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Escola Superior Técnica

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Departamento de Ciências Agro-Pecuárias

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Agro-Pecuária


(Revisto)

Maputo
2012

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UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA
Escola Superior Técnica (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-Pecuárias
Escola Superior Técnica
Departamento de Ciências Agro-Pecuárias

Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Agro-Pecuária com Habilitação em


Formação de formadores
Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Agro-pecuária

Plano Curricular elaborado pelos docentes do Departamento


de Ciências Agropecuárias da Universidade Pedagógica

Maputo
2012

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ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
2. VISÃO E MISSÃO DA UP ...................................................................................................... 4
3. DESIGNAÇÃO DA LICENCIATURA .................................................................................. 4
4. OBJECTIVOS ........................................................................................................................... 4
5. REQUISITOS DE ACESSO .................................................................................................... 5
6. PERFIL PROFISSIONAL ....................................................................................................... 5
7. PERFIL DO GRADUADO ...................................................................................................... 6
8. DURAÇÃO DO CURSO .......................................................................................................... 8
9. COMPONENTES DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO ......................................................... 8
9.1.COMPONENTE DE FORMAÇÃO DA ÁREA DE PSICOLOGIA E CIÊNCIAS DE
EDUCAÇÃO PARA O MINOR EM ENSINO DE AGRO-PECUÁRIA ................................ 9
9.2. COMPONENTE DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA .............................................................. 9
9.4.COMPONENTE PRÁTICA .................................................................................................. 12
10. ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DO CURSO (MAJOR E MINOR)................................... 12
11. MATRIZ DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO ...................................... 13
12. PLANO DE ESTUDOS ........................................................................................................ 20
13. TABELA DE PRECEDÊNCIAS ........................................................................................... 27
14. TABELA DE EQUIVALÊNCIAS ....................................................................................... 27
15. PLANO DE TRANSIÇÃO ................................................................................................... 27
16. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ............................................................................... 28
17. FORMAS DE CULMINAÇÃO ........................................................................................... 28
18. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS EXISTENTES .................................................... 28
19. CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO EXISTENTE......................... 32
20. ANÁLISE DE NECESSIDADES ........................................................................................ 37
21. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 37
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 38
23. PROGRAMAS TEMÁTICOS ............................................................................................. 39

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LISTA DE ABREVIATURAS

CIUP - Centro de Informática da Universidade Pedagógica

ESTEC - Escola Superior Técnica

FCNM - Faculdade de Ciências Naturais e Matemática

FCP - Faculdade de Ciências Pedagógicas

IMAP - Instituto Magistério Primário

IAB - Instituto Agrário de Boane

PEA - Processo de Ensino Aprendizagem

SNE - Sistema Nacional de Educação

UP - Universidade Pedagógica

UTL - Unidade Técnica de Licitação

LAP - Licenciatura em Agro-pecuária

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1.INTRODUÇÃO

O sector agro-pecuário em Moçambique encontra-se hoje numa fase de crescimento e


transformação que se opera num contexto de transição de uma economia centralizada para
uma economia do mercado. O papel do Estado no desenvolvimento económico está a ser
alterado e orientando-se para a esfera reguladora de políticas e estratégias de desenvolvimento
sustentável, (CARVALHO, 1969).

Hoje, tanto o sector público como o privado, procuram formar técnicos em Agro-pecuária
preparados para enfrentar, agir e inovar o sector agrário em Moçambique promovendo o
desenvolvimento sócio-económico nas zonas rurais.

O sector agro-pecuário, no contexto de sustentabilidade, visa promover a segurança alimentar,


desenvolvimento económico sustentável e redução dos níveis de pobreza.Assim sendo, a
agricultura e a pecuária concorrem para resolver estes problemas, promovendo o aumento dos
níveis de comercialização de produtos de exportação, tornando o sector empresarial
participativo no desenvolvimento agro-pecuário, bem como a integração de agricultura de
subsistência numa agricultura comercial.

A sustentabilidade de um sistema de produção Agro-pecuária sugere as seguintes perspectivas:


 Abastecimento e segurança na produção que inicia com auto-suficiência na
produção de alimentos como a chave da estabilidade política e económica;
 Equidade social que implica a segurança alimentar inter-geracional incluindo a
distribuição equitativa dos alimentos;
 Um maior potencial biológico e genético das espécies animal e vegetal.

Neste contexto, o curso de Agro-pecuária pretende formar técnicos com competências


orientadas para a actividade prática, contribuindo grandemente para o desenvolvimento. Assim
como a redução da vulnerabilidade e da pobreza absoluta no país, através da aplicação de
novas técnicas de produção Agro-pecuária e conservação dos recursos disponíveis. Deste
modo, a Universidade Pedagógica, estará a responder à demanda em técnicos no âmbito da
implementação do novo curriculo em vigor no Ministério da Educação onde se introduziu
disciplinas profissionalizantes que incluem Agro – pecuária e não só como também a
formação de técnicos em extensão rural.

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Assim, a aprendizagem de Agro-pecuária visa:
 Desenvolver nos graduados atitudes habilidades e aptidão em relação ao trabalho,
concepção de pequenos projectos de produção, contribuindo desse modo para a
resolução de problemas de segurança alimentar da família e da comunidade;
 Contribuir para a aplicação de novas técnicas de produção, como forma de aumentar a
produtividade, melhorando a dieta e garantindo a segurança alimentar.
 Transmitir o conhecimento a nível das escolas e Institutos.

A metodologia usada para a elaboração deste Plano Curricular foi participativa, consulta ás
outras Universidades parceiras tal como a Eduardo Mondlane em Maputo, Humboldt na
Alemanha-Berlin, Instituto Superior Dom Bosco em Maputo, Instituto Agrário de Boane(IAB)
fazendo-se primeiro o diagnóstico das necessidades do mercado, tendo-se identificado a
necessidade de introdução do curso.
Em seguida, passou-se à fase de elaboração do currículo, onde contou-se com a participação
de todos os docentes incluindo os das Delegações, assim como foram colhidos subsídios na
Universidade Federal de Goáias – Brasil, onde deslocou-se uma equipa de docentes do
Departamento com o objectivo de trocar experiências na leccionação de curso técnico de
Agro-pecuária.

Posteriormente, foram socializadas as propostas curriculares num Seminário Nacional com


todos os docentes do Departamento, incluindo os das Delegações e especialistas da área a fim
de tecer considerações para a sua melhoria.

A presente proposta de plano curricular do curso de Licenciatura em Agro-pecuária (LAP),


surge na vertente de formar técnicos capazes de responder as necessidades actuais do mercado
de trabalho na área de extensão rural, auto-sustento do graduado dotado de competências
profissionais básicas e professores para leccionar a disciplina de Agro-pecuária no ensino
Secundário Geral, Institutos médios Agrários.

1.1.Fundamentação
No ano académico de 2010, a UP introduziu um novo currículo, cujo ciclo de vigência
curricular terminou em 2013. O processo de monitoria e supervisão pedagógica permitiu que
várias situações relativas à estrutura do currículo fossem identificadas e proposta a sua revisão.
Ao longo do ciclo de vigência deste currículo, e em ordem a evitar que as faculdades
procedessem a revisões pontuais, individualizadas e desarticuladas, estas foram instruídas para

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que arrolassem e tomassem nota das constatações de modo a serem harmonizadas no âmbito
da revisão curricular a efectivar-se no final do ciclo.
Foram vários os aspectos que ao longo da vigência deste currículo mereceram registo nos
diferentes cursos que a UP oferece, tal como permitiram constatar os resultados da avaliação
do currículo, realizada pela Direcção Pedagógica envolvendo os Directores Adjuntos
Pedagógicos, Directores de Curso, Docentes e Estudantes de todas as faculdades/Escolas e
Delegações, e que abrangeu todos os cursos da UP.
A presente revisão curricular fundamenta-se essencialmente, na necessidade de actualização
do curriculo, atendendo aos reajustes decorrentes dos aspectos gerais e específicos atinentes a
cada curso identificados, tanto durante o processo de implementação, quanto o da avaliação do
currículo.

1.1. Alterações feitas no currículo


O currículo sofreu as seguintes alterações:
 Foram ajustados as cargas horárias e os créditos académicos das disiplinas do curso;

 Mudança da ordem das cadeiras, onde o empreendedorismo passa para o major de


Agro-pecuária;
 A cadeira de Inglês , passa a designar-se Inglês técnico e a de Hidrologia; Hidrologia
Agrícola;
 Reajuste de algumas cadeiras anuais para semestrais;
 A junção das didácticas de Agro-pecuária (I, II e III), para uma só, acoplando os
conteúdos a leccionar e designado apenas Didáctica de Agro-pecuária;
 Retirada da cadeira de Fundamentos de pedagogia no minor em ensino e acoplar os
conteúdos na cadeira de pedagogia por alternância;
 Antropologia cultural que passa para tema transversal;
Foram também revistos os planos temáticos de todas as disciplinas do curso de acordo com as
modificações feitas, em termos de conteúdos e do semestre onde se encontra a cadeira.

1.2. Aspectos de uniformização


Alinhamento das disciplinas dos cursos minors de tal modo que passam a decorrer em paralelo
com os respectivos cursos majors.

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1.4. Aspectos a considerar durante a próxima revisão/reforma curricular
a) A revisão curricular devia abrangir também os colegas das Delegações;
b) Redução das cadeiras gerais cativas previlegiando as cadeiras de especialidade;
c) Aumento do número de créditos e horas na cadeira das práticas profissionalizantes;
d) Criação de orçamento da revisão curricular, que pudesse responder por aspectos
inerentes a revisão/reforma curricular.

2. VISÃO E MISSÃO DA UP

A visão da UP é tornar-se centro de excelência na área de educação e formacão de professores


e de outros técnicos. A missão da UP encontra-se definida nos artigos 1, 2 daLei número 6/92,
de 6 de Maio, (Estatutos da UP aprovados em 25 de Abril de 1995).
A UP actua de acordo com os seguintes princípios:
1. Democracia e respeito pelos direitos humanos;
2. Igualdade e não discriminação;
3. Valorização das ideias da pátria, ciência e humanidade;
4. Liberdade de criação cultural artística, cientifica e tecnológica; e
5. Participação no desenvolvimento económico, científico ,social e cultura do país, da
região e do mundo.

3. DESIGNAÇÃO DA LICENCIATURA
A designação do curso é:
Licenciatura em Agro-pecuária. O curso oferece também habilitações em Extensão Rural e
Ensino de Agro-pecuária.

4. OBJECTIVOS

4.1. Objectivo geral


 Formar quadros superiores capazes de enfrentar os desafios no mercado de trabalho
nas áreas de Agro-pecuária e educação.

4.2. Objectivos específicos


 Garantir, durante o processo de formação, a criação de competências técnico-
científicas para resolver problemas e implementar soluções criativas e sustentáveis;

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 Responder às necessidades actuais do mercado de trabalho contribuindo para o
desenvolvimento sustentável do ramo Agro-pecuário em Moçambique.
 Desenvolver habilidades e capacidades profissionais na área de Agro-pecuária e
Pedagógicas, aplicando conhecimentos adquiridos na comunidade e na escola;
 Melhorar a rentabilidade da produção e estimar os custos de empreendimentos a longo
prazo.

5. REQUISITOS DE ACESSO

O acesso a frequência do curso de Licenciatura em Agro-pecuária será de acordo com a


legislação em vigor na República de Moçambique, designadamente a lei n°5/2003 do Ensino
Superior no seu artigo 4. Assim sendo poderão frenquentar o curso de LAP:

 Os graduados do Ensino Secundário Geral que tenham cuncluído a 12ª classe do


Sistema Nacional de Educação (SNE);

 Os graduados com habilitações equivalentes a 12ª classe do SNE para efeitos de


continuação de estudos.

A admissão ao curso de LAP baseia-se no preconizado no Regulameneto Académico da UP.

6. PERFIL PROFISSIONAL

A Licenciatura em Agro-pecuária visa proporcionar aos estudantes uma formação teórica de


base, bem como conhecimentos práticos que permitam ao graduado conhecer as áreas
científicas que se relacionam.
As principais tarefas ocupacionais do Licenciado em Agro-Pecuária com Habilitações em
Extensão Rural ou ensino em Agro-pecuária são:

 Trabalhar com a comunidade em diferentes áreas de agricultura e pecuária;


 Organizar actividades para a melhoria do sector de segurança alimentar e extensão
rural;
 Intervir nas comunidades dando apoio na gestão, rentabilidade e garantindo a
qualidade dos produtos produzidos;
 Promover cursos de curta duração de Agro-pecuária, aplicando novas tecnologias e
implementar métodos alternativos de manipulação de produtos a baixo custo,
valorizando deste modo o conhecimento tradicional e local;
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 Elaborar e implementar projectos de Agro-pecuária nas comunidades;
 Participar em projectos de investigação multi e interdiciplinar nas áreas de Agro-
pecuária.

SECTORES DE TRABALHO DO GRADUADO

Os sectores de trabalho do Licenciado em Agro-pecuária com Habilitações em Extensão Rural


ou ensino de Agro-pecuário são:
 Empresas e indústrias vocacionadas a Agro-pecuária;
 Instituições Públicas ligadas á área de Agro-pecuária e educação;
 Associações do fomento de Agro-pecuária, governamentais e não governamentais;
 Centros de Investigação Agrária;

7. PERFIL DO GRADUADO

7.1. Competências gerais

 Interelaciona as zonas agro-climáticas e as culturas a explorar na comunidade;


 Explica as técnicas de produção de plantas e animais na escola e na comunidade;
 Elabora e organiza projectos de produção Agro-pecuária individual e colectivamente;
 Promove cursos de formação aos agricultores, criadores, apicultores e pescadores etc.;
 Interage com as comunidades valorizando as suas experiências.

Saber conhecer:
 Dominar conceitos fundamentais da aréa científica da Agricultura e pecuária, bem
como os métodos de trabalhos adequados;
 Estruturar o raciocínio de uma forma lógica e coerente;
 Conhecer teorias da área da Agricultura e pecuária.

Saber fazer:
 Organizar actividades no sector de Agro-pecuária;

 Intervir nas comunidades em função da época de cultivo;

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 Promover cursos de curta duração de Agro-pecuária, e novas tecnologias de produção;

 Capacitar as comunidades sobre as técnicas de produção Agrária e pecuária;

 Elaborar e organiza projectos de Agro-pecuária quer individualmente, ou em associações de


produtores;

 Interagir com os camponeses fazendo a extensão rural, no processo de formação em Agro-


pecuária e valorizar com muita responsabilidade as experiências das comunidades;

 Criar e desenvolver iniciativas económicas e de auto- emprego;

 Planificar, executar e analisar projectos de investigação aplicados aos processos Agro-pecuária


numa empresa agro-pecuária;

 Explicar as técnicas de produção vegetal e animal na comunidade;

Saber ser e estar:


 Trabalhar em equipa;

 Respeitar valores culturais e individuais;

 Integrar se em projectos de desenvolvimento comunitário sustentável;

 Reflectir sobre aspectos éticos e deontológicos inerentes á profissão, avaliando os efeitos das
decisões tomadas;

 Gerir conflitos.

7.2. Competências específicas

 Aplica os conhecimentos no campo agrícola para a promoção do bem-estar da


humanidade, do saber fazer e para a apoiar a comunidade rural;
 Desenvolve as habilidades e capacidades profissionais na área Agro-pecuária e
Ciências Pedagógicas;
 Caracteriza os processos tecnológicos de produção e processamento dos produtos de
origem animal e vegetal e identificar espécies, variedades de recursos alimentares, bem
como o seu valor nutritivo;
 Elabora e executa actividades de leccionação- Dosifica, elabora planos de lição para
leccionação na de aulas;
 Orienta actividades extra-curriculares, visitas de estudo, Produção escolar, dissemina o
uso de novas técnicas de produção nas comunidades;

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 Lecciona as disciplinas de Agricultura e Pecuária no Ensino Técnico Profissional
Básico e Médio bem como Agro-pecuária no Ensino Secundário Geral;
 Participa em actividades escolares não lectivas do ensino técnico profissional básico e
médio.
 Supervisiona Práticas Pedagógicas incluindo estágios pedagógicos na escola

8. DURAÇÃO DO CURSO

A Licenciatura tem a duração de 4 anos (8 semestres) correspondentes a 240 créditos,


distribuidos em 180 créditos para o major 60 créditos para minor . Cada semestre tem a
duração de 19 semanas, sendo 16 lectivas e 3 de preparação e realização de exames.

9. COMPONENTES DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO

O modelo de organização curricular do curso de Licenciatura em Agro-pecuária, é igual ao


dos outros cursos de graduação na UP. Os conteúdos que constituirão a formação de
professores e outros técnicos na UP estão organizados em disciplinas e em módulos.
A organização curricular seguirá um sistema integrado em que serão privilegiados três
componentes principais de formação no major e uma quarta componente no caso do minor em
ensino de Agropecuária :

 Componente de formação prática – 7%;


 Componente científico específica (disciplinas específicas) – 83%; e
 Componente geral –10%.

As componentes de formação terão as seguintes características:

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9.1.Componente de formação da área de Psicologia e Ciências de Educação para o Minor
em Ensino de Agro-pecuária

A componente de formação da área de Psicologia e Ciências de Educação integrará


conhecimentos básicos (informações, destrezas/skills, capacidades, competências) em que os
graduados necessitam para realizar as futuras tarefas profissionais. As disciplinas que integram
esta componente estão listadas na tabela 1, abaixo. Sendo que este minor serve apenas para
estudantes do curso de Agropecuária .

Tabela 1: Relação das disciplinas da componente de Psicologia e Ciências de Educação


Disciplina
Didáctica Geral
Estágio Pedagógico
Prática Pedagógica Geral
Psicologia Geral
Psicologia de Aprendizagem
Fundamentos de Pedagogia
Didáctica de Agropecuária
Práticas pedagógicas de Agropecuária

9.2. Componente de Formação Específica

A componente de formação específica será constituída por disciplinas das áreas específicas e
nesta componente de formação, o ensino e a aprendizagem estarão orientados para a aquisição
de conhecimentos sólidos em áreas científicas ligadas à Agropecuária (Tabela 2).

Tabela 2: Relação das disciplinas da componente da Formação Específica


Disciplina
Desenvolvimento Comunitário
Agricultura Geral
Botânica Geral
Anatomia animal
Zoologia Geral

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Práticas Técnico Profissional de Agro-pecuária (I, II, III)
Fisiologia Vegetal
Fisiologia Animal
Ecologia
Bioquímica
Microbiologia e Imunologia
Higiene e Segurança no Trabalho
Mecanização e Equipamentos Agrícolas
Genética Geral e Aplicada
Produção e Tecnologia de Sementes
Avicultura e Cunicultura
Melhoramento das Plantas e Animais
Pragas Agrícolas e Controlo de Infestantes
Pastos e Forragens
Fitopatologia e Fitofarmacologia

Aquacultura e Pescas
Farmacologia e Toxicologia
Parasitologia e Doenças Parasitárias
Higiene e Tecnologia dos Alimentos
Ciência do Solo
Zootecnia dos Ruminantes e Suínos
Hidrologia Agrícola
Saúde e Gestão de Manada
Nutrição Animal
Experimentação Agrária
Economia Agro-pecuária
Trabalho de Culminação do Curso
Extensão Rural e Sociologia Agrária
Bioestatística
Rega e Drenagem

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Agro-meteorologia
Empreendedorismo
Reprodução Animal
Culturas Alimentarese e Industriais
Difusão de Inovações em Zonas Rurais
Estágio Tecnico Profissional
Desenvolvimento Comunitário
Horticultura e Fruticultura

9.3.Componente de Formação Geral

 A componente de formação geral proporciona aos estudantes uma formação para o


exercício de uma cidadania activa e responsável que desenvolverá atitudes e valores
sociais;

 Desenvolve no graduado a consciência da existência de interdependência entre a


evolução científica e as transformações sociais, económicas, históricas e culturais; e

 Garante que o graduado aprenda e use técnicas e instrumentos para a elaboração de um


trabalho científico.

As disciplinas desta componente de formação geral estão apresentadas na tabela 3

Tabela 3: Relação das disciplinas da componente de formação geral


Disciplina
Técnica de Expressão em Língua Portuguesa
Métodos de Estudo e Investigação Científica
Química Geral
Informática Básica

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Temas Transversais: Noções Básicas sobre o HIV – Sida, Educação para Igualdade de
Género; Mudanças Climáticas; Educação Ambiental
Inglês
Antropologia Cultural Moçambicana

9.4.Componente Prática

Todas as disciplinas específicas do curso terão a componente prática e as aulas práticas


decorerrão em paralelo com as aulas teóricas em todas as disciplinas em vigor.

Neste momento do arranque do curso as aulas laboratóriais serão administradas no laboratório


de Biologia na Faculdade de Ciências naturais e Matemática (FCNM) e nos laboratórios das
Instituições parceiras tal é o caso do IAB, Faculdade de Veterinária, Laboratório de
Fitopatologia na Faculdade de Agronomia e na Quarentena no IIAM.

Em relação as práticas do campo serão feitas nos terrenos adquiridos pela ESTEC assim como
das instituições parceiras tal é o caso do terreno adquirido em Marracuene com 4 hectares
para a experimentação agrária e criação de animais, no terreno de Mulauze o qual assinou-se
o acordo com Conselho Municipal de Maputo e do IAB no âmbito da parceria. As excurssões
serão feitas nas provincias onde decorre o curso, nas instituições parceiras, nos Institutos
Agrários e Estações Agronómicas e em Maputo nos distritos de Boane, Magude e Manhiça) e
provincia de Gaza (distritos de Macia, Chokwé e Xai- Xai e Chibuto).

O estágio pedagógico será feito, nas Escolas e nos Institutos como por exemplo a Escola
profissional de Magude, Instituto de Algodão em Montepuez, Empresas dos Citrinos de
Manica, Aquapesca em Quelimane, Projectos de fruticultura em Massinga, centro de
transferência de conhecimentos Samora Machel em Chilembene, Vila de Millenium em
Chokué, fabrica de agroprocessamento de frutas de Namancha.

10. ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO DO CURSO (MAJOR E MINOR)

Os cursos da UP organizam-se segundo o sistema de major e minor, sendo major uma área
científica predominante e minor possibilita a formação complementar. A nova estrutura da UP

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pretende estar em conformidade com as exigências do mercado de trabalho e com a
possibilidade de articulação das carreiras profissionais.
O Major habilita o graduado a trabalhar nos projectos de agro-pecuária e os minors
possibilitam o trabalho como professor e como extencionista, dependendo da opção escolhida.

Agropecuária é a área major e é a parte principal do plano de estudos, correspondente a 180


créditos equivalente a 75% e a parte minor com 60 créditos correspondentes a 25%.

11. MATRIZ DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO

O curso de Licenciatura em Agro-pecuária com habilitação em extensão Rural ou ensino em


Agro-pecuária compreende 8 semestres, onde comporta cadeiras de formação geral, formação
específica e didácticas profissionais conforme mostram as tabelas abaixo.

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Tabela 4: Matriz de organização do curso deLicenciatura em Agro-pecuária - Major- 1º Ano
Código da Disciplina Componente de Área Científica Componentes Total de Horas lectivas
Disciplina Formação créditos
Semestral
Nuclear Complementar Contacto Estudo Total
Método de Estudo e
X
1º SEMESTRE

Investigação Científica CFG Pesquisa 5 48 77 125


Botânica Geral CFEs Biologia X 4 48 52 100
Agrometeorologia CFEs X 4 48 52 100
Agricultura
Agricultura Geral CFEs Agricultura X 6 80 70 150
Zoologia Geral CFEs Pecuária X 6 80 70 150
Anatomia Animal CFEs Pecuária X 6 80 70 150

TOTAL 1º SEMESTRE 31 384 391 775


Técnicas de Expressão em LP X
CFG Línguas 4 48 52 100
TT 1 CFG Tema transversal X 1 15 10 25
Bioquímica CFEs 3
2º SEMESTRE

Biologia X 48 27 75
Ciência do Solo CFEs Agricultura X 6 80 70 150
Fisiologia Animal CFEs Pecuária X 6 80 70 150
Bioestatística CFEs Agro-Pecuária X 6 80 70 150
Práticas Técnico Profissional de 3
X
Agro-pecuária- I CFP Agro-pecuária 48 27 75
TOTAL 2º SEMESTRE 29 399 328 725
TOTAL ANUAL - 1º ANO 60 783 717 1500

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Tabela 5: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agro-pecuária - Major- 2º Ano
Código da Disciplina Componente de Área Científica Componentes Total de Horas lectivas
Disciplina Formação créditos
Semestral
Nuclear Complementar Contacto Estudo Total
Inglês Técnico
CFG Línguas X 4 48 52 100
1º SEMESTRE

Microbiologia e Imunologia
CFEs Biologia X 4 64 36 100
Pastos e Forragens CFEs
Agro-Pecuária X 6 64 86 150
Fisiologia Vegetal CFEs Biologia X 6 64 86 150
Mecanização e Equipamentos CFEs
Agrícolas Agricultura X 6 64 86 150
Prática Técnico-Profissional de CFP
Agro-pecuária-II Agro-pecuária X 3 48 27 75
TOTAL 1º SEMESTRE 29 352 373 725
Antropologia Cultural de
Moçambique CFG Ciências Sociais X 4 48 52 100
TT2 CFG Tema transversal X 1 15 10 25
Higiene e Segurança no
2º SEMESTRE

Trabalho CFEs Agro-pecuária X 3 48 27 75


Genetica Geral e Aplicada CFEs Biologia X 4 48 52 100
Avicultura e Cunicultura CFEs 64
Pecuária X 6 86 150
Culturas Alimentares e CFEs 64
Industriais Agricultura X 6 86 150
Pragas Agrícolas e Controle de CFEs
Infestantantes Agricultura X 7 80 95 175
TOTAL 2º SEMESTRE 31 367 408 775
TOTAL ANUAL - 2º ANO 60 719 781 1500

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Tabela 6: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária MAJOR – MINOR em Extensão Rural- 3º Ano
Código da Disciplina Componente de Área Científica Componentes Total de Horas lectivas
Disciplina Formação créditos
Semestral
Nuclear Complementar Contacto Estudo Total
Informática Básica CFG Informática X 4 48 52 100
TT3 CFG Tema transversal X 1 15 10 25
Reprodução Animal
CFEs Pecuária X 4 48 52 100
Nutrição Animal CFEs Pecuária X 3 48 27 75

Farmacologia e Toxicologia
CFEs Pecuária X 5 48 77 125
Fitopatologia Fitofarmacologia CFEs Agricultura X 6 80 70 150
1º SEMESTRE

Parasitologia e Doenças CFEs X


Parasitárias Pecuária 6 64 86 150
TOTAL 1º SEMESTRE 29 351 374 725
Extensão Rural e Sociologia
Agrária CFEs Extensão X 5 48 77 125
Experimentação Agrária CFEs Agricultura X 5 48 77 125
Produção e Tecnologia de
Sementes CFEs Agricultura X 4 48 52 100
Melhoramento de Plantas e X
Animais CFEs Agro-Pecuária 6 80 70 150
Zootecnia de Ruminantes e X
Suinos CFEs Pecuária 7 64 111 175
Prática Técnico-Profissional de CFP
Agro-pecuária- III Agro-pecuária X 4 48 52 100
TOTAL 2º SEMESTRE 31 336 439 775
TOTAL ANUAL - 3º ANO 60 687 813 1500

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Tabela 7: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária MAJOR - MINOR em Extensão Rural - 4º Ano
Código da Disciplina Componente de Área Científica Componentes Total de Horas lectivas
Disciplina Formação créditos
Semestral

Nuclear Complementar Contacto Estudo Total


Ecologia (Ênfase para a Agro-
CFG Biologia X 4
Pecuária) 48 52 100
1º SEMESTRE

TT4 CFG Tema transversal X 1 15 10 25


Economia Agropecuária CFEs Economia X 5 48 77 125
Hidrologia Agrícola CFEs Agricultura X 6 48 102 150
Difusão de Inovações no Meio CFEs
6 48 102 150
Rural Extensão X
Empreendedorismo CFEs Negócio X 3 48 27 75
Estágio Técnico-profissional CFP Agro-pecuária X 6 48 102 150
TOTAL 1º SEMESTRE 31 303 472 775
Higiene e Tecnologia dos
5 48 77 125
Alimentos CFEs Agro-Pecuária X
Rega e Drenagem CFEs X 5 48 77 125
2º SEMESTRE

Agricultura
Didáctica de Extensão Rural CFEs Extensão X 4 64 36 100
Aquacultura e Pescas CFEs Agro-Pecuária X 4 48 52 100
Saúde e Gestão da Manada CFEs Pecuária X 5 48 77 125
Trabalho de Culminação do CFEs
6 32 118 150
Curso Agro-pecuária X
TOTAL 2º SEMESTRE 29 288 437 725
TOTAL ANUAL - 4º ANO 60 591 909 1500

17
Tabela 8: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária MAJOR – MINOR em Ensino de Agro-pecuária - 3º Ano

Código da Disciplina Componente de Área Científica Componentes Total de Horas lectivas


Disciplina Formação créditos
C
Semestral
o
m
p
l
e
m
e
n
1º SEMESTRE

t
a
Nuclear r Contacto Estudo Total
Informática Básica CFG Informática X 4 48 52 100
TT3 CFG Tema transversal X 1 15 10 25

CFEd X
Fundamentos de Pedagogia Pedagogia 4 64 36 100
Psicologia de aprendizagem CFEd Psicologia X 4 48 52 100
2º SEMESTRE

Didáctica Geral CFEd Didáctica X 3 48 27 75

Prática Pedagógica Geral CFEd Pedagogia X 3 36 111 75

18
Tabela 9: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária - Minor em Ensino de Agro-pecuária - 4º Ano
Código da Disciplina Componente de Área Científica Componentes Total de Horas lectivas
Disciplina Formação créditos
Semestral

Nuclear Complementar Contacto Estudo Total


Ecologia (Ênfase para Agro-
CFG Biologia X 4
1º SEMESTRE

Pecuária) 48 52 100
TT 4 CFG Tema transversal X 1 15 10 25

Didáctica de Agro-pecuária CFEd Didáctica X 7 48 127 175

Prática pedagógica de Agro- CFEd


7 48 127 175
pecuária Pedagogia X

Desenvolvimento Comunitário CFEs Extensão X 7 48 127 175


2º SEMESTRE

Horticultura e Fruticultura CFEd Agricultura X 7 48 127 175

Estágio Pedagógico de
Agropecuária 8 48 152 200
CFEd Pedagogia X
TOTAL CRÉDITOS MINOR DE ENSINO 60

19
12. PLANO DE ESTUDOS

Os planos de estudos para o presente curso estão apresentados nas tabelas 8, 9, 10, e 11
correspondendo ao 1º, 2º, 3º e 4º Anos respectivamente:

Tabela 10: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária - Major-


1º Ano

Tabela 11:Tabela 4: Matriz De Organização Do Curso De Licenciatura Em Ensino De Agropecuária - Major- 1º Ano

Código Disciplina CF Área Semestres Horas lectivas


Científica 1º 2º HCS HES HCT Cr
Método de Estudo e
Investigação
Científica CFG Pesquisa X 3 48 5
Botânica Geral CFEs Biologia X 3 48 4
Agrometeorologia CFEs Agricultura X 3 48 4
Agricultura Geral CFEs Agricultura X 5 80 6
Zoologia Geral CFEs Pecuária X 5 80 6
Anatomia Animal CFEs Pecuária X 5 80 6
Total 1º Semestre

Técnicas de Expressão
em LP CFG Línguas X 3 48 4
TT 1 Tema 1
CFG transversal X 1 15
Bioquímica CFEs Biologia X 3 48 3
Ciência do Solo CFEs X
Agricultura 5 80 6
Fisiologia Animal CFEs Pecuária X 5 80 6
CFEs Agro- X
Bioestatística Pecuária 5 80 6
Práticas Técnico 3
Profissional de Agro- Agro- X
pecuária- I CFP pecuária 3 48
Total de horas do 2º semestre
Total de horas do 1º ano

20
Tabela 11: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária - Major-
2º Ano
Tabela 12: Matriz de organização do curso de licenciatura em ensino de Agropecuária - major-2º Ano

Código Disciplina CF Área Semestres Horas lectivas


Científica 1º 2º HCS HCT Cr
Inglês Técnico CFG Línguas X 3 48 4
Microbiologia e
Imunologia CFEs Biologia X 4 64 4
Pastos e Forragens CFEs Agro- X
Pecuária 4 64 6
CFEs
Fisiologia Vegetal Biologia X 4 64 6
Mecanização e CFEs X
Equipamentos
Agrícolas Agricultura 4 64 6
Prática Técnico- CFP
Profissional de Agro- Agro-
pecuária-II pecuária X 3 48 3
Total 1º semestre

Antropologia Cultural Ciências X


de Moçambique CFG Sociais 3 48 4
TT2 Tema
CFG transversal X 1 15 1
Higiene e Segurança Agro-
no Trabalho CFEs pecuária X 3 48 3
Genetica Geral e CFEs 48
Aplicada Biologia X 3 4
Avicultura e CFEs X 64
Cunicultura Pecuária 4 6
Culturas Alimentares e CFEs 64
Industriais Agricultura X 4 6
Pragas Agrícolas e CFEs
Controle de
Infestantantes Agricultura X 5 80 7
Total de horas do 2º semestre
Total de horas do 2º ano

21
Tabela 12: Matriz de organização do curso de licenciatura em Agropecuária – Minor
em Extensão Rural - 3º Ano

Código Disciplina CF Área Semestres Horas lectivas


Científica 1º 2º HCS
HCT Cr
Informática Básica CFG Informática X 3 48 4
TT3 Tema
CFG transversal X 1 15 1
Reprodução Animal CFEs Pecuária X 3 48 4
Nutrição Animal CFE X
s Pecuária 3 48 3
Farmacologia e CFE
Toxicologia s Pecuária X 3 48 5
Fitopatologia CFE
Fitofarmacologia s Agricultura X 5 80 6
Parasitologia e CFE
Doenças Parasitárias s Pecuária X 4 64 6
Total 1 º semestre

Extensão Rural e X
Sociologia Agrária CFEs Extensão 3 48 5
Experimentação X
Agrária CFEs Agricultura 3 48 5
Produção e X
Tecnologia de
Sementes CFEs Agricultura 3 48 4
Melhoramento de Agro- X
Plantas e Animais CFEs Pecuária 5 80 6
Zootecnia de X
Ruminantes e Suinos CFEs Pecuária 4 64 7
Prática Técnico- CFP X
Profissional de Agro- Agro-
pecuária- III pecuária 3 48 4
Total de horas do 2º semestre
Total de horas do 3º ano

22
Tabela 12: Plano de estudos de Licenciatura em Agropecuária com Minor em
Extensão Rural- 4º Ano
4º ANO, 1º SEMESTRE
Código Disciplina CF Área Semestres Horas lectivas
Científica 1º 2º HCS HCT Cr
Ecologia (Ênfase para a X
CFG Biologia 3 4
Agro-Pecuária) 48
TT4 Tema
1 15 1
CFG transversal X
Economia Agropecuária CFEs Economia X 3 48 5
Hidrologia Agrícola CFEs
3 48 6
Agricultura X
Difusão de Inovações no CFEs X
3 48 6
Meio Rural Extensão
Empreendedorismo CFEs Negócio X 3 48 3
Estágio Técnico- Agro- X 3 48 6
profissional CFP pecuária
Total 1 º semestre

Higiene e Tecnologia Agro-


3 48 5
dos Alimentos CFEs Pecuária X
Rega e Drenagem CFEs X 3 48 5
Agricultura
Didáctica de Extensão CFEs X
4 64 4
Rural Extensão
CFEs Agro- X
3 48 4
Aquacultura e Pescas Pecuária
Saúde e Gestão da CFEs
3 48 5
Manada Pecuária X
Trabalho de CFEs Agro- X
2 32 6
Culminação do Curso pecuária
Total de horas do 2º semestre
Total de horas do 4º ano

23
Tabela 13:Plano de estudos de Licenciatura em Agropecuária com Minor em ensino de
Agro-pecuária- 3º Ano
Tabela 13: Matriz de organização do curso de licenciatura em ensino de Agropecuária - major-3º Ano

Código Disciplina CF Área Semestres Horas lectivas


Científica 1º 2º HCS
HCT Cr
Informática Básica CFG Informática x 3 48 4
TT3 Tema x
CFG transversal 1 15 1

Fundamentos de CFEd x
Pedagogia Pedagogia 4 64 4
Total 1 º semestre

Psicologia de
aprendizagem CFEd Psicologia x 3 48 4
Didáctica Geral CFEd Didáctica x 3 48 3

Prática Pedagógica
Geral CFEd Pedagogia x 2 36 3

Total de horas do 2º semestre


Total de horas do 3º ano

24
Tabela 14:Plano de estudos de Licenciatura em Agropecuária com Minor em ensino de
Agro-pecuária- 4º Ano
4º ANO, 1º SEMESTRE
Código Disciplina CF Área Semestres Horas lectivas
Científica 1º 2º HCS HCT Cr
Ecologia (Ênfase x
CFG Biologia 3 4
para Agro-Pecuária) 48
TT 4 Tema x
1 15 1
CFG transversal

Didáctica de Agro- x
3 48 7
pecuária CFEd Didáctica

Prática pedagógica de CFEd x


3 48 7
Agro-pecuária Pedagogia

Total 1 º semestre

Desenvolvimento CFEs x
3 48 7
Comunitário Extensão

Horticultura e CFEd x
3 48 7
Fruticultura Agricultura

Estágio Pedagógico x
de Agropecuária 3 48 8
CFEd Pedagogia

Total 2˚ semestre
Total de horas do 4º ano

25
12.1.TERCEIRO MINOR PARA O CURSO DE AGRO-PECUÁRIA
O terceiro minor em em Pecuária é composto por 16 cadeiras que totalizam 60 créditos. São
elegíveis para o presente minor, candidatos das áreas de Biologia, Ciências Biomédicas,
Geografia, Agronomia e Florestal.
H. Contacto
Nr Disciplinas Creditos semestral Semestre Ano
1 Pastos e Forragens 3 75 1º 3º
2 Avicultura e Cunicultura 4 100 1º 3°
3 Zotecnia de Ruminantes e Suínos 7 175 2º 3º
150
4 Economia Agro-pecuária 6 1º 4º
5 Parasitologia e Doenças Parasitárias 6 150 1º 3º
6 Farmacologia e Toxicologia 5 125 1º 3º
7 TT. Educação Ambiental 1 25 2º 1º
8 TT.4- Mudanças Climáticas 1 25 1º 4º
9 Práticas Técnico-Profissional de Agro-pecuária III 4 100 1º 2º
10 Fisiologia Animal 6 150 1º 2º
11 Nutrição Animal 5 125 1º 4º
12 Higiene e Tecnologia dos Alimentos 6 150 1º 4º
13 Epidemiologia e Doenças Infecto-contagiosas 3 75 1º 4º
14 Higiene e Segurança no Trabalho 3 75 2º 1º
15 Saúde e Gestão de Manada 5 125 2º 4º
16 Estágio Técnico profissional 6 150 1º 4º
Total 60 1500

26
13. TABELA DE PRECEDÊNCIAS

Tabela 15: tabela de precedências


A inscrição em: Depende de aprovação em:
Experimentação Agrária Bioestatistica
Rega e Drenagem Hidrologia
Fisiologia Animal Anatomia Animal
Reprodução Animal Fisiologia Animal II
Saúde e Gestão da Manada Zootecnia de Ruminantes e Suínos
\

14. TABELA DE EQUIVALÊNCIAS

Tabela 16: tabela de equivalências


Actual Plano de Estudos Novo Plano de Estudos
Metodologia de Investigação Cientìfica Métodos de Estudo e Investigação
(MIC) Científica (MEIC)
Maneio Comunitário dos Recursos Naturais Gestão dos Recursos Naturais
Saúde pública e Higiene no Trabalho Higiene e Segurança no Trabalho

15. PLANO DE TRANSIÇÃO

A integração e enquadramento de estrutura do actual currículo é feita de acordo com os


seguintes itens:

1. O estudante que tiver transitado para o 2º, 3º e 4ºano continua a reger-se pelo plano de
estudo actual.

2. Os estudantes que tenham transitado para o 2º ano e que tenham reprovado em disciplinas
do 1º ano terão a oportunidade de fazer a disciplina do antigo currículo. Se o estudante
tornar a reprovar pela segunda vez numa disciplina do actual currículo terá de se integrar no
novo currículo.

27
3. Todos os estudantes que nos anos subsequentes a introdução do novo currículo
reprovarem de ano e não conseguirem completar o curso nos moldes do actual currículo, só
deverão realizar as suas inscrições depois de consultarem a tabela de equivalência, afim de
serem devidamente enquadrados no novo currículo.

16. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

As diferentes formas de avalição previstas para este currículo subordinam-se as


precornizadas no regulamento académico da UP. Porém é preciso destacar a avaliação
contínua em seminários, aulas práticas de laboratório, de campo e excursões científicas para
além dos testes regulares, valorização da pesquisa feita pelos estudantes através do relatório
que eles forem a apresentar quer em cadeiras de especialidade.

17. FORMAS DE CULMINAÇÃO

O curso de Agro-pecuária terá como forma de culminação, a monografia científica com


direito a um supervisor da área, podendo ser da UP ou de outra instituição. Caso o supervisor
principal for externo a co-supervisão deverá ser feita por um docente da UP da área
específica, de modo a garantir a uniformidade das monografias na instituição (UP), pois cada
instituição tem as suas normas de apresentar as monografias.
O estudante tem ainda a possibilidade de realizar o exame de conclusão do curso em que se
atribui temas realacionados com ás áreas de Agro-pecuária e defende perante o juri, assim
como a realização dum estágio profissional numa das áreas nomeadamente, agricultura,
pecuária e extensão depois da conclusão das cadeiras curriculares.

18. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS EXISTENTES

O curso de Agro-pecuária está sedeada no campus da Lhanguene onde funciona a ESTEC.


Não possuí laboratório próprio de trabalho estando neste momento a utilizar o laboratório de
Biologia, Veterinária, Pescas e IAB, com perspectiva de construir os seus próprios
laboratórios.

Em termos de biblioteca, o Departamento conta com a biblioteca da sede e vale-se ainda das
instituições parceiras que têm disponibilizado literatura para as consultas e as vezes para
reprodução do material. De referir que o material reproduzido tem sido válido e suficiente

28
para os estudantes do departamento não só para as suas aulas como também para realizarem
as suas pesquisas individuais.

A ESTEC possue uma área de 0,5 ha em Mulauze fornecida pelo Conselho Municipal de
Maputo onde se desenvolvem actividades agrícolas, não sendo possível a criação de animais
porque é uma zona baixa. No âmbito da parceria com o IAB, foi cedido um espaço de
100x100 metros em boane para criação de animais de pequeno porte , onde se desenvolvem
actividades de Avicultura e Cunicultura.

O departamento dispõe de campos experimentaisem Mulauze, Boane, Macia e Xai-Xai para


a produção vegetal e Magude para aprodução animal.
Neste momento o Departamento dispõe-se de um espaço de 6 ha em Marracuene, onde está
em curso uma construção básica de uma garagem para instalar o tractor e casa do guarda. É
um espaço que servirá tambám para ensaios de agricultura e criação de animais de pequeno
porte.

Em termos de equipamentos o departamento dispõe de cinco computadores, duas


impressoras, tendo no entanto adquirido um retroprojector que muitas vezes não tem
conseguido responder as necessidades de todos os docentes. Os estudantes têm e
continuaram usando os computadores da sala de informática que estão conectados com a
Internet.

A ESTEC se dispõe de data-shows que serão montados nas salas de aulas pelo CIUP a
serem indicadas pelos departamentos.

Para trabalho de campo na área da agricultura o departamento dispõe de um tractor com


alfais, 35 enxadas, 5 pulverizadores, 10 regadores, 30 pares de botas para os estudantes,8
ancinhos, material para acampamentoe insumos consumíveis que tem adquirido mediante
receitas das vendas da produção mas também com apoio da Direcção. Para a prática pecuária
dispõe-se de 6 cabeças de gado bovino, 5 Cabritos, 5 coelhos, e um quite de vacinações é
nesta base que os estudantes aprendem a tratar os animais para além de criar/produzir. Tem
produzido frangos regularmente cerca de 300 por lote na capoeiras sedeadas no espaço
cedido em Boane, com um quite de farmacologia.

29
Contudo , para o reforço do material para as aulas práticas , o Departamento já avançou as
listas das necessidades á direcção da UTL, para o concurso, e algum jáaprovado
aguardando a sua operacionalização.

As aulas laboratoriais são feitas no laboratório de biologia, do IAB para análise de solo, da
Agronomia para fitopatologia e veterinária para a disciplina de parasitologia, para avaliação
da aprendizagem na cadeira de reprodução animalé feita na estação zootécnica de Magude
onde o Departamento tem o seu gado. Quase todas as Delegações apresentam condições para
o funcionamentoconforme ilustra a tabela 18.

Tabela 17: Situação por Delegação


Delegação Condições de funcionamento
Campo de 6ha em Marracuene(Actividade pecuária e agrícola), 0,5 ha em
Mulauze( Actividade agrícola), 5ha em Magude no âmbito da parceria com a
UP-Sede escola agrária, 1 tractor, 35 enxadas, 5 pulverizadores, 10 regadores, 20 pares
de botas, 6 bois, 5 cabritos, 4 coelhos, 300 frangos por lote, 25 tendas para
acampamento, quite de vacinações
1ha (Actividade agrícola e pecuária),
Possui insumos agrícolas com apoio da Delegação, tem ainda um espaço de
20ha não explorada de momento. Produzem frangos regularmente num lote
de 250;
Possui 15 enxadas, 10 ancinhos, 7 regadores 1 pulverizador, comprespectiva
Gaza de aumentar o material e criação do gado bovino e caprino no próximo ano e
a medida que o curso cresce. Neste momento a prática pecuária é feita na
comunidade.
30 ha em Ngomane ( não lavrada), 0,5ha para experimentação agrária, 20ha
para actividade agrícola por ser uma zona baixa não favorece actividade
pecuária que dista a 10km da faculdade, oferecida pela comunidade em vias
de lavoura. Não possuem ainda animais para o estudo recorrendo á Direcção
Massinga distrital de actividades económicas como parceiros da delegação.
Prevê que no próximo ano venha a ter 5 cabeças de gado, 4 cabritos, balança
electrica e tractor. Possue para actividade agricola; 10 regadores, 1

30
pulverizador, 7 ancinhos, 20 enxadas.
Possue no total 100ha: 1ha em uso para experimentação, 2ha em processo de
lavoura, restante quantidade ainda por explorar. A prática pecuária é feita no
Instituto Agrário em Chimoio no âmbito da parceria, os insumos são
adquiridos pelo apoio da Delegação. Possue 10 enxadas, 10 regadores, 5
Manica ancinhos, com prespectiva de criação de gado caprino. A actividade avícola
tem sido desenvolvida de forma periódica.
Área de 300ha, onde se explorou 6ha para produção de soja. Possue 10
bovinos, 10suinos, 2 coelhos, 30 patos, 56 enxadas, 35 campinadoras, 6
Lichinga catanas, 4 picaretas, 8 regadores. A Delegação possui seus curais onde
desenvolvem actividade pecuária.
Área de 230 ha em Nicuadala(Actividade pecuária e agrícola), 20ha em
Marokué para a prática de horticultura. A actividade avícola ainda não é
praticada, com prespectiva para o próximo ano.
Possui 1 tractor, 1 carro Isuzudupla cabine), 2 motorizadas 125, 75 enxadas,
30 ancinhos, 40 catanas, 44 pares de botas, 3 pulverizadores, material para
Quelimane enxertia, 1 estufa semi-convencional em construção, 2 tanques de água de
1000ml, 41 bovinos, 30 cobaias(porquinhos da índia).
Os insumos adquirem na Delegação , com uma cota parte das suas
produções.
Em vias de abertura, mas possui: Área de 300 ha (Actividade agrícolae
pecuáreia), dista a 35km da cidade, possui 30 enxadas, 12 ancinhos, 10 pás, 8
carinhas de mão(material também usado pela biologia), as aulas de
laboratório serão feitas no laboratório de biologia. Esta prevista a aquisição
de algumas cabeças de gado para a reprodução e tracção animal, já existe
fundos para compra de material necessário para se desenvolver actividade
Montepuez avícola numa 1ª fase.

