleção visível, clara e facilmente identificável.

12.114 manutenção de máquinas e equipamentos contemplará, quando indicado pelo fabricante, dentre
outros itens, a realização de ensaios não destrutivos - END, nas estruturas e componentes submetidos a
solicitações de força e cuja ruptura ou desgaste possa ocasionar acidentes. (Alterado pela Portaria
MTPS 509/2016)

12.114. A manutenção de máquinas e equipamentos contemplará, dentre outros itens, a realização de


ensaios não destrutivos – END, nas estruturas e componentes submetidos a solicitações de força e cuja
ruptura ou desgaste possa ocasionar acidentes.

39
12.114.1. Os ensaios não destrutivos – END, quando realizados, devem atender às normas técnicas
oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, normas técnicas internacionais.

12.115. Nas manutenções das máquinas e equipamentos, sempre que detectado qualquer defeito em
peça ou componente que comprometa a segurança, deve ser providenciada sua reparação ou
substituição imediata por outra peça ou componente original ou equivalente, de modo a garantir as
mesmas características e condições seguras de uso.

40
7.2 Manutenção Preventiva

Tabela 7 - Manutenção Preventiva

MANUTENÇÃO PREVENTIVA CNC ROUTER


On/ RECOMENDAÇÕES
QUANDO? OQUE? QUEM
Off TÉCNICAS

Limpe todos os detritos da


máquina (sopre com ar Operador
pressurizado após cada peça) Os portas-ferramentas e
Diariamente Off os eixos do motor do
Inspecione suportes de eixo podem ser limpos
Operador
ferramentas para limpeza com solventes inibidores
de ferrugem.
Inspecione conicidade interna
Operador
do motor do fuso

Graxa recomendada:
Lubrifique todos os parafusos Multiuso à base de lítio
Semanalmente Manutenção Off
e guias lineares - M500 Branca 200
ml/140g Fabricante:
Baston.

Carregar todos os dados da


máquina via RS232 ou
Ethernet (parâmetros de Operador
máquina e arquivos de
programa)
On
Copie os dados da máquina
Siga os procedimentos
Mensalmente para uma unidade de CD ou
Operador de segurança individuais
USB e armazene-os em um
da empresa.
local seguro

Inspecione gabinetes elétricos


- verifique se há limpeza (a
Operador Off
força da máquina deve estar
desligada)

Limpe os conjuntos secos e


execute a calibração de erros Manutenção Ao usar ar pressurizado
em todos os eixos para limpar
componentes
Inspecione todas as conexões
Semestralmente Off eletrônicos, certifique-se
de fiação nos gabinetes da Manutenção
de que não haja umidade
máquina
presente, utilizar EPI em
Inspecione escovas em todas as etapas.
Manutenção
servomotores

41
8. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA

12.130. Devem ser elaborados procedimentos de trabalho e segurança específicos, padronizados, com
descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, a partir da análise de risco.

12.130.1. Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as únicas medidas de proteção
adotadas para se prevenir acidentes, sendo considerados complementos e não substitutos das medidas
de proteção coletivas necessárias para a garantia da segurança e saúde dos trabalhadores.

12.131. Ao inicio de cada turno de trabalho ou após nova preparação da máquina ou equipamento, o
operador deve efetuar inspeção rotineira das condições de operacionalidade e segurança e, se
constatadas anormalidades que afetem a segurança, as atividades devem ser interrompidas, com a
comunicação ao superior hierárquico.

12.132 Os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em máquinas e equipamentos, exceto
operação, devem ser planejados e realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e
segurança, sob supervisão e anuência expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que
autorizados. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509/2016)

12.132. Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de trabalho devem
ser planejados e realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e segurança, sob
supervisão e anuência expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados.

2.132.1 Os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em máquinas e equipamentos, exceto
operação, devem ser precedidos de ordens de serviço - OS - específicas, contendo, no mínimo:
(Alterado pela Alterado pela Portaria MTPS n.º 509/2016)

12.132.1. Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de trabalho


devem ser precedidos de ordens de serviço – OS - específicas, contendo, no mínimo:

a) a descrição do serviço;
b) a data e o local de realização;
c) o nome e a função dos trabalhadores; e
d) os responsáveis pelo serviço e pela emissão da OS, de acordo com os procedimentos de trabalho e
segurança.

