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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

Confecção Industrial

Divinópolis - MG
2018

1
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior

Diretor Regional do SENAI


Cláudio Marcassa

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcântara

Diretor do Centro de Formação Profissional Anielo Greco


Cristiano Ribeiro Ferreira Jácome

2
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
Centro de Formação Profissional Anielo Greco

Confecção Industrial

Divinópolis - MG
2018

3
© 2018. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais.

SENAI/MG
Centro de Formação Profissional Anielo Greco

Ficha Catalográfica

S474c

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional MG.


Confecção industrial. Belo Horizonte: SENAI DR-MG, 2018.

53 p. : il.

1. Confecção. 2. Maquinário. 3. Qualidade. 4. Controle de Qualidade.


I. Título. II. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

CDU: 687

SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais

4
Sumário

Prefácio ............................................................................................... 07
Histórico .............................................................................................. 08
Apresentação ...................................................................................... 11

UNIDADE I
1.1 Cuidados Especiais ...................................................................... 12
1.2 Posição dos Pés no Pedal ............................................................ 13

UNIDADE II
2.1 Índice de Eficiência ....................................................................... 15
2.2 Economia de Movimentos ............................................................. 16

UNIDADE III
3.1 Controle de Qualidade .................................................................. 17

UNIDADE IV
4.1 Máquina de Costura Reta ............................................................. 20
4.1.1 Divisões da Agulha .................................................................... 21
4.1.2 Nomenclatura ............................................................................. 22
4.1.3 Caixa de Bobina ......................................................................... 24
4.1.4 Lançadeira ................................................................................. 25
4.1.5 Enchedor de Bobina .................................................................. 26
4.1.6 Nomenclatura das Partes do Cabeçote ..................................... 27
4.1.7 Conjunto de Tensão de Linhas .................................................. 29
4.1.8 Regulagem de Pontos ................................................................ 30

UNIDADE V
5.1 Máquina de Costura Overlock e Interlock
5.1.1 Overlock ..................................................................................... 32
5.1.1.1 Nomenclatura das Partes do Cabeçote .................................. 33
5.1.2 Interlock ..................................................................................... 37
5.1.2.1 Comprimento do Ponto ........................................................... 38

UNIDADE VI
6.1 Máquinas Especiais
6.1.1 Galoneira ................................................................................... 39
6.1.1.1 Nomenclatura .......................................................................... 40
6.1.2 Travete ....................................................................................... 41
6.1.3 Caseadeira ................................................................................. 42
6.1.4 Botoneira ................................................................................... 43
6.1.5 Máquina de Cós ......................................................................... 44
6.1.6 Máquina de Elástico ................................................................... 45
6.1.7 Máquina de Braço ...................................................................... 46
UNIDADE VII

5
7.1 Acessórios Para Máquina Reta ..................................................... 47
7.1.1 Guias de Tecido ......................................................................... 48
7.1.2 Calcador ..................................................................................... 49
7.1.3 Embainhador .............................................................................. 51
7.2 Acessórios Para Máquina Overlock .............................................. 52

Referências Bibliográficas ........................................................................... 53

6
Prefácio

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e


consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito da
competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada”.

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica,


amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária.
Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de
suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto
zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada!

Gerência de Educação Profissional

7
Histórico

HISTÓRIA DA MÁQUINA DE COSTURA

Com o aparecimento da máquina de coser, a arte da costura passou por


grande transformação. Foram muitas as tentativas feitas para se conseguir por
meios mecânicos a imitação da costura feita à mão, com resultado satisfatório.
Procurou-se fazer entrar uma agulha no tecido por meios de dedos mecânicos
que pareciam dentes, o que resultou em fracasso. Era preciso um meio de não
segurar o tecido entre os dedos. Idealizaram-se outros engenhos até se chegar a
resultados satisfatórios, com o aparecimento da bobina ou carretel, onde o fio era
enrolado.
Então começaram a aparecer dispositivos que a cada pontada da agulha
soltava o fio, conseguindo-se assim uma costura uniforme.
Na máquina, a macha do fio é continua do carretel para o pano, e só podendo
passar através do pano em forma de alça ou cadeia, foi preciso escolher uma agulha
apropriada e surgiu a agulha com orifício perto da ponta.
Na costura a mão, o fio é fixo na agulha e o trabalho não se move,
determinando-se a olho o comprimento do ponto cujo tamanho é mais ou menos
variável, já na máquina, o pano é que se move sob a agulha, avançando a impulsos
regulares e com precisão, de maneira que o comprimento do ponto e a tensão do fio
são uniformes.

