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SOCIEDADE PORVIR CIENTÍFICO

COLÉGIO AGRÍCOLA LA SALLE - XANXERÊ

EDUARDO CHENET

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE CULTURAS ANUAIS: DIFERENTES


VELOCIADES NA SEMEADURA DO MILHO

XANXERÊ, 2020
EDUARDO CHENET

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE CULTURAS ANUAIS: DIFERENTES


VELOCIDADES NA SEMEADURA DO MILHO

Relatório de Estágio de Culturas Anuais


apresentado ao Curso Técnico de
Agropecuária como requisito parcial para
obtenção do título de Técnico em
Agropecuária pelo Colégio Agrícola La Salle -
Xanxerê.

Orientador: Prof. Renan João Marafon Berria


Supervisor de estágio: Helton Vitali

XANXERÊ, 2020
Dedico este trabalho a todos que direta ou
indiretamente me auxiliaram na busca pelo
conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a deus pela oportunidade que tive e pela realização de
um sonho concluído. Gostaria de agradecer também pelos meus familiares, minha namorada
que por mais longa que foi a jornada sempre estiveram juntos comigo me apoiando e
principalmente nunca deixando eu desistir do meu sonho. Aos demais pessoas que
contribuíram para que a realização do meu trabalho fosse concluída.
Ao Sr claudir que concedeu sua fazenda para a realização do meu estagio obrigatório,
aos demais funcionários da fazenda, que me acolheram com carinho e atenção, me ajudando
com o que eu precisava, sempre dispostos a ajudar na coleta de material para eu realizar o
meu trabalho. Ao gerente da fazenda Rodrigo que para mim foi um pai, pois aprendi desde o
conhecimento intelectual como pessoal, tirando todas as minhas dúvidas e por proporcionar
dias de muito conhecimento com diversão.
Nada disso seria possível sem essas pessoas que me motivaram e me auxiliaram para
que eu pudesse realizar a conclusão do curso, meu muito obrigado a todos.
RESUMO
O milho é uma das principais culturas utilizadas tanto na agricultura como na
pecuária, sendo utilizado na produção de silagem ou produção de grãos, assim é uma ótima
alternativa de renda para as propriedades rurais. Para que se consiga uma ótima produção
deve se ter cuidado desde a semeadura até na hora da colheita, sendo que um dos pontos mais
importantes a serem observados é a semeadura pois é o ato de depositar a semente para o solo
de forma mais correta e eficiente, mas muito erros são cometidos durante esse processo,
incluindo a alta velocidade. Por conta foi realizado neste trabalho diferentes velocidades com
a semeadora, e posterior avaliar qual das velocidades corresponderam de melhor forma. A
velocidade de 4,5 km foi aquela que melhor ficou implantada. Na velocidade de 6,5 km a
distribuição de sementes ficou um pouco variada, mas ainda dentro dos padrões que são
aceitáveis. Já na velocidade de 8 km se verificou uma alta taxa de plantas duplas e falhas além
de que a semeadora adubadora com uma alta velocidade acabava deixando a semente
descoberta, assim prejudicando o desenvolvimento da cultura. Assim se conclui que a
velocidade em que pode ser trabalhada com a semeadora adubadora, para que ela consiga
empregar de forma desejada a população de plantas desejadas seria a velocidade de 8 km onde
pode ser observado também que nesta velocidade o conjunto trator plantadeira realizar uma
boa área de campo efetiva, proporcionando ao produtor um ganho de tempo na semeadura do
milho safrinha já que neste período do ano a janela de semeadura é curta e precisa se ganhar
tempo.

Palavras-Chave: Plantabilidade; Distribuição; Produção


LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Parâmetros de avaliação da uniformidade da semeadura do milho na


velocidade de 4,5 km h-1 28
Tabela 2: Parâmetros de avaliação da uniformidade da semeadura do milho na
velocidade de 6,5 km h-1 29
Tabela 3: Parâmetros de avaliação da uniformidade da semeadura do milho na velocidade de 8
km h-1 30

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: imagem (A), retirada de drone sobre a fazenda, imagem (B) foto do google
maps.........................................................................................................................................22
Figura 2: Imagem demostrando a fase e a aplicação da dessecação do soja.....................24
Figura 3: Armazenamento das sementes antes de iniciar o plantio...................................25
Figura 4: Demostra como funcionava o processo de multiplicação das bactérias............26
Figura 5: ( A) Demostra o grafite utilizado e (B) Resultado após o processo de
grafitagem na semente............................................................................................................27
Figura 6: Imagem (A) representa a tabela de regulagem e (B) resultado da regulagem. 28
Figura 7: Imagens demostrando como era coletado o material para amostragem..........29
Figura 8: Imagem (A) demostrando a velocidade que a máquina estava implantando o
milho e (B) resultado após a semeadora depositar a semente no solo................................30
Figura 9: Imagem (A) demostra a velocidade em que a máquina estava trabalhando e
(B) resultado após a semeadora realizar o deposição das sementes no solo......................31
Figura 10: Imagem (A) demostra a velocidade de trabalho da maquina e (B) resultado
após a deposição da semente no solo e (C) demostra o milho pós emergido.....................33
Figura 11: imagens (A; C) Demostram plantas duplas e triplas, imagem (B) demostra
problemas com empuxamento na semeadora, (D) Falha na semeadura, ( E; F) problema
na semente com vigor..............................................................................................................34
Figura 12: Imagem (A) demostra o percevejo atacando a planta de milho, (B) dano
causado por percevejo, e (C) inseto abatido após o controle realizado..............................35
Figura 13: imagem de regulagem do distribuidor e aplicação............................................36
Figura 14: Imagem demostrando o ataque das lagartas na cultura do milho............................36
9

Sumário

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................14

2.1 Cultura do milho...............................................................................................................14

2.2 ASPECTOS ECONÔMICOS..........................................................................................14

2.3 Planejamento para implantação......................................................................................15

2.4 Escolha do cultivar............................................................................................................15

2.4.1 DEKALB 360 PRO3®......................................................................................................16

2.5 Nutrição e adubação necessária para o milho................................................................16

2. 6 Tratamento de sementes..................................................................................................16

2.6.1 Grafitagem.......................................................................................................................17

2.6.2 Bacillus subtilis................................................................................................................18

