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Zé Doca
2022
JAIRO COSTA BARROS E MARCIO CARNEIRO DO NASCIMENTO
Zé Doca
2022
FICHA CATALOGRAFICA
https://forms.gle/XiRAajMoft1xvw8n6
O PRAZO DE RECEBIMENTO DE 05 DIAS UTEIS.
JAIRO COSTA BARROS E MARCIO CARNEIRO DO NASCIMENTO
Aprovada em ___/___/______
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Dra. Daniely Verônica Viana Cardoso
Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
_____________________________________________
1º Examinador
______________________________________________
2º Examinador
RESUMO
A mandioca é uma das culturas mais produzida pelos agricultores do município de Governador Nunes
Freire – MA, por possuir uma facilidade de produção durante todo ano. Desta matéria-prima, existem
vários produtos oriundos de seu processamento, tais como: farinha seca, fécula e farinha d’água ou
amarela. O aumento da demanda do consumo de farinha e demais produtos fez crescer também a
quantidade de casas de farinhas. Nela o processo acontece artesanalmente e os conhecimentos são
passados de geração em geração. Por ser uma prática muito antiga e comum, especialmente nas
cidades do Maranhão, não é observado fiscalização a respeito da qualidade das farinhas produzidas e
comercializadas nesses locais. Diante disto, o presente trabalho tem por objetivo aplicar as boas
práticas de fabricação – BPF, na comunidade agrícola Portão do município de Governador Nunes
Freire – MA. A implantação do projeto, se deu em duas etapas; a primeira foi a reunião, com
questionário sobre o conhecimento da equipe acerca das BPF; na segunda etapa ocorreu o treinamento
e alinhamento de toda a equipe para seguir as orientações repassadas dentro do fluxograma de
produção da farinha de mandioca. Com isso, espera-se dos manipuladores e produtores de farinha de
mandioca do povoado Portão, novas posturas e hábitos saudáveis de higiene antes, durante e após a
produção pela aplicação da ferramenta das Boas Práticas de Fabricação – BPF, garantindo produtos de
melhor qualidade.
The Cassava is one of the crops most produced by local farmers in the municipality of Governador
Nunes Freire - MA, as it has a production facility throughout the year. From this raw material, there
are several by-products from its processing, namely cassava flour. Faced with the growing production
of local manioc flour, small agro-industries were installed. The present work aims to apply good
manufacturing practices - GMP, in the agricultural community gate of the municipality of Governor
Nunes Freire - MA. The implementation of the project took place in two stages; the first was the
meeting, with a questionnaire about the team's knowledge about GMP; in the second stage, training
and alignment of the entire team took place to follow the guidelines passed on within the cassava flour
production flowchart. With this, it is expected from the handlers and producers of cassava flour in the
village of Portão, new postures and healthy hygiene habits before, during and after production by
applying the tool of Good Manufacturing Practices - GMP, ensuring better quality products.
1. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 8
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 9
2.1. Geral ............................................................................................................................. 9
2.2. Específicos ................................................................................................................... 9
3. REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 10
3.1. Aspectos gerais da mandioca (Manihot Esculenta Crantz) ....................................... 10
3.2. Cultivo e produtividade da mandioca ........................................................................ 12
3.2.1. Solo ..................................................................................................................... 14
3.2.2. Cultivo ................................................................................................................ 14
3.2.3. Plantio ................................................................................................................. 15
3.2.4. Processamento no campo.................................................................................... 16
3.2.5. Produção de farinha ............................................................................................ 18
3.2.6. Comercialização ................................................................................................. 18
4. METODOLOGIA ........................................................................................................... 20
5. PROPOSTA TECNOLÓGICA...................................................................................... 23
6. CRONOGRAMA ............................................................................................................ 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 25
APÊNDICES ........................................................................................................................... 30
8
1. JUSTIFICATIVA
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
2.2. Específicos
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Nativa das Américas, a mandioca (Manihot Esculenta Crantz) se caracteriza por ser
um alimento brasileiro de relevante importância tanto na cultura, quanto na alimentação
(EMBRAPA, 2018). A raiz está na produção de 1,7 milhão de hectares em todo o território
brasileiro, juntamente com as culturas do milho, arroz e cana de açúcar, se constituindo
também como uma das principais fontes de alimentos para cerca de 1 bilhão de pessoas em
todo o mundo que a utilizam na alimentação (EMBRAPA, 2018).
