Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
2
SUMÁRIO
MÓDULO I
1 SAÚDE DO TRABALHO: DEFINIÇÕES
1.1 CONCEITOS DE SAÚDE E TRABALHO
1.1.1 Saúde
1.1.2 Trabalho
1.1.3 Saúde e trabalho
1.2 O PAPEL DO SUS NA SAÚDE DO TRABALHADOR
1.2.1 A RENAST e a CEREST
1.3 FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
1.3.1 Acidentes de trabalho
1.3.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
1.3.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
1.3.4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT)
MÓDULO II
2 SAÚDE DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E NORMAS
2.1 LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTADORAS
2.1.1 Previdência Social
2.1.2 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
2.1.3 Normas Regulamentadoras (NRs)
2.2 INTRODUÇÃO À ERGONOMIA
2.2.1 Norma Regulamentadora (NR) 17
2.2.2 Domínios da ergonomia
2.3 PROGRAMAS DE GINÁSTICA LABORAL
2.3.1 Origem da Ginástica Laboral
2.3.2 Divisões e objetivos da Ginástica Laboral
AN02FREV001/REV 4.0
3
2.3.3 Efeitos da Ginástica Laboral
2.3.4 Quem pode elaborar programas de Ginástica Laboral?
2.3.5 Ginástica Laboral e ergonomia
2.4 PERÍCIA JUDICIAL NO TRABALHO
2.4.1 O que é Perícia Judicial?
2.4.2 Quem pode ser perito judicial?
2.4.3 Função do perito judicial
2.4.4 Conselho Nacional dos Peritos Judiciais (CONPEJ)
MÓDULO III
3 SAÚDE DO TRABALHO: PROFILAXIA E PREVENÇÃO
3.1 FATORES BIOMECÂNICOS E FATORES ANTROPOMÉTRICOS
3.1.1 Movimentos lineares e movimentos angulares
3.1.2 Análise cinemática e análise cinética
3.1.3 Postura estática e postura dinâmica
3.1.4 Levantamento e transporte de cargas
3.1.5 Fatores antropométricos
3.2 A CARGA DE TRABALHO E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
3.3 DOENÇAS OCUPACIONAIS
3.3.1 LER e DORT
3.4 FATORES DE RISCO OCUPACIONAIS
3.4.1 Risco Ergonômico
3.4.2 Risco Comportamental
3.4.3 Risco Ambiental
3.5 SAÚDE MENTAL E TRABALHO
3.5.1 Substâncias agravantes à saúde mental no trabalho
3.5.2 Transtornos mentais no trabalho
3.5.3 Estresse no trabalho
MÓDULO IV
4 GESTÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR
AN02FREV001/REV 4.0
4
4.1 ÉTICA PROFISSIONAL
4.2 HIGIENE DO TRABALHO
4.2.1 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
4.2.2 Limite de tolerância e insalubridade
4.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
4.3.1 Qualidade de vida no trabalho e aposentadoria
4.4 GESTÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR
4.4.1 Ferramentas utilizadas na Gestão da Saúde do Trabalhador
4.4.1.1 OHSAS 18001
4.4.1.2 Norma BS 8800
4.4.1.3 Programa 5S
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AN02FREV001/REV 4.0
5
MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
6
1.1.1 Saúde
AN02FREV001/REV 4.0
7
Já não seria um corpo físico são que classificaria a pessoa como saudável,
mas todos os meios que o constituem. Entretanto, essa definição pode sofrer breves
modificações e complementos nos próximos anos. Não como obrigação, mas devido
a outros fatores, conforme a seguir:
AN02FREV001/REV 4.0
8
FIGURA 3 - CHARGE APRESENTANDO OSWALDO CRUZ NO COMBATE ÀS
PESTES NO RIO DE JANEIRO
AN02FREV001/REV 4.0
9
1.1.2 Trabalho
AN02FREV001/REV 4.0
10
Preocupados apenas com os ganhos decorrentes desses equipamentos, os
proprietários de tais máquinas não se preocupavam com o local, a segurança e o
bem-estar daqueles que realizavam as tarefas. Era comum encontrar crianças e
idosos em ambientes inadequados, sem as mínimas condições de higiene, fator
responsável por traumas como amputações, mortes e doenças.
Somente após o final da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1919, surge a
primeira organização reconhecida internacionalmente, preocupada com os militares
combatentes que haviam sofrido sequelas devido ao evento: a Organização Mundial
do Trabalho (OIT).
Essa organização surgiu como parte do Tratado de Versalhes, que declarou
o término oficial da Primeira Guerra Mundial. A organização torna-se responsável
pelas normas internacionais do trabalho, tais como: redução da jornada de trabalho,
direitos da mulher e idade mínima para o mercado de trabalho.
No Brasil, um fator fundamental que colaborou para a valorização do
trabalhador ocorreu no ano de 1936, quando o presidente da República Getúlio
Vargas fixa o valor dos Salários Mínimos Regionais. No ano seguinte, surge a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tendo como atribuição o respeito aos
direitos do trabalhador.
Contrato, organização sindical, justiça do trabalho, Ministério Público do
Trabalho são alguns temas presentes na CLT, tornando-a, então, a principal norma
legislativa brasileira referente ao Direito do Trabalho e ao Direito Processual do
Trabalho, sendo utilizada até os dias atuais como norteadora dos direitos e garantias
do cidadão trabalhador, principalmente quando ocorre desarmonia entre patrão e
empregado.
AN02FREV001/REV 4.0
11
1.1.3 Saúde e trabalho
AN02FREV001/REV 4.0
12
Segundo destacou Chiavenato (2004), a ORT apresentava preocupação
com o aumento da produção de maneira organizada, o que indiretamente
influenciava na saúde do trabalhador, onde podemos citar: a análise do movimento e
o tempo em que era executado; atenção com a fadiga humana; competência de um
profissional para exercer uma única função e adequação do ambiente de trabalho.
AN02FREV001/REV 4.0
13
Fatores esses que, anos vindouros, iriam servir como critérios para a
execução de programas de ginástica laboral, ergonomia e demais métodos
empregados para proporcionar saúde ao trabalhador, como veremos mais adiante
no presente curso.
Outro fator a ser observado é o chamado Ciclo Econômico de Saúde,
conforme destacado por Souto (2009). Descreve que um cidadão com muitos bens
apresenta boa nutrição e padrão de moradia higiênica, tornando esses os fatores
condicionantes de saúde.
O mesmo autor ainda descreve que a saúde é o princípio essencial para o
crescimento social, ou seja, quanto mais saúde um povo obter, maior será o
crescimento social desse povo. Daí se separa os chamados, Círculo Vicioso da
Doença e o Círculo Virtuoso da Saúde, em que as diferenças salariais irão definir
maior incidência de saúde ou de doença, conforme a figura a seguir.
