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Unidade IV

Unidade IV
7 PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS

O ser humano vive em constante evolução, acompanhando o desenvolvimento da sociedade. Possui


uma tendência natural que consiste em pertencer a um determinado grupo social, seja família, escola,
trabalho ou outros grupos, em que se sinta bem e protegido. Portanto, é possível dizer que o ser humano
apresenta algumas necessidades que podemos denominar como necessidades humanas básicas. Elas são
o que garante a nossa sobrevivência e, para nossa saúde, podem ser exemplificadas com água, alimento,
amor e segurança (POTTER; PERRY, 2009).

Abraham H. Maslow refletiu sobre o desejo do ser humano em satisfazer suas necessidades e estruturou
sua teoria da motivação humana considerando uma hierarquia das necessidades humanas básicas, partindo
do princípio de que todos têm necessidades comuns, que motivam seu comportamento no sentido de
satisfazê‑las, de acordo com níveis hierárquicos. O teórico elaborou uma classificação hierárquica das
necessidades e apresentou‑a em cinco níveis, conforme a figura a seguir (MASLOW, 1954).

Autorrealização

Estima

Amor e sociais

Segurança e proteção

Necessidades básicas ou fisiológicas

Figura 29 – Hierarquia das necessidades humanas básicas

As necessidades do ser humano podem ser definidas da forma a seguir:

• Necessidades básicas ou fisiológicas: são aquelas diretamente relacionadas à existência e à


sobrevivência do ser humano. Podemos exemplificá‑las pela necessidade de se alimentar, ingerir
água, ter um vestuário, praticar sexo e ter direito ao saneamento.

• Necessidades de segurança: estão relacionadas à proteção individual contra perigos e ameaças,


tais como saúde, trabalho, segurança e ordem social.

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• Necessidades de amor e/ou sociais: estão relacionadas à vida em sociedade, englobando as


necessidades de convívio, amizade, respeito, amor, lazer e participação.

• Necessidades de estima: referem‑se à autossatisfação, como ser independente, ter dignidade,


reconhecimento, igualdade subjetiva, respeito; relacionam‑se diretamente à autoestima.

• Necessidades de autorrealização: expressam o grau mais alto das necessidades, estando


diretamente relacionadas à realização integral do indivíduo (MASLOW, 1954; REGIS; PORTO, 2011).

A extensão pela qual as necessidades básicas são atendidas determina o nível de saúde da pessoa e
a posição no continuum saúde‑doença.

Observação

O PE deve ser elaborado de acordo com as necessidades prioritárias relevantes


para aquele momento e revisado de acordo com as etapas do processo.

Contudo, a hierarquia das necessidades humanas básicas proposta por Maslow é uma teoria que os enfermeiros
podem utilizar ao proporcionar os cuidados, para compreender as necessidades reais e individuais do paciente.

O profissional deve ter consciência da sua responsabilidade diante da qualidade do cuidado que
presta ao paciente, diante da instituição, da ética, das leis e das normas da profissão, assim como
a contribuição do seu desempenho na valorização do cuidado e satisfação dos pacientes. Portanto,
o enfermeiro deve ser dotado de conhecimento técnico‑científico para exercer sua função e prestar
assistência com segurança, ética e qualidade ao paciente.

Lembrete

O PE é a ferramenta básica de trabalho do enfermeiro e está relacionado


com a qualidade e segurança dos cuidados prestados ao paciente.

A seguir iremos apresentar os procedimentos de enfermagem, relacionando sua aplicação com


determinada necessidade básica do paciente.

7.1 Oxigenação

O oxigênio é a necessidade fisiológica mais essencial, pois dependemos totalmente dele para a nossa
sobrevivência. Alguns tecidos podem sobreviver por certo período sem oxigênio, por meio do metabolismo
anaeróbio, mas essa situação está relacionada com outras complicações. Já os tecidos que realizam apenas
o metabolismo aeróbio dependem totalmente da oxigenação: a diminuição ou a ausência de sua oferta irá
resultar em hipoxemia e complicações graves. O oxigênio deve ser adequadamente transferido do ambiente
para os pulmões, destes para a corrente sanguínea e então para os tecidos (POTTER; PERRY, 2009).
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Existem fatores que afetam a oxigenação, como adequação da circulação, ventilação, perfusão
e transporte de gases respiratórios para os tecidos. São influenciados por aspectos fisiológicos,
desenvolvimentais, comportamentais e ambientais.

Os fatores fisiológicos referem‑se a qualquer distúrbio que afete diretamente o funcionamento


cardiopulmonar. Em relação aos distúrbios cardíacos, podemos citar distúrbios de condução,
comprometimento da função valvar e hipóxia do miocárdio; em relação aos distúrbios respiratórios,
podemos citar hiperventilação, hipoventilação e hipóxia. Outros processos fisiológicos podem alterar
o padrão respiratório, como a anemia. Os fatores desenvolvimentais relacionam‑se ao estágio de
desenvolvimento do indivíduo e ao processo normal de envelhecimento. Podemos exemplificar isso
por meio de um recém‑nascido prematuro em risco de deficiência de surfactante, pois a capacidade
de sintetização do surfactante ocorre em torno do sétimo mês de gestação; outro exemplo ocorre
em relação aos lactentes e às crianças em risco de infecções respiratórias devido à exposição a outras
crianças, ao tabagismo ou à poluição. Os fatores comportamentais referem‑se ao estilo de vida, como
nutrição inadequada, tabagismo, sedentarismo, abuso de substâncias e estresse. Os fatores ambientais
referem‑se ao ambiente – a incidência de doença pulmonar normalmente é elevada em áreas urbanas
quando comparadas às áreas rurais. Além disso, há exposição ocupacional: o local de trabalho do
paciente pode aumentar significativamente o risco de desenvolvimento de uma patologia.

É importante abordar a ansiedade, pois um estado contínuo de ansiedade grave aumenta a taxa
metabólica corporal e a demanda de oxigênio. Uma pessoa sadia pode se adaptar à situação e reverter
tal quadro, mas pacientes com histórico de doença crônica ou com uma doença aguda grave não podem
tolerar um aumento da demanda de oxigênio e tal situação pode ser fatal (POTTER; PERRY, 2009).

Diversas modalidades de tratamento podem ser aplicadas quando elaboramos o cuidado de


pacientes com distúrbio respiratório. A escolha da modalidade é baseada no distúrbio de oxigenação
e/ou se existir um problema com a ventilação do paciente. Tais terapias podem ser simples e não
invasivas, conforme abordaremos. Há outras modalidades mais complexas e totalmente invasivas
(SMELTZER et al., 2005).

Uma alteração na frequência ou padrão respiratório do paciente, juntamente com alguns sinais
e sintomas, representa um dos principais indicadores da necessidade de uma intervenção, de uma
suplementação com oxigênio, a qual denominamos como oxigenoterapia.

A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio acima da concentração do gás ambiental


normal. No ambiente, está disponível em torno de 21% de oxigênio, dependendo de alguns fatores,
como poluição e altitude. O principal objetivo da oxigenoterapia é manter a oxigenação tecidual
adequada, corrigindo a hipoxemia e, consequentemente, promovendo a diminuição da carga de trabalho
cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio.

A hipoxemia representa uma diminuição na tensão do oxigênio circulante no sistema


sanguíneo. É manifestada por diversos sinais e sintomas, que devem servir como alerta, tais como
alterações no nível de consciência e orientação, dispneia e alterações no tempo de enchimento
capilar (TEC), representando diminuição da perfusão, palidez e cianose de extremidades, alterações
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cardíacas e desordem dos demais sinais vitais. A hipoxemia geralmente evolui para uma hipóxia.
Nessa situação, há diminuição do suprimento de oxigênio para os tecidos, resultando em diversas
consequências graves e até fatais. Os sinais e sintomas representativos da necessidade de oxigênio
podem depender da etiologia do distúrbio e da fisiopatologia envolvida. O curso de hipóxia pode
se desenvolver de forma leve a grave ou mais rápida, dependendo do motivo e da situação clínica
do paciente (SMELTZER et al., 2005).

Observação

O TEC representa o tempo de perfusão após a compressão do leito


ungueal. O retorno da perfusão deve ocorrer em até dois segundos.

O oxigênio é distribuído a partir de um cilindro ou de um sistema de bombeamento. Um redutor é


necessário para reduzir a pressão a um nível de trabalho, e um fluxômetro regula o fluxo de oxigênio
em litros por minuto.

Observação

O oxigênio será prescrito pelo médico por meio da prescrição médica


em litros por minuto. Por exemplo: cateter O2, manter 2 l/m contínuo.

Muitos equipamentos diferentes de oxigênio são utilizados. A quantidade de oxigênio administrada


é expressa em uma porcentagem de concentração e relaciona‑se com o tipo de dispositivo e quantos
litros por minuto estão sendo administrados. Então, a oxigenoterapia pode ser ministrada em uma
concentração mais baixa (< 35%), moderada (35 a 60%) ou alta (> 60%). No entanto, essas concentrações
dependerão da profundidade inspiratória de cada paciente e da integridade do sistema respiratório:
quanto maior for uma inspiração, maior a diluição do oxigênio fornecido e menor a fração inspiratória
de oxigênio (FiO2) (POTTER; PERRY, 2009).

Os sistemas de oxigenoterapia classificam‑se basicamente em um sistema de baixo e outro de alto


fluxo. Os sistemas de baixo fluxo fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente, com fluxo
de até 8 l/min – o fluxo inspiratório de um indivíduo adulto normalmente é superior a esse valor. Como
o oxigênio fornecido por esse dispositivo será diluído com o ar, irá resultar em uma FiO2 baixa e variável,
de 24% a 50%. Podemos exemplificar um sistema de baixo fluxo com a oferta de O2 por meio do cateter
nasal (tipo óculos): este oferece aproximadamente 24%‑40% de O2 e deve ser instalado em um fluxo
de 0,5 a 5 l/m. Já a máscara facial simples oferece aproximadamente 35%‑50% de concentração de
O2, um aporte um pouco maior em relação ao cateter nasal, porém é um sistema de baixo fluxo e deve
ser instalado em um fluxo de 5 a 12 l/min; um fluxo inferior a 5 l/min ocasionará a reinalação do CO2
contido no reservatório da máscara.

Os sistemas de alto fluxo fornecem uma determinada concentração de oxigênio em fluxos


iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo do paciente, e assim asseguram uma FiO2
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conhecida. O fluxo total de gás que o equipamento fornece é suficiente para proporcionar a
totalidade do gás inspirado – o paciente somente respira o gás fornecido pelo sistema. Pode
ser exemplificado com a máscara de Venturi, que é um método mais confiável e preciso para
a administração exata de oxigênio. Essa máscara utiliza o princípio de carreamento de ar, o
que proporciona um alto fluxo de ar, com um enriquecimento controlado de oxigênio (POTTER;
PERRY, 2009).

A promoção da expansão pulmonar, a mobilização de secreções e a manutenção de uma via área


permeável ajudam o cliente no atendimento das necessidades de oxigenação, e a aplicação adequada
da oxigenoterapia resulta no alcance das metas propostas.

Inicialmente é relevante citar que o oxigênio é um gás altamente comburente. Embora não queime
espontaneamente nem cause explosão, ele pode facilmente iniciar um incêndio no quarto do cliente se
entrar em contato com uma brasa de cigarro ou com um equipamento elétrico. Em altas concentrações,
possui um grande potencial de combustão e alimenta o fogo prontamente. Com o crescente uso da
oxigenoterapia, os profissionais, o paciente e sua família/acompanhante devem estar cientes do risco
(POTTER; PERRY, 2009).

Para o presente estudo, demonstraremos a técnica de instalação do cateter de O2 e da máscara


simples. Analise o caso a seguir.

Estudo de caso

A Sra. T. O. foi admitida na unidade de pronto‑socorro com quadro de queda no estado geral,
dispneia e taquipneia, febre com T° axilar de 38,2 °, PA 100 x 60 mmHg, FR 26 icm, P 109, saturação O2
de 92%, dor no toráx escore 6; apresenta tosse produtiva, com expectoração espessa e amarelada, MV  +
diminuídos em base pulmonar direita, com roncos difusos e creptações em base pulmonar, MV + em
pulmão esquerdo com discreta crepitação em base.

Observação

Valores normais dos SSVV são: pulso de 60‑100 bpm, FR de 12‑20 icm,
PAS limítrofe para HAS grau I ≤ 139 mmHg, PAD limítrofe para HAS grau I
≤ 89 mmHg, dor escore 0, T° axilar de 36 °C até 37,2 °. Saturação O2 deve
ser ≥ 95%.

Ao analisar o caso, verificamos o desconforto respiratório da paciente evidenciado pela


presença dos sinais e sintomas de dispneia, tosse produtiva com expectoração espessa,
taquipneia, alteração dos SSVV, ruídos adventícios evidenciados na ausculta pulmonar e
saturação baixa. Neste caso podemos instituir oxigenoterapia para a paciente, que poderá ser
aplicada em duas situações:

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• Conforme a prescrição médica: instalar cateter O2 em 2 l/m continuamente.

• Em casos de urgência e emergência, o enfermeiro poderá instituir a oxigenoterapia por meio


do cateter nasal sem a prescrição médica. Portanto, para a instituição, o enfermeiro deverá
ser dotado de conhecimentos técnicos e científicos e realizar a avaliação prévia do paciente
(COREN‑SP, 2012).

Primeiramente demonstraremos a instalação da oxigenoterapia por meio do cateter nasal e depois


pela máscara facial simples.

7.1.1 Oxigenoterapia por cateter nasal

A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: fornecer a quantidade adequada de oxigênio através de um cateter nasal.

• Indicação/contraindicação: a indicação é para pacientes com leve dispneia ou para os que possuem
DPOC; contraindicação: capacidade vital reduzida com respiração profunda e maior suporte de
oxigênio.

• Responsabilidade: enfermeiro, técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem.

• Risco/pontos críticos: ressecamento da mucosa nasal; lesão por pressão no lóbulo da orelha.

• Materiais: cateter nasal, umidificador, extensor, fluxômetro, água destilada estéril, luva de
procedimento, fonte de oxigênio.

Descrição da técnica

1. Conferir a prescrição ou instalar conforme situação de emergência.

2. Higienizar as mãos.

3. Orientar o paciente e a família sobre o procedimento.

4. Higienizar as mãos.

5. Reunir todo o material e levar até o paciente; deve‑se datar o sistema para controle.

6. Preencher o umidificador com água destilada até o nível máximo.

7. Conectar o umidificador à rede de oxigênio por meio do fluxômetro.

8. Conectar o extensor de silicone do cateter no umidificador de oxigênio.


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9. Calçar as luvas de procedimento.

10. Colocar o cateter nasal nas narinas do paciente, ajustar a faixa elástica/cordão em torno da
cabeça para prender o catéter firmemente, mas de maneira confortável.

11. Abrir o fluxômetro que regula a quantidade de oxigênio em litros por minuto, de acordo com a
prescrição médica.

12. Checar o procedimento.

13. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Recomendações

O uso de oxigênio por períodos prolongados deve ser feito com prescrição médica.

A equipe de enfermagem deve observar os seguintes sinais em paciente que estão recebendo
oxigênio: perfusão periférica, frequência respiratória e cardíaca, alterações de pressão sanguínea e
rebaixamento do nível de consciência.

O oxigênio deve ser administrado sempre umidificado, para prevenir o ressecamento das vias aéreas
e das secreções. Dependendo do protocolo da instituição, em até 2 l/m, poderá ser utilizado sem a
presença de umidificação, porém em períodos curtos.

Os umidificadores deverão ser trocados a cada 24 horas obrigatoriamente.

A água destilada, utilizada para umidificação, deverá ser trocada na sua totalidade e não apenas
ser completada.

Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado.

Controlar a quantidade de litros por minuto.

Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento. Avaliar


o funcionamento do aparelho constantemente, observando o volume de água do umidificador e a
quantidade de litros por minuto.

Explicar as condutas e as necessidades da oxigenoterapia ao paciente e aos acompanhantes e pedir


para não fumar.

Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão.

Avaliar com frequência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência
adequada, monitorar os SSVV e a saturação.
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Manter vias aéreas desobstruídas.

Manter decúbito elevado de 35° a 45°, dependendo da dispneia (COUTINHO; SANTOS, 2013).

7.1.2 Oxigenoterapia por máscara facial simples

A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: melhorar a oxigenação, a perfusão tecidual e corrigir a acidose respiratória.

• Indicação/contraindicação: é indicada para reduzir o esforço respiratório em emergência


respiratória ou cardíaca, pacientes com demanda metabólica alta (politraumatizado, queimaduras
ou febre alta), para reforçar os níveis alveolares de oxigênio. Contraindicação: pacientes com
claustrofobia.

• Responsabilidade: enfermeiro, auxiliar de enfermagem e técnico de enfermagem.

• Risco/pontos criticos: intoxicação por concentrações altas de oxigênio, ressecamento da córnea


e mucosa oral, sensação de sufocamento, lesão por pressão em face e orelhas, ressecamento de
secreções devido à umidificação inadequada.

• Materiais: traqueia ou extensor, máscara, fluxômetro, água destilada, cadarço, fonte de


oxigênio, umidificador.

Descrição da técnica

1. Conforme a prescrição médica ou conforme situação de emergência.

2. Higienizar as mãos.

3. Explicar o procedimento ao paciente/familiar.

4. Reunir todo o material e levá‑lo até o paciente; deve‑se datar o sistema para controle.

5. Higienizar as mãos.

6. Colocar o paciente em posição de Fowler.

7. Preencher o umidificador com água destilada estéril até o nível máximo.

8. Conectar o umidificador no fluxômetro de oxigênio.

9. Conectar a extensão de silicone da máscara no umidificador de oxigênio.

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10. Abrir o fluxômetro que regula a quantidade de oxigênio em litros por minuto, de acordo com a
prescrição médica, certificando‑se de sua permeabilidade.