Cultivada a mais de 5000 anos pelos povos da América Tropical, a raiz da mandioca
possui um alto teor de amido. Levada para o continente Africano, chegando a África Oriental
e Ásia através dos negociantes portugueses, a mandioca se espalhou pelo mundo. De origem
do Brasil, da região amazônica fronteira com a Venezuela, seu cultivo era limitado aos
pequenos agricultores, em áreas reduzidas e com baixa produtividade (EMBRAPA, 2018).
Conforme Inoue (2019), a mandioca apresenta característica de fácil cultivo, com
baixos custos de produção, e de enorme adaptação às mais variadas condições de clima e solo
e tolerância ao estresse ambiental e ao ataque de insetos, o que torna um alimento básico para
milhões de pessoas, principalmente nos países da América Latina e África. A mandioca está
presente em todas as regiões do país, situando-se entre os seis primeiros produtos agrícolas do
país, em termos de área cultivada, sendo a terceira cultura no ranking de produção (IBGE,
2020).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE no ano de 2020 destaca a
produção de Mandioca equivalente 18.205.120 toneladas, sendo que a região Norte do país
representa o maior produtor com uma quantidade de 34,29% da produção nacional, o Sul
ficou em 2º lugar no ranking com 25,26%, o Nordeste com uma produção de 20,23%, o
Sudeste com a produção de 12,64% e não menos importante o Centro Oeste do país
com7,58% sendo que se comparada a produção de 2019 houve um aumento de 1,03% (IBGE,
2020).
De acordo com RÓS et al. (2017), são inúmeras as estratégias para conhecer e
compreender as relações entre o comportamento da planta e determinadas condições
ambientais, como temperatura e umidade, sendo que o conhecimento das características de
crescimento contribui para o estabelecimento de critérios técnicos para a definição do
11
farinha, amido e glicose. Por outro lado, as espécies de raízes que apresentam menos de 100
ppm de HCN ainda in natura, são conhecidas como mandiocas de mesa, mansas, macaxeira e
aipim. Podem ser processados normalmente e consumidos in natura cozidos, fritos (FIALHO,
2013).
Concentrações de ácido cianídrico nas raízes varia de acordo com a variedade,
podendo ser encontrados valores entre 22 e 1.000 mg kg-1 de polpa fresca (Piva, 1987; Borges
et al., 2002). Assim Bolhuis (1954), sugere classificar raízes de variedades de mandioca, com
base na quantidade de ácido cianídrico, Manihot mansa - quando apresenta menos de 50 mg
de HCN por kg de polpa fresca; intermediária - de 50 a 100 mg de HCN por kg de polpa
fresca e Manihot brava – apresenta acima de 100 mg de HCN por kg de polpa fresca.
Variedades de Manihot mansa classificam-se com uma tolerância de apresentarem até
100 mg de HCN por kg de polpa de raiz fresca. Concentrações acima de 100 mg de HCN por
kg de polpa de raiz fresca são classificadas bravas, impróprias para o consumo in natura,
sendo indicadas para a indústria, onde durante o processamento sua toxicidade é bastante
reduzida pela ação do calor (EMBRAPA, 2014).
Absorvido por ingestão ou inalação, o ácido cianídrico ou cianeto (HCN), agente
tóxico da mandioca, representa grave perigo à saúde, levando em alguns casos extremos ao
envenenamento. Existem muitas doenças associadas ao excesso do ácido cianídrico dentre
elas o hipertireoidismo, a neuropatia atóxica tropical, uma desordem neurológica, e o konzo,
uma paralisia rápida e permanente. Para redução do teor de ácido cianídrico nos produtos
derivados da mandioca a níveis seguros, deve-se empregar as práticas de processamento
adequadas (EMBRAPA, 2014).
3.2.1. Solo
De acordo com PINHEIRO (2019), os solos que resultam em maior produção de raízes
são os solos arenosos e soltos, pois facilitam o engrossamento das raízes, contribuem para
melhor drenagem e facilidade de colheita.
No entanto, solos degradados por exemplo, provenientes de manejo retrógados como a
derruba e queima tornam os solos pobres em nutriente e no máximo duram de 1 a 2 anos de
plantio no mesmo local e só podendo ser útil por entre outras técnicas a calagem e adubação
química que podem devolver rendimentos satisfatórios (FIALHO, 2013).