AN02FREV001/REV 4.0
14
1.2 O PAPEL DO SUS NA SAÚDE DO TRABALHADOR
AN02FREV001/REV 4.0
15
[...] um conjunto de atividades que se destina, através das ações de
vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho, abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de
doença profissional e do trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde
(SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos
potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde
(SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção,
extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de
substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam
riscos à saúde do trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e
do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações
ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão,
respeitados os preceitos da ética profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de
saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo
de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades
sindicais;
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão
competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo
ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida
ou saúde dos trabalhadores. (JUSBRASIL. Disponível em:
<http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109386/lei-8080-90>.
Acesso em 24 set. 2013).
AN02FREV001/REV 4.0
16
A execução de suas ações é de competência do SUS, conforme dispõe a
Constituição Federal (artigo 200) e regulamentação da Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990 (artigo 6º), além de diversos dispositivos regulamentares
estaduais e municipais. Em nível federal, foi regulamentada pela Norma Operacional
em Saúde do Trabalhador (NOST), disposta pela Portaria nº 3.908, de 30 de outubro
de 1998.
Para o SUS, a Saúde do Trabalhador também integra ações de Saúde
Pública, observados o estudo, a prevenção, a assistência e a vigilância
correlacionadas e ocorridas no ambiente de trabalho, tornando o trabalhador
detentor de direito universal à saúde, também sendo “regulamentada pela Norma
Operacional em Saúde do Trabalhador, na Portaria nº 3.908, de 30 de outubro de
1998” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p. 347).
No entanto, a Saúde do Trabalhador passou a ter maior atenção do SUS por
meio da Portaria GM/MS nº 1.823, de 23 de agosto de 2012, que cria a Política
Nacional de Saúde do Trabalhador, tendo como principal ação: “promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, redução da morbimortalidade, execução de
ações de promoção, vigilância, diagnóstico, tratamento, recuperação e reabilitação
da saúde” (PORTAL SAÚDE. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=30426&janela=1>
Acesso em 23 set. 2013).
Tem como objetivos e estratégias:
AN02FREV001/REV 4.0
17
1.2.1 A RENAST e a CEREST
AN02FREV001/REV 4.0
18
FIGURA 8 - CEREST PRESENTE NA CIDADE DE ARARAQUARA, SÃO PAULO
AN02FREV001/REV 4.0
19
1.3 FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
20
É de suma importância informar ainda que, são equiparados a acidentes de
trabalho, conforme o artigo 21 da presente lei:
[...]
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de
trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão
de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive
veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou
durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
(Lei nº 8.213 de 1991, art. 21).
AN02FREV001/REV 4.0
21
GRÁFICO 1 - ACIDENTES DE TRABALHO POR REGIÃO NO BRASIL
AN02FREV001/REV 4.0
22
1.3.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
AN02FREV001/REV 4.0
23
Os representantes CIPA têm as seguintes pertinências:
AN02FREV001/REV 4.0
24
O relatório deverá informar os setores da empresa, os exames médicos que
foram realizados, anormalidades que foram observadas e o planejamento para o ano
a seguir. A apresentação do relatório deverá ser executada e discutida entre os
membros da CIPA.
AN02FREV001/REV 4.0
25
As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração
direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
(PORTALMTE. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A2800001388128376306AD
/NR-04%20(atualizada).pdf>. Acesso em: 22 out.2013).
FIM DO MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
26
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
27
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
28
MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
29
O auxílio doença ocorre quando o trabalhador apresenta uma incapacidade
temporária, conforme preceitua Santos (2011), sendo a incapacidade comprovada por
perícia médica a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Plano de
Benefícios da Previdência Social dá ênfase ao auxílio doença nos artigos 59 a 62.
AN02FREV001/REV 4.0
30
o auxílio doença não deixará de ser liberado ao trabalhador, tendo em vista este
apresentar apenas perda parcial de sua capacidade de trabalho.
A aposentadoria por invalidez ocorre quando o trabalhador não apresenta
condições de retornar ao trabalho em caráter definitivo, sem conseguir exercer sua
função desempenhada, devido a sua incapacidade diagnosticada. Neste caso, não
há prognóstico de que o trabalhador possa melhorar. Entretanto, as doenças ou
lesões preexistentes cujo trabalhador já havia sido acometido antes de contribuir
para a Previdência, não o torna aposentado por invalidez.
Quando ocorre um evento caracterizado por acidente de trabalho, a empresa
deve obrigatoriamente e legalmente informar a ocorrência junto ao INSS, de acordo
com a cartilha de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), disponibilizada no
site da Previdência Social: (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Disponível
em: <http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html>. Acesso em: 18
out. 2013).
Segundo Santos (2011), a CAT deve ser preenchida no primeiro dia útil ao
de sua ocorrência, principalmente quando o acidente resulta em morte do
trabalhador. Entretanto, havendo omissão por parte da empresa, o trabalhador
acidentado, seus familiares, seu representante sindical ou o médico que lhe atendeu
deverão informar a situação para as autoridades.
A elaboração da CAT é útil não somente para levantamento de indicadores
estatísticos ou epidemiológicos, como também para possíveis processos trabalhista e
social, sendo este um dos possíveis motivos de uma empresa não informar a
ocorrência de acidente de trabalho, podendo ser classificado como crime de omissão.
AN02FREV001/REV 4.0
31
Apesar de tudo, a presente norma visa não somente proteção legal ao
trabalhador, como também a preservação e a manutenção do mesmo em seu
ambiente de trabalho. Com relação à Saúde e Segurança do Trabalhador, algumas
das normas adotadas na presente CLT tratam da obrigatoriedade da empresa em
fornecer equipamento de proteção individual (EPI) aos trabalhadores gratuitamente,
definição e risco das atividades insalubres ou perigosas, apresentação clara e
explicativa dos materiais e substâncias empregadas, manipulados ou transportados
nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, etc.