31
19. CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO EXISTENTE

Tabela 18: Corpo docente (formação académica, expeperiência profissional , disciplinas


e regime de contratatação) – UP Maputo
Docente Formação Anos de Experiência Disciplinas que lecciona na UP Regime de
académica Profissional contratação
Docente Docente
Nº no geral na UP
de ordem
01 Brígida Doutorada em 32 22 - Nutrição Animal ,
Singo Dictática - Didáctica Profissional(I)
profissional, -Fisiologia Animal
Mestrada e -Metodos de estudo e
Licenciada em investigação científica; Efectiva
ensino de -Anatomia Animal
Biologia

02 Florência Mestre em 31 13 - Pragas Agrícolas e Controlo de


Jonasse Produção e Infestantes,
proteção vegetal; - Higiene e Segurança no
Licenciada em Trabalho,
ensino de - Parasitologia e doenças Efectiva
Biologia parasitárias,
- Didáctica profissional(II)
-Pedagogia por Alternância
03 Cássimo Mestre em 32 06 - Aquacultura e Pesca
Jaime Desenvolvimento -Gesão de Recursos Naturais
Neuara Rural;
Licenciada em
ensino de Efectivo
Geografia e
História.
04 Rodriguês Licenciado em 10 03 -Ciência do Solo , Efectivo
Afonso Engenharia -Extensão Rural e sociologia
Rodriguês Agronómica Agrária;
-Estágio de Extensão Rural
05 Adelaide Licenciado em 01 03 -Avicultura e Cunicultura Efectiva
Buchile Medicina -Zootecnia dos Ruminantes e
veternária Suinos
-Reprodução Animal
06 Glória Licenciado em 03 03 -Zoologia Geral Efectiva
Manhique ensino de -Genética Geral e Aplicada;
Biologia Melhoramento de Plantas
07 Sandra de Licenciado em 04 03 -Fitopatologia e Efectiva
Barros Engenharia Fitofarmacologia
Agronómica -Culturas Alimentares e
Industriais
- Horticultura e Fruticultura
08 João Licenciado em 06 03 -Experimentação Agrária Efectivo
Chungo Engenharia -Economia Agrária
Agronómica -Prática Técnico-profissional

32
(Agricultura)

10 Crimildo Mestre em 02 02 -Agrometereologia


Teles protecção vegetal -Práticas Técnico Profissionais I Efectivo
Cassamo eLicenciado em e IV (Agricultura)
Engenharia
Agronómica
11 Basílio Licenciado em Química Geral Destacamento
ensino de
Químico
12 Arlete Mestre em Informática Básica
Vilanculos Informática Destacamento

13 Angelina Licenciada em 06 01 PPS’; Efectiva


Pedro ensino de Ecologia;
Biologia Estágio Pedagógico
14 Ríxio Licenciado em 04 -Microbiologia e Imunologia; Efectivo
Vilanculos ensino de -Empreendedorismo
Biologia
15 Enoque Mestre em -Gestão de mudanças nas z onas
Albino Desenvolvimento rurais; Contratado
Manhique Agrário -Técnicas de comunicação
-Educação Agrária
16 Dionísio Licenciado em 08 04 -Praticas Tecnico-profissionais Efectivo
Virgílio Medicina (Pecuária)
Roque Veterinária -Higiene e Tecnologia dos
Alimentos
-Pastos e Forragens
17 Manuel Licenciado em 01 01 -Melhoramento de Animais Contratado
Bata Medicina
Veterinária
18 Justino Licenciado em 01 01 -Praticas Tecnico-profissionais Contratado
Moiane Produção Animal (Pecuária)

Tabela 19: Corpo administrativo existente – UP Maputo


Nº Nomes Anos de Regime de Habilitações
experiência contratação literárias
profissional
1 Stélio Mazive 04 anos Efectivo 10ª classe
2 Suzana I. Chirindja 18 anos Efectiva 12ª classe
3 Hermenegildo Abdul Jafar 3 anos Efectivo Bacharel
4 Hermenegilda Cossa 2 anos Contratada 12ª classe
5 Filomena Matias Zandamela 03anos Contratada 7aClasse
5 Carima Taquidir 12 anos Efectiva 12ª classe

33
Na UP Niassa o curso de agropecuária é assegurado por docentes do Departamento de
Biologia, docentes graduados da UP em ensino de Agro-pecuária sendo cadeiras de
especialidade leccionadas por 4 docentes; sendo: 2 agrónomos 1 efectivo e 1 contractado e 2
Licenciados em Agro-pecuária , conforme ilustra a tabela 21

O apoio na manutenção dos campos experimentais é assegurado por operários agrícolas que
estão a iniciar as suas funções na UP com experiência de trabalhos agrícolas nos campos de
subsistência.

Tabela 20: Corpo docente ( formação académica, expeperiência profissional ,


disciplinas e regime de contratatação) – UP Niassa

Docente Formação Anos de Experiência Disciplinas que lecciona na UP Regime de


académica Profissional contrataçã
Docente Docente o
Nº no geral na UP
de ordem
01 Ussene Aji Eng. A grónomo 10 04 Todas de especialidade na área da Efectivo
Daúde agricultura
02 Domingos Agrónomo 02 Todas de especialidade na área da Contratado
Matane agricultura
03 Maria Agronoma 01 Todas de especialidade na área da Efectivo
Ângela agricultura
Vicente
04 Sónia Mido Veteinaria 02 Todas de especialidade na área da Efectivo
Veterinaria

05 Celina Agro-pecuária - 01 Cadeiras de especialidade Agro- Efectivo


Bahule pecuária
06 .Arnaldo Agro-pecuária - 01 Cadeiras de especialidade Efectivo
Ofício

Tabela 21: Corpo docente (formação académica, expeperiência profissional , disciplinas


e regime de contratatação) – UP Manica
Docente Formação Anos de Experiência Disciplinas que lecciona na UP Regime de
académica Profissional contratação
Docente Docente
Nº no geral na UP
de ordem
01 Bento Gil Eng. 01 01 Pastos e forragens , fisiologia Efectivo
Uane Zootácnicio animal ,praticas de producao
02 Inacio Mucutai Eng. 01 01 Agricultura geral, pragas e Efectivo
Jala Agrónomo controlo de insfestantes , praticas
de producao
03 Mário Antonio Eng. 02 02 Didactica profuissional , Efectivo
Machava Agrónomo fitopatologia e fitofarmacologia,
praticas de producao ,
04 Albertina Agronomo - 02 Produção de sementes Efectiva
Paulo Ciência do solo
34
Majeculene
05 Francisco Biólogo 04 02 Bioquimica Efectivo
Domingos Microbiologia e Imunologia
Francisco

35
Tabela 22: Corpo docente ( formação académica, expeperiência profissional ,
disciplinas e regime de contratatação) – UP Massinga
Docente Anos de Experiência
Profissional
Formação Disciplinas que lecciona na Regime de
académica Docente Docente UP contratação

de ordem no geral na UP
Avecultura e Cunicultura
Nutricao animal e humana
01 José Chisseve Licenciado 1 Reprodução animal Efectivo

Pastos e forragens
02 Elvino Ferão Licenciado 05 3 Efectivo
Agricultura geral
Experimentacao agraria
03 Jonas Manhice Licenciado 3 Economia agraria Destacamento
Bioestatistica

Fisiologa animal
04 Afonso Taela Licenciado 4anos Bioquimica Destacamento
Microbiologia e Imunologia
Botanica e Fisiologia
05 Afua Licenciado 1anos Biologia Celular e Molecular Destacamento

Tabela 23: Corpo docente (formação académica, expeperiência profissional , disciplinas


e regime de contratatação) – UP Xai- Xai
Docente Formação Anos de Experiência Disciplinas que lecciona na UP Regime de
académica Profissional contratação
Docente Docente
Nº no geral na UP
de ordem
01 dr. Augusto Licenciado 08 02 Avecultura e Cunicultura Efectivo
Agostinho Nutricao animal e humana
Junior Reprodução animal

02 dr. Jonatane Licenciado 06 Experimentação Agrária I Destacamento

03 Eng. Jorge licenciado - 02 Agricultura geral Contratado


Djedje Experimentacao agraria
Economia agraria
Bioestatistica

04 dra Eunesia licenciada - 02 Fisiologa animal Efectiva


Bioquimica
Microbiologia e Imunologia
05 dr Confucio licenciado 02 03 Botanica e Fisiologia Efectivo
Matsena Biologia Celular e Molecular

36
Tabela 24: Corpo docente (formação académica, expeperiência profissional , disciplinas
e regime de contratatação) – UP Quelimane
Docente Formação Anos de Disciplinas que Regime de
académica Experiência lecciona na UP contratação
Profissional
Nº Docent Docente
de ordem e no na UP
geral
01 Agnaldo Candito Lic. em Ciências 02 Agricultura geral Efectivo
Agrárias
02 Vanda Adriana Lic. em Ciências 02 Produção de Efectivo
Agrárias sementes
03 Victorino Americano Eng Florestal 01 Ciência do solo Efectivo

04 Sérgio Ernesto Medico Veterinário 2 02 Pastos e forragens Efectivo


05 Félix Augusto Eng. Agrónomo 6 03 Fitopatologia Efectivo
06 Joaquim Luis Meneses Eng. Agrónomo 02 01 Pragas agricolas e Efectivo
controle de
infestantes

20. ANÁLISE DE NECESSIDADES

De um modo geral as necessidades imediatas para a implementação do currículo são:


 Providenciar laboratórios locais para Parasitologia, Fitopatologia, Microbiologia e
Higiene e Tecnologia dos Alimentos
 Equipamentos e insumos laboratóriais
 Ensaios e local de reprodução de plantas
 Transporte (min. 60 lugares)
 Providenciar mais literatura da área Agro-pecuária
 Fortalecer a parceria com a Universidade federal de Goiana e Magburg na Alemanha

21. CONCLUSÃO

O plano curricular contêm aspectos detalhados concernentes à formação técnica, científica,


pedagógica que possibilite o futuro graduado, a integrar-se na sociedade, sendo capaz de
enfrentar os desafios que a mesma o coloca.

37
Este futuro graduado estará munido de competências profissionais, que o possibilitem
desenvolver actividades no sector empresarial, educacional técnico assim como geral.

22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALTIERI, MA, Agricultura Sustentável, Jaguarina, Vol 2, 1995

2. CARVALHO, M, Agricultura Tradicional de Moçambique, Distribuição Geográfica


das Culturas e Relação com o Meio 1992

3. FARDHAD, A & ZINCK, J. A, Seeking Agriculture Sustainability, An Agriculture


Ecosystems and Environment 1992

4. FACULDADE DE VETERINÁRIA, Curriculum do Curso de Veterinária –UEM,


2003

5. FACULDADE DE AGRONOMIA, Documentos dos cursos em Engenharia


Agronômica e Florestal, 2001

6. FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA, Curriculo do curso


de Bacharelato e de Licenciatura em Ensino de Biologia, UP, 2003

7. PROJECTO PEDAGÓGICO DO CURSO DE AGRONOMIA DA


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-Brasil, Março 2012

38
23. PROGRAMAS TEMÁTICOS

Foram elaborados programas temáticos de cada disciplina costituinte do curso de agro-


pecuária. Os programas temáticos de cada disciplina apresentam (dentre outros itens)
objectivos, carga horária, listagem dos planos temáticos com os temas a serem leccionados
nas disciplinas com a respectiva distribuição de carga horária e a estratégias e métodos de
ensino e aprendizagem.

39
PROGRAMAS TEMÁTICOS DO 1º ANO DE LICENCIATURA EM AGRO-
PECUÁRIA – MAJOR

40
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Botânica Geral


Tipo: Nuclear
Nível: 1º Ano: Semestre: 1º Créditos: 4 = 100 horas (48 contacto + 52 estudo)

1. introdução
A botânica é uma área da biologia que estuda todas as características apresentadas pelos
vegetais, fungos e algas, como morfologia, anatomia, entre outras subáreas. Por ser uma área
muito ampla, a botânica tem inúmeras linhas de pesquisa que se encaixam nas suas
subdivisões nomeadamente, botânica discritiva, aplicada e experimentar. O estudo de todas
as características desses organismos é imprescindível, pois a importância deles para o meio
ambiente e para os homens é indiscutível, não se esquecendo de que é através da manutenção
da flora que temos a conservação de inúmeras espécies de animais.

2. Competências a serem desenvolvidas


 Compreende a relação estrutura e função nos órgãos e tecidos vegetais;
 Ensina correctamente as características das estruturas vegetais;
 Aplica a multiplicação vegetativa.
 Identifica os orgãos e tecidos vegetais

3. Objectivos Gerais
 Conhecer a anatomia e Morfologia das plantas superiores;
 Identificar as formas de multiplicação e reprodução nos vegetais;
 Manusear o microscópio e aprender as técnicas simples de trabalho no laboratório;
 Fazer preparações e observações microscópicas; elaborar um herbário morfológico;
 Descrever os tipos de multiplicação e reprodução.

41
4. Plano Temático

Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Anatomia vegetal 10 10

2 Histologia dos órgãos vegetais 10 10

3 Morfologia vegetal 9 11

4 Multiplicação e reprodução 10 10

5 Ciclos vitais com alternância de nucleofases e de gerações 9 11

Sub-total 48 52

Total 100

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências e aulas de simulação
 Aulas simuladas

6. Meios de ensino
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7. Estrategia de Avaliação
 Testes escritos;
 Ficha de leitura
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Portifólio;
 Exame

42
8. Bibliografia

 CURTIS, H & RAVEN, P. H.: Biologia Vegetal, 2º ed, 1970


 ESAU, K. Anatomia Das Plantas Com Sementes, São Paulo, 1976.
 GARVING , J. W & Boyd , J.D . Skills In Advanced Biology, Vol 2, Observing,
 Recoding and Interpreting, London, 1990.
 MODESTO, Z M & SIQUEIRA, N J B . Botânica, 7ed., Editora pedagógica e
 universitária, S. Paulo, 1981.
 MOREIRA, I. Histologia Vegetal, 3º ed., Didáctica Editora.1983
 STRASBURGER, E ,Tratado De Botanica, Barcelona, 1976.
 WEBERLLING – SCHWANTES. Taxonomia Vegetal, São Paulo, 198

43
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Agricultura Geral


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 1º
Semestre – 1º Creditos – 6= 150horas ( 80 contacto + 70 de estudo)

1. Introdução
A agricultura refere-se a todas as actividades humanas conducentes á obtenção de produção,
quer com populações vegetais ou animais. A agricultura existe a mais ou menos 10.000 anos.
Arqueólogos encontraram provas que foi mais ou menos neste período no qual os primeiros
homens começaram a domesticar certas culturas e certos animais. Antes deste período, o
homem estava completamente dependente da caça, pesca e os produtos que recolhia na
natureza. Houve uma mudança gradual em que essas actividades foram substituídas por
actividades agrícolas.

Esta operação começou com pessoas que seleccionavam e plantavam sementes e assim
melhoravam as suas colheitas. Também domesticavam e melhoravam vários tipos de
animais. Estes conhecimentos foram transferidos dos pais aos filhos e assim facilitou a
adaptação e aproveitamento do meio ambiente.

As primeiras provas do uso de rega para cultivar plantas datam do período há 6.000 anos e a
5.000 anos que o homem começou a trabalhar a terra com ajuda de tracção animal. As
próprias ciências agrícolas começaram ainda mais tarde. Desenvolveram-se sobre tudo desde
1850 a base de teorias de nutrientes (J.Von Liebig) teorias de genética (Mendel).desde 1880
fez-se investigação sobre o uso de fertilizantes.

44
Hoje, as ciências agrícolas consistem de uma área muito ampla. Muitos deste ramos são
baseados em grande parte nas outras ciências como a biologia, física, química, climatologia,
geologia, etc. A agronomia trata de práticas culturais, faz investigações para determinar a
quantidade de fertilizante para uma produção óptima.
2. Competências
 Explica as técnicas de produção de plantas;
 Interage com os camponeses no processo de produção agropecuária e valoriza as
experiências das comunidades;
 Relacciona as zonas agro-climáticas com o desempenho das culturas.

3. Objectivos
 Compreender os princípios gerais aplicados a todas as culturas;
 Conhecer os princípios gerais de condução de culturas e seu relacionamento;
 Saber calcular as quantidades de semente e de adubo necessárias por unidade de área;
 Saber como e quando fazer as principais práticas agronómicas;
 Fazer o maneio de solo e água.

4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo

1 Introdução ao estudo da agricultura geral 8 7


2 Evolução da agricultura em Moçambique 8 7

3 Principios básicos de produção de culturas (Preparacao do 8 7


solo, sementeira/plantio, Compasso, praticas culturais)
4 Preparação do solo (Trabalhos iniciais) 8 7
5 Sistemas de produção 8 7
6 Trabalho de Campo(I) ---Ligado aos capítulos I á V 8 7
7 Práticas culturais ( fertilização, controlo de infestantes, 8 7
rega e condução de crescimento)
8 Propagação das plantas ( sexuada e assexuada) 8 7
9 Trabalhos de campo (II)...Ligados aos capitulos 7 e 8) 8 7
10 Clima e zoneamento agroclimático em Moçambique 8 7
Sub total 80 70

45
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências ;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Trabalho de campo

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Campos de experimentação
7. Estrategia de Avaliação
 Testes escritos;
 Ficha de leitura
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Portifólio;
 Exame

8. Bibliografia
 ANDRE, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5ª edição S. Paulo, 1993.
 DIERL, R. Agricultura Geral. Ed CLASSICA
 ELARIO, J. Manual Geral de Agricultura. ED PUBLIC, EUROPA AMERICA
 FREIRE, M. Apontamentos de Agricultura Geral.2004.
 MALAVOLTA, E., ABC da adubação, 4ª edição 1979.
 PIJNENBURG, B. Introdução á agricultura, UEM, 1996.
 SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996.

46
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Zoologia Geral


Tipo: Nuclear
Nível : 1 Ano: 1º Semestre: 1º Créditos: 6 = 150 horas ( 80contacto + 70 estudo)

1. Introdução
A Zoologia é um ramo da Biologia que engloba todos os aspectos da biologia animal,
inclusive relações entre animais e ambiente. Com esta definição, tão ampla, estuda-se não
apenas morfologia, sistemática e ecologia, mas também o funcionamento dos animais,
constituintes químicos dos tecidos, formação e desenvolvimento, propriedades e funções
celulares.

A zoologiaexperimental, por exemplo, inclui as subdivisões relativas às alterações


experimentais dos padrões dos animais como genética, morfologia experimental e
embriologia. Do exposto acima ficam ressalta-se os vários campos de investigação com
animais e a clara interrelação de outras disciplinas com a zoologia clássica. À medida que a
especialização aumenta ramos de estudo tornam-se mais e mais restritos: celenterologia -
estudo dos cnidários; entomologia – estudo dos insetos, que se subdivide em sistemática e
entomologia econômica; mastozoologia- estudo dos mamíferos e assim por diante, dai a sua
importancia na agricultura.

2. Competências
 Identifica a estrutura celular;
 Enumera as funções celulares;
 Desenvolve competências sobre a diferenciação celular;

47
 Conhece a diversidade dos seres vivos.

Objectivos
 Descrever o reino protista;
 Enumerar as fases do ciclo de vida dos animais e biologia das plantas;
 Identificar diferentes grupos de seres no processo evolutivo

Plano Temático

Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Estrutura e função celular 15 12

2 Noções básicas de embriologia animal 20 12

3 Diferenciação celular e formação de tecidos 15 12

4 Importância da zoologia para agricultura 10 11


Características do reino protista com enfoque ao ciclo de 10 12
5
vida
Características gerais das primeiras linhagens do reino 10 11
6
ainmal
Sub total 80 70
Total 150

Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

Meios de ensino
 Roprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

48
3.Estrategias de Avaliação
 Testes escritos;
 Ficha de leitura
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Portifólio;
 Exame

3.Bibliografia
 AMABIS, J.M; MARTHO, G.R. Biologia. 2.ed. -. São Paulo: 2004.
 LAURENCE, J. Biologia: livro do professor. São Paulo: Nova Geração, 2000.
 POUGH, F. H.; JANIS, C. M; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados. 4. ed. – São
Paulo: Atheneu, 2008.
 RUPPERT, E. E; BARNES, R.D; FOX, R. S. Zoologia dos invertebrados: uma
abordagem funcional-evolutiva. 7. ed. -. São Paulo: Roca, 2005.

49
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias
Programa Temático de Métodos de Estudo e Investigação Científica

Disciplina – Métodos de Estudo e Investigação Científica


Código - ...... Tipo – Nuclear

Nível – II Ano – 1º
Semestre – 1ºCréditos – 5 = 125 (48 de contacto e 77 de estudo)

1. Competências
a. Desenvolve técnicas de estudo e iniciação à pesquisa;
b. Usa as ferramentas das TICs no estudo e na pesquisa;
c.Elabora um projecto de pesquisa;
d. Desenvolve um pansamento crítico e de rigor científico.
2. ObjectivosGerais
a. Compreender a Ciência como um processo crítico de reconstrução permanente dosaber
humano;
b. Dominar os métodos de estudo na universidade e de pesquisa científica;
c. Conhecer as ferramentas de estudo e da pesquisa científica virtuais
c. Conhecer as etapas de elaboração de um projecto de pesquisa;
d. Conhecer as normas para a elaboração e publicação de trabalhos científicos da UP;
e. Desenvolver o pensamento crítico e de rigor científico.

3. Pré-requisitos
- Nenhumadisciplina

50
No Temas Horas de Horas de
contacto estudo

4. Conteúdos (planotemático)
51
1 I. Introdução 2 2
Exigências e desafios no ensino universitário:
- Oportunidades e privilégios que o ensino superior
oferece.
- Responsabilidade do estudante no ensino
superior.
2 II. Métodos de estudo na universidade 6 10
II.1. Planificação do estudo:
II.1.1. Importância da planificação do estudo;
II.1.2. Condições ambientais e psicológicas para o
estudo;
II.1.3.Organização, planificação e métodos de
estudo:
 Gestão do tempo/ horários de estudo;
 revisão e sistematização das matérias;
 realização das tarefas (exercícios, pesquisa,
projectos, actividades laboratoriais, actividades
de campo entre outras)
 Técnicas de estudo na modalidade presencial e
a distância:
- individual

- em grupo

3 II.2. Suporte tecnológico (TICs) para estudo e 9 15


pesquisa
II.2.1.Internet como instrumento de pesquisa
 Motores de busca na Internet
 Categorização das buscas na Internet
 Técnicas de busca na Web
 Combinação de várias técnicas de busca
II.2.2. A Web 2.0
 Uma visão das ferramentas da web 2.0 para a
educação
 Como usar a web 2.0 na pesquisa

52
II.2.3. Bibliotecas virtuais
 Revistas científicas eletrônicas
 Os e-Books
 Os e-Readers
 Revistas indexadas
4 II.2.4. Ferramentas de produtividade 9 12
 Mapas conceptuais
 O CmapTools
 O MS Word
 O MS Excel
 O MS PowerPoint
5 III. Pesquisa científica 10 16
III. 1. Pesquisar para quê?
- Resolver problemas;
- Formular teorias;
- Testar teorias.
III. 2. Tipos de conhecimentos
- Senso comum (conhecimento ordinário);
- A ciência (conhecimento científico);
- O corte epistemológico entre os saberes (Gaston
Bachelard)
III. 3. Postura do pesquisador e questões éticas
da pesquisa
Postura do pequisador
- Modéstia, humildade, honestidade, equidistância,
autonomia, beneficência, justiça e equidade.
Questões éticas da pesquisa
- O plágio
 Conceito de plágio
 Os diversos tipos de plágio
III. 4. A estrutura do projecto de pesquisa
- Conceito de projecto de pesquisa;
- Elementos básicos da pesquisa:
 Linha de pesquisa;

53
 Tema;
 Justificativa;
 Revisão da literatura;
 Delimitação do tema de estudo (A linha de
pesquisa, o tema, o objecto,o aspecto de
estudo - conteúdo explícito, espaço e tempo
justificados)
 O problema de pesquisa;
 Os objectivos (Geral e específicos);
 A hipótese;
 Métodos de abordagem da
pesquisa:Quantitativos e Qualitativos;
 Metodologia: análise dos materiais, tratamento
dos resultados, sintectização e apresentação
dos resultados
 Referencial teórico de análise
 Relevância da pesquisa ougrau de
universalização da pesquisa;
 Orçamento e cronograma.
Etapas de elaboração de uma pesquisa 6 10
- Concepção do projecto (Plano provisório);
- Levantamento das fontes bibliograficas e
documentais (Leitura exploratória, analítica e
interpretativa - Ficha de leitura);
- Trabalho de Campo;
- Apresentação e discussão dos resultados da
pesquisa (Cruzamento de dados bibliograficos e de
campo);
- Elaboração do relatório:
 Introdução (Reflexo do projecto e dos
capítulos);
 Desenvolvimento;
 Conclusão (Reflexo do conteúdo do trabalho,
das constatações e inclui a confirmação ou

54
refutação da hipótese).
6 Aspectos gráficos e técnicos de redacção do 6 12
trabalho científico de acordo com as normas da
UP
- Elementos pré-textuais: capa; página de rosto;
índice; dedicatória; agradecimentos; resumo lista de
mapas, quadros, tabelas e imagens;
- Elementos textuais: introdução, desenvolvimento;
conclusão e bibliografia.
- Elementos pós-textuais: apêndices e anexos.
- Forma gráfica do texto (Espaçamento, margens,
letra);
- Referencias bibliográficas no corpo do texto;
- Citações literais (de mais e menos de 3 linhas);
- Notas de roda pé;
- Técnicas de indicação da bibliografia.
Subtotais 48 77
Total 125

5. Métodos de ensino-aprendizagem
A disciplina de Métodos de Estudo e Investigação Científica terá um carácter teórico
e prático. A componente teórica será baseada na interacção professor-aluno (conferência,
seminários, uso das TICs entre outros). Tal componente destina-se a desenvolver habilidades
sobre os procedimentos de estudo e de pesquisa. A componente prática consistirá na
realização de actividades como:elaboração de ficha de leitura,elaboração de projeto,
apresentação de citações, paráfrases, notas de rodapé, apresentação de fontes bibliográfica e
pesquisa científica internet, entre outras.
O programa que se apresenta deve ser considerado uma proposta de programação
flexível e que deverá ser ajustado a natureza do curso.

55
6. Avaliação
A avaliação será contínua e sistemática baseada na:
6.1. Avaliação de contacto
1) Assiduidade;
2) Participação nas aulas;
3) Elaboração de exercícios em sala de aulas.
6.2. Avaliação de estudo individual
1) Elaboração de fichas de leitura;
2) Elaboração de trabalhos de pesquisa (Exploração de fontes documentais e das ferramentas
electrónicas)
3) Elaboração do projecto de investigação individual (É importante que o docente avalie cada
momento deste processo e, no fim, deve fazer uma avaliação final do trabalho escrito e da
capacidade de defesa oral do mesmo).

7. Língua de ensino
- Português

8. Bibliografia
ALVES, Joaquim.Power Point: Guia de consulta rápida. FCA: Editora de Informática,
2010.
BOGDAN, Robert e BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação: uma introdução
à teoria e aos métodos. Porto: Porto, 1994.
CARVALHO, Alex Moreira et al. Aprendendo metodologia científica: uma orientação para
os alunos de graduação. São Paulo, O Nome da Rosa, 2000.
CARVALHO, Ana Amélia( org.). Manual de Ferramentas da Web 2.0 para Professores.
Lisboa: Ministério da Educação – Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento
Curricular, 2008.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4.ed.. São Paulo, Cortez
Editora, 2000.
DE ALMEIDA, João Ferreira& PINTO, José Madureira. A investigação nas Ciências
Sociais. 5.ed. Lisboa, Editorial Presença, 1995.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo, Editora Perspectiva S. A. 1999.

56
KOCHE, José CARLOS. Fundamentos de metodologia científica. Teoria da Ciência e
prática da pesquisa. 14. ed. rev. e ampl. Petrópolis, RJ, Vozes, 1997.
LAKATOS, Eva M. & MARCONI, Marina de A.MetodologiaCientífica. 2.ed. São Paulo,
Atlas, 1991.
LUDKE, Menga & ANDRÉ, Marli E.D.A.Pesquisa em educação: abordagens qualitativas.
São Paulo, EPU, 1986.
LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo,
EDUC, 2000.
MOÇAMBIQUE, UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Regulamento Académico da UP,
2009
________________________________________. Normas de Publicação de Trabalhos
Científicos, 2009
NUNES, Luiz A. R. Manual da monografia: como se faz uma monografia, uma dissertação,
uma tese. São Paulo, Saraiva, 2000.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e técnicas. 3.ed. São Paulo: Atlas.
1999.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23.ed. rev. e ampl. São
Paulo, Cortez Editora, 2007.
SILVA, Bento Duarte Da. Excel para Educadores & Professores. Braga: Livraria Minho,
2000.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-acção. 6.ed. São Paulo, Cortez editora,
1994.
TRIVINOS, Augusto N.S. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais. A pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo, Editora Atlas S.A., 1987.
VAZ, Isabel..Domine a 110% word 2010. FCA-Editora de Informática, 2012.

9. Docente
A docência e a regência da disciplina deverá ser assegurada por docentes com experiência de
investigação e de preferência com um grau de Pós-graduação.

57
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina –Informática Básica


Código: Tipo -Complementar
Nível - 1 Ano - 1º
Semestre - I Créditos - 4 = 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)

1. Introdução
A disciplina de Práticas de Informática constitui uma espécie de “ambrella” para as outras
disciplinas de especialidade e visa proporcionar ao estudante a aplicação prática dos
conhecimentos adquiridos em diversas disciplinas do curso através de análise de situações
concretas e da realização de exercícios de aplicação e, em alguns casos, fazer a síntese de
questões tratadas em outras disciplinas.
2. Competências
 Faz o uso adequado do computador;
 Opera eficientemente com os pacotes integrados da MS-Office;
 Entende sobre a ergonomia da Informática;
 Conhece a origem da informática e sua evolução.

3. Objectivos
 No final da disciplina, o estudante deverá:
 Compreender as possibilidades do uso do computador na vida moderna;
 Compreender a organização e gestão da informação;
 Compreender a importância de software comercial na gestão das instituições e saber
trabalhar correctamente com ele;
 Conhecer o que existe em Moçambique em termos de novas tecnologias de
informação e como se pode usar

58
4. Plano temático

Tema Horas de
No
contacto Estudo
1 Introdução ás TIC’s 9 10
Conceitos Básicos da Informática: Conceito de Informação e
2 9 10
Dados. Processamento de Dados

3 Software comercial (Word, Power Point, Excel, Access, etc.) 14 10


4 Software e aplicações educacionais 8 12
5 Noções sobre redes de computadores e serviços Internet 8 10
Sub-Total 48 52
Total 100

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


Sendo a disciplina de Práticas de Informática uma disciplina de “resumo” das outras de
especialidade, deve ser encarada numa perspectiva multidisciplinar, em que os estudantes
podem ter uma formação de base em qualquer disciplina, experiência de trabalho em
computadores e sobretudo interesse no desenvolvimento desta actividade. Por um lado, esta é
uma disciplina eminentemente prática pelo que se deve centrar sobretudo em trabalhos a
realizar pelos estudantes, como forma de aprendizagem e de avaliação dos resultados.
As actividades curriculares devem orientar-se pelos seguintes aspectos:
A disciplina deve ser eminentemente prática;

Os estudantes devem realizar trabalhos individuais durante o curso. Esses trabalhos devem
ser definidos no início do curso, para que os estudantes seleccionem temas do seu interesse;
Deve-se estabelecer intercâmbio com outras Universidades ou Instituições nacionais ou
estrangeiras para troca de experiências e para acompanhar os avanços científicos e
tecnológicos nesta área;
Deve criar-se um site de divulgação da actualidade Informática e das experiências realizadas
para incentivar a curiosidade e o interesse pela Informática.

6. Meios de ensino
Gabinete de Informática. Software de modelação. Browser e acesso à internet.

59
Módulos de computadores fora de uso: placas de memória, placas de redes, motherboard,
gabinetes, teclados, etc.
Guias de utilização dos programas.
7. Estrategia de Avaliação
Embora os conteúdos de ensino-aprendizagem pertençam tanto ao domínio dos
conhecimentos como ao domínio das atitudes e capacidades, esta disciplina é essencialmente
prática e, portanto, a avaliação deve ser feita com base em trabalhos e relatórios realizados
ao longo das aulas práticas e seminários pelos estudantes, bem como no seu empenhamento
nestes trabalhos. Os aspectos a avaliar num trabalho devem ser definidos a priori pelo
professor da disciplina e podem ser, entre outros, os seguintes:
Os objectivos do trabalho estão claramente identificados?
A apresentação gráfica do trabalho faz uso adequado e correcto das potencialidades e
capacidades dos programas utilizados?

8. Bibliografia
 AZUL, A. A.: Introdução às Tecnologias de Informação. Vol 1. Porto Editora, Porto.
1998
 COELHO, P.: Manual Completo de Internet Explorer. 4a Edição. Lisboa, FCA. 1998
 COELHO, P.: XML - Nova Línguagem da Web. 2a edição. 1998
 SOUSA, S.: Computadores para Nós Todos, FCA Editora de Informática. 2000
 VALENTE, P. Introdução à Informática e Computadores. Porto Editora, Porto. 1989

60
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa

Código - Tipo- Nuclear


Nível - II Ano - 1º
Semestre - 1º Créditos – 4 = 100 horas (48 de contacto e 52 de estudo)

1 Introdução

O reconhecimento da importância de que a língua se reveste para o Homem a ela


estar vinculado de modo que nela e por ela manifesta as suas diversas formas de
pensar, sentir, agir e comunicar, implica que ela seja entendida como elemento
mediador da compreensão / expressão oral e escrita, meio de conhecimento,
apropriação e intervenção na realidade exterior e interior. Ela assegura o
desenvolvimento integrado das competências comunicativas e linguística.
Considerando que é a Língua Portuguesa a que organiza os saberes curriculares das
outras disciplinas, este programa preconiza, por um lado, a aquisição de determinadas
técnicas de expressão e, por outro, o desenvolvimento de capacidades e aptidões que
permitam ao sujeito de aprendizagem uma compreensão crítica das outras matérias de
estudo e uma preparação eficiente para a sua profissão.
Numa perspectiva de que o programa se destina a discentes de diferentes cursos, cada
um com a sua especificidade, optou-se por uma apresentação genérica dos objectivos
e conteúdos programáticos. Orientando-se os objectivos para o desenvolvimento da
competência comunicativa e produtiva, será da responsabilidade do professor, a partir
da análise da textualidade dos discentes, fazer o levantamento dos conteúdos
gramaticais, a par dos propostos, que considera necessários para a reflexão, de modo
a serem supridos os problemas existentes ao nível da competência linguística. Assim,
cabe ao professor organizar exercícios gramaticais, estruturais ou de

61
conceitualização, consoante os objectivos e as necessidades reais dos sujeitos de
aprendizagem.
Nesse espírito, apresentamos o presente programa de Língua Portuguesa e Técnicas
de Expressão, reformulado no âmbito da revisão curricular em 2003, passando a
disciplina semestral e novamente revisto tendo em conta as constatações e
observações feitas ao programa anterior e a necessidade cada vez crescente de
responder às exigências dos discentes, candidatos a professores, dos diferentes cursos
ministrados pela UP.
O programa visa desenvolver a compreensão oral e escrita em diferentes situações e
fornecer instrumentos que permitam a manipulação de diferentes tipos de texto, tendo
em conta o público a que se destina.

2. Competências

Os estudantes deverão:
 Utilizar a língua como instrumento de aquisição de novas aprendizagens
para a compreensão e análise da realidade;
 Aperfeiçoar o uso da língua tendo em conta as suas componentes e seu
funcionamento.

3. Objectivos gerais
 Desenvolver a competência comunicativa em Língua Portuguesa, na oralidade e na
escrita, de forma apropriada a diferentes situações de comunicação, perspectivando
os discursos tendo em vista a integração do sujeito de aprendizagem no seu meio
socioprofissional;
 Conhecer o funcionamento específico da pluralidade de discursos que os discentes
manipulam quotidianamente nas disciplinas curriculares.
 Desenvolver o conhecimento da língua e da comunicação, através de uma reflexão
metódica e crítica sobre a estrutura do sistema linguístico, nas componentes
fonológica, morfo-sintáctica, lexical, semântica e pragmática.

62
4. Conteúdos (plano temático)

Horas
Conteúdos
Temas contacto estudo
1. Textos escritos de organização e pesquisa de dados 06 06
Tomada de notas
 Técnicas de economia textual
Resumo
 Plano do texto
 Unidades de significação
 Regras de elaboração de resumo
2. Textos orais ou escritos de natureza didáctica ou 09 08
cientifica
Texto Expositivo-Explicativo
 A intenção de comunicação
 A organização retórica e discursiva
 As características linguísticas
 A coerência e progressão textual

3 Texto Argumentativo
 Conceito de argumentação 09 08
 A organização retórica do texto
 Organização discursiva do texto
 Teses e argumentos
 Práticas discursivas
4. Composição Escrita 07 10
 Planificação
 Produção
 Reconhecimento de esquemas de compreensão
global
5. Expressão e compreensão oral 06 08
 Princípios orientadores da conversação
 Formas de tratamento
 Tipos e formas de frase
 Oralidade
6, Textos Funcionais /administrativos 06 06
 A Acta
 O Relatório
 O Sumário
 O CV

63
7. Reflexão sobre a língua 05 06
 Ortografia, acentuação, pontuação, translineação.
 A Frase Complexa – coordenação e subordinação
 Categoriais gramaticais
 Campos semânticos e relações lexicais.

Sub-total 48 52
Total 100

5. Métodos e Estratégias de Ensino-Aprendizagem

Do ponto de vista metodológico considera-se que, para atingir os objectivos


traçados, o discente tem que praticar a língua portuguesa na oralidade e na escrita. Deste
modo, todas as actividades seleccionadas pelo professor devem partir essencialmente da
prática do sujeito de aprendizagem.
Aconselha-se a escolha de textos relacionados com as temáticas de cada curso
assim como, sempre que possível e outros materiais para o alargamento da cultura geral.
Da mesma forma, aconselha-se a utilização de textos completos, reflectindo sobre as
estruturas textuais, não se limitando apenas a nível oracional.
O professor deverá procurar diversificar os meios de ensino em função dos temas
a abordar e, naturalmente, de acordo com as condições reais da instituição.

6. Avaliação

A avaliação deverá processar-se de uma forma contínua, sistemática e periódica. O tipo


de avaliação corresponderá aos objectivos definidos incidindo sobre:
- Composição oral e escrita;
- Expressão oral e escrita.
Assim, são considerados instrumentos de avaliação:
- Trabalhos individuais, orais e escritos, a elaborar dentro das horas de contacto
e/ ou do tempo de estudo;
- Testes escritos (mínimo de dois).
A nota de frequência a atribuir no fim do Semestre será a média dos resultados obtidos em
cada um dos objectivos definidos, avaliados nos trabalhos e / ou testes.
Haverá um exame final do Semestre que consistirá numa prova escrita.
64
A nota final do Semestre será calculada com base na nota de frequência (com peso de 60%) e
na nota de exame (com peso 40%).

1. Língua de ensino

- Português

2. Bibliografia Básica
BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia de Pesquisa: Monografia, Dissertação,
Teses. São Paulo. Atlas, 2003.

CARRILHO, M.J. e ARROJA, M. Programa de Língua Portuguesa e Técnicas de


Expressão. Maputo,Instituto Superior Pedagógico, 199...

CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. 14ª ed.


Lisboa, Sá da Costa, 2001.

DIAS, D., Cordas, J. & MOTA, M. Em Português Claro. Porto editora, 2006.

FIGUEIREDO, O. M. & BIZARRO, R. Da Palavra ao Texto-Gramatica de Língua


Portuguesa. Porto, ASA, 1999.

FILHO, d’Silva. Prontuário: Erros Corrigidos de Português. 4ª ed. Lisboa, Textos


editores.

JUCQUOIS, Gui. Redacção e Composição. Lisboa. Editorial presença, 1998.

LAKATOS, E.M. & MARCONI, M. de Andrade.Metodologia Científica.5ª ed., São Paulo,


Atlas, sd.

LUFT, Celso Pedro. Dicionário Prático de Regência Nominal. São Paulo. Ática,
2002.

MARQUES, A.L. Motivar para a Escrita: Um Guia para Professores, Lisboa,


2003.

MATEUS, et. al.. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed.,Lisboa, caminho, 1989

MAVALE, Cecília. Resumo(Apontamentos). Maputo, UP, 1997.

SANTOS, Odete et.al. Outras Palavras.Português. Lisboa, Textos Editora, 1990.

PRONTUÁRIO ORTOGRÁFICO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 47ª ed., Lisboa. Editorial


Notícias, 2004.
65
REI, J., Esteves. Curso de Redacção II - O Texto. Portoeditora. 1995.

SAMPAIO, J. & MCLNTYRE, B. ColoquialPortuguise-The complete course for


beginners.2ªed. Landon and New York, 2002.

SERAFINI, Maria Teresa. Como se Faz um Trabalho Escolar. Lisboa, Editorial


Presença, 1996.

SERAFINI, Maria Teresa. Saber Estudar e Aprender. Lisboa, Editorial Presença, 2001.

SOARES, M.A. Como Fazer um Resumo. 2ª edição, Lisboa. Editorial, presença, 2004.

TRIVINOS, A.N.S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. A pesquisa


qualitativaem Educação. São Paulo. Atlas, s.d.

VENTURA, H. & CASEIRO, M.. Dicionário prático de verbos seguidos de


preposições. 2ª editorial Lisboa. Fim de Século, 1992.

VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra, Almedina, 1999.

3. Docentes

A disciplina será leccionada por docentes da FCLCA.

66
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Fisiologia Vegetal


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 2º
Semestre – 1º Creditos –6 = 150 horas ( 80contacto + 70 de estudo)

1. Introdução

Os vegetais pluricelulares superiores são constituídos por um conjunto de células


diferenciadas. Ao conjunto de células que desempenham a mesma função dá-se o nome de
tecidos. Esses tecidos constituem o objecto de um ramo de biologia, a histologia. Os tecidos
por sua vez, formam vegetais e animais superiores, um sistema de órgãos que constituem o
corpo.
A botânica sistemática faz a classificação dos organismos vivos em séries hierárquicas de
grupos, enfatizando as suas relações filogenéticas. Ela é a parte da ciência que estuda e
apresenta os métodos e teorias que organizam os seres vivos em grupos, promovendo a sua
classificação, identificação e nomenclatura. Para o efeito, a botânica sistemática utiliza
vários métodos como a comparação, chaves de identificação, guias de campo, etc.
A fisiologia é o estudo das actividades vitais. Ela procura dar uma explicação não só
descritiva como também causal da origem e funcionamento das estruturas dos seres. O
objecto é explicar claramente e por completo os processos que se dão no organismo segundo
as leis físicas e químicas; para tal o emprego de métodos físicos e químicos e recentemente ,
a informática como do organismo no seu conjunto, ela em geral é útil e razoável como ajuda
heurística, pois, por regra geral só puderam perdurar no curso da filogenia os caracteres
vantajosos, quer dizer aqueles que apresentam um valor de secção positiva; este subdivide-se
em fisiologia do metabolismo material e energético, do desenvolvimento e dos movimentos.
Os fenómenos de crescimento, desenvolvimento e movimento activo estão acompanhados
sempre de troca de materiais e energia.

67
2. Competências
 Compreende a relação da estrutura e função nos órgãos e tecidos vegetais;
 Aplica técnicas de manipulação de desenvolvimento da planta e de germinação da
semente para garantir maior percentagem de germinação;
 Identifica o excesso e carência de nutrientes numa planta e manipular a
produtividade.
3. Objectivos gerais
 Identificar, desenhar e legendar tecidos e órgãos de plantas superiores;
 Fazer preparações e observações microscópicas; elaborar um herbário morfológico;
 Descrever os tipos de multiplicação e reprodução;
 Descrever os passos envolvidos na germinação duma semente;
 Explicar como é que os factores externos influenciam na germinação da semente e no
desenvolvimento da planta;
 Descrever o processo de transporte através do xilema e do floema;
4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Reprodução e os ciclos de vida das plantas 8 5
2 Morfologia e anatomia das plantas superiores 8 5
3 Taxonomia das plantas superiores, princípios básicos 8 5
4 Características das principais famílias de plantas. 8 5
Plantas de interesse agronómico e florestal
5 Fisiologia do metabolismo e energia 8 5
6 Troca e transporte de matéria 8 5
7 Balanço do metabolismo do azoto 7 5
8 Metabolismo secundário das plantas 8 5
9 Fisiologia do crescimento e Desenvolvimento 3 5
10 Fisiologia de movimento de plantas 4 5
11 Amadurecimento e germinação dos órgãos 4 5
reprodutivos
12 Floração, Foto e termoperíodismo 3 5
13 Fisiologia da regeneração e da plantação 4 5
14 Fisiologia da produção da colheita 3 5
Sub total 80 70

68
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação e de Campo;
 Práticas laboratoriais;
 Trabalhos individuais de aprofundamento.

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Modelos naturais e artificiais;
 Laboratório.

7. Estrategias de Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame.

8. Bibliografia
 B. MAYER, D. ANDERSON, R.BOHNING, D.FRATIANE, introdução á fisiologia
vegetal 2ª edição Fundação Calouste Gulbenkian, 1991.
 CORREIA,A.A. D. Bioquímica nos solos , nas pastagens e forragens, fundação
calouste Gulbenkian,1986.
 DE KONING, Flora de Moçambique. TomoII Part I, 1987.
 FERRI, M.G. Fisiologia vegetal vol1 S.Paulo, 1986.
 GELFAND,MAVI, DRUMMOND AND NDEMERA, the traditional medical,
practitioner in Zambabwe, 1985.
 RAVEN, RAY E CURTIS, Biologia vegetal, Guanabara ois, Rio de janeiro, 1976.
 SIMMONDS, Evolution of crop plants, 1976.

69
 SMITH, GILBERT M. Botânica criptogâmica vol II briófitas e pteridófitas 4ª edição,
fundação Calouste, 1987.
 STACE, Plant taxonomy and biosystematics, 1989.

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)


Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Anatomia Animal


Tipo: Nuclear
Nível :1 Ano: 1º
Semestre:I Créditos: 6 = 150 horas (80 contacto + 70estudo)

1. Introdução
A Anatomia é um ramo de conhecimento que estuda a forma, a disposicao e a estrutura dos
seres vivos. Etmologicamente, Anatomia significa cortar separando ou dissociando as partes
do corpo. No período inicial de seu desenvolvimento, a anatomia era uma simples ciência
descritiva, baseada em observações realizadas a olho nu e com o uso de instrumentos simples
de dissecação – bisturi, pinça e outros.

A anatomia é responsável pelo destrinche de todas as partes de um corpo, podendo ser ele
animal ou vegetal. Estuda cada parte destes corpos minuciosamente para proporcionar
informações valiosas que podem ser usadas para cura de enfermidades ou para desenvolver
novas tecnologias para o melhoramento dos mesmos. A anatomia é de vital importância para
adquirir informações sobre o estudos dos ossos, dos músculos, dos órgãos, localização destes
(anatomia topográfica) de modo a facilitar todas actividades zootenicas e de diferentes
maneios tendentes a maximizar a produção animal.

2. Competências a serem desenvolvidas


 Adopta atitudes apropriadas à promoção da saúde;
 Entende e questionar a evolução das estruturas anatómica dos animais;

70
 Lida com destreza no maneio de objectos biológicos (dissecação e tratamento
 museológico);
 Reflecte sobre todos os sistemas orgânicos dos seres animais e compará-los
 desde o mais simples ao mais complexo.
 Reflecte sobre a complexidade do homem em relação aos outros animais.

3. Objectivos
 Estudar a anatomia comparada desde os seres inferiores até ao homem;
 Compreender a organização anatómica global do corpo humano;
 Identificar os grupos musculares, cadeias ósseas e articulares mais importantes para o
movimento humano e o exercício;
 Explicar a organização e a base fisiológica dos principais aparelhos e sistemas
orgânicos;
 Reconhecer e compreender a origem de deformações anatómicas relacionadas com o
nosso sistema esquelético.

4. Plano Temático
Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Generalidades de anatomia animal 10 9
Organização e morfologia dos invertebrados e vertebrados 10 9
2

Osteologia 10 9
3

Artrologia 10 9
4

Miologia 10 9
5

Angiologia 10 8
6

Neuroanatomia 10 8
7

Características evolutivas do tegumento comum e seus anexos 10 9


8

Sub-total 80 70
71
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

6. Meios de ensino
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7. Estrategias de Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. BIBLIOGRAFIA
 ADAMS, J.C. Manual de fracturas e lesões articulares, artes médicas. São Paulo,
1980.
 CARNEIRO, J. Histologia básica. 8ed.,Rio de Janeiro, 1999.
 DIB, C.Z e MITRORIGO, G.F. Primeiros socorros, um texto programado. São
Paulo, 1978.
 JACOB,W.S. Anatomia e fisiologia humana.5ed.,Rio de Janeiro, 1982.
 JÚNIOR, A. A. Elementos de anatomia e fisiologia humana. 4.ed.,São Paulo, 1982.
 MASSEDA,L. Lesões musculares. Lisboa, 1989.
 PINA, E.J.A. Anatomia humana da locomoção, 1999.
 PTRÉNTURE, R. F. Introdução à anatomia humana. Lisboa, 1991.
 ROMER, A. S. e PARSONS, T. S. Anatomia comparada dos vertebrados. São Paulo,
Atheneu Editora, 1985

72
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Microbiologia e Imunologia


Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 2º
Semestre – 1º Creditos –6= 150 horas (80 contacto + 70de estudo)

1. Introdução
A microbiologia e imunologia dedica-se ao estudo dos diferentes tipos de microorganismos.
Ela surge em meados do século XIX, quando foi posto em evidência o papel dos
microorganismos nas fermentações alimentares e nas doenças infecciosas.

Desde então a microbiologia conheceu um progresso o que permitiu acumular uma


quantidade impressionante de conhecimentos vários. Estes conhecimentos encontram, hoje,
aplicação em diferentes campos do saber como por exemplo, na medicina, agricultura, na
indústria e na alimentação. O maior avanço no uso do microorganismos foi alcançada pela
Biotecnologia. No entanto ainda há muito a descobrir porque não obstante a sua aparente
simplicidade, os microorganismos não cessam de nos surpreender e maravilhar pela sua
diversidade, a sua rápida evolução e as múltiplas intervenções na natureza.

A principal função do sistema imunológico é prevenir ou limitar infecções causadas por


microorganismos como bactérias, fungos, vírus e parasitas. A primeira linha de defesa é a
pele intacta e as membranas mucosas; se os microorganismos rompem essa linha e entram no
corpo então o ramo inato do sistema imune está disponível para destruir os invasores.

2. Competências
 Entender o papel dos microorganismos no ambiente;

73
 Entender a influênciados microorganismos na saúde;
 Usar as técnicas laboratoriaispara diagnosticos.

3. Objectivos:
 Compreender os conceitos fundamentais de microbiologia e imunologia;
 Caracterizar a morfologia e fisiologia das bactérias; e
 Conhecer as técnicas laboratoriais de diagnóstico.