2.6.3 Azospirillum brasilense....................................................................................................18

2.6.4 Trichoderma.....................................................................................................................19

2.7 Semeadura.........................................................................................................................19

2.7.1 Profundidade....................................................................................................................19

2.7.2 Densidade........................................................................................................................20

2.8 Velocidade de plantio........................................................................................................20

3.0 APRESENTAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO...........................................................21

3.1 Dados de identificação do local de estágio......................................................................21

3.2 Caracterização do local de estágio...................................................................................21

4 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO............................................................................23

4.1 Dessecação da soja............................................................................................................23


10

4.2 Colheita da soja.................................................................................................................24

4. 3 Cultura do milho..............................................................................................................24

4.4 Escolha de variedade para cada talhão...........................................................................25

4.5 Tratamento da semente....................................................................................................25

4.6 Utilização de inoculação de semente com bacteria........................................................26

4.7 Grafitagem.........................................................................................................................26

4.8 Regulagem da semeadora.................................................................................................27

4.9 Semeadura.........................................................................................................................28

4.10. Diferentes velocidades de semeadura...........................................................................28

4.11 Semeadura com a velocidade de 4,5 km........................................................................29

4.12 Semeadura com velocidade de 6,5 km...........................................................................31

4.13 Semeadura com velocidade a 8 km................................................................................32

4.14 Principais erros ocorridos na semeadura do milho.....................................................33

4.15 Primeiro inseticida no milho.........................................................................................34

4.17 Segundo inseticida no milho...........................................................................................36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................37

6 REFERÊNCIAS...................................................................................................................38

ANEXOS..................................................................................................................................39
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1 INTRODUÇÃO

A cultura do milho (Zea mays) é uma das mais cultivadas em todo o território brasileiro,
este cereal pode gerar diversos subprodutos sendo esses tanto na alimentação humana ou
animal, uma ótima alternativa que vem crescendo no mercado a utilização da matéria prima
do milho para a produção de biocombustíveis. Originando uma maior implantação desta
cultura e maior procura no mercado, que origina uma maior valorização do cereal (SILVEIRA
et al., 2012).
Essa cultura possui suas características genéticas que lhe permitem um teto produtivo
alto, chegando a produzir mais de 16 toneladas por hectare, dependendo muito do sistema de
produção utilizado. Possuindo um manejo ideal para o desenvolvimento da cultura a produção
de milho pode alcançar nas safras convencionais com uma produtiva de 4417 kg por hectare,
já na segunda safra do ano (safrinha), sua produção chega a 4045 kg por hectare, assim pode
ser visualizado que, o milho tem capacidade para produzir muito mais do que está sendo
produzido atualmente (CRUZ et al., 2010).
Uma das principais dificuldades para se obter uma boa produção deste cereal está na
hora da semeadura, pois muitas vezes a mesma é feita de maneira incorreta. O principal
objetivo da semeadura é acondicionar a sementes no sulco de semeadura no solo, possuindo
uma boa uniformidade de distribuição para que fique entre os padrões indicados pelo
fabricante do cultivar escolhida. Um elemento que interfere muito na hora da semeadura, é a
velocidade de plantio que por sua vez está muito elevada, ocasionando uma má distribuição,
ou uma baixa velocidade que reflete em uma baixa capacidade de campo efetiva, de acordo
com Pereira filho; Cruz (2017) uma velocidade ideal de deslocamento para a semeadura de
milho varia entre 4 a 6 km por hora.
O objetivo deste trabalho foi realizar a comparação de diferentes velocidades na
semeadura do milho safrinha, e avaliar a distribuição e uniformidade de plantio.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Cultura do milho


Possuindo como nome cientifico (Zea mays), se trata de uma planta da família das
Poacea. Os aspectos dessa cultura podem ser alterados conforme as condições climáticas e
ambientais, que por sua vez podem alterar o desenvolvimento das plantas. Com o passar do
tempo, estudos realizados perante essa planta, ada vez mais se buscou uma planta com
características mais robustas e ereta, tendo como objetivo final uma maior produção (grãos e
massa verde) dessa cultura.
Por se tratar de uma planta que consegue se adaptar em diversos tipos de clima, tendo
então a capacidade de ser cultivada em todo o território mundial. Segundo Magalhães et al.,
(2002), o milho se trata de uma espécie que consegue reter a energia na natureza, pois uma
semente que possui um peso médio de 0,3g irá se tornar uma planta com aproximadamente 2
metros de altura, em um período de 9 semanas.
O milho apresenta durante o seu desenvolvimento grandes estágios, sendo eles o
vegetativo (VE), que seria a emergência de planta e o (VT) onde ocorre o pendoamento, isto
ocorre no desenvolvimento da planta. O estágio reprodutivo é responsável pelo crescimento e
desenvolvimento do grão caracterizado pela sigla (R1), até sua maturidade, no estágio (R6).

2.2 Aspectos econômicos


Segundo a CONAB (2020) por conta de o milho conter altas taxas de energia, seu grão
é utilizado no processo de nutrição de animais. Com essa utilidade o milho está cada vez mais
sendo implantado, estimativa de implantação do milho na safra de 19/20 de 4,22 milhões de
hectares. Na segunda safra onde tem sua maior área plantada na região Centro-Oeste,
estimasse mesmo com frustações causados pelo clima, será de aumento na produção 3,7%
comparada com a safra passada, onde estimasse produzir 75,9 milhões de toneladas,
juntamente com o preço que se encontra a saca do milho é uma grade incentivo para os
produtores implantares nas próximas safras e conseguirem um bom retorno financeiro
(CONAB, 2020).
13

2.3 Planejamento para implantação

O planejamento para a implantação de uma cultura é uma das fases mais importantes
dentro dos aspectos produtivos, pois serão avaliados e definidos padrões a serem observados
na hora de realizar a semeadura de forma mais eficiente. Segundo Fancelli & Dourado Neto,
(2000), o planejamento está ligado com a tomada de decisões que irão resultar na
produtividade e na lucratividade para o produtor.
Devem ser observados diversos fatores para que uma cultivar consiga expressar o seu
real potencial produtivo, a adaptação da cultivar com o clima para que esta consiga crescer e
produzir adequadamente, o solo onde será feito o cultivo, o maquinário também deve ser
levado em consideração pois é um dos principais erros cometidos pelos produtores na hora de
semeadura é a semeadora mal regulada. Outros aspectos a serem observados são, a época de
plantio, respeitando o zoneamento agroclimático, o espaçamento que será utilizado para pode
regular e calcular a densidade de sementes na área, e também a profundidade da semeadura
(Fancelli & Dourado Neto, 2000).