12.132.2 As empresas que não possuem serviço próprio de manutenção de suas máquinas ficam
desobrigadas de elaborar procedimentos de trabalho e segurança para essa finalidade. ( (Alterado pela
Alterado pela Portaria MTPS n.º 509/2016)

42
8.1 Analise Preliminar de Risco

Tabela 8 - Analise Preliminar de Risco

ANALISE PRELIMINAR DE RISCO

ACIDENTES O QUE? QUEM? EPI


Luva, óculos
A máquina é energizada para comandar o protetor, calcado
ELETRICIDADE sistema CNC com tensão de entrada de OPERADOR de borracha,
110V ou 220V. casquete ou
capacete.

A usinagem do material MDF gera


Máscara
detritos. O pó da usinagem pode
protetora, óculos
MATERIAL prejudicar o operador, podendo penetrar OPERADOR
protetor e creme
nas narinas, causar alergias nos olhos e
de mão protetor.
irritabilidade na pele.

As trocas das ferramentas não são


automáticas, o operador deve substituir as
fresas para as dimensões escolhidas,
Luva protetora,
FERRAMENTAS podendo assim cortar as mãos nas OPERADOR
óculos protetor.
substituições. Durante o momento da
usinagem pode ocorrer acavalamentos
onde detritos podem atingir o operador.

Alguns sistemas de tração geram ruídos


Protetor
AUDIOMETRIA constantes e altos, podendo prejudicar o OPERADOR
auricular.
sistema de audição do operador.

43
9. PLANO DE EXECUÇÃO DAS TAREFAS

Tabela 9 - Plano de Execução Chapa Central

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando


processos de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Ordem de Execução da Tarefa Material: Alumínio


1 - Fresar o primeiro topo com esquadro e remover a rebarba do
material.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
2 - Virar a peça e fresar o segundo topo, deixando com 127 mm.
3 - Fresar os rebaixos de 50 x 12 e 25 x 127 mm.
4 - Pintar a peça e traçar as medidas dos furos de ø 5 e 6 mm.
5 – Puncionar e furar as medidas traçadas com brocas de ø 5 e 6
mm.
6 – Fazer chanfros laterais superiores com 2 x 2 mm.
N° do Desenho:
TAREFA

1 Chapa Central

ROUTER CNC

44
Tabela 10 - Plano de Execução Chapa Lateral

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando


processos de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Ordem de Execução da Tarefa Material: Alumínio


1 - Fresar até limpar a superfície da face, virar a peça e fresar até
12,7 mm.
2 - Fresar o topo do material até 50,8 mm.
Obs.: Esquadrejar o primeiro lado.

3 - Com a fresa de top, fresar o rebaixo de 50,8 x 12,7 mm.

4 - Pintar a peça e traçar os furos.

5 - Puncionar os furos traçados e furar com broca de 3,5 mm.

6 – Fazer a rosca M4 nos furos N° do Desenho:


TAREFA

2 Chapa Lateral

ROUTER CNC

45
Tabela 11 - Plano de Execução Chapa Dianteira e Traseira

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando


processos de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Ordem de Execução da Tarefa Material: Alumínio


1 - Fixar material na morsa da fresadora.
2 - Fresar a primeira face, remover as rebarbas, virar a peça e
fresar a segunda face, deixando com 12,7 mm.
3 - Fresar o primeiro topo com esquadro, remover as rebarbas,
virar a peça e fresar o segundo topo, deixando com 127 mm.

4 - Fresar o primeiro lado com esquadro, remover as rebarbas,


virar a peça e fresar segundo lado, deixando com 450 mm.

5 - Pintar a peça e traçar as medidas de 20x20, 12,7x127 e 20 x


366,7 mm e os furos de ø 4; 4,30; 6,30 e 18 mm.