4. Plano Temático:
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução a microbiologia 8 7
Diversidade dos microorganismos e seu lugar no mundo vivo 8 7
Métodos em Microbiologia e nutrição microbiana 8 7
Métodos de avaliação quantitativa da população microbiana e 8 7
o efeito de factores ambientais no processo de crescimento
2 Morfologia e fisiologia das bactérias 8 7
3 Patologia das bactérias 8 7
4 Morfologia e fisiologia dos fungos 8 7
Morfologia e fisiologia das algas 8 7
5 Estrutura e replicação dos vírus 8 7
6 Patogénese da infecção viral 8 7
7 Esterilização e desinfecção 8 7
8 Introdução a Imunologia 8 7
9 Imunidade inata e adquirida 8 7
10 Deficiências nos mecanismos de imunidade 8 7
Sub-total 80 70
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

74
 Aulas práticas no laboratório e trabalho de campo

6. Meios de ensino
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

3.Estratégias de Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. Bibliografia:
 ALCAMO EDUWARD– Fundamentals of Microbiology, Third edition, 1999.
 BANNS CURIS– Biology, fifth edition – completamentary copy, 1989.
 CHAN/REID/PELCzan– Microbiologia Vol. 1 e 2, 1980.
 D.G MACKEAN– Introdution to Biology,1984.
 GEREMY BUNGESS. Michael Mart – Under the microscop, (sem data).
 HELENA CURTIS – Biology1979.
 LASSE DENISSE – Introdução a Microbiologia alimentar, (sem data).
 MADIGAN M.T., J.M. MARTINKO, J.PARKER,– Brock biology of
microorganisms 9th edition. Prentice Hall. New Jersey, 2000.
 Prescot, L.M. Hanley, J.P. and Klein, D.A., Microbiology, 4th edition.1999.
 MICHAEL, J. PELCJAR JR, E.C.S CHAN, NOEL R.KRIEG– Microbiologia
conceitos e aplicações.Vol. 1 e 2, 1996.
 PRESCOT, L.M. HANLEY, J.P. AND KLEIN, D.A.– Microbiology, 4th edition
WCB Mc Graw-Hill companies Boston,1996.
 SALISBURY B. FRANK UtahStatUniversity – Cleon W.Ross Colorado– Plant
physiology – 4th Edition, 1991.

75
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Ciência do Solo


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 1º
Semestre – 2º Creditos – 6 =150 horas (80 contacto + 70 de estudo)

1.Introdução
A ciência do solo é uma ciência que se situa no ponto de encontro das ciências físicas (Física
& química), biológicas (Botânica, Zoologia, Microbiologia, Ecologia), geológicas
(Mineralogia, Geologia, Geomorfologia) e agrárias (produção de plantas, Nutrição vegetal,
Agrohidrologia, tecnologia e conservação de solos.

Muitas vezes divide-se a ciência do solo em dois ramos principais: Pedologia e Edafologia.
A pedologia é a parte que trata da origem, morfologia, distribuição, mapeamento, taxonomia
e classificação dos solos. Divide-se em pedografia, a descrição sistemática dos solos e a
pedogênese que estuda a origem dos solos.

A Edafologia é o estudo do solo sob o aspecto de sua utilização pelas plantas, incluindo o
uso da terra pelo homem com a finalidade de proporcionar o crescimento das plantas. O solo
em ramos puros tem-se: solo como base para construção e maneio (tecnologia do solo0, solo
como substrato das plantas (edafologia), como produto de formação (pedologia), como
objecto de estudos básicos (química, física, mineralogia, biologia do solo) , o solo como
sistema ecológico(eco-pedologia) e o solo para a agricultura sustentável(conservação do
solo).
2. Competências
 Sabe distinguir os diferentes tipos de solo aplicáveis para cada tipo de cultura;
 Conhece os fundamentos de geologia;
 Conhece a influência da actividade humana sobre o solo.
76
3. Objectivos
 Determinar os parâmetros físicos e químicos de maneio do solo
 Fazer o levantamento e classificação do solo;
 Avaliar aptidão do solo para as práticas Agro-pecuárias.

4. Plano Temático
Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Solo, sua composição e factores de formação 5
2 Morfologia do solo e descrição pedológica 5 5
3 Fase sólida do solo, material orgânico 5 5
4 Fase líquida do solo; retenção e disponibilidade da 5 5
água e movimento
5 Química do solo 5 5
6 Troca iónica e o poder tampão 5 5
7 Reacção do solo , soma de bases, acidez trocável PST e 6 4
CE
8 Processos no solo, ácidos, salinos e sódicos 5 5
9 Classificação de acordo (FAO e UNESCO) e 66 4
taxonomia do solo
10 Levantamento do solo ( métodos e intensidade) 5 4
11 Exigências nutricionais das culturas(macro e 6 5
micronutrientes)
12 Avaliação de terras 6 4
13 Fertilidade do solo e cálculos de adubação 5 5
14 Potencial dos solos em Moçambique 6 4
15 Trabalho de campo 5 5
Sub-total 80 70
Total 150

77
5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem
 Conferências;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Trabalho de campo;
 Laboratório de análise

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector

7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia
 CURI, N. & LARACH, N. Vocabulário de ciência de solo. Sociedade Brasileira de
ciência do solo, Campis, 1993.
 MALAVOLTA, E. ABC da adubação. 4ª edição. Editora Agronómica Ceres, São
Paulo, 1979.
 MACOO, P.M. Estudo do efeito da adubação NPK e da aplicação do calcário no
rendimento do milho, em sequeiro, no Gurué- Zambézia (sem data).
 VAN RAINJ, B. & M.A.T.ZULO. O método tampão SMP para a determinação da
necessidade de calagem de solos do Estado de S. Paulo, 1979.

78
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Bioquímica
Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 1º
Semestre – 2º Creditos – 4 = 100 horas ( 48 contacto + 52de estudo)

1. Introdução
A disciplina de bioquímica é leccionada no curso de bacharelato, destina-se a fornecer
conhecimentos que permitam a posterior compreensão da natureza química da célula. Os
seus fundamentos constituem a base indispensável para a compreensão da função, de função,
de fenómenos e processos químico-fisiológicos que desenrolam na célula durante as
actividades metabólicas. Os conhecimentos desta cadeira são de aplicação prática no
quotidiano do aluno e das comunidades.

A organização das matérias a inclusão de aulas práticas, as visitas ás unidades de produção


de elementos que conferem ao graduado bases sólidas de bioquímica e da sua aplicabilidade
na vida prática.

2. Competências
 Descreve os processos bioquímicos e os relaciona com a nutrição animal;
 Identifica a enrgia necessária para manutenção do organismo;
 Relaciona aspectos bioquímicos com o mjetabolismo basal.

3. Objectivos
 Descrever as estruturas das biomoléculas;
 Descrever os processos bioquímicos extra-celulares que permitem troca de nutrientes
e energia do organismo animal;
 Conhecer as funções principais das moléculas de interesse biológico ;

79
4. Plano Temático
Nr Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução a bioquímica 4 5
2 Química da água, sistema tampão nos seres vivos 4 5
3 Nutrição 4 5
4 Vitaminas: Classificação e funções 4 5
5 Proteínas: Estrutura e função 5 4
6 Enzimas e catálise biológica 4 5
7 Carbohidratos: Estrutura, função e digestão 5 5
8 Lípidos: Estrutura, função e digestão 4 4
9 Ácidos nucleícos e nucleotídeos: estrutura 5 5
10 Hormonas: metabolismo e mecanismo de acção e 5 5
regulação das vias anabólicas
11 Metabolismo dos tecidos seleccionados: Eritrócitos, 4 4
fígado, glândula mamária músculo esquelético
Sub-total 48 52
Total 100

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Visitas de estudo;
 Aulas práticas (produção de material didáctico com material reciclável).

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Campos de experimentação
 Laboratórios
 Manuais.

80
7. Estrategias de Avaliação
 Testes escritos
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia
 CAMPOS, I. Entender a bioquímica, 1989.
 HARPER, Rodwell e MAYES, Manual de química fisiológica, 5ª edição1982.
 JACQUES, Weil, H. Bioquímca geral, 1979.
 LEHNINGER, A., Bioquímica 2ª edição vol2 e 3, 1979.
 OLIVEIRA, J.S. Bioquímica, vol.I e II, 1980.

81
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Prática Técnico-Profissional I


Tipo-nuclear
Nível: 1 Ano-1º
Semestre: 2º Créditos – 3 = 75 horas (48 contacto+ 27 de estudo)

1. Introdução
Os métodos de propagação vegetativa incluem todos os métodos de propagação de culturas e
variedades à exclusão das sementes.
A Enxertia por exemplo, é uma prática antiga, praticada muito antes da era cristã. Os
chineses começaram a sua utilização, mas a sua divulgação foi feita, mais tarde, pelos
fenícios. Um fragmento da planta susceptível de se desenvolver por meio duma gema
solda-se pela união das camadas cambiais a uma outra planta. A importância desses métodos
reside fundamentalmente no melhoramento e qualidade dos produtos que as plantas podem
gerar para a comunidade.

A adubação, o sombreamento, a rega, o controlo de infestantes e a protecção fitossanitária


são facilitados e mais económicos. O uso de alfobres e viveiros permite o avanço na
produção de plantas, para que as plantas já estejam prontas para o transplante, quando o
terreno estiver pronto e as condições forem propícias.

O uso de sacos de plástico perfurados na base para drenagem produz árvores mais
rapidamente e permite uma maior taxa de sobrevivência depois do transplante
A alimentação do gado bovino nas zonas tropicais depende essencialmente dos pastos e
forragens, sendo estes abundantes na época chuvosa e escassas na época de seca, quer em
termos quantitativos assim como qualitativos.

82
Para minimizar esse deficit alimentar, praticas de maneio alimentar e de conservação que
permitam aproveitar a abundância dos pastos na época chuvosa devem ser levadas a cabo tais
como a suplementação com concentrados, feno e silagem. Essa suplementação tem em vista
não só a cobertura das necessidades nutritivas na época seca mas também aumentar o
potencial de crescimento dos animais (engorda intensiva de bovino), bem como o alcance
dos índices produtivos e reprodutivos, pois um animal bem nutrido tem maior capacidade de
resistir a doenças. Por outro lado um bom sistema de registos numa unidade de produção
bovina permite a obtenção da informação sobre o processo produtivo e reprodutivo.

As características principais dos pequenos ruminantes são a habilidade em digerir as


componentes da parede celular dos alimentos, isto é, a capacidade de digerir a fibra bruta que
está presente nas plantas (celulose e hemicelulose). Da mesma maneira que a vaca, a cabra e
a ovelha, produzem leite, crescem (maneio produtivo) e reproduzem-se (maneio
reprodutivo), o que requer uma dieta contendo níveis adequados de energia, proteína,
minerais e vitaminas. A cabra é altamente selectiva na sua alimentação. Isto proporciona-lhe
uma dieta de melhor qualidade nutricional do que o resto dos animais. Através da selecção, a
cabra consome as partes da planta que contêm pouca fibra.
Para proporcionar uma boa nutrição num sistema estabulado é importante conhecer os seus
requerimentos nutricionais e a composição química dos alimentos e outros suplementos
disponíveis.

Um aspecto particular dos pequenos ruminantes e a sua vulnerabilidade as parasitoses gastro-


intestinais e ectoparasitas pelo que se deve adoptar sistemas de maneio que interfiram no
ciclo evolutivo de esses parasitas.

2. Competências
 Realiza o processo de enxertia
 Faz a sementeira obedecendo os compassos recomendados
 Realiza os tratamentos fitossanitários com eficácia
 Faz a selecção de reprodutores
 Produz e conserva os pastos e forragens
 Identifica os animais e determina o rendimento de carcaça

3. Objectivos
 Os estudantes devem possuir conhecimentos sobre:

83
 Conceito de enxertia
 Tipos de sementeira e os compassos recomendados por cultrura
 Traçado de plantacao
 Tratamento fitossanitários
 Maneio do gado bovino(alimentario, reprodutivo, produtivo, sanitário)
 Taxa de concepcao e o intevalo inter-partos
 Determinacao do peso do animal e do estado de carne
 Organizacao de campanha de vacinacao e tratamentos profilático bem como
terapêuticos

4. Plano temático de Prática Técnico-Profissional I


Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Propagação de plantas 3 2
Estabelecimento e condução de culturas alimentares e 3 2
2
industriais
3 Estabelecimento de pomares 3 2
4 Tratamentos fitossanitários I 3 2
5 Maneio do gado bovino 3 2
6 Maneio Reprodutivo 3 1
7 Maneio produtivo 3 2
8 Maneio sanitaria 3 1
9 Registos 3 2
10 Mecanização agrícola 3 1
11 Determinação dos factores de qualidade de semente 3 2
12 Adubos e adubação 3 1
13 Tratamentos fitossanitários II 2 2
14 Maneio dos pequenos ruminantes 2 2
15 Maneio Reprodutivo 3 1
16 Maneio produtivo 2 1
17 Maneio sanitaria 3 1
Sub-total 48 27

84
Total 75

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

6. Meios de ensino
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7.Estrategias de Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. Bibliografia
 ANDRIGUETTO, J.M. et al (1998).Nutrição animal Vol 1 e 2 3ª edição.
 McDonald, P. et al (1998). Animal nutrition 4ª etdition

85
PROGRAMAS TEMÁTICOS DO 2º ANO DE LICENCIATURA EM AGRO-
PECUÁRIA – MAJOR

86
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias
Programa Temático de Língua Inglesa

Disciplina – Língua Inglesa

Código – Tipo - Geral


Nível - II Ano 1°
Semestre - 1 Créditos – 4 = 100 hrs (48 horas de contacto; 52 horas de estudo)

1. Competências
a) Caracterizar e usar discursos de nível académico e técnico;
b) Fazer descrições usando estruturas morfológicas e sintácticas correctas;
c) Explicar fenómenos e processos usando técnicas do discurso em Inglês;

3. ObjectivosGerais
a) Adquirir conhecimentos sólidos que facultem a autonomia e domínio do Inglês;
b) Desenvolver capacidades de análise crítica e uso da língua;
c) Desenvolver capacidades de aprendizagem autónoma e contínua do Inglês.
d) Desenvolvervocabulário técnico da área técnica especifica de acordo com o curso do
estudante
4. Pré-requisitos
Nível de conhecimento da língua

5. Conteúdos (planotemático)

Unit Nº Contents Horas de Horas de


contacto estudo
I. 1. Present Simple 2 2
+adverbs of frequency
1. To express an
action that happens again and again, that is a
habit. E.g. He smokes twenty cigarettes a day.
2. To express
something which is always true about a person or
about the world?E.g.:thesun rises in the east.
3. To express a fact
87
that stays the same for a long time, that is a state.
E.g.: She works in a bank.

2. Present Continuous 3 3
1. To express an
activity happening at the moment of speaking.
E.g. I can’t answer the phone. I’m having a bath.
2. To express an
activity that is happening for a limited period at
or near the present, but is not necessarily
happening at the moment. E.g.: Please don’t take
that book. Annie’s reading it.
3. Past Simple + 2 3
definite time expressions (e.g. yesterday, ago, etc.)
1. To express an
action which happened at a specific time in the
past and is now finished. E.g. I went to
Vilankulos for my holiday last year.
II. 4. Past Continuous 2 3
1. To express an
activity in progress around a point of time in the
past. E.g.: What were you doing at 8:00 last
night? I was watching television.
2. For descriptions.
E.g.: This morning was really beautiful. The sun
was shining, the birds were singing.
III. 3 5. Expressions of 2 3
quantity (some, any, much, many, a lot of, a few, a little)
+ articles (a, the + the zero article)
1. To introduce
articles and expressions of quantity to talk about
countable and uncountable nouns. E.g.: We’ve
got some books. How many books do you have?

a. 6.4 Going to Versus 2 3


Will
1. To introduce (going
to) to express a future intention (e.g. We’re going
to move to Nacala)and (will) to express a future
intention or decision at the moment of speaking.
E.g. it’s: Jane’s birthday. Is it? I’ll buy her some
flowers.
7.What…like +comparatives and superlatives 2 2
1. T
o ask for the description of somebody or
something
2. C
omparing and contrasting people’s personalities
3. Describing places
88
for a visit. – advertising a site.
8. Present Perfect 3 3
Simple with ever and never + since and for
1. To express
experience. E.g. Have you ever been to Russia?
2. To express
unfinished past. E.g. I have lived here for ten
years.
3. To express present
result of a past action. E.g. She has broken her
legs.
IV. 9. First, Second and 3 3
Zero Conditionals
1. To introduce the
first conditional to express a possible condition
and a probable result. E.g. If you leave before
10.00 you will catch the train easily.
2. To introduce a
hypothetical condition and its probable result.
E.g. If I had enough money, I would eat in
restaurants all the time.
3. To introduce
Conditions that is always true, with automatic or
habitual results. Flowers die if you don’t water
them.
V. 10. Passive 2 3
1. T
o introduce the passive this moves the focus from
the subject to the object of active sentences. E.g.
Europe imports a lot of cars – A lot of cars are
imported into Europe
2. Reading a
procedural text – how wine is made, coffee, paper
and gold is mined
VI. 11. Past Perfect – 3 3
narrating facts in the past
1. P
ast perfect vs simple past
2. P
ast perfect continuous vs Past perfect simple
3. Telling a story –
fables and short tales
VII. 12. Writing – simple 2 3
sentences
1. Complex sentence
writing
2. The concept of a
paragraph
3. Paragraph writing
VIII. 13. The structure of a 2 3
89
paragraph
1. Controlling idea
2. Supporting
arguments / arguments
3. Analyzing the
content of a paragraph
14. Essay analysis I 2 3
1. Reading academic
essays
2. The structure of an
essay

15. Essay analysis II 3 3


1. Identifying the
thesis statement in an essay
2. Writing thesis
statements for essays
3. Writing an
argument about a topic
IX. 16. Essay writing 2 3
practice
1. Brainstorming
2. Taking notes for an
essay
3. Writing an essay
4. Editing an essay
5. Proof-reading
essays
X. 17. Relative pronouns 2
1. Defining relative 3
clauses
2. Non-defining
relative clauses
3. Using relative
pronouns in context
XI. 18. Reading I 3 2
1. Micro skills –
scanning and skimming
2. Comprehension –
true and false
3. Multiple choice
questions
4. Completing
sentences with information from the text
19. Information transfer
a. 20.
1 Reading II 2 2
1 1. Reading and taking
. notes
XII 2. Discussion about
90
the topic
3. Debates
21. Reading III 2 2
1. Gathering
knowledge about current affairs
2. Learning about the
subjects – mammals, reptiles, birds, fish and the
environment
3. Scientific reading
4. Science fiction
b. 22.
1 Revision – 2 2
3 Evaluations 1- 2 and 3
23. Final Exam
Sub-total 48 52
Total 100

6. Métodos de Ensino - Aprendizagem


A disciplina de Língua Inglesa inclui aulas teóricas que abordam as regras gramaticais, as
estruturas discursivas e o universo linguístico e cultural do Inglês. As aulas práticas
complementam a teoria e incluem a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos em
situações reais de comunicação oral e escrita. Ademais, Caberá ao docente providenciar
textos técnicos relevantes para cada curso.

7. Métodos de Avaliação
Nesta disciplina os estudantes serão avaliados de acordo com o regulamento académico
em vigor. Assim, prevê-se a realização de 2 testes escritos para avaliação das horas de
contacto. Quanto as horas de estudo independente serão avaliadas com base em dois
trabalhos escritos e uma apresentação oral. No fim dos semestre, todos os estudantes
admitidos serão submetidos a um exame escrito

8 Língua de Ensino - Inglesa

9. BIBLIOGRAFIA
BROWN, C.P. and Mullen, D.P. English for Computer Science. Oxford University
Press. Oxford, 1984

CUNNINGHAM S and Moor P. Cutting Edge Pre Intermediate English Course


Longman, Essex,2003.

SOARS, J & L. Headway. Pre-intermediate. Oxford University Press,


Oxford, 1989.

SOARS, J & L. Headway. Intermediate. Oxford University Press, Oxford, 1989.


SOARS, J & L. Headway.Upper-intermediate. Oxford University Press, Oxford, 1989.
SOARS, J & L. Headway.Advance. Oxford University Press, Oxford, 1989.
SOARS J & L. The New Headway Upper-Intermediate the 3rd Edition – Workbook
Oxford University Press, Oxford 2003

10. O Docente

91
Todos os docentes formados na área do ensino da língua inglesa poderão leccionar esta
disciplina. Docentes formados em outras áreas, tais como Literatura, Linguística,
Didáctica poderão também leccionar a cadeira língua inglesa.

92
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Ecologia
Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 1º Créditos – 4= 100 horas (64 contacto 36 de estudo)

1. Introdução
Todo e qualquer fenómeno que acontce na natureza necessita de energia , para ocorrer. A
vida requer materia e energia, em qualquer sistema natural, materia e energia são
conservados. Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os
ecossistemas necessitam para sua manutenção. Existe um envolvimento entre recursos
naturais e a tecnologia para a utilização de um recurso.

O uso do solo cultivado pelo homem sedentário foi se expandido com o crescimento
populacional e o progressivo domínio da energia, criando condições para romper equilibrios
ecológicos mais que minerais. Em consequência, a fertilidadee a produtividadenaturais dos
solos foram reduzindo-se. Enquanto a alternativa do deslocamento para outras terras foi
possivel, a sobrevivência assegurada.

2. Competências
 Conhece a base de agro-ecossistema
 Entende a relação entre os animais e o meio ambiente.
 Estabelece a relação entre o meio ambiente e o Desenvolvimento sustentável
3. Objectivos
 Relacionar a ecologia com contexto ambiental;
 Conhecer os factores ecológicos básicos ligados aos sistemas agrários
 Avaliar a eficiência do aproveitamento energético;
 Enumerar os conceitos básicos de ecologia aplicada e a relação com outras ciências;
 Promover técnicas de conservação dos recursos naturais e reduzir poluição da
biosfera.
93
4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução á disciplina 6 3
2 Conceitos e definições 6 3
3 Generalidades de ecologia e meio ambiente 6 3
4 Factores ecológicos(água, temperatura, luz, solo, 6 4
atmosfera, fogo)
5 Estruturas, teorias e hipóteses da ecologia aplicada 6 3
6 Desenvolvimento dos ecossistemas 6 4
7 Consevação dos equilibrios naturais 5 3
8 Ecologia e transformação do ambiente 6 4
9 Reciclagem do lixo e o desenvolvimento sustentavel 6 3
10 Gestão, educação, legislação e licenciamento ambiental 6 3
11 Auditoria e ecoturismo 5 3
Sub total 64 36
Total 100

4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Práticas laboratoriais
Meios de ensino Avaliação
- Quadro branco/preto; - Testes escritos;
- Retroprojector; - Trabalhos em grupo;
- Modelos naturais e artificiais; - Relatórios de trabalhos práticos;
- Campo de experimentação - Trabalhos individuais de aprofundamento

5.Bibliografia
 BURSZTYN, M.A.A. Gestão Ambiental- Instrumentos e práticas, Brasilia, 1994
 Guerra, A.T.Recursos Naturais- Rio de Janeiro, IBGI,1875
 LAGO,A.& PÁDUA,J.A. O que é Ecologia- S.Paulo, Editora Brasileira-1985

94
 SEWEL, G.G.H. Administração e control de Qulidade Ambiental, S.Paulo- 1975

95
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Higiene e Segurança no Trabalho


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 2º
Semestre – 2º Creditos – 3 = 75 horas (48 contacto + 27 de estudo)

4.Introdução
O quadro conceptual do programa da saúde do trabalhador assenta em duas preocupações:
A saúde escolar e do trabalhador em geral, neste domínio enfatiza-se os conteúdos inerentes
ao conjunto de actividades e serviços planeados, organizados e desenvolvidos com objectivo
de promover a saúde nos locais de trabalho, bem como a difusão de práticas que permitem
aquisição de conhecimentos necessários para um maior control da sua saúde e melhor
qualidade de vida e garantia da produtividade nos locais de trabalho. Por outro lado, a saúde
ocupacional com maior ênfase para a promoção da saúde do trabalho e prevenção de doenças
do âmbito laboral. Ex: lesões por esforços repetitivos, acidentes de trabalho, stress, entre
outros.

O contributo de saúde pública nestes dois ângulos favorece a elevação do nível educacional e
de saúde da população. Assim, o trabalho nesta área desempenha um importante papel no
desenvolvimento do ambiente saudável, especificamente no desenvolvimento harmónico e
global dos trabalhadores adultos e jovens moçambicanos na área da saúde sexual e
reprodutiva, assim como na luta contra a problemática do HIV/SID e da pobreza absoluta.

2. Competências
 Compreende a importância de Higiene e segurança no trabalho;
 Conhece as obrigações das empresas e os direitos do trabalhador;
 Contribui para a integração do pessoal com necessidades de saúde especiais nos
estabelecimentos de educação e ensino;

96
 Aplica os conhecimentos de higiene e segurança no trabalho na solução de problemas
na comunidade.

3. Objectivos
 Proporcionar a aquisição de conhecimentos e motivação capazes de assegurar a cada
um, reforço da autonomia e sentimentos de pertença, um desenvolvimento
harmónico, condições de sucesso escolar e educacional;
 Contribuir para o desenvolvimento de um ambiente escolar saudável;
 Contribuir para a integração do pessoal com necessidades de saúde especiais nos
estabelecimentos de educação e ensino;
 Apoiar as iniciativas de inovação pedagógica no âmbito psico-afectivo;
 Contribuir nas acções de prevenção e combate ao problema de HIV/SIDA.
 Compreender a importância de H igiene e segurança no trabalho;
 Conhecer as vantagens para os trabalhadores e para a produtividade das empresas;
 Conhecer as obrigações das empresas e os direitos do trabalhador independentemente
da actividade que exerce;
 Explicar as regras de segurança no mar;
 Identificar as formas de sobrevivência no mar esperando o socorro
 Desenvolver planos de intervenção e de política da empresa nesta área.

4. Plano temático
Nr. Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 Enquadramento Jurídico, histórico e social d e saúde 3 1
pública e HST
2 Fundamentos éticos e económicos da HST 4 1
3 Saúde e higiene no Trabalho 3 2
4 Factores de nocividade e doenças profissionais 4 2
5 Ruído, acidentes e incidentes profissionais 4 2
6 Ambiente térmico,iluminação e ventilação 3 2
7 Análise de riscos e acidentes no trabalho 4 2
8 Evolução histórica, participação social e comunitária; 3 2
saudáveis no local de trabalho

97
9 Noções básicas de epidemiologia 3 1
10 Problemas e acções de saúde ligadas ao ambiente físico 4 1
e biológico
11 Dispositivos de protecção 2 1
12 Sinalização e segurança 2 1
13 Segurança marrítima e sobrevivência no mar 2 2
14 Primeiros socorros 2 2
15 Organização e gestão da saúde, higiene e segurança no 3 2
trabalho
16 Trabalho de campo 3 3
Subt total 48 27
Total 75

5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

6.Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7.Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

98
8.Bibliografia
 MMCAS, Agenda para a criança Moçambicana& UNICEF, Direitos e realidades da
criança no início do novo milénio 2001.
 SAVE THE CHIDREN, Documentation study of the responses of faith based
organizations to Orphans and vulnerable Children in Mozambique, Maputo2003.
 FREITAG, BÁRBARA. Escola, Estado e sociedade. S.Paulo, Moraes,1980.
 HOCKING BRUCE, Saúde ocupacional em Países em Desenvolvimento, 1999
 BOWANDER GEORGE, Snell Scott, Administração de recursos Humanos-
Segurança e saúde; Manual de formação(sem data)

99
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Mecanização e Equipamentos Agrícolas


Tipo-nuclear
Nível: 1 Ano-2º
Semestre: 1º Créditos – 6 =150 horas (64contacto+ 86 de estudo)

4.Introdução
Existem ainda extensas áreas para a produção agrícola e devido as praticas agrícolas usadas
maioritariamente pelas famílias Moçambicanos ainda continuam subaproveitadas.
Actualmente com a modernização do sector agrário e a presença de muitas companhias
agrícolas o interesse pela agricultura mecanizada ganhou maior contorno.
O uso de equipamentos agrícolas mecanizado, desde a preparação do terreno até a colheita
vem por um lado diminuir o esforço humano e por outro lado maximizar a produção, deste
modo revelando a grande importância na formação e capacitação dos recursos humanos para
melhor uso e aproveitamento sustentável destes equipamentos

2. Objectivos
Objetivo geral:
 Capacitar os estudantes, através do conhecimento e exercícios, para planear,
gerenciar e equacionar actividades relacionadas à mecanização agrícola no contexto
geral da agricultura Mocambicana.
 Identificar os diferentes sistemas e subsistemas que constituem os equipamentos
agrícolas.
 Avaliar funções nos diferentes sistemas mecanizados.
 Obter capacitação para aplicar acções e procedimentos que visem proporcionar o uso
racional dos tractores,animais de tracção, máquinas e implementos agrícolas tirando o
máximo proveito dentro da capacidade operacional e vida útil.

100
 Planear actividades mecanizadas, em sistemas de produção agrícola, usando de forma
racional as fontes de potência em máquinas e implementos agrícolas.
 Motivar o futuro profissional para a necessidade do trabalho de pesquisa,
planeamento e gerenciamento das actividades nos sistemas mecanizados.

3. Competências
 Manipula o tractor e suas alfaias
 Aplica os conceitos de mecanização no campo
 Aplica adubos, correctivos e defensivos agrícolas
 Planifica e gerência o uso de equipamentos agrícolas.

4. Plano Temático
Horas de Horas de
Unidade Tema
contacto estudo
1 Tractores agrícolas 8 12
Preparo do solo, implantação de culturas e tratos 10 12
2
culturais
3 Máquinas de colheita 9 13
4 Tracção animal 7 12
5 Desempenho de máquinas e implementos agrícolas 10 12
6 Planeamento da mecanização agrícola 10 12
7 Agricultura de precisão 10 13
Sub total 64 86
Total 150

4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

4.Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto e bibliografia

101
4.Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

4.Bibliografia
 BERETTA, C.C. Tração Animal na Agricultura. São Paulo, editora Nobel, 1988.
 GALETI, P.A. MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA: Preparo do solo. Instituto
Campineiro de Ensino Agrícola, Campinas, São Paulo, 1981.
 MIALHE, L.G. Manual de mecanização agrícola. São Paulo, Agronômica Ceres,
1974.
 MIALHE, L.G. Máquinas motoras na agricultura (2 volumes)São Paulo: EPU
(Editora Pedagógica e Universitária Ltda): Ed. Da Universidade de São Paulo, 1980.
 MUZILLI, O. O Plantio Direto no Brasil. Atualização em Plantio Direto, Fundação
Cargill, , Campinas, 1985.
 SILVEIRA, M. G. Da, As máquinas para plantar: aplicadoras, distribuidoras,
semeadoras, plantadoras, cultivadoras. Rio de Janeiro, Globo, 1989.
 WEISS, A. Desenvolvimento e adequação de implementos para a mecanização
agrícola nos sistemas conservacionistas em pequenas propriedades. Florianópolis
SC: Curso de Pós-graduação em Engenharia de Produção CTC-EPS-UFSC, 1998.
(Tese de doutorado).

102
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Fisiologia Animal


Tipo-nuclear
Nível: 1 Ano-1º
Semestre: 2º Créditos – 6 =150 horas (64contacto+ 86 de estudo)

4.Introdução
A fisiologia tenta explicar os factores físicos e químicosresponsáveis pela origem,
desenvolvimento e progressão da vida. Cada tipo de vida, desde o mais simples vírus até a
maiorárvore ou o complexo ser humano, possui características funcionais próprias. Portanto,
o vasto campo da fisiologia pode ser dividido em fisiologia viral, fisiologia bacteriana,
fisiologia celular, fisiologia vegetal, fisiologia humana, e em muitas outras áreas.
Est cadeira tem como objetivo o estudo do funcionamento da matéria viva em condições
normais, integrando de forma indissolúvel a química, física e biologia. A Fisiologia Animal
enfoca a função dos tecidos, dos órgãos e dos sistemas orgânicos dos animais multicelulares

2.Competências
 Interpretar os fenómenos e processos fisiológicos de forma integrada;
 Desenvolver atitudes de respeito ao corpo humana;
 Compreender o organismo como resultado de interacção entre tecidos, órgão
aparelhos e sistemas;

3. Objectivos

 È objectivo da disciplina apresentar uma abordagem evolutiva das funções no Reino


animal, animais de organização simples até aos mais complexos e desde a célula até
ao organismo;

103
 O outro objectivo da cadeira é o de faz uma abordagem referenciada aos aspectos
essenciais da Física e da Química, necessárias para a compreensão dos fenómenos
ocorrentes nos sistemas biológicos;
 Igualmente, ela faz uma analise de conceitos fisiológicos do meio interno do
organismo, da natureza dos sistemas biológicos de controle e das propriedades dos
principais tipos de células especializadas: nervosa, muscular, glandular (que
constituem esses sistemas);

4. Plano Temático
Horas de Horas de
Unidade Tema
contacto estudo
1 Introdução á Fisiologia 5 7
2 Metabolismo 5 7
3 Fisiologia do Sistema Digestivo 5 7
4 Fisiologia do Sistema Circulatório 5 7
5 Fisiologia do Sistema Respiratório 5 7

6 Fisiologia Sistema Urinário 6 8


7 Fisiologia de equilíbrio ácido-base 5 7
8 Fisiologia da pele e termo regulação 5 7
9 Fisiologia do sistema nervoso e muscular 6 7
10 Fisiologia sistema endócrino 5 7
11 Fisiologia reprodução e glândulas mamárias 6 8

12 Termorregulação e Osmorregulação 6 7

Sub total 64 86
Total 150

4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

4.Meios
 Retroprojector

104
 Quadro branco/preto e bibliografia

4.Avaliação
 Provas Teóricas e escritas (4)
 Relatórios de aulas praticas (2)
 Trabalhos de aprofundamento individual (2)
 Trabalhos em grupo Seminários (2).
 Assiduidade às aulas
 Participação nas aulas
Formas Número
Participação nas aulas Permanente
Assiduidade às aulas Permanente
Testes (orais, escritos, práticos) 2
Trabalhos laboratoriais 3 no mínimo
Relatórios de pesquisa 2
Seminários 2

3.Bibliografia básica:
 STANLEY : Anatomia e fisiologia, 5ª edição rio de Janeiro, 1982
 VANDER, SHERMAN, LUCIANO: Fisiologia Humana, 3ª edição, universitay of
Michigan, 1981
 GUYTON: Fisiologia Humana,6ª edição guanabara koogan,1988
 CARVALHO, NOBRE, MADEIRA: Biologia Funcional, Coimbra, 1984
Livros complementares
 De Robertis, E. D. P. & De Robertis, Jr. BASES DA BIOLOGIA CELULAR E
MOLECULAR 2ª ed. Guanabara Koogan (1993), Rio de Janeiro.
 Junqueira, L. C. U. & Carneiro, J. BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR 3ª
edição, Guanabara Koogan, (1996), Rio de Janeiro
 Amabis J. M. & Martho G. R., Biologia das Células, 1ª edição editora moderna,
(1994) Brasil.

105
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Antropologia Cultural de Moçambique


Tipo-nuclear
Nível: 1 Ano-2º
Semestre: 2º Créditos – 4=100 horas (48contacto+ 52 de estudo)

1. Competências
 Adquirir um conhecimento socioantropológico actualizado sobre
Moçambique;
 Ter a capacidade de aplicar os conceitos e os conhecimentos adquiridos na
análise das dinâmicas e factos socioculturais dos diferentes contextos
moçambicanos;
 Analisar as principais áreas fundamentais de teorização da antropologia no
contexto moçambicano;
 Conhecer as linhas de força da realidade etnográfica de Moçambique e da
reflexão antropológica;
 Dominar as temáticas mais importantes da antropologia sobre Moçambique.

2. Objectivos Gerais
 Identificar as trajectórias do pensamento antropológico desde a emergência da
disciplina à actualidade;
 Conhecer o saber e o fazer antropológicos actuais;
 Familiarizar-se com as abordagens da noção de cultura do clássico ao pós-
moderno;
 Reconhecer as linhas de homogeneidades e heterogeneidades do território
etnográfico nacional;

106
 Apresentar algumas das novas questões e paradigmas da antropologia, com
reflexos em Moçambique.

3. Pré-requisitos: Sem precedência

4. Conteúdos (plano temático)


Horas
Horas de
Nº Tema de
Contacto
Estudo
1 Fundamentos das Ciências Sociais: introdução geral
 Constituição e desenvolvimento das Ciências Sociais
 Pluralidade, diversidade e interdisciplinaridade nas Ciências Sociais
 Ruptura com o senso comum 6 6

A Antropologia Cultural no domínio das Ciências Sociais


 Definição, objecto e campos de abordagem
 Métodos e técnicas de investigação em Antropologia: etnografia,
trabalho de campo, observação participante, a interpretação.
2 História do pensamento antropológico
 A curiosidade intelectual e o interesse pelo exótico
 Do projecto colonial à crise da Antropologia
 A universalização da antropologia
Práticas etnográficas no Moçambique colonial e pós-colonial 6 8

 A antropologia na África colonial e pós-colonial


 A antropologia em Moçambique: desenvolvimento histórico e
principais áreas de interesse contemporâneas
3 As correntes teóricas da Antropologia
 Evolucionismo
 Difusionismo e Culturalismo
 Funcionalismo
 Estruturalismo
6 6
 Outras correntes: Corrente sociológica francesa, corrente
marxista
 Paradigmas emergentes na antropologia (Pós-modernismo e
Interpretativismo)
107
 As correntes antropológicas e sua operacionalização em Moçambique
4 O conceito antropológico de cultura 13
 O conceito antropológico de cultura (Pluralidade e diversidade de
definições e abordagens)
 Sobre a origem e o desenvolvimento da cultura
 Factores da cultura
 Cultura e sociedade
 Conteúdos do conceito antropológico de cultura (crenças e ideias,
valores, normas, símbolos)
 Características do conceito antropológico de cultura
 A cultura material e a cultura imaterial
 A diversidade cultural
 Os universais da cultura
 O dinamismo e a mudança cultural 11
 Cultura e educação: Saberes e Contextos de Aprendizagem em
Moçambique

Tradição e Identidade Cultural


 A génese da multiplicidade cultural na metade Oriental da África
Austral: factos e processos culturais
 O processo de cosntrução do império colonial e a pluralidade cultural
 Dinâmica aculturacional e permanência de modelos societais
endógenos
 A construção do outro e a etnicização/tribalização em Moçambique
 Os discursos da identidade nacional moçambicana
 A anomia e o processo das identidades rebuscadas
 O paradigma da diversidade cultural em Moçambique
5 Parentesco, Família e Casamento em Moçambique
O parentesco
 Introdução ao estudo do parentesco
 Nomenclatura, Simbologia e Características do parentesco (filiação,
aliança e residência) 10

 Crítica do parentesco: O caso Macua


10

108
 Lobolo em Moçambique: “Um velho idioma para novas vivências
conjugais”
Família em Contexto de Mudança em Moçambique
 Origem e evolução histórica do conceito de família
 Família como fenómeno cultural
 Novas abordagens teóricas e metodológicas no estudo da família
 Estudo de caso (famílias em contexto de mudança em Moçambique)
6 O domínio do simbólico
 O estudo dos rituais em Antropologia
 Os ritos de passagem
 Rituais como mecanismo de reprodução social
 Feitiçaria, Ciência e Racionalidade
9
 Cultura, tradição e religiosidade no contexto sociocultural do 9
Moçambique moderno
 Modelos religiosos endógenos vs modelos religiosos exógenos
 A emergência de sincretismos religiosos e de igrejas messiânicas em
Moçambique
Sub-total 48 52

Total 100

5. Métodos de ensino-aprendizagem
A concretização do programa será em função de vários procedimentos. Para a
introdução geral das temáticas será privilegiado o modelo expositivo, dirigido pelo professor,
quando se tratar de conferências, e, nas ocasiões em que para tal fôr necessário, pelos
estudantes, quando, por exemplo, tratar-se da apresentação dos resultados de pesquisa
individual. Serão também realizados seminários e outros tipos de debates interactivos,
visando concretizar temáticas previamente fornecidas pelo docente.

6. Avaliação

Várias modalidades de avaliação serão postas em consideração, desde trabalhos

109
independentes, trabalhos em grupo, debates em seminários, apresentações de resumos de
matérias recomendadas para o efeito e testes. Nesse contexto, a avaliação será contínua e
sistemática

7. Língua de ensino
A língua de ensino é o Português.

Bibliografia básica
Fundamentos das Ciências Sociais: introdução geral
NUNES, Adérito Sedas. Questões preliminares sobre as Ciências Sociais. Lisboa,
Editorial Presença, 2005, pp.17-41.
PINTO, José Madureira e SILVA, Augusto Santos. Uma visão global sobre as
Ciências Sociais. In: PINTO, José Madureira e SILVA, Augusto Santos (orgs.).
Metodologia das Ciências Sociais. Porto, Afrontamento,1986, pp.11-27.

A Antropologia Cultural no domínio das Ciências Sociais


BURGESS, Robert G. . A pesquisa de terreno. Oeiras, Celta, 1997, pp.11-32.
HOEBEL, E. A. & FROST, E. Antropologia Cultural e Social. São Paulo, Cultrix,
s/d, pp 1 – 14.
ITURRA, Raúl (1987). Trabalho de campo e observação participante. In: José
Madureira Pinto e Augusto S. Silva (orgs.), Metodologia das Ciências Sociais.
Porto, Afrontamento, 1987, pp.149-163.
KILANI, M. L'invention de l'autre: essais sur le discours Anthropologique.
Lausanne, Editions Payot, 1994, pp 11 – 61.
MARCONI, Maria de Andrade e PRESOTTO, Zelia Maria Neves. Antropologia:
Uma introdução. São Paulo, Atlas, 2006, pp.1-20.
RIVIÈRE, C. Introdução à Antropologia. Lisboa, Edições 70, 2000, pp 11 – 32.

História do pensamento antropológico


CASAL, Adolfo Yáñez. Para uma epistemologia do discurso e da prática
antropológica. Lisboa, Cosmos, 1996, pp. 11-19.
COPANS, Jean. Antropologia ciência das sociedades primitivas? Lisboa, Edições
70, 1999, pp.9-31.

Práticas etnográficas no Moçambique colonial e pós-colonial


110
CONCEIÇÃO, António Rafael da. “Le développement de l’Anthropologie au
Mozambique. Comunicação apresentada ao Colóquio internacional de
Antropologia. s.d
FELICIANO, José Fialho. Antropologia Económica dos Thonga do Sul de
Moçambique. Maputo, Arquivo Histórico de Moçambique, 1998.
JUNOD, Henri. Usos e Costumes dos Bantu. Maputo, Arquivo Histórico de
Moçambique, Tomo I, 1996 [1912].
RITA-FERREIRA, A. Os africanos de Lourenço Marques, Lourenço Marques,
IICM, Memórias do Instituto de Investigação científica de Moçambique, Série C,
9, 1967-68, 95-491.

As correntes teóricas da Antropologia


CALDEIRA, T. “A presença do autor e a pós-modernidade em Antropologia”. in:
Novos Estudos, Cebrap, SP, 1988, pp133-157.
GONÇALVES, António C. Trajectórias do pensamento antropológico. Universidade
Aberta, Lisboa, 2002.
MOUTINHO, Mário. Introdução à Etnologia. Lisboa, Estampa, 1980. pp.79-108.
PEIRANO, Mariza. A favor da Etnografia. Rio de Janeiro, Relume-Dumará, 1995.
SANTOS, Eduardo dos. Elementos de Etnologia Africana. Lisboa, Castelo Branco,
1969, pp.85-115.

O conceito antropológico de cultura


CUCHE, D. A noção de Cultura nas Ciências Sociais Sãp Paulo, EDUSC, 1999, pp
175 – 202.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico. Rio de Janeiro,
Zahar, 2001.
SPIRO, M. “Algumas reflexões sobre o determinismo e o relativismo culturais com
especial referência à emoção e à razão” in: Educação, Sociedade e Culturas, no 9,
Lisboa, s/e, 1998.

Tradição e Identidade Cultural


CONCEIÇÃO, António Rafael da. Entre o mar e a terra: Situações identitárias do
Norte de Moçambique. Maputo, Promédia, 2006.
DEMARTIS, Lúcia. Compêndio de Socialização. Lisboa, Edições, 2002, pp 43 – 59.

111
GEFFRAY, Christian. A Causa das Armas em Moçambique: Antropologia da
Guerra Contemporânea em Moçambique. Porto, Afrontamento, 1991.
HOBSBAWM, Eric. “Introdução: A invenção das tradições”. In: HOBSBAWM,
Eric, e Terence RANGER (eds.). A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro, Paz e
Terra. 1984, pp: 9-23.
NGOENHA, Severino E. . Identidade moçambicana: já e ainda não. In: Serra, Carlos
(dir.). Identidade, moçambicanidade, moçambicanização. Maputo, Livraria
Universitária-UEM, 1998, p. 17-34.
REDONDO, Raul A. I. "O processo educativo : ensino ou aprendizagem? ",
Educação Sociedade e Culturas: revista da Associação de Sociologia e
Antropologia da Educação, 1, 1994.
VEIGA-NETO, A. “Cultura e Currículo”. In: Contrapontos: revista de Educação da
Universidade do Vale do Itajaí, ano 2, no 4, 2002, pp 43-51.
WIVIORKA, M. “Será que o multiculturalismo é a resposta?” In: Educação,
Sociedade e Culturas, no 12, Lisboa, 1999.

Parentesco, Família e Casamento em Moçambique


AUGÉ, M.. Os Domínios do Parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência.
Lisboa, Edições 70, 2003, pp 11 – 66.
BATALHA, Luis. Breve análise do parentesco como forma de organização social.
Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas, 1995.
GEFFRAY, Christian. Nem pai nem mãe. Crítica do parentesco: o caso macua.
Maputo, Ndjira. 2000, pp.17-40 e 151-157.
GRANJO, Paulo. Lobolo em Maputo: Um velho idioma para novas vivências
conjugais. Porto, Campo das Letras, 2005.
SANTOS, Eduardo dos. Elementos de Etnologia Africana. Lisboa, Castelo Branco,
1969, pp.247-260 e 269-315.

Família em Contexto de Mudança em Moçambique


BOTTOMORE, Tom. “Família e parentesco”. In: Introdução à Sociologia. Rio de
Janeiro, Zahar Editores, s/d, pp.: 164 – 173.
GIMENO, A.. A Família: o desafio da diversidade. Lisboa, Instituto Piaget, 2001, pp
39 – 73.

112
WLSA. Famílias em contexto de mudanças em Moçambique. Maputo, WLSA MOZ.
1998.

O domínio do simbólico
AGADJANIAN,Victor. As Igrejas ziones no espaço sóciocultural de Moçambique
urbano (anos 1980 e 1990). In: Lusotopie, 1999, pp. 415-423
DOUGLAS, M.. Pureza e Perigo. Lisboa, Edições 70, 1991, pp 19 – 42
HONWANA, A. M. (2002). Espíritos vivos, Tradições Modernas: possessão de
espíritos e reintgração social pós-guerra no sul de Moçambique. Maputo:
Promédia. pp 23 – 48.
LANGA, Adriano. Questões cristãs à Religião Tradicional Africana. Braga, Editorial
Franciscana, 1992.
MEDEIROS, Eduardo. Os senhores da floresta – Ritos de iniciação dos rapazes
macuas e lómuès. Porto, Campo das Letras, 2007.
MENESES, M. P. G.. Medicina tradicional, biodiversidade e conhecimentos rivais
em Moçambique. Coimbra, Oficina do CES 150, 2000.
TURNER,Victor W. . O processo ritual: estrutura e anti-estrutura. Petrópolis:
Vozes, 1974, pp 116 – 159.

8. Bibliografia Complementar
BARATA, Óscar S.. Introdução às Ciências Sociais. Vol.I, Chiado, Bertrand Editora, 2002.

BERNARDI, Bernardo. Introdução aos estudos Etno – Antropológicos. Lisboa, Edições 70,
s/d.
BERTHOUD, Gérald. Vers une Anthropologie générale: modernité et alterité. Genève,
Librairie Droz S.A, 1992.
CARVALHO, José Jorge de. Antropologia: saber acadêmico e experiência iniciática. UnB-
Departamento de Antropologia. Série Antropologia No. 127, 1992.
CASAL, Adolfo Yáñez. Para uma epistemologia do discurso e da prática antropológica.
Lisboa, Cosmos, 1996, pp. 11-19.
COPANS, Jean. Críticas e Políticas da Antropologia. Lisboa, Edições 70, 1981.
COPANS, Jean. Introdução à Etnologia e à Antropologia. Lisboa, Publicações Europa-
América, 1999.
COPANS, Jean.; TORNAY, S. Godelier, M. Antropologia Ciências das Sociedades
Primitivas? Lisboa, Edições 70, 1971.

113
EVANS-PRITCHARD, E.. Antropologia Social, Lisboa, Edições 70, s/d.
EVANS-PRITCHARD, E.. História do pensamento antropológico. Lisboa, Edições 70,
1989.
GEERTZ, Clifford. O Saber local: novos ensaios em Antropologia interpretativa.
Petrópolis, Vozes, 1998.
GONÇALVES, António Custódio. Questões de Antropologia social e cultural, 2ª ed.,
Porto Edições Afrontamento, 1997.
GONÇALVES, António C.. Trajectórias do pensamento antropológico. Lisboa,
Universidade Aberta, 2002.
LABURTH-TOLRA, Philipe & WARNIER, Jean-Pierre. Etnologia-Antropologia.
Petrópolis/ Rio de Janeiro, Vozes, 1997.

LEACH, E. R.. Repensando a Antropologia. São Paulo, Editora Perspectiva, 1974.