2.4 Escolha do cultivar

Um ponto de fundamental importância é decidir qual semente de milho será implantada na


lavoura. Pois a escolha de uma cultivar e algo de muita importância, pois reflete no potencial
produtivo, pois diferentes variedades de milho possuem capacidade de resistir por mais
períodos sem chuva, maior resistência a pragas, além de ter variedades com ciclo mais
precoce ou tardias, oferendo ao produtor uma elevada opção de escolha. (CRUZ et al., 2015)
O milho por se tratar de um cereal antigo e muito utilizado nos dias atuais, passou por
diversas transformações genéticas, possuindo nos dias atuais uma ampla área de tecnologias
que auxiliam esta planta contra possíveis interferências em sua produção sendo elas tanto por
conta do clima ou pelo ataque de pragas e doenças. Segundo Cruz et al., (2015) uma
tecnologia que está atuando no mercado para auxiliar o controle das doenças e das pragas é a
tecnologia VT PRO 3 possuindo diversas características que auxiliam o produtor com o
desenvolvimento da cultura, sendo elas uma alta resistência de pragas aéreas e também da raiz
possibilitando assim um desenvolvimento pleno dá cultura e também ajuda no manejo das
plantas daninhas da lavoura pois está e tolerante ao herbicida glifosato, possibilitando o
controle das plantas indesejadas da lavoura.
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2.4.1 DEKALB 360 PRO3®


A cultivar DEKALB 360 possui uma tecnologia VT PRO3, esta variedade de milho
é um lançamento promissor da BAYER®, onde esta tecnologia auxilia o produtor contra as
principais pragas que acometem o desenvolvimento do milho. Essas pragas podem ser
identificadas como larva-alfinete e tolerante ao glifosato, tendo assim uma maior proteção da
raiz à espiga. Possuindo um ciclo superprecoce e também uma boa amplitude de plantio,
possuindo em seu grão uma ótima qualidade e tendo como tolerância á giberela e diplódia
(DEKALB, 2020).

2.5 Nutrição e adubação necessária para o milho

As plantas necessitam de diferentes tipos de adubação pois cada uma delas é exigente
em algum nutriente que conforme a planta está se desenvolvendo ela terá necessidade
específicas de determinados nutrientes e suas concentrações. Assim a adubação tem a função
de colocar os nutrientes a disposição da planta para a produção de milho grão ou para silagem.
Assim é possível identificar e proporcionar para a planta diferentes dosagem de nutrientes
para que ela tenha um desenvolvimento pleno e que consiga atender as expectativas do
produtor. O milho por se tratar de uma poacéa demanda de altas taxas de nitrogênio para que
ocorra o seu desenvolvimento seguido por potássio, cálcio, magnésio, fósforo (COELHO e
FRANÇA, 1995).
Para a cultura do milho a adubação é de fundamental importância pois sem essa
ferramenta a produção seria limitada, assim utilizando a adubação, o milho pode expressar o
seu máximo rendimento de produção, seja ele de grãos ou massa para silagem. A aplicação
dos fertilizantes principalmente do nutriente Nitrogênio na cultura do milho é indicada através
dos estágios fenológicos da cultura sendo esses V3 a V6. Por se tratar de uma maneira mais
pratica, mas menos eficiente, muitos produtores optam por realizar a adubação toda a lanço,
para ganhar tempo na hora de se realizar o plantio do milho de segunda safra, pois a janela de
plantio para essa implantação está cada vez menor (COELHO e FRANÇA, 1995).

2. 6 Tratamento de sementes
O tratamento de sementes é a primeira proteção que a planta terá contra pragas e
doenças que possam atacar a cultura na sua fase inicial de desenvolvimento. Com um
tratamento de semente bem realizado terá uma melhor sanidade na lavoura e também irá
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diminuir os organismos nocivos para a planta, que possam interferir na produtividade da


lavoura.
O tratamento de sementes proporciona diversas qualidades pois, conta com uma
fácil manipulação, baixo custo de implantação, e o principal deles que é a proteção na
semente na sua face inicial de desenvolvimento sem prejudicar danos ao meio ambiente pois
não é necessário a entrada para controle de pragas ou doenças na sua fase inicial de
desenvolvimento (Fan celli e Dourado Neto 2004) Segundo Fancelli e Dourado Neto
(2004) o tratamento de semente consiste em: processos físicos (sendo utilizado a fonte de
calor com agua quente, ar , vapor arejado e a energia solar); processos bioquímicos (sendo
realizado pela fermentação aeróbica, que gera ácidos que tornam impróprio o
desenvolvimento de organismos nocivos); processos biológicos (consiste no antagonismo ente
organismos como fungo e bactérias); processos químico (é realizado a utilização de produtos
químicos, tanto úmidos e secos com uma ação que inibe o desenvolvimento de organismos
que prejudicam as sementes e a plântulas).

2.6.1 Grafitagem

O tratamento de sementes visa a qualidade e sanidade das sementes, sendo que no milho
a aplicação dos inseticidas na sua fase inicial de desenvolvimento, contra o ataque de pragas é
o principal responsável por causar danos no desenvolvimento desta cultura. No tratamento de
semente é encontrado uma camada rugosa que dificulta a movimentação da semente de milho
na semeadora.
Visando uma melhor qualidade no momento da semeadura a grafitagem (aplicação de grafite)
ajuda no deslocamento da semente na semeadora, desde sua movimentação na caixa de
armazenamento até o sistema de distribuição e deposição da semente no solo. Caso não seja
utilizado grafite na hora da semeadura o desgaste da máquina é constante e prejudica a vida
útil das peças da semeadora. Por conta destes fatores, pode se concluir que o processo de
grafitagem é uma ferramenta de fundamental importância para quem almeja ter uma
semeadura de qualidade. A dosagem deste produto pode variar conforme o tamanho da
semente. Deve - se utilizar de 2 a 4 gramas de grafite por kg de sementes chatas e 5 a 6
gramas de grafite por kg em sementes redondas, sendo necessário esperar a secagem do
tratamento de sementes com inseticida para realizar a aplicação de grafite nas sementes
(CRUZ e PEREIRA FILHO, 2002).
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2.6.2 Bacillus subtilis