11. Colocar a máscara sobre o nariz, a boca e o queixo do paciente delicadamente; se necessário,
colocar gaze entre a máscara e a face para garantir boa vedação.

12. Ajuste a faixa elástica em torno da cabeça para prender a máscara firmemente, mas de maneira confortável.

13. Observar o paciente por alguns minutos e verificar os SSVV e a saturação de O2; avaliar o
padrão respiratório.

14. Manter o ambiente em ordem.

15. Higienizar as mãos.

16. Checar o procedimento.

17. Realizar anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Recomendações

Em casos de insuficiência respiratória, deve‑se deixar preparado o material para intubação endotraqueal.

Em algumas situações, a oxigenoterapia pode ser usada intermitentemente, como em pacientes que
estão se recuperando de anestesia ou em paciente com traqueostomia recente.

As máscaras, traqueias e frascos de nebulização devem ser trocadas e higienizadas conforme a CCIH.

O sistema de nebulização deve ser trocado a cada 24 horas.

Retirar periodicamente o excesso de água (secar o rosto do cliente).

O oxigênio deve ser tratado como uma medicação, pois tem efeitos colaterais perigosos, como
atelectasia ou toxicidade.

O enfermeiro deverá checar rotineiramente as prescrições médicas e verificar se o paciente está


recebendo a concentração de oxigênio prescrita.

Avisos de inflamável deverão ser colocados nas unidades, pois o oxigênio é um gás altamente
combustível. Embora não queime ou cause espontaneamente uma explosão, pode facilmente iniciar um
incêndio se entrar em contato com uma faísca de chama aberta ou de equipamento elétrico.

As máscaras podem dar sensação de sufocamento. É preciso estar atento ao paciente e tranquilizá‑lo
(COUTINHO; SANTOS, 2013).
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Após a implementação da oxigenoterapia, o enfermeiro deve monitorar o padrão respiratório do


paciente, monitorar a aceitação à terapia e o resultado após a aplicação. Múltiplos cuidados devem ser
implementados. No quadro a seguir, conforme as recomendações da classificação das intervenções de
enfermagem, estão as atividades propostas para administração do oxigênio e monitoramento de sua
eficácia (BULECHEK et al., 2016).

Quadro 46 – Atividades propostas para administração


e monitoramento da oxigenoterapia

Oxigenoterapia
Limpar secreções orais, nasais, traqueais, conforme apropriado
Restringir o fumo
Manter a permeabilidade das vias aéreas
Configurar o equipamento de oxigênio e administrá‑lo através de um sistema aquecido (quando aplicável)
e umidificado
Administrar o oxigênio suplementar como prescrito
Monitorar o fluxo de oxigênio
Monitorar a posição do dispositivo de fornecimento de oxigênio
Orientar o paciente sobre a importância de deixar ligado o dispositivo de oxigênio
Verificar periodicamente o dispositivo para garantir que a concentração prescrita esteja sendo liberada
Monitorar a eficácia da oxigenoterapia (gasometria, SSVV, saturação etc.)
Assegurar a substituição do dispositivo, sempre que ele for removido
Monitorar a capacidade do paciente em tolerar a remoção do oxigênio enquanto se alimenta
Alterar o fornecimento de oxigênio da máscara para tubos nasais durante as refeições, conforme tolerado
Observar se há sinais de hipoventilação induzida pelo oxigênio
Monitorar os sinais de toxicidade do oxigênio
Monitorar a ansiedade e o padrão psicológico do paciente
Monitorar e prevenir lesões de pele ocasionadas pelo atrito do aparelho e da fixação
Fornecer oxigênio quando o paciente for transportado, realizar atividades e tomar banho
Manter o conforto do paciente e da família
Supervisionar a integridade e higiene dos dispositivos, realizar a troca.

Há patologias crônicas em que o paciente deve receber oxigenoterapia com cuidado especial,
como no caso de pacientes com DPOC. Em razão de a hipoxemia ser um estímulo para a respiração no
paciente com DPOC em longo prazo, o aumento na taxa do fluxo de oxigênio eleva o nível de O2 no
sangue do paciente e pode causar a depressão do reflexo respiratório e a retenção de CO2. Portanto,
a monitorização da resposta respiratória do paciente com DPOC em oxigenoterapia é uma prioridade
(SMELTZER et al., 2005).

Efeitos tóxicos do oxigênio

A toxicidade pelo oxigênio pode ocorrer quando uma concentração muito elevada de O2 for
administrada (superior a 50%) por um período prolongado, geralmente acima de 48 horas. A fisiopatologia

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da toxicidade pelo oxigênio não está muito bem esclarecida, porém está relacionada à destruição e
diminuição do surfactante e ao desenvolvimento de edema pulmonar não cardíaco. Os sinais e sintomas
são compostos por angústia subesternal, parestesia, dispneia, inquietação, fadiga, mal‑estar e infiltrados
alveolares evidentes ao raio x do toráx. A prevenção da toxicidade é aplicada por meio da administração
conforme a prescrição e da monitorização do paciente (SMELTZER et al., 2005).

Vamos continuar a análise do nosso caso clínico?

Lembrete

Recordando as evidências do caso clínico da Sra. T. O.: presença de


dispneia, tosse produtiva com expectoração espessa, taquipneia, alteração
dos SSVV, ruídos adventícios evidenciados na ausculta pulmonar e
saturação baixa.

Percebemos que a paciente apresenta‑se secretiva, pois há tosse produtiva com expectoração
espessa e ruídos adventícios presentes na ausculta (roncos e estertores). Se não estimularmos a
remoção desse muco e a secreção pulmonar, a oxigenoterapia não será eficaz. Portanto, devemos
tentar desobstruir as vias áereas inferiores e superiores da paciente. Como podemos fazer?

• Inicialmente devemos estimular o paciente a tossir – a tosse auxilia na eliminação da secreção.

• Devemos manter o paciente hidratado, pois a manutenção da hidratação sistêmica adequada


mantém a limpeza mucociliar normal, as secreções pulmonares ficam mais finas, brancas, aquosas
e facilmente removíveis com a tosse.

• Podemos umidificar a secreção por meio da administração de inalação com SF 0,9%, conforme o
prescrito pelo médico.

• Estimular a paciente à movimentação no leito, realizando a drenagem postural, que consiste em


colocar a pessoa em diversas posições baseadas nas divisões segmentares da árvore brônquica,
de modo que, pela ação da gravidade, promova‑se a progressão e drenagem das secreções. Cada
posição para drenar o respectivo segmento pulmonar deve ser mantida de 5 a 10 minutos.

Após a implementação de todos esses cuidados, o enfermeiro deve prosseguir com a ausculta
pulmonar. Se não houver melhora no padrão respiratório do paciente, ausculta e SSVV, devemos
prosseguir com a aspiração oro/nasofaríngea ou nasotraqueal.

A aspiração consiste em uma técnica que deve ser empregada com rigor pelo risco da mobilização
de contaminação da boca para os pulmões e outras potenciais complicações.

A aspiração das vias aéreas pode ser necessária em diversas situações clínicas e em todas as
faixas etárias. Pacientes com dificuldade de deglutição, por exemplo, podem acumular secreção
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na cavidade oral, sendo necessário o suporte da enfermagem a fim de manter livres as vias
aéreas. Do mesmo modo, pacientes com edema agudo de pulmão apresentam hipersecreção, o
que pode levar à hipóxia, sendo indispensável como cuidado de enfermagem a aspiração das
vias aéreas.

A técnica de aspiração das vias aéreas consiste em aspiração orofaríngea, nasofaríngea


e endotraqueal. Esta faz parte do elenco curricular dos cursos de enfermagem de todos
os níveis, desde o médio até a graduação. O auxiliar de enfermagem encontra‑se ética e
legalmente habilitado a executar o procedimento de aspiração das vias aéreas da nasofaringe
e da orofaringe, como atividade de rotina, sob supervisão e orientação do enfermeiro. Porém
a aspiração endotraqueal, por ser um procedimento complexo, deve ser realizada apenas por
enfermeiro, ou por técnico de enfermagem. Nesse caso, de forma extraordinária, o auxiliar de
enfermagem encontra‑se ética e legalmente habilitado a executar o procedimento de aspiração
das vias aéreas endotraqueal quando se tratar de uma situação de urgência ou emergência
(COREN‑SE, 2015).

Aspiração orofaríngea e nasofaríngea: a orofaringe estende‑se atrás da boca, desde o palato


mole até acima do nível do osso hioide, e contém as tonsilas. A nasofaringe está localizada atrás do
nariz e estende‑se até o nível do palato mole. A aspiração oro/nasofaríngea geralmente é aplicada
quando o cliente consegue tossir efetivamente, porém é incapaz de limpar as secreções pela
expectoração ou deglutição (POTTER; PERRY, 2009).

Aspiração orotraqueal e nasotraqueal: é necessária quando cliente for incapaz de tossir e não
houver uma via aérea artificial presente. O cateter é passado por meio da boca ou nariz até a traqueia.
É indicado que o procedimento não dure mais do que 10 segundos, pois o oxigênio durante a aspiração
não chega aos pulmões. Deve‑se sempre seguir uma ordem: primeiramente aspirar a traqueia, depois o
nariz e, por último, a boca (POTTER; PERRY, 2009).

Vias áereas artificiais e aspiração traqueal: é obtida por meio de uma via artificial, geralmente
por um tubo endotraqueal e a cânula de traqueostomia (POTTER; PERRY, 2009).

A seguir apresentaremos a técnica para a realização do procedimento.

7.1.3 Aspiração de vias aéreas

A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: manter as vias aéreas desobstruídas e melhorar a troca gasosa.

• Indicação/contraindicação: indicada na presença de sons adventícios à ausculta; suspeita de


broncoaspiração gástrica ou de via aérea superior; sons ou movimentos audíveis de secreções;
aumento do pico de pressão na ventilação mecânica, da saturação arterial de oxigênio (SaO2) ou
dos níveis da saturação arterial via oximetria de pulso; crise súbita de insuficiência respiratória,
quando a permeabilidade da via aérea é questionada. Contraindicação: deve ser utilizada com
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cuidado em casos de sangramento nasofaríngeo ou de extravasamento de líquido cerebrospinal


para a área nasofaríngea, em clientes que sofreram traumatismo, naqueles medicados com
terapia anticoagulante e nos clientes portadores de discrasias sanguíneas, pois aumentam o
risco de sangramento.

• Responsabilidade: enfermeiro, conforme parecer do Coren‑SE (2015).

• Riscos/pontos críticos: hipoxemia; arritmias cardíacas; parada cardíaca; broncoaspiração;


traumatismo da mucosa traqueal; microatelectasias; alteração da PCO2; hipertensão arterial;
aumento da pressão intracraniana; infecções; ansiedade.

• Materiais: bandeja, aspirador, frasco de aspiração, máscara, óculos, gorro, avental, sonda de
aspiração (verificar a numeração conforme idade), gaze, luvas estéreis e de procedimento, SF 0,9%
ou água destilada, ressuscitador manual, fonte de oxigênio, estetoscópio (figura a seguir):

Figura 30 – Materiais para aspiração

Descrição da técnica de aspiração

1. Higienizar as mãos, avaliar o paciente, verificar a necessidade da aspiração, explicar o procedimento


e tranquilizá‑lo durante todo o procedimento.

2. Higienizar as mãos.

3. Reunir o material e levá‑lo ao quarto.

4. Higienizar as mãos.

5. Colocar o cliente em semi‑Fowler ou Fowler, se for tolerável, e interromper a dieta.

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6. Abrir a embalagem da sonda (somente a parte que conecta a extensão do tubo coletor);
utilize o restante da embalagem para protegê‑la, mantendo‑a estéril; adapte‑a à extensão
do aspirador.

7. Colocar a máscara descartável, gorro, avental e óculos protetores e luvas estéreis.

8. Regular a pressão do aspirador/vacuômetro com a mão considerada não estéril (não dominante),
mantendo a pressão conforme recomendação.

9. Remover o equipamento de administração de oxigênio se instalado na narina, porém deixá‑lo


próximo para um aporte, com a mão não dominante; lubrificar o cateter com água destilada ou SF
0,9% e inserir delicadamente o cateter pela boca ou nariz sem o vácuo, utilizando um movimento
leve enquanto o paciente inspira.

10. Com a mão dominante (estéril), introduzir a sonda, mantendo a extensão clampeada para não
aplicar sucção.

11. Desclampear a extensão e aspirar retirando a sonda com movimentos circulares. Essa etapa não
deve exceder a 10 segundos.

12. Se necessário, repetir o procedimento, mas não realizar mais do que três ou quatro aspirações
por sessão.

13. Ao término da aspiração traqueal, promover a limpeza da sonda com água destilada ou SF
0,9  % e realizar aspiração nasal e oral.

14. Aspirar a nasofaringe e a cavidade oral com o mesmo cateter, se necessário; primeiramente a
região nasal e depois a oral.

15. Após todas as aspirações, lave a extensão do aspirador com solução estéril e despreze a sonda,
enrolando‑a na mão e puxando a luva sobre ela.

16. Deixar o paciente confortável.

17. Recolher o material utilizado, encaminhar o material permanente ao expurgo e desprezar os


resíduos em local adequado.

18. Higienizar as mãos e retirar os EPIs.

19. Auscultar os pulmões do paciente e reavaliar suas condições clínicas.

20. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário, anotando aspecto, volume e coloração da


secreção aspirada.

139
Unidade IV

Atenção:

• Para a aspiração faríngea nos adultos, inserir o cateter em torno de 16 cm.

• Para a aspiração nasotraqueal nos adultos, inserir o cateter da metade a 2/3 do tamanho da
sonda; atentar a resistências (POTTER; PERRY, 2009; COUTINHO; SANTOS, 2013).

A seguir, as figuras representam a aspiração do paciente:

A) B)

Figura 31 – Procedimento de aspiração

A figura A representa o momento da inserção da sonda de aspiração: o enfermeiro mantém a mão


dominante estéril para a inserção da sonda e a mão não dominante, não estéril, a fim de segurar o
sistema. Percebemos que, na figura A, a válvula não está sendo pressionada (ocluída), para não acionar
o vácuo; na figura B, o enfermeiro aciona o vácuo e inicia a aspiração.

Aspiração da via aérea artificial

1. Manter os itens 1 a 8 apresentados antes.

2. Proporcionar hiperoxigenação do paciente, conectado ao ventilador mecânico por 30 segundos,


de três formas: pressionar o botão de hiperoxigenação no ventilador; ou aumentar o nível de FiO2
para 100% no ventilador; ou desconectar o ventilador e conectar o ressuscitador manual para a
realização de seis ventilações em 30 segundos.

3. Para o paciente em ventilação espontânea com tubo endotraqueal, a hiperoxigenação e


hiperventilação também devem ser realizadas: aumentar o fluxo de oxigênio e orientar o paciente
a realizar inspirações profundas antes do procedimento ou ventilar quatro ou cinco vezes com o
ressuscitador manual conectado ao oxigênio.

140
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

4. Desconectar o ventilador mecânico com a mão enluvada, não estéril, protegendo a conexão em Y
do circuito.

5. Lubrificar o cateter com SF 0,9% ou água destilada e inserir por meio da cânula orotraqueal, com
a mão dominante (estéril); introduzir a sonda pelo tubo mantendo a extensão clampeada para
não aplicar sucção.

6. Observação: introduzir rapidamente o cateter de aspiração na cânula traqueal com a mão


enluvada estéril, sem forçar, mantendo a extensão pressionada para não aplicar sucção. Não é
indicado ultrapassar a carina, que pode ser identificada por uma resistência à introdução do
cateter, evitando assim lesão de mucosa brônquica e atelectasias. Retirar o cateter 1 ou 2 cm
antes de aplicar sucção.

7. Desclampear a extensão e aspirar, retirando a sonda com movimentos circulares. Essa etapa não
deve exceder a 10 segundos.

8. Reconectar o tubo do paciente ao ventilador, deixando‑o descansar por pelo menos 30 s.

9. Se necessário, repetir o procedimento, mas não realizar mais do que três ou quatro aspirações
por sessão.

10. Ao término da aspiração traqueal, promover a limpeza da sonda com água destilada ou SF
0,9  % e realizar a aspiração nasal e, por último, a oral.

11. Após todas as aspirações, lave a extensão do aspirador com solução estéril e despreze a sonda,
enrolando‑a na mão e puxando a luva sobre ela.

12. Deixar o paciente confortável.

13. Recolher o material utilizado, encaminhar o material permanente ao expurgo e desprezar os


resíduos em local adequado.

14. Higienizar as mãos e retirar os EPIs.

15. Auscultar os pulmões do paciente e reavaliar suas condições clínicas.

16. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário, anotando aspecto, volume e coloração da


secreção aspirada.

Atenção para a aspiração traqueal em via aérea artificial: inserir o cateter de 20 a 24 cm. Se a
resistência for sentida após a inserção do cateter na distância recomendada, o enfermeiro provavelmente
alcançou a carina, então deve‑se puxar em torno de 1 cm o cateter e, depois, aplicar o vácuo (POTTER;
PERRY, 2009; COUTINHO; SANTOS, 2013).

141
Unidade IV

Verificamos a importância do padrão respiratório do paciente, sendo este vital, e as técnicas


relacionadas para promover melhor ventilação do paciente.

