UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CURSO: AGRONOMIA

PROJETO DE EXTENSÃO:
“Conscientização da população acadêmica da rede municipal de Ituiutaba – MG
sobre a importância do uso e manejo adequados do solo”

Ituiutaba-MG
Agosto/2022
 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
CURSO: AGRONOMIA

“Conscientização da população acadêmica da rede municipal de Ituiutaba – MG

sobre a importância do uso e manejo adequados do solo”

Arthur Henrique Medeiros Almeida

Camila Moura Domingues
Gilvan José Franco Neto
Lohanna Marcela Lio Freitas Miranda
Vinícius Silva Dionízio

Projeto apresentado à disciplina Manejo e

Conservação do Solo e da Agua, sob a orientação
da professora Marise Conceição Marques, do
Curso de Agronomia da Universidade Estadual de
Minas Gerais, unidade Acadêmica Ituiutaba – MG,
como requisito parcial para avaliação da
disciplina.

Ituiutaba, MG
Agosto/2022

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 SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................5-7
2. OBJETIVOS.......................................................................................................................7-8
3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................8
4. PÚBLICO-ALVO................................................................................................................8
5. DESENVOLVIMENTO. ..................................................................................................8-9

6.CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................9

7. ORÇAMENTO E PARCERIAS FINANCIADORAS........................................................9

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................10

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1. INTRODUÇÃO
O solo compreende a camada superficial da crosta terrestre, sendo um recurso
fundamental para a manutenção do ecossistema, pois além de assegurar a existência da
vegetação e a produção alimentícia, também garante tanto a vida microbiana e animal, quanto
a vida humana. Ademais, ele é responsável pelo armazenamento, escoamento e infiltração de
água, além de servir como matéria-prima para várias construções. Entretanto, o solo é um
recurso não renovável, sendo necessário, portanto, mantê-lo saudável, evitando as
degradações, preservando-o e atentando-se às técnicas de manejo adequadas, para assegurar a
sua fertilidade e produtividade (MAGALHÃES, 2019).
O solo é composto por diversos microrganismos, insetos e mamíferos, que atuam na
ciclagem de nutrientes, tornando-o saudável, e também auxiliam na entrada de ar e água.
Através da porosidade do solo, quando ocorrem chuvas ou irrigação, parte da água é infiltrada
na terra e penetra os espaços porosos até encontrar uma camada impermeável. Logo, quanto
maior for a porosidade de um determinado solo, melhor será a sua estrutura, possibilitando a
infiltração de água e obtendo menores chances de erodir (MEDINA, 2020).
Os solos são originados através de um lento processo de intemperização de rochas, que
constituirão um complexo composto de minerais e matéria orgânica, podendo ser
classificados de acordo com a sua fração granulométrica: areia, silte e argila. De acordo com
Boas Práticas Agronômicas (2022), essa transformação da rocha em solo é decorrente da ação
do clima e da biosfera sobre a rocha, além de ser influenciada também pelo tipo de relevo do
local.
Na agricultura, o solo é quem garante a produção em pequena, média ou larga escala,
pois através dele as plantas irão retirar todos os nutrientes necessários para o seu
desenvolvimento, fazendo-se necessário, para tanto, que haja a adubação correta do mesmo,
com a finalidade de disponibilizar os nutrientes de acordo com a demanda requerida. Solos
pobres em nutrientes são considerados inférteis, logo, limitarão o desenvolvimento da
vegetação (MAGALHÃES, 2019).
Algumas técnicas inadequadas ocasionam a degradação do solo, dentre elas, destaca-
se: os cultivos exacerbados, sem períodos de pousio e sem o manejo adequado; queimadas;
desmatamento; falta de adubação e correção; retirada da cobertura vegetal, que propicia os
processos erosivos; contaminação dos recursos hídricos; dentre outras. Em vista disso, devem
ser tomadas algumas medidas com a finalidade de preservá-lo, como por exemplo: redução de

