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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

CAMPUS DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

TALVANE COUTO DOS SANTOS

MANEJO LOCALIZADO DE PLANTAS DANINHAS


BASEADO EM SENSORIAMENTO REMOTO COM RPA

RIO LARGO - AL
2022

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TALVANE COUTO DOS SANTOS

MANEJO LOCALIZADO DE PLANTAS DANINHAS


BASEADO EM SENSORIAMENTO REMOTO COM RPA

Pré-projeto do Trabalho de conclusão


de curso apresentado ao Campus de
Engenharias e Ciências Agrárias da
Federal de Alagoas – CECA/UFAL,
como pré-requisito para obtenção do
título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Profº.Drº. Francisco Rafael da Silva Pereira

RIO LARGO – AL
2022

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SUMÁRIO
1. RESUMO .............................................................................................................. 4

2. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
2.1 FENOLOGIA E A PRODUÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR ..................................5
2.2 QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE ERVAS DANINHAS? .......................6
3. OBJETIVOS.......................................................................................................... 8
3.1 GERAL ................................................................................................................8
3.2 ESPECÍFICO ...................................................................................................... 8
4. METODOLOGIA....................................................................................................7
4.1 COMO IDENTIFICAR AS ERVAS DANINHAS ..................................................9
4.2 COMO CONTROLAR AS ERVAS DANINHAS?................................................. 9

5. FERRAMENTAS UTILIZADAS .......................................................................... 10


6. BENEFÍCIOS DA PULVERIZAÇÃO COM DRONES ........................................ 11

7. AFS CONTROL – CORTE AUTOMÁTICO DE SEÇÃO ......................................12


8. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 13

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RESUMO
Destina-se avaliar a eficiência da aplicação de defensivos químicos no manejo de
plantas daninhas, na cultura da cana-de-açúcar com a utilização de sensoriamento
remoto com RPA (Remotely Piloted Aircraft), utilizando a câmera que vem embarcada
no próprio equipamento, e softwares específicos para identificação de plantas
daninhas. Equipamentos de aplicação que serão avaliados: Pulverizador
autopropelido Patriot case 350, Drone Pulverizador DJI Agras T30 e Pulverizador
Manual Costal.
O RPA é uma ferramenta eficiente e de fácil operacionalidade o que permite que
produtores rurais possam acompanhar melhor suas áreas, com uma visão mais
abrangente, o que irá ajudar na tomada de decisão para controle mais eficiente, por
usar a quantidade de produto adequada para o local exato onde se encontra as
invasoras entre a cultura principal no caso de controle químico.
Maior sustentabilidade usando menos agroquímicos, consequentemente agredindo
menos o meio ambiente e redução de custos, um dos fatores importantes para o
agricultor.
Palavra-chave: Eficiência de aplicação. RPA. monitoramento de plantas daninhas.
Sensoriamento remoto.

Abstract:
SUMMARY
It is intended to evaluate the efficiency of the application of chemical defensives in the
management of weeds, in the sugarcane culture with the use of remote sensing with
RPA (Remotely Piloted Aircraft), using the camera that is embedded in the equipment
itself, and specific software for weed identification. Application equipment that will be
evaluated: Patriot case 350 self-propelled sprayer, DJI Agras T30 Drone Sprayer and
Backpack Manual Sprayer.
RPA is an efficient and easy-to-operate tool, which allows rural producers to better
monitor their areas, with a broader view, which will help in decision-making for more
efficient control, by using the appropriate amount of product for the exact location
where weeds are found among the main crop in the case of chemical control.
Greater sustainability using less agrochemicals, consequently harming the
environment less and reducing costs, one of the important factors for the farmer.
Keyword: Application efficiency. RPA. weed monitoring. Remote sensing.

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INTRODUÇÃO
Informações obtidas por sensoriamento remoto apresentam importância cada vez
maior entre as ciências agrárias e geociências. Dentre as vantagens do
sensoriamento remoto, destacam-se o baixo custo para obter informações
espacialmente contínuas e em escalas local, regional ou global; a possibilidade de
gerar estimativas de parâmetros biofísicos/bioquímicos da vegetação com base em
modelos físicos ou empíricos; o fato de não requerer intervenção no ambiente (não
destrutivo); e, em geral, de apresentar viabilidade econômica e de tempo de execução.
Ao integrar um potencial de alta resolução espacial com uma grande repetitividade,
os drones podem acompanhar de forma adequada a fenologia de culturas agrícolas,
demandas dos processos de manejo da lavoura e qualificar a tomada de decisões.