OS PRIMÓRDIOS

As tentativas para a descoberta de um meio mecânico de coser iniciaram-se em fins do


SECULO XVIII. Em 1.770, um inglês chamado THOMAS SAINT conseguiu patentear um evento
que já tinha algumas características da atual máquina de costura.
No ano de 1.775, o alemão F. WEISENTHAL recebia o diploma de invenção de um
aparelho munido de uma agulha com duas pontas a qual tinha no centro, um orifício. Esta
agulha podia, no mesmo tempo, atravessar de lado a lado o tecido e movia-se de trás para
frente por meios de dentes colocados nos lados, este aparelho fazia uma espécie de bordado
que era o ponto de cadeia. Esta invenção, porem, não chegou a alcançar êxito.
Mais tarde, TOMAS SAINT, J. DUCAN, J. A DODG, HUNT e B. THIMMONNIER
procuraram aperfeiçoar a máquina. Em 1.790, o americano TOMAS SAINT, patenteou uma
máquina mais aperfeiçoada que fazia a costura com o ponto mais firme, o que faltava à
máquina de WEISENTHAL. Esta máquina era quase totalmente de madeira, com um braço
saliente no qual se colocava uma agulha vertical e um furador que fazia os buracos antes. Na
parte superior, colocava-se um carretel que distribuía o fio.
O ponto de cadeia era igual o da primeira máquina, mas com era mais firme, servia também
para costuras grossas. Esta máquina também não interessou ao publico,

e outras vieram de menor ou maior importância, sem nenhuma probabilidade de sucesso.

8
As máquinas, como todas as invenções, encontrou grande oposição.
Os artífices ficaram alarmados com sua aplicação ao oficio de confeccionar peças de
peles e couros e fizeram-lhe toda sorte de guerra. No ano de 1.830, o francês BARTOLOMEU
THIMMONNIER, idealizou uma máquina, também de ponto cadeia, quase toda de madeira e
acionada pelos pés. Era ainda muito rudimentar, mas funcionava. Dez anos mais tarde,
utilizando muitas das máquinas em sua alfaiataria, obteve um contrato para fabricação de
uniformes militares.
Esta máquina impressionou tantos os amigos do alfaiate que estes lhe adiantaram o
dinheiro para poderem fabricar muitas outras, instalando com êxito uma fábrica.
Em pouco tempo já contava com oitenta máquinas. Isso desencadeou uma reação
furiosa por parte dos trabalhadores manuais, que de comum acordo, destruíram as
máquinas da fábrica de THIMMONNIER. THIMMONNIER quis salvar o invento, patenteando-
o na Inglaterra e nos Estados Unidos, mas não conseguiu os recursos necessários e regressou
a França no ano de 1.857, onde morreu pobre e esquecido. Enquanto tudo isso se
desenrolava na Europa, os engenheiros americanos começaram a estudar e resolver os
problemas da máquina de coser. Assim a ideia da agulha com o orifício na extremidade
pontiaguda e o emprego de dois fios, são invenções verdadeiramente americanas, pois foi
inventado por GUALTÉRIO HUNT de New York no ano de 1.835. Foi a primeira máquina que
fez o pesponto, mas a invenção não foi patenteada e HUNT a abandonou quando sua filha
lhe observou que com essa máquina as costureiras iriam ficar sem trabalho.
Em 1.844, o americano ELIAS HOWE apresentou um modelo mais aperfeiçoado que
todos os precedentes. Era uma máquina feita de madeira e arame, que embora primitiva
contivesse a maior parte dos dispositivos essenciais. Esta invenção tinha dois detalhes
distintos a agulha era curva, com o orifício quase na ponta, e possuía uma lançadeira, que
fora idealizado por GUALTÈRIO.
A máquina de HOWE era tão nova em suas múltiplas combinações, que foi considerada
como novo invento. Tinha muitos detalhes, entre os quais uma placa para comprimir o
tecido, e um dispositivo para manter a tensão no fio superior.
Foi a primeira máquina que trabalhou com dois fios, embora não aperfeiçoada, pois falhava
o ponto e o movimento dos fios era defeituoso.
Outros engenheiros e mecânicos tentaram aperfeiçoar a máquina, destacando-se
dentre eles, ALLEN WILSON, que em 1.849 idealizou o encaixe rotativo. Este continha o fio
interior, entre outros melhoramentos como a barra móvel provida de dentes, os quais saiam
por uma ranhura em movimentos sucessivos e combinados com outra barra colocada na
parte de cima, que fazia o tecido correr. Esta combinação de movimentos ficou conhecida
por avanço em quatro pontos. Foi a maior melhoria que a máquina adquiriu, e desde então o
trabalho da costura mecanizada foi melhorando, se bem que paulatinamente, pois foi difícil
encontrar aceitação por parte do público, que, tendo sido muitas vezes burlado, não dava
importância ao novo engenho.
Nesse tempo, ALLEN WILSON, SINGER e outros apresentaram máquinas quase
perfeitas, HOWE, não contente com tal ocorrido, moveu umas ações judiciais contra os
primeiros, que ficou conhecida por guerra da máquina de costura. Cada fabricante
processava o outro o acusando de usurpador de patente.
Todavia, isto terminou em um entendimento dando lugar a fusão de patentes, ficando
provado que a máquina de HOWE só fazia costura reta de poucos centímetros de cada vez, e
de nada valia sem os aperfeiçoamentos dos outros e vice-versa. Disto nasceu à organização

