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Gurupi/TO
2023
Aline Pinheiro Valadão
Anna Carolina Dias
Ian Fernando Delfino
Larissa Negrisolli
Loangela Lopes Feitosa
Luiz Felipe Ribeiro Pimentel Lopes
Regina da Silva Oliveira
Thaís Pinheiro Valadão
Gurupi/TO
2023
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Profundidade efetiva do sistema radicular (Z) de algumas hortaliças, no seu estádio
de máximo desenvolvimento vegetativo, em solos de textura média....................................... 16
Tabela 2 - Consumo de água para diferentes hortaliças durante o ciclo total de desenvolvimento
.................................................................................................................................................. 18
Tabela 3 - Períodos críticos de deficiência de água para várias hortaliças .............................. 18
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 5
4. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 22
1. INTRODUÇÃO
A vista disso, existem inúmeros sistemas de irrigação que podem ser utilizados em
plantas olerícolas, tendo todos características próprias quanto aos custos, vantagens,
desvantagens, manejo e técnicas (NASCIMENTO, 2022). Dependendo da forma com que a
água é aplicada na cultura, os sistemas podem ser agrupados em: irrigação superficial,
subsuperficial, aspersão e localizada.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
fixa preestabelecida (sistema com lençol freático fixo), em função da cultura, do estádio de
desenvolvimento das plantas e do tipo de solo. A umidade atinge a zona radicular da cultura em
consequência da ascensão capilar da água. O lençol pode ainda ser elevado e rebaixado
periodicamente (sistema com lençol freático variável), conforme as necessidades hídricas da
cultura, pelo fechamento e abertura de comportas. Ambos os sistemas podem ser projetados
concomitantemente com o sistema de drenagem da área.
A irrigação subsuperficial é caracterizada pelo baixo investimento inicial e baixa
utilização de energia e mão-de-obra. Requer, todavia, solos planos ou sistematizados, com
camada de solo permeável sobrepondo uma camada impermeável em torno de 1,5 m de
profundidade. Por ser aplicada abaixo da superfície do solo, a água não lava os agrotóxicos
aplicados à folhagem. Em condições de solo e água salina, o sistema favorece a salinização do
solo.
No Brasil, a irrigação subsuperficial tem sido usada de forma incipiente na irrigação de
hortaliças. A exceção é a cultura da melancia, amplamente irrigada por esse sistema na bacia
do Rio Araguaia nos Estados de Goiás e Tocantins.
Estudos realizados na Embrapa Hortaliças indicaram que a irrigação subsuperficial é
tecnicamente recomendada para a produção de várias hortaliças, como o alho, o feijão-de-
vagem e o milho-doce; para cenoura e cebola mostrou-se inviável. Na Flórida, a área de
hortaliças irrigada por meio do manejo do lençol freático é expressiva, sendo o método mais
comumente usados para a produção de tomateiro, dentre outras hortaliças.
Aspersão é o método em que a água é aplicada na forma de chuva, com destaque para
os sistemas: convencional portátil, semi portátil e fixo; autopropelido; deslocamento linear; e
pivô central.
Em relação aos sistemas superficiais, a aspersão requer menor uso de mão-de-obra e
possibilita melhor distribuição de água sobre a superfície do solo. Pode ser usada para qualquer
tipo de solo e topografia, e ainda permite a automação e a aplicação de fertilizantes e de
agrotóxicos via água de irrigação.
A aspersão, além de ser o método com maior demanda de energia, sofre interferência
do vento e, em condições de clima seco e quente, tem a eficiência prejudicada pela alta
evaporação. Ainda, a água aspergida sobre as plantas pode lavar os agrotóxicos aplicados à
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Muito embora a área de hortaliças irrigadas por sistemas localizados no Brasil seja muito
inferior à irrigada por aspersão, seu uso tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas.
Apesar do custo ainda elevado, comparativamente aos sistemas superficiais e por aspersão, o
gotejamento é uma alternativa viável para várias hortaliças, como o tomate, o pimentão e o
melão, pois possibilita aumento expressivo da produtividade e da qualidade de frutos. O sucesso
depende, todavia, de um manejo eficiente da água de irrigação e do uso efetivo da fertirrigação,
em especial da aplicação de nitrogênio e de potássio.
Diferentemente do que ocorre em fruteiras, o sistema por microaspersão localizado tem
uso restrito na irrigação de hortaliças. Isso porque o espaçamento entre plantas, na maioria das
espécies, é reduzido e o uso da microaspersão geralmente acarreta no molhamento de toda a
superfície do solo. Nesse caso, o sistema deve ser considerado como aspersão convencional e
não como microaspersão localizada. Um caso típico de microaspersão localizada seria no seu
uso para a irrigação da cultura da melancia.