Normas Regulamentadoras:
NR-1 - Disposições Gerais;
NR-2 - Inspeção Prévia;
NR-3 - Embargo e Interdição;
NR-4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho –
SESMT;
NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cipa;
NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI;
NR-7 - Exames Médicos;
NR-8 – Edificações;
NR-9 - Riscos Ambientais;
NR-10 - Instalações e Serviços de Eletricidade;
NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais;
NR-12 - Máquinas e Equipamentos;
NR-13 - Vasos Sob Pressão;
NR-14 – Fornos;
NR-15 - Atividades e Operações Insalubres;
AN02FREV001/REV 4.0
32
NR-16 - Atividades e Operações Perigosas;
NR-17 – Ergonomia;
NR-18 - Obras de Construção, Demolição, e Reparos;
NR-19 – Explosivos;
NR-20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis;
NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto;
NR-22 - Trabalhos Subterrâneos;
NR-23 - Proteção Contra Incêndios;
NR-24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho;
NR-25 - Resíduos Industriais;
NR-26 - Sinalização de Segurança;
NR-27 - Registro de Profissionais;
NR-28 - Fiscalização e Penalidades.
(EDITORA MAGISTER. Disponível em:
<http://www.editoramagister.com/doc_308880_PORTARIA_N_3214_DE_8_
DE_JUNHO_DE_1978.aspx>. Acesso em: 10 out. 2013).
AN02FREV001/REV 4.0
33
FIGURA 10 - AS NRS OBJETIVAM A SAÚDE DO TRABALHADOR NAS
INDÚSTRIAS E EMPRESAS
Segundo Másculo (2011), o termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez
no ano de 1857, por Jastrzebowski, onde era citada como uma ciência natural, tendo
seu desenvolvimento a partir da 2ª Guerra Mundial, quando profissionais de diversos
ramos da ciência buscavam a melhor maneira de adequar as tecnologias da época
com os militares que a utilizavam. Essa adequação foi um marco na história da
ergonomia sendo empregada no pós-guerra, principalmente nas indústrias (DUL;
WEERDMEESTER, 2004).
AN02FREV001/REV 4.0
34
A palavra ergonomia deriva dos termos gregos ergon, que significa
“trabalho”, e nomos, “normas, regras, leis”. Conforme o site da Associação Brasileira
de Ergonomia (ABERGO), no ano de 2000, a Associação Internacional de
Ergonomia (IEA) definia ergonomia como uma ciência que visava a melhor interação
“dos homens e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios,
dados e métodos a projetos, otimizando o bem estar humano e o desempenho
global do sistema”.
AN02FREV001/REV 4.0
35
FIGURA 11 - NA ERGONOMIA O MEIO TEM QUE SE ADEQUAR AO HOMEM
E NÃO O INVERSO
AN02FREV001/REV 4.0
36
Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, tais como
percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as
interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os
tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de
decisão, desempenho especializado, interação homem computador, stress
e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas;
AN02FREV001/REV 4.0
37
FIGURA 12 - A SOBRECARGA FÍSICA COMPROMETE
A POSTURA DO TRABALHADOR
AN02FREV001/REV 4.0
38
O ergonomista poderá ainda elaborar alguns relatórios que descrevam as
condições do ambiente de trabalho, a segurança do trabalhador e os locais que
necessitem de uma intervenção ergonômica com ou sem urgência. Dentre os
relatórios podemos citar: Análise Ergonômica do Trabalho, Mapeamento Ergonômico,
Laudo Ergonômico, Análise de Riscos Ergonômicos, Parecer Técnico Ergonômico etc.
As ferramentas utilizadas na ergonomia têm como função auxiliar o
profissional de ergonomia em diagnosticar a necessidade da intervenção
ergonômica, seja no ambiente, na ferramenta ou no próprio trabalhador.
Dentre as ferramentas para avaliação dos riscos relacionados ao
desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas podemos citar: Avaliação dos
Sintomas Musculoesqueléticos Relacionados ao Trabalho, Avaliação do Índice de
Capacidade para o Trabalho, Avaliação da Qualidade do Sono, Avaliação do
Estresse no Trabalho.
Há ainda a ferramenta conhecida por Equação do National Institute of
Occupational Safety and Health (NIOSH), que é utilizada no intuito de observar a carga
manuseada por um trabalhador, os movimentos normais necessários, força
empreendida para a execução, comprometimento postural, se a carga necessita de um
segundo trabalhador para ser manuseada e os limites de carga para manuseio do peso.
Com relação à postura adotada no ambiente de trabalho, a ergonomia
emprega os protocolos de registros posturais, que têm como função diagnosticar
posturas críticas, presença de sobrecarga, risco de lesão decorrente de posturas
adotadas, etc. Entre os protocolos de registro postural, os mais utilizados são: Rapid
Entire Body Assessment (REBA), Ovako Working Posture Analysing System
(OWAS) e Rapid Upper Limb Assessment (RULA).
Enfim, as condições do trabalho irão interferir nas condições do trabalhador,
sejam elas física, psíquica ou social. O ergonomista precisa estar atento em tudo o
que está ao seu redor e que pode influenciar na qualidade de vida dos
trabalhadores, podendo inclusive reduzir os riscos ergonômicos.
Daí a importância de se ter um ergonomista em uma empresa,
principalmente no intuito da prevenção no trabalho. Infelizmente, grande parte das
empresas só contrata um ergonomista quando a mesma é notificada pelo Ministério
Público do Trabalho ou outros órgãos responsáveis por fiscalizar o ambiente de
trabalho, principalmente por denúncias realizadas pelos próprios trabalhadores.
AN02FREV001/REV 4.0
39
2.3 PROGRAMAS DE GINÁSTICA LABORAL
AN02FREV001/REV 4.0
40
2.3.1 Origem da Ginástica Laboral
AN02FREV001/REV 4.0
41
Quanto ao seu objetivo, Maciel et al. (2005) classificaram a GL em: ginástica
corretiva ou postural (alongamento dos músculos mais sobrecarregados e
fortalecimento dos músculos em desuso ou em pouco uso) e ginástica de
compensação (previne vícios posturais e a fadiga).
Na prática é comum observamos programas de GL que utilizam apenas
duas ou até mesmo uma das fases descritas, ainda que o ambiente apresente
circunstâncias que propiciem e necessitem de tal prática. Diferente das fases da GL,
os objetivos da mesma é prática mais comum entre os profissionais responsáveis
pela elaboração dos programas.
AN02FREV001/REV 4.0
42
Os benefícios psicossociais são: redução do estresse, da depressão, da
irritação, da angústia e das mudanças bruscas do humor; melhora da autoimagem,
do relacionamento interpessoal; diminuição dos problemas de relacionamento
familiar e no trabalho; aumento da motivação, da disposição e do desempenho
pessoal para as atividades laborais.
Para Maciel et al. (2005), esses fatores são perceptíveis principalmente
quando a GL é elaborada não como ferramenta isolada, mas em conjunto com
outros programas. Ou seja, a GL torna-se mais efetiva quando ocorre uma
intervenção multidisciplinar de diversos profissionais (médicos, ergonomistas,
engenheiros, fisioterapeutas, nutricionistas etc.).