9
da SEWING MACHINE COMBINATION, sendo a fabricação autorizada a terceiros, mediante
licença, a 15 dólares por máquina.
Em 1.851, SINGER fabricou uma máquina que era muito pesada, e em 1.856 foi feito
um modelo mais leve, este destinado ao uso no lar, denominado lombo de tartaruga, que
executava em uma hora a costura de 10 a 14 horas a mão. O único inconveniente era o
preço.
A primeira máquina SINGER era provida de uma agulha vertical, trabalhava com dois
fios e fazia um pesponto fechado. Mais tarde, ele introduziu o movimento a pedal, porem
pouca importância lhe deu e nunca o patenteou. Este fabricante e seus sucessos foram os
que mais introduziram aperfeiçoamentos na máquina de costura e que maiores
propagandas fizeram através do mundo, demonstrando sua prática e utilidade. As primeiras
máquinas foram construídas para que as fábricas as empregassem em seus trabalhos. Logo,
porém notou-se que era um acessório útil em todos os lares, e conservando suas
características indispensáveis, foram adaptadas com elegância para o uso doméstico.

Planeje seu momento de costura

Marque hora consigo mesmo para costurar, do mesmo modo como você marca hora
para ir ao cabeleireiro ou mesmo ir ao supermercado.
Planeje o que irá fazer com bastante antecedência, arranje um caderno para
realizar anotações e vá marcando os aviamentos necessários para cada peça.
Quando for comprar aviamentos leve um pedaço do tecido para que tudo esteja no
tom e cores certos.
Estabeleça uma ordem para a execução da peça, planeje-se. Estude cada
etapa e se necessário faça um costura em um retalho para testar, se assim achar
necessário.
Muitas felicidades podem vir da costura, se você estudar bem o que vai fazer
e se trabalhar de maneira certa e bem organizada.
Costura não é somente uma arte é um ato de amor.

PICKEN, Mary Brooks. Livro de Costura Singer.

10
Apresentação

Agora você conhecerá o interessante processo no campo da costura industrial.


Para isto você estará em constante contato com as máquinas indústrias.
É importante que você conheça os canais formais de comunicação existentes
em uma indústria de confecção e em qual nível hierárquico encontra-se o setor de
costura.
Este curso tem como objetivo principal, capacitar costureiros para atuarem nas
indústrias de confecção do vestuário, com ênfase na eficiência, qualidade, higiene e
segurança no trabalho e trabalho em equipe.

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Unidade I
1.1 Cuidados Pessoais

• Zelar pela saúde, segurança e meio ambiente;


• Desenvolver hábitos de higiene e limpeza;
• Manter sempre a posição corporal correta no posto de trabalho.

Tudo isso faz parte do trabalho. Você irá conhecer alguns destes itens acima
relacionados, que chamamos de “segurança no trabalho”.
Observe, por exemplo, a figura a seguir como você deve sentar-se para
trabalhar na máquina.

1- Manter a cabeça e parte superior 3- Regular a altura do encosto, a altura


das omoplatas levemente e distância da cadeira de acordo
inclinadas para frente. com a estatura do operador.

2- Ocupar o máximo do assento da • Os braços devem ficar na altura da


cadeira. máquina e as mãos devem apenas
guiar o material, sem prendê-los
ou arrastá-los.

12
1.2 Posição dos pés no pedal

1- O calcanhar deve ficar sobre a extremidade inferior do pedal e a ponta do pé


sobre a extremidade superior do mesmo.

2- O joelho deverá ficar na altura da joelheira.

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Você deve estar se perguntando: “Por que tantas recomendações?” Bem,
seguindo estas orientações o operador estará na posição correta para o trabalho,
sendo assim não terá dificuldade em movimentar os braços e os pés. Terá facilidade
para acionar o pedal e controlar a velocidade da máquina, bem como estará com o
joelho corretamente posicionado para acionar a joelheira quando necessário.

Conservando a posição correta você evita:

✓ Cansaço prematuro;
✓ Desvio de coluna;
✓ Problemas respiratórios;
✓ Dor nas pernas

Desta maneira você sempre estará em forma para o trabalho.


Além da posição de sentar-se, você terá que observar alguns aspectos
importantes de segurança no trabalho:

• Calçados: existem calçados que facilitam o controle do pedal da máquina.


Sendo que os recomendados devam ter:
✓ Modelo totalmente fechado (exemplo: tênis)
✓ Cano curto
✓ Sola flexível
✓ Salto baixo

• Vestimentas: devemos usar roupas adequadas ao nosso trabalho. Elas não


devem ser muito largas, exageradamente decotadas ou curtas.

• Adornos: Não é permitido o uso de anéis, pulseiras, colares, relógios, brincos


grandes ou qualquer peça que possa vir a prejudicar o processo produtivo.

• Cabelos: devem permanecer presos durante todo o período em que você


estiver trabalhando.

14
Unidade II
2.1 Índice de eficiência
Chama-se de índice de eficiência a relação entre a produção que um
operador realiza e a que pode realizar num tempo determinado. No índice de
eficiência, também chamado de nível de desempenho o operador calcula o tempo
gasto em operações manuais e operações mecânicas.
Entre os fatores que reduzem o desempenho de um operador, apontamos:

• MANIPULAÇÃO

✓ Espera do trabalho;
✓ Mudança de tarefa;
✓ Troca de pacote;
✓ Posto de trabalho inadequado (falta de espaço, de luminosidade)
✓ Insuficiência de trabalho;
✓ Corte defeituoso;
✓ Baixa qualidade no processo anterior;

• MÁQUINAS

✓ Quebra de linha;
✓ Troca de bobinas;
✓ Falhas de pontos;
✓ Quebra de máquinas;
✓ Lubrificação inadequada;
✓ Má colocação da linha;
✓ Troca de linhas;
✓ Má regulagem do motor;.