Está bactéria atua principalmente no solo, onde realizar a produção de enzimas e


também fito hormônios que irão proporcionar para a cultura maiores benefícios, como o
controle de doenças que permanecem em pós colheita. Por se tratar de uma espécie
microbiana, ou conhecida também como rizo bactéria ela auxilia no crescimento da planta,
além de ser um agente potencial para o controle biológico de fito patógenos, onde o principal
objetivo para o controle são os nematoides que se instalam nas raízes das plantas e dificultam
o crescimento das mesmas. A forma utilizada para o controle dos patógenos é por derivado ao
modo de ação das bactérias atuarem onde conseguem realizar o controle através do método de
antagonismo, estimulando a planta produzir maiores níveis de antibióticos e antifúngicos
(ARAÚJO et al., 2005).

2.6.3 Azospirillum brasilense

O milho é uma cultura que exige grandes quantidade de nutrientes entre eles se destaca
o nitrogênio, sendo que em situações de com sua deficiência do N, o milho apresenta uma
diminuição de produtividade, o amarelamento das folhas mais velhas da planta, e posterior a
isto a desfolha antecipada das folhas, onde irá diminuir a área fotossintética da planta. Na
maioria dos solos este nutriente está em falta por conta da grande demanda das plantas ou
por algum fator agroclimático que possa interferir, lixiviação ou a volatilização do N quando
aplicado (Cantarella, 2007).
Alguns organismos possuem a capacidade de captar o nitrogênio da atmosfera e
transformá-lo em NH3, onde este processo é realizado por um complexo de enzimas
nitrogenadas, chamando assim de fixação biológica de nutrientes (Cantarella, 2007).
Estas bactérias possuem no seu metabolismo fontes de nitrito, nitrato e amônia, além de
nitrogênio molecular. Estudos comprovam sua grande capacidade de fixação de nitrogênio
atmosférico quando utilizado nas gramíneas, além de ajudar na solubilização do fosfato
inorgânico (Elmerich & Newton, 2007).
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2.6.4 Trichoderma
O trichoderma possui maior eficiência quando inoculada no tratamento de semente. A
utilização desse fungo pode reduzir os custos de produção pois é um método que não agride
ao meio ambiente, controlam os patógenos das sementes que são os causadores de podridão,
morte das plântulas e também ocasionando o tombamento das plantas devido ao mal
desenvolvimento das raízes, assim as plantas não possuem uma boa fixação ao solo.
Possuindo a capacidade de dar proteção para as plantas contra os patógenos, considerada uma
promotora de crescimento das plantas (MENEZES, 1992).

2.7 Semeadura
Para determinar uma boa época de semeado ela é determinada por fatores como
temperatura e distribuição das chuvas na região, assim observando o desempenho do clima na
região, as quedas do desenvolvimento da cultura e a sua exigência calórica do seu genótipo,
pode se realizar a efetivação da época mais adequada para a implantação da mesma
(FANCELLI e DOURADO NETO, 2004).
A qualidade de uma semeadura é de fundamental importância para quem almeja ter
umas altas produtividades nas lavouras, pois com uma boa semeadura na lavoura terá
consequentemente um estande de plantas desejado, tornando a lavoura sem competividade de
entre as plantas por nutrientes água e luz. Mas inúmeros fatores estão interligados para
interferir em uma boa qualidade de semeadura sendo um dos mais prejudiciais é a alta
velocidade na hora de realizar a semeadura (FANCELLI e DOURADO NETO, 2004).
Com o aumento da velocidade de deslocamento do na hora da semeadura, acabam
deslocando os discos periféricos e discos perfurado, que por sua vez causam danos na
semente, onde deixa a semente de milho exposta a doenças, e prejudicar a distribuição,
possuindo um estande de plantas indesejado (KURACHI et al., 2006).

2.7.1 Profundidade

Para se poder ter uma definição da profundidade da semeadura ela é determinada por
fatores relacionados a temperatura do solo, umidade. Assim a semente deve ser disposta no
solo com profundidade que a condicione a uma umidade adequada para seu desenvolvimento,
por tanto a profundidade é definida pelo tipo do solo sendo ele mais pesados com uma baixa
drenagem ou que proporcione uma dificuldade de desenvolvimento do mesocótilo, que
dificulta a emergência das plântulas, nessa condição as sementes devem ser dispostas no solo
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com profundidades de 3 a 5 cm, em solos mais leves as sementes podem ser colocadas a uma
profundidade de 5 a 7 cm, para que assim a semente consiga encontrar uma boa umidade no
solo para poder germinar (CRUZ et al., 2010).

2.7.2 Densidade

A densidade pode ser definida pelo número de plantas dispostas por hectare ou por área
implantada. A densidade de plantio é um fator essencial para se atingir boas produtividades
em uma lavoura. Este fator possui diversas variações, mas o cultivo do milho é muito sensível
a variações de densidade, por conta deste fator deve se dar uma atenção na hora da escolha da
população de um talhão. Cada sistema de manejo exige diferentes quantidades de semente por
hectare, podendo ser variada por alguns fatores climáticos, o tipo de solo onde será
implantado a cultura, juntamente com a fertilidade que o solo se encontra, a época de
semeadura e também o espaçamento da semeadora. A quantia de semente que seria ideal para
o cultivo do milho pode variar de 40.000 a 80.000 plantas ha-1 (CRUZ et al., 2010).