7.2 Nutrição

Atualmente a desnutrição é uma situação frequente em pacientes hospitalizados. Deve ser prevenida
e tratada, pois o estado nutricional prejudicado aumenta o risco de complicações e piora a evolução
clínica dos pacientes. Portanto, a TN constitui parte do cuidado ao paciente, e a equipe de enfermagem
tem um papel fundamental, não somente na administração da TN e na sua monitorização, mas também
na identificação de pacientes que apresentam risco nutricional. A TN é definida como o conjunto de
procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente. A
nutrição enteral (NE) é o método de escolha para oferecer suporte nutricional a pacientes que têm trato
gastrointestinal funcionante, podendo ser administrada por sonda ou por via oral.

A nutrição parenteral (NP) normalmente segue em segunda escolha, sendo esta classicamente
indicada quando houver contraindicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal, mas também
pode ser utilizada como complemento para pacientes que não possam receber todo o aporte nutricional
necessário pela via enteral (BRITO; DREYER, 2003).

O diagnóstico nutricional do paciente hospitalizado pode ser obtido por vários métodos tradicionais
baseados em avaliações objetivas, como antropometria e perda de peso, avaliação de sinais clínicos
indicativos de desnutrição, comprometimento de exames bioquímicos, que detectam redução nas
taxas de proteínas plasmáticas e de células mediadoras da imunidade, além da avaliação de consumo
alimentar, da possibilidade ou dificuldade do paciente em se alimentar (AQUINO; PHILIPPI, 2012).

Observação

O enfermeiro, durante a elaboração do PE, ao avaliar o paciente,


identifica situações de risco nutricional, mantém comunicação com equipe
multiprofissional de TN, monitora a resposta do paciente, a terapia proposta
e sua evolução.

O Cofen, no uso das atribuições, aprova a norma técnica que dispõe sobre a atuação da equipe
de enfermagem em terapia nutricional, por meio da Resolução Cofen nº 0453/2014. Dispõe sobre as
competências do enfermeiro em relação a situações complexas e à tomada de decisões imediatas,
sendo estas:

• Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente em TN,


pautados nesta norma, adequados às particularidades do serviço.

• Desenvolver ações de treinamento operacional e de educação permanente, de modo a garantir a


capacitação e a atualização da equipe de enfermagem que atua em TN.

142
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

• Responsabilizar‑se pelas boas práticas na administração da NP e da NE.

• Responsabilizar‑se pela prescrição, execução e avaliação da atenção de enfermagem ao paciente


em TN, seja no âmbito hospitalar, ambulatorial ou domiciliar.

• Fazer parte, como membro efetivo, da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN).

• Participar, como membro da EMTN, do processo de seleção, padronização, parecer técnico para
licitação e aquisição de equipamentos e materiais utilizados na administração e controle da TN
(COFEN, 2014).

A competência do enfermeiro em relação à TN está relacionada com funções administrativas,


assistenciais, educativas e de pesquisa, assumindo, privativamente, o acesso ao trato gastrointestinal
e/ou venoso pelo cateter central de inserção periférica (PICC). Portanto, qualquer tipo de
procedimento invasivo, seja a inserção de uma sonda nasogástrica, orogástrica ou nasoenteral, que
exija conhecimentos técnicos científicos de maior complexidade deverá ser realizado privativamente
pelo enfermeiro no âmbito da equipe de enfermagem, tendo ele a decisão de solicitar aquilo que
couber ao técnico de enfermagem, respeitando a capacidade técnica e científica do profissional que
irá realizar o procedimento (COREN‑PB, 2014).

As vias de acesso para a terapia enteral são compostas por:

• Sonda nasogástrica (SNG), sonda orogástrica (SOG), sonda nasoenteral (SNE): geralmente, através
de sondas de alimentação de poliuretano, disponíveis em vários diâmetros (8, 10, 12, 14 e 16
french), colocadas em posição nasogástrica, nasoduodenal ou nasojejunal, havendo ainda a sonda
nasogastrojejunal, que reúne duas vias separadas de calibres diferentes, permitindo ao mesmo
tempo a drenagem do estômago e a alimentação no jejuno.

• Gastrostomias: geralmente através de sondas de alimentação de silicone, com diâmetros que


variam de 14 a 26 french, com âncora ou balão de fixação interna e discos de fixação externa,
que são colocadas por diversas técnicas, gastrostomia percutânea endoscópica, gastrostomia
radiológica percutânea, gastrostomia cirúrgica, aberta, gastrostomia laparoscópica.

• Jejunostomias: geralmente, através de sondas de alimentação de poliuretano com diâmetro de


8 a 10 french, que podem ser colocadas pela técnica endoscópica percutânea, por uma sonda de
gastrostomia ou por técnica cirúrgica aberta.

• Nutrição oral especializada (NOE): é o método mais natural e desejável. Deve ser de eleição em
pacientes dotados de bom nível de consciência que tenham algum grau de permeabilidade
do tubo digestivo. A escolha para a ingestão de alimentos que servem para complementar a
alimentação do paciente ou quando a dieta requer complementação é destinada a prevenir ou
corrigir deficiências nutricionais (COFEN, 2014).

143
Unidade IV

Compete ao enfermeiro participar com a equipe da escolha da via de acesso para a TN, estabelecer
o acesso por via nasoenteral, gastroenteral. Após a inserção da SNE, encaminhar o paciente para o RX e
confirmar o posicionamento da sonda antes de infundir a dieta, garantir a viabilidade das vias de acesso,
garantir a administração da dieta com segurança e por meio de bomba de infusão, quando indicada,
manter a integridade do sistema, realizar as trocas de equipos, manter dieta conforme protocolos e
fabricantes, prescrever os cuidados de enfermagem, registrar as informações em prontuário, avaliar
as condições de deglutição do paciente quando a dieta for ministrada por via oral, supervisionar e
comunicar a presença de fatores que aumentam o catabolismo do paciente (tais como lesão por
pressão, febre, diarreia, perdas hídricas, sinais de infecção, imobilidade prolongada), avaliar a tolerância
gastrointestinal e as eliminações, estabelecer plano educacional ao paciente e familiares no momento
da alta (COFEN, 2014).

A seguir, demonstraremos as técnicas para a inserção da sonda nasogástrica e nasoenteral.

7.2.1 Sondagem nasoenteral

Para o procedimento, normalmente se utiliza a SNE Dobbhoff: é um produto estéril; confeccionado


em poliuretano e silicone; flexível, maleável e durável; geralmente não sofre alteração em contato com
o pH do estômago; possui ogiva distal de tungstênio e fio‑guia, para facilitar o posicionamento na
instalação. A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: permitir a administração de dietas e medicamentos de maneira mais confortável e


segura, principalmente nos pacientes idosos, acamados e com reflexos diminuídos, sem ou com
diminuição da possibilidade de deglutição no momento.

• Indicação e contraindicação: é indicada para pacientes inconscientes e/ou com dificuldade


de deglutição. Contraindicação: pacientes com desvio de septo (a avaliar) e traumatismo
cranioencefálico (TCE).

• Responsabilidade: enfermeiro.

• Risco/pontos críticos: traumas nasais; inflamação do intestino; diarreia; obstrução da sonda;


pneumotórax.

• Material: máscara descartável, bandeja, SNE, gel hidrossolúvel, seringa 20 ml, gaze, estetoscópio,
luva de procedimento, esparadrapo/micropore, SF 0,9%, lanterna (se necessário), biombo (se
necessário), toalha ou papel‑toalha.

Observação

A técnica de SNE ou SNG é realizada pelo enfermeiro mediante a


prescrição médica.

144
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

Radiopaca

Figura 32 – Apresentação dos materiais para SNE

Observemos os materiais para o procedimento:

• Seringa de 20 ml, que deve conter bico para o teste.

• Sonda enteral nº 10 a 12F (adulto) com fio‑guia; possui uma ponta radiopaca para a identificação
na radiografia; a mensuração da sonda inicia‑se acima da ponta radiopaca.

• Visualizamos o conector em Y, dupla via para a administração da dieta e medicações.

Descrição da técnica

1. Avaliar o paciente e, com a equipe, certificar‑se da necessidade da sondagem.

2. Explicar o procedimento ao paciente e à família.

3. Higienizar as mãos.

4. Conferir prescrição médica, reunir o material e levar para perto do paciente.

5. Isolar a cama com um biombo.

6. Posicionar o paciente em posição Fowler alta, a menos que haja contraindicação. Caso o paciente
não possa ter a cabeceira elevada, mantê‑lo em decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça
e inclinando‑a para frente.

7. Colocar máscara e calçar luvas de procedimento.

8. Avaliar a desobstrução nasal e/ou desvio de septo, para inserir a sonda na narina não comprometida.

9. Inspecionar a condição da cavidade oral do paciente e o uso de prótese dentária.

10. Colocar toalha ou papel‑toalha sobre o tórax do paciente.

11. Higienizar narina com SF 0,9% quando necessário.

145
Unidade IV

12. Mensurar a sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha; descer até o apêndice xifoide, adicionando
de 15 a 20 cm, marcando com fita adesiva; atentar à numeração da rima e anotar para controle.

13. Lubrificar a sonda com gel hidrossolúvel.

14. Introduzir a sonda na narina do paciente até sentir uma pequena resistência; nesse ponto, peça
ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça.

15. Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça movimentos de deglutição.

16. Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do paciente até


o ponto pré‑marcado.

17. Testar posicionamento, injetando 20 ml de ar com seringa de bico. Auscultar com estetoscópio
simultaneamente à região epigástrica e/ou aspirar o conteúdo gástrico. A ausculta do fluxo de ar
ao entrar no estômago é o indicador da correta posição da sonda.

18. Após confirmação do posicionamento adequado da sonda, retirar o fio‑guia delicadamente.

19. A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina utilizada, com fita
adesiva fina.

20. Solicitar que o paciente permaneça em decúbito lateral direito.

21. Reunir todo o material e deixar o paciente confortável.

22. Desprezar o material em local apropriado; higienizar a bandeja.

23. Retirar as luvas de procedimento e a máscara descartável.

24. Higienizar as mãos.

25. Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

26. Encaminhar o paciente para controle radiológico.

27. Após confirmar a localização da sonda pela radiografia, iniciar a nutrição/medicação (POTTER;
PERRY, 2009; COUTINHO; SANTOS, 2013).

Observação

Monitorar o padrão respiratório do paciente durante o procedimento,


atentar para a presença de vômitos e risco de broncoaspiração.
146
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

A seguir observe as figuras referentes às etapas para a SNE, conforme descrito anteriormente.

Figura 33 – Apresentação das etapas para a SNE, conforme técnica descrita

Lembrete

Após a mensuração da sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha,


deve‑se descer até o apêndice xifoide adicionando‑se de 15 a 20 cm,
marcando com fita adesiva.
147
Unidade IV

Recomendações

Em pacientes com suspeita de TCE, é recomendada a sondagem oral gástrica.

Em pacientes com suspeita de traumatismo raquimedular (TRM), não elevar o decúbito.

No sistema de sondagem nasoenteral, deve ser obrigatoriamente realizado um RX após a passagem


da sonda, antes de administrar qualquer tipo de medicação ou dieta.

Deixar toalhas próximas é importante, pois, durante a passagem da sonda, o paciente pode
sentir náuseas por estimulação do nervo vago. Caso isso ocorra, interromper o procedimento
temporariamente. Ocorrendo vômito, retirar a sonda e atender o paciente, retomando o procedimento
mediante avaliação.

Para facilitar a saída do fio‑guia, lubrificar a sonda internamente com 10 ml de água ou SF 0,9%,
antes da passagem da sonda.

Se houver resistência, girar a sonda e ver se ela avança. Se ainda houver resistência, retirar a sonda,
deixar que o paciente descanse, lubrificar novamente a sonda e passar pela outra narina.

Guardar o fio‑guia em uma embalagem limpa e mantê‑la perto dos pertences do paciente, caso a
sonda atual precise ser repassada.

A forma de fixação e o dispositivo utilizado para a fixação vão depender do protocolo da instituição.
Deve ser promovida fixação segura, evitar pressão no nariz e supervisionar alterações. A fixação deverá
ser trocada diariamente após o banho.

Se em algum momento a sonda for tracionada, não se deverá introduzir o fio‑guia; o enfermeiro
deverá avaliar a localização e, se necessário, repassar a sonda (POTTER; PERRY, 2009; COUTINHO;
SANTOS, 2013).

Exemplo de aplicação

A SNE consiste em um procedimento complexo, em que o enfermeiro deve conter conhecimentos e


habilidades técnica e científica para a execução.

Reflita sobre a importância e a forma como o enfermeiro deve elaborar um plano de cuidados eficaz
e especializado após a inserção da sonda.

148
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

7.2.2 Sondagem nasogástrica

Para o procedimento, geralmente, é utilizada a sonda gástrica Levine, um tubo em PVC, atóxico,
flexível, transparente, com demarcações de posicionamento (modelos adultos) e uma superfície
rigorosamente lisa, com uma ponta arredondada aberta no lado proximal do tubo e com 2, 3 e 4 orifícios
(conforme o diâmetro do tubo) alternados em lados opostos. No adulto, a numeração será aplicada de
acordo com a finalidade da sondagem, ou seja, dieta ou drenagem. A técnica será apresentada conforme
publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: drenar conteúdo gástrico para descompressão; realizar lavagem gástrica e administração
de medicação/alimento.

• Indicação/contraindicação: é indicada para alimentação, hidratação, administração


de medicamentos em pacientes com dificuldade ou impossibilidade de se alimentar,
descompressão gástrica, remoção parcial ou total do conteúdo gástrico e proteção contra
broncoaspiração. Contraindicação: malformação e obstrução do septo nasal, desconforto
respiratório importante, malformação e/ou obstrução mecânica/cirúrgica do trato
gastrointestinal, neoplasia de esôfago ou estômago.

• Responsabilidade: enfermeiro.

• Risco/ponto crítico: localização da sonda (sempre realizar o teste antes da infusão); a sonda
pode deslocar‑se para o aparelho respiratório; lesões orais, nasais, esofágicas ou gástricas por
deficiência no procedimento; hemorragia (epistaxe); otite média, sinusite aguda, pneumonia
aspirativa; atentar para a fixação adequada da sonda, prevenindo o seu deslocamento.

• Material: bandeja, SNG, gel hidrossolúvel, seringa 20 ml, gaze, estetoscópio, toalha, luva de
procedimento, esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica, máscara descartável. Veja a seguir, por
meio das figuras, o material a ser utilizado (POTTER; PERRY, 2009; COUTINHO; SANTOS, 2013).

Figura 34 – Apresentação dos materiais para a SNG

149
Unidade IV

Lembrete

Deve‑se utilizar máscara cirúrgica para a execução do procedimento; se


necessário, também se pode utilizar o avental descartável.

Descrição da técnica

1. Avaliar o paciente e certificar‑se, com a equipe, da necessidade do procedimento.

2. Explicar o procedimento ao paciente e à família.

3. Higienizar as mãos.

4. Conferir a prescrição médica, reunir todo o material na bandeja e levar para perto do paciente.

5. Isolar a cama com um biombo, se necessário.

6. Posicionar o paciente em posição Fowler alta, a menos que haja contraindicação; caso o paciente
não possa ter a cabeceira elevada, mantê‑lo em decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça
e inclinando‑a para frente.

7. Colocar máscara e calçar luvas de procedimento; se necessário, utilizar óculos e avental descartável.

8. Verificar o uso de próteses dentárias móveis, solicitando ao paciente para retirá‑las.

9. Avaliar obstrução nasal e/ou desvio de septo.

10. Higienizar a narina com solução fisiológica, se necessário.

11. Colocar a toalha no tórax (ou papel‑toalha).

12. Medir a sonda da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e, a seguir, estender a sonda até o
apêndice xifoide. Acrescentar a medida de dois dedos, marcando com fita adesiva.

13. Lubrificar a sonda utilizando gaze e gel hidrossolúvel.

14. Introduzir a sonda na narina do paciente até sentir uma pequena resistência; nesse ponto, peça
ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça.

15. Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça movimentos de deglutição.

16. Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do paciente até


o ponto pré‑marcado.

150
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

17. Testar posicionamento, injetando 20 ml de ar com seringa de bico. Auscultar com estetoscópio
concomitantemente à região epigástrica e/ou aspirar o conteúdo gástrico;

18. A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina utilizada, com fita
adesiva fina ou fixador próprio.

19. Manter a sonda fechada ou aberta, conforme a indicação da prescrição.

20. Recolher todo o material, deixando o ambiente em ordem e encaminhar ao expurgo.

21. Retirar as luvas de procedimento e a máscara descartável.

22. Higienizar as mãos.

23. Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

24. Atentar ao padrão respiratório do paciente (POTTER; PERRY, 2009; COUTINHO; SANTOS, 2013).

Observação

Após SNG não é necessário realizar o RX do abdome para verificar o


posicionamento, porém deve‑se fazer teste de ausculta, inserindo 20 ml de
ar pela sonda antes de cada dieta.

A seguir observe as figuras contendo as etapas para o procedimento de SNG.

Figura 35 – Etapas para o procedimento de SNG

151
Unidade IV

• Após ter inserido a sonda até a demarcação, o enfermeiro deve seguir com o teste de posicionamento
da sonda.

• Na figura anterior, é demonstrada outra forma de realizar a fixação. Portanto, há fixadores próprios
de SNG/SNE. Devemos seguir o protocolo da instituição.

Recomendações

Orientar paciente ou acompanhante quanto ao volume e tempo de infusão.

Manter decúbito elevado e comunicar qualquer alteração.

A sonda deverá ser testada sempre antes da administração da dieta.

Após a administração da dieta, manter a sonda limpa e permeável.

Sinais de asfixia, como cianose, excesso de tosse e dispneia, são indicativos de que a sonda está
sendo direcionada para o trato respiratório; nesse caso, retirar a sonda imediatamente.

A higiene nasal e oral deverá ser rigorosa em paciente com SNG para evitar complicações, como parotidites.