AN02FREV001/REV 4.0
43
valor, tornando sua atividade monótona, obrigatória e sem objetividade, além de não
ter um tempo mínimo para sua execução.
Existem algumas contravenções quanto a elaboração de alguns programas,
principalmente em relação ao seu real meio de reduzir/prevenir as doenças
ocupacionais. Este fato se deve, provavelmente, devido ao desconhecimento ou
falta de preparo por quem organiza os programas de GL nas empresas, seja o
educador físico ou o fisioterapeuta.
AN02FREV001/REV 4.0
44
GL são úteis para que o profissional aja de acordo com a necessidade presente,
sendo possível acompanhar o avanço dos programas e seu real impacto na
prevenção de lesões no ambiente de trabalho.
AN02FREV001/REV 4.0
45
Por situação entendem-se relações entre coisas e/ou pessoas. Exemplo:
uma determinada situação de trabalho e os riscos à saúde, ou de acidentes,
nela implicados. Fatos são ocorrências envolvendo coisa e/ou pessoas; por
exemplo, um acidente de trabalho ou a ocorrência de uma doença
profissional (BRANDIMILLER, 1996, p. 25).
AN02FREV001/REV 4.0
46
importância do profissional. Caso o perito não dê informações verídicas, com ou sem
intenção, ficará dois anos sem exercer a função de perito.
Vale ressaltar que o profissional perito pode pedir despensa da função,
desde que tenha um motivo legítimo ou não ter conhecimento técnico ou científico
adequado para exercer a função. Nestes casos, cabe ao juiz respeitar a decisão do
profissional que ele havia incumbido.
Dentre os profissionais que contribuem de sobremaneira na atividade de
pericia judicial, temos o fisioterapeuta, que pode ser um importante colaborador da
Justiça do Trabalho, auxiliando na geração e interpretação de provas. Segundo
Veronesi apud Figueiredo et al. (2007):
AN02FREV001/REV 4.0
47
conhecimento em biomecânica, análise cinético funcional, entre outras disciplinas,
para elaborar um Laudo Cinesiológico Funcional, que será anexado ao processo e
encaminhado ao juiz que julgará o caso.
AN02FREV001/REV 4.0
48
repartições públicas, instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias etc.”
(CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, Art. 429).
Para realizar essa ação, o profissional perito poderá adentrar o ambiente em
que o trabalhador realizava suas atividades laborais, carga horária de trabalho,
rotina diária, quantidade de atividades repetitivas, ter acesso a documento da
empresa, seja do setor de recursos humanos ou do setor operacional, analisar
relatório do setor de medicina do trabalho (se houver na empresa) e outras medidas
oportunas e úteis, visando antes de tudo, levantamento de informações que irão
contribuir para a conclusão da perícia, com o mínimo de erros possíveis.
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
49
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
50
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
51
MÓDULO III
AN02FREV001/REV 4.0
52
saúde como das demais áreas do conhecimento, tais como: engenheiros,
administradores, assistentes sociais etc.
AN02FREV001/REV 4.0
53
O mesmo autor define movimento angular como o que ocorre ao redor de
algum ponto, desde que as diferentes regiões do mesmo segmento corporal ou
objeto não se movimentem pela mesma distância. Como exemplo, podemos
apresentar um trabalhador que, ao levantar uma carga e pô-la sobre uma superfície
sólida como uma mesa, realiza o movimento de rotação da coluna, onde para
realizar tal movimento, há maior estresse do membro superior que se encontra mais
distante da mesa, caso adote uma postura incorreta para realizar o movimento.
AN02FREV001/REV 4.0
54
3.1.2 Análise cinemática e análise cinética
AN02FREV001/REV 4.0
55
Com essas análises é possível avaliar tanto as características que compõem
o movimento de uma carga, seu grau de dificuldade e as forças atuantes para a
execução do movimento. Como exemplo, podemos citar trabalhadores que atuam no
setor de produção, onde deverão produzir determinadas peças por hora trabalhada.
Nesse caso a análise cinemática irá verificar as características dos
movimentos do objeto, desde as características físicas do local em que é realizada a
atividade até o tempo necessário para ele ser finalizado. Enquanto a análise cinética
ocupar-se-á das forças necessárias para que os movimentos sejam executados,
tanto a força mecânica ou humana.
AN02FREV001/REV 4.0
56
FIGURA 18 - TROCA DE POSTURA ENTRE SENTANDO E EM PÉ
AN02FREV001/REV 4.0
57
3.1.4 Levantamento e transporte de cargas
AN02FREV001/REV 4.0
58
Porém, algumas regras podem ser seguidas, tais como: respiração, peso
máximo levantado para o levantamento, levantamento com agachamento, distância
da carga em relação ao corpo, levantamento simétrico, rotação e inclinação do
tronco, localização vertical do objeto (altura). Vale a pena ressaltar que a carga
máxima que um trabalhador pode levantar é de 23 kg.
AN02FREV001/REV 4.0
59
FIGURA 21 - EXEMPLO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS QUEINFLUENCIAM
NA PRODUTIVIDADE DO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
60
3.2 A CARGA DE TRABALHO E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
61
Baumer (2003, p. 22) descreveu a carga mental de trabalho como “aquela
que não responsabiliza apenas a tarefa como fonte potencial para essa carga, mas
também coloca o indivíduo como fonte da carga”. Esse fator faz com que a carga
esteja sujeita às particularidades de cada indivíduo.
Entretanto, Dejours apud Lazzareschi (2012, p. 55) descreve que as
exigências mentais no ambiente de trabalho não são tão graves como o sentimento
de insatisfação, sendo esta última responsável pelo começo do sofrimento do
trabalhador.
A carga de trabalho também sofre influência das chefias, onde muitas das
vezes, para alcançarem as metas a serem obtidas, exigem dos funcionários mais
rapidez e menos perda de tempo, podendo provocar relacionamento com conflitos
entre chefes e supervisores, o que torna o ambiente de trabalho sinônimo de
“estresse” e até humilhação.
AN02FREV001/REV 4.0
62
Para reduzir a carga de trabalho podem-se utilizar as pausas de repouso e
redução do ritmo de trabalho, o que gerará prevenção da fadiga muscular, que,
segundo Guyton (1996, p. 68), é a presença de “contrações fortes e prolongadas de
um músculo”, podendo ser gerada pela ausência de fluxo de sangue no músculo em
contração, o que ocasiona redução dos níveis de oxigênio, que são responsáveis de
manter a nutrição no músculo.