2.8 Velocidade de plantio

A definição da qualidade da semeadura de uma cultura é de fundamental importância,


pois dever ser observados fatores físicos como a compactação do solo e umidade e também da
semeadora utilizada que irá realizar o processo.
A velocidade do trator pode interferir na velocidade periférica dos discos perfurado,
ocasionando danos na semente de milho. Para se possuir uma boa uniformidade de plantio a
velocidade ideal quando se utiliza uma semeadora de disco podem operar em uma velocidade
de até 5 km h-1, quando se utiliza semeadoras mais modernas como as de dedo e também a
vaco a sua operação de trabalho pode ser realizada com maior velocidade de trabalho,
podendo chegar a trabalhar com uma velocidade de até 10 km h-1, mas possuindo condição de
terreno e solo adequadas, assim no final uma lavoura de plantas esperadas. Porem maiores
velocidades dessas citadas acima ocasiona uns números de plantas dublas e de falhas a mais
do que é considerado permitido, a desconformidade também ocorre com altas velocidades está
ligada com a má distribuição da semeadora adubadora, onde deposita no solo sementes muito
perto ou distante, essas irão concorrer entre si por agua, luz e nutrientes (CRUZ et al., 2010).
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3.0 APRESENTAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

3.1 Dados de identificação do local de estágio


O presente estagio foi realizado na fazenda recanto feliz, onde estava localizada na
cidade de feliz natal no estado do mato grosso, zona rural gleba rio de ferro, tendo como sua
denominação de uma impressa, tendo como proprietário sr claudir bussolaro.

3.2 Caracterização do local de estágio


Segundo o proprietário da fazenda Recanto Feliz possui como foco principal alcançar
altas produtividades, tanto na cultura da soja, mas também na do milho. A fazenda foi
adquirida no ano de 2015, pelo proprietário Claudir Bussolaro, onde que era apenas 1600
hectares de plantio, cultivando uma média de 600 hectares de arroz e 1000 hectares de soja,
conforme foram se passando os anos ele foi investindo e mais tecnologias para poder gerar
maiores resultados econômicos, e consequentemente investindo cada vez mais em sua
fazenda.
Atualmente a fazenda conta com 4300 hectares de área de plantio para soja na safra
normal e mais 3800 hectares na segunda safra (safrinha), deixando aproximadamente 500
hectares todos os anos sem a implantação do milho para realizar melhorias na terra,
aumentando a sua fertilidade e descompactando áreas onde a compactação e excessiva, sendo
realizado o processo de escarificação do solo. Posterior a colheita do milho todas as áreas e
realizado o processo de amostragem de solo para identificação de deficiência de algum
nutriente no solo, e também com passa na fertilidade de solo definir qual formulação de adubo
para a próxima safra será utilizado.
A fazenda possui 4 barracões para estocagem de maquinas possuindo um silo para
armazenamento da safra colhida na fazenda com capacidade para 250 mil sacas, uma câmera
refrigerada para armazenamento das sementes produzidas na fazenda mais cantina para
refeições, mecânica alojamento com capacidade para 15 pessoas, mais 3 casas para
funcionários.
Para realizar as tarefas de campo a fazenda conta com 5 tratores uma pá carregadeira, 3
carretas, 4 colheitadeiras, e demais implementos, totalizando para a colheita da soja 165 pês
de plataforma e para o plantio das safras 2 plantadeiras com uma capacidade de 50 linhas de
plantio.
Atualmente a fazenda conta com 12 funcionários fixos para realizar as tarefas a tanto a
campo como no armazém, subdivididos nas diversas tarefas da fazenda.
20

Com média de 2017 a fazenda fechou média de 65 sacas por hectare e no milho 125
sacas, já em 2018 teve uma baixa na produtividade de 62 sacas por hectare na soja e apenas
109 no milho, no ano de 2019 a produtividade aumentou conseguindo colher em média de 67
sacas na colheita da soja e no milho 137. No ano de 2020 a produtividade foi maior fechando
uma média de 70 sacos de soja por hectare nos 4300 hectares implantados da cultura,
tornando o ano recorde de produção da fazenda, tudo isso graças ao solo onde possuía uma
média de argila que variava conforme os talhões de 45% de argila até solos mais argilosos da
fazenda que possuíam uma média de 62% da argila, realizando com que a água
disponibilizada pelas chuvas fique mais tempo armazenada neste tipo de solo, juntamente com
o clima ideal para o desenvolvimento da cultura sem que houvesse a falta de chuvas e o
trabalho excepcional dos funcionários, que consequentemente resultaram nesta produtividade
excelente para aquela região.

Figura 1: imagem (A), retirada de drone sobre a fazenda, imagem (B) foto do google maps

Fonte: Acervo do autor, 2020.


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4 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

O presente estagio foi desenvolvido na cidade de Feliz Natal Mato Grosso, possuindo
um período de estágio do dia 06 de janeiro com seu termino no dia 28 de fevereiro de 2020.
Onde neste período foram realizadas diferentes atividades dentro do setor de mecanização
agrícola e focando no setor de culturas anuais, as atividades realizadas na fazenda foram
revisão e calibração das maquinas para posterior colheita e plantio da safra 2019/2020,
acompanhamento da lavoura de soja onde se encontrava em final de ciclo acompanhando as
doenças e pragas que poderiam acometer a produtividade neste último estágio de
desenvolvimento da cultura, acompanhamento da aplicação de fungicidas e dessecação da
soja para posterior colheita. Acompanhamento da colheita e implantação da segunda safra,
sendo implantado a cultura do milho e monitoramento das doenças e pragas que acometem
estragos na cultura do milho na sua fase inicial de desenvolvimento.

4.1 Dessecação da soja


A dessecação antes da colheita com a utilização de herbicidas é de fundamental
importância pois realiza a uniformidade das plantas na lavoura, ajuda no controle de plantas
indesejadas na lavoura, e antecipa a data da colheita, dando uma janela de plantio maior para
o plantio do milho safrinha. A dessecação da safra 2019/2020 foi dada no dia 20/01, aplicando
em uma área de 240 hectares, utilizando como produto para realizar o processo de dessecação
TOCHA com uma dosagem de 1,33 litros/hectare, juntamente com BRIT aplicando uma
dosagem de 0,25 litros de produto por hectare, para o controle de pragas (percevejo)
utilizando uma vazão de 50 litros do hectare de calda.
A dessecação teve início no dia 20/01 e perdurou até meados do dia 15/02. A avaliação dos
talhões para realizar a dessecação era definida pelo agrônomo responsável de lá, observando
quando as vagens estavam com 70 % da sua coloração amarronzada ou bronzeada, sendo este
estágio de desenvolvimento da planta o R7.
22

Figura 2: Imagem demostrando a fase e a aplicação da dessecação do soja.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.2 Colheita da soja


O início da colheita da safra 2019/2020 no dia 27 de fevereiro de 2020 com 4
maquinas realizando o processo de colheita dos grãos, sendo uma Cr8.90 da New Holland e
outras três maquinas uma S770 e duas S670 da John Deere, conseguindo colher com as quatro
maquinas em um dia entorno de 250 hectares. Os grãos eram retirados da lavoura eram
destinados todos para o armazenamento nos silos da fazenda, sendo que o armazém da
fazenda possui a capacidade de armazenar 250 mil sacas de produto, tanto milho como soja.
A umidade que se colhia a soja variava de 13 até 16% de umidade, já os talhões que
eram destinados para o beneficiamento de semente eram com um percentual de 14% de
umidade. O beneficiamento da semente era realizado na cidade e reintegre a fazenda logo
após o processo estar concluído. Para realizar o escoamento da safra a fazenda contava com 4
caminhão com capacidade de 1100 sacas de transporte.