Em caso de perda ou deslocamento da sonda em pacientes de pós‑operatório de cirurgias de esôfago


e estômago, a sonda não poderá ser repassada nem mesmo reintroduzida sem avaliação médica (POTTER;
PERRY, 2009; COUTINHO; SANTOS, 2013).

A administração da dieta geralmente ocorre por SNE: como a sonda está localizada no duodeno, isso
gera uma segurança maior em relação ao posicionamento e ao risco de broncoaspiração. Geralmente a SNG
é aplicada com objetivo de lavagem gástrica e drenagem; portanto, também pode ser utilizada para a dieta.

Existem diversas fórmulas disponíveis no mercado para a nutrição por SNE/SNG. A dieta a ser
aplicada irá depender da necessidade calórica do paciente, restrição ou ausência de determinado
macro ou micronutriente. Para pacientes com problemas socioeconômicos, ou com desvantagem ao
acesso à dieta, com orientação profissional, pode‑se administrar dieta caseira; esta deverá ser peneirada
e preparada com uma consistência diminuída e mais diluída. A dieta pode ser ministrada de forma
contínua, geralmente em bomba de infusão, conforme a prescrição médica, sendo estipulados quantos
ml/h serão infundidos, ou de forma intermitente; nesse caso, a dieta é ministrada em um período
preestabelecido – por exemplo, de 4/4 horas ou 5 x ao dia.

Alguns pontos são importantes na administração de medicação e dieta por SNE/SNG:

• Verificar a dieta quanto a prescrição e validade antes e depois do início da infusão.

• Sempre ao término da dieta, irrigar a sonda com flush de água filtrada ou água destilada,
dependendo do protocolo, a fim de evitar obstruções.
152
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

• As medicações a serem ministradas por sonda devem ser apropriadas para tal via, a fim de evitar obstruções.

• Se o paciente tiver prescrição de duas ou mais medicações por sonda no mesmo horário, não devemos
misturar as medicações. Respeitar a interação medicamentosa: cada medicação será macerada
separadamente, aspirada na seringa separadamente e ministrada. Deve‑se infundir a primeira
medicação após irrigar a sonda e depois ministrar a outra medicação. Ao término da medicação,
irrigar a sonda. Ou seja, não ministrar duas medicações diferentes em uma única seringa.

• Após avaliação do resíduo gástrico, a sonda deve ser irrigada.

• Realizar limpeza das tampas conectoras com álcool a 70%, ou conforme protocolo, e da parte
externa da sonda, após o banho, após as trocas da fixação e sempre que houver sujidade.

• Não devemos desobstruir sondas com refrigerantes e outras soluções que não tenham
embasamento científico.

• Nunca inserir o fio‑guia em uma sonda introduzida no paciente.

No quadro a seguir, conforme as recomendações da NIC, estão as atividades propostas para a TN


por sonda gastrointestinal e o monitoramento de sua eficácia e permeabilidade (BULECHEK et al., 2016).

Quadro 47 – Atividades propostas para administração da TN e manutenção da SNG/SNE

Alimentação por sonda enteral


Sempre antes da manutenção da sonda e infusão da dieta, explicar o procedimento para o paciente.
Monitorar quanto ao posicionamento correto da sonda por meio de inspeção da cavidade oral, checando resíduo
gástrico ou realizando o teste de infusão de 20 ml de ar pela sonda de acordo com o protocolo institucional.
Monitorar o paciente quanto a presença de RHA de 4/4 horas, conforme apropriado.
Monitorar o estado eletrolítico e hídrico.
Elevar a cabeceira da cama de 30 a 45 graus durante a nutrição, durante o banho; se necessário diminuir o decúbito
do paciente, deve‑se fechar a dieta.
Descontinuar a alimentação de 30 a 60 minutos antes de abaixar a cabeceira.
Cessar a alimentação por sonda uma hora antes de um procedimento ou de um transporte se o paciente precisar
ficar com a cabeceira em um ângulo inferior a 30°.
Irrigar a sonda a cada 4‑6 horas, conforme apropriado, durante a nutrição contínua por sonda, após cada
alimentação intermitente e após a administração de medicação. Utiliza‑se água filtrada com flush de 20 a 40 ml.
Utilizar técnica limpa ao administrar alimentação por sonda.
Checar a prescrição da dieta, características e prazo de validade; checar a velocidade do fluxo de gotejamento ou o
fluxo da bomba de alimentação a cada hora.
Diminuir o fluxo da sonda de alimentação e/ou sua concentração para controlar diarreia.
Monitorar sensação de estômago cheio, náuseas e vômitos.
Checar resíduo gástrico a cada 4‑6 horas, nas primeiras 24 horas; depois, a cada 8 horas durante a nutrição contínua.
Checar resíduo gástrico antes de cada nutrição intermitente.
Interromper alimentação por sonda na presença de resíduos maiores que 150 ml ou de 110% a 120% acima do fluxo
do gotejamento em adultos.

153
Unidade IV

Trocar o local de inserção e a sonda de acordo com o protocolo.


Lavar a pele ao redor do local de inserção da sonda com sabão neutro e secar completamente.
Descartar os recipientes da alimentação enteral e os conjuntos de administração a cada 24 horas.
Monitorar quanto às medidas antropométricas, principalmente o peso, diariamente/ semanalmente ou mensalmente,
conforme a situação clínica do paciente.
Monitorar quanto a sinais de edema ou desidratação.
Monitorar as eliminações do paciente.
Monitorar quanto a mudanças de humor.
Preparar os indivíduos e seus familiares para a alimentação por sonda em domicílio, conforme o apropriado.

O enfermeiro, como membro da EMTN, deve implementar um cuidado especializado ao paciente


e sua família, orientando quanto à terapia, aos riscos e benefícios e às potenciais complicações. A
equipe de enfermagem desenvolve um papel importante fornecendo suporte emocional direcionado
a minimizar receios e apreensões, bem como favorecer a participação do paciente e da família.

7.3 Eliminação

O equilíbrio dos fenômenos vitais no ser humano depende do bom funcionamento de todos os órgãos.
O processo fisiológico está sujeito a desequilíbrios constantes, pois o organismo, em seu funcionamento
normal, produz grande quantidade de resíduos, que caem na circulação sanguínea e daí devem ser
retirados pelos órgãos de eliminação: rins, intestinos, pele e pulmões. A eliminação consiste em uma
necessidade humana básica, pelo fato de ser indispensável à manutenção da saúde e da sobrevivência,
apresentando‑se tão vital para o organismo que está na base da manutenção dos equilíbrios hídrico,
ácido‑básico e eletrolítico (NAKAMAE, 1976).

Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do corpo humano. Portanto, a
diminuição progressiva da função renal implica comprometimento de essencialmente todos os outros
órgãos. A função renal é avaliada pela filtração glomerular (FG) e a sua diminuição é observada na
doença renal crônica (DRC), associada à perda das funções regulatórias, excretórias e endócrinas do rim
(BASTOS; BREGMAN; KIRSZTAJN, 2010).

Em muitas patologias, a eliminação urinária deve ser mensurada e controlada. Também há situações
em que o paciente não consegue apresentar a micção espontânea, seja por obstrução do canal uretral,
lesão nervosa ou pós‑operatório devido à anestesia. Podemos dizer que, tanto numa situação de controle
rigoroso da diurese quanto na impossibilidade da eliminação fisiológica, o paciente poderá necessitar do
cateterismo vesical.

A cateterização urinária (sondagem) é uma medida invasiva. Compreende a introdução de um cateter


através da uretra até o interior da bexiga, com o objetivo de drenar a urina ou instilar medicamento ou
líquido. Também possibilita um meio de analisar o débito urinário em pacientes hemodinamicamente
instáveis e graves (POTTER; PERRY, 2009).

154
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

A cateterização pode ser de demora, alívio e intermitente.

• Sondagem vesical de demora (SVD): permanece inserida no interior da bexiga por um tempo
longo, até o cliente ser capaz de urinar de forma completa e voluntariamente. Pode ser utilizada
no paciente grave instável. Devido ao risco de infecção do trato urinário (ITU) ser elevado, deve
ser indicado adequadamente.

• Sondagem vesical de alívio ou reta (SVA): é inserida por um curto período de tempo e removida
logo em seguida, após a drenagem da urina.

• Sondagem vesical intermitente: um cateter é introduzido por tempo suficiente para a drenagem,
igual à SVA. O cateterismo é repetido conforme a necessidade do paciente (POTTER; PERRY, 2009).

Durante o procedimento de inserção da sonda vesical, a probabilidade do paciente de adquirir uma


ITU é aumentada em decorrência de vários fatores, por exemplo: a duração do cateterismo, a execução
da técnica e a manutenção do sistema. A infecção pode surgir em 1 a 2% dos pacientes submetidos ao
cateterismo urinário intermitente, e em 10 a 20% dos pacientes submetidos ao cateterismo de demora
(ERCOLE et al., 2013).

Devido à alta incidência e à relação de ITU com cateterismo vesical, medidas preventivas devem ser
implementadas e o enfermeiro deve possuir conhecimento e habilidade técnico‑científica para executar
o procedimento. A cateterização urinária é um procedimento invasivo que a enfermagem executa no
cotidiano de sua prática assistencial. Apesar de ser considerado comum, o procedimento está associado a
complicações que requerem esforços da enfermagem para seu controle (ERCOLE et al., 2013).

A Resolução nº 450/2013, publicada em dezembro de 2013 pelo Cofen, estabelece as competências


da equipe de enfermagem em relação ao procedimento de sondagem vesical (introdução de cateter
estéril através da uretra até a bexiga para drenar a urina).

Segundo o Parecer Normativo, aprovado pela Resolução Cofen nº 450/2013, a inserção de cateter
vesical é função privativa do enfermeiro:

[...]

ANEXO

PARECER NORMATIVO PARA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM


SONDAGEM VESICAL

I. OBJETIVO

Estabelecer diretrizes para atuação da equipe de enfermagem em sondagem


vesical visando à efetiva segurança do paciente submetido ao procedimento.

155
Unidade IV

II. COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM SONDAGEM VESICAL

A sondagem vesical é um procedimento invasivo e que envolve riscos ao


paciente, que está sujeito a infecções do trato urinário e/ou a trauma
uretral ou vesical. Requer cuidados de Enfermagem de maior complexidade
técnica, conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões
imediatas e, por essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a
inserção de cateter vesical é privativa do Enfermeiro, que deve imprimir
rigor técnico‑científico ao procedimento. Ao Técnico de Enfermagem,
observadas as disposições legais da profissão, compete a realização de
atividades prescritas pelo Enfermeiro no planejamento da assistência, a
exemplo de monitoração e registro das queixas do paciente, das condições
do sistema de drenagem, do débito urinário; manutenção de técnica limpa
durante o manuseio do sistema de drenagem, coleta de urina para exames;
monitoração do balanço hídrico – ingestão e eliminação de líquidos; sob
supervisão e orientação do Enfermeiro. O procedimento de Sondagem
Vesical deve ser executado no contexto do Processo de Enfermagem,
atendendo‑se às determinações da Resolução Cofen nº 358/2009 e aos
princípios da Política Nacional de Segurança do Paciente, do Sistema
Único de Saúde (COFEN, 2013).

Alguns pontos devem ser descritos para a realização do procedimento:

• O calibre do cateter deve ser determinado pelo tamanho do meato uretral do paciente e pelo
motivo do cateterismo; geralmente, para mulheres, utiliza‑se de 12 a 16 fr e, para homens, de
16 a 18 fr.

• A duração do período de cateterização deve determinar o tipo de material utilizado:

— cateteres plásticos adequados para uso intermitente, pois são rígidos e inflexíveis (sonda uretral
de alívio);

— cateter de látex, recomendado geralmente para um tempo superior a 3 semanas (cateter Foley
de látex, geralmente utilizado na SVD);

— cateter de silicone, recomendado para uso prolongado, de 2 a 3 meses (cateter Foley de silicone).

• Apenas água destilada estéril deve ser utilizada para insuflar o cuff; o SF 0,9% pode cristalizar;
deve‑se respeitar o volume descrito na sonda (POTTER; PERRY, 2009).

A seguir apresentaremos a técnica de SVD e SVA.

156
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

7.3.1 Sondagem vesical de alívio (SVA)

A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: introdução de um cateter pela uretra até a bexiga com fim de diagnóstico ou
tratamento.

• Indicação/contraindicação: indicação: esvaziar a bexiga, obter amostra de urina para exame,


disfunção vesical (bexiga neurogênica), drenagem vesical após cirurgias urológicas e pélvicas,
assegurar a higiene perineal. Contraindicação: obstrução mecânica do canal uretral, ITU baixo.

• Responsabilidade: enfermeiro.

• Risco/pontos críticos: trauma de meato urinário; infecções urinárias.

• Materiais:

— antecedendo a sondagem: para higiene íntima.

— para o ato da sondagem: bandeja de cateterismo vesical, pacote de gazes esterilizadas, sonda
uretral ou traqueal, antisséptico tópico, gel hidrossolúvel, seringa descartável de 20 ml, luvas
de procedimento não estéril e estéril, saco coletor de urina, biombo, álcool gel 70%, máscara.

Figura 36 – Materiais para higiene intima antecedendo a SVD/SVA

Antecedendo o procedimento de sondagem vesical, o enfermeiro deve realizar higiene íntima


no paciente. Se o paciente estiver consciente e orientado e tiver a capacidade cognitiva para se
auto‑higienizar, o enfermeiro deverá orientá‑lo sobre a forma da higienização e encaminhá‑lo para
o banho. Se o paciente estiver acamado, o enfermeiro ou técnico/auxiliar de enfermagem executará o
procedimento. Para a higiene, deve‑se utilizar um antisséptico, geralmente, o clorexidine dergemante.

157
Unidade IV

A) B)

Figura 37 – Materiais estéreis para o procedimento de SVD/SVA

A sondagem vesical é aplicada com rigor técnico e de forma estéril, ou seja, devemos utilizar
materiais esterilizados. A figura A demonstra uma cuba‑rim, cúpula, pinça, gaze e campo fenestrado,
todos esterilizados. Em algumas instituições, há padronizado um kit sondagem vesical, mas esta não é a
realidade de todos os hospitais. Caso a instituição de saúde não tenha um kit determinado, o enfermeiro
deverá providenciar separadamente os materiais na central de material e esterilização (CME). A figura B
representa os materiais da figura A embalados e já esterilizados.

Descrição da técnica de SVA

1. Avaliar o paciente e certificar‑se da necessidade do procedimento.

2. Explicar o procedimento ao paciente e à família.

3. Conferir a prescrição médica.

4. Higienizar as mãos.

5. Reunir o material e levar até o paciente.

6. Conferir o nome completo do paciente e explicar o procedimento.

7. Promover a privacidade do paciente.

8. Higienizar as mãos.

9. Colocar a máscara.

10. Posicionar o paciente:

158
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

• feminino: posição dorsal (supino com joelhos flexionados).

• masculino: posição supina com as coxas levemente abduzidas.

11. Calçar luvas de procedimento e realizar a higiene íntima rigorosa com água e sabão (se paciente
dependente). Orientar a higienização prévia a pacientes independentes.

12. Retirar luvas de procedimento e higienizar as mãos.

13. Abrir a bandeja de cateterismo e adicionar os materiais descartáveis (sonda uretral, seringas,
gaze estéril) dentro da técnica asséptica.

14. Calçar luvas estéreis.

15. Com auxílio de um colega, colocar gel hidrossolúvel na seringa de 20 ml, se paciente masculino;
se feminino, pode‑se colocar o gel dentro da cuba‑rim (material estéril).

16. Realizar antissepsia do meato uretral:

• feminino: (1) com a mão não dominante, retrair os grandes lábios e manter a posição ao longo do
procedimento; (2) usando pinça na mão dominante esterilizada, pegar gazes estéreis saturadas
com solução antisséptica e limpar a área do períneo, limpando da frente para trás, do clitóris na
direção do ânus. Limpar meato uretral, pequenos e grandes lábios.

• masculino: (1) recolher o prepúcio com a mão não dominante, segurar o pênis abaixo da glande.
Manter a mão não dominante na posição ao longo do procedimento; (2) com a mão dominante,
pegar uma gaze com a pinça e limpar o pênis. Fazer movimento circular do meato uretral para
baixo, até a base da glande. Repetir a limpeza três vezes, usando uma gaze limpa a cada vez.

17. Posicionar o campo fenestrado sobre a genitália.

18. Lubrificar a sonda com xilocaína. No homem, poderá ser injetado o lubrificante diretamente na
uretra através de seringa de 20 ml.

19. Introduzir a sonda delicadamente no meato uretral até observar a drenagem de urina. Quando
masculino, levantar o pênis na posição perpendicular ao corpo do paciente.

20. Contabilizar o volume drenado; deixar a drenagem completa.

21. Não se esquecer de reposicionar o prepúcio e remover o excesso de antisséptico da área meatal.

22. Auxiliar o paciente a ficar numa posição confortável.

23. Lavar e secar a área perineal conforme for necessário.


159
Unidade IV

24. Encaminhar o material utilizado ao expurgo.

25. Retirar luvas e higienizar as mãos.

26. Checar o procedimento.

27. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Recomendações

Sondas utilizadas para cateterismo vesical: sonda de alívio (nº 10 ou 12).

Em alguns casos de retenção urinária, podem ser colocadas bolsa de água morna ou compressas na
região suprapúbica.

Observar e anotar o volume urinário, odor, cor e aspecto.

Não realizar lavagem da sonda vesical sem recomendação médica.

Em caso de sangramento ou resistência à introdução do cateter, interromper o procedimento e


comunicar ao médico (COUTINHO; SANTOS, 2013).

7.3.2 Sondagem vesical de demora (SVD)

A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: introdução de um cateter pela uretra até a bexiga com o fim de diagnóstico ou
tratamento.