6 - Fresar os rebaixos de 20x20, 12,7x127 e 20 x 366,7 mm.

7 - Furar as medidas traçadas com brocas de ø 4; 4,30; 6,30 e 18


N° do Desenho:
mm.
TAREFA

3 Chapa Dianteira e Traseira

ROUTER CNC

46
Tabela 12 - Plano de Execução Eixo X

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando processos de


usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Ordem de Execução da Tarefa Material: Alumínio


1 - Facear o material na medida de 424 mm; chanfrar com 1x45°.
2 - Tornear o rebaixo na medida de ø 16,5 mm.
3 - Furar com broca de ø 5 mm.
Obs.: Fazer furo de centro e furar anteriormente com broca de 12 mm

4 - Fazer rosca M6 x 30.

5 - Retificar peça com ø 16 mm. N° do Desenho:


TAREFA

4 Eixo X

ROUTER CNC

47
Tabela 13 - Plano de Execução Eixo Y

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando


processos de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Ordem de Execução da Tarefa Material: Alumínio


1 - Facear o material na medida de 422 mm.
2 - Tornear o rebaixo na medida de ø 16,5 mm e chanfrar com
1x45°.
3 - Furar com broca de ø 5 mm.
Obs.: Primeiro furar com broca de centro de ø 5 mm.
4 - Fazer rosca M6 x 35 mm nos dois lados.
5 - Retificar com ø 16 mm. N° do Desenho:
TAREFA

5 Eixo Y

ROUTER CNC

48
Tabela 14 - Fuso do Eixo X

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando


processos de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Material: Aço SAE


Ordem de Execução da Tarefa
1045
1 – Fixar o material na placa e facear com 490 mm de
comprimento.
Obs.: Utilizar EPI; Não deixar a chave na placa; Cuidado com os
cavacos quentes e cortantes.
2 - Marcar e desbastar rebaixo de ø 41,3 x 8 mm.
Obs.: Manter o alinhamento do carro superior com o barramento.
3 - Furar com broca de centro de ø 5 mm e escarear
4 - Chanfrar os cantos em 1x45°, virar a peça e fixar o material
entre placa e ponta.
5 - Marcar e desbastar rebaixo de ø 24,7 x 8 mm.
Obs.: Manter o alinhamento do carro superior com o barramento.
6 - Furar com broca de centro de ø 5 mm e escarear
7 - Chanfrar os cantos em 1x45°.
8 - Rosquear com rosca trapezoidal TR16. N° do Desenho:
TAREFA

6 Fuso do Eixo X

ROUTER CNC

49
Tabela 15 - Plano de Execução Fuso do Eixo Y

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando processos de


usinagem seguindo o plano de execução elaborado.

Desenho:
Informações
Tecnológicas

Material: Aço
Ordem de Execução da Tarefa
SAE 1045
1 - Fixar o material na placa e facear com 510 mm.
Obs.: Utilizar EPI; Não deixar a chave na placa; Cuidado com os
cavacos quentes e cortantes.
2 - Marcar e desbastar rebaixo de 37,7 x 8 mm e chanfrar os cantos em
1x45°.
Obs.: Manter o alinhamento do carro superior com o barramento.

3 - Virar a peça, desbastar 24,7 x 8 mm e chanfrar os cantos em 1x45°.


Obs.: Manter o alinhamento do carro superior com o barramento.

4 - Furar com broca de centro de ø 5 mm e escarear.