• CONDIÇÕES FÍSICAS E PSICOLÓGICAS

✓ Trabalho lento;
✓ Falta de concentração;
✓ Falta de interesse;
✓ Inexperiência com método;
✓ Falta de coordenação motora;

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2.2 Economia de movimentos
Economizar movimentos é a arte de ordenar os movimentos de um operador
durante a realização de uma tarefa. Eliminando os movimentos desnecessários
diminui-se o esforço evitando o cansaço prematuro e as fadigas musculares, cujo
resultado acaba por ser o aumento da produção.
Os movimentos necessários na arte de costurar estão estritamente ligados ao
equipamento usado, e na sua maioria limitados a um grupo padrão.
Há alguns fatores a serem considerados para que o resultado dos movimentos
seja visto:

• Os movimentos devem ser reduzidos ao mínimo;

• Deve ser estabelecida uma sequência apropriada de movimentos;

• O trabalho deve ser posicionado corretamente em relação ao operador para


assegurar a menor distância entre suprimento e a máquina, através de um caminho
fácil.

• Espaços livres atrás da máquina para que as peças costuradas passem livres até a
próxima operação, sem assistência do operador;

• A mesa deve ser proporcional à altura do operador e o material a ser costurado


deve estar posicionado convenientemente, pois se evita a necessidade do
levantamento das peças a serem costuradas;

• O manejo da grande maioria das máquinas de costura requer uma combinação de


movimentos. Envolve simultaneamente o uso das mãos, braços, pernas, joelhos e
pés com movimentos coordenados para se obter sucesso. Estes movimentos são
feitos instintivamente. De outra forma o operador ficará fatigado dentro de pouco
tempo.

• O arranjo geral do equipamento deve ser estudado cuidadosamente e ajustado


para o conforto do operador.

• Observar outro operador trabalhando pode ajudar a detectar falhas e movimentos


desnecessários.

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Unidade III
3.1 Controle de Qualidade
Qualidade é um conceito dado ao produto cujo valor estabelecido é quando
comparado a um padrão. Estabelecido o padrão, inicia-se o controle de qualidade,
através da ficha técnica.
Cada sessão é responsável pela qualidade do serviço a que está diretamente
ligado, cada operário é responsável pela qualidade do seu trabalho.
Segundo um autor desconhecido: “Qualidade é não receber nada errado, não
fazer nada errado e não enviar nada errado”.
O controle de qualidade numa confecção deve começar no setor de design e
criação de modelos, passar pela modelagem, depois pelo setor de corte, chegando à
confecção, costura e arremate e terminando no setor de embalagem e despacho.
A necessidade de se ter um controle de qualidade se dá pelo fato de que as
variáveis homem e máquina, envolvidos no processo produtivo estão sempre
sujeitas a falhas.
Existem erros classificados de várias espécies. Alguns deles são:

• Ocasionado por falha humana • Ocasionado por falha de


material
✓ Fadiga
✓ Estado emocional ✓ Tonalidades
✓ Doença ✓ Furos
✓ Fios puxados
✓ Falta de uniformidade no desenho
• Ocasionado por métodos
inadequados • Ocasionado por ambiente
inadequado
✓ Falta de conhecimento
✓ Falta de treinamento ✓ Má iluminação
✓ Falta de informação ✓ Má circulação do ar
✓ Temperatura desconfortável
✓ Falta de ordem
• Ocasionado por defeito da ✓ Falta de higiene
máquina
✓ Peças inadequadas
✓ Peças desgastadas
✓ Peças desreguladas

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Existem ainda requisitos para uma revisão do controle de qualidade são eles:

Operações em máquina reta

18
Operações em máquina Overlock:

Unidade IV

19
4.1 Máquina de costura reta
Para iniciarmos as nossas atividades com sucesso precisamos antes de tudo
conhecer a máquina de costura reta e suas partes principais.
A máquina a seguir é uma máquina de costura reta ponto fixo, classe 300. O
tipo de ponto é o de nº301. Formado por duas linhas, uma superior e outra inferior.
É por ela que iniciaremos o nosso treinamento.

20
4.1.1 Divisões da agulha

CABO: é a parte a ser fixada na


barra da agulha.

HASTE: è a parte compreendida


entre o cabo e a parte inferior o
furo e que caracteriza a
espessura da agulha. Durante a
costura a haste é a que sofre
maior fricção do material.

PONTA: é a extremidade inferior


da agulha. Existem pontas
apropriadas para diferentes tipos
de material.

CANALETA: Esta localizada ao


longo da haste desde a parte
inferior do cabo até pouco abaixo
do furo. A canaleta atua como
guia atua como guia protetora da
linha.