MARTÍNEZ, Francisco Lerma. Antropologia Cultural: guia para o estudo. 2ª ed, Matola,
Seminário Maior de S. Agostinho, 1995.

MERCIER, Paul. História da Antropologia, 3ª ed., Lisboa, Teorema, 1984.


SANTOS, A.. Antropologia Geral: Etnografia, Etnologia, Antropologia Social. Lisboa,
Universidade Aberta, 2002.
SERRA, Carlos (org). Identidade, Moçambicanidade, Moçambicanização, Livraria
Universitária/ UEM, Maputo, 1998.
SPERBER, Dan. O saber dos Antropólogos. Lisboa, Edições 70, 1992.
TITIEV, Misha. Introdução à antropologia cultural. 8ª ed. Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian, 2000.
9. Docentes
A disciplina será leccionada por docentes da Faculdade de Ciências Sociais.

114
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Genética Geral e Aplicada


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 2º
Semestre – 2º Creditos – 4 =100 horas (48 contacto + 52de estudo)

4. Introdução

Esta disciplina surge da necessidade de dotar os estudantes de conhecimentos, capacidades e


habilidades na área de genética geral possibilitando que eles possam mencionar os níveis do
ensino secundário geral onde estes assuntos são tratados nas escolas e nos institutos.

Resolver, explicar ou analisar situações ou problemas que surjam na humanidade. No


contexto de melhoramento das espécies, esta cadeira aborda a biotecnologia e a ética criando
possibilidade de treinamento do estudante na propagação de plantas usando várias técnicas
de multiplicação vegetativa.

Esta disciplina surge da necessidade de vos dotar de conhecimentos, capacidades e


habilidades na area de Genética aplicada. Estes saberes pretendem munir – vos de ferramenta
suficiente para a leccionação da disciplina de agro – pecuária nos níveis do ensino
secundário geral ou outros níveis dos subsistemas do SNE, contribuindo deste modo para a
dessiminação da biotecnologia junto das comunidades.

No contexto de melhoramento de plantas e animais, esta cadeira aborda a biotecnologia e a


ética, fornecendo ao estudante conhecimentos básicos para discutir acerca das vantagens e
desvantagens das técnicas de melhoramento, dando ênfase às suas implicações éticas e
sociais em humanos.

2. Competências
 Respeita as diferenças entre os seres humanos;

115
 Identifica os albinos ou outros indivíduos com anomalias;
 Resolve os exercícios com destreza;
 Aplica os conhecimentos de genética na solução de problemas na comunidade.
.
3. Objectivos
 Destinguir o hereditário do não hereditário;
 Desenvolver capacidade e habilidade na resolução de exercícios de genética;
 Discutir sobre as diferenças entre seres humanos de forma a desenvolver a
capacidade de aprender “ a ser ” e a “ viver juntos “;
 Resolver com destreza os exercícios de genética.

4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução a genética quantitativa 2 3
2 Estrutura genética das populações 2 3
3 Caracteres métricos 2 3
4 Semelhança entre parentes 2 3
5 Hereditariedade 2 3
6 Correlação entre caracteres 2 3
7 Cálculos do valor genético 2 3
8 Consanguinidade 2 3
9 Selecção 2 3
10 Cruzamento 2 3
11 Interacção genótipo- ambiente 2 3
12 Introdução a Hibridização 2 3
-poliploidia,Autopoliploidia e
Alopoliploidia
13 Biotecnologia 3 2
-conceito, potencialidades e dificuldades
-Biotecnologia molecular e engenharia
genética
-Microorganismos trangênicos

116
14 Biotecnologias na produção agraria 3 2
Melhoramento de plantas e de sementes
15 Melhoramento de animais 3 2
Animais transgênicos e técnicas para
modificação do património genético animal
Clonagem
16 Genes simples em melhoramento animal 3 2
Susceptibilidade ao stress em suinos
17 INÓCULOS MICRIBIANOS 3 2
Associações micorrizas
18 BIOCONTROLO 3 2
Actuais métodos de detecção de doenças
Métodos baseados em análise de DNA
19 CRUZAMERNTOS 3 2
cruzamentosestáticos, de rotação
e de absorção
20 CONSANGUINIDADE 3 2
Consaguinidade ao nível do indivíduo
Benefícios e inconvinientes da consaguinidade
Manuntenção de variabilidade genética
Sub total 48 52
Total 100

4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Aulas práticas no laboratório
 Trabalho de campo
 Cartazes ou mapas
 Slides
 Filmes
 Modelos Naturais

117
 Retroprojector

4.Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

Bibliografia
 JÚNIOR, CESAR & SEZAR, S. Biologia3, 4ªEdição – São Paulo, 1984
 GARDNER & SNUSTAD. Genética, 7ªEdição – Guanabara, Rio de Janeiro, 1987
 GREEN, N.P.O, STOUT, G.W, TAYLOR, D.J. Biology Science 1 & 2, 2ª ed.
Cambridge
 “Chapter Twenty-five – Mechanisms of speciation”.
 DUBININ, N.O. Genética General tomo II, 2ª ed., Mir, Moscovo 1984
 Pereira, A.N. Biotecnologia e Agricultura. Universidade Aberta, Lisboa, 1996
 Pelczar, M.J et al. Microbiologia, conceitos e aplicações vol II, 2ª ed. Makron Books,
SP, 1996.
 DE LIMA, C.P. Genética Humana, 2ªed., Editora Harper & Row, São Paulo,1984
 HARRISON, D. Biologia, Editorial Presença, 1980
 PELCZAR, M.J. et al. Microbiologia, conceitos e aplicações vol 1, , 2ªed., Makron
Books, São Paulo, 1996.
 SASSON, Sezar & Júnior César, Biologia 3, 7ªed. Atual Editora , São Paulo, 1991
 AMABIS & MARTHO. Biologia das Populações, 1ªed. Moderna,São Paulo, 1994
 KLUG, W.S. et al. Concepts of genetics, 8thed. Pearson Education Inc., London, 2006
 LEHNINGER,A.L. Bioquímica, 2ªed. Editora Edgard Blücher, São Paulo, 1977

118
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias
Disciplina: Prática Técnico-Profissional II
Tipo: Nuclear
Nível: 1 Ano-2º
Semestre: 1º Créditos 3 =75 horas (48contacto+ 27 de estudo)

4.Introdução
A preparação do solo realizada por pequenos agricultores, normalmente feita com enxada, é
geralmente pouco profunda, limitada apenas ao mais essencial em termos de adequação do
solo para cultivo e controlo de infestantes. O uso de tracção animal permite uma lavoura
mais profunda, mais uniforme e uma maior área lavrada. Contudo, esta técnica é ainda pouco
utilizada em Moçambique.

Para além das vantagens directas trazidas pela introdução da tracção animal para as lavouras,
alguns problemas podem acontecer se não se tiverem certos cuidados. Com o uso da tracção
animal, maiores áreas podem ser lavradas por cada camponês. Mas, caso não se introduzam,
em simultâneo, algumas alfaias para outras práticas culturais como a sacha, problemas
podem acontecer. Isto porque, com maiores áreas lavradas e semeadas, maior será a
necessidade de força de trabalho para a sacha e a colheita, especialmente durante os períodos
pico. Assim, como a disponibilidade de mão-de-obra duma família camponesa é limitada,
pode haver tendência para o atraso das várias práticas culturais, mormente a sacha. Com o
atraso do controlo de infestantes, maior será a competição imposta por estas, provocando-se
assim um abaixamento dos rendimentos. Este abaixamento pode mesmo provocar uma
redução da produção total.

Não só devido ao custo das lavouras, mas também devido aos seus efeitos, é comum dizer-se
que, os objectivos a serem atingidos com as lavouras se devem lograr com o mínimo de
trabalho possível. Pois, o excesso de trabalho pode causar a pulverização da superfície que,
por reduzir a infiltração, causa o aumento do run-off e, subsequentemente, da erosão laminar.

119
A produção de carne de porco se baseia em duas fases igualmente importantes a reprodução;
que compreende a áreas de fecundação, gestação e maternidade; e crescimento e engorda/
acabamento.

A alimentação dos suínos representa cerca 70% dos custos de produção da exploração
intensiva de esta espécie, assim como a sua marcada influência no rendimento animal, o que
converte em um dos elementos mais importantes dentro da produção porcina
Os registos são importantes para manter um estrito conhecimento de todo o que ocurreu. E
de vital importância para a actividade que se compreenda a necessidade de estabelecer e
manter com todo rigor dos controles.

No processo de fertilização do solo, a fixação de Azoto ocorre pela simbiose com Rhizobium
nos nódulos das raízes. Isto resulta fundamental porque:- ajuda a manter a fertilidade do solo,
o N faz parte de proteínas alimentares. Entretanto o cultivo de leguminosas em campo
esgotados de nutrientes podem servir para: -Rotação, Cultivo misto/consociado, Sideração,
etc.

Caso haja períodos secos, durante o período de crescimento, a aplicação de grandes doses de
N pode encorajar um rápido crescimento vegetativo, que leva a uma utilização acelerada da
água, deixando insuficiente humidade para a maturação. Mas, nas mesmas condições, a
aplicação de fósforo normalmente ajuda a suportar os períodos de sequia, por acelerar a
maturação.

Em zonas húmidas ou com períodos de alta intensidade de precipitação, aparecem problemas


de “leaching” de nutrientes (muito N e algum K). Este tipo de problema pode ser reduzido se
se: aplicar correctamente o adubo – local, escolher o tempo próprio e usar formas menos
solúveis

2. Competências
 Estabelece a diferença de adubos minerais
 Calcula a quantidade de adubo por hectare
 Concebe tratamentos fitossanitários em cereais e oleaginosas
 Determina o estado de carne e o intervalo inter-partos
 Faz os tratamentos profiláticos e terapêuticos
 Realiza a adubação usando adubos orgânicos e verdes
120
3. Objectivos
 Classificar adubos minerais;
 Demonstrar a prática e realizar a lavoura;
 Identificar os tipos de adubação;
 Realizar o maneio de suínos (alimentario, produtivo, reprodutivo e sanitário);
 Produzir cereais, hortícolas e leguminosas;
 Realizar o maneio das aves(construção de instalações, desinfecção, alimentação e
vacinações)

4. Plano temático de Prática Técnico-Profissional II


Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Demonstração prática e realização de preparacao do 3 2
solo
2 Determinação dos factores de qualidade da semente (II) 3 2
3 Adubos e adubação (II) 3 2
4 Tratamentos fitossanitários (III) 3 2
5 Maneio de suínos 3 2
6 Maneio reprodutivo 3 2
7 Maneio produtivo 3 2
8 Maneio sanitaria 3 2
9 Registos 3 2
10 Realização de agricultura de conservação 3 1
11 Adubação e adubos 4 2
12 Tratamentos fitossanitários IV 3 2
13 Produção de cereais, hortícolas, leguminosas, raízes e 4 1
tubérculos
14 Maneio de aves 4 2
15 Poedeiras 3 1
Sub total 48 27
Total 75

121
4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem
 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

4.Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

5.Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

Bibliografia
 ANDRE, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5ª edição S. Paulo, 1993.
 DIERL, R. Agricultura Geral. Ed CLASSICA
 ELARIO, J. Manual Geral de Agricultura. ED PUBLIC, EUROPA AMERICA
 FREIRE, M. Apontamentos de Agricultura Geral.2004.
 MALAVOLTA, E., ABC da adubação, 4ª edição 1979.
 ANDRIGUETTO, J.M. et al (1998).Nutrição animal Vol I e II, 3ª edição.
 MCDONALD, P. Et al (1998). Animal nutrition 4ª etdition
 kEMM, E.H. (1993). Pig production in South Africa. Agricultural Research Council

122
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Hidrologia Agrícola


Tipo – Nuclear
Nível:1· Ano-4º
Semestre: 1º· Créditos 4 =100 horas (48contacto+ 52de estudo)

4.Introdução
A Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e distribuição,
suas propriedades físicas e químicas e sua relação com o meio ambiente, incluindo sua
relação com a vida. O início dos estudos de medições de precipitação e vazão ocorreu no
século 19, porém, após 1950 com o advento do computador, as técnicas usadas em estudos
hidrológicos apresentaram um grande avanço.

Os estudos hidrológicos baseiam-se em elementos observados e medidos no campo.,


estabelecimento de postos pluviométricos ou fluviométricos e sua manutenção ininterrupta
são condições necessárias ao estudo hidrológico e projetos de obras futuras são elaboradas
com base em elementos do passado.

A água é um recurso natural indispensável para a sobrevivência do homem e demais seres


vivos no Planeta. É uma substância fundamental para os ecossistemas da natureza. A
carência de água pode ser para muitos países um dos fatores limitantes para o
desenvolvimento. Portanto, as disponibilidades hídricas precisam ser ampliadas e, para tanto,
são necessários investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico para exploração
viável e racional da água.

2. Competências
 Identifica água boa em prol da saúde pública
 Enumera os factores de qualidade de água
 Classifica a água em diferentes parâmetros de análise de qualidade

123
3. Objectivos
 Certificar análise hidrológicas
 Fazer inventário de dados técnicos de aproveitamento hidroeléctrico
 Enumerar as restrições operativas hidraulicas

4. Plano temático de Hidrologia


Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Introdução á hidrologia 5 5
2 Hidrologia e análises hidrológicas 5 5
4 Água e saúde pública 5 5
5 Poluentes emergentes e nova metodologia analítica 5 5
6 Control de qualidade 5 5

7 Certificação em análise hidrológicas 4 4


8 Avaliação da evaporação nos reservatórios 4 5
9 Inventário de dados técnicos de aproveitamento 7 4
hidroeléctrico
10 Previsão de vazões 4 4
11 Restrições operativas hidraulicas 5 5
Sub total 48 52
Total 100

4.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Instrumentos audio-visuais
 Excursões e trabalho permanente de campo

5.Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto

124
6.Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

Bibliografia
 PRUSKI, F.F. BRANDÃO, V.S. Infiltração, editora da UFV, 2004
 PRUSKI, F.F. BRANDÃO, V.S. Escoamento superficial, editora da UFV, 2004
 STONE, L.F.SILVEIRA, P.M. Irrigação das culturas

125
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Avicultura e Cunicultura


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 2º
Semestre – 2º Créditos – 6 =150 horas (64 contacto + 86 de estudo)

1.Introdução
Avicultura e cunicultura é uma ciência que estuda os processos de criação de aves e coelhos,
sua domesticação e procriação em instalações rústicas e equipamento próprio, as aves podem
ser criadas em condições extensivas, recolhendo á noite a um local coberto de 3 parardes e
parque para reprodutores, usando o material local ou convencional dependendo da situação
económica do criador. É necessário ter-se o cuidado com a entrada de novas aves na
exploração, devendo se examinar bem as que pretende adquirir, a região da zona da cloaca
e as fezes.

A produção de coelhos obedece o maneio das fêmeas gestantes durante e pós-parto. A


gestação da coelha dura 28 a 29 dias ou 30 a 31 dias como média. As raças mais exploradas
em Moçambique, são denominadas por raças médias cujo o peso vivo varia de 3-5kg, são
prolíferas, precoces, grandes produtores de carne, em geral produzem boa pele, recomendada
para grandes explorações.

A gama de substâncias alimentares para coelhos é muito ampla. Normalmente os coelhos são
alimentados de milho ou trigo triturados, sub-produtos de moageiras (farelos,
bagaços),plantas forrageiras, desperdícios de cozinha, ervas e rações granuladas.

2. Competências
 Distingue os sisstemas de produção e familiar;
 Conhece factores determinantes no desenvolvimento da avicultura e cunicultura;
 Aplica técnicas de produção e normas de maneio e bio-segurança
126
 Aplica conhecimentos de anatomia, fisiologia, genética e nutrição de aves e
coelhos.

3. Objectivos
 Aplicar técnicas de produção de aves e coelhos;
 Organizar explorações intensivas, semi-intensivas e do sector familiar; e
 Desenvolver e controlar a produção de aves e coelhos.

4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução á disciplina. 4 7
2 Alojamento e equipamento 5 7
3 Fundamento de maneio e exploração 5 7
4 Produção de frangos 6 7
5 Exploração de reprodutores e poedeiras 5 7
6 Tecnologia de incubação artificial 6 7
7 Raças e sistemas de produção de patos 5 7
8 Maneio zootécnico de patos e gansos 6 7
9 Exploração de outras espécies de aves 6 7
10 Raças e sistemas de produção de coelhos 5 6
11 Maneio zootécnico de coelhos 6 7
12 Trabalho de campo 5 6
Sub total 64 86
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Trabalho de campo

127
6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Campos de experimentação

7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia
 ROCHA, V. Guia do técnico Agro-pecuária – construções e instalações rurais,
1982.
 CARRILHO & BALATE, M.A.Noções básicas da piscultura, ediçõ CDA- CURSO
para Extensionista, 1993.
 Centro de Formação Agrária de Manica, Texto de apoio sobre apicultura, 2000.
 ELIAS, F. Peasant economic; Farm Households and agrarian Development 2 ed.
Cambidge University, press, 1983.
 MAXAIEIE, L.S. Manual do maneio dos animais de tracção animal,2000.

128
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Bioestatistica
Código: Tipo– Complementar
Nível - 1 Ano - 1º Ano
Semestre - 2 Créditos - 3 = 75 horas (48 de contacto e 27 de estudo)

1. Introdução

Um experimento é um inquérito planeado para obtenção de novos factos ou para confirmar


os resultados de inquéritos prévios e para gerar informações a serem usados na tomada de
decisões. Em agricultura ou em florestas, os experimentos são condizidos para responder
questões chaves cuja resolução seria necessária para incrementar a produção e ou boa
utilização de produtos agrícolas e florestais.

Unidade experimental no qual o tratamento é fixado em casualuzações singulares, tratamento


é um procedimento ou uma condição aplicada á unidade experimental que, efectivamente
está para ser dimencionada ou comparada com os outros.
2. Competências

 Organiza dados da estatística descritiva;


 Usa cáculos para o sucesso dos campos experimentais;
 Aplica métodos simples de amostragem e estima parâmetros de avaliação;

3. Objectivos gerais

No final da disciplina o estudante deve ser capaz de:

 Organizar e resumir dados usando estatística descritiva;


 Compreender e aplicar métodos simples de inferência estatística para estimar
parâmetros e testar hipóteses;

129
 Compreender e aplicar métodos simples de amostragem para tirar amostras e estimar
parâmetros;
 Interpretar os resultados da análise estatística edescreve-los explicando a realidade
estudada.

4. Plano temático
Carga horária
Nº Temas Horas de Horas de
contacto estudo
Definição de estatística e seus ramos, populações estatísticas 2
1 5
e amostras, níveis de medição.
2 Estatística descritiva e números índices 5 2
3 Introdução á teoria de probabilidade 5 3
4 Variáveis aleatórias e sua distribuição 5 3
5 Estimação de parâmetros e estimadores de intervalo 5 3
6 Testes de hipóteses 5 3
7 Métodos de amostragem 5 4

8 Análise de variância um caminho de classificação 5 3

9 Coorelação linear e regressão linear simples 4 2

10 Estatísticas não paramétricas 4 2

Sub total 48 27
Total 75

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferência
 Trabalho em grupos

6. Meios de ensino
 Quadro branco
 Retroprojector

130
7. Avaliação
 Teste escrito
 Proposta de um programa de extensão (grupo)
 Exame
8. Bibliografia

 BEIGUELMAN, B. Curso Prático de Bioestatística. Ribeirão Preto: Sociedade


Brasileira de Genética, 1994.
 BENZATTO, D. A., KRONZA, S.N. Experimentação Agrícola. 3ª Edição.
Jaboticabal: FUNET, 1995.
 CRUZ, C. D., REGAZZI, A.T. Modelos biométricos Aplicados ao Melhoramento
Genético. Viçosa: UFV, 1997.
 CRUZ, C.D. Princípios de genética quantitativa. 1. ed. Viçosa: Editora UFV, 2005.
391p.
 CRUZ, C.D.; REGAZZI, A.J. Modelos biométricos Aplicados ao melhoramento
genético. Viçosa:
 Imprensa Universitária, 2004. 390p.
 GOMES, F.P. Curso de Estatística Experimental. 13ª Edição. Piracicaba: Nobel,
1990.
 KUTNER, M. H; NACHTSHEIM, C. J.; NETER, J.; LI, W.Applied Linear
Statistical Models. 5th ed. New York: McGraw-Hill/Irwin, 2004. 1396p.
 MLAY, G. & DISTA, S. Experimentação agrária, UEM, volume 1, 1998.

131
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Melhoramento de Plantas e dos Animais


Tipo-Nuclear
Nível:1· Ano-3º
Semestre: 2º· Créditos 6 = 150 horas (80contacto+ 70 de estudo)

1. Introdução
Esta disciplina surge da necessidade de dotar nos estudantes capacidades e habilidades
profissionais no ramo de melhoramento de plantas no âmbito da propagação vegetativa,
contribuindo deste modo para a dessiminação da biotecnologia junto das comunidades.
No contexto de melhoramento de plantas e animais, esta cadeira aborda a biotecnologia e a
ética, fornecendo ao estudante conhecimentos básicos para discutir acerca das vantagens e
desvantagens das técnicas de melhoramento, dando ênfase às suas implicações éticas e
sociais em humanos.

2. Competências
 Conhece os efeitos aditivos e não aditivos dos genes;
 Conhece o intervalo de geração gênica;
 Descreve o processo de Endogamia ou consanguinidade.

3. Objectivos
 Desenvolver estratégia de melhoramento genético
 Aprender a Produzir híbridos;
 Diferenciar heterose e cruzamentos

132
4. Plano temático de Melhoramento plantas e animais
Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Introduçào ao estudo de melhoramento de plantas e 9 5
animais
2 Modos de acção gênica-efeito aditivo e não aditivo 10 10
4 Correlações genéticas 12 10
5 Ganho genetico e intervalo de gerações 11 10
6 Recursos genéticos vegetais 9 5
7 Métodos de melhoramento de plantas 9 10
8 Avaliação e recomendação em prol das culturas 10 10
7 Interpretação e uso dos resultados das avaliações 10 10
genéticas.
Sub total 80 70
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

133
8. Bibliografia
 SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996.
 FREIRE, MARCOS (2002) Agricultura Geral, UEM, Maputo
 WEBSTER, C.C., E wILSON, p.n., 1980. Agriculture in the Tropics. 2nd Ed. Tropical
Agriculture Series,Longman Group, New York and London.
 Bórem A. Melhoramento de plantas 2ª edição, editora UFV-2011
 Borém A. Hibridização artificial de plantas , editora UFV, 1999
 CARDELINO R.ROVIRA, melhoramento genético animal, Uruguai 1987.

134
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Pragas Agrícolas e Controlo de Infestantes


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 2º
Semestre – 2º Creditos – 7 = 175horas ( 80 contacto + 95 estudo)

1. Introdução
O maneio integrado de pragas e infestantes é uma filosofia de controlo de pragas que procura
preservar e incrementar os factores de mortalidade natural, através do uso integrado de todas
as técnicas de combate possíveis , seleccionados com base nos parâmetros económicos,
ecológicos e sociológicos. Visa manter o nível populacional dos insectos numa condição
abaixo do nível económico, através da utilização simultânea de diferentes técnicas, ou
tácticas de control, de forma económica e harmónica com o ambiente.

Para cada táctica de control tem-se uma estratégia de maneio; o uso de variedades
resistentes tem como estratégia cultivar plantas que desfavorecem o crescimento, reprodução
e sobrevivência dos insectos, devido ás suas características morfológicas, físicas e químicas.
O arranque dos restos de cultura para impedir que o insecto-praga complete o seu ciclo de
desenvolvimento ou mesmo evitar que esses resíduos vegetais sirvam de hospedeiros para
outras pragas.

2. Competências

 Sabe identificar as pragas;


 Sabe métodos do controlo e prevenção das pragas;
 Conhece a influencia das pragas na economia.

135
3. Objectivos
 Identificar as pragas mais problemáticas das principais culturas praticadas em
Moçambique;
 Avaliar a severidade da infestação e influência sobre o rendimento; e
 Decidir e implementar os métodos de previsão, previsão e control de pragas tendo em
conta os princípios sócio- económicos.

4. Plano Temático
Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Conceito praga e infestantes 7 9
2 Identificação e biologia das principais pragas e 7 9
infestantes das culturas em Moçambique
3 Factores bióticos e abióticos que influenciam a 7 9
disseminação, desenvolvimento e estabelecimento das
pragas e infestantes
4 Princípios e metodologias de avaliação de incidência e 7 9
das perdas causadas pelas pragas e infestantes campo e
pós-colheita
5 Relação entre nível de infestação e perdas. Nível 7 9
económico de ataque
6 Previsão e prevenção do ataque de pragas e infestantes 7 8
7 Princípios e aplicação de métodos de controlo cultural, 8 9
físico, genético, resistência das plantas, biológico e
integrado
8 Avaliação da eficácia e do impacto ambiental e sócio- 8 8
económico dos métodos de controle
9 Herbecidas principais grupos , propriedades e usos 7 8
10 Relações e interacções entre as infestantes, pesticidas e 8 9
o meio ambiente
11 Trabalho de campo 7 8
Sub total 80 95
Total 175

136
5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem
 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Práticas.

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector

7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação

8. Bibliografia

 ANDRE, E. Compêndio de defensivos agrícolas,5ª edição, S.Paulo, 1993.


 CIDASC. Monitoramento de pulgões em batata, Governo de santa Catarina, 1990.
 CRUZ,V.R. Vamos conhecer e controlar as pragas de algodão, instrução prática,
1987.
 GRAVENA, S. MIP, Tomateiro, 1993.
 GALLO, D., NAKANO, S.N. & CARVALHO, S. Manual de Entomologia agrícola,
1988.

137
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Prática Técnico-Profissional III


Tipo-Nuclear
Nível:1· Ano-3º
Semestre: 2º· Créditos 4 =100 horas (48contacto+52 de estudo)

1. Introdução
A fixação de Azoto ocorre pela simbiose com Rhizobium nos nódulos das raízes. Isto resulta
fundamental porque: - ajuda a manter a fertilidade do solo, o N faz parte de proteínas
alimentares. As leguminosas podem ser usadas em: Rotação; Cultivo misto/consociado;
Pousio melhorado; Sideração.

Uma leguminosa fixa Azoto suficiente para o seu próprio suprimento restando ainda uma
parte que fica disponível para a cultura seguinte caso as plantas sejam: - Usadas como
sideração, Incorporadas depois da colheita. Algum N pode ficar disponível para a(s)
cultura(s) associada(s) durante o crescimento por excreção ou queda e decomposição dos
nódulos.

Nos USA, em culturas como soja, amendoim, ervilha, 80-90 kg N/ha podem fixados. A
fixação de N é influenciada por:
suprimento de energia sob a forma de fotossintatos produzidos pela planta.
condições ambientais. Dias longos, alta intensidade da luz, adequada humidade do solo,
aeração, nutrientes e pH adequado, favorecem a fixação de N, enquanto que a competição
pelos carbohidratos por outras partes da planta (sink - flores, frutos) pode reduzir a fixação.
o comprimento do dia e intensidade da luz. No feijão nhemba, o peso dos nódulos efectivos
por planta reduz com fotoperíodos de menos de 12 horas. O sombreamento reduz a
nodulação em relação ao peso das plantas.

138
A produção racional de coelhos tipo carne em Moçambique apresenta-se como exploração
pecuária emergente, porém ainda modesta, devido aos hábitos alimentares peculiares do
nosso país, quando comparada com bovinos, suínos e aves, sendo na Europa Ocidental
(França, Itália e Espanha) onde se observa a cunicultura em alto grau de desenvolvimento.
As qualidades que tornam o coelho número um na produção de proteina de alto valor
biológico são: elevado consumo de forragem e baixo consumo de cereais, melhor
aproveitamento das proteínas, alto grau de conversão alimentar, permanente estado
reprodutivo, elevado grau de desenvolvimento (semelhante ao dos frangos de corte), carne de
elevada qualidade
A limitação da sua produção está relacionada com os seguintes aspectos:

- Mão-de-obra especializada
- Alto custo de maneio e instalações
- Desconhecimento de métodos seguros para evitar diarreias
- Melhor definição das necessidades nutritivas

2. Competências
 Produz híbridos nas condições locais
 Realiza piscicultura
 Constrói colmeias ou piscinas
 Implanta um bananal
 Faz a selecção de reprodutores
 Produz e conserva os pastos e forragens
 Identifica os animais e determina o rendimento de carcaça.

3. Objectivos
Os estudantes devem possuir conhecimentos sobre:
 Melhoramento genético
 Produção de híbridos
 Apicultura e piscicultura
 Maneio de coelhos (alimentar, produtivo, reprodutivo, sanitário)

139
4. Plano temático de Prática Técnico-Profissiona III
Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Demonstração e melhoramento genético de híbridos 6 7
2 Apicultura/Piscultra 6 6
4 Estabelecimento de um bananal 6 6
5 Maneio de coelhos 6 7
6 Maneio reprodutivo 6 6
7 Maneio produtivo 6 6
8 Maneio Sanitario 6 7
7 Registos 6 7
8 Estratégias alimentares dos coelhos, suinos e ruminantes 6 7
Sub total 48 52
Total 100

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. Bibliografia
 SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996.
 FREIRE, MARCOS (2002) Agricultura Geral, UEM, Maputo
 WEBSTER, C.C., E wILSON, p.n., 1980. Agriculture in the Tropics. 2nd Ed. Tropical
Agriculture Series,Longman Group, New York and London. Págs. 271-273;285-287.

140
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Agro-meteorologia
Nível Ano – 1º
Semestre – I Creditos – 6=150 horas (64contacto + 86 de estudo)

1. Introdução
O estudo dos fenómenos de especial para agricultura e informação correcta dos agricultores a
respeito dos seus efeitos para vida, saude e desenvolvivemnto das plantas e seus frutos , bem
como estudo das actvidades agricolas (arborização desarborização ,frutificação ,floração e
outras) de cujo resultado pode depender a frequência e a intensidade de certos fenómenos
meteorologicos de interesse próprio para actividades agropecuárias seja o sujeito principal na
disseminação de conhecimentos relativos a este aspecto.

2. Competências
 Conhece as estações de ano e suas implicacoes nas actividades agropecuárias
 Conhece periodos de lavoura ,sementeira,germinação e épocas de colheita.
 Descreve os fenomenos meteorológicos
 Diferencia o ano agrícola com o ano civil
 Conhece as regiões agroclimaticas de Moçambique e seus efeitos nas actividades
agropecuárias

3. Objectivos

 Descrever os movimentos e fenómenos meteorológicos da atmosfera terrestre nas


suas relações com o tempo e clima
 Efectuar previsões de tempo por medicoes de temperatura
 Efectuar previsões de tempo por medições de precipitação e velocidade e direcção do
vento
 Relacionar o crescimento das plantas com as estacoes do ano agrícola

141
4. Plano Analitico de Agro-meteorologia

No. de Temas Total Horas de Horas de estudo


ordem contacto
1 Intordução a agro-meteorologia 6 9
2 Noções gerais e fundamentais de 6 9
previsao de tempo
3 Alguns instrumentos de medição em 6 9
agro-mteorologia
4 As regiões agroclimçticas do mundo 7 8
5 Tipos de Nuvens 6 8
6 Evapotranspiração 7 9
7 Balanço hídrico 7 8
8 As actividades pecuárias e sua relação 6 9
com o clima
9 As estacoes de tempo e sua influência 6 9
nas actividades agropecuárias
10 Estudo de casos 7 8
Sub total 64 86
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Aulas práticas no laboratório
 Trabalho de campo

6. Meios
 Retroprojecto
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;

142
 Trabalhos individuais de aprofundamento
8. Bibliografia

 AGAFONOV,N .T.,Livrov,S.B.Khrev,B.,Ciências Geograficas: As abordagens


ecológicas e regionais.Problemas de organização territorial da economia.
Leninegrado, 1979.

 ALAEV,E.B. Geografia Socio-Economica.Dicionario de conceitos e termos.


Moscovo, 1983.
 ATLAS Geográfico de Moçambique Volumes I e II.edições revistas. / sd.
 ATLAS Geografico do Mundo. Edição revista. / sd.
 CHARYGIN. M. D. Investigação dos Processos de Sistemas Territoriais Sócio-
Económicos. Sistemas Territoriais soció-económicos da região rural. Permi,1981.
 COMPÊNDIO de Agro-meteorologia. Lisboa/ sd.
 FACULDADE de Veternária. A Criação de Gado em Moçambique.
Soc.Est.Moçambique. Bol.,34,141,49-74.
 INSTITUTO Internacional de Investigação de Culturas para os Trópicos ( ICRISAT )
– Maputo, Moçambique, 2004.
 INSTITUTO Nacional de Meteorologia. Departamento de previsão do tempo.
Maputo/ sd.

143
PROGRAMAS TEMATICOS DO 3º ANO DE AGRO-PECUÁRIA – MINOR EM
EXTENSÃO RURAL

144
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Fitopatologia e Fitofarmacologia


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 1º Creditos – 6 = 150 horas (80 contacto + 70 de estudo)

1. Introdução
É o estudo das doenças das plantas incluido os microorganismos e os factores ambientais que
favorecem à ocorrência de uma doença, dos mecanismos mediante os quais os factores
ambientais induzem à ocorrência de uma determinada doença, as interações que se
estabelecem entre os agentes causadores da doença (Patógenos) e a planta doente
(hospedeiro) bem como os métodos de prevenção/controle de doenças.

Embora a fitopalogia como ciência seja relativamente nova as doenças das plantas são
conhecidas desde que o Homem passou a viver em sociedade, assentando a base da sua
alimentação nos produtos agrícolas, o problema de escassez dos alimentos, intimamente
relacionados com ocorrência de doenças, teve sempre grande importância e mereceu a
atenção dos historiadores de várias épocas. Assim, ao período compreendido entre a mais
remota antiguidade e o início do sécuo XIX, pode se chamar de período místico, porque na
ausência de uma explicação racional para as doenças das plantas, o Homem entendia atribuí-
las à causas místicas embora sejam encontradas muitas referências à condições climáticas
como causa primária das doenças. Ao mesmo tempo, algumas micologistas chamavam
atenção para a associação entre planta doente e fungo.

Assim Tillet (1714-1791) considerava a cárie do trigo sendo causada por um fungo; a
ocorrência de fungos em associação com plantas doentes era atribuída a geração expontânea
e as doenças eram apresentadas com base na sua sintamologia e classificadas pelo sistema
binominal do Lineu.

145
A protecção de plantas é um conjunto de actividades de prevenção e combate aos organismos
que afectam a produção e a conservação de produtos agrícolas. É também indicada pelos
nomes de sanidade vegetal e fitossanidade. Estas actividades incluem legislação da
importação e quarentena de produtos vegetais (especialmente sementes), uso de variedades
resistentes, métodos culturais para evitar problemas, método químico e combate preventivo
ou curativo aos organismos prejudiciais tanto no campo como nos armazéns.

Alguns dados sobre os prejuízos económicos destacam-se altos níveis de prejuízo em


amendoim, caju, algodão e feijão nhemba em todo o país e em milho no sul do país. A perda
de qualidade é muito sentida na Indústria de Citrinos, onde há quantidades enormes de fruta
que é rejeitada para exportação por causa da presença de sintomas da mancha preta e de
outras pragas e doenças. As pragas de algodão não só diminuem o volume da produção em
40-80% mas também provoca uma baixa de qualidade e as culturas de cereais e hortícolas
sofrem má qualidade da semente o que provoca uma germinação fraca e plantas já doentes
no início do ciclo da cultura. Alguns insecticidas têm uma certa acção contra os ratos, uma
vez misturados com um isco. No entanto o seu uso apresenta algumas desvantagens, tem
uma acção aguda, provocando a rejeição depois de alguns dias de uso; só os insecticidas
tóxicos dão um bom resultado.

2. Competências
 Conhece as doenças de plantas e métodos de prevenção e controlo;
 Conhece as técnicas de aplicação de pesticidas;
 Tem a capacidade de avaliar o impacto das doenças.

3. Objectivos
 Identificar as doenças mais problemáticas das principais culturas praticads em
Moçambique;
 Avaliar a severidade e incidência de uma doença e a sua influência sobre o
rendimento;
 Decidir e implementar os métodos de previsão, prevenção e controlo das doenças
tendo em conta os princípios sócio- económicos;
 Conhecer as técnicas de aplicação de pesticidas;
 Seleccionar e calibrar o equipamento de aplicação de pesticidas;
 Compreender interacções entre os agentes, pesticidas e o meio ambiente;
 Avaliar a eficiência e o impacto ambiental e sócio- económico da luta química.

146
4. Plano Temático

Nr. Temas Horas de Horas de


contacto estudo
1 Conceito de doença e de agente patogénico. 4 4
Identificação e biologia dos diferentes tipos de
doenças bióticas e abióticas
2 Estágios de desenvolvimento de uma doença 4 4
3 Interacções parasita-hospedeiro 4 4
4 Diagnose de doenças. Postulados de Koch. 4 4
Procedimentos e técnicas
5 Epidemiologia vegetal 4 4
6 Princípios e metodologia de avaliação das perdas de 3 4
produção causadas pelas doenças
7 Principais agentes fitopatogénicos e os métodos de 6 4
control (cultural,químico, biológico e integrado)
8 Princípios sócio-económico no control de doenças 3 4
9 Relações e interacções entre doenças, pesticidas e 4 4
meio ambiente
10 Doenças das principais culturas em Moçambique 8 4
11 Conceito de pesticida 3 4
12 Instituições e legislação da comercialização e 6 3
utilização de pesticidas em Moçambique
13 Propriedades químicas, físicas, biológicas dos 3 4
pesticidas
14 Formulação 3 3
15 Toxicologia: Leis da toxicologia LD50 6 4
16 Aplicação de pesticidas 6 3
17 Pestecidas e o meu ambiente 3 4
18 Trabalho de campo e de laboratório 6 5
Sub total 80 70
Total 150

147
5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem
 Conferências;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Laboratório de análise
 Cálculos de calibração
 Trabalhos de campo (aprendizagem de aplicação e dosagem dos pesticidas a ultra
baixo volume).
6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Material de calibragem

7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia

 BYRDE, J.W. Eradicant fungicides. Recent Advances in Botany 1., 1959.


 CALPOUZOS, L. Action of oil in the control of plant diseases. Ann. Rev.
Microbiology 17, 1966.
 GEORGE, N. A. Plant Pathology, 3ª edição, 1988.
 DPA-GAZA, Identificação de pragas e doenças, Avaliação de danos, Texto de
apoio par técnicos básicos- 1993.
 SEGEREN, P. Os princípios básicos de protecção de plantas, Departamento de
sanidade vegetal, 1996.
 ECOLE, C. Dinâmica populacional de Leucoptera coffeela e de seus inimigos
naturais em lavouras adensadasde cafeeiro orgânico e convencional,2003.
 SEGEREN, P. Avaliação da situação fitossanitária das culturas alimentares no País,
relatório final das prospecções, 1995.

148
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Farmacologia e Toxicologia


Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 1º Creditos – 5=125 horas ( 48 contacto + 77 de estudo)

1. Introdução
A Farmacologia é uma ciência que dota ao estudante de ferramentas, de modo a ajudar a
percepação dos mecanismo dos farmacos no organismo animal, principalmente os seus
efeitos. A disciplina visa munir aos estudantes bases em termos de conhecimento de
farmacos seu mecanismo de acção, de modo que no final o estudante esteja capacitado de
pder fazer a prescrição dos farmacos tendo em cona os aspectos, mecanismo de açãao e
dosagens.

Os animais estão em constante exposição a substâncias, que no geral são considerados


toxicas, dependendo da dose e vias de administração , portanto a toxicologia é ciêcia que
tem como objecto de estudo as substâncias toxicas e as suas interações nocivas com o
organismo biologico de modo a evitar danos ao organismo animal.

2. Competências
 Conhecer as dosagens e elabora prescrições;
 Compreender os fenomenos dos farmacos no organismo;
 Compreender os principios de interação farmacologica;
 Conhecer os agentes naturais e sinteticos toxicos ao animal e
 Distinguir os principios de diagnostico e tratamento das intoxicacções.

149
3. Objectivos
 Identifiquem as principais alterações que o oganismo biologico sofre em exposição a
um farmaco;
 Saibam usar as ferramentas basicas do estudo dos farmacos em exercicio clinico e
 Saibam desrever os mecanismos de acção dos toxicos no organismo animal

4. Plano Temático
Nr Temas Horas de Horas de
contacto estudo

1 Introdução a Farmacologia 4 7
2 Transporte dos farmacos anivel das membranas 4 7
3 Vias de administração de farmacos 4 7
4 Formas farmauceticas 5 7
5 Farmacocinetica 4 7
6 Farmacodinamica 5 7
7 Calculo de dosagem 4 7
8 Introdução a Toxologia 5 7
9 Classificacao de agentestóxicos 4 7
10 Diagnostico e Tratamento das intoxicações 5 7
11 Antidotos 4 7
Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários;
 Trabalhos de investigação e
 Trabalho de campo

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Campos de experimentação

150
7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia
 BOOTHH, N.H., MCDONALD. Farmacologia clinica e terapeutia veterinaria.1988
 LAWRENCE,C.A.Definition of terms in desinfection, 2° edicao,1990
 Humpreys,D.J., Toxicologia veterinaria
 JURADO,C., Introducion a la toxicologia veterinária
 SUMANO,H., Farmacologia Veternaria, 2°edicao, 1997

151
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Parasitologia e Doenças Parasitárias


Codigo: Tipo – Complementar
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 1º Creditos – 6 = 150 horas (64 contacto + 86 de estudo)

1. Introdução
A Parasitologia é o estudo dos microrganismos que passam toda a vida ou parte desta num
sistema de vida parasítico sobre ou dentro de outros organismos: plantas, animais e o
Homem. É a ciência que estuda a teoria dos parasitas, seu modo de vida e seu combate. Ela
interessa-se ainda pelo estudo de aspectos evolucionários e ecológicos do parasitismo.

As parasitoses, doenças causadas por parasitas, encontram-se entre os grandes problemas


biomédicos e médico-sanitárias especialmente em países em vias de desenvolvimento. Pelo
seu impacto social, elas exigem uma maior mobilização de consideráveis recursos
financeiros para o seu reconhecimento clínico e combate, assim como para o recrutamento e
qualificação do pessoal medico e paramédico, ou ainda para a edificação de um sistema de
infra-estruturas adequadas habilitado para combater as parasitoses. Trata-se, na maior parte
dos casos, de sistemas altamente especializados que não podem ser compartilhados por
outros sistemas hospitalares, tornando, deste modo, a sua aquisição mais onorosa.

Tudo isto justifica a importância da Parasitologia no currículo de todo o tipo de subsistemas


de Educação em Moçambique, incluindo o da UP. A sua principal missão nesses currículos é
basicamente a de promover uma compreensão mais fundamentada da problemática da saúde
pública, o que por sua vez, irá contribuir para o desenvolvimento de comportamentos
tendentes a melhorar a saúde da comunidade, começando pela individual.

Os principais conteúdos desses currículos deverão dar maior ênfase a educação para a
responsabilização individual pela saúde.
152
Do ponto de vista de conteúdos científicos, deverão merecer destaque os seguintes:
Natureza do processo parasitário e suas implicações medicas.
Doenças produzidas por parasitas (a escala local, nacional, regional e internacional).

Desenho de planos concretos de identificação, controle e combate (incluindo erradicação das


endemias).
Contexto ecológico do surgimento e propagação de parasitoses.

2. Competências
 Entende os conceitos de Parasitologia e doenças parasitárias
 Domina técnicas de identificação (diagnósticos rápidos e precisos) e classificação.
 Entende os conceitos de incidência e severidade das parasitoses e suas formas de
controlo.
 Lida com as técnicas de determinação de estágios no ciclo de vida dos parasitas e
patógenos.

2. Objectivos gerais
 Conhecer doenças parasíticas que ocorrem localmente em Moçambique, na região e
no mundo, bem como a sua distribuição geográfica.
 Dominar estatísticas nacionais de principais doenças parasíticas.
 Relacionar técnicas microscópicas de coloração e contagens de toda a instrumentação
laboratorial com as de trabalho de campo.
 Explicar os aspectos relacionados com o trabalho nas comunidades.
 Identificar os métodos de controlo ecologicamente aceitáveis (do ponto de vista de
Meio Ambiente).
 Ter noções da ética e deontologia no controlo das doenças e no trabalho com as
comunidades.
 Compreender os factores que condicionam a circulação dos parasitas em condições
naturais e na exploração dos animais.

153
4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Generalidades 6 9
2 Parasitas e parasitoses dos ruminantes 6 8
3 Parasitas e parasitoses dos suínos 7 9
4 Parasitas e parasitoses das aves 6 8
5 Parasitas e parasitoses carnívoros e roedores 6 9
6 Parasitas e parasitoses dos equinos 7 8
7 Parasitas e parasitoses dos peixes 6 9
8 Parasitas e parasitoses comuns ao homem e ao 7 9
animal
9 Parasitas e parasitoses da fauna bravia 6 8
10 Trabalho de campo 7 9
Sub total 64 86
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino-aprendizagem


A disciplina é leccionada fundamentalmente seguindo-se métodos clássicos universitários
típicos para Biologia e Ciências Naturais. Assim, deverão ser desenvolvidas as seguintes
formas de aulas:
 Conferências ou palestras.
 Seminários
 Aulas práticas experimentais.
 Aulas teórico-práticas e excursões multidisciplinares

6. Meios de ensino
 Literatura
 Objectos biológicos naturais ou animais laboratoriais.
 Natureza livre.
 Estacão de Biologia da UP em Bengueluene.
 Laboratório

154
7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos do curso para a apresentação oral (treinamento de habilidades de
apresentação, debate e argumentação).

8. Bibliografia
 PINHAO, R. in Parasitologia (SP5), Manual de ensino, 1ª edicao, .
 LETAO, S.J. Parasitologia Veterinária, Volume 2, Parasitoses, 3ª edicao.
 LETAO, S.J. Parasitologia, Volume 1, Parasitas, 2ª edicao.
 FREI, W. Patologia Geral, 2ª edicao
 FERREIRA, C. & FERREIRA, J. Doencas infecto-contagiosas dos animais
domésticos, 4ª edicao.
 AMABIS, M.J. & MARTHO, R. Curso Básico de Biologia dos seres vivos, 2º
Volume, 1ª edição.
 SOMMERS, P.Y. Bases Biológicas e Cíclicas das Doenças Infecciosas.
 AGRIOS, G.N. Plant pathology, third edition, Demic Press, INC New York (USA).
 REY, Parasitologia Médica, 1a e 2a edição.
 BARNES, R.D. Zoologia dos invertebrados.

155
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Pastos e Forragens


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 1º Creditos – 3= 75 horas (48contacto + 27 de estudo)

1. Introdução

As pastagens possuem um número bastante grande de pequenos organismos que utilizam sua
cobertura natural como moradia alternativa, durante sua fase livre de vida. Entre eles
encontram-se, diversas pragas, moléstias, nematóides, ácaros. Além de plantas parasitas e
outros microorganismos que podem ser prejudiciais, tanto as pastagens como para a saúde
dos animais que delas se alimentam.

As forragens que predominam nas regiões do país são especialmente P.infestum. Estas
começam a ganhar relevância entre os pesquisadores do ponto de vista da saúde das
pastagens interferindo nos resultados da produção pecuária.

Actuar na área de nutrição e alimentação animal é responder pela formulação, fabricação e


controle de qualidade das dietas e rações para animais, responsabilizando-se pela eficiência
nutricional das fórmulas, que poderão estar distribuídos nos seguintes conteúdos
disciplinares: exigências nutricionais; metabolismo de nutrientes; fisiologia animal;
forragicultura e pastagens; estudo e análise de alimentos; formulação e preparação de dietas
e misturas; bioquímica; maneio alimentar; restrições e fatores anti-nutricionais dos
alimentos; análise econômica; gestão de qualidade; nutrição e imunogenicidade; nutrição e
reprodução; higiene e profilaxia; água na alimentação; bioclimatologia; equipamentos e
instalações para alimentação. Fomentar, planear,coordenar e administrar programas de
melhoramento genético animal, contribue para a economia rural e obedece aos princípios de
produção animal.

156
2. Competências
 Conhece os principais pastose forragens ;
 Entende as técnicas adequadas para protecção de protegem os pastos e forragens;
 Tem a noção de cálculo decomposição botânica e carga animal óptima.

3. Objectivos
 Identificar as principais espécies de pastos e forragens;
 Aplicar as técnicas de aproveitamento racional de pastos e forragens;
 Aplicar as técnicas de produção e de conservação de pastos e forragens; e
 Aplicar métodos de cálculo de composição botânica e carga animal óptima e
interpretar os respectivos resultados.