Solos cultivados com mandioca estão sujeitos a acentuadas perdas por erosão, devido
a características intrínsecas da planta, ou seja, crescimento inicial lento, que permite o solo
desprotegido por mais tempo que outras culturas. Além disso, as condições de colheita que
revolvem bastante o solo favorecem sua degradação. Com relação à acidez, os solos com pH
de 5,5 a 6,5, são favoráveis ao seu cultivo. Um bom teor de matéria orgânica influi
positivamente na produção. Aumentos consideráveis de produção são conseguidos por meio
da calagem e adubação das terras de baixa fertilidade (MATTOS; CARDOSO, 2003).
Nos lugares onde querem plantar, cortam primeiramente as árvores, e deixam-nas
secar de um a três meses, queimam–nas, e então é que plantam, entre os troncos as raízes
(FIALHO, 2013). Nas plantações de maior investimento, devem- se coletar amostras do solo e
fazer as devidas correções (FIALHO, 2013). No caso de solos ácidos, é recomendada a
calagem, adição de calcário, a ser incorporado com a maior antecedência possível em relação
ao plantio (PINHEIRO, 2019).
As pesquisas têm indicado vantagens em relação ao sistema tradicional devido à maior
preservação da camada orgânica superficial: à manutenção da estrutura adequada do solo; à
menor perda de solo por erosão; ao aumento da infiltração e redução do escorrimento
superficial da água de chuva; à menor compactação do solo; e à redução dos custos
operacionais, graças à redução do número de operação e cultivo (PINHEIRO, 2019).
3.2.2. Cultivo
relatos dos viajantes que aqui estiveram entre os séculos XVI e XIX (FOLEGATTI et al.,
2005).
A mandioca se destaca diferentemente de outras culturas, característica como boa
resistência à seca se desenvolve melhor em solos mais arenosos, possibilitando seu cultivo em
regiões onde outras culturas alimentares não conseguem se estabelecer; possui também alta
adaptabilidade em solos de baixa fertilidade (BORGES, 2016).
Essa cultura tem como principal produto suas raízes, necessita de solos profundos e
friáveis (soltos), sendo ideais os solos arenosos ou de textura média. Os solos argilosos não
são ideais para a planta mandioca, pois são mais compactos, dificultam o crescimento das
raízes e apresentam maior risco de encharcamento, de apodrecimento das raízes e dificuldade
na colheita, principalmente se ela coincide com a época seca (PINHEIRO, 2019).
Na região Nordeste, práticas rudimentares ocorrem em função do pouco conhecimento
dos agricultores, da exploração de cultivares pouco produtivas; do grande número de locais de
beneficiamento de pequeno porte, que apresentam baixo rendimento; da falta de produção
organizada em moldes comerciais; do grande número de minifúndios; e da competição com
outras culturas mais rentáveis, sobretudo nas áreas mais próximas ao litoral (CEREDA,
2009).
3.2.3. Plantio
comprimento, observe se o material está sadio. Um bom método para saber se as manivas
estão com umidade adequada, basta picá-las com uma ferramenta cortante (faca ou facão) e
verifique então se o leite (látex) sai rápido e se o miolo (medula) está úmido. Para ter boas
manivas para os novos plantios, reserve parte da melhor área do mandiocal (FIALHO, 2013).
Prolifera-se em terreno seco, adusto e arenoso, e tal é sua natureza que se torna
necessária plantá-la somente durante o verão, quando mais se beneficia do efeito solar
(PINHEIRO, 2019). A época do plantio adequado é importante para a produção com a
brotação e o enraizamento. A falta de umidade durante os primeiros meses causa perdas na
brotação e na produção, enquanto o excesso, em solos mal drenados, favorece a podridão de
raízes (PINHEIRO, 2019).
Com o excesso de umidade no solo, o plantio pode ser realizado após o início das
chuvas. Nos cultivos industriais, é necessário combinar as épocas de plantio com os ciclos das
cultivares e com as épocas da colheita, visando a garantir um fornecimento contínuo de
matéria-prima para o processamento industrial (CEREDA, 2009).
podem influenciar esse período, tais como: variedade, clima, região, tipos de uso e tratos
culturais (ALBUQUERQUE et al., 2008).