FURO: situado acima da ponta,


atravessa a haste da agulha, de
m lado para o outro. É o orifício
por onde a linha é enfiada.

CAVA: è o rebaixamento
existente na haste, logo acima do
furo, o lado oposto da canaleta.
Serve para facilitar o
apanhamento da laçada pelo bico
da lançadeira.

21
4.1.2 Nomenclatura

Na figura abaixo temos as principais partes da máquina de costura reta.

PORTA
FIOS

VOLANTE

JOELHEIRA

PEDAL

• Joelheira: serve para levantar o calcador e soltar a tensão da linha de cima.


Deixa o operador com as mãos livres para o trabalho.

• Volante: Serve para abaixar e levantar a agulha quando a máquina estiver


parada.

• Pedal: É a parte da máquina que esta ligada o motor pela barra de união.
Serve para colocar a máquina em movimento, controlar sua velocidade e pará-la
quando desejado. Quando pressionado levemente para frente afasta a
embreagem do freio liberando o movimento do volante.

22
• Motor: É um equipamento elétrico, de rotação contínua, contendo
embreagem e freio.

• Embreagem: Serve para iniciar o funcionamento da máquina.

• Freio: Serve para parar o funcionamento da máquina.

• Mesa: É a parte onde está fixado o cabeçote; é feita de madeira recoberta


com fórmica, sendo seus pés de metal.

• Porta fios: Suporte para se colocar os cones com as linhas a serem usadas
para costurar.

23
4.1.3 Caixa de bobina

Guarda a bobina permitindo que a laçada da linha passe em sua volta. Permite
ainda que a bobina desenrole a linha na hora certa com a tensão certa.

CORTE: É a abertura por onde passa PARAFUSO MAIOR: Regula a tensão


a linha. da linha.

MOLA: Regula a tensão da linha. BOBINA: É a peça onde é


enrolada a linha que alimenta a parte
inferior do ponto.

LINGUETA OU DOBRADIÇA: Fixa a


caixa de bobina no ponto central da
lançadeira.

24
4.1.4 Lançadeira
É a peça onde é colocada a caixa de bobina. Serve para lançar a linha da
bobina para cima.

PINO CENTRAL DA LANÇADEIRA: É a parte cilíndrica que entra no meio da


caixa de bobina. Em sua extremidade existe um rebaixo onde engata a lingueta da
caixa de bobina mantendo-a presa dentro da lançadeira.

25
4.1.5 Enchedor de bobina
É um conjunto de peças que tem a função de encher de bobina.

Obs: Quando a máquina possui uma chapa cobrindo parte da correia, o


enchedor de bobina se encontra no cabeçote.

26
Nomenclatura das partes do cabeçote

4 1

6 2

1- REGULADOR DE TAMANHO
DO PONTO: São sistemas (disco,
botão) formados por um regulador
numerado que permite aumentar ou
diminuir o tamanho do ponto.

2- ALAVANCA DE
ETROCESSO: é uma peça que
quando pressionada muda sentido da
costura.

27
3- PARAFUSO DE REGULAGEM
DA PRESSÃO DO CALCADOR: É um
parafuso situado na parte superior do
cabeçote. Serve para dar a tensão
necessária ao calcador, permitindo um
transporte adequado do tecido

4- CONJUNTO DE REGULAGEM
DE TENSÃO DAS LINHAS: para se
obter uma costura com qualidade e
resistência, é necessário que as linhas
estejam bem equilibradas de modo
que a amarração dos pontos se forme
no centro do material costurado.

5- CHAPA MÓVEL: Dá acesso a


caixa de bobina.

6- CALCADOR: Pressiona o
tecido durante a costura

28
4.1.7 Conjunto de tensão das linhas

29
4.1.8 Regulagem do ponto
Veja como verificar a qualidade e resistência do ponto de sua máquina e como
corrigi-lo caso encontre alguma inconformidade.
O modelo abaixo mostra a regulagem ideal:

Abaixo as instruções para avaliação e correção da regulagem dos pontos:

1º PASSO: Costure em um retalho do mesmo tecido a ser costurado.


2º PASSO: Verifique as tensões das linhas, olhando as costuras por cima e por
baixo.
3º PASSO: Faça as regulagens de maneira que as linhas de cima e debaixo
estejam homogenias.

Observação: se a amarração das linhas estiver se formando no centro do


material e a costura se apresentar franzida, verifique:
• Se as linhas da bobina e da agulha estão com muita tensão. Neste caso
diminua a tensão das duas.
• Se a linha da bobina foi enrolada com muita tensão, sendo assim,
diminua a tensão do enchedor de bobina.

30
Ponto de baixo frouxo

SOLUÇÃO: Apertar o parafuso maior da caixa de bobina ou soltar a tensão da linha


superior.

Ponto superior frouxo

SOLUÇÃO: Apertar o tensor da linha superior da caixa de bobina e soltar a


tensão.

31
UNIDADE V
5.1 Máquina de costura overlock e Interlock
5.1.1 Overlock
Nesta unidade estudaremos a máquina de overlock e interlock. Para iniciarmos
é importante saber significado desta palavra:

OVER: excessos não concluídos, externos.