4. 3 Cultura do milho

Sendo um dos cereais mais cultivado em todo o território brasileiro e um dos mais
importantes, derivado a sua gama de subprodutos que são derivados dele. Tendo a capacidade
de ser implantada na safra ou na safrinha. Podendo atingir produtividades de 120 sacas até em
altas produtividades 250 sacas por hectare.

4.4 Escolha de variedade para cada talhão

As variedades de milho eram definidas a partir da fertilidade do solo e do percentual de


argila encontrado em cada talhão, destinando as variedades com maior teto produtivo nos
23

talhões com histórico mais produtivos e com maior índice de argila e fertilidade, tendo o
cuidado também para não colocar variedades de milho convencionais perto de outras RR para
que não houvesse transtorno posterior ao plantio com controle de plantas daninhas ou pragas.
Entre as variedades a fazendo optou para plantar nesta safra foi, ADVAN:9345 PRO3,
PIONER:4069578, DEKALB BKB:390IPRO2, DEKALB:DKB360PRO3, DEKALB:290
PRO3 LG:36790 PRO3. Essas cuitivares foram sub- divididas nas áreas da fazenda como
demostradas na figura 3 abaixo.
Figura 3: Armazenamento das sementes antes de iniciar o plantio.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.5 Tratamento da semente


O tratamento das sementes foi realizado com o objetivo de proporcionar uma proteção
à semente contra pragas encontradas no solo de forma preventiva, sendo assim utilizado o
método químico de proteção que inibe o desenvolvimento de organismos maléficos a semente
e a plântula, sendo assim realizado anteriormente o início do plantio, com a aplicação de 3
produtos entre eles estão o GALEÃO: 3,750 gramas de produto, QUALITY: 1,250 gramas, e
EQUIMOFOL: 6 litros para cada 100 kg de semente.

4.6 Utilização de inoculação de semente com bacteria

A inoculação com bactéria pode ser uma ferramenta que tende a evoluir com o passar
dos anos pois se trata de meio com baixos custos de produção e com resultados satisfatórios,
além de diminuir a poluição com o uso de insumos nas lavouras.
24

O processo de multiplicação de bactéria realizado na fazenda era constituído da seguinte


maneira, era colocado em uma caixa onde foi estalado um aerador que possibilitava um
ambiente ideal para que as bactérias conseguiam se desenvolver. Posterior a isto a utilização
com 0,5% de produto no caso a bactéria desejada, 1% de meio de cultura que se trata do
alimento para elas poderem se desenvolver, e o restante 98,5% completado com água
conforme demostra a figura 4 demostra o lugar aonde ocorria a multiplicação das bactérias na
fazenda.
O processo de multiplicação poderia variar conforme a bactéria tanto Bacillus Subtilis
Trichoderma, Azospirillum brasilense, que estava sendo multiplicada sendo de 24 horas até
72 horas para que o processo de multiplicação esteja concluído.
A sua aplicação pode ser tanto no sulco de semeadura como na calda do pulverizador,
visando que a melhor atuação seria se as bactérias fossem disponibilizadas no sulco de
semeadura, tendo maiores resultados.

Figura 4: Demostra como funcionava o processo de multiplicação das bactérias.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.7 Grafitagem

A grafitagem foi realizado com o objetivo de diminuir o atrito gerado entre os sistemas
de armazenamento dos grãos na máquina e o sistema de distribuição das sementes no solo,
por ser realizado a aplicação de tratamento nas sementes gera uma maior rugosidade
25

proporcionando um atrito maior das sementes com a máquina dificultando a distribuição,


assim a grafitagem melhora o deslocamento das sementes até o solo.
A utilização do grafite foi realizado no momento do plantio, conforme a necessidade das
sementes a serem utilizadas, aonde era realizado a grafitagem dentro das próprias caixas
armazenamento de sementes da máquina, sendo utilizado a dosagem com forme o operador
achava que supria a grafitagem de todas as sementes do compartimento, o grafite era disposto
sobre as sementes com a própria mão do operador, espalhando o máximo possível de grafite
sobre as sementes, com o intuito de uniformizar a distribuição e posterior podemos visualizar
o resultado da semente pela imagem a baixo.
Figura 5: ( A) Demostra o grafite utilizado e (B) Resultado após o processo de grafitagem na semente.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.8 Regulagem da semeadora

A revisão da semeadora é de fundamental importância para verificar se o implemento


esteja com algum problema, e poder resolver antes de iniciar o plantio do milho.
Para que a semeadora possua um bom desempenho durante a safra a regulagem dos
componentes devem ser observados diariamente, além de manter a mesma sempre lubrificada
conforme as instruções do fabricante.
O nivelamento para poder regular a profundidade de semeadura era realizado em terreno
plano, sendo que o equipamento estivesse totalmente nivelado, pois se isso não for realizado
pode ocorrer com que haja sementes depositadas no solo de maneira desigual, assim sementes
que formam implantadas mais fundas necessitaram de maior tempo para emergência quando
comparada com aquelas que foram dispostas a uma profundidade menor, ocasionando menor
produtividade.
26

A pressão do pneu é outro fator a ser observado pois caso esteja com pouca pressão irá
girar mais vezes, dando diferença na tabela de regulagem, disponibilizada pelo fabricante da
máquina.
A regulagem do conjunto trator e plantadeira foi realizada conforme as instruções recebidas
pelo mecânico da fazenda sendo assim que, e conforme a recomendação de deposição de
sementes desejada pelo agrônomo da fazenda, que era de 2,9 sementes por metro, totalizando
em uma população média de sementes de 58000 plantas por hectare, como demostrada pela
figura 6 retiradas do monitor de plantio da semeadora.