• Indicação/contraindicação: indicação: drenagem vesical por obstrução crônica, disfunção vesical


(bexiga neurogênica), drenagem vesical após cirurgias urológicas e pélvicas, medida de diurese em
pacientes graves, assegurar a higiene perineal e o conforto de pacientes incontinentes de urina e
comatosos. Contraindicação: obstrução mecânica do canal uretral, ITU baixo.

• Responsabilidade: enfermeiro.

• Risco/pontos críticos: trauma de meato urinário; infecções urinárias.

• Materiais: bandeja de cateterismo vesical, sonda Foley, bolsa coletora (sistema fechado),
PVPI tópico, gel hidrossolúvel, luvas de procedimento e estéreis, ampolas de água destilada,
biombo, seringa 20 ml e 10 ml com bico, fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo, agulhas
de aspiração.

160
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

Lembrete

Antes de realizar o procedimento de sondagem, o profissional deve


realizar primeiramente a higiene íntima e utilizar os mesmos materiais
descritos na SVA.

Figura 38 – Materiais para SVD

Descrição da técnica de SVD

1. Avaliar o paciente e certificar‑se da necessidade do procedimento.

2. Explicar o procedimento ao paciente e à família.

3. Conferir a prescrição médica.

4. Reunir o material e levar até o paciente.

5. Conferir o nome completo do paciente.

6. Promover a privacidade do paciente.

7. Higienizar as mãos.

8. Posicionar o paciente:

• feminino: posição dorsal (supino com joelhos flexionados).

• masculino: posição supina (com as pernas levemente afastadas).

9. Calçar luvas de procedimento e realizar a higiene íntima rigorosa com água e sabão (se paciente
dependente). Orientar a higienização prévia a pacientes independentes.
161
Unidade IV

10. Retirar luvas de procedimento e higienizar as mãos.

11. Abrir a bandeja de cateterismo e adicionar os materiais descartáveis (sonda de Foley, seringas,
agulhas, gaze estéril e sistema coletor fechado) dentro da técnica asséptica.

12. Calçar luvas estéreis.

13. Adaptar a sonda de Foley ao coletor de urina (sistema fechado).

14. Com auxílio de um colega, colocar gel hidrossolúvel na seringa de 20 ml (se paciente masculino)
e colocar água destilada em seringa de 10ml.

15. Testar o cuff (balonete) com a seringa de 10 ml com água destilada.

16. Realizar antissepsia do meato uretral:

• feminino: usando pinça na mão dominante, pegar gazes estéreis saturadas com solução
antisséptica e limpar sempre da frente para trás, do clitóris na direção do ânus. Limpar meato
uretral, pequenos e grandes lábios.

• masculino: (1) recolher o prepúcio com a mão não dominante, segurar o pênis abaixo da
glande. Manter a mão não dominante na posição ao longo do procedimento. (2) com a mão
dominante, pegar uma gaze com a pinça e limpar o pênis. Fazer movimento circular do meato
uretral para baixo, até a base da glande. Repetir a limpeza três vezes, usando uma gaze limpa
a cada vez.

17. Posicionar o campo fenestrado sobre a genitália.

18. Lubrificar a sonda com xilocaína. No homem, poderá ser injetado o lubrificante diretamente na
uretra através de seringa de 20 ml.

19. Introduzir a sonda delicadamente no meato uretral até observar a drenagem de urina. Quando
masculino, levantar o pênis na posição perpendicular ao corpo do paciente.

20. Insuflar o balonete com água destilada, observando o volume marcado na sonda.

21. Tracionar vagarosamente a sonda até sentir resistência do balão e fixar na parte interna da coxa
(mulher) e área suprapúbica (homem).

22. Não se esquecer de reposicionar o prepúcio e remover o excesso de antisséptico da área meatal.
Se necessário, realizar nova higiene íntima.

23. Prender o coletor na parte inferior da cama após colocar data, hora e nome do funcionário.

162
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

24. Auxiliar o paciente a ficar numa posição confortável.

25. Lavar e secar a área perineal conforme for necessário.

26. Encaminhar o material utilizado ao expurgo.

27. Retirar luvas e higienizar as mãos.

28 . Checar o procedimento.

29 . Realizar as anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Recomendações

Em pacientes acamados, com sonda vesical, deve‑se fazer higiene íntima após cada evacuação.

Sondas utilizadas para cateterismo vesical: em adolescentes (nº 10 ou 12), em adultos (nº 14 ou 16),
em gestantes (nº 14) e sonda de alívio (nº 10 ou 12).

Em alguns casos de retenção urinária, podem ser colocadas bolsa de água morna ou compressas na
região suprapúbica.

Observar e anotar o volume urinário, a cor e o aspecto.

Desinflar o balão na retirada da sonda vesical, observar e anotar a primeira micção espontânea.

O sistema de drenagem deve ser obrigatoriamente fechado e trocado toda vez que for manipulado
inadequadamente. Não há um intervalo ideal preconizado para a troca da sonda, mas recomenda‑se a
sua retirada precocemente.

Não abrir o sistema de drenagem para realizar coleta de exames.

Indicações para troca do cateter e sistema coletor: obstrução, presença de grande quantidade de
resíduos no sistema, presença de incrustações visíveis e urina com aspecto purulento, febre de origem não
determinada sem outra causa reconhecida, desconexão acidental ou ruptura, violação e contaminação
do sistema por técnica inapropriada na instalação e manuseio.

Retirada da sonda vesical de demora: diminui a incidência de infecção urinária.

Não realizar lavagem da sonda vesical sem recomendação médica.

Os coletores de urina devem ser esvaziados a cada 6 horas e nunca devem ser posicionados em um
nível acima do púbis.

163
Unidade IV

Realizar higiene perineal com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos 2 vezes ao dia (COUTINHO;
SANTOS, 2013).

A seguir apresentamos um resumo da técnica por meio de figuras:

Abertura do material estéril Após a abertura do material estéril, O enfermeiro calça a luva estéril,
devemos colocar no campo os demais organiza a disposição dos materiais na
materiais com técnica asséptica, bandeja, testa o cuff da sonda. Verificar
sem encostar para não contaminar, na sonda a descrição de quantos ml de
deixando a sonda por último. AD devem ser inseridos.

O cuff da sonda é testado com AD de Após o teste, podemos conectar a Sonda é conectada no sistema
acordo com ml indicado na sonda. sonda no sistema fechado. fechado

Segue-se a antissepsia utilizando‑se No homen deve-se segurar o pênis, Após a antissepsia a mão dominante
clorex tópico no sentido tracionar o prepúcio e iniciar a continua segurando a região genital e
anteroposterior, iniciando pelo antissepsia do meato uretral, se o campo fenestrado é colocado acima.
períneo, meato urinário, pequenos e estendendo à base da glande.
grandes lábios.

164
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

Depois devemos lubrificar a sonda; Sonda lubrificada. No homem, devemos injetar em


para a mulher, podemos despejar torno de 20 ml de lubrificante com a
o lubrificante estéril na cuba‑rim e seringa de 20 ml e prosseguir com a
passar na sonda. sondagem.

Após ser lubrificada, a sonda é Depois da inserção, deve haver o


inserida por meio do meato uretral retorno de volume urinário; após
com a mão dominante e estéril; se certificação de que está posicionada,
ocorrer a inserção na vagina, deve ser o cuff é insuflado com a água
retirada e trocada. destilada, e a sonda fixada.

Figura 39 – Etapas para o procedimento de SVD

Lembrete

A sonda deve ser fixada na parte interna da coxa na mulher e na área


suprapúbica no homem.

Após a fixação, os materiais devem ser retirados. É indicada uma higiene íntima para retirar os
resíduos do antisséptico, a fim de prevenir irritação e prurido. A sonda deve ser adequadamente
fixada e posicionada. O paciente deve permanecer confortável. Os materiais devem ser descartados
adequadamente e encaminhados à CME conforme protocolo.

No quadro a seguir, conforme as recomendações da NIC, estão as atividades propostas para os


cuidados com sondas urinárias (BULECHEK et al., 2016).

165
Unidade IV

Quadro 48 – Cuidados com sondas urinárias

Determinar a indicação para sonda vesical


Manter sistema de drenagem urinário fechado, estéril e sem obstrução
Assegurar o posicionamento da bolsa de drenagem abaixo do nível da bexiga
Manter a perviedade do sistema de cateter urinário
Realizar cuidados de rotina ao meato com água e sabão durante o banho diário
Limpar o cateter urinário externamente ao meato
Trocar o cateter urinário em intervalos regulares, conforme indicado e conforme protocolo institucional
Observar as características da drenagem urinária
Posicionar adequadamente o paciente, atentar a obstruções
Usar um dispositivo de fixação de cateter e trocar após o banho
Esvaziar o dispositivo de drenagem urinária a intervalos regulares e específicos, esvaziar a bolsa de
drenagem antes do transporte do paciente
Evitar colocar a bolsa de drenagem entre as pernas do paciente durante o transporte
Manter cuidado com a pele relacionado à fixação do cateter
Monitorar quanto a distensão da bexiga ou vazamentos
Orientar o paciente e a família sobre cuidados adequados com a sonda

8 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Os medicamentos desempenham papel fundamental na proteção e recuperação da saúde. Se


utilizados adequadamente e com indicação médica, auxiliam na manutenção e na melhoria da QV.

Basicamente os medicamentos podem ser de referência, genéricos e similares. O medicamento de


referência é aquele registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária. A qualidade deve
ser comprovada cientificamente, por ocasião do registro, e a eficácia e a segurança devem ser testadas
por meio de estudos clínicos. O medicamento genérico deve manter o mesmo efeito terapêutico do de
referência. Ele é definido como aquele produzido livremente após o prazo de proteção da patente do
produto de referência. Os medicamentos similares são aqueles que contêm o mesmo ou os mesmos
princípios ativos, a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e
indicação terapêutica, e são equivalentes ao medicamento registrado no órgão federal responsável,
podendo diferir em características relativas ao tamanho e à forma do produto, ao prazo de validade, à
embalagem, à rotulagem, aos excipientes e ao veículo (LIRA et al., 2014).

Contudo, toda substância que, introduzida no organismo, vá atender a uma finalidade terapêutica
pode ser denominada como medicamento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da
Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Conceitua medicamento como um produto
farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para
fins de diagnóstico (BRASIL, 1973). Não podemos nos confundir com o termo droga: este é conceituado
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, [s.d.]) como substância ou matéria‑prima que tem
finalidade medicamentosa ou sanitária.

166
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

Há disponíveis diferentes formas farmacêuticas, ou seja, são diversas as formas físicas em que os
medicamentos podem ser apresentados, a fim de possibilitar o seu uso pelo paciente, facilitar a administração,
garantir a precisão da dose, proteger a substância durante o percurso pelo organismo, garantir a presença no
local de ação e facilitar a ingestão da substância ativa. As formas farmacêuticas disponíveis são:

• comprimidos;

• cápsulas, pós e granulados;

• xaropes;

• soluções (gotas, nasais, colírios, bochechos e gargarejos e injetáveis);

• supositórios, óvulos e cápsulas ginecológicas;

• aerossóis;

• pomadas e suspensões (ANVISA, 2010, p. 16).

Geralmente as medicações desempenham ação local ou sistêmica, ou seja, agem no local da


aplicação ou circulam na corrente sanguínea. Seu efeito atinge determinados órgãos, tecidos ou todo o
organismo, dependendo da farmacocinética relacionada à medicação.

A enfermagem é a principal responsável pela administração dos medicamentos. Grande parte


dos processos assistenciais envolve a administração dos medicamentos. Dessa forma, a questão da
assistência segura é um ponto central a ser discutido. Incidentes relacionados a medicamentos (IRMs)
estão entre os mais comuns nos serviços de saúde. Podem acarretar prejuízos ao paciente e familiares
nos aspectos da saúde física, mental e social, comprometer a imagem e a confiabilidade da instituição
e, ainda, implicar os profissionais em processos e ações ético‑moral‑legais. Quando o IRM gera dano ao
paciente, é denominado de evento adverso (COREN‑SP, 2017).

O importante é a conscientização de que esses eventos adversos podem ser evitados, uma vez que
são preveníveis e previsíveis, pois a administração de medicamentos, além de ser uma das atividades mais
sérias e de grande responsabilidade para a equipe de enfermagem, é uma das etapas mais importantes
da terapia medicamentosa. Para a sua execução, é necessário que vários princípios científicos associados
a um sistema de medicação seguro sejam aplicados, juntamente com processos desenvolvidos para
dificultar o surgimento de erros (COREN‑SP, 2017).

Consideremos a Resolução Cofen‑311/2007, que normatiza o Código de Ética dos Profissionais


de Enfermagem:

Art. 12. (Responsabilidades e Deveres) Assegurar à pessoa, família e


coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de
imperícia, negligência ou imprudência.
167
Unidade IV

Art. 14. (Responsabilidades) Manter‑se atualizado, ampliando seus


conhecimentos técnicos, científicos e culturais, em benefício da clientela,
coletividade e do desenvolvimento da profissão.

Art. 30 (Proibições) Administrar medicamentos sem conhecer a ação da


droga e sem certificar‑se da possibilidade de riscos.

Art. 32 (Proibições) Executar prescrições de qualquer natureza que


comprometam a segurança da pessoa (COFEN, 2007).

Administrar medicamentos torna‑se um processo multi e interdisciplinar, que exige do profissional


responsável pela administração conhecimento variado, consistente e profundo, como ação, interações
e efeitos colaterais da medicação, uma vez que um erro pode trazer graves consequências aos clientes
sob responsabilidade desses profissionais (TELES FILHO; CASSIANI, 2004).

Observação

É proibido administrar medicação preparada por um colega profissional.

Para tornar o uso de medicamentos mais seguro para o paciente, é importante identificar os fatores
de risco que contribuem para os incidentes, conhecer as falhas fundamentais e os problemas de desenho
do sistema de medicação, bem como eventos que ocorrem raramente. A equipe multidisciplinar deve
estar envolvida nesse processo, pois no hospital quem executa a prescrição medicamentosa é o médico,
quem dispensa a medicação é o farmacêutico e quem a prepara é a enfermagem.

Atualmente fazemos uso dos certos. Eles foram criados para auxiliar no processo de administração
medicamentosa de forma segura. São eles:

• Medicamento certo.
• Compatibilidade medicamentosa.
• Orientação ao paciente.
• Direito a recusar o medicamento.
• Anotação correta.
• Dose certa.
• Via certa.
• Hora certa.
• Paciente certo (COREN‑SP, 2017).

168
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

Além de considerarmos os certos descritos anteriormente, devemos conhecer as etapas para o


processo de administração de medicamentos. Elas são compostas pela prescrição, dispensação, preparo
e administração.

Prescrição: escolha da medicação apropriada para cada situação clínica, feita pelo profissional da
saúde, que considera os fatores individuais dos pacientes, como alergias e peso, na indicação da via de
administração, dose, tempo e duração (COREN‑SP, 2017).

Prescrição médica

• Legível, preferencialmente emitida a partir de sistema informatizado que possua alerta para
inadequações ou discordâncias da prescrição, ou, no mínimo, digitada, mas não mais manuscrita.

• Conter data e identificação do prescritor, com carimbo e assinatura.

• Deve conter as informações necessárias dos medicamentos, tais como nome, dosagem, via,
horário, frequência e velocidade de infusão.

• As siglas e abreviaturas adotadas na prescrição médica devem ser divulgadas na instituição.

• Conter identificação completa e legível do paciente, com no mínimo dois identificadores, como
nome completo e data de nascimento; pode ser acrescida com o número do prontuário ou registro
do atendimento.

• Ter validade no ambiente hospitalar de 24 horas.

• Manter farmacêutico para realizar a verificação da prescrição médica, antes da dispensação dos
medicamentos.

Dispensação: distribuição do medicamento pelo serviço de farmácia/suprimentos para as


unidades requisitantes.

Preparo: manipulação dos medicamentos conforme as técnicas para administrar ao paciente, de


acordo com a prescrição e dispensação.

Administração: aplicação de medicamentos ao paciente. Considerar os certos (COREN‑SP, 2017).

Observação

A Resolução Cofen n° 487, de 25/08/2015, “veda aos profissionais de


Enfermagem o cumprimento da prescrição médica à distância e a execução
da prescrição médica fora da validade” (COFEN, 2015).

169
Unidade IV

Existem vários fatores de risco que contribuem para eventos adversos relacionados com os
medicamentos. O profissional deve entender sobre esses fatores e trabalhar com a prevenção:

• Pacientes vulneráveis: dificuldade de comunicação.

• Neonatos e crianças, devido à necessidade de cálculo das doses de drogas requeridas em seus tratamentos.

• Inexperiência profissional.

• Pressa, como em situações de emergência; realização de multitarefas; interrupções; fadiga; tédio;


ausência de supervisão.

• Falta de hábito de realização de dupla checagem ou checagem por diferentes pessoas, de acordo
com as recomendações do serviço.

• Trabalho em equipe ineficaz.

• Falha de comunicação entre os profissionais.

• Relutância em usar memória auxiliar, como bulas, protocolos, livros, artigos, ou outras fontes de informação.

• Ambiente de trabalho inapropriado.

• Alguns medicamentos podem ser facilmente confundidos, devido a ambiguidade quanto a nome,
rótulo, embalagem, cor e forma.

• Letras muito pequenas nas etiquetas ou rótulos dificultam a leitura.

• Desconhecimento sobre interações medicamentosas e reações adversas (COREN‑SP, 2017).

O profissional deve estar preparado técnica e cientificamente para prestar a assistência com
segurança e livre de riscos assistenciais.

Exemplo de aplicação

Você é enfermeiro em uma unidade de clínica médica e é notificado de dois casos de evento adverso
relacionado com medicamentos no mesmo setor, em uma semana. Reflita sobre a sua conduta como
enfermeiro. Como podemos trabalhar com a prevenção?