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queimadas; reflorestamento; não jogar resíduos químicos ou lixos em locais inadequados;
fazer a separação dos resíduos para a coleta seletiva.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
FAO, os solos agrícolas vêm se degradando a uma taxa de 0,1% ao ano, onde estudos
demonstram a perda de aproximadamente cinco milhões de hectares de terras aráveis ao ano,
em decorrência das más práticas agrícolas, secas e pressão populacional.
Nas produções agrícolas, a conservação do solo é fundamental para assegurar as
produções, devendo ser adotadas uma série de princípios e técnicas de manejo das terras
cultiváveis, evitando, especialmente, a sua compactação. De acordo com Medina (2020), o
processo de conservação visa o equilíbrio ecológico em geral do sistema produtivo, haja vista
que os processos de degradação são decorrentes dos diversos fenômenos biológicos e físico-
químicos envolvidos. A compactação do solo corresponde ao aumento da sua densidade e,
consequentemente, redução da sua porosidade, acarretando em diversos prejuízos, como a
propensão aos processos erosivos, impedindo o desenvolvimento radicular das culturas e a
retenção de água e nutrientes, que serão indisponibilizados para as plantas (BOAS
PRÁTICAS AGRONÔMICAS, 2022).
Ainda de acordo com Boas Práticas Agronômicas (2022), a erosão compreende o
processo de desprendimento e arraste acelerado das partículas constituintes do solo, podendo
acontecer em decorrência do impacto da água de chuva sobre o solo e pelos ventos. Esses
processos erosivos, apesar de existirem a milhares de anos, se intensificam devido às
atividades antrópicas, que favorecem a compactação do solo e beneficiam os processos
erosivos, em decorrência dos manejos inadequados, como por exemplo: taxa de lotação de
gado excessiva sobre determinada área; excesso de maquinários; retirada da cobertura vegetal;
não revolvimento do solo; dentre outras. Além disso, o clima tropical brasileiro também
favorece a erosão hídrica, devido às suas chuvas frequentes. Os solos erodidos podem
ocasionar poluição e assoreamento das mananciais. Ademais, ocasionam prejuízos
catastróficos na produção, em decorrência do desgaste do solo e lixiviação dos insumos
agrícolas.
De acordo com Medina (2020), a conservação do solo corresponde a um conjunto de
ações que devem ser tomadas, com a finalidade de propiciar o restabelecimento das condições
de equilíbrio e sustentabilidade existente em um determinado sistema natural. Portanto, é
essencial que sejam adotadas algumas técnicas de manejo visando a conservação do solo,
como as práticas conservacionistas (controlam os processos erosivos e auxiliam na
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manutenção e/ou aumento da fertilidade do solo) e as vegetativas (utilizando a vegetação para
proteger o solo contra os efeitos erosivos). A exemplo dessas técnicas, tem-se: plantio direto;
Sistemas de Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF); adubação química e orgânica;
rotação de culturas; adubação verde; reflorestamento da área; irrigação; controle de
queimadas; recomposição de mata ciliar; manejo e reforma de pastagens; dentre diversas
outras (BOAS PRÁTICAS AGRONÔMICAS, 2022).
Dentre os benefícios advindos da conservação do solo, cita-se: o controle de doenças;
favorecimento dos ciclos biológicos do solo; benefícios econômicos, sociais e ambientais;
aumento da matéria orgânica; melhora nas condições físico-químicas do solo; aumento das
produtividades; eficiência no uso de fertilizantes; redução do uso de agrotóxicos; maior
disponibilidade de água no solo, devido às maiores infiltrações de água; etc. (MEDINA,
2020).
Diante do exposto, as atividades de extensão universitária tem a finalidade de aliar os
conhecimentos teóricos às atividades práticas, levando-os para toda a comunidade, de forma
simples e didática. De acordo com Carvalho (2021), “as atividades de extensão universitária
tem fundamental importância social devido a interligação entre as instituições de ensino, a
comunidade e a sociedade em geral”, diminuindo, desta maneira, as desigualdades sociais e
aumentando o acesso à educação de qualidade.
Ademais, as atividades extensionistas também geram grande visibilidade tanto ao
curso, quanto para a instituição de ensino, incentivando outros estudantes a ingressarem no
estudo superior. Ademais, o desenvolvimento destes projetos de extensão é algo
engrandecedor para os alunos que participam do mesmo, onde podem colocar em prática os
conhecimentos adquiridos ao longo do curso e propiciar uma troca mútua de conhecimentos.

2. OBJETIVOS
 Desenvolver o conhecimento da comunidade envolvida neste estudo: estudantes e
professores da rede pública municipal sobre o manejo do solo;
 Promover a aproximação e a interação entre os estudantes, professores e a comunidade
local;
 Estimular o manejo do solo de forma participativa e conjunta visando a continuidade das
ações, mesmo após o término do projeto;
 Aproximar a população do conhecimento científico sobre o manejo e uso consciente do
solo, em uma experiência de troca dialogada de saberes;
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 Convidar a população a participar de ações dentro da Universidade, tanto ações
relacionadas ao projeto proposto, quanto demais ações de extensão e educação oferecidos;
 Divulgar os resultados do projeto entre a comunidade local e a comunidade científica,
utilizando também as redes sociais para aumentar o alcance das informações.