LOCK: travar (unir, prender)
OVERLOCK: Chulear

Com base nos significados acima podemos então definir com clareza a
operação que essa máquina faz.
OVERLOCK: máquina usada para chulear tecidos, isto é travando-o,
impedindo-o de desfiar.
É uma máquina de ponto corrente cujas linhas são entrelaçadas em cima e
embaixo do tecido, pela agulha e pelos loopers. Nesta classe de ponto a linha
alimenta diretamente os loopers dispensando a bobina. Esta é uma máquina
overlock de classe 500 e opera com 3 ou 4 fios.

32
5.1.2 Nomenclatura das partes do cabeçote

33
1- CABEÇOTE: é a parte superior da máquina constituída de várias peças, cada
uma tem sua função em conjunto com outras peças.

2- MESA: é a parte onde está fixado o cabeçote.

3- MOTOR: é um equipamento elétrico de rotação contínua que está ligada ao


motor pela barra de união. A embreagem pode ser simples ou eletromagnética e
serve para dar início ao funcionamento e parar a máquina.

4- PEDAL MAIOR: é a parte da máquina que está ligada ao motor pela barra de
união. Serve para colocar a máquina em movimento, controlar a velocidade e pará-
la. Pressionando levemente o pedal para frente o disco de embreagem se afasta do
freio, liberando o movimento do volante.

5- PEDAL MENOR: está ligado através da corrente a uma alavanca cuja função
é levantar o calcador.

6- VOLANTE: serve para abaixar e levantar a agulha, quando a máquina estiver


parada.
OBS: O volante gira em sentido horário (para traz da máquina).

7- CALHA DE RESÍDUOS: serve para conduzir os resíduos refilados até um


cesto coletor.

8- VISOR DE FLUXO DE ÓLEO: é uma peça acrílica transparente que permite


ao operador verificar se o sistema de lubrificação está funcionando.

9- COBERTURA SUPERIOR: é a chapa que, estando fechada protege a linha


da agulha.

10- COBERTURA INFERIOR: é a chapa que, estando fechada protege as linhas


dos loopers e evita que os resíduos refilados entrem em contato com os mesmos.

11- BASE DA MÁQUINA: é uma chapa metálica que sustenta o material de


costura, abre para o lado esquerdo facilitando a colocação da linha e permitindo a
limpeza ou reparo da máquina.

12- CALCADOR: é uma peça que segura o material durante a costura enquanto a
agulha penetra no material.

13- BRAÇO DO CALCADOR: é uma peça com articulação vertical e lateral que
permite a elevação e afastamento do calcador. Em sua extremidade está fixado o
calcador.

14- CONJUNTO DE FIXAÇÃO DO BRAÇO DO CALCADOR: é um conjunto de


peças que travam o braço do calcador na posição de trabalho e exercem pressão
sobre o mesmo permitindo seu afastamento para: enfiar as linhas; trocar as agulhas;
fazer limpeza ou reparo na máquina.

34
15- BARRA DA AGULHA: É uma peça com movimento vertical, em sua
extremidade e fixada a agulha de overlock.

16- BRAÇO IMPULSINADOR DA AGULHA: Sua função é a mesma da barra da


agulha, mas, seu movimento é curvo próprio para agulhas curvas.

17- NAVALHA OU FACA: são as navalhas que em conjunto refilam os tecidos


para que o acabamento fique perfeito.

18- LOOPER SUPERIOR: sua função é passar a linha superior do chuleado, laçar
a linha do looper inferior levando-o para cima para entrelaçamento com a linha da
agulha.

19- . LOOPER INFERIOR: Sua função é passar a linha inferior do chuleado e


penetrar na laçada da linha da agulha.

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20- GUIAS DE LINHA: São todas as peças que levam a linha do porta-fio até a
agulha e os loopers.

21- ESTICADOR DE LINHA: Sua função é puxar a linha do soltando uma


quantidade suficiente para a formação da laçada, esticando em seguida a linha para
fazer o ajuste do ponto.

22- REGULADOR DO COMPRIMENTO DO PONTO: São sistemas (excêntricos,


alavanca e botão) formados por um regulador numerado que permite aumentar ou
diminuir o tamanho do ponto.

23- PARAFUSO DE REGULAGEM DA TENSÃO DO CALCADOR: Situa-se na


parte superior do cabeçote e serve para dar a tensão necessária ao calcador
permitindo o transporte adequado do material.

24- POLIA DO VOLANTE: em conjunto com a polia do motor e através da corrêa


em “V” recebe a força do motor e produz o p.p.m (ponto por minuto) da máquina>

25- CORREIA DE TRANSMISSÃO: é uma correia em “V” que transmite a força do


motor para a polia do volante.

26- POLIA DO MOTOR: serve para transmitir a força do motor e está acoplado ao
eixo da embreagem

36
5.2 Interlock
A máquina de costura interlock é muito semelhante à máquina de costura
overlock. Isto porque as duas são máquinas de ponto fixo, classe 500 que ao
costurar dão acabamento a peça para que a mesma não desfie. Contudo as
diferenças começam na quantidade de fios com que cada uma trabalha, enquanto a
overlock usa 3 ou 4 fios a interlock usa 5 fios.
A máquina de costura interlock possui ainda obrigatoriamente duas agulhas
enquanto a overlock pode trabalhar com uma ou duas agulhas.
Veja a seguir a máquina de costura interlock:

FONTE: CETECOM, 2009.