Fixando as condições das câmeras, a escala cartográfica de uma imagem de drone


pode equivaler a uma resolução espacial de poucos centímetros a decímetros,
dependendo da altura do voo. Esse é um dos pontos mais atrativos dos dados de
drone considerando a demanda das aplicações desses produtos na agricultura de
precisão.

A identificação e o monitoramento de plantas daninhas são necessários, pois cada


espécie apresenta seu potencial de estabelecimento e sua agressividade, sendo sua
interferência diferente entre as culturas. A identificação correta de plantas daninhas
permite compactuar com o manejo integrado de plantas daninhas e ainda monitorar
as espécies tolerantes na área.

FENOLOGIA E A PRODUÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR


A cana-de-açúcar (Sacharum spp.) é uma gramínea tropical perene, que se
desenvolve na forma de touceira, com perfilhos em sua base, podendo chegar a mais
de 2,0 m de altura e 0,05 m de diâmetro, a parte aérea é formada por colmos, folhas
e inflorescência, e a subterrânea por raízes e rizomas, os quais são formados por nós,
entrenós e gemas, que por sua vez formam os perfilhos da touceira (Segato et al.,
2006).
Como a maioria das plantas da família Poaceae, a cana-de-açúcar possui aparato
fotossintético de metabolismo C4, assim chamada por formar compostos orgânicos
com quatro carbonos.
Plantas com fotossíntese CAM e C4 são mais adaptadas a ambientes que apresentam
limitações na disponibilidade de água. Isso é possível porque plantas desses grupos
fotossintéticos podem assimilar CO2 em condições hídricas adversas, controlando de
modo específico a abertura estomática (Kerbauy, 2008).

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QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE ERVAS DANINHAS?
As espécies de ervas daninhas variam de acordo com as características climáticas e
do solo do local onde está situada a propriedade agrícola. Além disso, existem
espécies mais ou menos agressivas e com potencial mais ou menos destrutivo.
No Brasil, as principais espécies de erva daninha são:
Características: Planta anual ou perene, dependendo das condições, herbácea,
prostrada ou ascendente, de 0,5 a 1,2 m de comprimento, nativa do Brasil (Lorenzi,
2000).
Caruru (Amaranthus viridis)
É uma planta que se propaga na forma de sementes e se desenvolve bem da
primavera ao outono na região meridional do Brasil. Afeta principalmente lavouras
perenes, como cafezais, pomares e canaviais, mas pode ser encontrada também em
terrenos baldios e lavouras anuais. O caruru necessita de solos de boa fertilidade e
em condições de sombreamento.
Tiririca (Cyperus haspan)
Possui uma inflorescência avermelhada ou vermelho-acastanhada, propagando-se,
principalmente, por tubérculos. Cresce lentamente em épocas de baixa temperatura,
mas pode ser encontrada em quase todos os tipos de solos, climas e culturas no
Brasil, exceto em lavouras de arroz inundado.
A tiririca é uma planta que possui capacidade competitiva, além de exercer um efeito
inibidor (alelopático) sobre algumas culturas, como a cana-de-açúcar, causando
bastante prejuízo ao produtor.
Apaga fogo (Alternanthera ficoidea)
Essa é uma planta daninha que tem ganhado cada vez mais importância dentro da
agricultura brasileira, especialmente na região central, uma vez que tem ocorrido um
aumento recente de sua infestação. Afeta principalmente as culturas de soja, cana-
de-açúcar, milho, arroz, arroz irrigado e algodão.
Buva (Conyza spp.)
No Brasil, está principalmente presente por meio das espécies Conyza
bonariensis e Conyza canadensis, sendo elas anuais, herbáceas, de caules
densamente folhosos. Sua importância se dá pelo fato de que alguns biótipos de buva
foram cientificamente confirmados como resistentes ao herbicida Glyphosate no
Brasil.
Afeta principalmente as culturas de feijão, soja, girassol, cana-de-açúcar, algodão,
arroz, arroz irrigado e pastagens.
Corda de viola (Ipomoea acuminata)
É uma planta trepadeira, nativa da América do Sul, sendo responsável por um dos
maiores prejuízos em culturas anuais e perenes das regiões Centro-oeste, Sudeste e
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Sul. É particularmente indesejada em lavouras de cereais devido às dificuldades
causadas na colheita mecânica, além de conferir alta umidade aos grãos.
Afeta, também, lavouras de cana-de-açúcar, arroz, milho, pastagens, soja e trigo.
Capim amargoso (Digitaria insularis)
Essa planta recebe esse nome por ser conhecidamente evitada pelo gado, graças ao
seu gosto amargo, o que diminui o valor atribuído aos pastos.
Devido à sua grande facilidade de rebrotamento quando cortada, queimada ou após
o controle químico, essa espécie tende a ocupar cada vez mais áreas e trazer cada
vez mais prejuízos para a agropecuária.
Costuma ser menos comum em solos cultivados com frequência, contudo, também
afeta culturas de algodão, alho, cana-de-açúcar, cacau, milho e soja.
Carrapicho de carneiro (Acanthospermum hispidum)
O carrapicho de carneiro é uma erva daninha de difícil controle devido à germinação
irregular. Sua dispersão se dá pelos frutos, que se prendem facilmente ao pelo de
animais, às roupas de trabalhadores rurais e a outras superfícies.
Essas ervas daninhas afetam culturas de batata, cana-de-açúcar, cacau, café,
algodão, milho e soja.
Beldroega (Portulaca oleracea)
Essa é uma planta daninha comum em todo o país, infestando, principalmente, áreas
de horticultura. Prefere solos ricos em matéria orgânica e, nas condições climáticas
do Brasil, suas sementes germinam o ano todo.
Causa prejuízo para lavouras de café, algodão, batata, cana-de-açúcar, pastagens,
soja, milho e cacau.
Losna branca (Parthenium hysterophorus)
A losna branca possui folhas verdes com pelos curtos que podem causar efeito
alérgico nas pessoas. Essa espécie ainda possui um biótipo brasileiro que é resistente
aos herbicidas inibidores da enzima ALS, como as sulfonilureias e as imidazolinonas.
Afeta principalmente as culturas de pinus, café, cana-de-açúcar, algodão, fumo,
pastagens, soja e milho.