As pausas aplicadas no ambiente laboral pela primeira vez por Taylor
tiveram um importante estudo realizado durante a Primeira Guerra Mundial, onde
cientistas norte-americanos concluíram que cargas de trabalho superiores a 48
horas ocasionavam absenteísmo, aumento de lesões e redução da produção por
homem/hora e que uma carga horária semanal de trabalho de 55 horas apresentava
13% mais produtividade do que uma carga horária de 74 horas (RASCH, 1991).
Com relação à redução do ritmo de trabalho, é preciso observar a velocidade
do movimento individual e em grupo de cada trabalhador, pois “um trabalhador cuja
velocidade de movimento preferida não é compatível com a imposta a ele por seu
trabalho pode ser submetido a tensões que o tornam ineficiente e infeliz” (RASCH,
1991, p. 194).
Ou seja, o ritmo de trabalho deve respeitar as características cognitivas e
proprioceptivas de cada trabalhador, o que normalmente não ocorre. Além destes
fatores, pode-se utilizar outras medidas para evitar uma fadiga decorrente de alta
carga de trabalho, onde o próprio trabalhador pode evitá-la, tais como:
AN02FREV001/REV 4.0
63
funcionários reduzido e desproporcional à demanda; falta de mão de obra
qualificada para tal função; redução de gastos; melhoria salarial; carga horária
excessiva (horas extras) etc.
A empresa que tem uma boa organização encontra-se buscando oferecer
aos seus funcionários os melhores recursos, para obter melhor produção. Como
exemplo, podemos citar empresas que, no momento de intervalo, disponibilizam
salão de jogos e dormitórios para seus colaboradores, pois acreditam que, quanto
mais o trabalhador estiver disposto, melhor será o aumento da produtividade.
Infelizmente, muitas empresas não oferecem condições de trabalho dignas
aos trabalhadores, tais como: ambiente sem ventilação, falta de higiene,
equipamentos danificados, posto de trabalho sem as mínimas condições de
segurança etc. Fatores que tornam a atividade laboral penosa, desestimulante e
estressante. Sobre a organização do trabalho, descreveram Dul e Weerdmeester
(2004, p. 99) o seguinte:
AN02FREV001/REV 4.0
64
É importante salientarmos que é necessário um líder na empresa, para
desenvolver os trabalhos de maneira organizada, observado também o ambiente de
trabalho, presença de fatores que contribuam para a insatisfação do colaborador e
melhora da relação patrão-funcionário; visando não somente o bem-estar da
empresa, mas também do seu trabalhador.
AN02FREV001/REV 4.0
65
Como preceitua a lei em destaque, uma doença profissional pode ser
considerada acidente de trabalho, desde que esta tenha relação com a função
exercida pelo trabalhador, sendo que para assim ser classificada, segundo a lei, é
preciso que haja incapacidade laborativa, quando o profissional é incapaz de
executar o trabalho devido à presença da doença. Ou seja, se não produziu
incapacidade, não é considerada como doença do trabalho.
O Mistério do Trabalho e Emprego apresentou alguns dados da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), onde fora descrito que os países gastam
aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, cerca de 2,8 trilhões
de dólares, com as doenças profissionais. Dinheiro que poderia ser utilizado com
outras finalidades, como educação e prevenção.
A Portaria nº 1339/GM, do Ministério da Saúde, de 18 de novembro de 1999,
apresenta a lista de doenças relacionadas ao trabalho, a ser adotada como
referência dos agravos originados no processo de trabalho. A referida Portaria
encontra-se no site <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port99/GM/GM-
1339.html>. Trata não somente das doenças do sistema osteomuscular e do tecido
conjuntivo, relacionadas com o trabalho, como também do sistema nervoso, da pele
e do tecido subcutâneo, do sistema respiratório, entre outros.
No ano de 2001, o Ministério da Saúde do Brasil em conjunto com a
Organização Pan-Americana da Saúde, lança no Brasil o livro “Doenças
Relacionadas ao Trabalho – Manual de Procedimentos para os Serviços de
Saúde”, no sentido de cumprir a determinação constitucional de dar atenção à
saúde do trabalhador, tendo como objetivo colaborar com os profissionais dos
serviços de saúde quanto aos procedimentos de assistência, prevenção e
vigilância da saúde dos trabalhadores, auxiliando na caracterização das relações
da doença com o trabalho.
AN02FREV001/REV 4.0
66
3.3.1 LER e DORT
AN02FREV001/REV 4.0
67
3.4 FATORES DE RISCO OCUPACIONAIS
Neste item iremos descrever os principais fatores que podem contribuir para
que a saúde do trabalhador sofra algum dano ou sequela. Para tanto iremos abordar
os principais riscos ocupacionais que necessitam de atenção por parte do profissional
de saúde do trabalho. Dentre os fatores iremos apresentar: risco ergonômico, risco
comportamental e risco ambiental (agentes químicos, físicos e biológicos).
AN02FREV001/REV 4.0
68
3.4.2 Risco Comportamental
Este tipo de risco é o mais comum e mais difícil de evitar, pois ele descreve
as atitudes comportamentais do trabalhador que podem colaborar para que ocorra
um acidente de trabalhado ou até mesmo um incidente de maiores proporções. Um
exemplo prático acontece quando o trabalhador deve utilizar o equipamento de
proteção individual (EPI), item obrigatório por lei.
Ainda que o mesmo esteja utilizando o EPI, pode ser que o funcionário
esteja utilizando incorretamente o seu equipamento. E o que é pior, de maneira
proposital. É comum observarmos que o equipamento apresenta algumas outras
adulterações decorrentes da falta de cuidado e manutenção por parte do próprio
trabalhador.
AN02FREV001/REV 4.0
69
O Risco Comportamental torna-se difícil de evitar porque envolve idoneidade
e conscientização do trabalhador, ainda que o mesmo tenha recebido treinamento,
assistido a palestras ou cursos que tratem da importância de se prevenir e controlar
os riscos. Envolve o comportamento da pessoa, algo que se obtém no convívio
social, conforme veremos no Módulo IV do presente curso, na aula que descreve a
ética profissional.
AN02FREV001/REV 4.0
70
3.5 SAÚDE MENTAL E TRABALHO
Como o próprio nome descreve, o termo saúde mental pode ser empregado
para avaliar a capacidade mental do homem em interagir com o meio social (casa,
escola, trabalho, comunidade) sem apresentar algum comprometimento mental. Este
termo também sofre influência da saúde física e mental, conforme preceitua a
definição do termo saúde pela Organização Mundial da Saúde (2008, p. 10): “A
saúde é um estado de bem-estar físico, mental, e social”.