37
5.2.1 COMPRIMENTO DO PONTO

Comprimento pequeno -
Ponto Fechado
Aperta-se o botão situado abaixo da
tampa protetora maior, gire o volante
até que se observa o movimento do
botão verifica no painel a posição do
indicador. Quanto menor o número do
indicador, mais fechado será o ponto.

Comprimento grande -
Ponto Aberto
Mesmo procedimento acima, porém,
ao verificar no painel a posição do
indicador, gira-se o volante até a
posição de um número maior. Quanto
maior o número do indicador, maior
será o comprimento do ponto.

Franzido
Ao lado esquerdo da máquina, tem-se
o painel. A regulagem se dá através
deste selecionador, quando se
movimenta mais o dente da frente da
serrilha, onde se dá o franzido.

38
UNIDADE VI
6.1 Máquinas Especiais
6.1.1 Galoneira

Essa máquina é amplamente usada para dar acabamento em barras de artigos


de malharia. Forma o ponto corrente multilinhas das classes 400 e 600. Trabalha
com até 3 agulhas, um looper inferior e um superior, chamado de trançador ou
looper cego, próprio para os pontos da classe 600. Existem aparelhos específicos
para aplicação de galões, frisos e elásticos. Veja a seguir a máquina de costura
industrial galoneira:

39
6.1.2 Nomenclatura
1- EXPANSOR OU TRANÇADOR: peça que quando utilizada realiza um efeito
de cobertura na costura, podendo ser usado como efeito de bordado. Pode ou não
ser usado, é uma peça opcional.

2- PARAFUSO DE TENSÃO DO CALCADOR: Situa-se na parte superior do


cabeçote e serve para dar a tensão necessária ao calcador permitindo o transporte
adequado do material.

3- REGULADORES DE TENSÃO: para se obter uma costura com qualidade e


resistência, é necessário que as linhas estejam bem equilibradas de modo que a
amarração dos pontos se forme no centro do material costurado.

4- CONJUNTO DIFERENCIAL: conjunto de peças que influencia na qualidade e


tamanho dos pontos da máquina.

5- LOOPER INFERIOR: Sua função é passar a linha inferior da costura e


penetrar na laçada da linha da agulha.

6- TRANSPORTADOR: Conjunto de serrilhas que junto com o calcador


transporta o tecido para traz da máquina.

7- OLEO DE REFRIGERAÇÃO DAS LINHAS SUPERIORES: reservatório de


óleo ou silicone usado para refrigeração das linhas das agulhas.

8- CHAPA LATERAL PROTETORA DO DIFERENCIAL: peça móvel que protege


o conjunto diferencial.

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6.2 Travete

No processo da costura alguns locais necessitam de um tipo de ponto mais


resistente. Estes locais estão onde a peça irá sofrer um maior esforço. Tais como
cantos de bolso, passadores de cinto, junção de entre pernas, etc.
A máquina que efetua este tipo de costura é conhecida como Travete (Bar
Tacking em inglês). Para o segmento jeans, encontram-se no mercado várias
configurações de máquinas que executam este tipo de trabalho.
As mais comuns são as com 42 pontos por Travete, podendo ser encontradas
também com 36 e 28 pontos por Travete. Além da quantidade de pontos, pode
existir uma variação no tamanho do Travete, por exemplo, de 1.5 mm a 7.0 mm.
No desenvolvimento de uma costura, é de suma importância a adequação da
aplicação deste tipo de costura.

FONTE: CETECOM, 2009.

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6.3 Caseadeira
Máquina que costura em ponto zig-zag é responsável pela formação das casas
na confecção. Permite a regulagem dos tamanhos de ponto, largura e comprimento
da casa, bem como densidade dos pontos.
A caseadeira normalmente trabalha sempre com a navalha posicionada de
maneira a perfurar as casas assim que forem elaboradas. Ou então pode retirá-las
para que possamos visualizar a casa antes de ser perfurada.

FONTE: CETECOM, 2009.

42
6.4 Botoneira
Máquina que executa a tarefa de pregar os botões. Pode-se escolher entre
botões de dois ou quatro furos, além de definir qualidade do ponto. As costuras são
executadas lateralmente de dois em dois furos.

FONTE: CETECOM, 2009.

43
6.5. Máquina de Cós
Máquina específica para se pregar cós. Existem vários aparelhos para serem
adaptados contendo várias larguras de cós, contudo é necessário observar a largura
da bitola e a distância das agulhas. O ponto é corrente e a maioria das máquinas
possui uma peça chamada catraca que auxilia na extensão do tecido durante a
costura, mantendo-a esticada sempre.

FONTE: CETECOM, 2009.