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OBJETIVOS
GERAL
O presente estudo tem o princípio central de realizar a visualização das plantas
invasoras, aos quais, são prejudiciais ao desenvolvimento no cultivo da cana-de-
açúcar no Nordeste brasileiro.
ESPECÍFICO
Para criar o mapa de aplicação é preciso os voos que são realizados com o RPA DJI
Phantom 4 integrado com software Drone Deploy, são as principais ferramentas
utilizadas para o trabalho, pela forma de imageamento, visa a melhor qualidade de
lotes da cana-de-açúcar. Bem como, na diminuição dos custos de produção desta
espécie, a agricultura atual tem os objetivos de utilização de menores volumes de
herbicidas nas lavouras o que contribui na conservação dos solos.
Dessa maneira, a utilização dessa tecnologia tem foco prioritário na região especifica
que a planta daninha se encontra, ajudando o produtor principalmente na sua
lucratividade e menor custo de mão de obra e produtos químicos na sua propriedade,
e ainda ajudando o meio ambiente e cultivos futuros.

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METODOLOGIA

COMO IDENTIFICAR AS ERVAS DANINHAS?


Como vimos anteriormente, cada planta daninha possui características específicas.
Por isso, saber como identificar as ervas daninhas presentes na lavoura é
extremamente importante para que seja possível definir o manejo correto, uma vez
que os manejos não possuem a mesma eficácia para todas as espécies de plantas
daninhas.
Para que a identificação seja correta, o ideal é conhecer bem as espécies de cada
planta e consultar manuais confiáveis, como o Manual de identificação de plantas
infestantes, da FMC. Além disso, contratar a ajuda de um profissional no assunto pode
ser ideal.
COMO CONTROLAR AS ERVAS DANINHAS?
O controle do avanço de ervas daninhas deve ser feito a partir de uma combinação
de estratégias e não através de uma única manobra ou um único produto.
O controle preventivo é uma das maneiras mais interessantes de controle, uma vez
que perpassa a adoção de cuidados, como a limpeza rigorosa de implementos e
maquinário, bem como o uso de sementes certificadas.
Uma outra possibilidade interessante é o uso do chamado controle cultural. Por meio
dele, escolhem-se espécies produtivas adaptadas à região de plantio e a época do
ano ideal para o cultivo. Além disso, é dada uma atenção especial à densidade e ao
espaçamento entre as plantas, incluindo a rotação de culturas como parte integrante
desse tipo de estratégia.
As estratégias mais difundidas e conhecidas popularmente são os controles físico,
químico, mecânico e biológico. Entenda mais abaixo:
• Controle físico: é feita a solarização do solo, com fogo e/ou inundação. A partir
daí, cria-se uma cobertura de polietileno transparente, o que provoca aumento
da temperatura do solo, matando o embrião da planta daninha, conhecido como
plântula;
• Controle químico: nesse tipo de controle utilizam-se agrotóxicos herbicidas.
Eles devem ser definidos a partir do tipo de planta invasora, o que permite que
haja a escolha do produto mais adequado e o combate se torne muito mais
eficaz;
• Controle mecânico: é muito comum em pequenas propriedades, sendo aquele
em que as plantas daninhas são extraídas por meio de arranquio manual ou
uso de equipamentos como as enxadas fixas ou rotativas;
• Controle biológico: trata-se de uma alternativa que vem crescendo cada vez
mais, utilizando produtos à base de agentes biológicos para o controle de
pragas e doenças na agricultura.