4.Plano Temático
Número Temas Total de Horas de Horas de estudo
de ordem contacto
1 Introdução a disciplina 7 4
2 Fisiologia das pastagens 7 4
3 Pastagens naturais 7 4
4 Pastagens melhoradas 7 4
5 Produção de forragens 7 4
6 Conservação de forragens 7 4
7 Capacidade de carga/carga animal 6 3
Sub total 48 27
Total 75

5. Estratégias e métodos de ensino aprendizagem

 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Aulas práticas no laboratório
 Trabalho de campo

157
6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. Bibliografia
 ALCÂNTARA, P. B. & BUFARAH, G. Plantas Forrageiras, Gramíneas e
Leguminosas, 1988.
 BARNES, R. F.; MILLER, D. A. & NELSON, C. Forages: The Science of Glassland
Agriculture, VOL. II, 1995.
 BOGDAM, A. V.Tropical Pasture and Fodder Plants, LONDRES, LONGMAN, 1977.
 EUCLIDES, V. P. B. Algumas considerações sobre o Maneio das Pastagens,
 EMBRAPA–CNPGC, CAMPO GRANDE, 1994.
 MITIDIERI, J. Manual de Gramíneas e Leguminosas para pastos Tropicais , SP,
NOBEL, 1982.
 PEIXOTO, A. M., MOURA, J. C. & FARIA, V. P. Pastagens: Fundamentos da
Exploração Racional, PIRACICABA / FEALQ, 1993.
 PUPO, N.I.H. Manual de Pastagens e Forrageiras, CAMPINAS, INSTITUTO
CAMPINEIRO, 1985.
 WHITEMAN, P. C.. Tropical Pasture Science, NEW YORK, OXFORD UNIVERSITY,
1980.
 MORAES, Y. J. B. Forrageiras- Conceitos e Formação e Maneio, LIVRARIA E
EDITORA AGROPECUÁRIA, RS, 1995.
 EVANGELISTA, A.R., ROCHA, G. P. Forragicultura, UNIVERSIDADE FEDERAL
DE LAVRAS, FAEPE, 1998.
 ZANDER MEER, J.M. ammino afid, analysis,os, Siids in, the Netherlands, sour year,
prosiciency,spudy, 1990.
 WAMIG, E. C., ESULLER, M.S. theoppinium Dietary Amino,acid Pater, sor
Growing, pigs, Brit J.Nutrin,1990.
158
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Reprodução Animal


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 1º Creditos – 4 =100horas ( 48 contacto + 52 de estudo)

1. Introdução

A constante tarefa de reconstrução do corpo de um organismo que garante sua homeostase,


cessa com a sua morte. Entretanto apesar do limitado tempo de vida de um organismo, a
espécie a que ele pertence se perpectua através dos tempos. Isto acontece graças á
propriedade que o organismo possui de produzir outro ser vivo semelhante a ele. Desse
modo, a reprodução e o desenvolvimento de um novo ser podem ser encarados como uma
homeostase no nível da espécie. A reprodução tem ainda um sentido altruístico , uma vez
que garante a sobrevivência da espécie e não a do própio individuo , como ocorre com as
outras funções vitais.

O objecto de estudo da manada ou bando baseia-se no acompanhamento contínuo dos


aspectos reprodutivos com vista alcançar os limites recomendados de reprodução e, aumentar
a produtividade. No processo de maneio reprodutivo, é importante o conhecimento de
aspectos da embriologia do aparelho reprodutivo, anatomia do aparelho genital feminino e
masculino como também o controlo hormonal da actividade reprodutiva dos animais. O
maneio alimentar deve permitir a acumulação de reservas energéticas permitindo que haja o
número de cobrições necessárias.

A subnutrição, as doenças debilitantes e infecto-contagiosas , maneio inadequado são as


causas principais da má performance reprodutiva que, por sua vez, contribui para uma
acentuada redução na produção, retardando, também, o progresso genético e provocando
grandes prejuízos.

159
O controle sanitário, bem como as técnicas de maneio e os cuidados com a alimentação são
procedimentos indispensáveis à melhoria da eficiência reprodutiva na pecuária.

2. Competências

 Entende os processos de reprodução animal;


 Relaciona a reprodução animal com o tipo de nutrição;
 Elabora um projecto de investigação científica a criação de animais;
 Compreende os mecanismos que levam as alterações estruturais e funcionais do
aparelho genital.

3. Objectivos
O estudante deve ser capaz de:
 Entender os processos fisiopatológicos ligados a alterações funcionais do aparelho
genital;
 Conhecer as leis biológicas da reprodução e a importância do fenómeno reprodutivo;
 Aplicar as técnicas e os métodos de resolução dos principais problemas que
interferem na fertelidade;
 Relacionar as leis biológicas com as técnicas e métodos de manipulação da
sexualidade.

4. Plano temático

Nº de Tema Horas de Horas de


Ordem contacto estudo
1 Introdução a disciplina 7 7
2 Biologia da reprodução 7 7
3 Inseminação artificial 7 8
4 Manipulação da sexualidade nos animais domésticos 7 7
5 Infertelidade na fêmea e no macho 7 8
6 Influência do sistema nervoso no processo de 7 8
reprodução animal
7 Trabalho de campo 6 7
Sub total 48 52
Total 100

160
5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem
 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Práticas laboratoriais;
 Trabalho de campo

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto;
 Retroprojector;
 Modelos naturais e artificiais;
 Laboratório.

7. Avaliação
 2 Testes escritos
 1 Projecto de pesquisa (em grupo)
 Exame

8. Bibliografia
 JUNQUEIRA, D.H.Scientific American.Nova york, Scientific American, Inc. set, 79.
p 48.
 HUETTNER, A.E. Comparative Embriology of the Vertebrates.Nova York, The
Macmillian Company, 1920
 MOORE, K. L. Embriologia Basica. Sao Paulo, Ed. Edgar Blucher, 1974.

161
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Experimentação Agrária


Código- Tipo– Nuclear
Nível - 1 Ano - 3º Ano
Semestre - 2º
Créditos – 5 = 125 horas (48 de contacto e 77 de estudo)

1. Introdução
Um experimento é um inquérito planeado para obtenção de novos factos ou para confirmar
os resultados de inquéritos prévios e para gerar informações a serem usados na tomada de
decisões. Em agricultura ou em florestas, os experimentos são condizidos para responder
questões chaves cuja resolução seria necessária para incrementar a produção e ou boa
utilização de produtos agrícolas e florestais.

Unidade experimental no qual o tratamento é fixado em casualuzações singulares, tratamento


é um procedimento ou uma condição aplicada á unidade experimental que, efectivamente
está para ser dimencionada ou comparada com os outros.

2. Competências
 Organiza dados da estatística descritiva;
 Usa cáculos para o sucesso dos campos experimentais;
 Aplica métodos simples de amostragem e estima parâmetros de avaliação;

3. Objectivos gerais
No final da disciplina o estudante deve ser capaz de:
Organizar e resumir dados usando estatística descritiva;
 Compreender e aplicar métodos simples de inferência estatística para estimar
parâmetros e testar hipóteses;

162
 Compreender e aplicar métodos simples de amostragem para tirar amostras e estimar
parâmetros;
 Interpretar os resultados da análise estatística edescreve-los explicando a realidade
estudada.

4. Plano temático
Carga horária
Nº Temas Horas de Horas de
contacto estudo
Definição de estatística e seus ramos, populações estatísticas
1 5 8
e amostras, níveis de medição.
2 Estatística descritiva e números índices 5 8
3 Introdução á teoria de probabilidade 5 7
4 Variáveis aleatórias e sua distribuição 5 8
5 Estimação de parâmetros e estimadores de intervalo 5 7
6 Testes de hipóteses 4 8
7 Métodos de amostragem 5 7
8 Análise de variância um caminho de classificação 5 8
9 Coorelação linear e regressão linear simples 4 8

10 Estatísticas não paramétricas 5 8

Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferência
 Trabalho em grupos

6. Meios de ensino
 Quadro branco
 Retroprojector

163
7. Avaliação
 Teste escrito
 Proposta de um programa de extensão (grupo)
 Exame

8. Bibliografia
 BEIGUELMAN, B. Curso Prático de Bioestatística. Ribeirão Preto: Sociedade
Brasileira de Genética, 1994.
 BENZATTO, D. A., KRONZA, S.N. Experimentação Agrícola. 3ª Edição.
Jaboticabal: FUNET, 1995.
 CRUZ, C. D., REGAZZI, A.T. Modelos biométricos Aplicados ao Melhoramento
Genético. Viçosa: UFV, 1997.
 CRUZ, C.D. Princípios de genética quantitativa. 1. ed. Viçosa: Editora UFV, 2005.
391p.
 CRUZ, C.D.; REGAZZI, A.J. Modelos biométricos Aplicados ao melhoramento
genético. Viçosa:
 Imprensa Universitária, 2004. 390p.
 GOMES, F.P. Curso de Estatística Experimental. 13ª Edição. Piracicaba: Nobel,
1990.
 KUTNER, M. H; NACHTSHEIM, C. J.; NETER, J.; LI, W.Applied Linear
Statistical Models. 5th ed. New York: McGraw-Hill/Irwin, 2004. 1396p.
 MLAY, G. & DISTA, S. Experimentação agrária, UEM, volume 1, 1998.

164
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Higiene e Tecnologia dos Alimentos


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 2º Creditos – 6 =150 horas (48 contacto + 102 de estudo)

1. Introdução
A tecnologia dos alimentos é uma ciência que visa demonstrar aspectos de qualidade, análise
físico-químicos, conservação e industrialização dos produtos, processamento dos
subprodutos para o reaproveitamento.

Esta técnica tem muita importância na agro-indústria em matéria prima e processos,


operação de embalagem bem como a tecnologia de produção de alimentos preparados e
transformados, processos de fabrico (tradicionais e recentes), sistemas de conservação e uma
boa apresentação do produto.

1.Competências
 Inspecciona alimentos e decide sobre a sua integridade;
 Aplica as técnicas de processamento de carnes, lacticínios e pescados;
 Possui a capacidade de realizar inspecção ante morte dos animais para o abate e
inspecção post mortem das carcaças;
 Decide sanitariamente sobre as carcaças inspeccionadas;
 Interpreta e implementa os sistemas de controlo de qualidade (Sistema HACCP).

2.Objectivos da disciplina
 Conhecer os métodos de processamento e conservação dos alimentos
 Conhecer os principais processos tecnológicos dos produtos de origem animal e
vegetal;
 Fazer a inspecção sanitária dos produtos de origem animal;
165
 Aplicar as normas higiénico- sanitárias para o pessoal e para os estabelecimentos
tecnológicos.
 Conhecer as normas de inspecção e de decisão sanitária dos animais

3. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução da cadeira 4 9
2 Princípios de higiene e tecnologia 4 9
3 Inspecção e tecnologia de leite e lacticínios 5 9
4 Higiene pessoal e das instalações 4 9
5 Inspecção e tecnologia de peixes e moluscos 5 10
6 Inspecção e tecnologia de aves e ovos 4 9
7 Inspecção e tecnologia de carnes 5 9
8 Inspecção da caça 4 10
9 Importância da quarentena 4 9
10 Toxinfecções alimentares 5 10
11 Prática laboratorial 4 9
Sub total 48 102
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Trabalho de campo;
 Laboratório de análise

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector

7. Avaliação
 Testes escritos.
166
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia
 PEARSON, A.M. & GILLET, T.A. tecnologia e higiene de la carne, 1994.
 INSTITUTO ADOLFO LUTZ, métodos químicos e físicos para a análise de
alimentos, 3ª edição, 1985.
 SILVA, J.A. Manual de control higieno-sanitário em alimentos, S.P. livraria varela,
1995.
 GAVA, A. J., Princípios de tecnologia dos alimentos 7ª edição, s.p. Nobel,1984.

167
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Nutrição Animal


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 1º Creditos – 5= 125 horas (48 contacto + 77de estudo)

1. Introdução
A existência e a qualidade da vida são determinados pela alimentação pois é a maior força
do homem e animais e é influenciado pelas condições ambientais. A importância da
alimentação reside no fornecimento de nutrientes ao organismo para a realização de
diferentes actividades ou funções como crescimento, produção, reprodução, e garantindo
deste modo a multiplicação, conservação de espécies e longevidade de animais.

2. Competências
 Distingue os tipos de rações adequadas para cada espécie animal;
 Possui capacidades e habilidades na formulação de rações;
 Conhece as capacidades nutritivas de cada espécie animal.

3. Objectivos
 Avaliar o valor nutritivo dos alimentos utilizados para as diferentes espécies
pecuárias;
 Avaliar as necessidades nutritivas das várias espécies domésticas; e
 Formular rações.

168
4. Plano Temático
Nr. Temas Total Horas Horas de
de contacto estudo
1 Introdução a disciplina 5 9
2 Tipos de alimentos e aditivos utilizados na 5 8
alimentação animal
3 Alimentação mineral e vitamínico 5 8
4 Composição dos alimentos e sistemas de analise 5 9
5 Critérios de qualidade para avaliação dos 6 9
alimentos
6 Valorização nutritiva e dietética 5 9
7 Utilização da energia dos alimentos 6 8
8 Preparação e conservação dos alimentos 5 8
9 Processamento do alimento e Calculo de rações 6 9
Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Aulas práticas no laboratório
 Trabalho de campo
6. Meios
 Retroprojecto
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;

169
8. Bibliografia
 ANDRIGUETTO, J.M. et al. Nutrição Animal, Vol. I. Nobel. São Paulo.
 ANDRIGUETTO, J.M. et al. Nutrição Animal, Vol. II. Nobel. São Paulo.
 LEESON, S and SUMMERS, J.D. Nutrition of the chicken, 4 ed. Guelph: University
Books, 2001.
 MILLER, E.R., DUANE, E.U., LEWIS, A.J.. Swine Nutrition, Boston: Butterworth-
Heinemann, 1991.
 CHURCH, D.C. El Ruminat. Fisiología Digestiva y Nutrición. Editora ACRIBIA, S.A.
aragoza, España, 1988.
 COELHO DA SILVA, J.F.& LEÃO, M.I.Fundamentos de nutrição dos ruminantes.
Piracicaba: Livroceres, 1979.
 LUCCI, C.S. Nutrição e manejo de bovinos leiteiros. 1a Ed. São Paulo, SP: Editora
Manole, 1997.
 NATIONAL RESEARCH CONCIL - NRC. Subcommittee of dairy cattle nutrition.
(Washingtin, DC, USA). Nutrient requirement of dairy cattle. 7a. Ed.,
Washington:National Academy Press, 2001.
 NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requeriments of poultry. 8a. ed.
Washington:National Academic Press, 1994.
 ZANDER MEER, J.M. ammino afid, analysis,os, Siids in, the Netherlands, sour year,
prosiciency,spudy, 1990.
 WAMIG, E. C. ESULLER,M.S. the oppinium Dietary Amino,acid Pater, sor Growing,
pigs, Brit J.Nutrin,1990.

170
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Produção e Tecnologia de Sementes


Codigo: Tipo – complementar
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 2º Creditos – 4 = 100 horas (48 contacto + 52 de estudo)

1. Introdução
A semente é o ponto de partida para se ter uma boa lavoura e, consequentemente, uma boa
produção. Desse modo, uma lavoura destinada à produção de sementes deve obedecer às
normas de produção de cada cultura. Essas normas são estabelecidas pelas Comissões
Estaduais de Sementes e Mudas - CESMI's e devem ser observadas rigorosamente.

A produção de sementes pode ser feita em cultivo de sequeiro ou irrigado. No caso do


cultivo de sequeiro é importante que o plantio seja feito em uma época que possibilite a
colheita no final do período chuvoso, quando as chuvas são leves e esparsas. A colheita em
período seco é de fundamental importância para uma boa qualidade das sementes. No cultivo
irrigado, os turnos de irrigação devem ser escalonados de modo que a última irrigação seja
feita no início da maturidade das vagens. Desse modo, a vagem alcança a maturidade em
ambiente com baixa umidade, o que assegura uma alta qualidade de grãos.

Muitas regiões nos meses secos, apresentam condições excelentes para produção de
sementes sob irrigação. Na escolha do local é importante que sejam observados alguns
aspectos: a área deve ser bem drenada; o solo deve ser fértil; e não deve estar infestado com
ervas daninhas agressivas, que possam se misturar às sementes e serem levadas para outras
áreas. É muito importante, também, que o solo esteja livre de doenças, que possam ter seus
agentes causais veiculados por sementes e que não possam ser controlados por meio de
tratamento dessas sementes. Não é recomendável usar a mesma área repetidas vezes para

171
produção de sementes; é aconselhável adotar um manejo que quebre o ciclo das ervas, pragas
e doenças, e possibilite recuperar o nível de fertilidade do solo.

O campo deve ser mantido livre de ervas durante todo o ciclo da cultura, principalmente na
época da colheita. Isso reduz a possibilidade de sementes de ervas se misturarem às sementes
do caupi e serem disseminadas para outras áreas de produção.

É necessário que seja feito o acompanhamento da lavoura quanto à ocorrência de pragas e


doenças e que sejam tomadas medidas necessárias ao controle das mesmas. Isso é importante
para que a lavoura seja mantida livre de pragas e doenças importantes e para que não seja
comprometido o rendimento da cultura. É importante também que a semente tenha alto
padrão fitossanitário.

2. Competências
 Conhece cálculos das necessidades de sementes;
 Conhece os princípios e métodos de produção de sementes;
 Conhece os princípios de comercialização de sementes.

3. Objectivos
 Aplicar os princípios e métodos de produção de sementes;
 Utilizar os métodos de cálculos das necessidades de sementes; e
 Compreender os princípios de comercialização de sementes.

4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução e conceitos 5 5
2 Organização do programa de produção de 5 5
sementes
3 Agrotecnia da produção de sementes 5 5
4 Métodos de manutenção de variedades 5 5
5 Beneficiamento e processamento 5 5
6 Conservação e armazenagem 5 5
7 Controlo da qualidade de certificação 5 5

172
8 Cálculo das necessidades 4 6
9 Prática laboratorial 5 5
10 Trabalho de campo 4 6
Sub total 48 52
Total 100

1.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Trabalho de campo

2.Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector

3.Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Exame

4.Bibliografia
 EHLERS, E. Agricultura sustentável, origem e prespectivas segundo novo
paradigma, S.P., livros de terra, 1996.
 FAO, I. Perfil da agricultura familiar, Brasília, 1996.
 SEVILLA, GUZMAN, E. Agroecologia, Extensão rural, 2001.

173
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Zootecnia dos Ruminantes e Suínos


Codigo: Tipo – Complementar
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 2º Creditos – 7 =175 horas (64 contacto e 111 de estudo)

1.Introdução

A criação de animais requer do criador de conhecimentos de técnicas e normas zootécnicas


que garantem uma boa exploração de animais com vista ao aumento da produção e
produtividade.

A aplicação de novas técnicas de criação numa exploração pecuária constitue uma das
grandes preocupações do criador e, passa necessariamente pelo estudo e conhecimento de
condições necessárias para a criação, propósitos da criação, raças de animais e suas
potencialidades, bem como a aplicação de maneio alimentar e sanitário na exploração.

2.Competências
 Projecta explorações de ruminantes e suínos no sector industrial e familiar;
 Sabe explicar as técnicas de produção e normas de maneio e biosegurança;
 Entende a relação entre os animais e o meio ambiente.

3.Objectivos
 Organizar a criação de ruminantes e suínos para diferentes fins sócio-económico e
culturais;
 Relacionar a criação de ruminantes e suínos domésticos com diferentes sistemas de
produção e optimizar os seus resultados produtivos;
 Projectar explorações de ruminantes e suínos domésticos para sistemas de produção
com diferentes níveis de insumos;
 Aconselhar os criadores em técnica de maneio de ruminantes e suínos;

174
 Promover técnicas de produção de ruminantes e suínos que sejam sustentáveis e
inócuas ao meio ambiente.

4.Plano Temático
No Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução á disciplina 3 10
2 Generalidades de bovinos e suínos 6 10
3 Melhoramento genético das species 6 10

4 Maneio zootécnico das crias 6 10


5 Sistema de produção de leite e carne 6 10

6 Generalidades sobre pequenos ruminantes 6 10

7 Sistema de produção dos pequenos ruminantes 6 10

8 Sistema de produção de pequenos suínos 6 10

9 Alimentação dos pequenos ruminantes e suínos 6 10

10 Tecnologia de produção animal e controle técnico 7 10

11 Trabalho de campo 5 10
Sub total 64 111
Total 175

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Práticas laboratoriais

Meios de ensino Avaliação


- Quadro branco/preto; - Testes escritos;
- Retroprojector; - Trabalhos em grupo;
- Modelos naturais e artificiais; - Relatórios de trabalhos práticos;
- Campo de experimentação - Trabalhos individuais de aprofundamento

175
6. Bibliografia

 MORGADO,F.P. & MCKINNON, D. Manual técnico de maneio integrado de


pequenos ruminantes,DINAP, 1990.
 JOSSEFA,G. Manual de produção animal, Instituto Agrário de Chimoio,2001.
 PAULO ANESTAR GALETI, Guia do técnico agro-pecuário, 1983.

176
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Culturas Alimentares e Industriais


Tipo - Complementar
Nível: 1º Ano-2º
Semestre: 2º Créditos 6 = 150 horas (64contacto+ 86 de estudo)

1. Introdução
A produção de alimentos em quantidades suficientes para a satisfação das necessidades da
populaçào constitui o desafio mais importante da produção vegetal. O problema alimentar
em Á frica e em especial em Moçambique tem-se agravado devido ao crescimento da
população ao abandono da prática da agricultura resultante do movimento para as cidades ao
uso de tecnologias inadequadas á alteração das condições climáticas sendo que a combinação
de diferentes factores factores irá contribuir para a produção de alimentos em qualidade e
quantidades suficientes.

As plantas precisam de água no solo para poderem absorver os elementos de nutrição


exigidos para o crescimento. Se houver dificiência do líquido torna-se impossível a
fabricação dos alimentos necessários ao vegatal pois a água perde-se constantemente por
transpiração através das folhas.

As propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos devem ser consideradas antes da
decisão de se efetuar os plantios, devendo-se evitar áreas que tenham possibilidade de
encharcamento, com topografia muito irregular e que apresentem manchas ou bancos de
areia, cascalho ou pedras. Quanto aos aspectos biológicos, é importante evitar áreas com
presença de patógenos. Para isso, deve-se recorrer ao histórico dos plantios anteriores,
alertando-se para a ocorrência de nematóides formadores de galhas, murcha-de-fusário e
murcha-bacteriana. Deve-se também evitar o plantio em áreas próximas às ocupadas com
outros cultivos, onde possa ocorrer a reprodução de insectos.

177
Em Moçambique as condições são favoráveis para o cultivo deste cereal, mas apesar desta
vantagem continua a ser cultivada em pequenas áreas no sector familiar e muitas vezes em
consociação com outras culturas. Cultiva-se mais nas províncias de Niassa, Nampula e Tete
e com bons rendimentos. É rico em amido, proteínas e vitaminas, é uma graminha e merece
maior interesse e desenvolvimento pelo seu valor nutritivo e económico. É utilizda na
indústria de cerveja e é um bom alimento para o homem e animais; existe mapira de grão
branco, vermelho, ponte alto e anã.

O mundo todo produziu 8 milhões de toneladas de culturas industriais sobretudo o algodão.


Sendo em África 0,3 milhões de tonelas e em Moçmbique especialmente cerca de 7 mil. O
girassol contribui em 13% da produção mundial do óleo vegetal, a soja maior contribuinte
com 26% da produção total do óleo vegetal enquanto que oleo de palma em segundo lugar e
colza terceiro. Existe 50 espécies de girassol sendo a Moçambicana o Helianthus argophylus
cultivada ou domesticada e de origem mexicana, a espécie doméstica mantém a semente
enquanto a natural dispersa a semente na natureza daí a sua diferença.

As características de boasvariedades de culturas alimentares são: adaptabilidade às


condições do meio onde vai ser cultivada, resistência às adversidades que ocorrem na região,
produzindo muito e produto de boa qualidade; resistência ao acamamento; não ser de fácil
desgrana; não germinar na espiga; resistência às ferrugens do côlmo e da folha; resistência às
septorioses; boas qualidades de panificação, sendo essencial a gradagem

2. Competências
 Identifica as culturas alimentares das industriais
 Conhece as datas de sementeira para cada grupo de culturas
 Realiza práticas culturais
 Realiza tratamentos fitossanitários

3. Objectivos
 Explicar a importancia sócio- económica das culturas alimentarese industriais
 Identificar os melhores solos e clima para o cultivo das culturas
 Aplicar as tecnicas de condução das culturasalimentares e industriais
 Identificar a épocas e métodos de colheita das culturas
 Realizar a colheita e armazenamento das culturas

178
4.Plano temático deCulturas Alimentares e Industriais
Nr de Horas de Horas de
Tema
ordem contacto estudo
1 Introdução ás culturas alimentares e industriais 10 12
2 Produção de raizes tubérculos 10 12
4 Produçao de cereais 11 12
5 Produção de leguminosas 11 13
6 Produção de culturas de rendimento 11 12
7 Produção de hortícolas 11 13
Sub total 64 86
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8.Bibliografia
 ARANTES B.E. SOUZA.P.I. Culturas alimentares. Piracicaba 1993
 BELTÃO, N.E.M. VIEIRA,D.J. O agro-negócio do gergelim, Brasilia: Embarpa,
2001
 PATERNIANI, E. VIEGAS, G.P. Melhoramento e produção de culturas industriais,
Campinas: Fundação Cargill, 1987.

179
PROGRAMAS TEMATICOS DO 4º ANO DE AGRO-PECUÁRIA – MINOR EM
EXTENSÃO RURAL

180
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Epidemiologia e Doenças Infecto-contagiosas


Tipo-Nuclear
Nível: 1º Ano – 4º
Semestre: 1º· Créditos 3 = 75 horas (48 contacto +27 de estudo)

1.Introdução
Epidemiologia é uma ciência que estuda a distribuição dos fenómenos de saúde e doença, e
seus factores condicionantes e determinantes, nas populações humanas, permite ainda a
avaliação da eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde pública.
Esta ciência analisa a ocorrência de doenças em massa, ou seja, em sociedades,
colectividades, classes socias, grupos específicos, entre outros levando em consideração
causas categóricas dos geradores estados ou eventos relacionados à saúde das populações
características e suas aplicações no controle de problemas de saúde.

Desta maneira podemos entender a epidemiologia como a ciência que estuda o


comportamento das doenças em uma determinada comunidade, levando em consideração
diversas características ligadas aos seres vivos, espaço físico e também tempo, desta maneira
é possível determinar as medidas de prevenção e controle mais indicadas para o problema em
questão como também avaliar quais serão as estratégias a serem adoptadas e se as mesmas
causaram impactos, diminuindo e controlando a ocorrência da doença em análise.

No animal infectado, as localizações de maior freqüência do agente são: baço,


fígado,aparelho reprodutor masculino, útero e úbere. As vias de eliminação são representadas
pelos fluidos e anexos fetais – eliminados no parto ou no abortamento e durante todo o
puerpério – leite e sêmen.

181
A principal fonte de infecção é representada pela vaca prenhe,que elimina grandes
quantidades do agente por ocasião do aborto ou parto e em todo o período puerperal (até,
aproximadamente, 30 dias após o parto), contaminando pastagens, água, alimentos
e fômites. Essas bactérias podem permanecer viáveis no meio ambiente por longos períodos,
dependendo das condições de umidade, temperatura e sombreamento, ampliando de forma
significativa a chance de o agente entrar em contato e infectar umnovo indivíduo susceptível.

A porta de entrada mais importante é o trato digestivo, sendo que a infecção se inicia quando
um animal suscetível ingere água e alimentos contaminados ou pelo hábito de lamber as crias
recémnascidas. Uma vaca pode adquirir a doença apenas por cheirar
fetos abortados, pois a bactéria também pode entrar pelas mucosas do nariz e dos olhos.

O tempo entre a exposição ao agente infeccioso e o aparecimento dos sintomas visíveis é o


que se define como período de incubação. No caso da brucelose, esse período pode ser de
poucas semanas e até mesmo de meses ou anos.

Considerando-se o momento em que ocorre a infecção, o período de incubação é


inversamente proporcional ao tempo de gestação,ou seja, quanto mais adiantada a gestação,
menor será o período de incubação. A transmissão pelo coito parece não ser de grande
importância entre bovinos e bubalinos. Na monta natural, o sêmen é depositado na vagina,
onde há defesas inespecíficas que dificultam o processo de infecção.

2. Competências
 Define o conceito epidimiologia e doenças infectocontagiosas
 Identifica diferentes tipos de doença e epidimias
 Aplica a vacinação nos animais
 Faz o control de trânsito e certificação dos animais

3. Objectivos
 Desenvolver estratégia de melhoramentoanimal
 Aprender a diagnosticar as doenças infecto-contagiosas nos animais
 Diferenciar os tipos de doença mediante sinais clínicos e lesões
 Avalia as perdas económicas em função das epidemias existentes numa dada
população.

182
4. Plano temático de Epidemiologia e doenças infecto-contagiosas
Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Introdução á epidimiologia e doenças infecto- 4 2
contagiosas
2 Noções de epimiologia aplicada 4 2
4 Tipos de epidemiologia veterinária e doenças infecto- 4 2
contagiosas
5 Doenças predominantes em animais (ex: Tuberculose 4 2
bovina, Brucelose)
6 Control de trânsito e certificação de propriedades 4 2
livres de epidemias
7 Mecanismos de transmissào das doenças 4 2
8 Sinais clínicos e lesões 4 3
7 Diagnóstico laboratorial 4 2
8 Resposta imune contra as doenças infecto-contagiosas 4 2
9 Métodos indirectos ou sorológicos 4 3
10 Vacina não Indutora de anticorpos aglutinantes 4 2
11 Identificação e encaminhamento do material de 4 3
necrópsia
12 Situação de perdas económicas em Moçambique 4 2
Sub total 48 27
Total 75

5.Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

6.Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

183
7.Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. Bibliografia
 ALMEIDA Filho N, ROUQUAYROL. MZ. Introdução à epidemiologia moderna.
BR, BA, COOPMED/ APCE/ ABRASCO, 1992.
 ALMEIDA Filho N. A clínica e a epidemiologia. BR, Salvador, APCE-ABRASCO,
1992.
 FLETCHERRH, S, WAGNER. EH. Epidemiologia clínica, bases científicas da
conduta médica. BR, Porto Alegre, Artes Médicas, 1989.
 MACMAHON B, Pugh TF. Princípios y métodos de epidemiologia. México, La
Prensa Médica Mexicana, 1975.
 PEREIRA, MAURÍCIO GOMES, Epidemiologia, teoria e prática. BR, Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 2005.

184
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Empreendedorismo
Tipo:Complementar
Nível :1 Ano: 4º
Semestre: 1º Créditos: 3= 75 horas (48 contacto +27 estudo)

1.Introdução
A disciplina Empreendedorismo e Visão de Negócios tem como finalidade principal criar
habilidades sobre como desenvolver atitudes com um perfil empreendedor e “práticas de
gestão de negócios” para professores que irão leccionar a disciplina Noções de
Empreendedorismo no ensino secundário.

Além deste propósito, esta disciplina proporciona uma alternativa de carreira para
professores que desejam iniciar-se na actividade empreendedora, ou ainda, poderá ser
oferecida para o público em geral que deseje desenvolver competência para iniciar ou gerir
um novo negócio.

A disciplina aborda o trinómio “ser-saber-fazer acontecer” presentes na acção de


empreender. Inicialmente são discutidos os diferentes perfis do profissional empreendedor,
onde o aluno é estimulado a reconhecer o seu próprio perfil e as carências a serem superadas
para se tornar um empreendedor ou um intraempreededor bem-sucedido (SER). A seguir são
apresentados os conhecimentos básicos para criação de um novo empreendimento ou
projecto que ele pratica idealizando o seu, desde a escolha de uma oportunidade, até a sua
modelagem em um Plano de empreendedor (SABER). Finalmente, o aluno é orientado como
iniciar seu próprio negócio e quais as práticas de gestão mais relevantes para assegurar o seu
sucesso (FAZER ACONTECER).

185
2. Competências básicas
 Conhece o perfil empreendedor
 Analisa o mercado e identifica oportunidades de negócio
 Elabora o plano de Marketing e das operações

3. Objectivos gerais
Pretende-se que o aluno após cursar esta disciplina deverá ser capaz de:
 Desenvolver uma atitude epreendedora a ser aplicada na sua condição de pedagogo
ou fora do âmbito acadêmico.
 Saiba como identificar uma oportunidade, planejar a sua execução e iniciar a
operação de um novo empreendimento.
 Compreender o funcionamento e a utilização das principas práticas de gestão de um
pequeno negócio.
 Dispor do embasamento em práticas de gestão de negócios necessário para lecionar a
disciplina Noções de Empreendedorismo.
 Desenvolver a competência necessária para practicar o seu próprio negócio.

4. Plano temático
Horas de Horas de
Unidade Tema
contacto estudo
1 Conhecendo seu perfil empreendedor 5 3
2 Identificando a oportunidade de negócio 5 3
3 Analisando a viabilidade do negócio 5 3
4 Conhecendo um Plano de Negócios 5 2
5 Elaborando o Plano de Marketing 5 3
6 Elaborando o Plano de Operações 5 2
7 Elaborando o Plano Financeiro 5 3
8 Começando o seu próprio negócio 5 2
9 Gestão do relacionamento com o cliente 5 3
10 Avaliando o desempenho de uma pequena empresa 3 3
Sub total 48 27
Total 75

186
5. Estratégias e métodos de ensino aprendizagem
Estratégia de ensino orientada por projectos de trabalho onde o aluno desenvolve o projecto
para realização de um novo empreendimento.
Metodologia de ensino através de aulas interactivas, onde o professor demonstra o conceito
seguido de sua aplicação pelo aluno no seu projecto de negócio.

6. Meios de ensino-aprendizagem
Sempre que possível as aulas deverão ser desenvolvidas em ambiente electrónico, tanto na
demonstração dos conceitos com slides em projector de multimédia, como na sua aplicação
pelos alunos através de editor de texto e planilhas electrónicas, que os alunos receberão no
início da disciplina.
Alternativamente o mesmo material pode ser apresentado com projector de transparências e
disponibilizado para os alunos de forma impressa.

7. Avaliação
Nota obtida pela participação individual e em grupo nas actividades desenvolvidas durante as
aulas, utilizando os seguintes critérios de avaliação:
Desenvolvimento do Perfil Empreendedor (60%)
Elaboração do Plano de Negócios (15%)
Exercícios de Práticas de Gestão· (25%)

8. Bibliografia
BARON, Roberto A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Thomson
Learning, 2007.
BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos,
estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003.
BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os desafios do empreendedor. São Paulo:
Pearson Makron Books, 2001.
DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo:
McGraw-Hill, 1989.
DOLABELA, Fernando Celso. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados,
1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Planos de negócio que dão certo. Rio de Janeiro: Elsevier,
2008.
FARAH, Osvaldo Elias. Empreendedorismo estratégico: criacão e gestão de pequenas
empresas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
187
LONGENECKER, Justin et al. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Thomson
Learning, 2007.
MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro. Criando empresas para o sucesso. São Paulo:
Saraiva, 2004.
MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no
Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no
Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Administracão para empreendedores. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
MIRSHAWKA, Victor; MIRSHAWKA, Victor Jr. Gestão criativa: aprendendo com mais
bem-sucedidos empreendedores do mundo. São Paulo: DVS Editora, 2003.
MIRSHAWKA, Victor. Empreender é a solução. São Paulo: DVS Editora, 2004.
RAMOS, Fernando Henrique. Empreendedores : histórias de sucesso. São Paulo: Saraiva,
2005.
SALIM, César Simões et al. Administração empreendedora: teoria e prática usando o estudo
de casos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
SALIM, César Simões et al. Construindo planos de negócios: passos necessários para
planejar e desenvolver negócios de sucesso. Rio de Janeiro: Campus,2005.
WEVER, Francisco Brito. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes
nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

188
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Gestão de Mudanças nas Zonas Rurais


Tipo-Nuclear
Nível: 1º Ano-4º
Semestre: 1º· Créditos 6 = 150 horas (48contacto+ 102 de estudo)

1.Introdução
As políticas económicas, quando predominantes na região dificultam a introdução de
medidas ambientais já que impõem um limite ao gasto social em serviços básicos e de
saneamento. As áreas urbanas não causam somente impactos ambientais locais como
também causam nas pegadas ecológicas, enquanto as cidades causam uma variedade de
impactos como: conversão das áreas agrícolas ou florestais para infraestrutura ou uso
urbano, aterro de áreas húmidas.

A utilização de biomassa como combustível também causa poluição atmosférica em


ambientes fechados e abertos,outros efeitos como poluição de cursos de água, lagos e águas
costeiras causada por efluentes não tratados entre outros factores , interferindo na saúde e
vida da comunidade, necessitando de uma gestão adequada.

2. Competências
 Conhece as causas da destabilidade
 Descreve os mecanismos de gestão
 Relaciona o meio ambiente com a pobreza rural

3. Objectivos
 Desenvolver modelos que auxiliam na reduçào da pobreza
 Identificar os tipos de pobreza;
 Relacionar o crescimento da produção com o meio ambiente.

189
4. Plano temático de Gestão de mudanças nas zonas rurais
Horas de Horas de
Nr. Temas
contacto estudo
1 Introdução ágestão de mudanças 5 11
2 Noções de desenvolvimento comunitário 5 11
3 Modelo integrador de uma subcultura de pobreza 5 11
4 Tipos de pobreza 5 11
5 Pobreza no meio rural 5 11
6 Caracteristicas do meio ambiente urbano 5 11
7 Economia de sobrevivência 5 11
8 Crescimento da produção do meio ambiente urbano 5 12
9 Áreas urbanas em África e formas de melhorias 5 11
7 Maneio de resídeos , abastecimento de água e 6 12
saneamento básico
8 Poluição atmosférica 6 11
9 Efeito das politicas de desenvolvimento rural 6 12
Sub total 48 102
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Instrumentos audio-visuais
 Excursões e trabalho permanente de campo

6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
190
 Exame

8. Bibliografia
 CAPORAL, F. R. Agroecologia e Extensão Rural, contribuições para o
desenvolvimento rural sustentável
 FREIRE, P.Extensão ou comunicação- Paz e Terra, 1988
 OLIVEIRA, M.C.C.Mudança social na comunidade rural, S.Paulo, 1982
 REES,W.Revisiting carrying capacity, area based indications of sustainability, 1996.

191
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Economia Agro-pecuária


Codigo: Tipo – Complementar
Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 1º Creditos – 6 = 150 horas (48 contacto + 102de estudo)

1. Introdução
Esta cadeira tem em vista capacitar os estudantes a conhecer os principais factores que
determinam o desenvolvimento de agro-pecuária e as razões porque o desempenho dos
países e regiões mundiais obedecem a ritmos diferentes. O desempenho de agro-pecuária no
desenvolvimento e identificação dos sistemas de uso de terra em Moçambique; identificação
e interacção entre os actores e os mercados que operam em África e em Moçambique, e o
acesso ao capital bem como os critérios de adjudicação seguidos pelo estado e agências
internacionais para o desenvolvimento.

O conceito desenvolvimento pode ser estendido ao sector agro-pecuário podendo ser


utilizado para referir o crescimento do valor dos produtos, bens e serviços acompanhado pela
transformação da estrutura social no sector onde são reduzidas as diferenças entre os pobres
e os ricos, com reformas caracterizadas por um assistência social rural, estabelecimento de
mercados agrários e rurais, instituições de distribuição, comercialização, condicionamento
dos produtos e uma maior actividade comercial nas zonas rurais.

O desenvolvimento agro-pecuário engloba o principio de segurança alimentar isto é, o acesso


à alimentação adequada, em todos os tempos para todos membros da sociedade, que permite
o desempenho das actividades normais e ter uma vida sã e uma dignidade humana. O
crescimento económico por si só não conduz ao desenvolvimento agro-pecuário ele deve ser
acompanhado por mudanças estruturais da sociedade, onde a auto-estima e autoconfiança da

192
sociedade é cultivada. Este só pode promover o seu desenvolvimento sustentável se for capaz
de cultivar o espírito de entre ajuda entre os membros da comunidade e os benefícios do
crescimento económico agro-pecuário sendo parte da transformação rural.

Moçambique é um dos países mais pobres do mundo. A sua economia é essencialmente


agro-pecuária caracterizada pelos desequilíbrios estruturais com alta incidência de
calamidades naturais, fome e má nutrição; nesse contexto aumentar a produção e a
produtividade agro-pecuária é uma forma de aumentar os rendimentos, condição necessária
para o melhoramento das condições de vida das populações.

2. Competências
 Sabe que técnicas a aplicar na produção pecuária;
 Conhece como receber créditos para os intercâmbios comerciais;
 Sabe como elaborar planos de produção .

3. Objectivos:
 Aplicar princípios económicos e técnicas de produção na pecuária;
 Compreender os conceitos e princípios de Macro e Micro economia;
 Utilizar os conceitos para a caracterização económica e social de problemas agrários e
ambientais;
 Elaborar planos de produção e financeiros e intervir sobre factores que afectam a
rentabilidade das explorações agro-pecuárias.

4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de contacto Horas de
estudo

1 Introdução à disciplina 7 15
2 Sistema de organização económica 7 15
3 Teoria da procura e oferta 7 14
4 Equilíbrio de mercado 7 15
5 Consumo, poupança e investimento 7 14
6 Política fiscal e monetária 7 15
7 Inflação e desemprego 6 14
Sub total 48 102

193
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Exercícios e computação

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Computador/DataShow

7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia
 BYERLEE, D. Technical Change, Productivity, and Sustainability in Irrigated
Cropping System of South Asia, 1992.
 EVENSON, R.E., & MCKINSEY, J.W. Em “Research Extension, Infrastructure, and
Productivity ” 1991.
 FOSTER, A., & ROSENZWEIG, M.R. Em “Technical Change and Human-Capital
Returns, 1996.

194
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Extensão Rural e Sociologia Agrária


Codigo: Tipo – Complementar
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 2º Creditos – 5 = 125 horas ( 48contacto + 77 de estudo)

1. Introdução
A extensão é concebida como uma intervenção que apenas transmite conhecimentos das
instituições aos camponeses. Considera-se extensão como sendo transferência de tecnologia
e é essencialmente o meio pelo qual novos conhecimentos e ideias são introduzidos nas
zonas rurais, de modo a introduzir mudanças e a melhorar a vida dos agricultores e das
famílias.

Extensão é uma forma de acção social, virada ao ajustamento dos motivos de comportamento
social de outras pessoas ás condições mudadas e o qual é automaticamente devagar, para
apoiar o homem a possuir maior influência na transformação de uma situação determinada,
tendo como elementos chaves; a intervenção organizada e planeada, comunicação, mudança
livre de comportamento, educação, participação e tomada de decisões.

As forças conseguiram reunir esforço suficiente para impor uma reforma agrária, mesmo
limitada aos latifúndios improdutivos e às terras devolutas da União. foram capazes de
unificar os pequenos proprietários rurais aos antigos camponeses sem-terra num só
movimento de democratização da propriedade territorial.

Parte dos pequenos proprietários rurais só despertou para a reforma agrária quando o
capitalismo deu início à modernização dos latifúndios. Primeiro, nos anos 1950, quando o
capital empurrou do campo para as cidades os milhões de trabalhadores necessários para a
industrialização. Depois, a partir dos anos 1960-70, quando o capital colocou em prática sua
195
lei, já apontada por Marx, de destruição e recriação constante de seus diversos sectores
(chamada de "destruição criativa", por Schumpeter), passando a expropriar a economia dos
camponeses, e ameaçando sua existência como classe.

Como toda classe social só subsiste à medida que consegue transformar-se em porta-voz dos
interesses da "sociedade", o movimento camponês pensa transformar sua defensiva em
ofensiva, com o argumento de que a pequena agricultura pode atender às "demandas
históricas da sociedade ,em termos de saneamento, moradia e alimentos. Como a pequena
agricultura não é dominante, a dificuldade é dupla: demonstrar que pode se tornar dominante
e, ao mesmo tempo, que pode atender a tais "demandas históricas".

A agricultura camponesa só teria condições de se tornar dominante se realizasse uma


profunda revolução agrária, quando a maior parte da agricultura brasileira era dominada
pelos "velhos latifúndios", e seu desmembramento não representaria qualquer retrocesso no
avanço das forças produtivas e no atendimento das "demandas históricas". Hoje, diante da
forte agricultura ,capaz de suprir as necessidades de matérias-primas para a indústria e de
alimentos para a população, o atendimento das "demandas históricas" só pode ser realizado
se se aproveitar os avanços tecnológicos do "agronegócio” e corrigirmos suas distorções,
através da substituição da propriedade pela socialista.

2. Competências
 Identifica as tecnologias para o melhoramento de extensão rural;
 Avalia a importância da extensão rural no desenvolvimento das comunidades;
 Identifica o impacto da extensão na gestão das mudanças.

3. Objectivos
 Conhecer os princípios gerais e conceitos de extensão em comparação com outros
instrumentos de extensão;
 Analisar a função da extensão na cadeira de investigação; e
 Compreender os métodos e técnicas básicas de extensão mais importantes no
desenvolvimento.
 Conhecer o impacto da sociologia na agricultura;
 Conhecer o impacto do género na agricultura e desenvolvimento;
 Conhecer os aspectos sociológicos dos processos agrários;
 Saber aplicar noções de sociologia nos processos agrários; e

196
 Saber aplicar perspectivas do género na agricultura e desenvolvimento. rural.

4. Plano Temático
Nr. Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Conceitos básicos sobre a extensão 4 6
2 Fundamentos de extensão: comunicação, participação e 4 6
mudança de comportamento humano
3 Métodos de extensão 4 6
4 Estratégias de extensão 4 6
5 Papel da extensão na promoção do desenvolvimento 4 7
agrário
6 Teoria da sociologia agrária 4 6
7 Características dos produtores e as relações entre eles. 4 7
Usos e costumes das regiões, sistemas patrelineares e
matrilineares
8 Relação simbólica e cultural entre o homem e o seu 4 6
meio
9 Conceitos básicos das ciências de organização 4 7
10 Formação e funcionamento de sociedades 4 7
11 Teoria e análise de género na agricultura, recursos 4 7
naturais e no desenvolvimento
12 Conceitos básicos e diferenças teóricas 4 6
Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Trabalho de campo
 Laboratório de análise

197
6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Campos de experimentação

7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia
ANON. Formação à Abordagem Participativa: Métodos e Meios para Animação Rural. Guia
para o Formador, nº 2, Projecto GCP/CC/I/032/ITA, 1995.
ANDRE,E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5ª edição S. Paulo, 1993.
A.W. van den Ban & H.S. Hawkins. Agricultural Extension. Blackwell Science Ltd, Oxford,
1996.
ANDRADE, Inácio Rebelo de. Extensão Rural: textos de leccionação. Manuais da
Universidade de Évora. Área Departamento de Ciências Humanas e Sociais, 1994.
BARDAVID, S. Serviço Social: Tipologia de Diagnóstico – subsídios, São Paulo: Moraes
Editora, 1981.
Centro de Formação S. Jorge, Ministério da Agricultura de Cabo Verde. Formação à
Abordagem Participativa : Diagnóstico Inicial Junto da Comunidade, Vol. II, Colecção
Prisma, nº 1. Projecto GCP/CC/I/032/ITA, 1995.
CHAMBERS, R. Desenvolvimento Rural: Fazer dos Últimos os primeiros. Luanda: ADRA,
1983.
FERRINHO, H. Comunicação Educativa e Desenvolvimento Rural. Porto: Edições
Afrontamento, 1993.
FREIRE, P. Extensión O Comunicacion? ICIRA. Governo do Chile/ Nações Unidas/FAO.
Santiago de Chile, 1969.
HAMILTON, G. Teoria e Prática do Serviço Social de Casos, Rio de Janeiro: Agir, 1987.
PIJNENBURG, B. Introdução à agricultura, UEM, 1996.
MALAVOLTA E., ABC da adubação, 4ª edição 1979.
SEGEREN P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996.

198
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Aquacultura e Pesca


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 2º Creditos – 5 = 125 horas (48 contacto + 77 de estudo)

1. Introdução

O envolvimento do sector privado na actividade de pesca em Moçambique, reservado como


mercado de pescado e que com a proclamação da independencia nacional, assistiu-se a saida
massiva do país dos principias intervenientes na actividade produtiva. No caso concreto do
sector pesqueiro houve o abandono da frota pelos proprietários. Para assegurar a actividade
pesqueira foram criadas empresas estatais e mistas pressupondo deste modo um investimento
considerável do Estado.

A concessão de licenças à frota estrangeira foi também uma das soluções encontradas para
reactivação e desenvolvimento da actividade pesqueira.
A pesca industrial é um dos subsectores de actividade com finalidade comercial sendo a
produção maioritariamente destinada ao mercado externo.

No entanto, há que considerar a contribuição da pescaria semi-industrial de Kapenta nas


exportações de pescado para o mercado regional.

Ao longo da costa de Moçambique há possilibidade de recolha da produção de pesca


artesanal sendo de destacar os seguintes recursos:

Caranguejo de Mangal, peixe de alto valor comercial na zona norte de país principialmente
nas provincias de Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado (Lagosta de rocha, algas
marinhas, amêijoas, ostras e moluscos).

199
Estudos realizados identificaram três zonas com condições naturais para o desenvolvimento
da cultura de camarão marinho nas províncias de Maputo, Sofala e Zambézia. Em termos de
recursos e potencialidade de desenvolvimento da aquacultura marinha, a costa de
Moçambique subdivide-se em três regiões (Região Norte até Angoche, região Centro-Norte
até ao rio Save, região Sul até à Ponta do Ouro). O pescado moçambiquano é exportado sob
a forma de matéria-prima, apresentando o processamento como a única via rentabilidade
económica.

Um dos principais atractivos para o exercício de qualquer actividade é a existência de


infraestruturas de apoio e serviços básicos. Assim, o país oferece condições para o exercício
de activiades complementares á pesca, destacar as seguintes:

 Construção e reparação naval;


 Produção e comercialização de aprestos de pesca;
 Comercialização de motores marrítimos e peças sobressalentes;
 Serviços de assistência técnica a motores e equipamento diverso.

2. Competências

 Interlaciona as zonas marrinhas e busca inovações tecnológicas para a melhoria das


actividades pesqueiras;
 Explica as leis do uso , aproveitamento e gestão de recursos marrinhos existentes na
comunidade;
 Promove pequenos cursos de formação aos pequenos agricultores, criadores,
pescadores e apicultores

3. Objectivos

 Explicar a importância da aquacultura na comunidade e os diferentes métodos de


criação de peixes;
 Identificar as principais zonas de abundância de espécies marrinhas em Moçambique.