A seleção no campo remove as sujidades, os contaminados e os defeituosos que podem
contaminar a água de lavagem, portanto é importante a realização da lavagem em tanque para
retirada da terra ou outros materiais estranhos (CEREDA, 2009).
a) Transporte
Transporte rapidamente o produto para a unidade de processamento, em horários de
temperatura amena (PINHEIRO, 2019) Utilizar veículos limpos, bem ventilados de
preferência com cobertura. Se o transporte for realizado por longas distâncias, usar veículos
refrigerados: evitar vibrações, batimentos, choques ou cargas de grandes volumes do produto
para não causar amassamento do produto, preferencialmente, utilizam embalagem em caixa
ou caixotes de plástico.
Todas as raízes devem ser amontoadas em um local acessível depois de arrancadas
para que possa facilitar o apanhado pelo caminhão transportador, não devendo permanecer em
campo por mais de 24 horas, evitando a deterioração pelo excesso de calor ou chuva, além do
risco de contaminação por bactérias. Deve-se transportar as raízes em caixas e recipientes de
maneira adequada até o local de beneficiamento. No Centro Sul do Brasil a utilização de
bolsões de lona conhecidos por "big bag", se transporta até 800 kg com ajuda do trator e
caminhão para grandes carregamentos de raízes. Conforme a foto 01, o operário desata o nó
dos bolsões e as raízes caem na carroceria do caminhão (EMBRAPA, 2014).
b) Escurecimento enzimático
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É por meio da mandioca que se produz farinha e seus diversos derivados, como a
fécula de mandioca (PINHEIRO, 2019). A produção de farinha consiste inicialmente na
colheita das raízes no período apropriado de engrossamento ideal das raízes, que são de 12 a
18 meses, depende do tipo de cultivar e da demanda do mercado. Após a colheita, as raízes
são lavadas, descascadas, trituradas, obtendo aqui uma massa que em seguida será secada,
peneirada e por fim torrada (PINHEIRO, 2019).
Cascudo (1983), faz menção do uso da farinha pelos portugueses que não tinham
roça, e pessoas que a utilizavam no sustento de seus criados e escravos dentro dos engenhos
era o alimento em tempo de necessidade. No período colonial, existiam outras denominações
comuns atribuídas à farinha, a saber:
Ao longo do período colonial, outras denominações da farinha eram comuns, tais como:
• Trazida por barco assim era conhecida a “Farinha de Barco”, era depreciada no
mercado porque ficava com cheiro da maresia;
• Exposta à venda em situações de calamidade pública e cuja chegada era anunciada por
um foguete, essa conhecida a “Farinha de Foguete”;
• Considerada de má qualidade, era servida no rancho dos quartéis e reservada às tropas
em mobilização o nome dado a “Farinha de Guerra”;
• Denominação dada “Farinha de Pau” pelos portugueses por analogia com a raiz da
mandioca.
Os tipos de farinha, processados atualmente são: Farinha D’Água (fermentada ou
maceração), Farinha Seca (ralada in natura) e Farinha Mista (composição de parte de massa
fermentada e parte ralada). Cada um desses tipos é apresentado nas formas fina e grossa e
classificado pela cor branca, amarela e intermediária (EMBRAPA, 2014).
3.2.6. Comercialização
19
4. METODOLOGIA
Para recepção das raízes segue uma limpeza com água para retiradas das sujidades
mais tenras e depois realiza-se a remoção das demais impurezas com detergente e água. Após
a retirada do detergente solicitou-se o uso de uma concentração de 3ppm de hipoclorito de
sódio para higienização das raízes, seguindo para a etapa de descasque;
Nesta etapa do descasque se solicitou o uso de luvas de aço higienizadas para evitar
cotes, nesta fase como o contato do manipulador é diretamente com a matéria prima deve-se
ter bastante cuidado com a limpeza das mãos, principalmente após o uso do banheiro. Como
forma de comprovação se as orientações foram seguidas se sugeriu o teste de pró-eficiência
com a coleta de amostragens no período trimestral com Swabs para análise microbiológica.
Como é muito oneroso seguiu para próxima etapa;
O molho é uma etapa em que só é realizada quando se faz a farinha d’agua, pois deixa-
se a mandioca submersa por 24 horas. Após esse tempo a mandioca estará pronta para ser
tritura, nesta fase o cuidado estará redobrado com a água de imersão e com os tangues de
molho para evitar que eles não contaminem a massa de forma direta se com agentes, químicos
e físicos.