5 - Rosquear com rosca trapezoidal TR16. N° do Desenho:


TAREFA
7 Fuso do Eixo Y
ROUTER CNC

50
Tabela 16 - Plano de Execução Pórtico

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando processos


de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Material: Aço
Ordem de Execução da Tarefa
SAE 1045
1 - Fixar material na morsa da fresadora e limpar a superfície das
faces.
Obs.: verifique se o material está preso corretamente.
2 - Retirar a peça da fresadora e tirar as rebarbas das partes
fresadas.
3 - Fresar a segunda face, deixando 12,5 mm de espessura (0,5 de
sobremetal para acabamento).
4 - Fresar o primeiro topo com esquadro, tirar a rebarba do material,
virar a peça e fresar o segundo lado, deixando com 125 mm.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
5 - Fresar o primeiro lado com esquadro, tirar a rebarba do material,
virar a peça e fresar segundo lado, deixando com 350 mm.
6 - Pintar a peça com tinta para traçagem e traçar rebaixo de 50,8 x
12,7 mm, as medidas de 90x40 mm e 10x10 mm e os furos de ø 4, 5
e 6,3 mm.
7 - Fresar rebaixo de 50,8 x 12,7 mm.
Obs.: verificar as medidas traçadas.
8 - Fresar rebaixo de 160x40 mm.
Obs.: verificar as medidas traçadas.
9 - Limar medidas traçadas de 90 x 40 e 10 x 10 mm.
10 - Retificar as duas faces deixando com 12 mm.
11 - Furar a peça com as brocas indicadas. N° do Desenho:
TAREFA
8 Pórtico
ROUTER CNC
51
Tabela 17 - Plano de Execução Reforço Inferior

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando


processos de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Ordem de Execução da Tarefa Material: Alumínio


1 - Limpar a superfície da primeira face.
2 - Tirar as rebarbas do lado fresado.
3 - Fresar a segunda face deixando com 12,7 mm.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
4 - Fresar o primeiro topo com esquadro e tirar a rebarba do
material.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.

5 - Virar a peça e fresar o segundo topo, deixando com 50,8 mm.

6 - Fresar a primeira lateral com esquadro e tirar a rebarba do


material.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
7 - Virar a peça e fresar a segunda lateral, deixando com 379,4
mm.
8 - Pintar a peça e traçar os furos de ø 4,2 mm.
9 - Puncionar e furar os furos de ø 4,2 mm. N° do Desenho:
TAREFA
9 Reforço Inferior

ROUTER CNC

52
Tabela 18 - Plano de Execução Reforço Traseiro do Eixo Y

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando


processos de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Ordem de Execução da Tarefa Material: Alumínio


1 - Limpar a superfície da primeira face.
2 - Tirar as rebarbas do lado fresado.
3 - Fresar a segunda face deixando com 12,7 mm.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
4 - Fresar o primeiro topo com esquadro e tirar a rebarba do
material.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
5 - Virar a peça e fresar o segundo topo, deixando com 50,8 mm.
6 - Fresar a primeira lateral com esquadro e tirar a rebarba do
material.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
7 - Virar a peça e fresar a segunda lateral, deixando com 456
mm.
8 - Pintar a peça e traçar os furos de ø 4,2 mm.
9 - Puncionar e furar os furos de ø 4,2 mm. N° do Desenho:
TAREFA

10 Reforço Traseiro do Eixo Y

ROUTER CNC

53
Tabela 19 - Plano de Execução Suporte Pórtico

OBJETIVO GERAL: Construir tarefa conforme desenho fornecido, utilizando


processos de usinagem seguindo o plano de execução elaborado.
Desenho:

Informações
Tecnológicas

Ordem de Execução da Tarefa Material: Alumínio


1 - Limpar a superfície da primeira face.
2 - Tirar as rebarbas do lado fresado.
3 - Fresar a segunda face deixando com 25 mm.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
4 - Fresar o primeiro topo com esquadro e tirar a rebarba do
material.
Obs.: Utilizar calços adequados para posicionamento da peça.
5 - Virar a peça e fresar o segundo topo, deixando com 50 mm.
6 - Fresar a primeira lateral com esquadro e tirar a rebarba do
material.
7 - Virar a peça e fresar a segunda lateral, deixando com 125
mm.
8 - Pintar a peça e traçar os furos de ø 5 e 6 mm.
9 - Puncionar e furar com brocas de ø 5 e 6 mm. N° do Desenho:
TAREFA
11 Suporte Pórtico
ROUTER CNC