200
4. Plano Temático

Nr. Temas Total Horas Horas de


de contacto estudo
1 Intordução ao estudo da Aquacultura e Pesca 7 11
2 Principais ramos da aquacultura 7 11
3 Técnicas e instrumentos na aquacultura 7 11
4 Principais espécies e sua distribuição geográfica em 7 11
Moçambique
5 Técnicas e instrumentos de pesca 7 11
6 Principais formas de exploração pesqueira e sua 7 11
gestão
7 Trabalho de campo 6 11
Sub total 48 77
Total 125

6. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Aulas práticas no laboratório
 Trabalho de campo

7. Meios
 Retroprojecto
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

8. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;

201
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

9. Bibliografia
 MINISTÉRIO DAS PESCAS- Moçambique, Um Progecto que Encata Artezanais-
MozPesca, Edição 08 de Setembro de 2006 Maputo.
 MINISTÉRIO DAS PESCAS- Moçambique, facilitando o acesso a informação
sobre o desenvolvimwnto do sector pesqueiro em Moçambique, Edição Fevereiro de
2004, Maputo.
 MINISTÉRIO DAS PESCAS- Moçambique, A Zona Económica e a Biodiversidade,
Edção 04 de Abril de 2005, Maputo.
 AVELAR TERESA & PITÉ ROCHA TERESA M. Ecologia das populações e das
comunidades- Uma abordagem evolutiva do estudo da biodiversidade, 1996.
 GEWANDSZNAJER, F. Ecologia hoje ; a conservação da natureza- Revista
científica, 1992.
 PINHEIRO, S.L.G. Agroecologia- ênfoque sistemático e o desenvolvimento rural
sustentável, uma oportunidade de mudança de abordagem, 2000.

202
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Saúde e Gestão da manada


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 2º Creditos – 5 =125 horas ( 48contacto + 77 de estudo)

1. Introdução
A saúde da manada obedece o tratamento dos animais em programa de maneio integrado,
garantindo maior produção. No processo de maneio reprodutivo, antes da época de montas ,
o animal deve ser bem alimentado para permitir a acumulação de reservas energéticas, o
numero de cobrições depende de entre outros factores , do tipo de monta, livre ou dirigida,
sendo que em cada monta livre, cada reprodutor deve ser atribuído no máximo 35 fêmeas em
monta dirigida para um reprodutor novo cabe 20-30 e ao reprodutor adulto cabe 30-50.

Em relação ao maneio alimentar, deve compreender o fornecimento de rações disponíveis,


água potável e forragem como suplemento na época seca, segundo as necessidades nutritivas
dos animais e de acordo com a classe e categoria.

No sistema intensivo incluem as explorações concebidas no plano industrial do tipo


moderno, com raças precoces e seleccionadas. Os animais neste regime são alimentados de
forma racional e correcta, dentro de um índice óptimo de transformação alimentar e
proporcionando carne de boa qualidade. Caracteriza-se pela existência de instalações
tecnológicas que satisfaçam as necessidades e exigências dos animais.

2. Competências
 Organiza um sistema de registo de saúde animal;
 Analisa produtos das explorações pecuárias;
 Relaciona os produtos pecuários com o meio ambiente

203
3. Objectivos
 Organizar um sistema de registo de dados de saúde e produção animal;
 Processar e analisar dados sanitários e produtivos das explorações pecuárias;
 Aplicar os conhecimentos e habilidades práticas utilizadas na assistência veterinária
e fazer uma análise crítica de manada , grupo ou população;
 Intervir ao maneio animal de forma a maximizar a produtividade das explorações;
 Observar e interpretar a dinâmica do ambiente pecuário e na região.

4. Plano Temático
Temas Horas de contacto Horas de estudo
1 Introdução á disciplina 6 10
2 Gado leiteiro 6 10
3 Gado de corte sector comercial 6 9
4 Gado de corte sector familiar 6 10
5 Suínos 6 9
6 Caprinos e ovinos 6 10
7 Aves(Frangos, Poedeiras e pastos) 6 9
8 Trabalho de campo 6 10
Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Práticas laboratoriais;
 Trabalho de campo

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto;
 Retroprojector;
 Modelos naturais e artificiais;
 Laboratório.

204
7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos.

8. Bibliografia
 FAO, The Farm Business Survery, Rome,1976.
 MÉRCIA, L.S. criação de aves da capoeira, Publicaçòes europa-america,1993.
 PAULO ANESTAR GALETI, Guia do técnico Agro-pecuário, 1983.

205
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Construções Rurais


Tipo: Complementar
Nível :1 Ano: 4º
Semestre: 1º Créditos: 6 = 150 horas (48 contacto + 102 estudo)

1. Introdução
Os materiais de construção podem ser simples ou compostos, obtidos diretamente da
natureza ou podem constituir o resultado de trabalho industrial. Deve-se conhecê-los, pois de
sua escolha depende parte da solidez, durabilidade e beleza das obras. Além disso não basta
que qualquer construção atenda apenas a esses três requisitos - também o factor econômico
pesa bastante na escolha do material.

No decorrer dos anos, os criadores vêm intensificando suas técnicas de maneio, mudando-as
gradualmente do sistema de criação extensivo para o sistema intensivo, procurando melhorar
o controle sanitário, a eficiência da mão-de-obra e o desempenho dos animais. Com isso
eliminaram-se as opções de busca, por parte dos animais, de um ambiente mais propício ao
seu bem-estar. Nesse sentido, as instalações apresentam um papel fundamental no
desempenho dos animais. As atividades agro-pecuárias competitivas devem ser altamente
tecnificadas e exigem animais geneticamente melhorados; nutrição e manejo adequados; e
instalações planejadas e equipadas de forma a propiciar condições ambientais adequadas aos
produtos resultantes desta actividade.

2. Competências a serem desenvolvidas


 Desenha projectos
 Descreve informações técnicas ligadas ao planeamento de construções rurais
 Faz o orçamento dos proejctos de geração de energia
 Identifica materais de construção

206
2. Objectivos Gerais
 Armazenar os grãos e forragens
 Conceber projectos para a geração de energia e instalações elétricas
 Enumerar o material de construção

4. Plano Temático
Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Introdução à construções rurais 6 17
2 Noções de projectos básicas e técnicas construtivas 8 17
3 Informações técnicas sobre telhado 8 17
Planeamento e montagem de projectos de construções 8 17
4
rurais
5 Orçamento e geração de energia 10 17
6 Fontes de energia e instalações eléctricas 10 17
Sub total 48 102
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

6. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

207
7. Bibliografia
 BAUER, L.A.F. Materiais de Construção. 5a edição. Rio de Janeiro. LTC – Livros
Técnicos e Científicos, 2000. Vol. 1. P.001-436
 BRAGA JR., R.A . e RABELO, G.F. Electricidade na agropecuária: qualidade e
conservação. Lavras, ESAL/FAEPE, 1997. V.3. 158p
 BUENO, C.F.H. Construções Rurais: Materiais e Técnicas Construtivas. Lavras,
ESAL, 1982. 182p
 CARNEIRO, O. Construções Rurais.São Paulo. Editora Nobel. 8ª ed. 1980. 719p

208
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Difusão de Inovações no Meio Rural


Tipo-Complementar
Nível:1º Ano-4º
Semestre: 1º Créditos 5 = 125horas (48 contacto+77de estudo)

1.Introdução
Esta disciplina visa criar bases de aprendizagem e aplicabilidade dos princípios básicos de
capacitação dos produtores, na base de aprendizagem individual e social, é nesta cadeira que
se aplica os princípios e métodos participativos de treinamento, facilitação de eventos rumo a
avaliação dos impactos na capacitação dos produtores. É uma cadeira prática que liga a
escola e a comunidade no âmbito do desenvolvimento agrário, é uma componente de
extensão rural.

2. Competências
 Identifica os fundamentos da extensão
 Caracteriza os produtores rurais
 Descreve os principios básicos de aprendizagem tecnológica

2. Objectivos
 Desenvolver estratégia de tecnologias
 Aprender a complexidade do processo de agro-industrias na comunidade rural
 Descrever a estrutura agrícola em Moçambique

209
4. Plano temático de Difusão de inovações no meio rural
Horas de Horas de
Nr. Tema
contacto estudo
1 Fundamentos da extensão rural 4 7
2 Principais modelos orientados áextensão Rural 4 7
4 Caracterização de produtores Rurais 4 7

5 Métodos usados para a identificação da 5 7


liderança(Cooperação agrícola)
6 Estrutura agrícola em Moçambique 4 7
7 Interferência das mudanças provocadas pelos 5 7
complexos agro-industriais no mundo rural
8 Métodos de aprendizagem e treinamento 5 7
Princípios básicos de aprendizagem de tecnologias
inovadoras
9 Instrumentos e importância do planeamento(Avaliação 5 7
e prespectivas)
10 Processos de comunicação e difusão de inovações 4 7
11 Planeamento e avaliação de programas de extensão 4 7
Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Trabalhos teóricos práticos e de campo dando mais ênfase ao ensino com pesquisa
 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Instrumentos audio-visuais
 Excursões e trabalho permanente de campo

6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto

210
7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. Bibliografia
 CAPORAL, F. R. Agroecologia e Extensão Rural, contribuições para o
desenvolvimento rural sustentável
 FREIRE, P.Extensão ou comunicação- Paz e Terra, 1988
 FRIEDERICH,O. Acomunicação Rural, proposição crítica de uma nova concepção,
Brasil,1978
 OLIVEIRA, M.C.C.Mudança social na comunidade rural, S.Paulo, 1982

211
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Rega e drenagem


Código- Tipo– Complementar
Nível - 1 Ano - 4º Ano
Semestre - 2 Créditos – 4 = 100horas (48 de contacto e 52de estudo)

1. Introdução
A rega é a aplicação controlada de água numa área específica de terra quando a água de
chuva é insuficiente para uma cerat cultura ou quando a sua distribuição no tempo é
irregular. Para implemtar um sistema de rega deve se ter em conta a fonte de água, capital
disponível e caracteristicas de terreno e do tipo de cultura.

Drenagem é o processo de escoar água de terrenos encharcados por meio de tubos , túneis,
canais e valas sendo possível recorrer a motores como apoio ao escoamento. Os canais
podem ser naturais (rios) ou artificiais (de betão simples ou armado).

2. Competências
 Define os conceitos irrigação e drenagem;
 Descreve os difrentes tipos de drenagem e as suas etapas;
 Organiza projectos de drenagem em função das características físicas do solo;

3. Objectivos gerais
No final da disciplina o estudante deve ser capaz de:
 Organizar e resumir dados euqções de drenagem;
 Compreender o processo de irrigaç”ao e drenagem no ramo agrícola;
 Descrever as várias etapas do processo de irrigação e os passos de uma drenagem
bem sucedida;
 Aaplicar mapas friáticos e coeficientes de drenagem num campo a grícola

212
4. Plano temático
Carga horária
Nº Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Introdução a rega e drenagem 4 5
Irrigação por superfície (sulcos, faixas, inundação 5
2 4
temporária e permanente)

3 Irrigação por asperção (convencional e mecanizada) 5 5

4 Irrigação localizada 4 5

5 Avaliação e maneio de sistemas de irrigação 6 5

6 Características físicas do solo ao projecto de drenagem 4 5

7 Mapas friáticos 6 6

8 Coeficientes de drenagem 5 5

9 Regimes de drenagem (permanente e variáveis) 5 6

10 Equações de drenagem 5 5
Sub total 48 52
Total 100

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferência
 Trabalho em grupos

6. Meios de ensino
 Quadro branco
 Retroprojector

7. Avaliação
 Teste escrito
 Proposta de um programa de extensão (grupo)
 Exame

8. Bibliografia
 BERNADO SOARES A.A; MANTOVANE, E.C. Manual de Irrigaç”ao. Editora da
UFV, 2006.

213
 CRUCIANE. D.E,, A drenagem na Agricultura- São Paulo 1989.
 PRUSKI.F.E. BRANDÃO.V.S. SILVA. D. D. Escoamento superficial Editora da
UFV 2004.
 STONE L.F. SILVEIRA.P.M. Irrigação das culturas. Santo António de Goias;
EMPARPA 2001.

214
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Desenvolvimento Comunitário


Código- Tipo– Nuclear
Nível - 1 Ano - 4º Ano
Semestre - 2 Créditos –7 = 175 horas (48 de contacto +127de estudo)

1. Introdução
A situação social e mundial dos País em desenvolvimento, com destaque para o continente
africano onde Moçambique faz parte é hoje motivo de preocupação. Apesar da diversidade
entre eles muitos partilham um conjunto de metas bem definidas para o desenvolvimento.
Moçambique é particularmente a região que a pobreza é absoluta e que tende a aumentar e
que se faz sentir através de altos indices de desemprego, fraca distribuição de renda, uma
produção agrícola baixa e estagnada, níveis de vida diferenciados entre as cidades e campo.

2. Competências
 Define o conceito de Desenvolvimento;
 Compara o Desenvolvimento económico e a pobreza;
 Enumera os tipos de pobreza em Moçambique.

3. Objectivos gerais
No final da disciplina o estudante deve ser capaz de:
 Enumerar os princípios dos programas de desenvolvimento
 Aaplicar as experiências de participação em Moçambique no ramo Agrícola
 Conhecer a cooperação comunitária como estratégia de Desenvolvimento

215
4. Plano temático
Carga horária
Nº Temas Horas de Horas de
contacto estudo
1 Conceito de Desenvolvimento 4 11
2 Desenvolvimento humano e rural 4 11

3 Princípios dos programas de desenvolvimento 4 10

4 O conceito de pobreza para Moçambique 4 11

5 Desafios de desenvolvimento comunitário em Moçambique 4 11


Experiências de participação em Moçambique no ramo 4 10
6
Agrícola
Cooperação comunitária como estratégia de 4 10
7
Desenvolvimento

8 Associativismo e o desenvolvimento 4 11

9 Desenvolvimento económico e combate á pobreza 4 10

10 Género, pobreza e desenvolvimento 4 10

11 Área de saúde nos processos comunitários 4 11

12 Cultura e o desenvolvimento da Comunidade 4 11


Sub total 48 127
Total 175

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferência
 Trabalho em grupos

6. Meios de ensino
 Quadro branco
 Retroprojector

7. Avaliação
 Teste escrito
 Proposta de um programa de extensão (grupo)
 Exame

216
8. Bibliografia
 Ministério da Agricultura e desenvolvimento rural, Direcção Nacional de extensão
Rural, sector de comunicação, Ano1, nr 1,Maputo: Janeiro, 2000.
 Ministério da mulher e da Acção socila. Situação de género em Moçambique,
Nhamatanda, Maio, 2007.
 IBIS Moçambique, Organização Dinamarquesa de solidariedade e Desenvolvimento,
estratégia 1997-2002, maputo, Janeiro 1998.
 Francisco António Álvaro-Desenvolvimento Comunitário em Moçambique,
Universidade Federal do rio de Janeiro-2007.
 Mausse Aurélio Miguel-Pobreza, participação e Desenvolvimentpo Rural em
Moçambique-2009.

217
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias
Plano temático de Trabalho de Culminação do Curso
(Para profissionais de outras áreas)
Código –
Ano – 4º ano
Tipo – Nuclear
Nível – 1
Semestre – 8º (Para cursos de 4 anos) e 10º (Para cursos de 5 anos)
Créditos – 6 = 150 horas (32 de contacto + 118 de estudo)

1.Objectivos Gerais

a. Compreender a Ciência como um processo crítico de reconstrução


permanente do saber humano;
b. Adquirir orientações lógicas, metodológicas e técnicas com vista à
elaboração do trabalho de culminação do curso;
c. Desenvolverhabilidades técnicas para construir com eficiência o trabalho de
culminação de curso

2. Competências
a. Aplica os saberes adquiridos para a elaboração de uma pesquisa
científica;

b. Trabalha com autonomia e responsabilidade na elaboração de


monografia científica e outros trabalhos de natureza científica.

3. Pré – requisitos
Sem pré-requisito

218
4.Conteúdos (Plano temático)

Nº Tema Horas de Horas de


contacto estudo
1 1. Introdução 2 2
2. Objectivo e importância da
disciplina
2 3. Formas de culminação do curso 2 6
3.1. Conceito de culminação do curso
3.2. Caracterização (Monografia e
Exame de Conclusão)
3 4. Possibilidades oferecidas pela 2 4
monografia e pelo exame de conclusão
4 5. Recapitulação sobre as etapas 4 10
de elaboração de um projecto de
pesquisa científica
5 6. Apresentação dos projectos 4 9

6 7. Procedimento para preparação 4 7


do exame de conclusão

8. Procedimentos de elaboração de
uma monografia
8 9. Acompanhamento da elaboração 14 80
dos projectos de pesquisa

Sub-total 32 118

Total 150

5.Estratégias metodológicas de ensino-aprendizagem

A disciplina de Trabalho de Culminação do Curso é essencialmente prática,


visando dar subsídios que permitam os estudantes finalistas elaborarem suas
pesquisas com vista à conclusão do seu curso. Por esta razão, a explanação
teórica deve ser reduzida e circunscrita ao essencial, privilegiando-se a
apresentação, discussão e acompanhamento dos projectos de pesquisa.

É importante que o docente use e socialize documentos básicos


relacionados com a pesquisa como: O Regulamento Académico, Normas Para
219
Produção e Publicação de TrabalhosCientíficosna UP, Guiãopara a elaboração e avaliação
de monografias e Ficha de avaliação dos exames de conclusão.

1. Estratégias de Avaliação

A avaliação deverá sernecessariamente contínua e sistemática. Deve-se


valorizar mais a participação e a capacidade de inovação contínua dos projectos
apresentados pelos estudantes finalistas. Não se deve usar testes nem outras
formas que permitam classificar.

2. Língua de Ensino

Português

3. Docentes

A orientação da disciplina de Trabalho de Culminação do Curso deverá ser


assegurada pelos docentes do MEIC.

4. Bibliografia

ALMEIDA, João Ferreira de e PINTO, José Madureira. A Investigação nas Ciências


Sociais. 5ª ed. Lisboa, Editorial Presença, 1995.
CARVALHO, Alex Moreira e tal. Aprendendo Metodologia Científica:
UmaOrientação para os Alunos de Graduação. São Paulo, O Nome da Rosa, 2000,
pgs. 11 -19.
CHIZZOTTI, António. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4ª ed. São Paulo,
Cortez Editora, 2000.
DARTOIS, Claude. Como Tirar Apontamentos. Lisboa, Editorial Pórtico, s/d.
ECO, Umberto . Como se Faz uma Tese. 15ª ed. São Paulo, Editora Perspectiva
S.A., 1999.
KOCHE, José Carlos, Fundamentos de Metodologia Científica. Teoria daCiência e
Prática da Pesquisa. Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes, 1997, pgs. 23 – 39.
LAKATOS, Eva M. & MARCONI; MARINA de A. Metodologia do TrabalhoCientífico.
6ª edição, São Paulo, Atlas, 1991, pgs. 13 -18.
SERAFINI, Maria Teresa. Saber Estudar e Aprender. 2ª.ed., Lisboa, Editorial
Presença, 1996.
SEVERINO, António Joaquim. Metodologia de Trabalho Científico, 20ªed., São
Paulo, Cortez Editora, 1999.

220
221
PROGRAMAS TEMATICOS DO 3º ANO DE AGRO-PECUÁRIA – MINOR EM
ENSINO DE AGRO-PECUÁRIA

222
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Fitopatologia e Fitofarmacologia


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 1º Creditos – 6 = 150 horas (64 contacto + 86 de estudo)

1. Introdução
É o estudo das doenças das plantas incluido os microorganismos e os factores ambientais que
favorecem à ocorrência de uma doença, dos mecanismos mediante os quais os factores
ambientais induzem à ocorrência de uma determinada doença, as interações que se
estabelecem entre os agentes causadores da doença (Patógenos) e a planta doente
(hospedeiro) bem como os métodos de prevenção/controle de doenças.

Embora a fitopalogia como ciência seja relativamente nova as doenças das plantas são
conhecidas desde que o Homem passou a viver em sociedade, assentando a base da sua
alimentação nos produtos agrícolas, o problema de escassez dos alimentos, intimamente
relacionados com ocorrência de doenças, teve sempre grande importância e mereceu a
atenção dos historiadores de várias épocas. Assim, ao período compreendido entre a mais
remota antiguidade e o início do sécuo XIX, pode se chamar de período místico, porque na
ausência de uma explicação racional para as doenças das plantas, o Homem entendia atribuí-
las à causas místicas embora sejam encontradas muitas referências à condições climáticas
como causa primária das doenças. Ao mesmo tempo, algumas micologistas chamavam
atenção para a associação entre planta doente e fungo.

Assim Tillet (1714-1791) considerava a cárie do trigo sendo causada por um fungo; a
ocorrência de fungos em associação com plantas doentes era atribuída a geração expontânea
e as doenças eram apresentadas com base na sua sintamologia e classificadas pelo sistema
binominal do Lineu.

223
A protecção de plantas é um conjunto de actividades de prevenção e combate aos organismos
que afectam a produção e a conservação de produtos agrícolas. É também indicada pelos
nomes de sanidade vegetal e fitossanidade. Estas actividades incluem legislação da
importação e quarentena de produtos vegetais (especialmente sementes), uso de variedades
resistentes, métodos culturais para evitar problemas, método químico e combate preventivo
ou curativo aos organismos prejudiciais tanto no campo como nos armazéns.

Alguns dados sobre os prejuízos económicos destacam-se altos níveis de prejuízo em


amendoim, caju, algodão e feijão nhemba em todo o país e em milho no sul do país. A perda
de qualidade é muito sentida na Indústria de Citrinos, onde há quantidades enormes de fruta
que é rejeitada para exportação por causa da presença de sintomas da mancha preta e de
outras pragas e doenças. As pragas de algodão não só diminuem o volume da produção em
40-80% mas também provoca uma baixa de qualidade e as culturas de cereais e hortícolas
sofrem má qualidade da semente o que provoca uma germinação fraca e plantas já doentes
no início do ciclo da cultura. Alguns insecticidas têm uma certa acção contra os ratos, uma
vez misturados com um isco. No entanto o seu uso apresenta algumas desvantagens, tem
uma acção aguda, provocando a rejeição depois de alguns dias de uso; só os insecticidas
tóxicos dão um bom resultado.

2. Competências
 Conhece as doenças de plantas e métodos de prevenção e controlo;
 Conhece as técnicas de aplicação de pesticidas;
 Tem a capacidade de avaliar o impacto das doenças.

3. Objectivos
 Identificar as doenças mais problemáticas das principais culturas praticads em
Moçambique;
 Avaliar a severidade e incidência de uma doença e a sua influência sobre o
rendimento;
 Decidir e implementar os métodos de previsão, prevenção e controlo das doenças
tendo em conta os princípios sócio- económicos;
 Conhecer as técnicas de aplicação de pesticidas;
 Seleccionar e calibrar o equipamento de aplicação de pesticidas;
 Compreender interacções entre os agentes, pesticidas e o meio ambiente;
 Avaliar a eficiência e o impacto ambiental e sócio- económico da luta química.

224
4. Plano Temático

Nr. Temas Horas de Horas de


contacto estudo
1 Conceito de doença e de agente patogénico. 4 5
Identificação e biologia dos diferentes tipos de
doenças bióticas e abióticas
2 Estágios de desenvolvimento de uma doença 4 5
3 Interacções parasita-hospedeiro 4 5
4 Diagnose de doenças. Postulados de Koch. 4 5
Procedimentos e técnicas
5 Epidemiologia vegetal 4 5
6 Princípios e metodologia de avaliação das perdas de 3 5
produção causadas pelas doenças
7 Principais agentes fitopatogénicos e os métodos de 4 5
control (cultural,químico, biológico e integrado)
8 Princípios sócio-económico no control de doenças 4 5
9 Relações e interacções entre doenças, pesticidas e 3 5
meio ambiente
10 Doenças das principais culturas em Moçambique 3 5
11 Conceito de pesticide 3 5
12 Instituições e legislação da comercialização e 3 4
utilização de pesticidas em Moçambique
13 Propriedades químicas, físicas, biológicas dos 4 4
pesticidas

14 Formulação 4
15 Toxicologia: Leis da toxicologia LD50 3 5
16 Aplicação de pesticidas 4 5
17 Pestecidas e o meio ambiente 3 5
18 Trabalho de campo e de laboratório 4 4
Sub total 64 86
Total 150

225
5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem
 Conferências;
 Seminários;
 Trabalhos de investigação;
 Laboratório de análise
 Cálculos de calibração
 Trabalhos de campo (aprendizagem de aplicação e dosagem dos pesticidas a ultra
baixo volume).
6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto
 Retroprojector
 Material de calibragem

7. Avaliação
 Testes escritos.
 Trabalhos de investigação
 Exame

8. Bibliografia

 BYRDE, J.W. Eradicant fungicides. Recent Advances in Botany 1., 1959.


 CALPOUZOS, L. Action of oil in the control of plant diseases. Ann. Rev.
Microbiology 17, 1966.
 GEORGE, N. A. Plant Pathology, 3ª edição, 1988.
 DPA-GAZA, Identificação de pragas e doenças, Avaliação de danos, Texto de
apoio par técnicos básicos- 1993.
 SEGEREN, P. Os princípios básicos de protecção de plantas, Departamento de
sanidade vegetal, 1996.
 ECOLE, C. Dinâmica populacional de Leucoptera coffeela e de seus inimigos
naturais em lavouras adensadasde cafeeiro orgânico e convencional,2003.
 SEGEREN, P. Avaliação da situação fitossanitária das culturas alimentares no País,
relatório final das prospecções, 1995.

226
Disciplina: Didáctica Geral/PPG
Código- Tipo – Nuclear
Nível - 1 Ano – 3º
Semestre – 2º Créditos- 3 = 75horas (48 de contacto +27de estudo)

1. Introdução
A didáctica geral como teoria geral do processo de ensino-aprendizagem visa determinar as
etapas, funções do processo ensino-aprendizagem, regularidades da construção dos saberes
representados pelas funções didácticas; a metodologia do processo ensino concentrada nas
variantes metodológicas básicas, o processo didáctico aos vários níveis e a avaliação
pedagógico-didáctica.

2. Competências
 Vive no meio escolar através do contacto com alunos, professores, pais e
encarregados de educação, funcionários e colegas, criando assim, hábitos de
colaboração e de convivência próprios desse meio;
 Integraos saberes teóricos das disciplinas com os da prática de ensino observada;
 Trabalha em equipe desenvolvendo o principio de interdisciplinaridade
 Questiona a realidade educativa para nela saber intervir;
 Entende os conceitos e categorias didácticas;
 Lida com a mudança face às exigências do ensino;
 Constroi práticas pedagógicas e curriculares inovadoras;

2. Objectivos Gerais
 Dominar o conceito de escola, suas características, actividades que se desenvolvem e
seus intervenientes;
 Conhecer a instituição escolar e a comunidade envolvente;
 Desenvolver capacidades de análise crítica e criativa, para uma melhoria da qualidade
do ensino e da aprendizagem;

227
 Realizar trabalho de campo na instituição escolar nos aspectos organizacionais,
pedagógicos e administrativos;
 Compreender o significado de Didáctica e seu objecto de estudo;
 Explicar as categorias didácticas;
 Sistematizar o carácter científico da Didáctica

4.Plano temático
Horas de Horas de
Nr. Tema contacto estudo

1 A ciência didáctica e seu objecto de estudo 6 3


2 A planificação do processo de ensino-aprendizagem 6 3
3 A aula como forma de organização do PEA 6 4
4 As variantes metódicas básicas na concretização do 6 3
PEA
5 Os meios e recursos de ensino-aprendizagem 6 4
6 Avaliação pedagógica/da aprendizagem 6 3
7 Actividades da área organizacional 6 4
8 Trabalho de campo 6 3
Sub total 48 27

Total 75

5. Métodos de ensino e aprendizagem


 O trabalho na Prática Pedagógica Gral pode ser desenvolvido na UP ou na Escola
Integrada.
 Na UP as actividades poderão ser desenvolvidas por meio do desenvolvimento de
narrativas autobiográficas, histórias de vida, videoformação, análise documental, etc.
O estudante fará as suas observações de forma indirecta, vendo gravações e
filmagens de escolas, analisando docmentos e construindo narrativas e histórias de
vida.
 Na Escola Integrada as actividades desenvolver-se-ão por meio da observação directa
e naturalista do ambiente escolar, fazendo uso de registo das anotações em diários,
portfólios, fichas de observação e análise documental.
228
 Debates;
 O ensino dos conteúdos temáticos da Didáctica assenta na problematização e na
análise de situações-problema e/ou casos. Esses momentos intercalar-se-ão com
exposição dialogada. A partir da problematização ou de situações-problema pretende-
se promover: discussão, reflexões críticas, seminários, estudos de caso.

6. Avaliação
 A avaliação é caracteristicamente formativa e/ou reguladora e sistemática. O seu
conteúdo e objecto serão a análise de situações e da realidade do ensino em
Moçambique a partir de factos, experiências dos estudantes.
 Os trabalhos a avaliar serão apresentados sob a forma de diários reflexivos, relatórios,
testes dissertativos, protocolos de observação de aulas e os respectivos comentários
críticos.
 Integração nos grupos de trabalho da escola, relatório da PPG, portfólio.

7. Língua de ensino
 Português

8. Bibliografia
 ALARCÃO, Isabel. (org.). Formação reflexiva de professores. Estratégias de
Supervisão. Porto, Porto Editora, 1996.
 ANDRÉ, Maria Eliza D. A. De. Etnografia da prática escolar. São Paulo, Papirus,
1995. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa, Edições 70, 1995.
 CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4.ed.. São Paulo,
Cortez Editora, 2000.
 COELHO, Ildeu M. “Fenomenologia e educação” In: COELHO, Ildeu; GARNICA,
Antonio V.M.; BICUDO, Maria A. V. e CAPPELLETTTI, Isabel F. Fenomenologia.
Uma visão abrangente da educação. São Paulo, Olho d’ Água, 1999, pp.53-104.
 DIAS, Hildizina. “A prática e o estágio pedagógico na formação inicial de
professores”. Seminário sobre o Estágio Pedagógico, UP, Maputo, 25 a 26 de
Fevereiro de 2003. (não-publicado). Maputo, Universidade Pedagógica, 2003.
 DIAS, Hildizina et al. Manual de Práticas Pedagógicas. Maputo, Educar, 2008.
 Duarte, Stela et al. Manual de Supervisão de Práticas Pedagógicas. Educar-UP,
Maputo, 2008.

229
 ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15. ed.. São Paulo, editora Perspectiva S. A.
1999.
 ESTRELA, Albano. Teoria e prática de observação de classes. Uma estratégia de
formação de professores. 4.ed. Porto, Porto Editora, 1994.
 FAINGOLD, Nadine. “De estagiário a especialista: construir as competências
profissionais” In: PERRENOUD, Philippe; PAQUAY, Léopold; ALTET, Marguerite
e CHARLIER, Évelyne (orgs). Formando professores profissionais. Quais
estratégias? Quais competências?. 2.ed. Porto Alegre. Artmed, 2001. pp. 115- 128.
 FAZENDA, Ivani (org.). Metodologia da pesquisa educacional. 5.ed. São Paulo,
Cortez Editora, 1999.
 FAZENDA, Ivani C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro.
Efetividade ou ideologia. São Paulo, Edições Loyola, 1996.
 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI. O Dicionário
da língua Portuguesa. 3.ed.. rev. ampl. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999.
 FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN/ INSTITUTO SUPERIOR
PEDAGÓGICO. Formação de Metodólogos. Maputo, FCG/ ISP, 1992.

230
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Reprodução Animal


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 1º Creditos – 4 =100horas ( 48 contacto + 52de estudo)

1. Introdução

A constante tarefa de reconstrução do corpo de um organismo que garante sua homeostase,


cessa com a sua morte. Entretanto apesar do limitado tempo de vida de um organismo, a
espécie a que ele pertence se perpectua através dos tempos. Isto acontece graças á
propriedade que o organismo possui de produzir outro ser vivo semelhante a ele. Desse
modo, a reprodução e o desenvolvimento de um novo ser podem ser encarados como uma
homeostase no nível da espécie. A reprodução tem ainda um sentido altruístico , uma vez
que garante a sobrevivência da espécie e não a do própio individuo , como ocorre com as
outras funções vitais.

O objecto de estudo da manada ou bando baseia-se no acompanhamento contínuo dos


aspectos reprodutivos com vista alcançar os limites recomendados de reprodução e, aumentar
a produtividade. No processo de maneio reprodutivo, é importante o conhecimento de
aspectos da embriologia do aparelho reprodutivo, anatomia do aparelho genital feminino e
masculino como também o controlo hormonal da actividade reprodutiva dos animais. O
maneio alimentar deve permitir a acumulação de reservas energéticas permitindo que haja o
número de cobrições necessárias.

A subnutrição, as doenças debilitantes e infecto-contagiosas , maneio inadequado são as


causas principais da má performance reprodutiva que, por sua vez, contribui para uma

231
acentuada redução na produção, retardando, também, o progresso genético e provocando
grandes prejuízos.
O controle sanitário, bem como as técnicas de maneio e os cuidados com a alimentação são
procedimentos indispensáveis à melhoria da eficiência reprodutiva na pecuária.

2. Competências

 Entende os processos de reprodução animal;


 Relaciona a reprodução animal com o tipo de nutrição;
 Elabora um projecto de investigação científica a criação de animais;
 Compreende os mecanismos que levam as alterações estruturais e funcionais do
aparelho genital.

3. Objectivos
O estudante deve ser capaz de:
 Entender os processos fisiopatológicos ligados a alterações funcionais do aparelho
genital;
 Conhecer as leis biológicas da reprodução e a importância do fenómeno reprodutivo;
 Aplicar as técnicas e os métodos de resolução dos principais problemas que
interferem na fertelidade;
 Relacionar as leis biológicas com as técnicas e métodos de manipulação da
sexualidade.

4. Plano temático

Nº de Tema Horas de Horas de


Ordem contacto estudo
1 Introdução a disciplina 7 7
2 Biologia da reprodução 7 8
3 Inseminação artificial 7 7
4 Manipulação da sexualidade nos animais domésticos 7 8
5 Infertelidade na fêmea e no macho 7 7
6 Influência do sistema nervoso no processo de 7 7
reprodução animal
7 Trabalho de campo 6 8

232
Sub total 48 52
Total 100

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Práticas laboratoriais;
 Trabalho de campo

6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto;
 Retroprojector;
 Modelos naturais e artificiais;
 Laboratório.

7. Avaliação
 2 Testes escritos
 1 Projecto de pesquisa (em grupo)
 Exame

8. Bibliografia
 JUNQUEIRA, D.H.Scientific American.Nova york, Scientific American, Inc. set, 79.
p 48.
 HUETTNER, A.E. Comparative Embriology of the Vertebrates.Nova York, The
Macmillian Company, 1920
 MOORE, K. L. Embriologia Basica. Sao Paulo, Ed. Edgar Blucher, 1974.

233
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Pastos e Forragens


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 2º
Semestre – 1º Creditos – 3 = 75horas (48 contacto + 27 de estudo)

1. Introdução

As pastagens possuem um número bastante grande de pequenos organismos que utilizam sua
cobertura natural como moradia alternativa, durante sua fase livre de vida. Entre eles
encontram-se, diversas pragas, moléstias, nematóides, ácaros. Além de plantas parasitas e
outros microorganismos que podem ser prejudiciais, tanto as pastagens como para a saúde
dos animais que delas se alimentam.

As forragens que predominam nas regiões do país são especialmente P.infestum. Estas
começam a ganhar relevância entre os pesquisadores do ponto de vista da saúde das
pastagens interferindo nos resultados da produção pecuária.

Actuar na área de nutrição e alimentação animal é responder pela formulação, fabricação e


controle de qualidade das dietas e rações para animais, responsabilizando-se pela eficiência
nutricional das fórmulas, que poderão estar distribuídos nos seguintes conteúdos
disciplinares: exigências nutricionais; metabolismo de nutrientes; fisiologia animal;
forragicultura e pastagens; estudo e análise de alimentos; formulação e preparação de dietas
e misturas; bioquímica; maneio alimentar; restrições e fatores anti-nutricionais dos
alimentos; análise econômica; gestão de qualidade; nutrição e imunogenicidade; nutrição e
reprodução; higiene e profilaxia; água na alimentação; bioclimatologia; equipamentos e
instalações para alimentação. Fomentar, planear,coordenar e administrar programas de

234
melhoramento genético animal, contribue para a economia rural e obedece aos princípios de
produção animal.

2. Competências
 Conhece os principais pastose forragens ;
 Entende as técnicas adequadas para protecção de protegem os pastos e forragens;
 Tem a noção de cálculo decomposição botânica e carga animal óptima.

3. Objectivos
 Identificar as principais espécies de pastos e forragens;
 Aplicar as técnicas de aproveitamento racional de pastos e forragens;
 Aplicar as técnicas de produção e de conservação de pastos e forragens; e
 Aplicar métodos de cálculo de composição botânica e carga animal óptima e
interpretar os respectivos resultados.

4.Plano Temático
Número Temas Total de Horas de Horas de estudo
de ordem contacto
1 Introdução a disciplina 7 4
2 Fisiologia das pastagens 7 4
3 Pastagens naturais 7 4
4 Pastagens melhoradas 7 4
5 Produção de forragens 7 4
6 Conservação de forragens 7 4
7 Capacidade de carga/carga animal 6 3
Sub total 48 27
Total 75

5. Estratégias e métodos de ensino aprendizagem

 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação

235
 Aulas práticas no laboratório
 Trabalho de campo

6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. Bibliografia
 ALCÂNTARA, P. B. & BUFARAH, G. Plantas Forrageiras, Gramíneas e
Leguminosas, 1988.
 BARNES, R. F.; MILLER, D. A. & NELSON, C. Forages: The Science of Glassland
Agriculture, VOL. II, 1995.
BOGDAM, A. V.Tropical Pasture and Fodder Plants, LONDRES, LONGMAN, 1977.
EUCLIDES, V. P. B. Algumas considerações sobre o Maneio das Pastagens,
EMBRAPA–CNPGC, CAMPO GRANDE, 1994.
MITIDIERI, J. Manual de Gramíneas e Leguminosas para pastos Tropicais , SP,
NOBEL, 1982.
PEIXOTO, A. M., MOURA, J. C. & FARIA, V. P. Pastagens: Fundamentos da
Exploração Racional, PIRACICABA / FEALQ, 1993.
PUPO, N.I.H. Manual de Pastagens e Forrageiras, CAMPINAS, INSTITUTO
CAMPINEIRO, 1985.
WHITEMAN, P. C.. Tropical Pasture Science, NEW YORK, OXFORD UNIVERSITY,
1980.
MORAES, Y. J. B. Forrageiras- Conceitos e Formação e Maneio, LIVRARIA E
EDITORA AGROPECUÁRIA, RS, 1995.

236
 EVANGELISTA, A.R., ROCHA, G. P. Forragicultura, UNIVERSIDADE FEDERAL
DE LAVRAS, FAEPE, 1998.
ZANDER MEER, J.M. ammino afid, analysis,os, Siids in, the Netherlands, sour year,
prosiciency,spudy, 1990.
 WAMIG, E. C., ESULLER, M.S. theoppinium Dietary Amino,acid Pater, sor
Growing, pigs, Brit J.Nutrin,1990.

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)


Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Experimentação Agrária


Código- Tipo– Nuclear
Nível - 1 Ano - 3º Ano
Semestre - 2º Créditos – 5 = 125horas (48 de contacto e 77 de estudo)

1. Introdução
Um experimento é um inquérito planeado para obtenção de novos factos ou para confirmar
os resultados de inquéritos prévios e para gerar informações a serem usados na tomada de
decisões. Em agricultura ou em florestas, os experimentos são condizidos para responder
questões chaves cuja resolução seria necessária para incrementar a produção e ou boa
utilização de produtos agrícolas e florestais.

Unidade experimental no qual o tratamento é fixado em casualuzações singulares, tratamento


é um procedimento ou uma condição aplicada á unidade experimental que, efectivamente
está para ser dimencionada ou comparada com os outros.

2. Competências
 Organiza dados da estatística descritiva;
 Usa cáculos para o sucesso dos campos experimentais;
 Aplica métodos simples de amostragem e estima parâmetros de avaliação;

3. Objectivos gerais
No final da disciplina o estudante deve ser capaz de:
237
Organizar e resumir dados usando estatística descritiva;
 Compreender e aplicar métodos simples de inferência estatística para estimar
parâmetros e testar hipóteses;
 Compreender e aplicar métodos simples de amostragem para tirar amostras e estimar
parâmetros;
 Interpretar os resultados da análise estatística edescreve-los explicando a realidade
estudada.

4. Plano temático
Carga horária
Nº Temas Horas de Horas de
contacto estudo
Definição de estatística e seus ramos, populações estatísticas
1 5 8
e amostras, níveis de medição.
2 Estatística descritiva e números índices 5 7

3 Introdução á teoria de probabilidade 5 7

4 Variáveis aleatórias e sua distribuição 4 7


5 Estimação de parâmetros e estimadores de intervalo 5 7
6 Testes de hipóteses 5 7
7 Métodos de amostragem 4 8
8 Análise de variância um caminho de classificação 5 7
9 Coorelação linear e regressão linear simples 5 7

10 Estatísticas não paramétricas 5 7

Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferência
 Trabalho em grupos

6. Meios de ensino
 Quadro branco
238
 Retroprojector

7. Avaliação
 Teste escrito
 Proposta de um programa de extensão (grupo)
 Exame

8. Bibliografia
 BEIGUELMAN, B. Curso Prático de Bioestatística. Ribeirão Preto: Sociedade
Brasileira de Genética, 1994.
 BENZATTO, D. A., KRONZA, S.N. Experimentação Agrícola. 3ª Edição.
Jaboticabal: FUNET, 1995.
 CRUZ, C. D., REGAZZI, A.T. Modelos biométricos Aplicados ao Melhoramento
Genético. Viçosa: UFV, 1997.
 CRUZ, C.D. Princípios de genética quantitativa. 1. ed. Viçosa: Editora UFV, 2005.
391p.
 CRUZ, C.D.; REGAZZI, A.J. Modelos biométricos Aplicados ao melhoramento
genético. Viçosa:
 Imprensa Universitária, 2004. 390p.
 GOMES, F.P. Curso de Estatística Experimental. 13ª Edição. Piracicaba: Nobel,
1990.
 KUTNER, M. H; NACHTSHEIM, C. J.; NETER, J.; LI, W.Applied Linear
Statistical Models. 5th ed. New York: McGraw-Hill/Irwin, 2004. 1396p.
 MLAY, G. & DISTA, S. Experimentação agrária, UEM, volume 1, 1998.

239
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Horticultura e Fruticultura


Código- Tipo – Complementar
Nível – 1 Ano - 4º Ano
Semestre - 2º Créditos – 7 = 175 (48 de contacto + 127 estudo)

1. Introdução

A Horticultura e Fruticultura são áreas da Agricultura com um enorme potencial de produção


nas diferentes zonas geográficas do globo e de Moçambique. Se por um lado a horticultura
providencia o homem com recursos alimentares provenientes de folhas, raízes, tubérculos e
caules, a Fruticultura tem como base a produção de frutas e , pela sua grande variedade de
espécies, apresenta uma ampla adaptação em todo o planeta, encontrando-se vegetando e
produzindo frutas nas diferentes regiões desde as de clima frio até aquelas com temperaturas
muito elevadas.

Quer a Horticultura, quer a Fruticultura são não somente uma base essencial do fornecimento
de alimentos ricos em minerais, proteínas, fibras e vitaminas ao homem , como também
representam uma fonte enorme de riqueza no contexto socio-económico de um país tais
como, a utilização intensiva de mão - de – obra; a possibilidade de um grande rendimento
por área, sendo por isso uma boa alternativa para pequenas propriedades rurais; a
possibilidade do desenvolvimento de agro - industrias de pequeno, médio e grande porte que
contribuem para a diminuição de importações, o aumento de exportações.

Nesse contexto, esta disciplina surge da necessidade de dotar os alunos de conhecimentos,


capacidades e habilidades na área, ferramenta necessária para a leccionação da disciplina de
agro – pecuária nos níveis do ensino secundário geral ou outros níveis dos subsistemas do
SNE (Sistema Nacional de Educação), contribuindo deste modo para a dessiminação dos
respectivos saberes junto das comunidades e para a promoção do auto – emprego.

240
2. Competências

 Conhece e percebe a produção das culturas hortícolas e frutícolas mais relevantes em


Moçambique.
‘2Conhece os mecanismos de crescimento e desenvolvimento das plantas (hortícolas
e frutícolas) e os factores ambientais que afectam o seu desenvolvimento.
 Conhece e entende os factores ambientais e biológicos que podem impedir a
produção de hortícolas e frutícolas.
 Conhece a importância do melhoramento de variedades comerciais e produção de
sementes.
 Entende os caminhos e os métodos de intensificação de produção agrícola com
objectivo de aumentar a produtividade.

Objectivos

 Avaliar cada situação agro-ecológica das culturas hortícolas e frutícolas/frutíferas que


melhor se adaptam;
 Estabelecer e conduzir as culturas tendo em conta diferentes tipos de produtores,
objectivos de produção e condições de cultivo;
 Avaliar a situação das culturas, identificar os constrangimentos e propor medidas de
solução;
 Explorar os conhecimentos adquiridos para outras culturas;

4. Plano Temático

Horas de Horas de
Unidade Tema contacto estudo
I Introdução à Horticultura e conceitos 7 7
II Principais grupos (famílias) de hortícolas: 8 30
III Introdução à Fruticultura e conceitos 9 30
IV Principais espécies e variedades de fruteiras de maior 12 30
importância económica e social:
V Implantação, manutenção e condução de um pomar 12 30
Sub total 48 127

Total 175

241
5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem

 Seminários
 Conferência
 Trabalho de campo em grupos e individual sobre os conteúdos teóricos abordados em
sala de aula
 Aplicabilidade (cálculos)

6. Meios de ensino

 Quadro branco
 Retroprojector
 Vídeos
 Campos de experimentação

7. Avaliação

 Testes escritos e praticos


 Trabalhos de pesquisa individuais e em grupo
 Exame

8.Bibliografia

 ANDRE, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5ª edição S. Paulo, 1993.


 FIGUEIRA, Fernando A. Reis. Manual de Olericultura. 2o ed. Sao Paulo. Ceres,
1987. 388p
 HANSON, P.; Chen, J.T.; Kuo, C.G.; Morris, R. and Opeña, R.T., (2001). AVRDC
Cooperators‘ Guide, Suggested Cultural Practices for Tomato. AVRDC pub # 00-
508. http://www.avrdc.org/LC/tomato/publications.html. Accessed 4 August 2008
 LANDON, J.R. (1991). Booker tropical soil manual: A handbook for soil survey and
agricultural land evaluation in the tropics and subtropics. Longman scientific &
technical, Harlow. pp. 474
 SEGEREN, P. Os princípios básicos da protecção de plantas, 1996.

242
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina – Psicologia de Aprendizagem

Código - Tipo – Complementar

243
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre -2º Créditos – 4 = 100 horas (48 de contacto + 52 de estudo)

1. Introdução
Os conteúdos relacionados á psicologia de aprendizagem focalizam o desenvolvimento do
ser humano e as teorias do psíquico, visam dotar as teorias de aprendizagem, os objectivos
educativos, a formação de motivos, e atitudes de aprendizagem, os processos cognitivos e
aprendizagem, a memória e formação do carácter sobre a personalidade do professor na
actividade do ensino-aprendizagem.

2. Competências
 Reconhece as perturbações de aprendizagem dos alunos;
 Investiga aspectos psicológicos subjacentes ao processo de ensino-aprendizagem;
 Estabelece a interdisciplinaridade no âmbito de ensino-aprendizagem.

3. Objectivos Gerais
 O estudo da Psicologia de Aprendizagem visa levar o estudante a ser capaz de:
 Definir o objecto da Psicologia de Aprendizagem;
 Comparar as teorias da aprendizagem da época contemporânea;
 Identificar as leis psicológicas de aprendizagem;
 Reconhecer perturbações de aprendizagem;
 Diagnosticar aspectos psicológicos subjacentes a aprendizagem.

4. Plano Temático

Temas Horas de Horas de


contacto estudo
I. Psicologia de Desenvolvimento 3 2
1. A Psicologia de Desenvolvimento;
1.1. O Objecto da Psicologia de Desenvolvimento;
1.2. Breve Resenha Histórica do Surgimento da Psicologia de Desenvolvimento;
1.3. A Psicologia de Desenvolvimento e a Actividade do Educador;
1.3. Relação entre a Psicologia de Desenvolvimento e outras Disciplinas.

2. Desenvolvimento do ser humano 3 3


2.1. Conceito de desenvolvimento Psíquico;

244
2.2. Factores de desenvolvimento.

3. Teorias de desenvolvimento psíquico 3 5


3.1. O Desenvolvimento Psíquico da Criança dos 0 aos 16 Anos Segundo Freud;
3.2. O Desenvolvimento Psíquico da Criança dos 0 aos 16 Anos Segundo Piaget;
3.3. O Desenvolvimento Psíquico da Criança dos 0 aos 16 Anos Segundo Vygotsky
e Leontiev;
3.4. O Desenvolvimento Psíquico do Adulto.
4. Psicologia de Aprendizagem 6 5
4.1. Breve Resenha Histórica do Surgimento da Psicologia de Aprendizagem;
4.2. O Objecto da Psicologia de Aprendizagem;
4.3. A Psicologia de Aprendizagem e a Actividade do Educador;
4.4. Relação entre a Psicologia de Aprendizagem e outras Ciências.

5. Teorias de aprendizagem 6 4
5.1. Teorias de Aprendizagem Behavioristas;
5.2. Teorias de Aprendizagem Social;
5.3. Teorias de Aprendizagem Cognitivas Gestaltistas e de Campo;
5.4. Teorias de Aprendizagem Interaccionistas de Piaget, Vygotsky, Bruner e
Ausubel;
5.5. O Modelo Informático.