44
6.6 Máquina de elástico
Assim como a máquina de cós a máquina de rebater elástico também possui
uma catraca para guiar o tecido. A bitola pode variar de máquina para máquina e o
uso das agulhas é definido pelo operador. Usando-se a máquina de elástico para
rebater permite que o franzido fique homogêneo e o efeito visual é melhor.

FONTE: CETECOM, 2009.

45
6.7 Máquina de braço
Também chamada de enganzadeira a máquina de braço efetua fechamento de
laterais, palas, mangas e ombros. O seu trabalho substitui o da máquina overlock e
reta ou pespontadeira. Seu modelo é ideal para o fechamento de partes cilíndricas
como pernas de calças e laterais de camisa.

FONTE: CETECOM, 2009.

46
UNIDADE VII
7.1 Acessórios para máquina reta
Acessórios são equipamentos colocados nas máquinas de costura para auxiliar
na confecção, aumentando a produção e qualidade no trabalho, oferecendo ao
mesmo tempo segurança ao operador.

PROTETOR DE DEDO:
É um acessório fixado na barra do
calcador em volta da agulha. Serve
para proteger o dedo.

CORTADOR DE LINHA:
É um acessório utilizado para substituir
a tesoura economizando movimentos.

LUBRIFICADOR DE LINHA: É
um dispositivo que lubrifica a linha
automaticamente, com silicone
evitando o aquecimento da agulha.

47
7.1.1 Guias de tecido

São acessórios que orientam e ajudam o operador a manter, durante a costura,


a mesma margem de costura.

GUIA “T” GUIA ALCOCHOADOR


Ajustáveis e simples Com guias na direita e esquerda

GUIA ESTRELA
Para perfis irregulares GUIA GRADUADO

GUIA ARTICULADO GUIA ROTATIVO


Para bordas duplas

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7.1.2 CALCADOR
É uma peça que segura o material enquanto a agulha penetra no mesmo,
ajuda a transportar e a puxar o material. Existem calcadores apropriados para cada
tipo de tecido.

CALCADORES PARA PREGAR ZIPER

CALCADOR EMBAINHADOR
Usado em barras e bainhas curvas de camisa

CALCADOR FRANZIDOR
Usado para franzir o tecido durante a costura. Distancia uniforme da borda até a
costura.

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CALCADOR COM GUIA FITA
Usado para transporte de fita ou elástico dando uma distância uniforme da borda a
costura.

CALCADOR COMPENSADO
Usado para pesponto sem costura de borda de espessuras variadas

CALCADOR COM GUIA DE ENCOSTO


Usado para pespontar borda (pregar bolsos)

50
7.1.3 Embainhador
É um acessório que dobra o tecido no tamanho desejado. Existem
embainhadores apropriados para casos específicos.

EMBAINHADOR PARA PREGAR VIÉS

EMBAINHADOR PARA PALA

EMBAINHADORES PARA BARRAS


Usado em barras de lenço, lençóis e toalhas.

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7.2 Acessórios para máquina overlock

São equipamentos colocados nas máquinas overlock para auxiliar na


confecção, aumentando a produção e a qualidade do trabalho, oferecendo ao
mesmo tempo segurança ao operador.

PROTETOR DOS OLHOS: é uma peça de acrílico transparente, colocada


entre o operador e agulha com finalidade de proteger os olhos do operador em
casos de quebra de agulha.

GUIA PARA BORDAS: orientam o material na máquina proporcionando


uniformidade da borda costurada.

GUIA PARA BAINHA INVISÍVEL: é um aparelho que dobra a malha numa


largura determinada para formar a bainha.

GUIA PARA FITA DE REFORÇO: é um aparelho que tem a função de guiar


fitas até o calcador. (usados para ombros de camisetas)

APARELHO DE PREGAR ELÁSTICO: é um aparelho que serve para guiar


e regular a tensão do elástico durante a costura.

APARELHO PARA FRANZIR: é um dispositivo que separa as duas camadas


do tecido antes do calcador, possibilitando ao transportador atuar mais sobre o
tecido inferior, resultando o franzido.

EMBUTIDOR DE CORRENTE MECÂNICO: é um aparelho em que se


prende a corrente do chuleado com a finalidade de arrematar o inicio da costura.

EMBUTIDOR DE CORRENTE PNEUMÁTICO: é um dispositivo


pneumático que através de injeção de ar comprimido impulsiona para frente os fios
da corrente do chuleado que serão embutidos no início da costura.

CORTA FIO MANUAL: é uma lâmina colocada no braço do calcador e serve


para cortar fios da corrente.

CORTA FIOS PNEUMÁTICOS: é um dispositivo pneumático situado atrás


do calcador e tem como finalidade cortar os fios da corrente do chuleado

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Referências Bibliográficas

MODATEC. Apostila de mecânica de máquinas industriais. Belo Horizonte: Modatec –


Centro de Desenvolvimento Tecnológico para Vestuário, s.d.

PICKEN, Mary Brooks. Livro de costura Singer. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1957.

SENAI DN. Confecção: cabeçote, mesa e motor. Rio de Janeiro: SENAI Departamento
Nacional / Divisão de Ensino e Treinamento, 1981.

SENAI MG. Apostila confecção industrial. Divinópolis: SENAI CFP/Anielo Greco, 2008.

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