Outro fator que pode agravar a saúde mental do trabalhador e que muitas
vezes são despercebidos pelas autoridades, é a presença de agentes e produtos
químicos no ambiente de trabalho, tais como determinados metais e solventes com
ação tóxica, podendo ocasionar: “irritabilidade, nervosismo, inquietação, distúrbios
da memória e da cognição e, por fim, com evolução crônica, muitas vezes
irreversível e incapacitante” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001. p. 162).
Para evitar tais ocorrências é preciso que as empresas trabalhem com
prevenção, além de vigilância dos agravos à saúde e dos ambientes e condições de
trabalho, empregando ações em conjunto com a equipe de saúde do trabalho, como:
médicos, engenheiros, ergonomista, psicólogos, enfermeiros e técnicos de
segurança do trabalho.
Além do mais, é necessário que o trabalhador também participe desse
processo, informando situações que passam despercebidas pela equipe de saúde.
Dentre as normas técnicas e regulamentos vigentes úteis para evitar o
surgimento e o agravamento da saúde mental do trabalhador, podemos citar:
AN02FREV001/REV 4.0
71
1. Reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam
substâncias químicas, agentes físicos e/ou biológicos e os fatores de risco
decorrentes da organização do trabalho potencialmente causadores de
doença;
2. Identificação dos problemas ou danos potenciais para a saúde,
decorrentes da exposição aos fatores de risco identificados;
3. Identificação e proposição de medidas que devem ser adotadas para a
eliminação ou controle da exposição aos fatores de risco e para proteção
dos trabalhadores;
4. Educação e informação aos trabalhadores e empregadores.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001. p. 162).
AN02FREV001/REV 4.0
72
Deterioração ou descompensação no trabalho: refere-se a falhas
repetidas na adaptação a circunstâncias estressantes. Frente a situações
ou circunstâncias mais estressantes ou de demanda mais elevada, os
indivíduos saem, desaparecem ou manifestam exacerbações dos sinais e
sintomas de seu transtorno mental ou comportamental. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2001. p. 163).
AN02FREV001/REV 4.0
73
Enquanto para alguns a pressão pode ser impulsionadora e, deste modo,
motivadora, para outros, ao contrário, ela pode ser estressante. A pressão
no trabalho não é determinante no desencadeamento do estresse, se o
fosse todos os trabalhadores na contemporaneidade estariam
obrigatoriamente estressados, e não é isso que se observar (SILVEIRA,
2009, p.12,).
AN02FREV001/REV 4.0
74
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
75
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
76
MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
77
A relação existente entre ética e trabalho é apresentada por Gonçalves e
Wyse (1996, p. 24), que descreveram:
AN02FREV001/REV 4.0
78
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto
de atividades que se destina, através das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores [...], abrangendo:
V - informação ao trabalhador [...], respeitados os preceitos da ética
profissional; (JUSBRASIL. Disponível em:
<http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109386/lei-8080-90>.
Acesso em: 11 out. 2013).
Apesar de transcrita em lei, a matéria não informa como a ética deve ser
empregada no ambiente laboral. Infelizmente isso ocorre porque não há uma
preocupação mais ostensiva com a ética e sua real importância no setor de trabalho,
o que faz com que não ocorra o “respeito aos preceitos éticos”. Fato muito comum
no ambiente laboral, principalmente por parte das empresas.
Entretanto, o termo “ética” não pode ser visto somente na relação patrão-
trabalhador, sendo este termo também utilizado na relação trabalhador-trabalhador,
trabalhador-patrão e trabalhador-sociedade. Ou seja, a ética engloba o convívio com
as pessoas ao redor do trabalhador, que antes de ser trabalhador, também é um
cidadão como qualquer outro.
A falta de ética por parte do trabalhador também é algo a ser observado. Ou
seja, quando o trabalhador desrespeita a moral da empresa em que trabalha. Muitas
empresas trabalham com sigilo de informações, principalmente quando são
informações úteis para outra empresa concorrente. Neste caso, o trabalhador deixa
de ser ético quando repassa essa informação para a concorrente.
A falta de ética tanto por parte do trabalhador como por parte da empresa irá
depender da consciência moral de cada um. Para Gonçalves e Wyse (1996, p. 11),
consciência moral é a “capacidade interna que o indivíduo tem de reagir ao certo e
ao errado, a capacidade de distinguir entre o bem e o mal”.
A consciência moral também caminha em conjunto com a ética. Neste caso
a ética dependerá da decisão entre o que é correto e incorreto, entre o bem e o mal,
onde a pessoa sofre influência do meio em que vive ou viveu, ou seja, aquilo que é
tido como normal para uma sociedade pode não ser normal para outra.
É neste momento que entram as legislações específicas de cada região ou
país, pois elas irão delimitar o que é certo e errado, o aceitável e o inaceitável, tudo
com base na ética, ou seja, no comportamento da sociedade, respeitando sempre a
dignidade, a liberdade e a igualdade entre os homens.
AN02FREV001/REV 4.0
79
Siqueira (2008, p. 41) descreveu:
[...] qualquer forma de labor deve ser fundamentada em uma ética que
perceba a igual dignidade inerente a todos os seres humanos e a tudo
aquilo que decorre dela, como por exemplo, a proibição do trabalho
escravo, a violência no campo, a superjornada do trabalho, o abuso do
trabalho infantil, a exploração desumana da força de trabalho, as condições
desumanas de trabalho. Trata-se, aqui, de uma ética da condição humana
universal, tão próxima da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do
projeto planetário de cidadania.
AN02FREV001/REV 4.0
80
Outro exemplo que trata da falta de ética no trabalho é a violência e as
condições do trabalho. A violência no trabalho pode ser física, moral ou mental.
Exemplo de violência que engloba estes dois fatores, são os assédios sexuais cujos
autores são membros da chefia, comumente vitimando mulheres, quando em troca
de favores sexuais o patrão promete estabilização ou alguma promoção no ambiente
de trabalho.
Este tipo de crime também pode acontecer entre pares de mesma hierarquia
na empresa, diferente das condições desumanas do ambiente de trabalho, que
ferem os princípios éticos de respeito e moral da pessoa humana, além de
favorecerem riscos de acidentes e doenças do trabalho. Fazendo com que o
trabalho seja realizado sem disposição, submetendo o trabalhador a condições
mortificadoras.
AN02FREV001/REV 4.0
81
médico. Não daremos ênfase nos fatores de risco, tendo em vista que essa aula foi
explicada em módulo anterior a este.