6. Objectivos educacionais 3 4
6.1. Taxonomias de Objectivos Educacionais;
6.2. Operacionalização de Objectivos Educacionais.

7. Conteúdos do Processo de Ensino Aprendizagem 3 4

8. A Formação de Motivos e Atitudes de Aprendizagem 3 4

9. Processos cognitivos e aprendizagem 3 3


9.1. O Papel da Sensações, Percepções, Imagens no Processo de Cognição;
9.2. Pensamento e Ensino-Aprendizagem;
9.3. A Formação de Noções.
10. Memória e aprendizagem 3 4
11. A Formação do Carácter; 3 4
11.1. O Desenvolvimento Moral segundo Piaget;
11.2. O Desenvolvimento Moral segundo Kohlberg.

12. Perturbações de Aprendizagem e de Comportamento 3 4

13. A Personalidade do Professor e a Actividade de Ensino-Aprendizagem 3 4

14. Aspectos Psicológicos da Avaliação 3 2

Sub total 48 52
Total 100

245
5. Métodos de ensino-aprenizagem

No início da leccionação da disciplina de Psicologia da Aprendizagem os estudantes


receberão o respectivo programa e bibliografia, bem como indicações metodológicas e de
avalição. A disciplina de Psicologia de Desenvolvimento e de Aprendizagem leccionar-se-á
com base numa metodologia participativa, em que no centro estarão seminários, debates
entre os estudantes seguidos da síntese final pelo docente.
Temas seleccionados serão apresentados em forma de conferências. Os estudantes também
serão orientados para a observação nas escolas como forma de colher dados para a analise ou
para ilustrar factos tratados nas aulas.

6. Avaliação
A avaliação dos estudantes obedecerá ao Regulamento de Avaliação.
Assim serão avaliadas todas as actividades que forem executadas ao longo do processo de
ensino-aprendizagem, devendo ser destacadas as eguintes:
Trabalho escrito no fim de cada capítulo;
Trabalhos apresentados quer individualmente ou em grupo;
Seminários, teses;
Exames.

8. Bibliografia
ABRUNHOSA, M. A. e LEITÃO, M. Introdução à Psicologia, Vol 2. Porto, Edições ASA,
1982.
COLECTIVO DE AUTORES. Motivação e Aprendizagem. Porto, Edição Contraponto,
1986.
CRAIN, W.. Theories of Development, Concepts and Applications. 3.ed. New Jersey,
Prentice Hall, 1992.
DE LA TAILLE, Y. ; OLIVEIRA, M. K. e DANTAS, H. Teorias Psicogenéticas em
Discussão. 5ª ed. São paulo, Summus Editorial, 1994.

246
ERLEBACH, E.. Psicologia, Textos de Estudo II. Halle, Escola Superior de Halle, 1988.
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky, Aprendizado e Desenvolvimento. Um Processo Sócio-
Histórico. São Paulo, Editora Scipione, 1994.
ROSS, A. O. Aspectos Psicológicos dos Distúrbios de Aprendizagem e Dificuldades na
Leitura. São Paulo, Mcgraw-Hill, 1979.
SPRINTHALL, N. A. e SPRINTHALL, R. C. Psicologia Educacional, Uma Abordagem
Desenvolvimentista. Lisboa, Mcgraw-Hill, 1993.
TAVARES, J. e ALARCÃO, I.. Psicologia de Desenvolvimento e de Aprendizagem.
Coimbra, Coimbra Almedina, 1990.

247
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Nutrição Animal


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 3º
Semestre – 1º Creditos – 5 = 125 horas (48contacto + 77 de estudo)

1. Introdução
A existência e a qualidade da vida são determinados pela alimentação pois é a maior força
do homem e animais e é influenciado pelas condições ambientais. A importância da
alimentação reside no fornecimento de nutrientes ao organismo para a realização de
diferentes actividades ou funções como crescimento, produção, reprodução, e garantindo
deste modo a multiplicação, conservação de espécies e longevidade de animais.

2. Competências
 Distingue os tipos de rações adequadas para cada espécie animal;
 Possui capacidades e habilidades na formulação de rações;
 Conhece as capacidades nutritivas de cada espécie animal.

3. Objectivos
 Avaliar o valor nutritivo dos alimentos utilizados para as diferentes espécies
pecuárias;
 Avaliar as necessidades nutritivas das várias espécies domésticas; e
 Formular rações.

248
4. Plano Temático
Nr. Temas Total Horas Horas de
de contacto estudo
1 Introdução a disciplina 5 9
2 Tipos de alimentos e aditivos utilizados na 5 8
alimentação animal
3 Alimentação mineral e vitamínico 6 9
4 Composição dos alimentos e sistemas de analise 5 8
5 Critérios de qualidade para avaliação dos 6 9
alimentos
6 Valorização nutritiva e dietética 5 8
7 Utilização da energia dos alimentos 6 9
8 Preparação e conservação dos alimentos 5 9
9 Processamento do alimento e Calculo de rações 5 8
Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Aulas práticas no laboratório
 Trabalho de campo
6. Meios
 Retroprojecto
 Quadro branco/preto
 Bibliografia

7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;

249
8. Bibliografia
 ANDRIGUETTO, J.M. et al. Nutrição Animal, Vol. I. Nobel. São Paulo.
 ANDRIGUETTO, J.M. et al. Nutrição Animal, Vol. II. Nobel. São Paulo.
 LEESON, S and SUMMERS, J.D. Nutrition of the chicken, 4 ed. Guelph: University
Books, 2001.
 MILLER, E.R., DUANE, E.U., LEWIS, A.J.. Swine Nutrition, Boston: Butterworth-
Heinemann, 1991.
 CHURCH, D.C. El Ruminat. Fisiología Digestiva y Nutrición. Editora ACRIBIA, S.A.
aragoza, España, 1988.
 COELHO DA SILVA, J.F.& LEÃO, M.I.Fundamentos de nutrição dos ruminantes.
Piracicaba: Livroceres, 1979.
 LUCCI, C.S. Nutrição e manejo de bovinos leiteiros. 1a Ed. São Paulo, SP: Editora
Manole, 1997.
 NATIONAL RESEARCH CONCIL - NRC. Subcommittee of dairy cattle nutrition.
(Washingtin, DC, USA). Nutrient requirement of dairy cattle. 7a. Ed.,
Washington:National Academy Press, 2001.
 NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requeriments of poultry. 8a. ed.
Washington:National Academic Press, 1994.
 ZANDER MEER, J.M. ammino afid, analysis,os, Siids in, the Netherlands, sour year,
prosiciency,spudy, 1990.
 WAMIG, E. C. ESULLER,M.S. the oppinium Dietary Amino,acid Pater, sor Growing,
pigs, Brit J.Nutrin,1990.

250
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Didáctica de Agro-pecuária

Codigo: Tipo – Complementar


Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 1º Creditos – 7 =175 horas (48 contacto + 127de estudo)

1. Introdução

A Didáctica Profissional constitui o pilar fundamental da formação do professor do ensino


técnico profissional na UP. É através dela que se molda o perfil do futuro professor do
Ensino técnico básico e Médio. Precedem a Didáctica Profissional disciplinas psico-
pedagógicas e a Didáctica Geral.

A didáctica profissional é uma disciplina semelhante a muitas outras disciplinas do curso de


agropecuária, que tem como objectivos propor a compreensão e clarificação de Conceitos
básicos sobre as relações de conhecimento científico-didáctico numa perspectiva de
reconhecimento da importância destes saber no processo de ensino aprendizagem. Ela deve
abranger diferentes aspectos que permitam ao futuro formador adquirir conhecimentos e
capacidades adequadas para ter uma visão ampla na abordagem dos conteúdos ou questões
profissionais, desenvolvendo continuamente as competências profissionais exigidas no
mercado de trabalho.

Ela tem também como objectivo ampliar o conhecimento do futuro formador de modo a ser
capaz de integrar os conhecimentos da área específica, psico- pedagógica e realidade da
escola e da empresa. Para além disso o formador deve ser capaz de utilizar os conhecimentos
adquiridos na sua área específica e procurar estratégias inovadoras para desenvolver e
implementar concepções que visam melhorar a qualidade de formação nas instituições
técnicas.

251
A didáctica profissional deve no âmbito da reforma do ensino técnico profissional fornecer
subsídios para que o futuro formador esteja em condições de encontrar possibilidades de
realização do processo de ensino aprendizagem orientado ao mercado do emprego e auto
sustento.

2. Competências
 Usa os conhecimentos sobre funções, objectivos, conteúdos e realização didáctica das
aulas da disciplina de especialidade;
 Desenvolve capacidades e habilidades do conhecimentos teóricos sobre o processo de
ensino-aprendizagem;
 Forma formadores, gestores e pesquisadores qualificados para a execução das
 actividades de ensino , aprendizagem e planificação educacional;
 Participa na dinâmica da escola;
 Organiza a aprendizagem na base de simulações;
 Participa activamente nas PPS

3. Objectivos
 Transmitir conhecimentos sobre funções, objectivos, conteúdos e realização didáctica
das aulas da disciplina de especialidade;
 Desenvolver capacidades e habilidades para uma aplicação correcta dos
conhecimentos teóricos sobre o processo de ensino-aprendizagem nas aulas da
disciplina específica;
 Desenvolver interesse pela profissão assim como atitudes e convicções que servem
para o melhoramento da qualidade do processo de ensino-aprendizagem nas
instituições do ensino técnico profissional.
 Capacitar os formadores, gestores de Educação e de Escolas para ter uma visão multi
profissional no Âmbito de Gestão educacional e escolar;
 Formar formadores, gestores e pesquisadores qualificados para a execução das
actividades de ensino e aprendizagem planificação educacional;
 Participar na dinâmica da escola e da sala de aulas;
 Auxiliar o professor orientador na produção de material didáctico e na correcção;
trabalhar e produzir material didáctico em oficinas pedagógicas;
 Realizar actividades de formação tendo em vista ao domínio de competências
 básicas para o processo de ensino e aprendizagem;
 Organizar e implementar situações de aprendizagem recorrendo à simulações em
micro-aulas;
252
4. Plano Temático

Nr. Tema Horas de Horas de


contacto estudo
1 História e sistemática da Didáctica profissional 3 8
2 Teorias da Didáctica Profissional contexto da formação, 3 8
capacitação e gestão dos processos de ensino aprendizagem
3 Noções sobre concepções contextualizadas da formação de 3 8
especialidade
4 Concepção didáctico-metodologica de formação : 3 8
5 Metodologia para desenvolvimento de Concepções 3 8
6 Estratégias de aprendizagem de ensino de Agro-pecuária 3 8
7 Classificação dos m 3 8
8 Função dos meios didácticos e sua estrutura 3 8
9 Conceito de Quadro mural 3 8
10 Planificação das aulas e sua importância 3 8
11 Diferença entre o plano de aulas e de micro-aula 3 8
12 Técnicas de concepção de projectos de desenvolvimento e de 3 8
currículos de formação técnicas e gestão educacional e
escolar
13 Relação entre as aulas e as sugestões metodológicas vigentes 3 8
nos programas de ensino
14 -Estudo dos programas de ensino; 3 8
-Estudo dos manuais e outros materiais de apoio para
preparação e leccionação de aulas;
-Planificação individual e em grupo de micro-aulas;
15 -Observação do processo de ensino e aprendizagem 3
(actividades do aluno e professor) durante as aulas;
- Observação e participação em sessões de planificação de
aulas e elaboração dos meios de ensino nos grupos de
disciplina ou da classe escolar;
16 Elaboração de Relatório de Prática Pedagógica evidenciando 3 7

253
todos os aspectos observados, com indicação dos sucessos,
dificuldades e sugestões.
Sub total 48 127
Total 175

5. Materiais Didácticos
 Programas de ensino das disciplinas em causa dos níveis Primário, Secundário Geral
e Básico Profissional;
 Livros escolares das disciplinas e classes correspondentes;
 Outra literatura científica adequada para os níveis a leccionar;
 Literatura relativa à Didáctica Geral e específica;

6. Avaliação
A avaliação do estudante praticante na Didáctica é contínua, formativa e sumativa e poder-
se-á basear nos seguintes aspectos:
 Qualidade dos planos de lição para as micro-aulas e aulas;
 Criatividade na elaboração de material didáctico para a micro-aula;
 Qualidade das aulas simuladas em micro-aulas e aulas ;
 Elaboração da pasta de Prática Pedagógica;
 Desempenho e participação activa nas aulas;
 Produção de material didáctico e sua aplicabilidade

254
PROGRAMAS TEMATICOS DO 4º ANO DE AGRO-PECUÁRIA – MINOR EM
ENSINO DE AGRO-PECUÁRIA

255
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Empreendedorismo
Tipo: Complementar
Nível :1 Ano: 4º
Semestre: 1º Créditos: 3 = 75horas (48 contacto + 27estudo)

1. Introdução
A disciplina Empreendedorismo e Visão de Negócios tem como finalidade principal criar
habilidades sobre como desenvolver atitudes com um perfil empreendedor e “práticas de
gestão de negócios” para professores que irão leccionar a disciplina Noções de
Empreendedorismo no ensino secundário.

Além deste propósito, esta disciplina proporciona uma alternativa de carreira para
professores que desejam iniciar-se na actividade empreendedora, ou ainda, poderá ser
oferecida para o público em geral que deseje desenvolver competência para iniciar ou gerir
um novo negócio.

A disciplina aborda o trinómio “ser-saber-fazer acontecer” presentes na acção de


empreender. Inicialmente são discutidos os diferentes perfis do profissional empreendedor,
onde o aluno é estimulado a reconhecer o seu próprio perfil e as carências a serem superadas
para se tornar um empreendedor ou um intraempreededor bem-sucedido (SER). A seguir são
apresentados os conhecimentos básicos para criação de um novo empreendimento ou
projecto que ele pratica idealizando o seu, desde a escolha de uma oportunidade, até a sua
modelagem em um Plano de empreendedor (SABER). Finalmente, o aluno é orientado como

256
iniciar seu próprio negócio e quais as práticas de gestão mais relevantes para assegurar o seu
sucesso (FAZER ACONTECER).

2. Competências básicas
 Conhece o perfil empreendedor
 Analisa o mercado e identifica oportunidades de negócio
 Elabora o plano de Marketing e das operações

3. Objectivos gerais
Pretende-se que o aluno após cursar esta disciplina deverá ser capaz de:
 Desenvolver uma atitude epreendedora a ser aplicada na sua condição de pedagogo
ou fora do âmbito acadêmico.
 Saiba como identificar uma oportunidade, planejar a sua execução e iniciar a
operação de um novo empreendimento.
 Compreender o funcionamento e a utilização das principas práticas de gestão de um
pequeno negócio.
 Dispor do embasamento em práticas de gestão de negócios necessário para lecionar a
disciplina Noções de Empreendedorismo.
 Desenvolver a competência necessária para practicar o seu próprio negócio.

4. Plano temático
Horas de Horas de
Unidade Tema
contacto estudo
1 Conhecendo seu perfil empreendedor 5 3
2 Identificando a oportunidade de negócio 5 3
3 Analisando a viabilidade do negócio 5 3
4 Conhecendo um Plano de Negócios 5 3
5 Elaborando o Plano de Marketing 5 3
6 Elaborando o Plano de Operações 5 3
7 Elaborando o Plano Financeiro 5 2
8 Começando o seu próprio negócio 5 3
9 Gestão do relacionamento com o cliente 5 2

257
10 Avaliando o desempenho de uma pequena empresa 3 2
Sub total 48 27
Total 75

5. Estratégias e métodos de ensino aprendizagem


Estratégia de ensino orientada por projectos de trabalho onde o aluno desenvolve o projecto
para realização de um novo empreendimento.
Metodologia de ensino através de aulas interactivas, onde o professor demonstra o conceito
seguido de sua aplicação pelo aluno no seu projecto de negócio.

6. Meios de ensino-aprendizagem
Sempre que possível as aulas deverão ser desenvolvidas em ambiente electrónico, tanto na
demonstração dos conceitos com slides em projector de multimédia, como na sua aplicação
pelos alunos através de editor de texto e planilhas electrónicas, que os alunos receberão no
início da disciplina.
Alternativamente o mesmo material pode ser apresentado com projector de transparências e
disponibilizado para os alunos de forma impressa.

7. Avaliação
Nota obtida pela participação individual e em grupo nas actividades desenvolvidas durante as
aulas, utilizando os seguintes critérios de avaliação:
Desenvolvimento do Perfil Empreendedor (60%)
Elaboração do Plano de Negócios (15%)
Exercícios de Práticas de Gestão· (25%)

8. Bibliografia
BARON, Roberto A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Thomson
Learning, 2007.
BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos,
estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003.
BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os desafios do empreendedor. São Paulo:
Pearson Makron Books, 2001.

258
DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo:
McGraw-Hill, 1989.
DOLABELA, Fernando Celso. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados,
1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Planos de negócio que dão certo. Rio de Janeiro: Elsevier,
2008.
FARAH, Osvaldo Elias. Empreendedorismo estratégico: criacão e gestão de pequenas
empresas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
LONGENECKER, Justin et al. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Thomson
Learning, 2007.
MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro. Criando empresas para o sucesso. São Paulo:
Saraiva, 2004.
MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no
Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no
Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Administracão para empreendedores. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
MIRSHAWKA, Victor; MIRSHAWKA, Victor Jr. Gestão criativa: aprendendo com mais
bem-sucedidos empreendedores do mundo. São Paulo: DVS Editora, 2003.
MIRSHAWKA, Victor. Empreender é a solução. São Paulo: DVS Editora, 2004.
RAMOS, Fernando Henrique. Empreendedores : histórias de sucesso. São Paulo: Saraiva,
2005.
SALIM, César Simões et al. Administração empreendedora: teoria e prática usando o estudo
de casos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
SALIM, César Simões et al. Construindo planos de negócios: passos necessários para
planejar e desenvolver negócios de sucesso. Rio de Janeiro: Campus,2005.
WEVER, Francisco Brito. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes
nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

259
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Prática Pedagógica de Agro-pecuária


Codigo: PPAP Tipo – Complementar
Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 1º Creditos – 7= 175 horas ( 48contacto + 127de estudo)

1.Introdução
A Prática Pedagógica II visa desenvolver competências, capacidades, habilidades e atitudes no
estudante, futuro professor, no domínio do processo de ensino e aprendizagem através da leccionação
autónoma da disciplina específica do curso.

2.Competências
 Planifica e organizar as complexas situações do ensino aprendizagem;
 Reflecte, auto-avalia e reformula o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido sempre
que for necessário;
 Utiliza de forma adequada as técnicas e os instrumentos de avaliação.

3. Objectivos
 Planificar e organizar as complexas situações do ensino aprendizagem;
 Implementar o processo de ensino-aprendizagem de uma forma criativa e interessante de
acordo com as condições reais da escola;
 Reflectir, auto-avaliar e reformular o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido sempre
que for necessário;
 Utilizar de forma adequada as técnicas e os instrumentos de observação de aulas;
 Utilizar de forma adequada as técnicas e os instrumentos de avaliação.

260
4. Plano Temático

Nr Tema Horas de Horas de


contacto estudo
1 - Análise dos programas escolares; 6 16
2 - Análise do livro escolar 6 16
3 - Planificação sistemática das unidades temáticas 6 16
(através da participação nos grupos de disciplina e
de cada aula a ser leccionada)
4 - Discussão do plano de lição com o supervisor; 6 16
5 - Selecção dos métodos de ensino adequados em 6 16
conformidade com a disciplina a ser leccionada;
6 - Reflexão sobre as aulas leccionadas com o professor 6 16
orientador;
7 - Elaboração de material didáctico para a 6 16
leccionação, no âmbito das oficinas pedagógicas
(textos de apoio, resumos, fichas de trabalhos
práticos, modelos, materiais de experimentação de
baixo custo, etc.);
8 - Leccionação da disciplina específica do curso; 6 15
- Observação de aulas de outros colegas praticantes
juntamente com o supervisor e o professor
orientador e sua posterior avaliação;
Sub total 48 127
Total 175

5. Materiais didácticos
- Programas de ensino das disciplinas em causa dos níveis Primário, Secundário Geral
e Técnico Profissional e dos IMAPs;
- Livros escolares das disciplinas e classes correspondentes;
261
- Outra literatura científica adequada para os níveis a leccionar;
- Literatura relativa à Didáctica Geral e específica;
- Materiais de experimentação e modelos;
- Planos de lição;
- Fichas de trabalhos práticos e de experimentação;
 Materiais audiovisuais (câmaras de vídeo, gravadores, vídeo-televisor, cassetes de
vídeo, cassetes audio, écran);
 Retroprojector.

6. Avaliação
A avaliação da Prática Pedagógica III será feita com base nos seguintes instrumentos:

 Pasta de Prática Pedagógica;


 Protocolo de assistência às aulas por parte do metodólogo e do professor responsável;
 Diário e memórias sobre a Prática Pedagógica;
 Relatório de Prática Pedagógica.

7.Bibliografia
 ALARCÃO, Isabel. (org.). Formação reflexiva de professores. Estratégias de
Supervisão. Porto, Porto Editora, 1996.

 ALTET, Marguerite. “As competências do professor profissional: entre


conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar”. In: PERRENOUD,
Philippe. PERRENOUD, Philippe; PAQUAY, Léopold; Marguerite e CHARLIER,
Évelyne (orgs). Formando professores profissionais. Quais estratégias? Quais
competências?. 2.ed. Porto Alegre. Artmed, 2001. pp. 23-34.

 ANDRÉ, Maria Eliza D. A. De. Etnografia da prática escolar. São Paulo, Papirus,
1995.

 AZEVEDO, Aldina Pereira. Treinamento de professores. Tarefas metódicas. Estágio


Supervisionado. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1979.

 BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa, Edições 70, 1995.

 BICUDO, Maria Aparecida V. & ESPÓSITO, Vitória H. C.. Pesquisa qualitativa em


educação.. 2. ed. rev. Piracicaba, SP, Editora Unimep, 1997.

 BICUDO, Maria Aparecida V. “A contribuição da fenomenologia à educação”. In:


COÊLHO, Ildeu M.; GARNICA, Antonio V.M.; BICUDO, Maria A.V. e
262
CAPPELLETTI, Isabel F. (org.). Fenomenologia. Uma visão abrangente da
educação. São Paulo, Editora Olho d’Água, 1999.

 BOGDAN, Robert & BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação. Porto,


Porto Editora, 1994.

 CARVALHO, Alex Moreira et al. Aprendendo metodologia científica: uma


orientação para os alunos de graduação. São Paulo, O Nome da Rosa, 2000.

263
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Gestão de Mudanças nas Zonas Rurais


Tipo-Nuclear
Nível: 1º Ano-4º
Semestre: 1º· Créditos 6 = 150 horas (48contacto+ 102 de estudo)

1.Introdução
As políticas económicas, quando predominantes na região dificultam a introdução de
medidas ambientais já que impõem um limite ao gasto social em serviços básicos e de
saneamento. As áreas urbanas não causam somente impactos ambientais locais como
também causam nas pegadas ecológicas, enquanto as cidades causam uma variedade de
impactos como: conversão das áreas agrícolas ou florestais para infraestrutura ou uso
urbano, aterro de áreas húmidas.

A utilização de biomassa como combustível também causa poluição atmosférica em


ambientes fechados e abertos,outros efeitos como poluição de cursos de água, lagos e águas
costeiras causada por efluentes não tratados entre outros factores , interferindo na saúde e
vida da comunidade, necessitando de uma gestão adequada.

2. Competências
 Conhece as causas da destabilidade
 Descreve os mecanismos de gestão
 Relaciona o meio ambiente com a pobreza rural

264
3. Objectivos
 Desenvolver modelos que auxiliam na reduçào da pobreza
 Identificar os tipos de pobreza;
 Relacionar o crescimento da produção com o meio ambiente.

4. Plano temático de Gestão de mudanças nas zonas rurais


Horas de Horas de
Nr.
contacto estudo
1 Introdução ágestão de mudanças 5 11
2 Noções de desenvolvimento comunitário 5 11
3 Modelo integrador de uma subcultura de pobreza 5 11
4 Tipos de pobreza 5 11
5 Pobreza no meio rural 5 11
6 Caracteristicas do meio ambiente urbano 5 11
7 Economia de sobrevivência 5 12
8 Crescimento da produção do meio ambiente urbano 5 11
9 Áreas urbanas em África e formas de melhorias 5 12
7 Maneio de resídeos , abastecimento de água e 5 11
saneamento básico
8 Poluição atmosférica 5 12
9 Efeito das politicas de desenvolvimento rural 5 11
Sub total 48 102
Total 150

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Seminários
 Conferências
 Aulas de simulação
 Instrumentos audio-visuais
 Excursões e trabalho permanente de campo

6. Meios
 Retroprojector
 Quadro branco/preto
265
7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Trabalhos individuais de aprofundamento;
 Exame

8. Bibliografia
 CAPORAL, F. R. Agroecologia e Extensão Rural, contribuições para o
desenvolvimento rural sustentável
 FREIRE, P.Extensão ou comunicação- Paz e Terra, 1988
 OLIVEIRA, M.C.C.Mudança social na comunidade rural, S.Paulo, 1982
 REES,W.Revisiting carrying capacity, area based indications of sustainability, 1996.

266
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Saúde e Gestão da manada


Codigo: Tipo – Nuclear
Nível – 1 Ano – 4º
Semestre – 2º Creditos –5 =125 horas ( 48contacto + 77 de estudo)

1. Introdução
A saúde da manada obedece o tratamento dos animais em programa de maneio integrado,
garantindo maior produção. No processo de maneio reprodutivo, antes da época de montas ,
o animal deve ser bem alimentado para permitir a acumulação de reservas energéticas, o
numero de cobrições depende de entre outros factores , do tipo de monta, livre ou dirigida,
sendo que em cada monta livre, cada reprodutor deve ser atribuído no máximo 35 fêmeas em
monta dirigida para um reprodutor novo cabe 20-30 e ao reprodutor adulto cabe 30-50.
Em relação ao maneio alimentar, deve compreender o fornecimento de rações disponíveis,
água potável e forragem como suplemento na época seca, segundo as necessidades nutritivas
dos animais e de acordo com a classe e categoria.
No sistema intensivo incluem as explorações concebidas no plano industrial do tipo
moderno, com raças precoces e seleccionadas. Os animais neste regime são alimentados de
forma racional e correcta, dentro de um índice óptimo de transformação alimentar e
proporcionando carne de boa qualidade. Caracteriza-se pela existência de instalações
tecnológicas que satisfaçam as necessidades e exigências dos animais.
2. Competências
 Organiza um sistema de registo de saúde animal;
 Analisa produtos das explorações pecuárias;
 Relaciona os produtos pecuários com o meio ambiente

3. Objectivos
 Organizar um sistema de registo de dados de saúde e produção animal;
 Processar e analisar dados sanitários e produtivos das explorações pecuárias;

267
 Aplicar os conhecimentos e habilidades práticas utilizadas na assistência veterinária
e fazer uma análise crítica de manada , grupo ou população;
 Intervir ao maneio animal de forma a maximizar a produtividade das explorações;
 Observar e interpretar a dinâmica do ambiente pecuário e na região.

4. Plano Temático
Temas Horas de contacto Horas de estudo
1 Introdução á disciplina 6 10
2 Gado leiteiro 6 9
3 Gado de corte sector comercial 6 9
4 Gado de corte sector familiar 6 10
5 Suínos 6 10
6 Caprinos e ovinos 6 10
7 Aves(Frangos, Poedeiras e pastos) 6 9
8 Trabalho de campo 6 10
Sub total 48 77
Total 125

5. Estratégias e métodos de ensino – aprendizagem


 Conferências e palestras;
 Seminários;
 Práticas laboratoriais;
 Trabalho de campo
6. Meios de ensino
 Quadro branco/preto;
 Retroprojector;
 Modelos naturais e artificiais;
 Laboratório.
7. Avaliação
 Testes escritos;
 Trabalhos em grupo;
 Relatórios de trabalhos práticos.
8. Bibliografia
 FAO, The Farm Business Survery, Rome,1976.
 MÉRCIA, L.S. criação de aves da capoeira, Publicaçòes europa-america,1993.
268
 PAULO ANESTAR GALETI, Guia do técnico Agro-pecuário, 1983.

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)


Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Disciplina: Estágio Pedagógico de Agro-pecuária


Código- Tipo - Complementar
Nível - 1 Ano - 4º Ano
Semestre – 2º Créditos - 8= 200horas (48de contacto e 152 de estudo)

1. Introdução
O Estágio Pedagógico é compreendido como o processo de vivência prática-pedagógica de
dada realidade, onde o estudante, futuro professor, põe em prática os conhecimentos
adquiridos ao longo da sua formação bem como exercita a sua futura profissão. A
desenvolver-se num semestre, a actividade curricular terá uma carga horária de três horas
semanais de contacto, sendo quarenta e oito de contacto e setenta e duas de estudo.

2. Competências
Com o Estágio Pedagógico pretende-se que o estudante, desenvolva as
seguintescompetências:
 Planifica e organizar as complexas situações do ensino aprendizagem;
 Trabalha em equipe desenvolvendo o principio de interdisciplinaridade e construindo
projectos educativos comuns,
 Desenvolve acções de pesquisa usando meios tecnológicos actualizados em busca de
respostas às questões problemáticas deparadas ao longo do processo de ensino e
aprendizagem;
 Colabora na formulação do projecto da escola, nas adaptações curriculares e
administração de recursos da escola;
 Ser um agente de transmissão de valores cívicos e morais a partir de suas próprias
atitudes.

269
3. Objectivos Gerais
O Estágio Pedagógico tem como objectivos gerais:
 Desenvolver conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, pedagógicas
e profissionais gerais bem como atitudes no estudante, futuro professor, no domínio
do processo de ensino e aprendizagem da disciplina específica;
 Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e a sua
tradução em objectivos de aprendizagem
 Implementar o processo de ensino-aprendizagem de forma criativa e interessante de
acordo com as condições reais da escola;
 Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem;
 Trabalhar a partir das representações dos alunos;
 Utilizar de forma adequada as técnicas e instrumentos de observação e avaliação;
 Reflectir, auto-avaliar e reformular o processo desenvolvido, sempre que necessário

4. plano temático
Nr. Tema Horas de Horas de
contacto estudo
1 A aula ideal e o professor ideal 5 17
2 Seminários sobre temas didáctico-pedagógicos a serem 5 17
programados pelo grupo de supervisores.
3 Observação de aulas de outros colegas praticantes 5 17
juntamente com o supervisor e o professor orientador e
sua posterior avaliação
4 Leccionação da disciplina específica do curso 6 17
5 Reflexão sobre a planificação e as aulas leccionadas com 5 17
o supervisor e com o professor orientador;
6 Avaliação 6 17
7 Acompanhamento, contributo e auxílio ao Director de 5 17
Turma
8 Participação em reuniões pedagógicas da escola 6 17

270
9 Elaboração do Relatório Estágio Pedagógico 5 16
Sub total 48 152
Total 200
5. Metodologia
A actividade curricular do Estágio Pedagógico terá um carácter téorico e prático. A
componente teórica é baseada fundamentalmente na discussão e debates de temas
relacionados com a prática lectiva e a realidade escolar. O objectivo principal é de preparar o
futuro professor para os desafios inerentes à sua profissão, fornecer a consistência
científica e pedagógica para o desempenho da profissão. A componente prática é baseada na
planificação , leccionação e análise de aulas.

6. Avaliação
A Avaliação da Estágio Pedagógico será feita com base nos seguintes instrumentos:
 O portofólio do Estágio Pedagógico;
 Protocolo de assistência às aulas por parte do supervisor e do professor orientador;
 Diário e memórias sobre o Estágio Pedagógico;
 O Plano do Desenvolvimento Pessoal.
 Relatório do Estágio Pedagógico.

7. Materiais didácticos
 Programas de ensino das disciplinas em causa, dos níveis Primário, Secundário Geral
e Técnico Profissional e dos IMAPs;
 Livros escolares das disciplinas e classes correspondentes;
 Literatura relativa à Didáctica Geral e específica;
 Materiais de experimentação e modelos
 Planos de lição;
 Fichas de trabalhos práticos e de experimentação;
 Materiais audiovisuais (câmara de vídeo, gravadores, vídeo-televisor, cassetes vídeo,
cassetes audio, écran);
 Retroprojector.

8. Bibliografia
 ALARCÃO, Isabel (org.). Formação reflexiva de professores. Estratégias de
supervisão. Porto, Porto Editora, 1996.

271
 AMARAL, Maria João, MOREIRA, Maria Alfredo, & RIBEIRO, Deolinda. “O
papel do supervisor no desenvolvimento do professor reflexivo. Estratégias de
supervisão”. In: ALARCÃO, Isabel (org.). Formação reflexiva de professores.
Estratégias de supervisão. Porto, Porto Editora, 1996. pp.91-122.
 ARENDS, Richard I. Aprender a ensinar. Lisboa, editora McGraw Hill, 1993.
 BARBIER, Jean-Marie. Avaliação em Formação. Porto, Edições Afrontamento,
1985.
 BARREIRA, Aníbal e MOREIRA, Mendes. Pedagogia das competências, da teoria
à prática. Lisboa, Edições Asa, 2004.
 BUSATO, Zelir S. L.. Avaliação nas Práticas de Ensino e Estágio. A Importância
dos Registros na Reflexão sobre a Acção Docente. Porto Alegre, Editora Mediação,
2005.
 CARDOSO, Ana Maria et al. “O movimento da autonomia do aluno. Repercussões a
nível da supervisão”. In: ALARCÃO, Isabel (org.). Formação reflexiva de
professores. Estratégias de supervisão. Porto, Porto Editora, 1996, pp. 64- 88.

272
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Plano temático de Trabalho de Culminação do Curso


(Para profissionais de outras áreas)
Código –
Ano – 4º ano
Tipo – Nuclear
Nível – 1
Semestre – 8º (Para cursos de 4 anos) e 10º (Para cursos de 5 anos)
Créditos – 6 = 150 horas (32 de contacto + 118 de estudo)

1.Objectivos Gerais

d. Compreender a Ciência como um processo crítico de reconstrução


permanente do saber humano;
e. Adquirir orientações lógicas, metodológicas e técnicas com vista à
elaboração do trabalho de culminação do curso;
f. Desenvolverhabilidades técnicas para construir com eficiência o trabalho de
culminação de curso

2. Competências
a. Aplica os saberes adquiridos para a elaboração de uma pesquisa
científica;

b. Trabalha com autonomia e responsabilidade na elaboração de


monografia científica e outros trabalhos de natureza científica.

3. Pré – requisitos
Sem pré-requisito

273
4.Conteúdos (Plano temático)

Nº Tema Horas de Horas de


contacto estudo
1 10. Introdução 2 2
11. Objectivo e importância da
disciplina
2 12. Formas de culminação do curso 2 6
12.1. Conceito de culminação do curso
12.2. Caracterização (Monografia e
Exame de Conclusão)
3 13. Possibilidades oferecidas pela 2 4
monografia e pelo exame de conclusão
4 14. Recapitulação sobre as etapas 4 10
de elaboração de um projecto de
pesquisa científica
5 15. Apresentação dos projectos 4 9

6 16. Procedimento para preparação 4 7


do exame de conclusão

17. Procedimentos de elaboração de


uma monografia
8 18. Acompanhamento da elaboração 14 80
dos projectos de pesquisa

Sub-total 32 118

Total 150

5.Estratégias metodológicas de ensino-aprendizagem

A disciplina de Trabalho de Culminação do Curso é essencialmente prática,


visando dar subsídios que permitam os estudantes finalistas elaborarem suas
pesquisas com vista à conclusão do seu curso. Por esta razão, a explanação
274
teórica deve ser reduzida e circunscrita ao essencial, privilegiando-se a
apresentação, discussão e acompanhamento dos projectos de pesquisa.

É importante que o docente use e socialize documentos básicos


relacionados com a pesquisa como: O Regulamento Académico, Normas Para
Produção e Publicação de TrabalhosCientíficosna UP, Guiãopara a elaboração e avaliação
de monografias e Ficha de avaliação dos exames de conclusão.

5. Estratégias de Avaliação

A avaliação deverá sernecessariamente contínua e sistemática. Deve-se


valorizar mais a participação e a capacidade de inovação contínua dos projectos
apresentados pelos estudantes finalistas. Não se deve usar testes nem outras
formas que permitam classificar.

6. Língua de Ensino

Português

7. Docentes

A orientação da disciplina de Trabalho de Culminação do Curso deverá ser


assegurada pelos docentes do MEIC.

8. Bibliografia

ALMEIDA, João Ferreira de e PINTO, José Madureira. A Investigação nas Ciências


Sociais. 5ª ed. Lisboa, Editorial Presença, 1995.
CARVALHO, Alex Moreira e tal. Aprendendo Metodologia Científica:
UmaOrientação para os Alunos de Graduação. São Paulo, O Nome da Rosa, 2000,
pgs. 11 -19.
CHIZZOTTI, António. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4ª ed. São Paulo,
Cortez Editora, 2000.
DARTOIS, Claude. Como Tirar Apontamentos. Lisboa, Editorial Pórtico, s/d.
ECO, Umberto . Como se Faz uma Tese. 15ª ed. São Paulo, Editora Perspectiva
S.A., 1999.
KOCHE, José Carlos, Fundamentos de Metodologia Científica. Teoria daCiência e
Prática da Pesquisa. Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes, 1997, pgs. 23 – 39.
LAKATOS, Eva M. & MARCONI; MARINA de A. Metodologia do TrabalhoCientífico.
6ª edição, São Paulo, Atlas, 1991, pgs. 13 -18.
275
SERAFINI, Maria Teresa. Saber Estudar e Aprender. 2ª.ed., Lisboa, Editorial
Presença, 1996.
SEVERINO, António Joaquim. Metodologia de Trabalho Científico, 20ªed., São
Paulo, Cortez Editora, 1999.

ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS

276
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Educação Ambiental

Introdução
A educação ambiental constitui-se numa forma abrangente de educação, que se propõe
atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico, participativo e permanente
que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental,
compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a génese e a evolução de problemas
ambientais.

O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de


interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os
recursos naturais.

Actualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a


devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats
faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.

Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em


relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável
(processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta, de forma a preservar
os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender as necessidades das gerações
actuais), a compatibilização de práticas económicas e de preservação ambiental, com
reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.
277
A Educação Ambiental é subdividida em formal e informal:
- Formal é um processo institucionalizado que ocorre nos estabelecimentos de ensino;
- Informal caracteriza-se por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de
métodos e de conteúdos e um público muito variável em suas características (faixa etária,
nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.).

Um programa de Educação Ambiental para ser efectivo deve promover simultaneamente, o


desenvolvimento de conhecimento, de atitude e de habilidades necessárias à preservação e
melhoria da qualidade ambiental. A aprendizagem será mais efectiva se a actividade estiver
adaptada às situações da vida real e do meio em que vivem aluno e professor.

1. A Génese da Educação Ambiental


A preocupação da comunidade internacional com os limites do desenvolvimento do planeta,
data da década de 60, quando começaram as calamidades ambientais a dominar as notícias e
as discussões sobre os riscos da degradação do meio ambiente se tornaram mais frequentes.

Essas preocupações conduziram à realização de várias conferências internacionais sobre o


ambiente das quais destacamos algumas das mais relevantes. Em 1987, realizou-se a 1ª
Comissão Mundial sobre o Ambiente e o Desenvolvimento. No documento realizado por
esta comissão, o Desenvolvimento Sustentável (DS) é definido como um desenvolvimento
que permite satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras responderem igualmente às suas próprias necessidades (Relatório de
Brundtland, WCED, 1987).

Em 1972, realizou-se a Conferência sobre o Meio Ambiente em Estocolmo onde


participaram 114 países e se reconheceu internacionalmente que a protecção ambiental
estava fortemente interrelacionada com o desenvolvimento económico e a prosperidade no
mundo.

Vinte anos depois da Conferência de Estocolmo, realizou-se a conferência das Nações


Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro, contando
com 170 países. Dela saíram alguns documentos importantes como a Agenda 21 e a Carta da
Terra e definiram-se alguns objectivos para promover uma exploração racional e equilibrada

278
do meio ambiente em todo o Mundo. De facto, a Cimeira significou o despertar definitivo
das nações para as questões ambientais.

A Cimeira aprovou diversas convenções, de entre as quais destacam a convenção da


diversidade biológica e a do aquecimento global da terra. A primeira obriga os Estados a
proceder a um inventário das espécies de plantas e de animais selvagens que se encontram
em perigo de extinção no seu território, e a segunda exige que as nações reduzam a emissão
de dióxido de carbono, metano e outros gases que sejam responsáveis pelo buraco na camada
de ozono da atmosfera.

No total a Declaração do Ambiente e Desenvolvimento da Cimeira do Rio produziu 27


princípios fundamentais tendentes a salvar a Terra dos perigos provocados pelo
desenvolvimento industrial e económico, atendendo, sobretudo, à necessidade de
manutenção de equilíbrio entre esse mesmo desenvolvimento e os recursos não-renováveis
do planeta.

Em 2002, na Cimeira Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (contando com a


participação de 190 países) fez-se o ponto da situação relativamente à concretização dos
objectivos definidos pelos documentos lançados na Cimeira da Terra e assumiu-se o
compromisso de fortalecer e melhorar a governação em todos planos de modo a atingir-se a
aplicação efectiva da Agenda 21 em todo o Mundo. Contou com a participação de 190 países
de todo o Mundo.

Decorrente das reuniões realizadas para a Cimeira de 2002, a Assembleia Geral das Nações
Unidas declarou a abertura da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável
(DEDS) nos anos de 2005-2014 e designou a UNESCO como a principal agência para sua
promoção. Reconhece-se que o DS é uma urgente necessidade social e ecológica e que a
educação é, para tal, indispensável.

Foram definidas três áreas fundamentais de acção para a educação para o DS: a Sociedade, o
Ambiente e a Economia, pressupondo-se que a dimensão da cultura esteja implícita nestas
três áreas de forma transversal (UNESCO, 2004).

279
O objectivo fundamental desta década é promover a educação no sentido de se construir uma
sociedade mais justa onde o respeito pelos Direitos Humanos e pelo Ambiente seja uma
prioridade, integrando as preocupações com o DS em todos os níveis de ensino.

1.2 Os princípios de uma Educação para o Desenvolvimento Sustentável

Vários autores contestam a designação de EDS uma vez que os princípios da educação
ambiental (EA) declarados na conferência de Tbilisi (UNESCO) & UNPE, 1978) já incluíam
os elementos fundamentais para o DS, dando relevância à interdependência entre a
economia, o ambiente e o desenvolvimento. Assim, segundo Sauvé, o conceito de EDS não
parece adicionar novos objectivos ou princípios à EA (1997). Aliás, a mesma autora afirma
que “la educación ambiental no es una educación temática colocada dentro de una
pluralidad de outra” (2006:90).

De acordo com Freitas (2006), a maioria dos especialistas parece encarar a EDS como um
novo estudo evolutivo ou uma nova geração de EA, outros autores como Caride & Meira
(2004) defendem que a Educação Ambiental para o Desenvolvimento Humano Sustentado,
ou como se queira denominar, arrastada pela sedução destes conceitos, poderá derivar numa
perigosa indefinição (in Freitas, 2006). Mckeown & Hopkins (2002) são defensores de que a
EDS e a EA “têm similaridades, mas não são abordagens distintas, ainda que
complementares, e que é importante que a ED e a EDS mantenham agendas, prioridades e
desenvolvimentos programáticos diferentes”(in Freitas).
Outras perspectivas “parecem encaminhar-se mais no sentido de considerar a educação
para o desenvolvimento sustentável como uma parte da educação ambiental” (Ibidem). O
conceito de EA pressupõe uma relação connosco próprios, com os outros e com o ambiente.
Contudo, reconhece-se que o conceito de EA foi sempre limitado à protecção dos ambientes
naturais, à utilização com sabedoria dos recursos naturais, considerando a equidade e
durabilidade do ambiente sem ter em conta, no entanto, as outras dimensões definidas na
conferência de Tbilisi.

Assim, consideramos que a Educação para o Desenvolvimento Sustentável vem dar


precisamente um reforço neste sentido, uma vez que, no programa definido pela UNESCO
para a DEDS, a relação entre Sociedade – Ambiente – Economia e Cultura é assumida como
condição sine qua non para a EDS (2004).

280
Na nossa perspectiva, a EA deve ser considerada como parte integrante da EDS, tal como a
Educação para a cidadania, a Educação Intercultural, a Educação para a Paz. Como refere
Cartea & Caride, “la EA tien sentido, aunque sea para prestar – donde así se requiera -
«servivios» que otras educaciones no podrán hacer a da EDS (2006:115).
Partilhamos desta opinião uma vez que a EDS não pode ignorar a relevância de todo o
trabalho desenvolvido pela EA, que se constitui com o meio ambiente, imprescindível para o
desenvolvimento e sobrevivência da Humanidade.

Acreditamos que a discussão entre as diferentes concepções Educação Ambiental/Educação


para o Desenvolvimento Sustentável/Educação para a sustentabilidade irão continuar a
alimentar fortes discussões entre diferentes autores, o que se revela importante para uma
melhor definição sobre qual é o papel da educação na promoção de um futuro mais justo e
sustentável que contribua para a sobrevivência da Humanidade. Pensamos que é igualmente
importante que, independentemente da perspectiva que se assuma, que se comece a
desenvolver práticas educativas concretas, objectivas e integradas, nos diferentes níveis de
ensino que promovam, de facto, a mudança de hábitos e comportamentos em prol da
sustentabilidade.

Existe um tempo de pensar e um tempo de agir e, utilizando as palavras de Zaragoza,


actualmente é tempo de acção. Estamos numa época histórica em que face a todos os
problemas com que a Humanidade tem de se confrontar é necessária a emancipação dos
cidadão “del tránsito de súbditos imperceptibles, anónimos, a interlocutores, a actores, de la
nueva gobernanza” (Zaragoza, 2005). Ou seja, a Humanidade tem de decidir activamente o
seu futuro para um destino comum, o destino da sobrevivência que tem de começar agora.

Apesar de se reconhecer a necessidade da implementação de medidas políticas e tecnológicas


que promovam mudanças de comportamentos e atitudes em prol da sustentabilidade,
sabemos que a educação desempenha igualmente um forte contributo na mudança que se
deseja. Assim, a EDS tem de ser vista, essencialmente, como um processo de “aprender
para mudar”, uma aprendizagem sobre como tomar decisões que considerem os futuros da
economia, da ecologia e da igualdade de todas as comunidades a longo prazo (Tilbury e
Podger, 2004).

281
Os problemas globais que hoje enfrentamos implicam que os cidadãos das gerações futuras
sejam capazes de estabelecer interligações entre diferentes assuntos, de compreender
interacções que lhes permitam entender como se organiza e evolui a sociedade, bem como
descodificar os desafios dos nossos tempos que não são lineares, nem simples, nem
unidimensionais. E a integração dos DS no currículo de uma forma global e transdisciplinar
deve preparar os alunos para pensarem de forma holística, interactiva e crítica.
De acordo com Warren (1997:133), “thinking about sustainable development requires an
interdisciplinary approach to addressing environmental and problems on the earth. No one
discipline can provide the particular perspectives, experience, expertise and tools to address
the wide range of challenges in moving towards a sustainable future”.

Reforçando esta ideia da integração do DS de forma interdisciplinar no currículo, Pellaud


(2002) afirma que “we must absolutely the risk that sustainable development should apperar
in curricula as one more discipline to be taught”.

Assim sendo, acreditamos que a EDS deve ser preocupação de todas as disciplinas e/ou áreas
curriculares, desejando respeito não só às ciências naturais como também às ci6encias
sociais e humanas, uma vez que o DS é um conceito holístico que integra preocupações de
diferentes áreas de conhecimento.

Tendo exposto o que entendemos como EDS passaremos, no ponto seguinte, a reflectir sobre
a relação entre a biodiversidade e diversidade linguística, dimensões abordadas no estudo
empírico realizado e que fazem parte das preocupações da ED.

1.3 Da biodiversidade à diversidade linguística e cultural: algumas


preocupações
Actualmente, calcula-se que existam no mundo entre 6000 a 7000 línguas vivas, sendo 945
destas faladas por 4% da população mundial. Existem muitas línguas utilizadas por um
reduzido número de pessoas, a par de um pequeno número de línguas faladas por uma grande
parte da população mundial (Maffi, 1998). Das 10.000 línguas que se calcula que tenham
existido ao longo dos tempos, apenas cerca de 6000 ou 7000 línguas são faladas hoje em dia,
estimando-se que metade corra sérios riscos de extinção ou se encontre potencialmente
ameaçada, falando-se inclusivamente de um “genocídio linguístico”(Skutnabb-Kangas,
2000). Há projecções segundo as quais o número actual de línguas descerá 50% a 90% nos

282
próximos 100 anos (PNUD, 2004, Skutnabb- Kangas, 2000, 2002) e, segundo as últimas
estimativas, 25 línguas desaparecem anualmente, uma em cada quinze dias (Instituto
Camões, 2004; Hagège, 200).

Apesar de se dar mais atenção, nos meios de comunicação social, a extinção de várias
espécies animais e vegetais, a diversidade linguística e cultural (DLC) está a desaparecer
mais rápido do que a biodiversidade. Para que compreendamos esta realidade, Skutnabb-
Kangas apresenta alguns dados e estatísticas que, numa visão optimista, apontam para que
2% das espécies biológicas podem extinguir-se, mas 50% das línguas podem desaparecer em
100 anos. Numa visão pessimista, 20% das espécies biológicas podem extinguir-se, mas 90%
das línguas poderão morrer ou ficar moribundas no espaço de um século (2002).