É importante ressaltar que a família é considerada uma aliada na segurança do paciente e pode
se tornar a principal referência em situações nas quais o paciente se torna dependente e vulnerável
ao cuidado.

170
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

Saiba mais

O manual a seguir irá propiciar uma inter‑relação com o conteúdo


apresentado.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO (COREN‑SP).


Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, administração e
monitoramento. São Paulo, 2017. Disponível em: <http://www.coren‑sp.
gov.br/sites/default/files/uso‑seguro‑medicamentos.pdf>. Acesso em: 6
jul. 2017.

8.1 Vias de administração de medicamentos

A via escolhida para a administração do medicamento irá depender das propriedades e efeitos
desejados, assim como das características clínicas e da condição cognitiva do paciente. Por exemplo,
não iremos conseguir ministrar um comprimido via oral para um paciente inconsciente.

Basicamente as medicações podem ser ministradas via trato gastrointestinal (enteral), parenteral e
por via tópica.

8.1.1 Medicações via oral

Administração via oral (VO)

Mais fácil e mais comumente usada. Os medicamentos são dados pela boca e deglutidos. Apresenta
como vantagem a facilidade de administração e ser menos dispendiosa. É contraindicada para pacientes
com náuseas e vômitos, diarreias e dificuldades para engolir, alterações do nível de consciência e
alterações na função gastrointestinal.

Exemplo de prescrição médica:

1. Novalgina 500 mg VO de 6/6 hs.

2. Novalgina 30 gotas VO de 8/8 hs.

Administração sublingual (SL)

Medicamentos feitos para serem absorvidos rapidamente, após terem sido colocados a dissolver sob
a língua. Não devem ser deglutidos. Essa via apresenta como vantagem a facilidade de administração
e ser menos dispendiosa. É contraindicada para pacientes com náuseas e vômitos, dificuldades para
manter a medicação sob a língua e alterações do nível de consciência. Deve‑se atentar ao uso frequente,
pois pode ocasionar lesões na mucosa.
171
Unidade IV

Exemplo de prescrição médica:

1. Isordil 5 mg SL às 14 horas.

Técnica de administração de medicação por VO

A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: administrar medicações com apresentação em cápsulas, suspensão, gotas, comprimidos


e pós, absorvidas pelo trato gastrointestinal.

• Indicação/contraindicação: indicação: todos os pacientes conscientes e com boas condições de


deglutição. Contraindicação: pacientes inconscientes, com distúrbio de deglutição, alteração do
nível de consciência, náuseas e vômitos.

• Responsabilidade: enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem.

• Riscos/pontos críticos: engasgos, dificuldade em engolir comprimidos, drágeas e/ou cápsulas; o


paciente desprezar o comprimido na ausência da enfermagem; medicações com apresentação de
comprimidos que precisam ser macerados; risco para sub ou superdosagem; absorção variável;
período de latência médio a longo; ação do suco gástrico; sabor; pH do trato intestinal.

• Material: bandeja, copinhos descartáveis, fita crepe e etiqueta, seringa, triturador de comprimidos, espátula,
canudinho, conta‑gotas, papel‑toalha, medicamento prescrito e copo com água (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Descrição do procedimento

1. Higienizar as mãos.

2. Conferir a prescrição e reunir o material necessário.

3. Identificar os copinhos com os rótulos.

4. Colocar os medicamentos no copinho sem tocá‑los. Usar seringa ou medidor para os líquidos.

5. Diluir o medicamento com água, quando necessário.

6. Levar a bandeja até o paciente e colocá‑la na mesa de cabeceira.

7. Informar o procedimento ao paciente.

8. Conferir a etiqueta com os dados do paciente e conferir o nome completo do paciente.

9. Colocar o paciente sentado ou em decúbito elevado.


172
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

10. Entregar o copinho com o medicamento e copo com água ao paciente.

11. Esperar o paciente deglutir todos os medicamentos.

12. Recolher o material e colocá‑lo na bandeja.

13. Recolocar o paciente em posição confortável e segura.

14. Desprezar o material descartável no lixo.

15. Higienizar as mãos.

16. Checar o procedimento.

17. Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

Recomendações

Todo medicamento deve ser checado após sua administração. Se não foi dado, deve‑se circular o
horário e anotar o motivo no espaço reservado para anotação de enfermagem.

Deve‑se observar e anotar qualquer tipo de reação por um paciente após receber determinado medicamento.

Caso o paciente se mostre confuso ou desorientado, é necessário verificar o interior de sua boca para
se certificar de que ele engoliu a medicação.

Se o cliente recusar alguma medicação, registre a recusa e notifique o enfermeiro.

Caso não haja possibilidade de o paciente deglutir cápsulas, não se deve abri‑las e administrar seu
conteúdo diluído. Nesse caso, recomenda‑se verificar com o médico a possibilidade de alteração da
terapêutica medicamentosa.

Se o paciente tiver mais de um medicamento no mesmo horário, não devemos misturá‑los. Cada
medicamento deverá ficar lacrado, dentro do copinho, com a identificação direta na medicação e deverá
ser aberto no ato da administração ao paciente (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Técnica de administração de medicação por via sublingual

A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

• Finalidade: o medicamento ser absorvido diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos ali
situados, sem passar através da parede intestinal e pelo fígado. Essas substâncias atuam
rapidamente porque o epitélio fino e a abundante vasculatura da mucosa bucal possibilitam a
absorção direta pela corrente sanguínea.
173
Unidade IV

• Indicação/contraindicação: indicação: todos os pacientes. Contraindicação: lesão da mucosa oral.

• Responsabilidade: enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem.

• Riscos/pontos críticos: não colaboração do paciente consciente (adulto ou pediátrico); irritabilidade


da mucosa.

• Material: bandeja, copinhos de medicação, fita adesiva ou etiqueta, medicamento prescrito.

Descrição da técnica

A técnica será apresentada conforme publicação de Coutinho e Santos (2013).

1. Higienizar as mãos.

2. Conferir a prescrição e reunir o material.

3. Identificar os copinhos com os rótulos.

4. Colocar os medicamentos no copinho sem tocá‑los.

5. Levar a bandeja até o paciente e colocá‑la na mesa de cabeceira.

6. Conferir o nome completo do paciente e explicar o procedimento.

7. Entregar o medicamento ao paciente, orientando‑o para colocá‑lo sob a língua, sem mastigar ou
deglutir, até que ele se dissolva totalmente.

8. Recolher o material, desprezando o copinho no lixo.

9. Higienizar as mãos.

10. Checar o procedimento.

11. Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

Recomendações

Orientar o paciente a não mastigar o comprimido nem tocá‑lo com a língua, para evitar
deglutição acidental.

Em caso de reações adversas, comunicar enfermeiro e médico.

Verificar o nível de consciência do paciente (COUTINHO; SANTOS, 2013).


174
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

8.1.2 Administração via retal (VR)

Consiste na absorção de fármacos pela mucosa anal. É indicada quando houver a intolerância do
usuário ao fármaco por VO ou outras impossibilidades (sondagem oral, presença de ferimentos na boca
etc.). A medicação é feita na forma de supositório e/ou enema retal e aplicada no esfíncter anal interno
ou reto.

Para administrar tais medicações, o enfermeiro deve conhecer a farmacocinética e a farmacodinâmica


relacionada ao medicamento, interações medicamentosas, reações adversas, e aplicar a técnica correta.
Após a prescrição médica ser elaborada, o enfermeiro deve realizar o aprazamento da prescrição. Isso
significa: determinar os horários conforme a prescrição, última dose e necessidade, avaliar a medicação,
dose e horários, correlacionar com o quadro clínico do paciente.

A seguir demonstraremos as técnicas de administração das medicações apresentadas.

Administração de medicação por via retal

Execução: enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

Materiais: bandeja de inox; medicação a ser administrada; luvas para procedimentos (EPIs se
necessário: avental, óculos e máscara), gazes, biombo, toalha e fralda (se necessário).

Descrição da técnica

1. Levar o usuário a uma sala privativa e apropriada, contendo maca fixa e biombo, ou realizar no
leito, respeitando a privacidade.

2. Orientar o usuário e/ou acompanhante sobre o procedimento a ser realizado.

3. Preparar o ambiente solicitando a saída do acompanhante; posicionar o biombo e garantir a


privacidade do usuário.

4. Higienizar as mãos, colocar as luvas e os demais EPIs (se necessário).

5. Ler a prescrição e conferir a medicação.

6. Posicionar o usuário em decúbito lateral com a perna superior em abdução – posição de Sims.

7. Remover a medicação do invólucro com uma gaze ou a solução preparada.

8. Afastar as nádegas do usuário com a mão não dominante.

9. Orientar o usuário a que respire lenta e profundamente pela boca, para facilitar o relaxamento
da musculatura.
175
Unidade IV

10. Inserir a medicação no reto segurando com a gaze até que se perceba o fechamento do esfíncter anal.

11. Retirar as luvas para procedimento e desprezá‑las no lixo.

12. Higienizar as mãos.

13. Orientar o usuário a comprimir as nádegas por 3 ou 4 minutos e permanecer na mesma posição
por 10 a 15 minutos para a diminuição do estímulo de expulsar o medicamento.

14. Deixar o ambiente em ordem: recolher material, encaminhar para a desinfecção.

15. Permanecer ao lado do usuário. Observar (dependendo da medicação) possíveis reações, queixas,
bem como se o efeito foi o desejado.

16. Registrar em prontuário a administração do medicamento (checar prescrição), datar, colocar


horário, assinar e carimbar (SÃO PAULO, 2014).

8.2 Medicações parenterais

A via parenteral refere‑se aos medicamentos administrados por injeção ou infusão. Geralmente
são absorvidos de maneira mais completa e começam a agir com maior rapidez em relação aos
medicamentos administrados por VO e tópica. Por serem injetados através da pele, deve ser empregado
com técnica asséptica, pelo risco de infecção. Além disso, outras complicações podem surgir quando
os medicamentos não são administrados no sítio pretendido. O enfermeiro deve conhecer a técnica de
administração, a medicação em relação à via e os materiais disponíveis para a administração (CRAVEN;
HIRNLE, 2006).

As vias parenterais mais utilizadas são:

• Intradérmica (ID).

• Subcutânea (SC).

• Intramuscular (IM).

• Intravenosa (IV)/endovenosa (EV).

Durante a assistência, estas são as vias mais frequentes para administrar medicamentos parenterais.
Há, porém, outras vias parenterais disponíveis, utilizadas pelo profissional médico, tais como: epidural,
intratecal, intraóssea, intra‑articular, intraperitoneal, intrapleural e intra‑arterial.

176
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

8.2.1 Materiais utilizados para a medicação parenteral

As seringas comumente são feitas de plástico, conforme figura a seguir:

Bico

Cilindro ou corpo Êmbolo

Cabeça do êmbolo

Figura 40 – presentação da seringa

Geralmente utilizamos na prática as seringas de 20 ml, 10 ml, 5 ml, 3 ml e de 1 ml, conforme figura
a seguir:

Seringa 20 ml Seringa 10 ml Seringa 5 ml Seringa 3 ml Seringa 1 ml

Figura 41 – Apresentação das seringas quanto ao volume

As seringas de 1 ml são diferentes em relação às demais: são seringas de insulina, calibradas em


unidades de insulina, ou seja, a seringa de 1 ml de insulina equivale a 100 UI. Analise a figura a seguir:

177
Unidade IV

Nesta seringa cada


risco significa 0,02 ml
Cada 10 UI
equivale a 0,1 ml

Total da seringa:
1 ml / 100 UI

Figura 42 – Apresentação da seringa de insulina de 100 UI/ml

As seringas estão disponíveis no mercado com ou sem agulhas e com diversos dispositivos de
segurança. A agulha é presa na ponta da seringa. Existem diversos diâmetros de agulha. Será escolhida
dependendo da via parenteral e das condições clínicas do paciente.

25 x 8 30 x 7 40 x 12 13 x 4,5

Figura 43 – Apresentação das agulhas mais utilizadas no adulto (diâmetro em mm)

• as agulhas 25 x 8 e a 30 x 7 são utilizadas geralmente para medicação IM;

• a agulha 40 x 12 é utilizada apenas para aspirar medicação, devido ao seu diâmetro; não se deve
utilizar para aplicar medicações IM ou SC;

• a agulha 13 x 4,5 é utilizada para administração de medicação SC e ID.


178
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

A agulha é composta de canhão, corpo e bisel.

Corpo Canhão

Bisel

Figura 44 – Apresentção da agulha

A ponta da agulha, a que chamamos de bisel, consiste em uma abertura por onde a medicação será
infundida. Dependendo da via de aplicação, o bisel irá ficar acomodado para cima (EV e ID), ou para o
lado (IM e SC).

Esses materiais devem ser manipulados adequadamente. Há uma técnica para a abertura dos invólucros
das seringas e agulhas, bem como um local próprio para a abertura de forma que não haja contaminação no
momento de manipulação e aspiração da medicação. O importante é que, durante o preparo da medicação,
nunca se deve manter a seringa e a agulha fora do invólucro e não se deve tocar nas partes esterilizadas,
para não haver contaminação – por exemplo, não podemos tocar na ponta da agulha.

Para o preparo dos medicamentos, precisaremos de uma solução que poderá ser utilizada para fazer
a reconstituição, no caso de medicamentos em pó, ou de uma solução para diluir a medicação, no
caso de uma medicação já reconstituída. Geralmente utilizamos o diluente próprio da medicação, mas
algumas medicações não possuem diluente próprio; se não houver, podemos utilizar o cloreto de sódio
a 0,9% ou água para injeção, conforme figura a seguir:

Cloreto de Água para


sódio 0,9% injeção

Figura 45 – Soluções para o preparo das medicações

Torna‑se importante definir alguns termos:

Reconstituição é a adição de um excipiente próprio a um medicamento em pó ou pó liofilizado


para a obtenção do fármaco em solução. Os veículos recomendados para a reconstituição são aqueles

179
Unidade IV

comprovadamente compatíveis com os medicamentos e que, quando misturados a ele, não o modificam,
ou seja, não oferecem riscos de turvação, precipitação ou perda da estabilidade. Diluição é definida como
a adição do medicamento reconstituído ou de medicação injetável, pronta, a um diluente compatível e
em maior volume (COREN‑SP, 2017).

As medicações podem apresentar diversas formas, como ampolas de vidro e frasco‑ampola.

Após a prescrição médica, o profissional deve avaliar a prescrição, certificar‑se se a medicação


necessita ser reconstituída ou diluída e, após o preparo, ministrá‑la conforme a via indicada e a dose.

A seguir apresentaremos as técnicas de administração de medicação por via parenteral.

8.2.2 Medicação intradérmica (ID)

As medicações intradérmicas são ministradas dentro da derme. São comumente utilizadas para
testar alergias, provas de PPD. Geralmente são aplicadas no antebraço e face inferior do deltoide (no
caso da vacina BCG). O local deve ser pobre em pelos, ter pouca pigmentação, pouca vascularização e
ser de fácil acesso para leitura no caso dos testes de sensibilidade e PPD (CRAVEN; HIRNLE, 2006).

Volume a ser ministrado: 0,1 a 0,5 ml.

Descrição da técnica

Responsabilidade: enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem.

Materiais: bandeja, seringa de 1 ml, agulha para aspirar, agulha 13 x 4,5, bolas de algodão,
medicamento prescrito, luvas de procedimento, álcool a 70%.

1. Conferir a prescrição e reunir o material necessário.

2. Higienizar as mãos.

3. Desinfetar as tampas e ampolas com álcool 70%.

4. Aspirar o medicamento utilizando agulha própria e seringa de 1 ml, sem deixar ar no interior.

5. Trocar a agulha por outra: 13 x 4,5.

6. Levar a bandeja com o material para o quarto do paciente.

7. Conferir o nome completo do paciente e explicar o procedimento.

8. Colocar o paciente na posição mais adequada.

180
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

9. Higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento.

10. Ao mesmo tempo que apoia o antebraço do cliente com a mão, estique a pele com o polegar e
o indicador.

11. Introduzir a agulha (somente o bisel apontado para cima), fazendo um ângulo de 15 graus, quase
paralelamente à superfície da pele, com um movimento delicado, porém firme; jamais aspirar.

12. Injetar lentamente o medicamento prescrito e observar a formação de pápula.

13. Retirar a agulha com um único movimento, rápido e firme.

14. Não friccione nem massageie o local da pápula e oriente o paciente a não coçar nem esfregar o
local.

15. Recolher o material.

16. Retirar as luvas e higienizar as mãos.

17. Checar o procedimento.

18. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

8.2.3 Medicação subcutânea (SC)

As injeções subcutâneas são administradas dentro do tecido SC, compreendido abaixo da derme
e acima do tecido muscular. A absorção é comumente lenta, sustentada e completa. A velocidade de
absorção irá variar de acordo com o sítio de infusão. Não devem ser aplicadas em locais com tecido
anormal, presença de lesões, cicatrizes, queimaduras. A absorção pode ser lenta e incompleta quando
aplicadas em um paciente com edema (CRAVEN; HIRNLE, 2006).

Deve‑se atentar para o aparecimento de edema, rubor e dor, abscessos, embolias, lesão de nervos,
necrose provocada por injeções repetidas no mesmo local, formação de tecido fibrótico devido a
injeção de volume excessivo, introdução do líquido em velocidade rápida ou injeções repetidas em
um mesmo local, e má absorção do medicamento quando não houver colaboração do paciente
(COUTINHO; SANTOS, 2013).