Para que as ações de higiene se tornem eficientes na prevenção dos riscos
é necessário, primeiramente, que haja uma integração entre o profissional de saúde
do trabalhador e a equipe de gestores da empresa. É neste momento que devem ser
discutidos alguns pontos como: tipos de resíduos e substâncias utilizadas no local
de trabalho, armazenamento e eliminação adequados destas substâncias e possível
acometimento na saúde do trabalhador e ao ambiente, ou seja, não somente o
ambiente de trabalho como também ao redor.
Após o contato com a gestão da empresa, devem-se realizar constantes
treinamentos e palestras entre toda a equipe, com a participação indispensável do
trabalhador, para que caso ocorra um evento, a equipe possa ter noção das medidas
que devem ser adotadas e o que deve ser feito para que o evento não tome
proporções maiores e gere mais vítimas.
AN02FREV001/REV 4.0
82
Após avaliar o risco serão empregadas medidas para que esse risco não se
torne um incidente. Ou quando o risco já se tornou um incidente, serão necessárias
medidas para que haja um permanente controle, evitando novos incidentes e o
agravamento do quadro, onde serão adotadas medidas que tenham como finalidade
evitar novas vítimas e redução dos impactos no ambiente, evitando acima de tudo o
descontrole da situação.
É preciso observar que todas as medidas adotadas na PPRA têm suas
responsabilidades, tanto por parte da empresa como por parte do trabalhador:
Do empregador:
I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como
atividade permanente da empresa ou instituição.
Dos trabalhadores:
I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do
PPRA;
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu
julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
(PORTALMTE.COM. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF1CA0393B2
7/nr_09_at.pdf>. Acesso em: 10 out. 2013).
AN02FREV001/REV 4.0
83
FIGURA 28 - JORNAL INFORMANDO ACIDENTE NUCLEAR NA USINA DE
CHERNOBYL, NA UCRÂNIA, EM 1986
AN02FREV001/REV 4.0
84
Como exemplo, podemos citar o manganês, que é uma substância utilizada
na fabricação de ligas metálicas. O limite de tolerância para o manganês, com
exposição a sua poeira, é de até 5mg/m3 no ar, em uma jornada diária de até oito
horas. Acima desse limite a pessoa poderá apresentar algum comprometimento a
sua saúde.
Além dos demais agentes químicos, os limites de tolerância também são
utilizados para: ruídos contínuos ou intermitentes, ruídos de impacto, exposição ao
calor entre outros fatores que possam ocasionar algum dano à saúde ou ao
ambiente.
A insalubridade é um direito do trabalhador quando este se encontra em
uma atividade cuja ação esteja acima dos limites de tolerância. A insalubridade tem
sua definição e amparo conforme descrição presente na Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT):
AN02FREV001/REV 4.0
85
4.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
86
1) Compensação adequada e justa (conceito relativo a salário x experiência
e responsabilidade, e à média de mercado);
2) Condições de segurança e saúde no trabalho (horários, condições
físicas, redução dos riscos);
3) Oportunidade imediata para a utilização e desenvolvimento da
capacidade humana (autonomia, informação, tarefas completas e
planejamento);
4) Oportunidade futura para crescimento contínuo e segurança (carreira,
estabilidade);
5) Integração social na organização de trabalho (ausência de preconceitos e
de estratificação, senso geral de franqueza interpessoal);
6) Constitucionalismo na organização de trabalho (normas que estabelecem
os direitos e deveres dos trabalhadores: direito a privacidade, ao diálogo
livre, tratamento justo em todos os assuntos);
7) O trabalho e o espaço total da vida (equilíbrio necessário entre o trabalho
e os outros níveis da vida do empregado como família e lazer).
8) Relevância social da vida no trabalho (valorização do próprio trabalho e
aumento da autoestima) (WALTON apud VALDISSER, 2010, p. 6).
Para que essas ações aconteçam de forma saudável, é preciso ter respeito
ao trabalhador. A QVT torna-se visível quando a empresa trata todos os
trabalhadores de maneira uniforme e semelhante, dando oportunidades de
crescimento na instituição, sem promover atos ilegais como assédio sexual, dito
anteriormente, ou outras formas de intimidação.
A QVT também abrange e respeita a vida social do trabalhador fora do
ambiente laboral, momentos com a família e de lazer, úteis para que o mesmo esteja
disposto a colaborar com a empresa após esses momentos, o que melhora sua
integração com a sociedade ao seu redor, sua aceitação, sua importância e a
valorização de si mesmo.
AN02FREV001/REV 4.0
87
FIGURA 29 - JOGOS DO TRABALHADOR INDUSTRIAL NA CIDADE DE MANAUS
A QVT pode estar ligada ou não à produção, pois uma empresa pode ter
uma alta produção e não ter QVT, não há uma relação de causa e efeito.
Contudo, se uma empresa não investir em QVT, fatalmente serão criadas
lacunas que vão interferir a médio ou em longo prazo na produtividade. Por
outro lado, se a empresa investir em QVT, não quer dizer também que a
empresa terá uma produtividade proporcional ao investimento. (TAVEIRA,
2009, p. 6).
AN02FREV001/REV 4.0
88
4.3.1 Qualidade de vida no trabalho e aposentadoria
AN02FREV001/REV 4.0
89
Dentre os temas a serem abordados durante a realização de um PPA,
podem ser utilizados:
AN02FREV001/REV 4.0
90
FIGURA 31 - O GESTOR DE SAÚDE DO TRABALHADOR DEVE SER MODELO
PARA O FUNCIONÁRIO
AN02FREV001/REV 4.0
91
repetitivas desempenhadas, entre outros fatores que podem ocasionar alguns
distúrbios no bem-estar do trabalhador e no seu ambiente de trabalho.
Algumas perguntas devem ser respondidas pelo gestor, tais como: Em que
momento aplicar práticas de ergonomia? Há necessidade de executar programas de
Ginástica Laboral? Quais as doenças ocupacionais mais comuns presentes em cada
setor, fatores de risco ocupacionais? Todos esses fatores colaboram para a (QVT).
Para Costa (2007), reflexão e ação sistemática e continuada definem a
moderna gestão, onde se avalia, elabora e acompanha. Para o autor, a empresa que
emprega uma gestão estratégica avalia, dá estrutura, trabalha com metas e
desafios, além de adequar os planos de acordo com a realidade da empresa.
Muitas vezes, o gestor busca resolver um determinado problema presente
no trabalho por meio de altos custos financeiros, o que em muitas ocasiões não
surte efeito. É nesse momento que o gestor deve pesquisar a pessoa mais
importante do setor de produção, responsável pela execução da atividade: o
trabalhador.