Compreende-se, perante estes dados que a necessidade de preservar a DCL se torne premente
e, na perspectiva de Skutnabb-Kangas (2000:01), “lingistic and cultural diversity may be
decisive mediating in sustaining biodiversity itself, and vice versa, as long as humans are on
the earth”.
As ligações entre a língua, a cultura e o ambiente sugerem que a diversidade biológica,
cultural e linguística, apesar de serem dimensões distintas, devem ser estudadas em conjunto,
como manifestações interrelacionadas da diversidade da vida na terra.

Vários são os autores que argumentaram a favor da relação da diversidade lingística, da


diversidade biológica e do ambiente, entre eles Maffi (1998,2000), Skutnabb-Kangas,
(2000), Harmon (2001), Muhlhausler, (2004), sendo a preocupação com esta relação
partilhada também por organizações não governamentais como a Terralingua e a UNESCO.

Na Conferência de Tessalónica (Grécia, 1997), “Educação e Consciência Pública para a


Sustentabilidade”, conclui-se que se pode estabelecer um paralelo entre a diversidade
biológica e a diversidade cultural. Assim como a natureza produz diferentes espécies que se
adaptam ao seu meio ambiente, a humanidade desenvolve distintas culturas que responde às
condições locais. A diversidade cultural pode, pois, ser considerada como uma forma de
diversidade, por adaptação e, como tal, condição prévia para a sustentabilidade (Gadotti,
2000). Por isso a diversidade linguística e cultural deve ser considerada como uma fonte de
riqueza, um “reservatório de vida”, “uma das fontes essenciais da força vital que anima as
comunidades humanas” (Hagège, 2000: 17-20).

283
A perda da diversidade linguística diminui a capacidade de adaptação da nossa espécie
porque reduz a reserva de conhecimento ao qual podemos recorrer. A cultura humana é uma
poderosa ferramenta de adaptação, de conhecimento e a língua constitui o principal
instrumento dos seres humanos para elaborarem, desevolverem e transmitirem essas ideias.
Assim, preservar a diversidade linguística trata de “mantener vivas las opciones”, prevenir
“los monocultivos mentales”, sendo a diversidade cultural e linguística, tal como a biológica
um requisito para a sobrevivência) Maffi, 1998: 19).

Reconhecer uma língua significa muito mais do que uso dessa língua. Simboliza respeito
pelas pessoas que falam, pela sua cultura e pela sua inclusão integral na sociedade,
constituindo-se essa língua como um património da Humanidade. As línguas são uma prática
social diferente estratégias para representar e compreender o Mundo. E, segundo a
UNESCO, a diversidade de ideias, existente através das diferentes línguas é tão necessária
como a diversidade de espécies e de ecossistemas para a sobrevivência da humanidade e da
vida do nosso planeta (in PNUD, 2004).

A diversidade linguística e cultural deve ser vista como riqueza, um reservatório de vida, que
encerra uma compreensão sobre o mundo e sobre o Outro e se constitui como um forte
instrumento de cesso ao conhecimento, uma forma representativa de modos diferentes de
agir, de representar e de comunicar (Pereira, 2003). Assim, defende-se, neste trabalho, que o
plurilinguismo, traduzido na capacidade para interagir com outras culturas e comunicar em
outras línguas, traz aos sujeitos novas formas de socialização, preparando-os para enfrentar
os desafios das sociedades modernas, da globalização, do contacto entre culturas, desafios
estes que obrigam a uma educação para o desenvolvimento sustentável.

Neste contexto, e reconhecendo a importância educativa e o valor formativo da


aprendizagem de línguas estrangeiras, parece-nos fundamental que, nos primeiros anos de
escolaridade, se aborde a temática da diversidade linguística e cultural através de estratégias
capazes de promover atitudes positivas face à pluralidade linguística e cultural, preparando
os aprendentes para um contacto permanente com outras línguas e culturais.
Somos de opinião que a educação em línguas os primeiros anos de escolaridade deverá
direccionar-se também no sentido de uma sensibilização à diversidade linguística e cultural.
Acreditamos que as abordagens plurais favorecem a educação para a cidadania, podendo

284
combater atitudes etnocêntricas e sendo capazes de motivar os aprendentes para outras
formas de expressão, desenvolvendo neles competências variadas tais como a
metalinguística, a comunicativa, a plurilingue e a intercultural (Conselho da Europa, 2001).

Aliás, esta SDLC torna-se imprescindível na criação da ponte para a promoção de uma
educação para o desenvolvimento sustentável. Na sequência do que mencionámos, torna-se
óbvia a necessidade da escola transportar para os alunos preocupações e conhecimentos
acerca da relação entre a diversidade linguística e a diversidade biológica no âmbito de uma
educação para o desenvolvimento sustentável. A escola deve-se tornar não só um espaço de
compreensão, respeito a aceitação das diferenças entre os vários falantes provenientes de
culturas diversas mas também em espaço onde se reflicta e se alerte para a necessidade de
articular esta diversidade com a diversidade biológica.

Reconhecendo a importância da diversidade, nas suas diversas manifestações, acreditamos


que sensibilizar as crianças para a diversidade linguística e cultural se constitui como um
meio de desenvolver, nas crianças, a capacidade de valorização de contactos com outras
línguas, povos e culturas e, acima de tudo, como um caminho de abertura, de tolerância e de
celebração perante a diferença (Candelier, 2004; Dabène, 1994; Strecht-Ribeiro, 1998).

Cabe assim à educação em geral e à escola, em particular, promover a diversidade de


línguas, culturas e espécies, tendo como objectivo educar os futuros cidadãos para o
desenvolvimento sustentável, o que implica impreterivelmente preocupações com qualquer
tipo de diversidade. Foi acreditando nesta premissa que desenvolvemos o projecto que
passaremos, de seguida, a explicitar.

TÓPICOS PARA A ELABORAÇÃO DO MANUAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Introdução
- Educação Ambiental Génese e Transversalidade
- Década da Educação para a Sustentabilidade
- Calendário ambiental

Água
- Água no Glóbulo terrestre
- Água em Moçambique e na Região Austral de África

285
- Importância da preservação da água
- Escassez de água de boa qualidade para o consumo: Poluição, desperdício da água
- Medidas de uso sustentável da água
- Formas de tratamento de água para o consumo humano

Ar e Clima
- Actividade humana e poluição do ar
- Efeito estufa
- Aquecimento global
- Mudanças climáticas, causas, evidências, consequências

Energia
- Fontes de energia renovável, água, sol, vento e biomassa
- Consumo de energia pelo uso de electrodomésticos
- Medidas para reduzir o desperdícios de energia eléctrica nas residências
- Impacto ambiental de construção de grandes barragens hidroeléctricas

Alimentos
- Uso de agroquímicos na produção de alimentos
- Agricultura e seu impacto ambiental
- Problemas de distribuição assimétrica de alimentos: subnutrição e obesidade
- Formas sustentáveis de conservação de alimentos

Flora e Fauna
- Importância Económica da Biodiversidade – fonte de rendimento das comunidades
(desflorestamento, tráfego de plantas e animais selvagens)
- Consequências da redução da Biodiversidade
- Medidas de conservação da Biodiversidade

Gestão de Resíduos Sólidos


- Colecta de resíduos sólidos urbanos
- Deposição de resíduos sólidos
- Tratamento de resíduos sólidos
- Reciclagem de resíduos sólidos

286
- Impacto sócio – ambiental da reciclagem

287
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

EDUCAÇÃO PARA A IGUALDADE DE GÉNERO

1. Introdução
O presente documento é uma proposta para a promoção de inclusão da Educação para a
igualdade de Género, como tema transversal no currículo de formação inicial de professores
na Universidade Pedagógica (UP), no âmbito da reforma curricular em curso.

Esta é a primeira versão, com a qual se pretende colher inicialmente diferentes sensibilidades
e subsídios da comunidade universitária da UP, com a finalidade de produzir um instrumento
norteador da promoção de igualdade de género em nossa instituição, mas também de
capacitar aos docentes nessa matéria, com o intuito de dotar os nossos graduandos com os
necessários conhecimentos e competências que lhes garantam uma intervenção activa nos
Ensinos Básico e Secundário Geral, no que concerne a promoção da igualdade de Género.
Esta acção é ainda reforçada pelo facto do Ministério da Educação e Cultura ter efectuado a
inclusão de temas sobre Relações de género, Sexualidade, Saúde Sexual e Reprodutiva nos
curricula do Ensino Básico e Secundário Geral. Neste sentido, justifica-se que a
Universidade contemple igualmente esses temas, nos seus curricula de formação. Com isso,
pretende-se abrir mais um espaço de debate, de problematização, de reflexão e pesquisa
sobre o Currículo, Género e Sexualidade.

Justificativa
A presente proposta tem por objectivo promover o debate no campo da educação em torno
das desigualdades de gênero, bem como discutir e aprofundar os temas relativos à
sexualidade, especialmente no que diz respeito à construção das identidades sexuais. Trata-se
de discutir as relações de poder que se estabelecem socialmente, a partir de concepções
naturalizadas em torno das masculinidades e feminilidades.

288
A Universidade, como um espaço social importante de formação dos sujeitos, tem um papel
primordial a cumprir, que vai além da mera transmissão de conteúdos. Cabe a ela ampliar o
conhecimento de seu corpo discente, bem como dos demais sujeitos que por ela transitam
(professoras/es, funcionárias/os) Para que a Universidade cumpra a contento o seu papel é
preciso que esteja atenta às situações do quotidiano, ouvindo e reflectindo sobre as demandas
dos alunos e alunas, observando e acolhendo os seus desejos, as inquietações e frustrações.
De facto, vivemos, na contemporaneidade, um tempo de rápidas transformações de toda a
ordem e a nossa instituição não pode se eximir da responsabilidade que lhe cabe de discutir
temas sociais tão actuais, tais como as desigualdades de gênero e a diversidade sexual, com
intuito de favorecer mudanças.

Objectivos do programa
A série de temas tem como objectivo fomentar o debate e o aprofundamento das questões de
gênero e sexualidade no campo da educação. Os programas discutirão de que forma as
representações de gênero são produzidas no âmbito da cultura e como elas são produzidas e
reiteradas na escola, a partir das expectativas sociais colocadas em torno de meninos e
meninas, homens e mulheres. Tais expectativas também se estendem às identidades sexuais,
que se referem aos modos pelos quais direccionamos e administramos os nossos desejos,
fantasias e prazeres afectivo-sexuais. Desse modo, é importante ressaltar a indissociabilidade
entre os conceitos de gênero e sexualidade, bem como a relevância de desenvolvermos
projectos específicos de formação docente (inicial e continuada), que extrapole o viés
biológico, enfatizando as produções culturais, históricas e sociais em torno desses temas.

289
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Tema I: Fundamentos do Género

Este primeiro tema pretende deflagrar a discussão em torno de aspectos conceptuais e


epistemológicos sobre o género e suas dimensões ou categorias, Teorias sobre género e suas
consequências na educação (currículo). Analisar o género como uma categoria social e,
portanto, não estática.
Múltiplas visões sobre género;
Teorias (essencialista, constructo social e politico);
Género como categoria biológica;
Género como categoria social;
Relação entre o género gramatical e o sexo;
Teorias de Opressão do Género:
Teoria psicanalítica;
Teoria cultural;
Teoria feminista radical;
Teoria socialista;
Teoria queer (gay e lésbica).

290
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Tema II: Relações de Género


Este segundo tema pretende debater em torno das construções sociais, culturais e históricas
das diferenças entre homens e mulheres. Este tema objectiva inclusive fazer uma
desconstrução e discussão de posicionamentos sobre a masculinidade e feminilidade.
Discutir o quanto os diferentes discursos (religioso, médico, psicológico, jurídico,
pedagógico), pautados em fundamentações biológicas, colocam a maternidade como
principal (e às vezes única) possibilidade de completude das mulheres, num amplo processo
de glorificação da maternidade.

Papel tradicional do homem e da mulher na família e na comunidade;


Papel social dos géneros;
Situação da mulher em Moçambique (desde a luta de libertação nacional);
Estatuto da mulher na sociedade moçambicana (sociedades
matriarcais e patriarcais);
A construção das masculinidades e feminilidades;
Relações de género nas sociedades tradicionais e modernas em Moçambique (inversão de
papéis transcendentais do homem e da mulher ?);
O papel da família na identidade sexual;
Ritos de iniciação e mutilação genital feminina;
Valores morais e culturais sobre sexualidade;
Género e práticas culturais;
A construção sócio-cultural do género na sociedade moçambicana (em algumas etnias
Moçambique);
Conflitos sociais na construção da identidade de Género;
Quadro legal para a igualdade de género e não descriminação.

291
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Tema III: Currículo, Género e Sexualidade

Este terceiro tema pretende discutir como os currículos e as práticas escolares actuam na
produção e na reprodução das relações de gênero socialmente construídas, pautando-se por
relações desiguais de poder. Nesse sentido, os conteúdos ministrados nas diversas
disciplinas, as rotinas, a utilização dos espaços, as actividades propostas nas instituições
escolares, as sanções, as linguagens, muitas vezes, promovem ou reforçam concepções
naturalizadas em torno das masculinidades e feminilidades, na interface com as identidades
sexuais.
Políticas e mecanismos institucionais para a igualdade de género na Educação, em especial
nas IES (Instituições de Ensino Superior);
Construção do género no currículo (oficial e oculto);
Mecanismos envolvidos com a produção de diferenças e desigualdades sociais e culturais de
gênero e de sexualidade, no âmbito da escola e do currículo;
Discriminação com base no género, no currículo oficial e oculto;
Género, Educação e Saúde;
Promoção da educação para igualdade de género, Saúde sexual e Reprodutiva nas escolas;
Género e sexualidade na educação escolar: Teorias e politicas
Discursos político-educativos sobre o género em Moçambique
A Mulher e o acesso a educação;
Género e sexualidade no espaço escolar ;
Responsabilidade do homem e da mulher na prevenção do SIDA e da
gravidez;
Género, Sexualidade e a lei (direitos sexuais);
Construção de identidades sexuais na educação infanto-juvenil;
Abordagens sobre o género nos Currículos do Ensino Básico, Secundário
Geral, Técnico Profissional e Ensino Superior.

292
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TEMA IV : Educação para a igualdade de género e sexualidade: uma


proposta de formação docente.
Com este tema pretende-se apresentar propostas de formação inicial e continuada de
professores/as, em seus diversos níveis (Básico, Secundário, Médio e Superior), que podem
ser desenvolvidas em diferentes locais do país, cuja ênfase recai sobre os processos
históricos, sociais e culturais que delineiam as identidades de gênero e as identidades
sexuais. Nessas formações, serão abordados temas como história do corpo e da sexualidade,
história de diversos movimentos sociais – de mulheres, de gays e lésbicas –, história do
casamento, novas formas de conjugalidade, maternidade, paternidade, dentre outros. Desse
modo, amplia-se a discussão além do viés meramente biológico e de prevenção.
Tais propostas apontam subsídios para se trabalhar com a temática do género e da
diversidade sexual dentro das várias disciplinas (Língua Portuguesa, Matemática, Filosofia,
Artes, etc.).
História do corpo e da sexualidade;
Linguagem, estereotipias sobre género;
A construção das identidades de gênero e das identidades sexuais;
História do casamento em Moçambique e as novas formas de
conjugalidade;
Pedofilia e a pedofilização como prática social contemporânea;
Homossexualidade e lesbianismo;
Violência doméstica e a violência/abuso sexual;
Educação para sexualidade1 e igualdade de género (metodologia e estratégias de
implementação no espaço escolar);
Estratégias de ensino sobre temas ligados ao género, sexualidade, saúde sexual e reprodutiva.

1
O termo educação para a sexualidade (e não educação sexual) é usado aqui para enfatizar uma
abordagem mais ampla, com ênfase nos aspectos históricos, sociais e culturais, que extrapolam
uma visão meramente biológica e higienicista, pautada apenas na prevenção.
293
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Tema V: Género, sexualidade, violência e poder

Este tema objectiva apresentar os assuntos relativos à violência com base no gênero e
discutir o papel da educação escolar na produção e reprodução das desigualdades entre
meninas e rapazes, homens e mulheres. Também visa reflectir sobre a cultura da violência,
especialmente na constituição das masculinidades, gerando comportamentos machistas,
sexistas e homofóbicos.

Ao longo do tema, procurar-se-á desconstruir a idéia de uma essência ou natureza que


explique e justifique as desigualdades de gênero, bem como as desigualdades estabelecidas
entre os vários grupos sociais em função das identidades sexuais que fogem aos padrões
considerados hegemônicos. Serão mostradas algumas experiências que estão sendo
desenvolvidas nas escolas, que objectivam discutir e problematizar a questão da violência, do
género e da sexualidade. O estudo desses temas se conjuga com um dos principais objectivos
em educação hoje em dia, o da escola inclusiva, que valoriza a diversidade.
Violência doméstica e poder (a hegemonia masculina?)
Equidade de género;
Escola e estratificação social do género;
Crises nas relações de género;
Género e orientação sexual;
Estratégias para educação em género e sexualidade;
Identidades de género;
A problemática do carácter hegemónico da masculinidade nas relações
de género;
Relações de poder na vivência da sexualidade;
Género e o poder de negociação de sexo seguro;
Género e HIV/SIDA;

294
Abuso sexual de menores;
Violência com base no género e violência , violação e assédio sexual na escola

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Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Tema VI: Género e Formação profissional


Género e orientação profissional;
Estatuto profissional da mulher em Moçambique
Áreas ou cursos historicamente frequentados pelas mulheres;
Efeitos da formação profissional sobre género e a ilusão igualitarista dos
empregos;
Orientação profissional com base no género;
Cursos profissionais para paridade e igualdade de género.

295
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA (ESTEC)
Departamento de Ciências Agro-pecuárias

Tema VII: Representações do Género nos matérias didácticos e


Paradidácticos
A Educação Sexual no Ensino Básico e Secundário Geral, não constitui uma disciplina
específica, de carácter curricular obrigatório. Não seria leviano afirmar que, até os meados de
2003, quando o Ministério da Educação lançou com os revisão curricular os temas
transversais ´´Género e sexualidade´´ “Educaçãopara Saúde Sexual e Reprodutiva”, as
discussões sobre sexualidade humana encontravam espaço quase que exclusivamente nas
aulas de Ciências e Biologia e no trabalho isolado dos professores/ras. Fortemente associada
ao corpo humano e aos aparelhos “reprodutores” masculino e feminino, essa educação sexual
baseava-se e ainda se baseia, em grande parte, nos conteúdos disponíveis nos livros
didácticos de Ciências. Hoje, com a transversalidade assumida por muitas escolas, o livro
didáctico de Ciências tem sido incorporado a outros aliados, como os livros paradidácticos.

Com este sétimo tema pretende-se apresentar uma discussão sobre os materiais didácticos e
paradidácticos, em especial os livros de literatura infantil e os livros de sexualidade voltados
para o público infanto-juvenil, que foram produzidos nos últimas anos. Como esses materiais
posicionam homens e mulheres, de que forma entendem as novas configurações familiares, e
como tratam algumas temáticas específicas da sexualidade, tais como: abuso/violência
sexual, homossexualidade e os demais sujeitos que vivem identidades consideradas de
fronteira (travestis, transexuais, intersexuais, transgêneros)? Analisar alguns livros didácticos
estrangeiros (e os poucos nacionais) que discutem a temática da homossexualidade, bem
como os cartazes e cartilhas produzidas para o público jovem sobre temas como o SIDA.
Pretende-se ainda, com este tema discutir em torno da produção de determinados artefactos
culturais, tais como filmes, sites (jogos infantis), programas de TV, propagandas, revistas de

296
grande circulação. De que forma esses artefactos accionam representações de gênero e de
identidades sexuais.

Representações do gênero na arte e nos spots publicitários em Moçambique.


A construção do género na linguagem publicitária dos mass media;
O papel dos media na espectacularização dos corpos e na liberalização
da sexual;
Representações dos géneros e das sexualidades nos livros escolares,
Livro (didáctico e paradidáctico) como artefacto cultural que produz e
veicula representações de gênero e sexuais;
Exclusão de identidades sexuais.

Tema VIII : Gênero em Moçambique : Politicas e Estratégia de


implementação
Neste tema pretende-se abrir uma discussão sobre o status questione das políticas de género
em Moçambique, sua formulação e estratégias de Implementação em sectores chave como a
educação, saúde, justiça, agricultura, emprego. Pretende-se ainda discutir a articulação
existente entre tais políticas e a praxis do ponto de vista de integração do género nos planos
sectoriais, o emponderamento económico das mulheres, a segurança alimentar, a educação, a
redução da mortalidade materna, a eliminação da violência contra as mulheres, a participação
das mulheres na vida pública e nos processos de tomada de decisão, e a protecção dos
direitos das raparigas.

Sociedade civil, organizações de mulheres e movimento feminino;


Politicas de género no sector público e privado;
Mecanismos e políticas institucionais para a promoção da igualdade de género;
Influencia da politica de género na educação em Moçambique;
Política de género em Moçambique :
- Objectivos; Visão e missão; Princípios norteadores;
- Estratégias de implementação;
- Acções estratégicas;
- Níveis de implementação;
- Monitoria e avaliação;
- Intervenientes sociais (governamentais, não governamentais, sociedade civil);

297
Género através dos discursos legislativos ;
Diferenças e diferendos entre a lei e a praxis;
Quadro legal para a igualdade de género e a não-discriminação; Formas de violência contra
menores e abuso de menores.

298
Centro de Estudos de Políticas Educativas
Comisão Central de Reforma Curricular

Temas e conteúdos sobre HIV/SIDA a ser abordados de forma transversal

Tema I: Noções básicas sobre o HIV/SIDA


Conceito de seropositivo, HIV, SIDA
Meios de transmissão
Meios de não transmissão
Sinais e sintomas
Testes e Tipo de teste
Incidência dos jovens SIDA
Como evitar a SIDA
Género e o SIDA em diferentes grupos etários
Cuidados e apoio aos seropositivos
Evolução clínica do HIV/SIDA
Fases evolutivas da infecção pelo HIV
Relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada pelo HIV (múltiplos parceiros).
Transmissão vertical
Modos de transmissão
Prevenção
Tema II: Comunicação afectiva
O que é ser activista
Perfil do activista
Responsabilidade do activista
Metodologia de ensino aprendizagem das DTS- HIV/SIDA

Tema III: Impacto e prevalência de HIV/SIDA


Na região
Em Moçambique
Definição dos grupos alvos

299
Tema IV: Definição DTS/HIV/SIDA
Anatomia dos órgãos genitais
Masculino
Feminina
Funções
Vias de transmissão das DTS
Sinais e sintomas

Tema V: Porque lutar contra DTS/SIDA


Estratégias da luta contra as DTS
Indicar quem deve lutar
Importância da prevenção

Tema VI: Uso do preservativo


Mitos acerca do preservativo
Porque usar o preservativo
Uso correcto do preservativo Masculino e feminino
Cuidados a ter com o preservativo
Negociando o uso do preservativo
Sexo protegido
Sexo seguro
Distribuição do preservativo

Tema VII: Aconselhamento


Noção de aconselhamento
Técnicas
Gabinete

Tema VIII: Plano de implementação


Como elaborar
Qual a mensagem
Selecção de actividade
300
Orçamento

Tema IX: O processo de operacionalização


Princípios para a operacionalização
Envolvimento dos próprios sectores na planificação da acção
Apoio do CNCS no processo de elaboração dos planos sectoriais de operacionalização do
PEN
Resultados esperados
Preparação do programa operativo do sector
Exemplos de grupos-alvo
Mitigação
Tema XI: Informações sobre a situação epidemiológica do HIV/SIDA em Moçambique
Prevalência do HIV por sexo e grupos etários, 2002
Impacto demográfico do HIV-SIDA em Moçambique
Análise da situação
HIV/SIDA no sector de trabalho
Operacionalização
Tema XII: Teorias de mudança de comportamento
A abstinência sexual antes do casamento
Factores de risco para a infecção pelo HIV
Grupos populacionais particularmente vulneráveis (PVHS e COV’S)
Trabalhadoras do sexo
Camionistas de longo curso
Mineiros e trabalhadores emigrantes
Trabalhadores em situação de brigada
Soldados aquartelados e unidades militares destacadas
Caixeiros-viajantes
Tema XIII: Resposta dos sectores de trabalho à epidemia
Plano de combate ao HIV/SIDA?
Grau de integração das acções de combate ao HIV/SIDA no programa geral do sector
Nível hierárquico onde se situa a coordenação das acções de combate ao HIV/SIDA
Articulação com o CNC
Plano estratégico nacional de combate ao HIV/SIDA 2005 -2009
Os instrumentos criados pelo estado para o combate ao HIV/SIDA

301
Envolvimento das PVHS
Áreas de intervenção e objectivos gerais
Tema XIV: Anti-retrovirais
Tratamento Antiretroviral (TARV)
Situação actual quanto a perspectivas de cura e natureza do tratamento (medicina
tradicional?
Vantagens dos ARVs
Desvantagens
O diploma ministerial nº.183-a/2001 de 18 de Dezembro – Política do governo:
Gabinetes de acnselhamento e testagem voluntária

Tema XV: Projeção das taxas de mortalidade em diferentes sectores de trabalho


HIV/SIDA no sector (estatísticas)
Educação
Projecções de mortes de professores do ep1 devidas ao SIDA
Projecção das mortes de professores por HIV/SIDA no sector (estatísticas)
Percepção sobre conhecimentos, atitudes e práticas

Tema VI: Discriminação


Discriminação contra pessoas vivendo com hiv/sida (PVHS)
Estigma, a “terceira epidemia”
Lei n° 5/2002de 5 de fevereiro
Impactos previsíveis do HIV/SIDA sobre o sector, a médio e longo prazo.

302
NOVOS TEMAS TRANSVERSAIS PROPOSTOS EM FUNÇÃO DA REVISÃO
CURRICULAR

Introdução
A avaliação do ciclo de implementação do novo currículo que antecedeu a revisão curricular,
apurou que a inovação da introdução dos temas transversais não só foi aceite como relevada
a sua importância. Esta percepção levou a novas propostas de temas transversais a serem
integrados no currículo. Essas propostas foram sistematizadas no presente documento,
cabendo aos cursos escolherem e integrarem os que acharem pertinentes.

TEMA TRANSVERSAL: EDUCAÇÃO PATRIÓTICA E PARA A


MOÇAMBICANIDADE

Apresentação
A moçambicanidade surge em virtude da epopeia nacionalista do Povo Moçambicano com a
que se lançaram os alicerces para a fundação da nação moçambicana e da identidade do povo
moçambicano. Moçambique é hoje um Estado de Direito, independente, soberano,
democrático e de justiça social baseado no pluralismo de expressão, na organização política
democrática, no respeito e garantia dos direitos e liberdades fundamentais do Homem
(Moçambique, 2004) 2.
A Educação Patriótica e para Moçambicanidade, como tema transversal pretende promover o
espírito patriótico, o sentimento de pertença e comprometimento com as causas e interesses
supremos do país, a valorização da moçambicanidade e dos valores que a orientam. Com a
abordagem do tema os estudantes devem aprendam a valorizar e defender os orgãos e
simbolos da soberania, num estado de direito democratico, valorizando as manifestações da
cultura e da identidade moçambicana. Pretende-se tambem formar cidadãos capazes de
contribuir para a promoção da paz e da unidade nacional, e o aprofundamento da democracia
e respeito pelos direitos humanos.

2 Moçambique, República de. Constituição da República. Maputo, 2004.

303
Objectivos:
 Desenvolver o espírito de pertença, da Independência e da importância da Luta de
Libertação Nacional;
 Enunciar o significado da Constituição da República de Moçambique;
 Distinguir os diferentes órgãos de soberania;
 Identificar os titulares dos diferentes órgãos de soberania;
 Caracterizar a organização do Estado moçambicano;
 Enumerar alguns órgãos que compõem a Administração Pública;
 Exemplificar tipos de responsabilidades inerentes quer a eleitos, quer a eleitores;
 Reconhecer, respeitar os direitos e deveres constitucionais.

Sub-Temas:
 O papel dos Heróis Nacionais;
 A génese do estado moçambicano (origem do nome Moçambique);
 O Estado de Direito: Constituição como a Lei Fundamental do Estado de Direito
moçambicano;
 Orgãos e simbolos de soberania nacional (Presidência da República, Conselho de
Ministros, Assembleia da República, Assembleias Provinciais, Assembleia
Municipal, Tribunais);
 Unidade nacional e a paz como princípios de coesão social do povo moçambicano;
 Divisao administrativa de moçambique;
 Nobresa do serviço militar na defesa da soberania e integridade territorial;
 Direitos e deveres dos cidadãos: Eleger e ser eleito;
 Pluralidade de ideias e papel dos Partidos Políticos em Moçambique;
 Princípios, direitos, dever, garantias e organização política;
 A Administração Pública: Algumas competências;
 Datas histórias feriados nacionais- importância/significado;
 Conceito de Geração na construção da Identidade Moçambicana.

304
TEMA TRANSVERSAL: EDUCAÇÃO PARA PAZ DEMOCRACIA E DIREITOS
HUMANOS
Apresentação
Moçambique é um país jovem, construido a mercê de sacrificio do seu povo que durante
longos anos foi colonizado e escravizado. Com os movimentos nacionalistas iniciou-se a luta
de libertação nacional, a qual cumlinou com a proclamação da independencia a 25 de Junho
de 19753. Neste contexto, o tema Educação para Paz Democracia e Direitos Humanos, está
intimamente ligada à educação para manutenção da cidadania democrática, dos direitos
humanos e das liberdades fundamentais dos Moçambicanos. A par com a educação para a
cidadania democrática pretende-se, essencialmente, discutir-se as questões dos direitos e das
responsabilidades democráticas e a participação activa nas esferas cívica, política, social,
económica, jurídica e cultural da sociedade.
Com o tema pretende-se fazer pereceber que todos os cidadãos são iguais perante a lei,
gozando de direitos, deveres e obrigações para com o estado e o repeito das regras de
convivencia harmoniosa e pacífica entre os cidadãos. Com este tema pretende-se formar
cidadãos participativos, reflexivos e defensores dos mais nobres valores de cidadania e
direitos humanos, tendo a paz, o diálogo e o respeito pelos outros como pressupostos básicos
de uma convivência social democrática.

Objectivos:
 Distinguir responsabilidade pessoal, civil, criminal, ambiental e moral;
 Reconhecer a paz e liberdade como conquistas do povo moçambicano;
 Identificar as instituições sociais a que se pode recorrer para denunciar o
incumprimento de responsabilidades por parte dos agentes sociais;
 Enunciar em que medida a irresponsabilidade afecta o bem comum;
 Indicar datas de momentos significativos da construção da paz;
 Conhecer factos e figuras relacionados com a implementação da paz e democracia;
 Relacionar a independência nacional com a implementação de um regime social e
político democrático;
 Sensibilizar para a importância dos valores da democracia Moçambicana;
 Reconhecer a diferença entre conflito armado e conflito não armado;
 Sensibilizar para a importância da paz entre os homens e seu reflexo para o
desenvolvimento de Moçambique.

3
INDE/UNESCO. Educação Para os Direitos Humanos e Democracia em Moçambique. Guia do Professor 3º Ciclo.
INLD: Maputo –Moçambique, 2001.

305
Sub-Temas:
 História da evolução e aplicação dos direitos humanos (Civis e políticos, sociais e
económicos, culturais e ambientais);
 Declaração Universal dos Direitos Humanos;
 Carta africana dos Direitos do Homem (Génese e conteúdo, estatuto legal e
aplicabilidade);
 Constituição da República de Moçambique e os Direitos humanos;
 Democracia e justiça social;
 O papel e a contribuição dos diferentes grupos sociais (religiões, associações),
órgãos de comunicação social na sociedade democrática e na promoção da paz e
da unidade nacional;
 Respeito e proteção da propriedade alheia;
 Defesa da paz, o diálogo e unidade nacional do povo moçambicano;
 Unidade territorial como elemento importante da manutenção da paz e
democracia;
 Formas de violação dos direitos humanos: (tráfico de seres humanos, trabalho
infantil, abuso sexual e violação de menores); violação dos direitos de
propriedade (artística, intelectual, bens, e outros);
 Protecção da criança (Prostituição infantil), do Idoso e do desempregado;
 Estratégias de resolução pacífica de conflitos;

306
TEMA TRANSVERSAIS: EDUCAÇÃO FINANCEIRA E FISCAL

Apresentação
Educação Financeira e Fiscal (EFF) deve ser compreendida como uma abordagem didático-
pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e dos gastos
públicos, estimulando o estudamte a compreender o seu dever de contribuir positivamente
para a promoção do valor do dinheiro, por outro lado, e por outro estar consciente da
importância da sua participação no acompanhamento da aplicação, com justiça,
transparência, honestidade e eficiência, dos recursos arrecadados pelo estado.
A EFF deve tratar da compreensão do que é o Estado, suas origens, seus propósitos e da
importância do controle da sociedade sobre os gastos públicos, devendo transmitir o valor e a
importância dos impostos para a construção e desenvolvimento do país e mostrando,
sobretudo, os problemas de evasão fiscal para a economia do país.
Neste contexto a EFF alinha-se num projecto educativo, com o objectivo de proporcionar ao
estudante o bem-estar social, consequência da consciência cidadã e da construção crítica de
conhecimentos específicos sobre os direitos e deveres do cidadão com relação as finanças e
aos impostos. Desse modo, a EFF deve ser entendida como um instrumento de disseminação
de uma nova forma de estar, fundada nos pressupostos de conscientização da função
socioeconómica dos impostos; da gestão e controle democráticos dos recursos públicos; da
vinculação entre a educação, o trabalho e as práticas sociais e do exercício efectivo da
cidadania4. Esses pressupostos devem alicerçar uma educação capaz de contribuir para a
construção da cidadania, pautada pela solidariedade, ética, transparência, responsabilidade
fiscal e social.

Objectivos:
 Promover a educação fiscal na formação dos estudantes na UP;
 Institucionalizar a Educação Fiscal para o efectivo exercício da cidadania;
 Disseminar informações e conceitos sobre a gestão fiscal;
 Ter consciência da existência de aspectos que um consumidor esclarecido deve
observar;
 Ampliar a participação popular na gestão democrática do Estado;
 Aumentar a responsabilidade fiscal;
 Combater a corrupção;

4
Brasil.Ministério da Fazenda, Ministério da Educação. Programa Nacional de Educação Fiscal: Educação Fiscal no
Contexto.2ª edição actualizada. Série Educação Fiscal, caderno 1.Brasília, 2005.

307
 Planear e gerir adequadamente as finanças familiar;
 Identificar direitos e responsabilidades dos consumidores;
 Enunciar a diferença entre consumo esclarecido e consumismo;
 Indicar organizações de defesa do consumidor;
 Relacionar consumo com degradação ambiental;
 Identificar riscos sociais do consumo;
 Reconhecer a influência da publicidade nas decisões dos consumidores;
 Reconhecer a influência das estratégias de venda nas decisões dos consumidores;
 Identificar novas formas e tipos de consumo.

Sub-Temas:
• Educação Financeira e Fiscal;
• Pagamento de impostos;
• Valor do dinheiro;
• Caracterização da sociedade de consumo;
• Direitos fundamentais dos consumidores;
• Papel das organizações de defesa dos consumidores;
• Organismos públicos e legislação de protecção aos direitos do consumidor;
• Importância do marketing e da publicidade nas decisões dos consumidores;
• Consequências ambientais e riscos sociais do consumo;
• Orçamento familiar: consumismo e poupança;
• Fontes de rendimento familiar;
• Economia doméstica (distribuição de rendimento familiar);
• Crédito ao consumo e endividamento das famílias;
• Novas formas e tipos de consumo e poupança.
• Sociedade de consumo.
• Consumo dos jovens.

308
TEMA TRANSVERSAL: EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

Apresentação

O tema Educação para a Saúde (ES) pretende dotar os estudantes de conhecimentos, atitudes
e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu
bem-estar físico, social e mental. A discussão do tema deve providenciar informações
relacionadas com a proteção da saúde e a prevenção do risco, do comportamento alimentar,
do consumo de substâncias, do sedentarismo e dos acidentes em contexto escolar e
doméstico.

A promoção da saúde requerer uma acção sinergética entre todos os intervenientes no


processo educativo. Segundo o MISAU/MEC (2009, p.8)5 a promoção da saúde e higiene
escolar não implica apenas a aprendizagem de conteúdos na sala de aulas se a própria
infraestrtuta escolar disso não for exemplo. A esse respeito, o mesmo documento assevera
que ´´a criação e manutenção de ambientes físicos e psicossociais saudáveis promovem a
escola como um espaço de trabalho saudável e não apenas de aprendizagem´´. Para isso, é
pertinente promover (i) um ambiente de formação seguro, limpo, com estrutura física
adequada; (ii) um ambiente psicossocial que promova relações interpessoais positivas, sem
agressão, violência, álcool e outras drogas; (iii) um ambiente estimulante para todos os seus
membros e que favoreça a aprendizagem; (iv) a prática regular do exercício físico e do
desporto (v) a boa nutrição (alimentação equilibrada). Portanto, é preciso educar para a saúde
levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de hábitos e atitudes que
acontecem no dia-a-dia da universidade. Por esta razão, a ES será tratada como tema
transversal, permeando todas as áreas que compõem o currículo escolar. Na abordagem do
tema relacionado com ES tende-se tomar em atenção as questões relacionadas com a
prevenção de riscos, o uso de substâncias como drogas, álcool e tabaco. As substâncias
psicoactivas incluem, além de produtos ilegais como suruma, cocaína, heroína, extasi, os
medicamentos para emagrecer que contêm anfetaminas, a nicotina (no tabaco), o álcool e a
cafeína6. O desenvolvimento do tema sobre a Educação para a Saúde deve ser relacionada,
também, com aspectos de alimentação e nutrição.

5
MISAU. Manual de Educação para a Saúde-um Guia de Utilização.Direcção Nacional de Saúde Pública, Departamento
da Promoção para a Saúde. Maputo, 2009.

6
Muria, A, Dias. H, Maciel. C; Nota, J. Mondlane. J, Mataruca, T. Colectânea de manuais sobre temas trasnversais.
Maputo, 2013
309
A abordagem do assunto sobre alimentação e nutrição tende levar o estudantes a perceber
que nos dias actuais, não só, a desnutrição causa preocupaçao no meio educacional, mas
também a obesidade. Apesar de nos centros urbanos a desnutrição mostrar sinais evidentes
de diminuição, há uma tendencia crescente da obesidade, incluindo a infantil. Essa transição
nutricional reflecte os padrões de mudança nas dietas dos individuos, com elevado consumo
de alimentos de origem animal (carnes e seus derivados), de açúcares e farinhas refinadas,
diminuição do consumo de alimentos tradicionais de produção local, baixo consumo de
cereais e fibras, associados a diminuição da actividade física e da prática do exercício físico,
favorecendo o aumento da prevalencia da obesidade em crianças e adultos. Se por um lado o
objectivo da educação nutricional é o de promover hábitos e práticas alimentares saudáveis
no seio dos estudantes é relevante exibir e estimular o consumo de alimentos saudáveis.

Objectivo:
 Conhecer os problemas do consumo de substâncias psicotrópicas;
 Descrever a importância da alimentação no crescimento, desenvolvimento e
assimilação da aprendizagem
 Conhecer os componentes duma dieta equilibrada;
 Ter noções gerais sobre higiene dos alimentos desde produção, preparo e consumo.
 Reconhecer as doenças associadas à falta de higiene no tratamento dos alimentos e
consumo de água não tratada, tais como: diarreias e desidratação, Intoxicações,
parasitoses;
 Identificar os principais alimentos disponíveis na sua comunidade e seu valor
nutritivo,
 Discutir os tabus relacionados com a alimentação.
 Incentivar a prática regular e orientada do Exercício Físico e do Desporto;

Sub-Temas:
 Problemas do consumo de droga;
 Comportamentos agressivos como resultado do consumo de drogas;
 Conceitos básicos sobre alimentação e alimentos, nutrição e nutrientes;
 Pirâmide alimentar;
 Alimentação equilibrada;
 Regras básicas param uma boa alimentação;
 Erros na alimentação;

310
 Regras de higiene e manipulação e tratamento dos alimentos;
 Métodos de conservação e armazenamento de alimentos;
 Transtornos alimentares (anorexia, bulimia, má nutrição, obesidade);
 Actividades que reduzam o acesso e aceitação do consumo de substâncias
psicotrópicas, ou nocivas;
 Actividades educativas de sensibilização dos estudantes e comunidade para
prevenção do e álcool e tabaco e comemoração do Dia Mundial sem Tabaco (31 de
Maio).

311
TEMA TRANSVERSAL: EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA

Apresentação
O tema sobre a Educação Rodoviária (ER) assume-se como um projecto de formação ao
longo da vida que envolve toda a sociedade com a finalidade de promover comportamentos
cívicos e mudar hábitos sociais, de forma a reduzir a sinistralidade rodoviária e assim
contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações. A segurança rodoviária tem
estado, nos últimos anos, a tomar contornos de um problema nacional. Com efeito, são
reportados índices elevados de perdas em vidas humanas, danos materiais avultados entre
outros.
Dados estatísticos revelam que no mundo, anualmente morram 1.200.000 de pessoas como
consequências dos acidentes de viação. Isto significa que cerca de 3242 de pessoas foram
mortas por dia nas estradas do mundo. O número de feridos em acidentes de viação ronda os
50 milhões. Este número equivale ao total dos habitantes de 5 maiores cidades do mundo.
“Cerca de 90% das mortes resultantes dos acidentes de viação ocorrem nos países com
poucos ou médios rendimentos, onde 5098 milhões de pessoas ou 81% da população
mundial vive, e tem cerca de 20% dos veículos do mundo”. No caso particular de
Moçambique, somente em 10 anos, no período de 1996-2006, foram registados 59.739
acidentes de viação, que provocaram 79.726 vítimas humanas, sendo: 11.512 mortes, 33.348
feridos graves e 34.866 ligeiros7. Imaginemos, agora, quantos moçambicanos terão perdido a
vida após esse período por acidentes de viação?
Em Moçambique os acidentes de viação são das principais causas de solicitação dos serviços
médicos nas unidades sanitárias. Neste contexto as mensagem sobre educação rodoviária
devem orientar os cidadãos para a prevenção dos acidentes. Este debate deve ser associado
ao combate aos factores de risco tais como o desconhecimento das regras de circulação nas
vias públicas, o consumo de álcool, as transgressões ao código da estrada, entre outras.
A mudança do cenário actual passa, também, por uma educação rodoviária integrada e
interdisciplinar capaz de desenvolver competências que levem o estudante a caminhar com
segurança e a comportar-se de forma responsável na via pública, na qualidade de peão ou
condutor. A educação rodoviária na Universidade Pedagógica deve permitir: (i)
consciencializar os estudantes que a segurança rodoviária depende, fundamentalmente, das

7
Muria, A, Dias. H, Maciel. C; Nota, J. Mondlane. J, Mataruca, T. Colectânea de manuais sobre temas trasnversais.
Maputo, 2013

312
atitudes e comportamentos que se assumem diariamente no trânsito e da convivência com os
outros utentes da estrada; (ii) reflectir as atitudes e comportamentos necessários para uma
segura e adequada inserção no trânsito, como peões, condutores, passageiros; e (iii)
proporcionar aos estudantes a aquisição de conhecimentos e a adopção de comportamentos
seguros, no e com o trânsito.

Objectivos da educação rodoviária

 Desenvolver no estudante as capacidades de reflexão sobre segurança dos utentes na


circulação rodoviária
 Educar para os desafios de prevenção, segurança e educação rodoviária;
 Fomentar atitudes de segurança e comportamentos preventivos na estrada;
 Ensinar o significado dos principais sinais de trânsito e das regras essenciais para os
utentes da estrada;
 Explicar a interacção existente entre o Homem, o veículo e o ambiente rodoviário;
 Conhecer a informação sobre Segurança e Educação Rodoviária;
 Promover o interesse pelo conhecimento de problemas relacionados com a
insegurança rodoviária local;
 Motivar os estudantes para a participação activa na resolução de situações de
insegurança rodoviária;
 Promover enquanto professores treinos sobre a circulação na via pública.

Sub-Temas
 Legislação básica sobre código de estrada (liberdade de trânsito),
 Via pública e tipos (caminho, rua, estrada e auto-estrada);
 Regras do Código de Estrada na travessia das vias públicas;
 Escola e na comunidade as causas mais frequentes e dos acidentes de viação;
 Consequência dos acidentes de viação para a economia nacional;
 Condução preventiva
 Sinais de trânsito (sinais luminosos, fixos e no pavimento)
 Regras básicas de circulação nas vias públicas.
 Normas de segurança.
 Consequências da violação das normas de segurança: responsabilidades,
infractor/vítima, importância do seguro de vida.
313
 Direitos e deveres: Uso de leis
 Primeiros socorros;
 Causas dos acidentes rodoviários;
 Atravessar a rua e a maneira como devem deslocar-se nos passeios.
 Cuidados a ter na utilização de transportes publicos (chapas, machibombos, comboio)
 Criança e idoso como utentes vulneráveis na via pública (factores intrínsecos e
extrínsecos). As limitações psicomotoras da criança e do idoso.

314
TEMA TRANSVERSAL: ÉTICA, DIVERSIDADE E INCLUSÃO

Apresentação
Moçambique é um país rico do ponto de vista de sua diversidade cultural e racial, no qual
seus povos, independentemente de suas particularidades (etnia, lingua, cor da pele, status
económico, etc) ou necessidades convivem de forma harmoniosa guiados pelo espírito da
unidade nacional – factor decisivo da nossa autodeterminação como povo soberano8.
Já por volta 1962, Eduardo Mondlane, pai da unidade nacional e herói moçambicano revelou
seu pensamento político sobre a autodeterminação do povo moçambicano, ao defender que
não existiria liberdade dos povos sem liberdade dos indivíduos, ele sublinhava a primazia do
princípio da unidade na diversidade, nas relações entre os moçambicanos9.
Nesta perspectiva o tema Ética, Diversidade e Inclusão na Universidade Pedagógica aponta
para a necessidade de uma educação intercultural virada para a diversidade, promovendo o
reconhecimento e a valorização das diferenças como uma oportunidade e fonte de
aprendizagem para todos, no respeito pela multiculturalidade da sociedade moçambicana.
Por isso, pretende-se com este tema contribuir para moralização da sociedade moçambicana,
dos nossos estudantes na Universidade projectando a contrução de relações sociais mais
harmóniosas e inclusivas, que atendem a diversidade dos sujeitos.
A UNESCO tem chamado atenção para a importância dos sistemas educacionais valorizarem
o pluralismo cultural; combinar as vantagens da integração e o respeito pelos direitos
individuais; contribuir para a promoção e integração dos grupos minoritários, etc. De facto, o
INDE/MINED (2007) assevera que muitas vezes acusa-se os sistemas educativos formais de
impor aos educandos os mesmos modelos culturais e intelectuais, sem prestar atenção
suficiente à diversidade10.
Neste sentido, a proposta de trabalho com este tema surge como uma forma de contribuir
para a valorização desta diversidade existente na sociedade moçambicana orientando-se por
princípios éticos, morais, democráticos e de cidadania.

Objectivos:

8
DIAS, Hildizina Norberto. Currículo, cultura e diferença: rumo à criação de uma didáctica da diversidade. Centro de
Estudos de Politicas Educativas da Universidade Pedagógica. In Revista UDZIWI, Número 1, Janeiro – 2010, pp.37- 49.
9
Muria, A, Dias. H, Maciel. C; Nota, J. Mondlane. J, Mataruca, T. Colectânea de manuais sobre temas trasnversais.
Maputo, 2013
10
INDE/MINED. Temas Transversais- documento de Apoio ao Professor. Maputo, 2007

315
 Participar activamente na contrução do país e defesa dos mais nobres valores da
pátria moçambiana.
 Demonstrar como a participação activa em associações cívicas contribui para o
desenvolvimento pessoal e social
 Adoptar os valores etico, morais, de democracia e cidadania na sua conduta e práticas
individuais;
 Reconhecer formas de participação dos cidadãos na resolução de problemas locais e
globais
 Defender o respeito pela diversidade numa sociedade democrática
 Denunciar situações de desrespeito pelos direitos fundamentais
 Demonstrar empatia e solidariedade com colegas/pessoas portadoras de necessidades
educativas especiais
 Defender o grupos sociais marginalizados (eg, idosos, albinos, deficientes, etc).
 Valorizar a compreensão e aceitação dos outros;
 Identificar as responsabilidades inerentes à condição de cidadão de uma sociedade
democrática.
 Lutar contra atitudes preconceituosas e discriminatórias
 Demonstrar empatia e solidariedade para com as pessoas vitimas de exclusão social
 Compreender a importância do voluntariado e do espírito filantrópico na sociedade
moçambicana.

Sub-Temas
 Direitos e responsabilidade social
 Principios de igualdade e equidade. Solidariedade e ajuda aos necessitados.
 A educação e luta contra as exclusões. A educação da rapariga como instrumento de
emancipação e luta contra as exclusões;
 A diversidade como factor de enriquecimento pessoal e social;
 A diversidade de raça,sexo, língua, opiniões, religiões, povos, mentalidades, ,
comportamentos, orientação sexual, etc.
 A diversidade social e cultural dos moçambianos. As culturas moçambicanas. A
unidade nacional como forma de inclusão na diversidade;
 Valores e princípios que orientam a conduta dos indivíduos e grupos nassociedades;
 Tipos de violencia (física, verbal e psíquica).

316
 A pessoa portadora de necessidades especiais (visual, auditiva, motora) e seus
direitos no espaço escolar;
 A exclusão social como acto atentário aos direitos e dignidade humana. Formas de
exclusão: Discriminação, estigma, racismo, xenofobia e tribalismo;
 Preconceito, estigma e descriminação pelas diferenças sociais, econômicas, políticas,
psíquicas, físicas, culturais/étnicas, religiosas, sexuais, raciais, ideológicas e de
gênero. Pessoas com necessidade especiais;
 A corrupção, causas e efeitos sociais;

317

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