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FERRAMENTAS UTILIZADAS • Tempo estimado de voo: 28
minutos

• Frequência do controle: 2.4 GHz

• Localização: GPS/GLONASS

• Peso: 1,380 kg

SOFTWARE DRONE DEPLOY

VOOS AUTÔNOMOS

• DJI PHANTOM 4
• Câmera: 12 MP (1/2.3")

• Lente: 20 mm com f/2 e campo


de visão de 94°

• Resolução de vídeo: 4K até 24


FPS - Full HD até 120 FPS

• Formatos suportados: MP4/


MOV/ JPEG/ DNG (RAW)

• Velocidade máxima: 72 km/h


(com modo Sport ativado)

• Velocidade máxima de subida: 6


m/s

• Velocidade maxima de descida:


4 m/s

• Bateria do drone: 5.350 mAh

• Bateria do controle: 6.000 mAh

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BENEFÍCIOS DA PULVERIZAÇÃO COM DRONES

Os drones voltados para a pulverização, são equipamentos capazes de operar em


áreas de difícil acesso e em locais que aviação agrícola não consegue atuar. Os
gastos com insumos se reduzem em até 80%, otimizando recursos e aplicando
defensivos no momento e local correto, além dos impactos ambientais serem
reduzidos. Esses equipamentos podem atender tanto pequenas culturas quanto
grandes, em situações que, pulverização com aviões não é viável economicamente,
e em áreas de risco, que podem ser próximas à rede elétrica e árvores.

As aplicações realizadas de maneira aérea, não se diferem das aplicações com


equipamentos terrestres. O uso da tecnologia aérea se apresenta como mais
econômica e vantajosa, uma vez que reduz o tempo da aplicação e que, o produto
pode ser aplicado em condições adversas de solos irrigados ou encharcados,
possibilitando assim, maior qualidade e uniformidade de aplicação, que não provoca
danos seja de amassar a cultura ou compactação de solo.

No processo de produção agrícola, a aplicação de defensivos agrícolas é um dos mais


exigentes, pois além de atender a área de cultivo, existem os cuidados com a
preservação do meio ambiente.

Uma máquina sofisticada terá pouco valor, se sua operação não seguir as
especificações técnicas. Já é possível utilizar um drone tipo avião para mapear uma
grande lavoura e assim, gerar mapas com o posicionamento de focos de plantas
daninhas, e assim, pulverizar com herbicidas utilizando o drone multirotor nestes
locais em dois ou três dias. A economia de herbicidas chega em até 95%, em relação
à pulverização de uma área total.

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AFS CONTROL – CORTE AUTOMÁTICO DE SEÇÃO

O sistema de corte automático de seção AFS Control aciona


eletronicamente as seções de pulverização, atuando na abertura e
fechamento dos bicos, visando evitar sobreposição e consequentemente
economizando o produto aplicado (redução do impacto ambiental).
AFS Control – Maior Precisão na Aplicação e Redução de Custos de
Pulverização
Soluções AFS – Precisão e Gestão na Proteção de sua Cultura
• Redução de falhas e sobreposição
• Maior eficiência na operação de pulverização
• Otimização no uso dos produtos aplicados
• Redução do impacto ambiental
• Simplicidade operacional
• Compatibilidade com correção de sinal RTK, RTX e Omnistar
AG

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REFERÊNCIAS
Uso de drones na agricultura: mapeamento e pulverização localizada de plantas
daninhas, https://rehagro.com.br/blog/mapeamento-e-pulverizacao-localizada-
de-plantas-daninhas-com-drones, Reagro, 2022.

MARAFON, A. C. Análise Quantitativa de Crescimento em Canade-açúcar: uma


Introdução ao Procedimento Prático, Embrapa Tabuleiros Costeiros Aracaju, SE,
dezembro, 2012.

CATANI, R. Monitoramento temporal da cultura da soja através do


sensoriamento remoto com a utilização de um rpa, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná Câmpus Pato Branco, 2018.

SANTOS, C. G. Monitoramento aéreo e diagnóstico de plantas daninhas de


difícil controle no sudoeste goiano, IF Goiano, Rio Verde - GO Agosto – 2019.

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