54
10. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos considera-se que o projeto desenvolvido atendeu


com êxito e satisfação de todos objetivos propostos, com máquina compacta com tamanho de
1000 x 700 (C x L), precisa com resolução de 0,1 mm e velocidade de corte de 250 mm/min.
Além disso, foi possível observar na prática o aprendizado em sala de aula,
acreditando-se que o esforço e dedicação aplicados neste projeto sejam de grande
aproveitamento aos integrantes do grupo.
Dada complexidade e a quantidade de áreas tecnológicas envolvidas, surgiram vários
desafios durante as etapas do projeto e fabricação, exigindo a integração do conhecimento
obtido em cada unidade curricular do curso de técnico em Mecânica, e auxílio dos professores
orientadores.
Por fim e não menos importante, é necessário o emprego de novas tecnologias na
máquina, tais como enclausuramento para um melhor proveito do exaustor e um sistema de
movimento mais eficaz para que tenha uma melhor precisão em sua resolução.

55
11. REFERÊNCIAS

“Servo Motor: Veja como Funciona e Quais os Tipos”, Citisystems. Disponível em:
<https://www.citisystems.com.br/servo-motor/>. Acesso em 17 de Novembro de 2017

Fórmulas para fresamento, Sandvik. Disponível em: <https://www.sandvik.coromant.com/pt-


pt/knowledge/milling/formulas_and_definitions/formulas>. Acesso em 07 de março de 2018.

Fórmulas para fresamento, mitsubishi materials. Disponível em:


<http://www.mmbrcarbide.com.br/technical_information/tec_rotating_tools/face_mills/tec_m
illing_formula/tec_milling_formula>. Acesso em 07 de março de 2018.

Fórmulas para fresamento, Emuge Franken. Disponível em: <http://www.emuge-


franken.com.br/brochures.asp>. Acesso em 07 de março de 2018.

Fórmulas para força de corte, Portal Metálica. Disponível em:


<http://wwwo.metalica.com.br/equacionamento-da-forca-de-corte>. Acesso em 07 de março
de 2018.

Propriedades mecânicas do material, Gerdau. Disponível em:


<http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariamecanica/maprotec/catalogo_acos
_gerdau.pdf>. Acesso em 07 de março de 2018.

Livro: Sarkis Melconian - Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais.

Livro: Caspar Erich Stemmer - Ferramentas de Corte / 1989.

Fórmulas Exaustão. Disponível em:


<http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM184/VENTILACAO_LOCAL_EXAUSTORA/INDU
STRIAL%20LOCAL%20EXHAUST%20SYSTEMS.pdf>. Acesso em 07 de março de 2018.

“Máquinas CNC algumas definições e considerações”, SOS Engenhocas. Disponível em:


<http://www.sosengenhocas.com/2016/10/maquinas-cnc-algumas-definicoes-e.html>. Acesso
em: 21 de março de 2018.

“O QUE É ROUTER CNC?”. Disponível em: <https://www.machcnc.net/o-que-e-router-


cnc>. Acesso em 18 de abril de 2018.

“O que é Router CNC”, Jaraguá CNC. Disponível em: <https://jaraguacnc.com.br/o-que-e-


router-cnc.html>. Acesso em 18 de abril de 2018.

Motor de passo, Kalatec Automação. <http://www.kalatec.com.br/motoresdepasso/motor-de-


passo/>. Acesso em 11 de abril de 2018.

“Máquinas CNC: A história do Comando Numérico Computadorizado”, Protoptimus.


Disponivel em: <http://www.protoptimus.com.br/maquinas-cnc-historia-comando-numerico-
computadorizado/>. Acesso em: 11 de abril de 2018.

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12. APÊNDICE

A seguir, serão apresentados os desenhos referentes à parte mecânica da máquina,


contendo suas medidas, tolerâncias dimensionais, rugosidades e as tolerâncias geométricas.
Podendo assim dar complemento aos planos de execução.
Também é possível encontrar em anexo o diagrama eletrônico que foi utilizado para
fazer a ligação da máquina com os drivers e assim, poder realizar movimentos através dos
motores de passo.

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