A trituração ou etapa de ralar a mandioca, o cuidado nesta fase também é com
contaminação direta pois ao passar pelo caititu a mandioca pode receber cheiro ou gosto de
diesel devido seu contado com máquina que muitas vezes possui o motor muito próximo à
saída da massa e com isso pode cair resíduos de óleos na superfície onde a massa irá ser
recebida. Além da contaminação física por fuligem do motor e microbiológica por sujidades
das superfícies da máquina e mãos. Foram colocadas as placas de sinalização e advertência
para evitar que as pessoas esqueçam dos alinhamentos;
Prensagem é uma etapa como todas demais que precisa de atenção pois a massa passa
em contato direto com as superfícies de metal e em alguns casos ainda utilizam a madeira
para suprimir as partes onde a massa está acondicionada, aqui foi repassado aos
manipuladores que devem cuidar de realizar a limpeza das chapas placas de madeira e ou
metal com a solução de hipoclorito de sódio a 100ppm.
Peneira da massa os crivos e os recipientes devem ser higienizados seguindo o mesmo
método dos demais equipamentos com o uso de sabão líquido e esponja para remoção dos
resíduos de massa e depois imersos em uma solução de hipoclorito de sódio a 100ppm.
Branqueamento da massa de mandioca, nesta etapa deverá se seguir com atenção para
limpeza do forno, pás mecanizadas e rodos, utilizando sabão líquido, esponja e uma solução
de hipoclorito de sódio a 100ppm;
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FLUXOGRAMA
5. PROPOSTA TECNOLÓGICA
Na reunião (1ª fase), observou-se a falta de conhecimento por parte dos produtores
e manipuladores da farinha de mandioca, acerca do sistema de Boas Práticas de Fabricação –
BPF’s, e muitos pontos de melhoria a se realizar dentro da agroindústria, tendo como
resultados obtidos ao se realizar a 1ª fase foram os seguintes:
De 16 dos 22 entrevistados, em que se utilizou a ficha padrão de “Levantamento
Informativo de Qualidade”, no apêndice deste trabalho, responderam que nunca ouviram
falar sobre as Boas Práticas de Fabricação - BPF’s; 04 dos 22 entrevistados ouviram falar,
porém não sabem o que é; 02 dos 22 entrevistados ouviram falar e sabem o que significa.
Diante das evidências de 72,73% dos entrevistados desconhecerem a importância
das ferramentas BPF, e tampouco se quer terem ouvido falar do assunto, percebe-se a
importância de realização de um treinamento e sensibilização dos produtores e manipuladores
daquela localidade, na incumbência de mostrar o papel fundamental das Boas Práticas e
Fabricação na agroindústria.
Pelos resultados obtidos, se deu continuidade à 2ª fase. Nesta, houve a realização
da implantação das Boas Práticas de Fabricação – BPF’s, após o treinamento de todos os
envolvidos pela produção dentro da agroindústria. Assim foram distribuídas placas
informativas, realizada a dosagem da formulação do hipoclorito de sódio a 100ppm e as
orientações para cada etapa do fluxograma sobre a limpeza adequada dos equipamentos e
utensílios a serem utilizados na produção, deixando claro sobre a importância da aplicação
correta das Boas Práticas de Fabricação – BPF em toda a linha de produção, seu transporte até
o comercio local e destino ao consumidor.
Houve resistência no primeiro momento, porém realizadas as orientações e muita
sensibilização acerca do assunto foram aceitas as sugestões e se comprou a ideia de forma
bastante significativa. Por duas semanas foram observadas as rotinas e se percebeu que a falta
de um profissional mais presente e mais fiscalização por parte dos mesmos as medidas se
perderam ao realizar a verificação dos relatórios. Como alternativa para a problemática foi
sugerida a apresentação dos relatórios ao responsável todos os finais de produção, para que se
pudesse acompanhar mais criteriosamente.
Muitos alinhamentos puderam ser seguidos, porém ainda há muito a se fazer para
que se possa alcançar o nível de satisfação dentro da agroindústria local, porém tudo está
atrelado a desconstrução de velhas culturas e construção de novas culturas.
24
6. CRONOGRAMA
Meses
Atividades Abr. Maio Jun. Jul. Ago.
Levantamento bibliográfico (artigos,
monografias, teses, dissertações, X
livros, etc)
Elaboração do Projeto de X X
Intervenção
Pesquisa de campo, diagnóstico da X X
organização.
Aplicação do instrumento de coleta X X
de dados
Análise dos Dados X X
Entrega do projeto de intervenção X
Elaboração da proposta tecnológica X
Apresentação da proposta X
tecnológica para banca examinadora
25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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29
APÊNDICES