Figura 6: Imagem (A) representa a tabela de regulagem e (B) resultado da regulagem.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.9 Semeadura
O plantio do milho safrinha foi dado início no dia 29 de janeiro com um clima que
chegava em uma temperatura de 30 graus e uma umidade do ar que variava entre os 60 a 70%,
foi iniciada a semeadura do milho do milho safrinha de 2020.
Com o auxílio de 2 tratores um John derre 8370 com uma plantadeira de 30 linhas e
mais um valtra Bt 210 tracionando uma plantadeira de 20 linhas, ambas com espaçamento
entre linhas de 50 centímetros, sendo reguladas para uma deposição de sementes de 2,9
27

sementes por metro, e uma profundidade de 2,5 cm, a camada de cobertura deixada pela
palhada da soja estava 3 a 4 cm de altura, sendo assim um material fácil de ser cortado pelos
discos de corte da semeadora.
A velocidade média que se realiza a semeadura era de 6 km/h, realizando uma média entre os
conjuntos de plantio de 15 hectares por hora trabalhada.

4.10 Diferentes velocidades de semeadura


Por se tratar de um tema bastante polêmico, o presente trabalho foi avaliar diferentes
velocidades na hora da semeadura sendo elas de 4,5 6,5 8 avaliando a distribuição e
germinação da mesma.
Para poder avaliar as diferentes velocidades foram subdivididas uma área em 3 sub-
áreas onde cada uma delas foi implantada com uma velocidade descrita acima. Para poder
identificar qual melhor velocidade de semeadura os processos de coleta de material foram
adotados da seguinte forma, era determinado um perímetro de 10 metros e escolhidas 5 linhas
que seriam da primeira linha da semeadora até a quinta linha e repetido o mesmo teste nas
próximas parcelas de velocidades, como demostra pela figura 7 a definição de área que seria
realizada a amostragem.
No dia 04 de fevereiro foi realizado os procedimentos de semeadura e avaliação da
distribuição e profundidade das sementes dispostas no solo com a variação das 3 velocidades,
e posterior quando se encontrava em estágio mais avançado V4,V5 foi realizado a coleta de
material avaliando as distribuição das plantas por metros para poder saber a população média
de plantas por hectare implantado.
Figura 7: Imagens demostrando como era coletado o material para amostragem.
28

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.11 Semeadura com a velocidade de 4,5 km

A semeadura com uma baixa velocidade para maquinas que não sejam pneumáticas é de
melhor eficiência pois deposita de uma forma mais eficiente a semente no solo, outro fator
que a semeadura fica mais uniforme com uma baixa velocidade está ligada com a
profundidade da semente que não é altera, e também não ocorre problema com sementes
descobertas proporcionando um plantio com melhor qualidade, como demostra a imagem 8,
mas há um limitante nesta velocidade que terá uma baixa capacidade de campo efetiva
quando comparada a outras velocidades. Os dados coletados apresentaram os seguintes
resultados demostrados pela tabela 1 encontrada abaixo, onde foi realizado as avaliações de
plantas por metro plantas falhas e vigor das plântulas.
29

Figura 8: Imagem (A) demostrando a velocidade que a máquina estava implantando o milho e (B) resultado após
a semeadora depositar a semente no solo.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

Quando as plantas já se encontravam em estágio V4 a V5 foi realizada uma nova


avaliação que foi possível avaliar se havia plantas duplas, falhas ou algum problema de vigor
pra que a planta não conseguisse se desenvolver, resultando os dados demostrados pela tabela
abaixo e melhor representado pelo gráfico posterior.

Tabela 1: Parâmetros de avaliação da uniformidade da semeadura do milho na velocidade de 4,5 km h-1

4,5 km h-1 Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4 Linha 5


Plantas em 10 m 29 26 27 28 28
Plantas duplas 0 0 0 0 0
Problemas de vigor 1 0 0 0 0
Falhas 0 1 1 0 0
Fonte: Acervo do autor, 2020.
30

4.12 Semeadura com velocidade de 6,5 km


A semeadura a 6,5 km é a mais indicada para as culturas de milho e soja, pois é uma
velocidade que a máquina consegue empregar com eficiência seu trabalho de deposição de
semente no solo, não acorrendo sobreposição de plantas ou plantas descobertas pelo excesso
de velocidade do conjunto semeadora trator, realizando um bom desempenho e
proporcionando no final do plantio um estande de plantas desejado. Como podemos observar
pelas imagens abaixo no teste com a velocidade 6,5 a máquina realizava uma melhor
distribuição das sementes e melhor fechamentos dos sucos de semeadura. A avaliação dos
resultados da velocidade trabalha estão representadas pela tabela 3 onde foi realizado o
processo de avaliação de plantas em 10 metros e

Figura 9: Imagem (A) demostra a velocidade em que a máquina estava trabalhando e (B) resultado após a
semeadora realizar o deposição das sementes no solo.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

Tabela 2: Parâmetros de avaliação da uniformidade da semeadura do milho na velocidade de 6,5 km h-1


6,5 km h-1 Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4 Linha 5
Plantas em 10 m 26 28 27 27 27
Plantas duplas 0 0 0 0 0
Problemas de vigor 1 1 1 0 1
Falhas 0 0 0 1 1
31

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.13 Semeadura com velocidade a 8 km

A semeadura operando com uma velocidade de 8 km tem como principal vantagem,


uma auto capacidade de campo efetiva, ou seja consegue implantar uma maior área de cultivo,
mas está alta velocidade prejudica a operação de plantio, pois exige de uma maior potência do
trator, fazendo com que ocorra maiores danos na máquina, além de que pode interferir na
deposição da semente pois ocorre danos conhecidos por ricochetemeamento da semente, além
de distribuir a semente de forma errada na lavoura, ocasionando populações indesejadas no
talhão, outro problema que ocorre com altas velocidades e que as rodinhas que são
responsáveis pelo fechamento do sulco de semeadura não acompanham a velocidade de
deslocamento da semeadora e acabam deixam sementes descobertas, a imagem 10 (B)
demostra como ficou a semeadura com uma alta velocidade, podemos perceber que teve uma
maior movimentação de solo quando comparada a outras velocidades descritas acima, na
tabela 5 temos os resultados de distribuição das sementes após ser implantado.