Os locais mais apropriados para a injeção SC são as faces anterior, lateral e posterior do braço,
abdome inferior, face anterior da coxa e parte superior do quadril, conforme apresentado na figura
a seguir:

181
Unidade IV

Figura 46 – Locais para aplicação de medicação SC

O máximo de volume que pode ser administrado são 2 ml em indivíduos adultos. Portanto, deve‑se
avaliar a capacidade e o protocolo da instituição. Não se deve fazer massagem no local para não acelerar
o tempo de absorção da droga e causar danos aos tecidos adjacentes. É importante realizar rodízio entre
as aplicações, principalmente naquele paciente em que administramos insulina 2x ao dia de forma
contínua. Se acidentalmente, ao aspirar, atingir um vaso sanguíneo, desprezar a medicação e a seringa
e reiniciar o procedimento (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Volume a ser ministrado: 0,5 a 1 ml

Descrição da técnica

Responsabilidade: enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem.

Materiais: medicamento prescrito, bandeja, seringa de 1 ml, agulha descartáveis (13 x 4,5,13 x 3,8 ou
10 x 5), luvas de procedimento, álcool a 70% e bolas de algodão.

1. Conferir a prescrição e reunir o material na bandeja.

2. Higienizar as mãos.

3. Desinfetar tampas e/ou ampolas com álcool a 70%.

4. Fazer a diluição, se necessário, e aspirar a medicação.

182
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

5. Aspirar o medicamento utilizando agulha 25 x 7 e seringa de 1 ml sem deixar ar no interior. Trocar


as agulhas colocando a específica para via SC.

6. Levar a bandeja com o material para o quarto do paciente.

7. Conferir o nome completo do paciente e explicar o procedimento.

8. Higienizar as mãos e calçar as luvas de procedimento.

9. Colocar o paciente na posição mais adequada ao procedimento.

10. Expor a área de aplicação e delimitar o local.

11. Realizar a antissepsia da região com movimentos circulares (do centro para as extremidades).

12. Fazer uma prega no tecido subcutâneo, utilizando o dedo indicador e o polegar da mão oposta
à que segura a seringa.

13. Puncionar em ângulo de 45º a 90° com bisel para baixo ou lateralizado e injetar lentamente
com a mão oposta à que segura a seringa. Novamente com a mão esquerda, deve‑se puxar
o êmbolo, aspirando para confirmar se não houve rompimento de vasos. Para heparina, não
realizamos este teste.

14. Soltar a prega subcutânea e remover a agulha suavemente com movimento rápido e único,
passando lentamente no local um algodão seco.

15. Observar o paciente por alguns minutos, mantendo‑o em repouso.

16. Recolher o material, deixando o ambiente em ordem.

17. Retirar as luvas e higienizar as mãos.

18. Checar o procedimento e realizar as anotações de enfermagem (COUTINHO; SANTOS, 2013;


REICHEMBACH et al., 2005).

O ângulo de introdução pode variar entre 45º e 90º. Os enfermeiros devem estar atentos para o
peso corpóreo da pessoa: ele indicará a profundidade da camada subcutânea, facilitando a escolha do
comprimento da agulha e do ângulo de introdução. Para as pessoas obesas, o profissional deve prensar o
tecido entre os dedos e utilizar uma agulha longa, capaz de ser introduzida através do tecido adiposo na
base da prega da pele. Sendo assim, o comprimento da agulha deve ser da metade da largura da prega
da pele (REICHEMBACH et al., 2005).

183
Unidade IV

8.2.4 Medicação por via intramuscular (IM)

São ministradas dentro da camada muscular. Geralmente são absorvidas com velocidade intermediária,
mais lenta em relação à EV, porém mais rápida que a SC. Um volume maior é permitido e também maior
variedade de medicamentos.

As medicações podem ser ministradas no:

• Músculo deltoide.

• Músculo dorsoglúteo.

• Músculo ventroglúteo.

• Músculo vasto lateral da coxa.

• Músculo reto lateral.

A seleção do local de injeção é importante, pois a escolha incorreta, principalmente relacionada com
a faixa etária, pode causar dano a nervos, vasos sanguíneos e ao próprio músculo. O enfermeiro deve
avaliar a musculatura, selecionar um local com músculo saudável, sem lesões ou ferimentos, e que não
tenha recebido medicação recentemente (COREN‑SP, 2010).

Todos os possíveis sítios possuem irrigação sanguínea e são inervados. De todos os sítios de injeção,
o dorsoglúteo possui maior proximidade com importante vaso sanguíneo e nervo (COREN‑SP, 2010).

O volume a ser ministrado irá depender da musculatura e da orientação utilizada. Para o presente
livro, vamos utilizar um estudo publicado pelo Coren‑SP (2010). Segundo esse estudo, o volume aplicado
no adulto é:

• Deltoide: até 1 ml.

• Ventroglúteo, dorsoglúteo e vasto lateral: até 4 ml (COREN‑SP, 2010).

Observação

Esses volumes descritos anteriormente são recomendações, devendo o


profissional avaliar as condições do músculo do paciente.

Outro fator importante a discutir é sobre o tamanho da agulha utilizada, lembrando que a medicação
deve ser ministrada na musculatura a fim de não causar outras complicações. A enfermagem deve
avaliar a musculatura do paciente antes de selecionar o tamanho da agulha a ser utilizada. Além disso,
deve‑se considerar o tipo de medicamento, volume da solução e músculo selecionado. Geralmente,
184
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

no adulto, utilizamos a agulha 30 x 7 para realizar a aplicação IM; dependendo da massa corpórea do
paciente, podemos utilizar a agulha 25 x 7.

A seguir apresentaremos os locais para a aplicação e a mensuração para a aplicação.

Músculo vasto lateral da coxa

Localizado na região anterolateral da coxa. Nessa área, não se evidenciam grandes nervos e vasos
sanguíneos.

Nos adultos, o sítio do vasto lateral é a área entre a largura da palma da mão acima do joelho e a
largura da palma da mão abaixo do trocanter maior, na parte medial externa da coxa. Podemos dividir
a coxa em terços e aplicar no terço médio.

Volume até 4 ml (observação: há literatura que recomenda até 2 ml).

Agulha 30 x 7 ou 25 x 7.

Observe a figura a seguir em relação à mensuração para aplicação IM.

Trocanter
maior do
fêmur

Sítio de
injeção
(terço médio
do músculo
vasto lateral)

B)
Côndio
lateral
do fêmur

A)

Figura 47 – Mensuração para aplicação IM vasto lateral da coxa

Músculo deltoide

Apresenta uma pequena quantidade de massa muscular, com pouco tecido subcutâneo.
O músculo é pequeno e fica próximo ao nervo radial e à artéria braquial. Para localizá‑lo,
devemos desenhar uma linha imaginária entre 3 e 7 cm do acrômio (CRAVEN; HIRNLE, 2006;
COREN‑SP, 2010).

185
Unidade IV

Alguns estudos evidenciaram complicações nesse sítio, tais como contratura muscular, necrose
muscular e lesões no nervo, que podem ser ocasionadas por irritação química, ação tóxica da medicação,
neurite ou por lesão mecânica direta do nervo pela agulha. Há uma grande variação anatômica do nervo
axilar. Portanto, esta via não deve ser a primeira escolha (CRAVEN; HIRNLE, 2006; COREN‑SP, 2010).

• Volume até 1 ml.

• Agulha 30 x 7 ou 25 x 7.

• Ângulo: 90° com bisel lateralizado.

Observe a figura a seguir em relação à mensuração para aplicação IM.

Clavícula Processo
acrominal
Músculo
deltoide Escápula
Axila

Úmero Artéria
braquial
profunda
Nervo
radial

Figura 48 – Mensuração para aplicação IM deltoide

A região glútea é um local comum para a administração de IM. Pode ser dividida em duas localidades
conforme apresentado a seguir.

Área ventroglútea

Fácil acesso com o paciente em decúbito ventral, dorsal ou lateral. A localização é feita da seguinte forma:

• Coloque a palma da mão na porção lateral do glúteo e o dedo médio estendendo‑se até a crista ilíaca.

• Atenção: para o quadril direito, coloque a mão esquerda; para o quadril esquerdo, use a mão direita.

186
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

• A injeção é aplicada no centro do V formado pelos dedos indicador e médio, direcionando a


agulha discretamente para cima, na direção da crista ilíaca.

Essa área tem sido considerada a mais segura para medicação glútea, sendo recomendada como
o local de primeira escolha para medicação IM, pois evita a punção acidental de vasos sanguíneos e
nervos, havendo poucos relatos de complicações (CRAVEN; HIRNLE, 2006; COREN‑SP, 2010).

• Volume até 4 ml.

• Agulha 30 x 7 ou 25 x 7.

• Ângulo: 90° com bisel lateralizado.

Observe a figura a seguir em relação à mensuração para aplicação IM:

Crista ilíaca

Espinha ilíaca
anterossuperior

Sítio de injeção

Figura 49 – Mensuração para aplicação IM ventroglútea

Área dorsoglútea

Para aplicação nesse local, o paciente deve permanecer em decúbito ventral em uma superfície plana.
O local é identificado desenhando‑se uma linha imaginária que vai da espinha ilíaca posterossuperior até
o trocanter maior do fêmur. A injeção deve ser aplicada em qualquer ponto entre essa linha imaginária
e a curva da crista ilíaca (COREN, 2010).

Essa área não tem sido recomendada em diversos países. Tem sido associada a graves complicações
como lesão no nervo ciático e da artéria glútea superior. Além disso, estudos evidenciam que, em
pacientes obesos, injeções nessa área foram ministradas no tecido SC e não na musculatura

187
Unidade IV

• Agulha 30 x 7 ou 25 x 7.

• Ângulo: 90° com bisel lateralizado.

Observe a figura a seguir em relação à mensuração para aplicação IM.

Espinha ilíaca
posterossuperior

Sítio de injeção

Linha imaginária

Trocanter maior

Nervo isquiático

Figura 50 – Mensuração para aplicação IM dorsoglútea

É importante ressaltar que se deve fazer rodízio do local da aplicação em pacientes que recebem
a medicação com frequência. Pacientes idosos tendem a ter massa muscular diminuída. Portanto, o
profissional deverá avaliar a musculatura e escolher a agulha adequada. A realização da prega não é a
mais indicada, pois pode aumentar o risco de administrar a medicação por via SC.

A equipe de enfermagem deve‑se atentar às seguintes complicações: lesões no músculo, nervos


e vasos por falha técnica; administração de substâncias irritantes ou com pH diferente; alterações
orgânicas por reação do medicamento; embolia por injeções em veias e artérias glúteas; algias, infusão
de grande volume, hematomas e edema.

A seguir apresentaremos a técnica de administração IM, lembrando que a mensuração do local


deverá ser feita conforme o sítio a ser aplicado.

Material

Bandeja, etiqueta ou fita adesiva, medicamento prescrito, álcool a 70%, bolas de algodão, seringa,
agulha adequada para aplicação após a avaliação do músculo (30 x 7 ou 25 x 7) e 40 x 12 (para aspirar),
luvas de procedimento, diluente (se necessário).

188
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

Descrição da técnica

1. Conferir a prescrição e reunir o material na bandeja.

2. Higienizar as mãos.

3. Desinfetar tampas e/ou ampolas com álcool a 70%.

4. Fazer a diluição (se necessário) e aspirar a medicação.

5. Retirar o ar da seringa.

6. Trocar as agulhas, colocando a específica para via IM (ver recomendações).

7. Levar a bandeja ao quarto do paciente, colocando‑a na mesa de cabeceira.

8. Conferir o nome completo do paciente e explicar o procedimento.

9. Colocar o paciente na posição mais adequada ao procedimento, de acordo com o sítio escolhido.

10. Expor a área de aplicação e delimitar o local.

11. Higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento.

12. Fazer a antissepsia com álcool a 70% e deixar secar.

13. Firmar o músculo e introduzir a agulha no local com o bisel lateralizado, fazendo ângulo de 90º;
aspirar lentamente para certificar‑se de que não atingiu nenhum vaso sanguíneo.

14. Injetar lentamente o conteúdo da seringa, empurrando o êmbolo com a mão oposta a que
segura a seringa.

15. Retirar a agulha com um único movimento, rápido e firme.

16. Comprimir levemente o local com algodão seco, sem massagear.

17. Observar se o paciente está bem e deixá‑lo em posição confortável.

18. Recolher o material; descartar os perfurocortantes em recipiente apropriado; nunca reencapar a agulha.

19. Retirar as luvas e higienizar as mãos.

20. Checar o procedimento.

21. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).


189
Unidade IV

8.2.5 Administração intravenosa/endovenosa

Na administração intravenosa/endovenosa, os medicamentos são administrados por meio de


cateteres inseridos na veia. É uma via vantajosa porque o início da ação é rápido. Podem ser obtidos
níveis sanguíneos terapêuticos previsíveis dos medicamentos. A via pode ser utilizada quando houver
disfunção gastrointestinal ou impossibilidade de aplicação IM ou SC. Muitos medicamentos não podem
ser ministrados pelas outras vias. Portanto, podem pela IV. Comporta grandes volumes de acordo com a
massa corpórea do paciente (CRAVEN; HIRNLE, 2006).

Há desvantagens como: alto custo do tratamento, complexidade da técnica e risco de complicações


como infecção e flebite.

Os medicamentos devem ser preparados com rigor, de maneira estéril, sem contaminações, o que
consiste em conhecimento para realizar a técnica.

Os cateteres IV são posicionadas na circulação venosa periférica ou central. O acesso central é


adquirido por meio de uma veia central e pelo profissional médico. Iremos abordar a punção periférica,
pois este é um procedimento aplicado pela equipe de enfermagem.

Os medicamentos são aplicados por meio de vários dispositivos de acesso. Os mais utilizados são
o escalpe (dispositivo agulhado) e o jelco (dispositivo não agulhado). Esses cateteres, após a punção,
são conectados em um extensor que possibilita mais uma via de acesso, ou podem ser conectados
diretamente no equipo de um soro (CRAVEN; HIRNLE, 2006).

A medicação pode ser aplicada de várias formas, como:

• Bolus administração única: o dispositivo IV é instalado, a medicação é aplicada e depois ele é


retirado. Um exemplo é uma pessoa que procurou um pronto‑socorro devido a cefaleia, recebeu
um analgésico e depois teve alta. Nesse tipo de situação, é indicada a utilização do escalpe.

• Bolus intermitente: o dispositivo IV é instalado, a medicação é aplicada e, após o fim, o paciente


continua com o acesso, pois poderá receber mais medicamentos. Quando o acesso vai permanecer
no paciente, é indicada a utilização do jelco. Após o término da medicação, deve‑se salinizar a via
utilizando‑se SF 0,9% 10 ml se o paciente não tiver restrição.

• Medicação contínua: caso de soroterapia, intercalando com outras medicações.

Os medicamentos IV podem ser ministrados por dose, infusão intermitente e infusão contínua.

A seguir apresentamos os cateteres mais utilizados:

190
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

A) B)

Figura 51 – Cateter agulhado (escalpe) e não agulhado (jelco)

A figura A representa o escalpe (cateter agulhado). Estes cateteres possuem a numeração de:
19, 21, 23, 25 e 27, e quanto maior a numeração, menor o calibre. Para o adulto, geralmente,
utilizamos de 21 a 23.

A figura B representa o jelco (cateter não agulhado). Estes cateteres possuem a numeração de:
14, 16, 18, 20, 22 e 24, e quanto menor a numeração, maior o calibre. Geralmente, utilizamos no
adulto de 20 a 22.

Todo medicamento deve ser preparado antes da administração. Dependendo da prescrição médica
e da medicação a ser infundida, serão utilizados determinados dispositivos para o procedimento;
por exemplo, se for ministrada apenas uma medicação em bolus IV, vamos precisar basicamente
do material de punção venosa, a medicação preparada e a seringa contendo SF 0,9% 10 ml para
salinização, caso o paciente vá manter o acesso. Se o paciente for receber soroterapia, vamos
precisar de soro e inserir a medicação prescrita dentro do soro (se for o caso).

Para as medicações com uma infusão prolongada, por exemplo, uma soroterapia, devemos respeitar
o tempo de infusão prescrito.

A seguir iremos apresentar a técnica de punção venosa periférica com utilização de jelco e extensor.

Material

Bandeja, garrote, álcool a 70%, bolas de algodão, cateter venoso (flexível ou rígido), seringa, solução
fisiológica 0,9% 10 ml, esparadrapo ou micropore, extensor tipo polifix, luvas de procedimento.

191
Unidade IV

Figura 52 – Materiais para punção venosa

Cloreto de sódio 0,9% Água para injeção

Figura 53 – Soluções utilizadas para o preparo de medicamentos

Descrição da técnica

1. Higienizar as mãos.

2. Reunir todo o material numa bandeja e levar até o paciente.

3. Explicar o procedimento ao paciente.

4. Calçar luvas de procedimento.

5. Adaptar o extensor à seringa com solução fisiológica e encher a câmara do extensor com esta
solução, de forma a retirar todo o ar do extensor.

6. Garrotear o membro escolhido e proceder escolhendo o melhor acesso venoso.

7. Fazer a antissepsia no local onde será feita a punção de forma circular, movimento único do local
da punção até em torno de 10 cm de diâmetro, utilizando álcool a 70%.

8. Realizar a punção.

9. Retirar lentamente o mandril do jelco.


192
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

10. Adaptar o extensor ao cateter venoso.

11. Depois aspirar até obter um simples refluxo sanguíneo e, a seguir, injetar 5 ml de SF 0,9% (a
injeção da solução deve ser interrompida pelo fechamento do clampe do tubo em Y, do tubo
extensor ou da válvula da torneirinha).

12. Fixar o dispositivo com esparadrapo, micropore ou fixador próprio.

13. Clampear o extensor, retirar a seringa e fechar a extremidade do dispositivo com a tampa,
tomando cuidado para não contaminá‑lo nesse momento.