O ponto principal para se ter uma boa gestão é ouvir, em primeiro lugar, o
trabalhador, pois é ele quem conhece o setor de maneira profunda, as
necessidades, os defeitos e qualidades de seu setor. Para que se tenha controle no
setor, o gestor pode utilizar indicadores estatísticos que servirão de análise para
verificar se há aumento ou redução de determinadas variáveis.
Dentre as variáveis que necessitam de mais acompanhamento podemos
citar as lesões por esforço repetitivo, sobrecarga de trabalho, mudança de layout,
etc. O gestor deve observar e cumprir as legislações, evitando possíveis processos
jurídicos, dentre os quais podemos citar as Normas Regulamentadoras e a CLT.
Algumas especificações são úteis para melhor reconhecimento por parte dos
trabalhadores e das exigências do atual mercado competitivo, de uma empresa que
visa ampliar e ter reconhecimento em seus serviços de Gestão em Saúde do
AN02FREV001/REV 4.0
92
Trabalhador. Podemos citar a OHSAS 18001, a norma BS 8800 e a ferramenta 5S,
reconhecidas não somente no Brasil como também em nível internacional.
Para Araújo (2002), a OHSAS 18001 (do inglês Occupational Health and
Safety Assessment Services) é uma especificação que visa subsidiar uma empresa
com relação ao Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, contribuindo
satisfatoriamente no cumprimento das metas de Segurança e Saúde do Trabalho.
Esta especificação pode ser empregada em empresas que desejam:
AN02FREV001/REV 4.0
93
formas de integrar a equipe de gestores e as noções de gestão administrativa,
sendo composta pelos seguintes itens:
4.4.1.3 Programa 5S
AN02FREV001/REV 4.0
94
contribuir para a qualidade de vida dos trabalhadores, principalmente os que
trabalhavam no setor operacional.
Na época, havia uma grande expectativa em torno do programa, o que
contribuiu para sua difusão na maioria das fábricas residentes no Brasil. Costa
(2007, p. 357) descreve que o Programa 5S tem como objetivo “diminuir
desperdícios, reduzir custos, aumentar a produtividade, além de criar e manter um
ambiente de trabalho saudável”.
Entretanto, para melhor compreendermos como estes objetivos são
aplicados na empresa, é preciso apresentarmos o significado da letra “S” presente
no programa, observável na tabela a seguir.
JAPONÊS PORTUGUÊS
AN02FREV001/REV 4.0
95
FIGURA 32 - MODELO DE AMBIENTE DE TRABALHO SEM O PROGRAMA 5S
AN02FREV001/REV 4.0
96
FIGURA 33 - MODELO DE AMBIENTE DE TRABALHO APÓS O PROGRAMA 5S
Por último, temos o Senso de Autodisciplina, que tem como atribuição fazer
com que os outros sensos sejam aplicados como rotina no ambiente, com a
participação de todos, da chefia até ao funcionário do setor operacional. Além do
mais, neste último senso também podem ser utilizados treinamentos e cursos que
expliquem a importância de se manter a empresa no padrão 5S.
Como é possível observar, a elaboração de programas de saúde, segurança
e higiene do trabalho visam em primeiro plano, a saúde e a segurança do
trabalhador. Em segundo plano, esses programas servem de estímulo para que as
empresas sejam conhecidas no mercado de trabalho como exemplo de zelo e
competência, principalmente no que tange às doenças e aos acidentes de trabalho.
Esse fator faz com que o nome da empresa reflita seriedade, tornando-a
conhecida pela sua forma virtuosa de gerência, não somente com relação aos
produtos nos quais ela é responsável por produzir, como também na adequação do
local de acordo com normas conhecidas internacionalmente, tendo como principal
objeto o cidadão trabalhador.
FIM DO MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AN02FREV001/REV 4.0
98
BIBLIOTECA VIRTUAL DE DIREITOS HUMANOS. Universidade de São Paulo.
Constituição da Organização Mundial da Saúde. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-
Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-
omswho.html>. Acesso em: 19 set. 2103.
AN02FREV001/REV 4.0
99
<http://www.ipog.edu.br/uploads/arquivos/0563420bab916ad11f6ac2782bec5bcd.pdf
>. Acesso em: 20 out. 2012.
AN02FREV001/REV 4.0
100
FORTINO, E. O futuro do SESMT: o fisioterapeuta estará lá?. 2011. Disponível em:
<http://www.fisioworkrs.com.br/site/novidade/view/67/o_futuro_do_sesmt_o_fisiotera
peuta_estara_la/>. Acesso em: 22 out. 2013.
GONÇALVES, M. H. B.; WYSE, N. Etica & Trabalho. Rio de Janeiro: SENAC, 1996,
p. 11, 24, 25.
AN02FREV001/REV 4.0
101
MACIEL, R.; ALBUQUERQUE, A.; MELZER, A.; LEÔNIDAS, S. Quem se Beneficia
dos Programas de Ginástica Laboral? Cadernos de Psicologia Social do Trabalho,
v. 8, 2005.
AN02FREV001/REV 4.0
102
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. CIPA e modelos de atas. Disponível
em: <http://portal.mte.gov.br/delegacias/pr/cipa-comissao-interna-de-prevencao-de-
acidentes-nr-5.htm>. Acesso em: 28 set. 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
103
______. Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A38CF493C0138E890073A4B99/PLANS
AT_2012.pdf>. Acesso em: 28 set. 2013.
OLIVEIRA, J.; R.; G.; O. A prática de ginástica laboral, 3. ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 2006.
PLANALTO. Código de Processo Civil, art. 145,146, 424, 429, 431-B. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869compilada.htm>. Acesso em: 24
set. 2013.
______. Consolidação das Leis Trabalhista – CLT: art. 192. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm>. Acesso em: 20 out.
2013.
AN02FREV001/REV 4.0
104
______. Decreto-Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis do
Trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm>. Acesso em 10 out. 2013.
______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, art. 19, 20 e 21. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 9 out. 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
105
PROGRAMA 5S. Disponível em: <http://www.programa5s.com.br/>. Acesso em: 25
out. 2013.
SEGRE, M.; COHEN, C. Bioetica. São Paulo: EdUSP, 2002, v. 2. Coleção Fac.
Med.- USP.
AN02FREV001/REV 4.0
106
TAVEIRA, I. M. R. Uma análise crítica do construto Qualidade de Vida no
Trabalho. 2009, p. 6. Disponível em:
<http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/309.%20um
a%20analise%20critica%20do%20construto%20qualidade%20de%20vida%20no%2
0trabalho.pdf>. Acesso em: 10 out.2013.
WELCH, J. Paixão por vencer: a bíblia do sucesso, 12. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2005, p. 101.
FIM DO CURSO
AN02FREV001/REV 4.0
107