Figura 10: Imagem (A) demostra a velocidade de trabalho da maquina e (B) resultado após a deposição da
semente no solo e (C) demostra o milho pós emergido.

Fonte: Acervo do autor, 2020.


32

Tabela 3: Parâmetros de avaliação da uniformidade da semeadura do milho na velocidade de 8 km h-1

8 km h-1 Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4 Linha 5


Plantas em 10 m 28 25 27 26 28
Plantas duplas 0 2 3 1 2
Problemas de vigor 0 1 1 0 1
Falhas 0 1 3 2 3

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.14 Principais erros ocorridos na semeadura do milho

Durante a semeadura do milho safrinha, tivemos problemas relacionados com o clima,


quebra de maquinas, ataque de pragas, entre outros fatores. Como e possivel vizualizar nas
imagens a baixo podemos ver na figura 11 falha na distribuição de semente, problema com
plantas duplas e triblas, empuxamento na semeadora, e ataque de pragas e doenças. Problemas
relacionado com a sanidade da semente pois estavam com vigor baixo, tendo dificuldades
para se desenvolver em algumas cultivares.
Figura 11: imagens (A; C) Demostram plantas duplas e triplas, imagem (B) demostra problemas com
empuxamento na semeadora, (D) Falha na semeadura, ( E; F) problema na semente com vigor.
33

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.15 Primeiro inseticida no milho


A vistoria nos talhões eram realizadas a cada dois dias, para poder identificar o ataque
de pragas que poderiam prejudicar o desenvolvolmento do milho. Assim foram encontrados
percevejos, levando em consideração um perimetro de 10 metros quadrados encontrando de 4
á 5 percevejos a aplicação já era necessaria para o controle desta praga, a primeira aplicação
realizada no estágio VE a V1, com os seguintes produtos. Acefato 750g, Sal 0,3 kg e
glifosato 1,5 kg de incrediente ativo por hectare. Como demostra as figura 12 percevejos
atacando a cultura do milho na sua fase inicial e posterior a aplicação do inseticida.
34

Figura 12: Imagem (A) demostra o percevejo atacando a planta de milho, (B) dano causado por percevejo, e (C)
inseto abatido após o controle realizado.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.16 Aplicação de fertilizante no milho

A adubação para o milho e de fundamental importância para que ele consiga se desenvolver,
pois suas exigências são altas, principalmente pelo nutriente nitrogênio, assim a aplicação de
fertilizando no milho se torna indispensável.
Como na semeadura do milho não era utilizado adubo no sulco de semeadura, a
adubação é necessária ser realizada toda a lanço assim com o auxílio de um auto propelido
NPK era disponibilizado para a plantação de milho a sua adubação necessária.
A composição do granulado utilizado seguia uma formula de 20 0 20 ou seja 20% de
nitrogênio, 0 fosforo e 20% de potássio, com uma dosagem de 500 kg por hectare, sendo
aplicado em uma única dose durante a fase de desenvolvimento sua fase de desenvolvimento
de V4 a V6.
A regulação do distribuidor foi realizada com medições como demostra na figura 13,
para que seja disponibilizado para a planta o necessário sem haver desperdício de insumos.
Já a aplicação era realizada durante o dia, cuidando para que não fosse muito quente
pois acaba queimando as folhas da planta, e também não estando chovendo.
35

Figura 13: imagem de regulagem do distribuidor e aplicação.

Fonte: Acervo do autor, 2020.

4.17. Segundo inseticida no milho

Conforme seguiam as vistorias na cultura do milho, eram costados a presença de pragas


que estavam acometendo a cultura do milho, podemos citar entre os insetos encontrados o
percevejo marrom e também o barriga verde, e também a lagarta Spodoptera, conhecida como
lagarta do cartucho. Com a presença desses insetos acometendo o desenvolvimento do milho,
como demostra na figura 14 foi realizado a tomada de decisão para se efetuar o controle. Para
realizar o controle foi utilizado uma vazão de 50 litros por hectare, com os seguintes produtos
40 kg de acefato, 100 kg de atrasina, um Peretroide com produto comercial de Brit utilizando
10 litros por hectare.
O segundo inseticida foi realizado após duas semanas da primeira aplicação, quando a
planta já se encontrava no estágio V7 de desenvolvimento, onde a cultura já possuía um
inseticida e também a aplicação de adubo, para que a planta ocorresse um desenvolvimento
pleno.
Figura 14: Imagem demostrando o ataque das lagartas na cultura do milho.
36

Fonte: Acervo do autor, 2020.


37

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cultura do milho é um cereal de fundamental importância para o desenvolvimento do
pais com sua vasta área de subprodutos que podem ser originários a partir do milho ele vem se
tornando uma ótima opção para implantação, tanto na rotação de cultura como também para
aumentar a renda do produtor.
Com seus altos custos para a implantação não pode ocorrer erros relacionado a
desperdício de insumos ou danos causados a pragas e doenças, assim o presente trabalho teve
como objetivo avaliar diferentes velocidades e determinar qual delas é mais eficiente na
semeadura do milho.
A velocidade de 4,5 km proporcionou uma ótima semeadura, e também um estande de
plantas padrão, mas realiza pouca área de semeadura em um dia também não houve problema
com ricotecheamento nas sementes de milho assim a cultura consegue se desenvolver de
forma mais eficiente. A velocidade de 6,5 km proporcionou para a cultura um bom
desenvolvimento sem que ocorresse plantas duplas as falhas na lavoura acima do tolerável
além de realizar uma boa capacidade de campo efetiva. Já na velocidade de 8 km pode se
constatar a presença de plantas duplas falhas e plantas descobertas relacionado a alta
velocidade de deslocamento da semeadora.
Assim podemos concluir que para melhor desenvolvimento da cultura e um estande de
plantas desejado, a semeadura com velocidade de 6,5 km é a melhor que se encaixa e que
melhor apresentou resultados para as condições da fazenda pois a janela de semeadura do
milho safrinha é curta e impossibilita as maquinas em trabalhar em uma velocidade tão baixa.
Na velocidade de 8 km demostrou resultados indesejados pois houve erro de deposição de
semente e danos nas sementes acima do tolerável.
Assim se conclui que a velocidade de 6,5 km é a melhor para as condições e exigências
da fazenda.
38

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