14. Recolher todo o material, deixar a unidade do paciente em ordem e encaminhar o material ao expurgo.

15. Descartar o material perfurocortante em local apropriado e os demais em saco de lixo branco.

16. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Figura 54 – Punção venosa com cateter não agulhado

Cuidados gerais no preparo e administração dos medicamentos:

• Observar o aspecto e as características da medicação antes de prepará‑la – quanto ao odor, à cor,


aos fragmentos, ao ressecamento e à umidade.

• Fazer a etiqueta de identificação no momento da preparação e identificar a medicação, após se


dirigir ao leito. A etiqueta deve conter: número do quarto e leito, nome do paciente completo,
nome do medicamento, dose, via de administração e horário:
193
Unidade IV

José Carlos Fabrício. Quarto 403 / leito 2


Novalgina 30 gotas VO às 16 horas

Figura 55

A etiqueta deve ser colada no medicamento. Em algumas instituições, não se utiliza esse método.
Cada técnico/auxiliar tem um carrinho de medicação, e esta é preparada na presença do paciente nos
horários prescritos. Esse procedimento garante maior segurança.

• No caso de administração de soroterapia, um rótulo deve ser feito e colocado no soro, contendo
as informações: quarto e leito, nome completo do paciente, medicamentos inseridos no soro, o
tipo de soro utilizado, velocidade de infusão (gotejamento), hora de início e término, assinatura
com carimbo do profissional que preparou e instalou o soro.

402.2 João Pedro Fabrício


SF 0,9% 500 ml
KCL 19,1% 8 ml EV de 12/12 horas
Início: 14:00 hs
Término: 02:00 hs
14 gotas/min
Aux. Enf. Amanda Paula Coren‑SP XXXXX

Figura 56

• Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação.

• Concentrar‑se no preparo, não conversar e distrair‑se.

• Deixar o local de preparo da medicação em ordem e limpo.

• Ter cuidado com letras ilegíveis na prescrição médica; não ministrar se estiver com dúvidas.

• Ler o rótulo do medicamento três vezes: ao pegar o medicamento, durante o preparo e ao descartar
a embalagem.

• Nunca ultrapassar a dose prescrita ou modificar via de administração;

• Checar a medicação apenas após a administração:

1. Novalgina 30 gotas VO de 6/6 hs 12 18 24 06

A checagem significa fazer um traço acima do horário medicado. Depois, relatar que a medicação foi
ministrada, no espaço destinado à anotação de enfermagem.
194
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

• Fazer um círculo sobre o horário do medicamento se não ministrado e, depois, justificar o motivo
na anotação de enfermagem e comunicar ao enfermeiro.

1. Novalgina 30 gotas VO de 6/6 hs 12 18 24 06

• No caso das medicações parenterais, além de descrever que a medicação foi ministrada, deve‑se
colocar no relatório o local de administração.

• Trocar os dispositivos intravenosos de acordo com as recomendações da Anvisa (2013):

— Equipos com infusão contínua – proceder à troca a cada 72‑96 horas. Considera‑se infusão
contínua quando esta é prolongada e superior a duas horas, com volume e velocidade variáveis.

— Infusões intermitentes – proceder à troca a cada 24 horas. Infusão intermitente é aquela


realizada com intervalo inferior a duas horas.

— Conectores: proceder à troca a cada 72‑96 horas.

— Dânulas (torneirinhas) e tubos extensores para infusão – proceder à troca conjuntamente com
o sistema de infusão.

— Cateteres periféricos: cateter periférico de teflon – a troca deve ser a cada 72 horas; cateter
periférico de poliuretano – a troca deve ser a cada 96 horas; agulhas de aço – seu uso deve
restringir‑se para coleta de amostra sanguínea e/ou administração de medicamentos em
dose única.

8.3 Medicamentos tópicos

Os medicamentos tópicos são aqueles colocados sobre a superfície da pele e mucosas; também
podem ser colocados em cavidades corporais. Geralmente utilizamos loções, cremes e pomadas. Podem
ser utilizados para tratar uma infecção de pele ou ferida, bem como para diminuir sintomas cutâneos
(CRAVEN; HIRNLE, 2006).

A técnica de aplicação é simples.

Materiais

Luvas de procedimento, bandeja, gaze, espátula e medicamento prescrito.

Técnica de aplicação

1. Higienizar as mãos.

2. Conferir a prescrição e reunir o material necessário.


195
Unidade IV

3. Levar a bandeja ao quarto do paciente e colocá‑la na mesa de cabeceira.

4. Conferir o nome completo do paciente e explicar o procedimento.

5. Colocar o paciente na posição mais adequada ao procedimento.

6. Higienizar as mãos e calçar luvas.

7. Expor a área de aplicação e fazer higiene local.

8. Colocar o medicamento em uma gaze com o auxílio de uma espátula.

9. Aplicar o medicamento na área indicada e espalhar delicadamente; se necessário, enfaixar o local.

10. Recolher o material do quarto e encaminhar ao expurgo.

11. Desprezar o material; lavar a bandeja com água e sabão.

12. Retirar as luvas e higienizar as mãos

13. Checar o procedimento.

14. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

8.4 Medicamentos transdérmicos

Os medicamentos transdérmicos são absorvidos por meio da pele, porém com efeito sistêmico. Em
geral, são preparados como adesivos com membranas especiais, que permitem que o medicamento seja
lentamente absorvido (CRAVEN; HIRNLE, 2006).

8.5 Medicamentos oftálmicos

Os medicamentos oftálmicos geralmente são apresentados por meio de pomadas e soluções. Podem
ser utilizados para tratar irritação ocular, infecções ou glaucoma, para pacientes em tratamento de
patologias oculares, dilatação pupilar, anestesia, melhoria dos tecidos oculares irritados, lubrificação
ocular em pacientes em coma, sedados e inconscientes.

Material

Gaze, conta‑gotas, medicação prescrita, bandeja, luvas de procedimento (se necessário), SF 0,9% ou
água destilada.

196
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

Descrição da técnica

1. Higienizar as mãos.

2. Conferir a prescrição médica, preparar o material e levá‑lo numa bandeja até o paciente.

3. Conferir o nome completo do paciente e explicar o procedimento.

4. Utilizar luvas de procedimento, se houver presença de secreção.

5. Fazer ou auxiliar o paciente na lavagem dos olhos, com água destilada ou SF 0,9%, se houver
presença de secreção/resíduos.

6. Lavar e secar no sentido do canto interno do olho para o externo.

7. Colocar o paciente sentado ou elevar a cabeceira com a cabeça inclinada para trás.

8. Afastar com os dedos a pálpebra inferior com o auxílio de uma gaze e solicitar que o paciente olhe
para cima.

9. Aplicação de colírio: remover o conta‑gotas e pingar o número de gotas prescritas, aproximadamente


de 1 a 2 cm acima do saco conjuntival, com o cuidado de não tocar na conjuntiva do paciente.
Orientar o cliente a fechar os olhos, movê‑los e piscar suavemente. Secar o excesso de medicação
com uma gaze.

10. Aplicação de pomadas: aplicar uma fina camada de pomada ao longo da extremidade interna da
pálpebra inferior (na conjuntiva), com o cuidado de não tocar a ponta da bisnaga na conjuntiva
do paciente. Limpar o excesso com uma gaze.

11. Solicitar que o paciente permaneça com o olho fechado por alguns minutos.

12. Recolher o material em uma bandeja e encaminhar ao expurgo.

13. Higienizar as mãos.

14. Checar o procedimento.

15. Realizar anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Recomendações

Caso tenham sido prescritas gotas e pomada, as gotas devem ser instiladas primeiramente e, pelo
menos, aguardar 5 minutos para a aplicação da pomada.

197
Unidade IV

Utilizar um novo lenço de papel absorvente para cada olho, para evitar contaminação cruzada.

Se a ponta do conta‑gotas ou pomada for contaminada, descarte‑os e providencie outros estéreis.

Não instilar a medicação no canal lacrimal, a fim de evitar obstruções (COUTINHO; SANTOS, 2013).

8.6 Medicamentos auditivos

Os medicamentos auditivos são soluções que podem ser pingadas dentro do ouvido para tratar
as infecções do ouvido externo ou para amolecer e remover o cerume. Indica‑se utilizar soluções na
temperatura ambiente. O emprego de soluções quentes ou frias pode provocar vertigem, náuseas e dor
(CRAVEN; HIRNLE, 2006).

8.7 Medicamentos nasais

Os medicamentos nasais, em geral, são borrifados dentro do nariz para tratar a congestão nasal. Ao
administrar um spray nasal, solicite ao cliente sentar e inclinar a cabeça para trás; enquanto segura o
frasco de medicamento com uma das mãos, coloque o topo do frasco exatamente dentro da narina,
mirando a extremidade superior do aplicador em spray no sentido da linha média do nariz; enquanto o
cliente inspira, aperte o botão. Depois, deixe o paciente confortável.

Estas medicações entram em contato direto com o paciente. Portanto, devem ser individualizadas
(CRAVEN; HIRNLE, 2006).

8.8 Medicamentos vaginais

Os medicamentos vaginais são administrados por via vaginal. São fornecidos em várias formas:
espumas, gel, líquidos, cremes, comprimidos ou supositórios (CRAVEN; HIRNLE, 2006).

Para a administração, devemos respeitar a individualidade da paciente e sua autonomia quanto à


possibilidade de autoadministração (CRAVEN; HIRNLE, 2006).

8.9 Medicamentos por via inalatória

Os medicamentos por via inalatória podem ser indicados para tratar distúrbios respiratórios, umidificar
as vias respiratórias, fluidificar secreções, facilitar sua expulsão e ajudar no tratamento medicamentoso
de doenças pulmonares, bem como para induzir à anestesia. São ministrados por meio de dispositivos
(CRAVEN; HIRNLE, 2006).

São indicados para pacientes com ressecamento de mucosa das vias aéreas, dificuldade de
expectoração, asma, bronquite alérgica e demais patologias de base que causem broncoespasmo. São
contraindicados em pacientes com claustrofobia, com traumas ou queimaduras na face.

198
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

A seguir demonstraremos a técnica para instalar a inalação.

Materiais

Bandeja, inalador, fluxômetro, SF 0,9%, medicamento prescrito, máscara com extensão em silicone.

Descrição da técnica

1. Higienizar as mãos.

2. Conferir a prescrição e reunir todo o material necessário

3. Colocar o SF 0,9% no reservatório do inalador e a medicação, conforme prescrição médica.

4. Conferir o nome completo do paciente e explicar o procedimento.

5. Colocar o paciente em posição de Fowler.

6. Montar o sistema e conectar o inalador a rede de oxigênio ou ar comprimido através do fluxômetro.

7. Regular o fluxo de oxigênio ou ar comprimido, de acordo com a prescrição, através do fluxômetro,


verificando se há saída de névoa do inalador.

8. Colocar a máscara sobre a face do paciente delicadamente e orientá‑lo a respirar tranquilamente.

9. Manter a nebulização/inalação durante o tempo indicado e observar o paciente.

10. Deixar o paciente confortável.

11. Recolher o material para limpeza e guarda.

12. Higienizar as mãos.

13. Checar o procedimento.

14. Realizar anotações de enfermagem no prontuário (COUTINHO; SANTOS, 2013).

Apresentamos as vias mais utilizadas na assistência para a administração de medicamentos.


Ressaltamos a importância do conhecimento e aprimoramento técnico‑científico durante todo o
processo de administração de medicamentos, a fim de prevenir eventos adversos e manter a segurança
para o paciente.

199
Unidade IV

Saiba mais

Leia as apostilas a seguir:

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO (COREN‑SP).


Boas práticas: cálculo seguro. São Paulo, 2011a. v. 1. [Revisão das
operações básicas]. Disponível em: <http://www.coren‑sp.gov.
br/sites/default/files/boas‑praticas‑calculo‑seguro‑volume‑1‑
revisao‑das‑operacoes‑basicas_0.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2017.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO (COREN‑SP).


Boas práticas: cálculo seguro. São Paulo, 2011b. v. 2. [Cálculo e
diluição de medicamentos]. Disponível em: <http://www.coren‑sp.
gov.br/sites/default/files/boas‑praticas‑calculo‑seguro‑volume‑2‑
calculo‑e‑diluicao‑de‑medicamentos_0.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2017.

Resumo

O profissional deve ter consciência da sua responsabilidade diante da


qualidade do cuidado que presta ao paciente, diante da instituição, da ética,
das leis e das normas da profissão, assim como da contribuição do seu
desempenho na valorização do cuidado e satisfação dos pacientes. Ele deve
ser dotado de conhecimentos técnico‑científicos para exercer sua função e
prestar assistência com segurança, ética e qualidade para o paciente.

Ao elaborar o PE, consideramos as necessidades que o paciente


apresenta. Portanto, em alguns momentos, precisamos intervir, prestar
assistência, a fim de manter as necessidades humanas básicas; devemos
aplicar procedimentos para controlar, minimizar e resgatar a estabilidade
hemodinâmica do paciente.

O oxigênio é a necessidade fisiológica mais essencial, pois dependemos


totalmente dele para a nossa sobrevivência. Em algumas situações
patológicas, o paciente necessita de suplementação com oxigenoterapia,
sendo instalada em alto ou baixo fluxo a depender da situação clínica, com
o objetivo de restaurar os níveis pressóricos de O2 fisiológicos.

Outra questão a ser discutida é a frequência de desnutrição em pacientes


hospitalizados. Dessa forma, a TN constitui parte do cuidado ao paciente.
A equipe de enfermagem tem um papel fundamental não somente na
administração da TN e na sua monitorização, mas também na identificação
200
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO

de pacientes que apresentam risco nutricional. O enfermeiro faz parte, como


membro efetivo, da EMTN e tem diversas atribuições e responsabilidades.
Podemos citar a sondagem nasoenteral: esse procedimento é privativo
do enfermeiro; muitas vezes, o paciente não apresenta condições de se
alimentar, sendo necessária a sondagem.

Outro assunto discutido foi em relação à necessidade humana


básica de eliminação. Em muitas patologias, a eliminação urinária deve
ser mensurada e controlada. Também há situações em que o paciente
não consegue apresentar a micção espontânea, seja por obstrução do
canal uretral, lesão nervosa ou pós‑operatório devido à anestesia, sendo
necessária intervenção por meio de cateterismo vesical. O enfermeiro é
responsável por esse procedimento, que deve ser aplicado com grande
rigor técnico e mantendo os preceitos científicos, a fim de minimizar o
risco de complicações.

Sabemos que a assistência de enfermagem engloba diversos


procedimentos e ações. A enfermagem é a principal responsável pela
administração dos medicamentos. Grande parte dos processos assistenciais
envolve a administração dos medicamentos e, dessa forma, a questão da
assistência segura é um ponto central a ser discutido. IRMs estão entre os
mais comuns nos serviços de saúde. Podem acarretar prejuízos ao paciente
e aos familiares nos aspectos da saúde física, mental e social, comprometer
a imagem e a confiabilidade da instituição e, ainda, implicar os profissionais
em processos e ações ético‑moral‑legais. Quando o IRM gera dano ao
paciente, é denominado evento adverso.

Administrar medicamentos torna‑se um processo multi e


interdisciplinar, que exige do profissional responsável pela administração
conhecimento variado, consistente e profundo. É fundamental ter informações
sobre os princípios que envolvem administração de medicamentos, ação,
interações e efeitos colaterais, uma vez que um erro pode trazer graves
consequências aos clientes sob responsabilidade desses profissionais.

Em geral as medicações podem ser ministradas por via enteral, em que


a medicação transita pelo sistema gastrointestinal (VO, SL, VR), e por via
parenteral, em que a medicação é aplicada por meio de injeção e não transita
pelo sistema gastrointestinal. As vias aplicadas pela enfermagem são IV, SC,
IM e ID. A enfermagem deve ser dotada de conhecimento técnico‑científico
a fim de realizar os procedimentos adequadamente e escolher o material
exato conforme a necessidade do paciente. Também está disponível a via
tópica. Nessa via, a medicação é aplicada sobre a pele e absorvida no local.
Há outras vias que podem ser utilizadas, como transdérmica, oftalmológica,
auricular, vaginal e inalatória.
201
Unidade IV

Demonstramos diversas recomendações para o processo de


administração de medicamentos. Infelizmente, nos serviços de saúde,
eventos adversos com medicamentos ocorrem. Para enfrentar essa
situação, é importante a participação ativa do enfermeiro na equipe
multidisciplinar. Cabe ressaltar que os profissionais de enfermagem
são responsáveis pelo preparo, administração e monitoramento dos
medicamentos. Portanto, devemos executar estratégias a fim de melhorar
a segurança no processo de administração de medicamentos e, dessa
forma, oferecer assistência com qualidade e livre de danos.

202
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 23

OLIVEIRA, A. et al. Esclerose lateral amiotrófica: atualização 2013. São Paulo: Associação Brasileira de
Esclerose Lateral Amiotrófica, 2013, p. 14.

Figura 46

CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de enfermagem: saúde e função humanas. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 539.

Figura 47 A

CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de enfermagem: saúde e função humanas. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 549.

Figura 47 B

CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de enfermagem: saúde e função humanas. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 549.

Figura 48

CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de enfermagem: saúde e função humanas. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 547.

Figura 49

CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de enfermagem: saúde e função humanas. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 550.

Figura 50

CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de enfermagem: saúde e função humanas. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 550.

REFERÊNCIAS

Textuais

AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). DCB: definições. Brasília, [s.d.]. Disponível
em: <http://portal.anvisa.gov.br/dcb/conceitos-e-definicoes>. Acesso em: 1 ago. 2017.

203
___. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2013. Disponível
em: <http://www20.Anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/ Livro4-
MedidasPrevencaoIRASaude.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2017. (Série Segurança do Paciente e Qualidade
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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