3. JUSTIFICATIVA
A presente atividade de extensão busca favorecer a comunidade, inclusive, por
intermédio da ligação universidade-comunidade, por meio do bem-estar ambiental e social
trazido pela conservação do solo como recurso natural. Com isso, objetiva-se informar à
comunidade escolar sobre a importância do solo como recurso natural não renovável com a
expectativa de conscientizar os estudantes e torná-los indivíduos com papel ativo para que a
sociedade seja transformada quanto à conservação do solo, bem como seu uso adequado e
manejo.
O projeto extensionista também pretende preparar os alunos, o que é fundamental para
fortalecer a conexão entre a universidade e a comunidade. Dessa forma, os alunos aprenderão
as habilidades de conduzir conversas em espaços informais sobre educação ambiental.
Envolver-se e trocar experiências e conhecimentos com a comunidade permite-lhes valorizar
a Universidade como instituição que fomenta o crescimento e desenvolvimento da tecnologia
e da ciência, e sentirem-se parte integrante deste processo.

4. PÚBLICO-ALVO
 Comunidade escolar da rede pública municipal de Ituiutaba (6º, 7º, 8º e 9º ano).

5. DESENVOLVIMENTO
O projeto será desenvolvido em etapas, que vão desde o planejamento de atividades
práticas para facilitar a compreensão dos alunos sobre a temática solo, preparação de palestras
informativas para comunidade alvo e divulgação das ações realizadas por meio de mídias
sociais. Para isso, seguir-se-á as seguintes etapas:
(1) Reuniões semanais com os estudantes voluntários da Universidade do Estado de Minas
Gerais (UEMG) unidade Ituiutaba e professores colaboradores do projeto para discutir as
informações importantes sobre o solo, manejo correto e planejamento de atividades práticas
como forma de educar e estimular a reflexão, proporcionando uma aprendizagem crítica;
(2) Seleção de instituições de ensino onde teremos autorização para realizar tais atividades;
7
(3) Realização do primeiro contato com os alunos, onde irão acontecer diálogos informativos
que acendam uma discussão, para contextualização dos experimentos pensados à realidade da
comunidade, entre os voluntários da UEMG unidade Ituiutaba e o público-alvo;
(4) Após o diálogo com a comunidade, irão ser realizadas atividades práticas simples com o
objetivo de alcançar uma educação de qualidade e promoção de oportunidades de popularizar
o conhecimento sobre o solo;
(5) Divulgação da ação extensionista por meio de mídias sociais.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados esperados com a atividade envolvem ampliar e consolidar o
conhecimento teórico e prático dos alunos, a partir do exercício da arte de ensinar e de
aprender com a vivência de uma realidade inter-relacionada e compartilhada. Assim, a
proposta desta atividade foi abrir as portas da Universidade e levar o conhecimento produzido
para além de seus muros socializando o conhecimento, oportunizando o crescimento pleno do
exercício da cidadania na comunidade escolar além de trocar saberes, de interagir. Bem como
complementar a teoria aprendida em sala de aula, visando o interesse pelos estudos,
conhecimento e desenvolvimento do pensamento científico através da atividade teórico-
prática aos alunos que não possuem acesso a ferramentas de estudo. Devido a carência de
recursos nas escolas, muitos alunos não possuem acesso a materiais de aula prática. Portanto
esta atividade possui caráter de integração escola e universidade.

7. ORÇAMENTO E PARCERIAS FINANCIADORAS

Tabela 1. Orçamento de despesas
PREÇO
DESPESA QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL
Material gráfico da 4 35,00 140,00
exposição
Transporte dos 20 5,00 100,00
Facilitadores
Gastos adventícios 150,00
(extras)
TOTAL DE GASTOS 390,00

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOAS PRÁTICAS AGRONÔMICAS. Conservação do solo é essencial para melhorar a
produção agrícola. Disponível em: <https://boaspraticasagronomicas.com.br/conservacao-
do-solo/>. Acesso em: 31 de julho de 2022.

MAGALHÃES, L. A importância do solo. Disponível em: <

https://www.todamateria.com.br/a-importancia-do-
solo/#:~:text=O%20solo%20%C3%A9%20fundamental%20na,auxiliam%20na%20reprodu%
C3%A7%C3%A3o%20de%20plantas.>. Acesso em: 31 de julho de 2022.

MEDINA, J. Conservação do Solo: conheça 10 benefícios dessa prática. Agropós, 2020.

Disponível em: <https://agropos.com.br/conservacao-do-solo/>. Acesso em: 31 de julho de
2022.

UNIT. A importância das atividades de extensão para a prática universitária. UNIT –

Universidade Tiradentes, 2021. Disponível em: <https://portal.unit.br/blog/noticias/a-
importancia-das-atividades-de-extensao-para-a-pratica-universitaria/>. Acesso em: 31 de
julho de 2022.