Observar indicadores visuais nas plantas, como murcha das folhas, pode ser um sinal de
que a irrigação é necessária. Além disso, o uso de sensores de umidade do solo pode fornecer
dados precisos sobre o teor de água no solo, auxiliando na tomada de decisões informadas sobre
a irrigação.
A densidade aparente do solo, ou global, é a relação entre a massa do solo seco e o seu
volume total, e permite estimar o grau de compactação do solo e assim determinar a lâmina de
água no solo.
E por fim, um dos parâmetros mais decisivos na aplicação da quantidade ideal de água
pela irrigação, a profundidade efetiva do sistema radicular, onde se subestimada, resulta em
aplicações deficientes e em turnos de rega pequenos, e se superestimada, pode causar aplicações
de quantidades de água superiores ao necessário à cultura.
Tabela 1 - Profundidade efetiva do sistema radicular (Z) de algumas hortaliças, no seu estádio
de máximo desenvolvimento vegetativo, em solos de textura média.
Dessa forma, entende-se que a prática eficaz da irrigação desempenha um papel crucial
na prevenção da deficiência hídrica no solo, evitando impactos adversos nas atividades
fisiológicas das plantas e garantindo o desenvolvimento e a produtividade ideais. A adaptação
de critérios específicos, considerando fatores relacionados à planta, solo e condições práticas,
é essencial na implementação desse processo. A determinação cuidadosa da quantidade de água
a ser aplicada, com base na umidade do solo antes da irrigação ou na evapotranspiração da
cultura, é fundamental para atender às necessidades específicas da cultura.
Em áreas propensas à salinidade, como regiões áridas e semiáridas, a aplicação adicional
de água se torna uma estratégia indispensável para manter o equilíbrio de sais no solo em níveis
aceitáveis. Essas considerações destacam a importância da gestão precisa da irrigação para
otimizar os resultados agrícolas em diferentes contextos.
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As necessidades de água da cultura variam de acordo com a idade das plantas, sendo
que o período de maior exigência hídrica é aquele que vai do início da floração à maturação dos
primeiros frutos. Coincidentemente, este é o período crítico do tomate industrial em relação a
água. A redução do rendimento dos frutos em mais de 50% pode ocorrer devido a déficits de
água neste estádio de desenvolvimento das plantas (Marquelli et al., 1994).
O tomateiro é uma planta muito exigente em água, seu fruto maduro possui cerca de 93
a 95% de água. Seu sistema radicular pode atingir até 1,5m de profundidade e isto acontece, em
média, cerca de 60 dias após o transplantio. O déficit hídrico prolongado limita o
desenvolvimento e a produtividade, principalmente na fase de florescimento e desenvolvimento
dos frutos, que são os períodos mais críticos. Por outro lado, também não pode haver excesso
de água no solo, esta condição facilita o aparecimento e disseminação de doenças, provocar
rachaduras nos frutos, queda de flores, frutos ocos e podridão apical. Segundo a organização
Water Footprint Network, a média global para a produção de tomate gira em torno de 214
litros/kg.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A água é cada vez mais um bem escasso no planeta e notadamente em nosso país, tendo
em vista que seu volume total não está se reduzindo, pois não existem perdas dentro do ciclo
de evaporação e precipitação, porém a degradação dos recursos hídricos, o desmatamento, a
poluição, a impermeabilização provocada pela urbanização favorecem o desequilíbrio
hidrológico gerando poluição dos mananciais enchentes e por consequência a alteração do ciclo
das chuvas.
A utilização de métodos de irrigação é um meio metódico, pois através do
armazenamento de água com a finalidade de se fazer uso da água de forma localizada e evitar
possíveis desperdícios traz à agricultura um viés de sustentabilidade e tecnologia.
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4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENTO, Bárbara Maria da Cruz. Matéria orgânica no solo favorece o crescimento da alface
sob temperaturas estressantes. 2017.
Marouelli, Waldir Aparecido. Guia prático para uso do Irrigas® na produção de hortaliças /
Waldir Aparecido Marouelli, Vinicius Mello Teixeira de Freitas, Antônio Dantas Costa Júnior,
Adonai Gimenez Calbo. 2. ed. rev. atual. Brasília, DF: Embrapa, 2015.
RONCHI, Julia Mezadri et al. Avaliação do consumo de água conforme o método de manejo
de irrigação em fazendas que fazem uso de pivôs centrais na região de Primavera do Leste-MT.
2018.
SILVA, E.L. et al. Manejo de irrigação das principais culturas. Lavras: UFLA, 2000. 85 p.
The Product Gallery helps you learn about which products are more water intensive, which are
less and how polluting their production is. Disponível em
https://www.waterfootprint.org/resources/interactive-tools/product-gallery/ acessado em 10 de
novembro de 2023.